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AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia TOXICOLOGIA APLICADA À FARMÁCIA Aula 08: Toxicologia social AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia Objetivos desta aula Definir a área de toxicologia social e compreender as principais classes de substâncias estudadas nesta área; Compreender o processo de farmacodependência desenvolvido no organismo por estas substâncias; Analisar o sistema recompensa do sistema nervoso central, e suas principais atribuições; Identificar o reforço primário e o reforço secundário. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia I. Definição Estuda efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de fármacos ou drogas, causando danos não somente ao indivíduo como também a sociedade. Estuda fármacos e drogas que possuem um potencial para induzir dependência. • Opiáceos • Psicoestimulantes • Depressores do SNC • Etanol • Inalantes • Tabaco • Cannabis • Psicodélicos (alucinógenos) AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia I. Definição AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia I. Definição AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia II. Farmacodependência Estado psíquico e às vezes físico causado pela ação recíproca entre um organismo vivo e um fármaco, que se caracteriza por modificações do comportamento e por outras reações que compreendem sempre um impulso irreprimível de tomar o fármaco de forma contínua ou periódica, a fim de experimentar seus efeitos psíquicos e às vezes evitar o mal-estar produzido pela privação. (Organização Mundial da Saúde – OMS) O que caracteriza o uso de drogas ou fármacos psicoativos é o fato deles, por qualquer que seja o motivo, trazerem uma recompensa para o usuário, seja por produzir sensações de prazer, aliviar tensões ou ainda, alterar de uma forma considerada agradável, o humor e a percepção. O reforço é definido como aumento da probabilidade de uma ação ser repetida. • Reforço positivo • Reforço negativo AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia III. Sistema recompensa O psiquiatra americano James Olds (1922-1976), na década de 1950, descobriu o sistema de recompensa do sistema nervoso central. Sistema mesocorticolímbico – área tegmental ventral e nucleus accumbens. Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia O Sistema de Recompensa (Dopaminérgico) tem participação fundamental na busca de estímulos causadores de prazer, tais como alimentos, sexo, relaxamento. Por meio do reforço positivo da recompensa, obtida durante essas experiências, o organismo é impelido a buscá-las repetidas vezes. Cria-se uma memória específica para isso. O sistema de recompensa, desse modo, é um importante mecanismo de autopreservação. • Zonas aversivas ou de punição III. Sistema recompensa AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia III. Sistema recompensa AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrog as) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein IV. Dependência AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein IV. Dependência AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein IV. Dependência AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia V. Potencial de Abuso REFORÇO PRIMÁRIO = Potencial de reforço ou potencial de induzir farmacodependência • Velocidade de reforço. A via de administração exerce um efeito importante sobre a velocidade de reforço. • Intensidade de reforço. REFORÇO SECUNDÁRIO • Neuroadaptação – tolerância e Síndrome de abstinência. • Preferência condicionada por lugar – Alguns estímulos ambientais, por um processo de condicionamento se tornam um reforço positivo. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia V. Potencial de Abuso Neuroadaptação - O consumo prolongado de substâncias psicoativas provoca modificações anatômicas e fisiológicas no cérebro. Tais modificações tornam a droga ou fármaco cada vez mais importantes para o indivíduo, uma vez que o novo equilíbrio conta agora com a presença da substância. Há duas neuroadaptações mais conhecidas: a tolerância e a síndrome de abstinência. Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VI. Tolerância Definição: é o processo de adaptação biológica à presença contínua de uma determinada substância no organismo, ao qual ele responde com intensidade cada vez menor. Há necessidade de aumento progressivo da dose para a manutenção dos efeitos prazerosos. • Tolerância Funcional – redução do número ou da sensibilidade dos receptores à substância em questão. • Tolerância Metabólica – aumento da eficiência do corpo na metabolização e eliminação da droga. • Tolerância Cruzada – quando há desenvolvimento de tolerância para uma determinada droga, ela se estende para outras que possuem propriedades farmacológicas semelhantes. • Taquifilaxia ou tolerância aguda – é a tolerância farmacodinâmica que se desenvolve rapidamente após a exposição por curto período de tempo, a uma ou poucas doses do fármaco ou droga. