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Tributario - II Unidade

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Direito Tributário
*Obrigação tributária*
Introdução
. Principio da recepção – possibilita que uma lei anterior a Constituição seja recepcionada por ela.
. O CTN era uma lei ordinária, depois por força do art. 146, III da CF passou a ter status de lei complementar.
. Na hora que for feita uma lei pelos entes ela tem que está compatível com a CF/88 e o CTN.
. O CTN só define o fato gerador, não pode fugir desses parâmetros do CTN.
. Quando tratar das obrigações vamos supor que a barreira da CF/88 já foi suprida, não se discute mais a parte da CF/88.
. Saber qual o momento específico que o contribuinte se obriga perante o Estado a contribuir.
. Pressupõe que as regras constitucionais foram obedecidas quando se falar em obrigações tributárias.
. Muita gente diz que a obrigação tributária decorre de lei, porém, está dizendo que será por todo ordenamento jurídico, ela não é imposta pela lei é só quando acontece o fato gerador.
O cidadão praticou o fato gerador forma o vinculo jurídico: devedor/objeto/credor
A obrigação tributária está prevista no CTN.
Quando é que o cidadão se obriga diante do Estado para recolher o Tributo? A partir de que momento o cidadão se obriga a recolher o tributo diante do Estado? Qual momento específico do nascimento da obrigação tributária?
Obrigações gerais ≠ obrigações tributárias específicas
	. gerais: são as obrigações do direito civil, do direito privado. Há como principais elementos estruturais da relação obrigacional: sujeito passivo (devedor da obrigação), sujeito ativo (credor da obrigação) – quando essas pessoas entre elas declaram suas vontades de forma recíproca, surge entre elas uma relação jurídica obrigacional, que é o vínculo jurídico obrigacional. O vínculo é formado por dois elementos (débito e a responsabilidade).
O débito é o dever de cumprir com a prestação de uma obrigação tanto de dar, fazer ou não fazer.
A responsabilidade é a patrimonial do devedor. Se ele não cumprir com sua obrigação, sua prestação, o credor vai buscar o cumprimento da obrigação no patrimônio do devedor.
A obrigação geral para ser válida e perfeita, deve obedecer aos requisitos essenciais do art. 104 do CC – agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, forma prescrita em lei. 
Nessas obrigações, há um ato imprescindível, que é o ato da vontade, o elemento volitivo, decorrente do princípio da autonomia da vontade. No direito civil, não há obrigações impostas por lei. Se não houver vontade, não há contrato, não há obrigação (há uma reciprocidade de vontades, vontade livre, não viciada).
O negócio jurídico nesse caso nasce da prática de dois atos de vontade, se não houver essa reciprocidade, não há obrigação. É uma vontade praticada por atos jurídicos. Ex.: um faz a proposta para poder vender, e o outro escolhe se quer comprar ou não. Ato jurídico de vontade é o que vai gerar o negócio, a obrigação para um determinado fim.
	. tributárias específicas: é também obrigação, um compromisso, envolve o dever de cumprir, de prestar alguma coisa. As obrigações gerais também se aplicam a teoria geral das obrigações tributárias, só que com pequenas diferenças. Também vai formar uma relação jurídica obrigacional entre duas pessoas, um vínculo jurídico. A geral e a tributária tem as mesmas estruturas. 
Há o sujeito passivo, que é o devedor, chamado de contribuinte ou responsável tributário. Quem tem que pagar.
Sujeito ativo, que é o credor, é sempre o Estado (U, E, DF ou M). O sujeito ativo não é somente o Estado, enquanto fazenda pública, mas aquele ente que também tem capacidade tributária ativa (aquele que apenas cobra o tributo) pode ser também sujeito ativo. O Estado pode delegar a capacidade tributária para um outro ente de direito público, fazendo com que essa outra pessoa, seja também um sujeito ativo. Ou seja, o sujeito ativo é todo aquele que pode exigir, cobrar o tributo.
O objeto da obrigação tributária também é uma obrigação, que o contribuinte ou o responsável deve entregar ao Estado-credor. Essa prestação pode ter natureza de dar, fazer ou não-fazer. 
. A obrigação de dar é a entrega do tributo, é uma obrigação de pagar quantia certa, de entregar dinheiro ao Estado. Pode ser também a penalidade pecuniária, que é a multa tributária, a pena, a sanção. Tanto o tributo quanto a pena é pecúnia.
. A obrigação de fazer é a prática de atos diante do Estado, atos estes previstos em Lei. São atos que a lei prevê para auxiliar a fiscalização do tributo. Essa obrigação não tem nada a ver com o pagamento de tributo. Também não tem nada a ver com o pagamento de multa, de sanção. São atos previstos na legislação tributária. O importante é saber para que servem esses atos, que é para facilitar a arrecadação do tributo. Ex.: o contribuinte comerciante quando ele vende sua mercadoria ele recolhe ICMS para o Estado. Quando ele vende essa mercadoria, o controle que o Estado tem para saber se ele está recolhendo corretamente, é quando ele emite a nota fiscal. Ou seja, a nota fiscal é uma obrigação de fazer. Se não emitiu a nota, o Estado não tem como saber se ele vendeu a mercadoria. O mero descumprimento da obrigação de fazer gera uma multa, uma pena. Obriga a pagar um ato em favor da administração pública. As obrigações de fazer não implicam o pagamento do tributo, mas auxiliam na arrecadação do tributo.
As obrigações tributárias podem ser:
. Obrigações Tributárias Principais: são as obrigações tributárias em relação ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária, e está previsto na lei tributária. Art. 113 do CTN
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
. Obrigações tributárias Acessórias: é o cumprimento ou o a abstenção da prática de certos atos que visam auxiliar o Estado no controle da arrecadação do tributo e são previstas na legislação tributária. Art. 113, § 2º e 3º.
§ 2º A obrigação acessória decorrente da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
- As diferenças das obrigações gerais e específicas: 
. Na própria natureza da obrigação: 
A obrigação principal está prevista na lei; e a acessória, na legislação tributária (isso é diferente, pois lei é a lei no sentido formal – ordinária ou complementar). Toda obrigação principal, que é o dever de recolher o tributo, só pode ser imposta por lei. A legislação é mais ampla que a lei, por isso que a obrigação acessória é que pode ser imposta por ela.
A lei está contida na legislação.
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Para impor penalidade, só a lei pode fazer. As normas complementares podem impor ao contribuinte obrigação acessória (portarias, regulamentos, instruções normativas). Essas normas são infralegais.
A multa tributária sempre tem que estar prevista em lei. Não pode ser em decreto, em portaria, pois sanção pecuniária, só pode estar prevista em lei. Pode um decreto prevê a obrigação acessória, e uma lei prevê a multa.
O art. 113 do CTN em seus parágrafos ele define obrigação tributária principal e acessória, e compara a multa tributária (§ 3º) com a obrigação principal. Mas como ele faz essa comparação, se tributo não pode ser cobrado como sanção pela prática de ato ilícito? Tal artigo traz um certo conflito. Se não cumprir a obrigação acessória, vai ser aplicada uma multa, que vai ser considerada obrigação tributária principal. O parágrafo diz que a multa se converte emobrigação principal (tem objeto de entrega de dinheiro). A multa pode vir do inadimplemento da obrigação principal ou acessória. 
Art. 113, § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Como o tributo não pode ser sanção por ato ilícito (multa), se descumpre a obrigação acessória, está praticando um ato ilícito que gera uma multa, uma pena. Se for analisar a natureza jurídica da multa, ela é uma sanção por ato ilícito. E o art. 3º do CTN quando define tributo, diz que tributo não é sanção de ato ilícito. Ou seja, pena jamais pode ter a mesma natureza jurídica de tributo. Tributo não pode ter como fato gerador atividade ilícita. Tributo e pena não tem a mesma natureza jurídica. Como é que a multa pela leitura do § 3º tem status de obrigação principal, e o art. 3º diz que a multa não pode ser sanção por ato ilícito? Ou seja, o art. 3º está divergindo com o § 3º do art. 113. 
O que ocorre é que o art. 113 está elevando a multa ao mesmo status de obrigação principal. Ou seja, é nítido o conflito entre o art. 3º e o art. 113. 
O que o art. 113 está fazendo é elevar a pena ao status de obrigação principal, mas não está elevando a pena ao status de tributo. Fez isso porque na hora de entrar com uma execução fiscal, o Estado engloba a multa e o tributo; foi para facilitar a cobrança da multa, sendo cobrada juntamente com o tributo, no mesmo procedimento da execução fiscal.
. A estrutura da relação obrigacional geral é a mesma estrutura da obrigação tributária específica.
