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BRICS

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GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO
BRICS
Em economia, BRICS é um acrônimo que se refere aos países membros fundadores (Brasil, Rússia, Índia e China) e à África do Sul, que juntos formam um grupo político de cooperação. Em 13 de abril de 2011, o "S" foi oficialmente adicionado à sigla BRIC para formar o BRICS, após a admissão da África do Sul (em inglês: South Africa) ao grupo. 
Os membros fundadores e a África do Sul estão todos em um estágio similar de mercado emergente, devido ao seu desenvolvimento econômico. É geralmente traduzido como "os BRICS" ou "países BRICS" ou, alternativamente, como os "Cinco Grandes".
Apesar do grupo ainda não ser um bloco econômico ou uma associação de comércio formal, como no caso da União Europeia, existem fortes indicadores de que "os quatro países do BRIC têm procurado formar um "clube político" ou uma "aliança", e assim converter "seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica." Desde 2009, os líderes do grupo realizam cúpulas anuais.
A sigla (originalmente "BRIC") foi cunhada por Jim O'Neill em um estudo de 2001 . Desde então, a sigla passou a ser amplamente usada como um símbolo da mudança no poder econômico global, distanciando-se das economias desenvolvidas do G8 em relação ao mundo em desenvolvimento.
 De acordo com um artigo publicado em 2005, o México e a Coreia do Sul seriam os únicos outros países comparáveis ​​aos BRICS, mas suas economias foram inicialmente excluídas por serem consideradas mais desenvolvidas, uma vez que já eram membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Usando as últimas projeções demográficas e modelos de acumulação de capital e crescimento de produtividade, o grupo Goldman Sachs mapeou as economias dos países BRICs até 2050. Especula-se que esses países poderão se tornar a maior força na economia mundial. Se os resultados correrem como esperado em menos de 40 anos as economias BRICs juntas poderão ser maiores que as dos G6 (Estados Unidos da América, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) em termos de dólar americano (US$).
O estudo ressalta que cada um dos quatro enfrenta desafios diferentes para manter o crescimento na faixa desejável. Por isso, existe uma boa chance de as previsões não se concretizarem, por políticas ruins, simplesmente má sorte, ou por erro nas projeções.
O grupo possuirá mais de 40% da população mundial e juntos terão um PIB de mais de 85 trilhões de dólares (US$). Em 2050, os BRICs já serão as maiores potências econômicas do mundo; ultrapassando assim a União Européia e o ainda em crescimento Estados Unidos da América. Se formado um bloco econômico, seria uma parceria perfeita para o sucesso extremo e a onipotência mundial.
O Brasil desempenharia o papel de país exportador agropecuário, tendo como principais produtos a soja e o boi. Tudo isso seria necessário para alimentar mais de 40% da população mundial. A cana-de-açúcar também desempenharia papel fundamental na produção de combustíveis renováveis e ecologicamente corretos, como o álcool e a recente atração, o biodiesel. Além de fornecer matérias-primas essenciais a países em desenvolvimento, como o petróleo, o aço e o alumínio, que também são encontrados nos parceiros latinos, fortemente influenciados pelo Brasil, como Argentina, Venezuela e Bolívia. Mas talvez o mais importante papel do Brasil estaria em suas reservas naturais de água, na fauna e na flora, ímpares em todo o mundo, que em breve ocuparão o lugar do petróleo na lista de desejos dos líderes políticos de todos os países. O Brasil ficaria em 5º lugar no ranking das maiores economias do mundo em 2050.
A Rússia desempenharia papel parecido ao do Brasil, fornecendo matéria-prima e abasteceria a grande população dos BRICs com sua grande produção agropecuária devido à seu extenso território. Mas teria também como papel a exportação de mão-de-obra altamente qualificada e tecnologia de ponta herdadas da Guerra Fria. Além de todo seu poderio militar.
A Índia terá a maior média de crescimento entre os BRICs e estima-se que em 2050 esteja no 3º lugar no ranking das economias mundiais, atrás apenas de China (em 1º) e EUA (em 2º). Com sua grande população, a indústria ficaria situada neste país, e também por ter grandes investimentos na profissionalização de sua população e investimentos em tecnologia, além de toda sua tradição nas ciências exatas. Com também grande poderio militar.
Estima-se que a China seja em 2050 a maior economia mundial, tendo como base seu acelerado crescimento econômico sustentado durante todo início do século XXI. Terá grande concentração de indústria devido à sua população e tecnologia. Também com grande poderio militar. A China se encontra atualmente num processo de transição do socialismo para o capitalismo que já deverá estar completo em 2050, mas ainda não se sabe se o governo irá continuar totalitarista ou se a China irá evoluir completamente para um país democrático aos moldes ocidentais impostos pelos Estados Unidos após a Guerra Fria.

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