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VI. Tolerância • Tolerância reversa – fenômeno de hipersuscetibilidade adquirida pela utilização contínua de uma droga ou fármaco, que os efeitos obtidos são de maior intensidade que os originalmente obtidos, nas mesmas condições de exposição. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VII. Síndrome de Abstinência Definição: conjunto de sinais e sintomas decorrentes da falta de uma determinada droga em um usuário dependente. É caracterizada por sintomas opostos aos que a droga causa. É uma adaptação de oposição. A intensidade da reação de abstinência guarda relação com o curso temporal da ação da droga ou do fármaco. Pode ser tão grave a ponto de colocar em risco a vida da pessoa, como é o caso da abstinência do álcool e da heroína. Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VII. Síndrome de Abstinência Dependência Cruzada - é quando um outro fármaco ou droga administrado é capaz de suprimir as manifestações da crise de abstinência e manter os estados de adaptação. Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VII. Síndrome de Abstinência Fenômeno de preferência condicionada por lugar – Alguns estímulos ambientais, por um processo de condicionamento se tornam um reforço positivo. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VIII.Sistemas de Neurotransmissão Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VIII. Sistemas de Neurotransmissão AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia IX. Hipnoanalgésicos Histórico do Ópio • Obtido da planta denominada Papaver somniferum, por incisão da bolsa de sementes após as pétalas terem caído. O látex branco, torna-se marrom e endurece. Esta goma marrom é o ópio. • Utilizado há mais de 6 mil anos, pelos egípcios, gregos e romanos. • Contém cerca de 20 alcaloides, incluindo morfina, codeína, tebaína e papaverina. • Em 1803, Sertürner, farmacêutico alemão, isolou o principal alcaloide do ópio – Morfina AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia IX. Hipnoanalgésicos AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia X. Cocaína Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia X. Cocaína Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein Erythroxylon coca AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia X. Cocaína Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia X. Cocaína Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia X. Cocaína Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XI. Ecstasy Afeta cognição, humor e memória Sistema recompensa AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XI. Ecstasy AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XI. Ecstasy AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XI. Ecstasy AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XI. Ecstasy AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XII. Depressores SNC AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XIII. Alucinógenos AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia XIV. Canabinóides Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia Saiba mais - Referências Bibliografia Básica LARINI, L. Toxicologia. 3. ed. São Paulo: Manole, 1997. OGA, S. Fundamentos de Toxicologia. 3. ed. São Paulo: Ateneu Editora, 2008. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia Saiba mais - Referências Bibliografia Complementar ANDRADE FILHO, A.; CAMPOLINA, D.; DIAS, M. B. Toxicologia na prática clínica. Belo Horizonte: Folium, 2001 BRUNTON, L., CHABNER, B.A., KNOLLMANN, B.C. Bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 12. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012. KATZUNG, B.G., MASTERS, S.B., TREVOR A.J. Farmacologia básica e clínica. 12ª.ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2013. KLAASSEN, C.D. Casarett. Doull's Toxicology: The Basic Science of Poisons. 8th Edition. Mc Graw Hill Education, 2013. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia Saiba mais - Referências Bibliografia Complementar KLAASSEN, C.D.; WATKINS, J.B. Fundamentos de toxicologia em Casarett e Doulls. Rio de Janeiro: McGraw Hill, 2012. MOREAU, R. L. Toxicologia Analítica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. MICHEL, O.R. Toxicologia Ocupacional. Rio de Janeiro: Revinter, 2008. AULA 08: TOXICOLOGIA SOCIAL Toxicologia aplicada à farmácia VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Efeitos subjetivos causados pelo consumode álcool; Processo de toxicocinética e toxicodinâmica do etanol; Sintomas da toxicidade aguda e crônica do etanol; Processos de tolerância, síndrome de abstinência e dependência ao etanol; Farmacologia do tratamento da dependência; Interação com outras drogas e fármacos. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.