A única diferença da obrigação geral (civil) para as tributárias é o momento da formação do vínculo jurídico obrigacional. O que muda é o princípio da autonomia da vontade. A obrigação tributária não nasce da autonomia da vontade, da reciprocidade de vontades. A obrigação tributária não meche com direito disponível. O tributo é um bem indisponível. Por ser um ramo do direito público, e visar o interesse do público, é que não há uma autonomia da vontade para a arrecadação do tributo. O que faz surgir a obrigação tributária é o fato jurídico, que é o fato gerador, e não um ato jurídico como na obrigação civil.
. obrigação tributária: surge de um fato – Princípio da Subsunção do Fato à norma. Para que haja a incidência tributária, antes de tudo tem que existir a hipótese de incidência (um fato que se ocorrer concretamente passa a nascer a obrigação tributária), que é a lei abstrata, a norma tributária que ainda não ocorreu.
. obrigação geral: surge de um ato – pelo Princípio da autonomia da vontade, precisando da vontade de ambas as partes.
O vínculo obrigacional tributário só se desfaz pelo cumprimento da obrigação.
A obrigação tributária pode ser acessória ou principal. A obrigação tributária nasce quando concretamente pratica o ato que diz na hipótese de incidência. 
A obrigação acessória é prevista em legislação ou em qualquer outro instrumento normativo. Ex.: ser um profissional autônomo – tem a obrigação acessória de manter o seu cadastro na prefeitura. Não basta praticar nenhum ato, apenas ser esse profissional e ter esse cadastro atualizado, se não, gerará uma multa. Prestando algum serviço, estará praticando a obrigação principal.
Depois que nasce a obrigação tributária (principal), o Estado não pode ainda cobrar o tributo daquele contribuinte antes do lançamento, que é a constituição do crédito tributário, antes que ele constitua a seu favor o crédito tributário. O credor tem que “saber” quem é o contribuinte, liquidar a obrigação tributária, saber quanto tem que cobrar. 
O Estado para cobrar o contribuinte, tem que constituir a seu favor um crédito tributário, que é o Estado liquidar a obrigação tributária. É identificar o contribuinte que praticou o fato gerador (formalmente); é identificar o fato gerador por ele praticado; é aplicar o fato gerador à lei tributária do momento da ocorrência do fato gerador; é calcular o tributo devido; notificar o contribuinte para pagar. Isso é constituir o crédito tributário.
Aula do dia 28/04/2010
- Estrutura do Vínculo Obrigacional Tributário
- Procedimento da obrigação tributária
A CRFB não cria tributos. Não institui tributos. Na CRFB, no art. 145, há regras de distribuição de competência tributária. Na distribuição, a CRFB diz que a U, E, DF e M podem criar tributos (taxas, impostos e contribuições de melhoria). A CRFB somente atribui competência tributária.
O art. 153 define os impostos que a União pode criar.
O art. 155 diz o que os Estados e DF podem criar.
O art. 156 diz o que os Municípios podem criar.
No art. 150 a CRFB limitou a competência, que são os princípios constitucionais tributários (p. da legalidade, igualdade, anterioridade, efeito não-confiscatório, imunidades, ilimitabilidade do tráfico de pessoas e bens).
Quem efetivamente cria os tributos, são as leis de cada ente tributante, obedecendo às regras, aos limites constitucionais.
Entre a CRFB e as Leis, existe o CTN. O CTN não cria tributos. Ele é uma lei complementar, pois ele complementa a CRFB na matéria tributária, com base no art. 146, III da CRFB. O CTN rege as normas gerais em matéria tributária. O CTN trata todos os impostos previstos na CRFB. O CTN é um regulamento geral sobre os tributos previstos na CRFB e um procedimento sobre eles. 
As leis da U, E, DF e M que criam impostos, têm que obedecer ao que está previsto no CTN. Todos os tributos devem obedecer ao que está no CTN.
Uma lei da U, E, DF e M, pode ser constitucional, por respeitar a CRFB, mas ser ilegal, por não respeitar aquilo que o CTN traz. Ou pode ser legal por respeitar o CTN, e inconstitucional por não obedecer aos limites previstos na CRFB.
A lei tributária contém a chamada hipótese de incidência. A hipótese de incidência é a descrição do fato gerador abstrato; é a descrição do fato que deve ser praticado concretamente. A lei por si só não gera obrigação tributária; ninguém é obrigado a pagar tributo por força de lei. O que faz surgir a obrigação tributária é quando o cidadão na sua prática econômica diária pratica o fato gerador (não pratica porque quer). Na obrigação tributária não existe ato de vontade. A obrigação nasce de um fato gerador, e não de um ato de vontade. Ex.: vai pagar IPTU, pois se enquadrou em um fato descrito na lei; é independente da vontade.
As obrigações tributárias não são impostas pela lei; elas surgem se praticar o fato descrito na lei, se realizar concretamente aquele fato descrito na lei.
O momento da prática do fato gerador é que vai reger toda a decorrência da obrigação tributária.
A estrutura da obrigação jurídica tributária nasce no momento da prática do fato gerador, formando o vínculo jurídico obrigacional. De um lado tem o devedor (contribuinte ou responsável tributário), vinculando-se com o credor (entes que têm competência ou capacidade tributária ativa – U, E, DF ou M), em torno de um objeto (é a prestação – pode ser de dar, fazer ou não-fazer).
. Obrigação tributária principal: é uma prestação pecuniária, é uma obrigação de dar quantia certa. É arrecadar a receita, o tributo para custear as despesas. É entregar dinheiro ao Estado.
A multa tributária também é considerada obrigação tributária principal, sendo obrigação de dar quantia certa.
. Obrigação tributária acessória: não é entrega de dinheiro. É obrigação de fazer ou não fazer. É a prática de um ato pelo contribuinte ou a abstenção da prática de um ato pelo contribuinte. O objeto não é entregar pecúnia ao Estado. É uma obrigação imposta pela legislação tributária e que o contribuinte está obrigado a cumprir sob pena de pagar uma multa tributária, sob pena de pagar uma sanção tributária. Tem a finalidade de auxiliar a fiscalização e a arrecadação da obrigaçãoprincipal. 
Ex.: comerciante ao vender a mercadoria, ao promover a saída da mercadoria, tem o fato gerador do ICMS para o Estado. A saída econômica da mercadoria gera o dever de recolher ICMS, que é obrigação principal, que tem que pagar ao Estado.
Ex.: proprietário de estabelecimento de onde sai uma mercadoria. Ele deve emitir nota fiscal, sendo uma obrigação acessória. É emitir um documento, não é pagar.
Pode haver casos que mesmo saindo um produto do seu estabelecimento, não precise pagar ICMS, pois pode aquele produto ter um benefício fiscal para quem o vende.
Aqui, a obrigação principal não tem relação com a acessória. Uma não depende da outra, são independentes. Pois a obrigação acessória tem finalidade de auxiliar a fiscalização, auxiliar a arrecadação.
A ausência de declaração do IR é uma falta de cumprimento da obrigação acessória, gerando o pagamento de uma multa.
Lei tributária ≠ legislação tributária (é bem mais amplo – engloba a lei, os tratados e convenções internacionais, os decretos).
	Multa nenhuma pode estar prevista em legislação. Multa é pecúnia, portanto só pode estar prevista em lei. Toda obrigação principal tem que estar prevista em lei.
	A estrutura da obrigação tributária se inicia pela prática do fato gerador. Com a prática do fato gerador, devedor e credor se unem através do vínculo jurídico, que tem o débito e a responsabilidade.
. inadimplemento: gera a responsabilidade patrimonial do devedor
. pagamento: extingue o vínculo
É dever do contribuinte procurar o Estado e pagar o seu tributo, quando praticar o fato gerador. Quando a obrigação tributária nasce, o Estado não sabe quem é o contribuinte, qual fato gerador ele cometeu, qual a base de cálculo, nem qual tributo é devido. O contribuinte sabe que cometeu esse fato, e cabe a ele calcular o tributo devido e recolher voluntariamente ao Estado. É a obrigação legal do contribuinte. 
Se a obrigação nasceu e o contribuinte não recolher o tributo devido pela prática do fato gerador, ele está inadimplente com o Estado, só que o Estado precisa cobrar a esse contribuinte. Para ele cobrar, o Estado tem que saber quem é ele, qual base de cálculo, qual a lei que estava vigente na época do fato, calcular o tributo, juros, correção monetária. Para isso, o Estado precisa agir através de um ato, que é o chamado Ato do Lançamento. É um ato administrativo privativo da administração pública tributária, que visa liquidar a obrigação tributária, formalizar a obrigação tributária. 
Os requisitos do ato do lançamento (ato complexo) estão previstos no art. 142 do CTN: 
     Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
        Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
. identificar formalmente o contribuinte – identificar quem cometeu o fato gerador;
. identificar qual fato gerador praticado por esse contribuinte – que fato ele praticou, quando ele praticou, em que momento;
. aplicar o fato gerador na lei que vigorava quando o fato gerador foi praticado – qual base de cálculo, qual alíquota, multa, correção monetária;
. calcular, liquidar o tributo devido;
. notificar o contribuinte para pagar.
Todas essas etapas fazem parte do Ato do Lançamento.
O Lançamento termina com a notificação do sujeito passivo para pagar o tributo. Ex.: auto de infração da fiscalização tributária. É a formalização da existência da obrigação tributária. O tributo foi lançado = o contribuinte foi notificado para pagar aquele tributo, pois o Estado já formalizou aquela obrigação tributária que existia.
Pode atribuir ao lançamento o marco inicial, constituidor do crédito tributário. O lançamento faz nascer o crédito tributário. No lançamento o Estado constitui a seu favor e contra o contribuinte, o crédito tributário. O crédito tributário é a obrigação já formalizada, liquidada. O crédito tributário é uma etapa prévia, obrigatória para o Estado posteriormente ingressar com a Execução Fiscal. O Estado só pode executar o crédito tributário. Não se executa uma obrigação, pois nela o Estado não tem conhecimento, ainda está na seara do contribuinte. O que dá liquidez e certeza a obrigação tributária é o crédito tributário constituído.
O crédito é obrigatório, é necessário, e o Estado tem até 5 anos para constituir o crédito tributário, que é um prazo decadencial. A decadência começa a contar a partir do fato gerador, de quando nasce a obrigação tributária. O prazo é decadencial, pois esse prazo não é para cobrar o tributo, e sim para constituir o crédito, para tornar a obrigação líquida e certa, não é para entrar com a execução; é para o Estado confirmar o seu direito ao crédito. Ao decair o direito, os efeitos da decadência retroagem, é como se não tivesse havido a obrigação tributária, a prática do fato gerador, sendo a obrigação tributária extinta, não se podendo dizer nem que ela existiu.
Prescrição: prazo para exercer o direito de ação, é para cobrar:
Decadência: é para que o direito se constitua, se confirme.
Após o crédito ser constituído, ou seja, após o lançamento, após o Estado notificar o contribuinte, começa a contar o prazo prescricional, que é a partir da constituição definitiva do crédito. Assim, o contribuinte após a notificação tem 30 dias para pagar ou para impugnar o lançamento. Se ele pagar, extingue o crédito. Se ele não pagar nem recorrer, o crédito tributário fica definitivamente constituído, pois não cabe mais recurso, começando a correr o prazo prescricional de 5 anos. O prazo prescricional só começará a correr, quando passar o recurso administrativo favorecendo ao Estado que o crédito já está constituído, não podendo mais haver recurso.
Quando o crédito estiver definitivamente constituído, começa a contar o prazo prescricional para que o Estado entre com a Execução. O despacho do juiz que manda citar o contribuinte a pagar, interrompe (zera) o prazo prescricional, e no curso da Execução Fiscal começa a correr um novo prazo prescricional de 5 anos. Se o Estado não movimentar o processo durante os 5 anos, ocorre uma prescrição no curso do processo, que é a prescrição intercorrente.
*Sujeito Passivo*
Contribuinte
O devedor tem que pagar, tem que cumprir com aquela obrigação, tendo ciência que o seu patrimônio responderá se ele não cumprir com aquela obrigação.
É o principal da obrigação, é o principal responsável pelo cumprimento da obrigação tributária. Ele se obriga diante do credor com aquele objeto, tendo o dever de entregar pecúnia ao devedor. O contribuinte também responde com seu patrimônio, pelo inadimplemento da obrigação. Se ele for inadimplente, o seu patrimônio também vai responder, vai ser exigido pelo credor para satisfazer a obrigação.
É ele quem pratica o chamado fato gerador da obrigação tributária. Alguns doutrinadores chamam-no de contribuinte de fato, pois é ele quem pratica o fato gerador, pois ele se obriga tributariamente com o Estado-credor. É o primeiro devedor, o principal devedor da obrigação tributária. Só há a obrigação tributária, pois ele é quem pratica o fato. Se não há prática do fato gerador, não surge a obrigação.
Em algumas situações previstas em lei, não é esse contribuinte que deve recolher o tributo; entra então, a figura do responsável tributário.
Responsável Tributário
Não tem nenhuma obrigação acessória com o Estado-credor. É uma terceira pessoa a quem a lei atribui o dever de recolher o tributo no lugar do contribuinte. 
Vai substituir o contribuinte na hora de arrecadar o tributo. Ninguém pode substituir ninguém na hora da prática do fato gerador. Quem praticou o fato gerador continua a ser ocontribuinte, mas a lei atribui a um substituto seu, que recolha o tributo.
O responsável tributário é instituído por lei.
Há situações que quem deve pagar o tributo no lugar do contribuinte, é uma terceira pessoa a quem a lei atribuiu. A responsabilidade tributária depende do tributo e do fato gerador, e do que a lei previu. 
Ex.: pessoa jurídica que paga o salário ao funcionário. O fato gerador do IR é adquirir renda, e nesse caso quem adquire renda é o empregado, que recebe o salário. Ele é o contribuinte do imposto de renda na hora do pagamento do salário, e também contribuinte do INSS. Mas, quem recolhe o tributo Federal, é a empresa, a fonte pagadora, que nesse caso, é o responsável tributário, pois a lei atribuiu a ela a função de recolher o tributo. A empresa no momento do pagamento, é que tem que reter o imposto do salário, ela recolhe tributo que o empregado deve. Não foi a empresa que praticou o fato gerador. Ela está apenas substituindo a pessoa do empregado para a arrecadação. A empresa retém o salário apenas, e repassa-o.
 A doutrina chama a empresa de contribuinte de direito, pois ela é obrigada a passar a União o que recolheu do contribuinte. Se o empregador reter o tributo e não repassar ao Estado-credor, é crime de Apropriação Indébita tributária.
Quem pratica o fato gerador é o contribuinte de fato.
Os casos de responsabilidade tributária expressos em lei, visam facilitar a arrecadação. A responsabilidade tributária não é para qualquer pessoa; e sim para aquela que tenha um vínculo direto com a ocorrência do fato gerador.
Substituição tributária é a mesma coisa que responsabilidade tributária, e já está previsto em lei, antes mesmo da ocorrência do fato gerador. A lei já traz quem será o substituto tributário caso aquele caso específico ocorra. Ela já é conhecida previamente pelo contribuinte e pelo responsável. 
A outra responsabilidade tributária é por transferência. Ela só ocorre após a ocorrência do fato gerador. Na transferência quem deve recolher o tributo primeiramente, é o contribuinte que praticou o fato gerador, não existe responsável tributário. O responsável entra caso após a prática do fato gerador, ocorra umas das situações previstas em um rol taxativo do CTN, que diz que quem tem de recolher o tributo não é mais o contribuinte, e sim o responsável tributário, que recebeu por transferência do contribuinte a função de recolher o tributo. Não é sempre que aparece o responsável por transferência; ela pode ou não surgir; não depende de lei. Essa transferência não é obrigatória por lei, depende se estiver nas situações previstas em lei. Para haver a transferência, é preciso que o contribuinte que é obrigado a recolher, não tenha recolhido ainda, e também que ocorra um dos eventos descritos no rol do CTN. Com esses requisitos, haverá a transferência do recolhimento para o responsável por transferência.
A substituição já está prevista em lei, antes da prática do fato gerador. Com a transferência não ocorre isso.
Ex.: responsabilidade por transferência rol do CTN art. 130
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
O art. 130 prevê a responsabilidade do adquirente de bem imóvel – é uma responsabilidade em relação aos impostos que incidem sobre a propriedade, domínio útil ou a posse a qualquer título.
O adquirente de bem imóvel responde pelos tributos devidos (Impostos que incidem sobre bem imóvel, taxas de serviços que são cobradas em relação ao imóvel, e a contribuição de melhoria que incida sobre um bem), caso na data da aquisição do bem houverem débitos tributários deixados pelo antigo proprietário. A pessoa que pratica o fato gerador do IPTU é o proprietário do bem, devendo recolher o IPTU do imóvel, ou seja, ele é contribuinte de fato e de direito. Se adquirir a casa de uma determinada pessoa, é sujeito passivo dali para frente daquele imóvel, estando praticando o fato gerador do IPTU, mas também é responsável pelos IPTU´s devidos até a data da aquisição do bem. Aqui é uma responsabilidade por transferência. O adquirente de bem imóvel responde por transferência, por esses impostos, pelas taxas de serviços e pelas contribuições de melhoria devidas em relação ao bem imóvel. Ele responde pelos tributos devidos pelo antigo proprietário. Na prática, isso não mais ocorre, pois os cartórios ao fazerem a transferência de um imóvel, exigem a Certidão Negativa de Débitos. Havendo débitos, o novo proprietário que pagar os débitos existentes, poderá entrar com uma ação de regresso contra o antigo proprietário que deixou a dívida.
Súmula do STF – não pode se cobrar tributos por meio coercitivo.
Lembrar que o caso de responsabilidade de transferência é no caso de impostos, taxas e contribuições que caiam sobre imóveis, alguém comprando a propriedade com esse débito.
Exceção: Aquisição do imóvel em hasta pública (leilão): se arrematar o bem imóvel em leilão, o preço que paga na arrematação, subtende-se que o preço que ele pagou pelo bem, já serve para pagar as dívidas que o bem tem. O imóvel adquirido em hasta pública é livre de qualquer ônus tributário.
Art. 131 CTN – segundo caso de responsabilidade por transferência. Engloba 3 situações, como se fossem 3 casos em apenas 1 artigo: 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; 
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.
	I. tributos devidos na aquisição de bens – o adquirente de quaisquer bens responde pelos tributos (taxas, contribuições de melhoria, contribuição social, qualquer tributo) devidos por esses bens. O art. 130 diz respeito apenas a bem imóvel, diferente desse art. 131, que é de quaisquer bens, não é só bem imóvel. Há bens móveis e a responsabilidade sobre os tributos devidos sobre esses bens móveis, transferem-se para os adquirentes.
	II. sucessores a qualquer título e cônjuge meeiro pelos tributos devidos até a partilha ou adjudicação (se tiver um único herdeiro não há partilha) – no momento que a pessoa falece, se declara aberta a sucessão, e os herdeiros automaticamente são chamados a suceder; não se fala em aceitação de herança. Quem era responsável, quem devia os tributos era quem faleceu, quem praticou o fato gerador. Nesse caso, como quem faleceu não pagou o tributo, o CTN diz que a responsabilidade pelos tributos devidos pelo de cujus, transmite-se para os sucessores a qualquer título e para o cônjuge meeiro, nos limites da herança, pois os herdeiros e o cônjuge não são contribuintes, responderão apenas pelo patrimônio deixado pelo falecido.
 III. a responsabilidade é do espólio (já houve a abertura da sucessão) pelos tributos devidos até a data da abertura da sucessão, que é quando há o falecimento.
Quando a pessoa morre abre a sucessão, os herdeiros são chamados a suceder, mas ainda não se tem identificado quem são os sucessores. Quando não sabem quem são os herdeiros, o Estado ingressa com a ação contra o espólio, que é o conjunto de bens deixados pelo falecido. Quem responde pelo espólio é inventariante, se não, o Estado pede que se nomeie um administrador para os bens.
Art. 132 – fala da responsabilidade por transferência nos casos de fusão, incorporação ou cisão (separação, transformação).
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporaçãode outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.
Fusão: duas empresas com personalidades diferentes que se juntam e formam uma nova empresa. Mas, uma das empresas tem dívidas tributárias, e a empresa nova responde por transferência por todas as dívidas de qualquer uma das empresas fundidas. 
Incorporação: uma empresa maior incorpora uma menor, e a nova empresa responde pela empresa menor, assume a responsabilidade da empresa menor.
Cisão: pega uma empresa e transforma em outra, mudando a razão social ou a finalidade. Ou de uma empresa, gera duas empresas.
O caso que está descrito no art. 133 do CTN é um dos mais importantes de responsabilidade por transferência. É o caso mais comum que pode suscitar uma responsabilidade por transferência, que é no caso de sucessão de empresas. É o caso de aquisição do fundo de comércio. A empresa é composta da parte física e o fundo de comércio abarca a parte material e imaterial da empresa.
Está adquirindo um fundo de comércio não é só comprar o prédio físico de uma empresa, está apenas adquirindo um bem imóvel. Nesse caso, compra até a parte material e imaterial da empresa, como uma carta de cliente, por exemplo. Adquirindo o fundo, responde pelos débitos da empresa. Adquire todo o maquinário, os bens materiais ou não, para estabelecer naquele lugar a minha empresa; engloba a parte física e funcional da empresa. Nesse caso, existe uma sucessão tributária para o adquirente de fundo de comércio, que responde por transferência pelos tributos devidos pela empresa até a data da aquisição do fundo de comércio. Há uma sucessão de todo o estabelecimento comercial. Não precisa ser uma compra e venda onerosa; o fundo de comércio pode ser gratuito. Essa responsabilidade é se adquiriu fundo de comércio ou estabelecimento.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; se quem vendeu não voltar a exercer a atividade comercial dele, quem adquiriu vai responder integralmente
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Se quem vendeu em até 6 meses abrir um novo estabelecimento comercial no mesmo ramo ou não, quem responde primeiramente é o alienante, e o adquirente responderá subsidiariamente.
	Se não compra o fundo de comércio, não há uma continuidade da empresa. O que importa é saber se houve ou não a aquisição do fundo de comércio.
Se falar em apenas clientela, é a compra do ponto comercial, apenas.
O art. 134 e o art. 135 do CTN trazem a chamada Responsabilidade de Terceiros (art. 134), e a Responsabilidade Pessoal (art. 135).
O art. 135 do CTN diz que as mesmas pessoas do art. 134 também se incluem nesse artigo 135. A princípio dá uma impressão que são coisas semelhantes. Pois o rol de responsáveis é o mesmo.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; nesse caso os pais respondem (os pais não são contribuintes, são responsáveis), mas eles respondem por transferência o tributo devido pelo filho menor, mas só no caso de terem praticado algum ato comissivo ou omissivo que interfira na obrigação que o filho menor fez surgir, e interfere na relação tributária. Esse inciso não quer dizer que os pais sempre respondem, é só no caso do caput. O contribuinte ainda é o filho. Essa responsabilidade não é solidária e sim subsidiária (para a doutrina); o pai só responde caso não possa ser cobrado um tributo do contribuinte por um motivo praticado pelo próprio pai.
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.
Se a pessoa age, pratica algum ato ou deixa de praticar, gerando uma dificuldade na arrecadação, essa pessoa vai responder solidariamente como contribuinte pelo débito devido.
A pessoa pode ser incapaz em relação a idade, ou por algum problema de capacidade absoluta ou relativa, mas isso não retira da pessoa o fato dela poder ser sujeito passivo da obrigação tributária, qualquer um pode ser.
Quando se trata de pessoa jurídica, independe dela estar ou não registrada na Junta Comercial. Basta que ele se enquadre numa hipótese normativa de incidência.
Nesse art. 134 o inadimplemento é normal. No art. 135 já vai direto no responsável, pois houve dolo dele.
No art. 134 não precisa haver dolo, má-fé, ilicitude. Só quem responde subsidiariamente são os sócios da empresa, pois não houve má-fé, apenas pela omissão dele de não registrar a empresa; os empregados não respondem.
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.
Esse artigo traz uma responsabilidade pessoal, que também os pais respondem pelos tributos devidos pelos filhos menores. Nesse artigo a responsabilidade dos pais é exclusiva, direta. O Estado já vai diretamente cobrar do pai, ou das pessoas descritas no artigo, isoladamente, com o seu patrimônio, se ele praticar algum ato ilícito, doloso, de má-fé violando um contrato social de uma empresa. Exclui totalmente a responsabilidade do filho.
*Domicílio Tributário*
É o local onde o contribuinte deverá recolher seus tributos pelos fatos geradores por ele praticados. A quem ele deve recolher os tributos pelos fatos geradores por ele praticados.
O domicílio civil não quer dizer que ali seja o domicílio tributário. Eles não se confundem.
		
Pessoa Natural
- A regra geral é que o domicílio da pessoa natural é o domicílio eleito pelo contribuinte diante da autoridade arrecadadora. Essa regra se aplica mais para os tributos Estaduais e Municipais.
Essa regra foi criada para evitar conflitos entre entidades tributantes diferentes.
O tributo da União não importa onde a pessoa deve recolher, pois só é pago realmente à União, e não tem mais de uma.
Ex.: a pessoa é profissional autônomo, se inscreve no cadastro de Aracaju como profissional autônomo, e recolhe anualmente ISS para o Município de Aracaju. Mas, vai prestar um serviço em outro Município, e o serviço foi pago nesse outro lugar e a pessoa emitiu uma nota fiscal. O domicílio ainda vai ser em Aracaju, pois é onde eletem cadastro feito. Por mais que preste serviço em outro Município, prevalece o domicílio eleito.
- A outra regra, ou seja, na ausência de domicílio eleito, a pessoa é prestadora de serviço como autônoma, mas não tem inscrição de profissional aqui em Aracaju. Na ausência de domicílio eleito, o Município que arrecada o ISS é o local da sua residência fixa, onde ele reside. É excludente da primeira regra.
- E se ele não tiver residência fixa? O tributo vai ser recolhido no local onde ele praticou o fato gerador, onde ele exerce a atividade econômica dele. Também é uma regra excludente das regras anteriores.
Pessoa Jurídica
As regras não diferem muito da pessoa natural.
- A regra básica da pessoa jurídica é sempre o local da sede da empresa, que é onde a empresa tem o seu cadastro, o seu registro.
Se a empresa tem sede em Aracaju, mas desloca algum empregado para prestar serviço em outro Município, vai recolher o tributo em Aracaju, pois ela vai faturar aqui. O empregado vai prestar serviço representando a empresa.
- Caso a empresa tenha filiais abertas em outras localidades, existe um outro estabelecimento empresarial nessa outra localidade, então nesse caso, a filial responde naquele local onde ela fica, e é lá que ela recolhe os tributos gerados pela filial. Nesse caso quem responde é a filial. A sede continua com o seu domicílio tributário que ela pratica algum fato gerador ou então respondendo por lugares que não tenha filial.
- A última regra, é que se o fato gerador da obrigação tributária somente poderia ser praticado em uma determinada localidade fora da sede e não havendo filial. Se o fato gerador só puder ser praticado in loco, é naquele local que será recolhido o tributo devido, como por exemplo, um Município vai recolher o ISS no local onde a obra foi realizada. Mas, se a empresa tem sede em Aracaju e foi contratada para fazer um projeto de obra para o Município de Socorro, o tributo vai ser recolhido em Aracaju, pois é na sede, ele não é desempenhado só em Socorro (é diferente da Obra).
3. Desconsideração
Se o credor sentir dificuldade de encontrar o contribuinte naquele local, ele pode desconsiderar o domicílio.
Em qualquer hipótese acima o Estado pode desconsiderar o domicilio tributário legal, se verificar que está havendo dificuldade na arrecadação, e tributar no local onde preponderantemente o individuo tem suas atividades econômicas. Por ser mais fácil. Isso não é critério aleatório, só quando crie embaraços, dificulte a arrecadação ou a fiscalização.
*Crédito Tributário*
A obrigação tributária nasce com a prática do fato gerador.
O crédito tributário é uma etapa e é obrigatória na relação obrigacional tributária.
A obrigação tributária não se confunde com o crédito tributário.
Obrigação Tributária ≠ Crédito Tributário
 O crédito é uma formalização da obrigação tributária. É como se fosse a liquidação da obrigação tributária. É o Estado constituir um valor líquido, certo, para que depois ele possa cobrar. É tornar a obrigação um valor sabido, e tornar a existência válida daquela obrigação; é o Estado fazer surgir um título para uma posterior execução. Crédito é um título constituído a favor do Estado.
O crédito tributário é constituído pela entidade arrecadadora, pelo Estado. É uma etapa obrigatória para que futuramente o Estado possa cobrar do contribuinte através de uma execução. 
É a formação de um documento concreto, material, escrito.
O Crédito Tributário é a confirmação de uma obrigação tributária praticada por aquele contribuinte. O crédito tributário deve conter:
. a prática do fato gerador ocorrido
. quando o fato ocorreu, em que momento (para saber a questão da decadência)
. quem é o contribuinte que praticou o fato gerador ou quem é o responsável tributário; quem deve recolher o tributo;
. quanto o contribuinte vai recolher.
A lei que vai servir de base para constituir o crédito, é a lei que vigia na prática do fato gerador.
Após, colhidas essas informações, o Estado vai notificar o contribuinte para recolher, para pagar num prazo determinado.
O crédito é um procedimento complexo. Uma vez esse procedimento constituído, o procedimento está formalizado. Líquido e certo, pois ratificou a existência de uma obrigação tributária válida.
O crédito vem para reconhecer a obrigação tributária. Ele se reporta à data da ocorrência do fato gerador. Uma vez constituído o crédito, a obrigação tributária estará extinta. Não há mais o que se falar em obrigação tributária, a obrigação extingue-se prevalecendo agora o crédito.
Em relação a constituição do crédito, não há mais o que se falar em obrigação tributária; e constituído o crédito, dentro de 5 anos não havendo decadência, não se fala mais em prazo decadencial, e o crédito é válido, perfeito. Os 5 anos de prazo decadencial, servem para o Estado constituir o crédito, ou seja, confirmar o seu direito ao crédito. O crédito tributário se reporta à lei vigente a data da ocorrência do fato gerador. Após isso, após a constituição do crédito, começa a correr o prazo de 5 anos que é prescricional, para entrar com a execução fiscal.
A lei posterior não retroage para atingir fato gerador passado. A lei nova não pode excluir obrigação tributária principal.
Lançamento gera o crédito; é o ato administrativo. É o ato administrativo que constitui o crédito tributário.
	Se em 2000 tem que pagar 100,00, mas só paga 70,00, ou seja, paga a menor, o Estado já sabe quem é o contribuinte, já sabe todas as informações dele, sabendo até que ele pagou menos. Assim, não há o que se falar em decadência, é como se já tivesse pagando o crédito, o Estado tem apenas 5 anos de prazo prescricional para cobrar ao contribuinte a diferença que está faltando.
	Se o contribuinte pagou a mais, ele também tem 5 anos para cobrar do Estado o valor que sobrou (é a repetição do pagamento indevido). Hoje o pagamento antecipado é considerado extinção de crédito, que é feito por ato exclusivo do contribuinte. É como se o contribuinte se auto lançasse, gerando já o crédito. Pagando a mais, o contribuinte tem apenas 5 anos para pedir a devolução do pagamento a maior.
	O crédito tributário tem a mesma natureza jurídica da obrigação tributária. Ele é uma etapa da obrigação, mas não é um instituto novo. Na constituição do crédito tributário, aplica-se a lei da época do fato gerador. Um ato administrativo chamado de lançamento é que faz constituir o crédito, não é um ato discricionário, é vinculado.
Os requisitos do lançamento estão no: art. 142 do CTN. São os requisitos da constituição do crédito tributário. O PU diz que a responsabilidade do agente público de deixar de lançar tributo é uma responsabilidade funcional, que vai responder.
O ato do lançamento que é o ato de constituição do crédito tributário tem uma dupla natureza jurídica: declaratória e constitutiva. É declaratória porque o lançamento é um ato administrativo que primeiramente declara a existência de uma obrigação tributária, ou seja, confirma a existência de uma obrigação. Depois disso, ele vai constituir o crédito tributário. O ato do lançamento termina com a notificação do sujeito passivo para pagar o tributo.
*Espécies de Lançamento*
		O lançamento é o ato de constituição do crédito tributário. Só quem pode constituir o crédito tributário é o Estado. Só quem pode praticar ato administrativo que visa constituir o crédito é o Estado, que vai constituir em seu favor o crédito tributário. Tal ato é chamado de Lançamento.
		O lançamento é um ato administrativo.
		Vai depender do Tributo. Depende da lei especifica de cada tributo. Tem que saber o que é esse lançamento, não há necessidade de saber quando é que se usa esse tipo de lançamento. 
		O lançamento é um ato formal, que constitui o crédito, que sendo constituído, vira um crédito líquido e certo. O crédito tributário lançado não é ainda exigível, mas é um título. 
		O lançamento é um ato vinculado e obrigatório. 
		Cada tributo possuium tipo de lançamento. A lei específica de cada tributo vai dizer como o contribuinte em débito com aquele tributo vai ser lançado para constituir o crédito tributário.
	
		
Lançamento de Ofício: Quando se fala ato de ofício, significa que é um ato praticado pela própria autoridade. É um lançamento que é efetuado por ato exclusivo da Administração Tributária, sem qualquer participação do contribuinte. Quando faz todo aquele requisito de lançamento. A única coisa que o contribuinte faz é praticar o fato gerador. São poucos os lançamentos de ofício. A Administração tem que ter o controle do fato gerador. 
Ex.: IPTU – Pois todo o ato é feito pela Administração Pública; IPVA do carro; ISS quando for prestado por profissional autônomo – pessoa física, porque ele já tem seus dados cadastrados na Prefeitura.
		É quando o Estado sozinho, sem qualquer participação do contribuinte, pratica todos os requisitos formais que o lançamento deve ter, e notifica o contribuinte para pagar. O Estado faz tudo sozinho. 
		Esse tipo de lançamento é minoria, pois para que o Estado faça tudo sozinho, ele tem que ter acesso a ocorrência do fato gerador, o que é difícil de acontecer, é difícil ele saber quando fulano praticou ou vai praticar o fato gerador.
		Mas, tem tributos que o Estado já sabe a prática do fato gerador. 
Ex.: IPTU – o Município tem o seu cadastro imobiliário municipal, já sabendo que em janeiro os proprietários de imóveis devem pagar o IPTU. Basta pegar o cadastro, ele já sabe qual o fato gerador praticado, calcula a alíquota, e notifica o contribuinte. O contribuinte apenas espera o boleto chegar em sua casa.
		Assim também acontece com o IPVA, com o ITR, o ISS de pessoa física, de profissional autônomo. São poucos os tributos que já se sabe quando se ocorre o fato gerador.
Lançamento por declaração: É considerado um lançamento misto. Ocorre quando o sujeito passivo informa todas as circunstâncias materiais da ocorrência do fato gerador para que o sujeito ativo possa formalizar a constituição do crédito tributário. É misto também porque o ente tributante não faz tudo sozinho, ele só faz se o contribuinte informar ao Estado todas as circunstâncias materiais (o que ele fez, como fez, qual foi o valor) do fato gerador para que o Estado calcule o tributo a ser cobrado, aplicando a lei. O Estado faz a parte formal. 
Ex. II, IE, ITBI, ITCMD. 
		É um lançamento meio-termo; o Estado lança, constitui crédito, mas para isso, depende que o contribuinte informe a ele sobre o fato gerador, todas as circunstâncias em que ocorreu o fato gerador. Diante das informações que o contribuinte prestar ao Estado, ele vai acolhê-las, calcular o valor do tributo e depois notificar. Ex.: imposto de exportação; de importação.
		O ente tributante ao colher as informações, ainda vai analisá-las. Existe uma participação do contribuinte, e depois entra o Estado na parte formal, que é pegar as informações, calcular, e notificar para pagar. O lançamento propriamente dito, quem faz é o próprio Estado, porém com um auxílio do contribuinte. Se o contribuinte não prestar as informações, o Estado não vai saber se você praticou ou não o fato gerador, ele não advinha, apenas se a sua mercadoria vinda do exterior parar em uma fiscalização, por exemplo, no caso de IE.
		Antes, o Imposto de Renda era lançamento por declaração. Atualmente, não é mais. Pois quando declara, já paga no mesmo dia. Hoje ele é lançamento por homologação.
		O lançamento por declaração é uma parte feita pelo contribuinte, e outra feita pelo Estado.
Lançamento por Homologação: Também conhecido como Auto Lançamento – ocorre quando o contribuinte realiza toda a operação material e formal para a constituição do crédito tributário e paga antecipadamente o tributo devido. Hoje a maioria é por homologação, ele é o oposto do lançamento de ofício. 
Ex: ISS de Pessoa Jurídica. A empresa é quem faz todo o procedimento. Contribuições sociais, todas elas (PIS, COFINS), Imposto de Renda, ICMS do Estado, IPI, etc. 
		A gama maior dos tributos hoje são lançamento por homologação.
		O contribuinte não se auto-lança, por isso esse tipo de lançamento é assim chamado, mas de forma errada.
		O contribuinte faz tudo sozinho.
		Quando o contribuinte pratica o fato gerador, ele calcula, e depois paga. O Estado não notifica.
		Esse lançamento é composto por 2 etapas: 
		1. o momento do pagamento antecipado pelo contribuinte. Ao praticar o fato gerador, ele calcula e paga.
		. a segunda etapa é, depois que o contribuinte paga antecipadamente o tributo, o Estado tem até 5 anos para homologar o lançamento. Ele tem 5 anos para dizer que o pagamento antecipado que foi feito pelo contribuinte, estava certo. Por isso é que ele é chamado de lançamento por Homologação. Ele tem 5 anos para homologar o lançamento, a partir do dia do pagamento (pois é quando o Estado começa a ter informações sobre a prática do fato gerador).
		É um pagamento antecipado sob condição de uma futura homologação. É um tipo de lançamento em que primeiramente o contribuinte faz tudo sozinho (fato gerador, cálculo e pagamento). Esse pagamento fica condicionado a uma homologação. Se o pagamento não estava correto, dentro da análise do Estado, ele vai sozinho calcular a diferença, aplicando a lei com juros, multa e correção, lançando de ofício, ou seja, notificando para pagar de ofício.
		Se o Estado homologar, extingue a obrigação. Se não homologar, ele vai notificar para pagar a diferença, vai fazer um novo lançamento, só que agora de ofício.
		Se o contribuinte pagou a mais, ele terá 5 anos a contar da data do pagamento, para pedir devolução do que ele pagou a mais.
		Se passar 5 anos e o Estado não homologar, prescreveu o direito do Estado de homologar, ocorre a Homologação Tácita, considera-se homologado, ou seja, o pagamento foi feito de forma correta. Normalmente, quando o Estado homologa dentro do prazo, a homologação é chamada de Expressa.
		O pagamento antecipado hoje é considerado extinção do crédito, sob uma condição resolutiva de uma homologação futura. Considera-se o crédito extinto, mas se no prazo de 5 anos o Estado verificar que houve um pagamento a menor, ele vai notificar para pagar novamente a diferença.
		Antes, o pagamento antecipado não era caso de extinção do crédito, da obrigação. Ele só era extinto na data da homologação. O prazo que corre do dia do pagamento até a homologação, é prazo prescricional.	
	
		O fato gerador do imposto ocorreu em 2000. Nasceu então a obrigação tributária. O contribuinte em maio de 2000, paga o valor de 80,00 ao invés de pagar 100,00. Ou seja, pagou a menos. O Estado tem até maio de 2005 para homologar esse pagamento, ou se foi pago a menos, notificar o contribuinte dessa diferença existente, fazendo um outro lançamento, que é o lançamento de ofício.
		Se em maio de 2000 o contribuinte não pagou nada, até quando o Estado pode cobrar o Tributo não pago por essa obrigação? O prazo para o Estado cobrar, não começa a ser contado da data do fato gerador. E sim a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte, ou seja, janeiro de 2001, e a prescrição acaba em janeiro de 2006. Isso ocorre, pois nesse caso, o contribuinte não pagou nada.
		
		. contribuinte pagou: começa a contar o prazo prescricional a partir da data do pagamento
		. contribuinte não pagou nada: começa a contar o prazo prescricional a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte.
		Na opinião do Professor, esse prazo seria decadencial. Há entendimentos de que se nada foi pago, os 5 anos para que haja a notificação para pagar, é decadência, pois o Estado precisa identificar o crédito, ver a prática do fato gerador, ver que ele não pagou nada, constituir o crédito para depois pagar. Quem não pagou nada, não há o que se falar em extinção do crédito, e sim em decadência. É um entendimento que favorece ao Estado, e não ao contribuinte que paga. O Estado vai ter até 5 anos para lançar, e até 5 anos para cobrar do contribuinte, se eleainda não pagou ao ser notificado. Quem paga vai ser um pouco prejudicado, pois terá apenas 5 anos para cobrar de volta do Estado, o pagamento indevido ou o pagamento feito a maior.
		Se pagou algum valor, o Estado tem até 5 anos para cobrar o valor restante.
		O que deve conter no ato do lançamento – art. 142 do CTN. Esses requisitos servem para qualquer entre tributante, para qualquer tributo e para qualquer tipo de lançamento.
		O lançamento se reporta à data da prática do fato gerador.
     Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
		Verifica o sujeito passivo; a lei vigente na época da prática do fato gerador; cálculo do tributo devido, que é a liquidação da obrigação tributária; após o preenchimento dos requisitos, vai notificar o devedor para pagar.
		Os requisitos formais do lançamento, descritos no art. 142 do CTN servem para todos os tributos, igualmente.
		A maior gama de tributos hoje existentes é de lançamento por homologação.
		Uma vez lançado, o crédito está constituído. Uma vez constituído, o título é líquido e certo, mas não é ainda exigível, pois o lançamento por si só, apesar de constituir o crédito, ele necessita de ser, de estar definitivamente constituído para que ele seja imutável. Sendo imutável, é quando o contribuinte vai pagar.
		O título vira líquido e certo quando ocorre o lançamento. Exigível, é quando o lançamento está definitivamente constituído, e ele fica assim, quando não for mais possível sofrer uma modificação.
*Causas de Modificabilidade do Crédito Tributário*
		Existem 3 hipóteses em que o lançamento feito pode sofrer alteração. Se não ocorrer nenhuma dessas 3 hipóteses, o lançamento se torna imutável, e passa a ser definitivamente constituído, sendo líquido, certo e exigível (já pronto para instruir o processo de execução fiscal).
		Se essas causas aparecerem, o lançamento poderá ser modificado.
Impugnação do Sujeito Passivo
É a primeira causa de modificabilidade.
Quando o contribuinte recebe o lançamento, que é a notificação formal para pagamento, o contribuinte vai ter 30 dias para pagar ou impugnar o lançamento. Uma vez lançado, ele poderá pagar ou impugnar. 
. Se ele pagar, o crédito tributário estará extinto.
. Se ele não pagar, e nem impugnar, ou seja, não fizer nada, passando os 30 dias, o crédito estará definitivamente constituído, não podendo mais ser alterado, já começando a contar o prazo prescricional de 5 anos para o Estado cobrar. A prescrição para entrar com a Execução Fiscal só começa a contar quando o crédito já está definitivamente constituído.
. Se ao invés de pagar, o contribuinte nos 30 dias impugnar o lançamento, que é a Impugnação do Sujeito passivo, é uma defesa administrativa do ato de lançamento. O contribuinte estará impugnando o lançamento. Ele vai discutir administrativamente aquele lançamento. Essa impugnação é dirigida a própria autoridade que lançou, que é o julgador da primeira instância administrativa. É como se ali tivesse fazendo uma defesa administrativa, para que a própria autoridade que lançou revise aquilo. Pode alegar erro de fato, erro material no lançamento, que o agente fiscal verificou de forma errada os fatos geradores que ocorreram, pode provar que já houve o pagamento de alguma parte, que houve lei de direito, que a lei usada não vigorava na época do fato gerador, etc. São muitos argumentos que o contribuinte pode alegar. Vai ser dirigido à própria entidade que o autuou.
Enquanto essa defesa administrativa tiver sob análise da autoridade que autuou o contribuinte, não está correndo o prazo prescricional para o Estado cobrar ao contribuinte. O Estado acatando a impugnação do contribuinte, ele vai anular o lançamento, e extinguir o crédito. Então, por isso que quando ele analisa a impugnação do contribuinte, não tem cabimento contar o prazo para ele cobrar. Enquanto houver defesa sub judice, não corre prazo prescricional, e o Estado não pode executar o contribuinte enquanto não sair a decisão administrativa. O lançamento pode ser anulado totalmente ou parcialmente.
Após julgar o recurso, o Estado lança novamente, só que com o lançamento correto.
Recurso de Ofício
É o reexame necessário. Duplo grau de jurisdição necessário. Se o julgador de primeira instância administrativa julgar favorável a impugnação do sujeito passivo, ou seja, é a favor do contribuinte e contra a fazenda pública autuante, ele remete o recurso à autoridade da segunda instância administrativa. O processo vai ser reapreciado em uma segunda instância administrativa, independentemente de um recurso do Estado. Isso ocorre quando o estado é sucumbente na primeira instância administrativa. Ele é remetido a segunda instância para uma reanálise.
Se a impugnação for julgada improcedente, ou seja, favorável ao Estado, mantendo aquele lançamento, vai ocorrer a manutenção do lançamento, daquele crédito que foi constituído. Se o contribuinte quiser, ele vai poder entrar com um recurso, é voluntário.
O reexame necessário ocorre apenas quando o Estado for sucumbente na primeira instância.
Enquanto o processo administrativo estiver sendo analisado pela segunda instância, também está suspensa qualquer exigibilidade do crédito, o contribuinte não poderá ser cobrado, pois a segunda instância em sua decisão final poderá reformar o lançamento. O prazo prescricional também não estará correndo.
Após a decisão da segunda instância, que é a última instância, o crédito estará definitivamente constituído, e o Estado já terá o prazo de 5 anos para cobrar do contribuinte.
O contribuinte pode resolver entrar com uma Ação Judicial, mas nesse caso, não suspende a exigibilidade do crédito, o Estado pode executar, não impede o curso do prazo prescricional. 
Apenas os recursos administrativos é que vão suspender o prazo prescricional, e que impede o Estado de cobrar o contribuinte. É mais vantagem entrar com recurso administrativo.
O segundo caso de modificabilidade do crédito (Recurso de Ofício), só vai existir se houve primeiramente a impugnação do sujeito passivo, ou seja, o primeiro caso.
O julgador da segunda instância, é o Conselho de Contribuintes, que é formado geralmente de 3 membros da Fiscalização Estadual, 3 membros da sociedade Civil e o Presidente que geralmente é um auditor fiscal. A segunda instância é mais isonômica que a primeira. É mais fácil ganhar na segunda instância.
Revisão de Ofício nos casos do art. 149 do CTN
É quando o Estado lança e ele mesmo sem qualquer ato do contribuinte avoca esse lançamento para um julgador de primeira instância, para rever esse lançamento. O Estado ao lançar, ao notificar o sujeito passivo, ele avoca o lançamento e rever todos os requisitos do lançamento que foram feitos, sem que o contribuinte tome qualquer iniciativa.
Ex.: o auditor lança, e envia a cópia ao julgador da primeira instância administrativa. É como se o Estado estivesse pedindo uma segunda opinião. 
É uma revisão feita pela própria entidade que lançou. É um caso exclusivo dos lançamentos efetuados que ocorre em algumas modalidades do art. 149 do CTN.
Essa avocação de ofício só acontece nos casos em que ocorre uma das situações do art. 149 do CTN.
Cada inciso trata basicamente de um erro de direito, um erro jurídico.
Esse caso de modificabilidade, é se o contribuinte não impugnar. Mas a Fazenda Pública que lançou vai rever o lançamento e pode de ofício modificar o lançamento ou até mesmo anular.
Se o contribuinte impugnou, não tem porque ter essa revisão.
Art. 149. O lançamentoé efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.
*Suspensão da Exigibilidade do Crédito*
O crédito quando está definitivamente constituído não pode mais ser alterado, e torna-se um título líquido, certo e exigível. O Estado pode instruir a Execução Fiscal.
Mas, pode ser ainda que esse crédito tenha sua exigibilidade suspensa, ou seja, o Estado fica impedido de cobrar, de executar. Essa suspensão é o impedimento do Estado de executar o crédito.
A suspensão da prescrição também ocorre. 
Art. 151 do CTN.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
          VI – o parcelamento. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes.
Exigibilidade do crédito está suspensa: o art. 151 diz quais são os motivos pelos quais o Estado credor não poderá ingressar em juízo com a execução fiscal. Não significa dizer que o crédito está inexiste. Ele existe, mas a sua exigibilidade está suspensa.
Não se pode confundir suspensão da exigibilidade do crédito com suspensão do crédito.
O artigo do CTN fala da suspensão da exigibilidade, que é o Direito que o Estado não terá por algum tempo de ingressar em juízo com a Ação de Execução Fiscal.
A exigibilidade do crédito é o direito de ingressar em juízo; de entrar com a execução.
Moratória
É a dilação, esticamento do prazo para pagamento do débito tributário.
Não é qualquer contribuinte que esteja em débito com a fazenda pública que vai ter direito a moratória. Para ter direito, os débitos tributários já tem que estar definitivamente constituídos. E a moratória só pode ser concedida mediante lei. Ela depende de lei no seu sentido formal. Ela segue o princípio da legalidade tributária para ser concedida.
É um benefício para pagar aquele débito, sem que haja execução contra o contribuinte. O Estado está dando um lapso temporal X previsto em lei, para que o contribuinte pague o seu débito tributário, e durante esse tempo, o contribuinte não poderá sofrer execução fiscal, pois aquele crédito fica com a sua exigibilidade suspensa, e também suspende o curso do prazo prescricional. 
Se o contribuinte não pagar o débito no período que a moratória lhe deu, o Estado vai executar o contribuinte, com o valor adicionado de juros e correção monetária retroativos.
Depois da moratória, a prescrição não corre, fica suspensa, não pagando o débito, o Estado vai ter mais um tempo para cobrar judicialmente.
Ex.: já decorreram 3 anos de prescrição. O Estado tem no total de 5 anos para cobrar do contribuinte. Se o contribuinte não pagar a moratória, o Estado ainda vai ter mais 2 anos para poder cobrar do contribuinte, para executar. Ainda restam esses 2 anos, pois antes da moratória, já havia decorrido 3 anos de prescrição, e depois veio a moratória que suspendeu o prazo de prescrição.
A lei que concede a moratória dá uma espécie de benefício ao contribuinte, que é ter um prazo estendido para pagar o débito. Essa lei ao dar esse prazo, a suspensão da prescrição vai junto, ou seja, não pode exigir aquele débito. 
A lei que concede a moratória, só se aplica, só atinge os débitos devidos até a data em que o contribuinte adere à moratória. 
Ex.: em maio adere a uma moratória – só atinge os tributos que deve até maio. Ganhou a moratória por 2 anos. Só que durante o tempo da moratória, está praticando novos fatos geradores, e estes não estão inclusos na moratória. Se não pagar os próximos tributos, não implica na quebra da moratória, são tributos que não estão inclusos no benefício da moratória. Os tributos novos podem ser executados pelo Estado. Só vai perder o benefício da moratória, se deixar de pagar os tributos da moratória, se quebrar o pagamento do tributo da moratória. Os novos tributos não quebram a moratória.
	A moratória pode ser parcelada. Mas, depende da lei. Não é o contribuinte que vai optar.
	Para cada moratória é uma lei.
	Geralmente a lei que concede a moratória pode ser de caráter geral (atinge a qualquer classe de contribuintes) e de caráter individual (é para uma classe específica de contribuintes).
	Quando a moratória é concedida para uma classe específica, o benefício tem que ser requerido à fazenda pública autuante. Não é só estar presente na lei. Ela vai ser concedida por despacho administrativo.
	A União Federal poderá por lei federal conceder moratória para débitos tributários de competência Estadual e Municipal, desde que também conceda para seus próprios débitos. É uma situação que a princípio poderia violar um pouco o princípio da Competência Tributária. Quando o CTN prevê essa possibilidade, condiciona ao fato de que a União também conceda moratória também para os seus tributos. Se a União quiser conceder moratória com um cidadão que esteja em débito com o ICMS Estadual, ela pode fazer isso, desde que ela também dê a mesma moratória para aquele mesmo grupo de pessoas, em relação aos débitos da União Federal. O que não pode é a União conceder moratória para os débitos estaduais e municipais, e não conceder aos delas, pois se não geraria uma desarmonia no sistema tributário. Serve para que o contribuinte tenha um alívio de qualquer carga tributária de cobrança (tem que ter previsão legal; que o contribuinte pague os tributos dentro dos prazos que diz a moratória).
	Geralmente a moratória é dada a empresas nacionais importantes, para evitar que elas quebrem.
	A moratória visa dar um prazo ao contribuinte para se recuperar, não quebrar de vez.
	Essa competência da União de conceder moratória para Estados e Municípios, é uma exceção a regra, e é chamada de Competência Heterônoma. É a competência dada a União para agir em nome dos estados e municípios na concessão da moratória.
Depósito do montante Integral
O lançamento constitui o crédito tributário. Quando o contribuinte é notificado para pagar o crédito, ele tem 30 dias para pagar ou impugnar o lançamento.
Se o contribuinte não impugnar, e passou os 30 dias e ele não pagar, o crédito se torna definitivamente constituído, não podendo mais ser modificado.
Assim, o crédito se torna exigível. O destino dele vaiser o Estado ingressar com a execução fiscal. Mas o contribuinte pode ingressar ainda judicialmente para discutir a possível nulidade daquele crédito tributário. A CRFB garante o acesso amplo às vias administrativas e as judiciais.
Ele pode discutir judicialmente o crédito tributário que foi lançado, mas que não seja mais passível de discussão administrativa. Quando ele resolve discutir o lançamento judicialmente, ele entre com uma Ação Anulatória do Crédito Tributário, essa ação judicial não gera a suspensão da exigibilidade do crédito. Nesse caso, ele pode ser alvo de uma execução fiscal do Estado, sobre esse crédito que está se discutindo judicialmente. Tal fato não ocorre no recurso administrativo.
O recurso administrativo no prazo, o contribuinte está devolvendo ao órgão autuante, a responsabilidade de rever aquele lançamento. Não teria sentido a própria Administração pública está revendo um lançamento e o contribuinte ainda assim responder a uma execução fiscal, enquanto o recurso está sendo revisto pela Administração, pelo Estado. Ou seja, no momento desse recurso administrativo, o Estado não pode entrar com Execução contra o contribuinte.
Na via judicial não ocorre essa suspensão. Pois para a Administração Pública aquele crédito tributário já se tornou definitivamente constituído. O recurso judicial por si só não suspende a exigibilidade do crédito.
O CTN para evitar prejuízo ao contribuinte, de não ter mecanismo de evitar uma execução enquanto está discutindo judicialmente, inventou o depósito do montante integral. Que é o depósito de uma quantia em dinheiro, nos autos de uma ação judicial para anular aquele lançamento. O contribuinte deposita em juízo o valor exato que está sendo cobrado no lançamento. Se o contribuinte requerer o depósito do montante integral, é obrigatório que o juiz autorize, pois esse depósito suspende a exigibilidade do crédito, de forma automática.
Abre uma conta e o contribuinte deposita em dinheiro o valor do lançamento, e o Estado não vai mais poder entrar com a Execução fiscal contra o contribuinte.
Isso demonstra a boa-fé do contribuinte de não está entrando com uma Ação judicial meramente protelatória. E também é benéfico para a Fazenda Pública, pois ela já vai estar em juízo com todo o crédito garantido. 
Se o contribuinte perder a ação judicial, não precisa que o Estado entre com a Execução, pois o dinheiro já está em juízo. Perdendo a ação, o depósito em juízo já se converte automaticamente em pagamento para a Fazenda Pública. Se o contribuinte ganhar a ação judicial, o depósito feito em juízo volta para ele.
Nesse depósito o contribuinte está garantido o pagamento do Estado.
O depósito só pode ser no valor total. Se ele não depositar no valor total, não suspende a exigibilidade do crédito.
Recursos e reclamações administrativas
São os recursos administrativos.
O inciso II diz que independente de qualquer depósito o recurso administrativo impetrado pelo contribuinte contra o ato do lançamento, já suspende a exigibilidade do crédito tributário.
Qualquer recurso ou reclamação administrativo por si só já suspende a exigibilidade do crédito tributário.
Medida liminar em mandado de segurança
O inciso IV trata dessa medida.
Vai diferenciar do inciso II. 
O mandado de segurança vai discutir um tributo que está sendo cobrado de forma indevida, violando literal disposição de lei, ou sendo o tributo inconstitucional, o contribuinte, para discutir a ilegalidade ou a inconstitucionalidade, já ingressa diretamente com um MS, para defender um direito líquido e certo de não ser tributado com base em legislações que não tem previsões jurídicas.
O MS não cabe dilação probatória. Não cabe depósito do montante integral no MS.
Só cabe esse depósito em uma ação ordinária, como por exemplo, a Ação Anulatória do crédito, acima referida.
No MS não discute formalidade. Vai defender a violação de um direito líquido e certo. Não discute a parte material do lançamento.
O contribuinte vai discutir ilegalidade do ato do lançamento.
Uma liminar no MS, também suspende a exigibilidade do crédito tributário. Tem que provar ao juiz o fumus boni iuris e o periculum in mora. O juiz concede uma liminar para que até o mérito do MS suspenda a exigibilidade do crédito.
Liminar ou antecipação de tutela em ações ordinárias
Abrangeram a liminar do MS, a liminar ou antecipação de tutela para qualquer ação ordinária, para requerer a suspensão da exigibilidade do crédito.
Com esse inciso, fez com que caísse mais o uso do inciso II, pois nem todos tem dinheiro para fazer o depósito em juízo.
Aqui ele entra com ação ordinária, anulatória, e prova em juízo que o seu direito é bem fundado, através de uma liminar ou antecipação de tutela, com os seus respectivos requisitos.
Isso abarcou o inciso IV, pois ficou sem sentido. E acabou abarcando a situação do inciso II, que é o depósito do montante integral. Ficou em desuso, mas não ficou sem efeito. Se ele não tiver direito na liminar, se ela não for concedida, ele poderá requerer o depósito do montante integral.
6. Parcelamento
É o parcelamento dos débitos tributários do contribuinte perante a Fazenda Pública. 
É o contribuinte desde que autorizado por lei, requerer ao Estado o benefício de enquadrar o seu débito naquela lei que prevê o parcelamento. Ao fazer isso, o Estado vai aplicar aquele parcelamento dentro dos limites que a lei estabelece. 
O parcelamento obedece ao princípio da legalidade tributária. Não se pode parcelar débito tributário sem lei que preveja esse parcelamento.
Às vezes nem todos os débitos são possíveis de serem parcelados.
Se o contribuinte se enquadrar no parcelamento, ele vai assinar um contrato com o Estado, que é o termo de confissão de dívida e parcelamento fiscal. Aqui não prevalece a autonomia da vontade, e sim o enquadramento em dispositivo de lei.
Quando assina o contrato confessando a dívida e aderindo ao parcelamento, através do termo de confissão de dívida e parcelamento, a partir desse momento vai ocorrer a interrupção da prescrição.
Como tinha débitos com o Estado, ele constituiu o crédito, e então começa a correr o prazo prescricional. Enquanto estiver cumprindo o parcelamento, não há o que se falar em exigibilidade do crédito tributário, e nem em prescrição, pois ela zera, está interrompida.
Se o contribuinte parou de pagar o parcelamento, o débito vincendo se antecipa, e o contribuinte é notificado para pagar. A partir daí, o Estado vai ter 5 anos para poder cobrar do contribuinte, pois a prescrição ficou zerada, como se fosse um novo lançamento.
Se ele pagar o parcelamento na íntegra, encerra o crédito pelo pagamento.
Os demais casos de suspensão da exigibilidade do crédito, suspendem a exigibilidade do crédito, como por exemplo, quando a moratória é concedida, ela vai suspender a prescrição.
Moratória e os outros casos do art. 151: suspendem a prescrição
Parcelamento: interrompe a prescrição. Começa a contar do zero.
Na moratória pode haver até um parcelamento, mas não é a sua função principal, que é a concessão de prazo para pagar.
Concedida a moratória, todos os créditos atingidos por ela, não poderão sofrer execução fiscal e o contribuinte vai ter a seu favor a suspensão da prescrição. A moratória vai suspender a prescrição, essa vai ser contada de onde parou.
Quando não cumpre o parcelamento, o Estado atualiza o débito e notifica o contribuinte a pagar.
*Exclusão do crédito tributário*
Art. 175 do CTN – traz 2 casos de exclusão do crédito.
Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.
Extinção ≠ Exclusão
O pagamento é a principal forma de extinção das obrigações tributárias, do crédito tributário.
Extinção: é o fim do crédito tributário pela satisfação do crédito

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