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Sistema Financiero Nacional Completo

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Sistema Monetário Internacional
Sistema Monetário Internacional
Moeda
O termo moeda vem do latim moneta, nome do lugar onde se cunhavam moedas na Roma antiga: em uma casa situada ao lado do templo da deusa Juno Moneta, sob cuja proteção se encontrava. Devido à vizinhança do templo com a casa onde se fundiam os denarios (daí "dinheiro"), as moedas tomaram esse nome. 
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Conceito de Moeda
Moeda corresponde ao meio de pagamento legal utilizado para facilitar as trocas de bens e serviços, isto é, para realizar transações e quitar obrigações. Vale destacar que existem diferentes definições de “moeda”
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Conceito de Moeda
O que distingue a moeda das outras formas de riqueza é sua característica de ser o mais líquido dos ativos. Liquidez, aqui, quer dizer sua capacidade de se transformar em dinheiro vivo ou facilidade com que o bem pode ser convertido em meio de troca da economia.
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Escambo
No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. 
Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. 
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Escambo
Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras.
Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias.
O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse risco de doenças e de morte.
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Metal
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus utensílios e armas anteriormente feitos de pedra.
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata.
Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença no poder mágico destes metais e no dos objetos com eles confeccionados. 
Moeda de Papel (cédulas)
Na Idade Média recibos de depósitos de ouro em pó circulavam como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter sua pureza garantida. Esses comprovantes chamavam-se recibos de ourives, pois eram neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.
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Moeda fiduciária (fiducia = confiança, fé): é aquela emitida pelos bancos centrais de cada país e cujo único valor é devido a sua aceitação (ou a seu curso forçado imposto por lei), sua emissão é livre de qualquer necessidade de reservas pela autoridade monetária, ou seja, não é lastreada.
Moeda lastreada é um título que tem por base a existência de reservas de metais preciosos (principalmente ouro) emitido pela autoridade monetária. 
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As Funções da Moeda
A moeda tem diversas funções reconhecidas, que justificam o desejo de as pessoas a reterem:
Meio de troca: como vimos, a moeda como meio de troca, permitiu a superação da economia de escambo e a passagem à economia monetária. É a função essencial da moeda, considerada por alguns autores como a razão principal de seu aparecimento. O benefício advindo dessa função é a facilitação do processo de produção e de distribuição, ampliando consideravelmente as possibilidades de especialização produtiva.
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As Funções da Moeda
Medida de valor: ocorre quando há a conversão dos valores de todos os demais bens e serviços. Isto é, quando a moeda torna-se denominador comum de valores. A facilidade está na possibilidade de agora denominar todos os bens e serviços da economia em relação a um único bem. Anteriormente, na economia de escambo, existia o problema de se mensurar o valor de todos os bens. 
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As Funções da Moeda
Reserva de valor: traduz uma forma de guardar riqueza. Esta função não é exercida apenas pela moeda, existindo outras formas de ativos, financeiros e não financeiros, que podem atender a mesma finalidade, dominando os ativos monetários. Entretanto, por sua liquidez e pela incerteza quanto às possibilidades futuras de conversão em moeda de outros ativos, a moeda é um reservatório por excelência de poder de compra. 
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Evolução do Sistema Monetário Internacional
1870-1914: padrão ouro
1918-1939: período entre guerras
1946-1973: Bretton Woods
Atual: pós Bretton Woods 
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Padrão ouro (1870 – 1914)
O padrão ouro teve como origem o uso de moedas de ouro como meio de troca, unidade de conta e reserva de valor;
A Resumption Act, de 1819 marca a primeira adopção de um verdadeiro padrão ouro (no Reino Unido). 
Mais tarde, por volta de 1870, a Alemanha, a França, os Estados Unidos, o Japão e outros países adoptaram o padrão-ouro. 
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Equilíbrio Externo sob o Padrão Ouro
Bancos centrais
Responsabilidade principal era preservar a paridade oficial entre as suas moedas e o ouro.
Adotaram políticas que levaram o componente do superávit (ou déficit) da balança financeira exclusive reservas a se comportar no mesmo ritmo do déficit (ou superávit) total das balanças corrente e de capital. 
Muitos governos adotaram a atitude do laissez-faire em relação às transações correntes.
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Período entre guerras (1918-1939)
Há a suspensão do padrão ouro durante a I Guerra Mundial. Os governos envolvidos com a guerra emitem moeda sem lastro para financiar gastos militares; 
A emissão de moeda sem lastro continuou no pós-guerra para financiar os gastos públicos da reconstrução; 
O resultado dessas ações levou a alta dos preços das economias (inflação) e a oscilação acentuada das paridades cambiais das principais moedas; 
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Tentativa de retorno ao padrão ouro - Conferência de Gênova (1922) 
Os EUA retornaram ao padrão-ouro em 1919;
A Conferência de Gênova (1922) foi uma tentativa de se retornar ao padrão ouro;
Firmado um acordo que incluía a volta ao padrão ouro e a cooperação entre os bancos centrais; 
 A Inglaterra defendia que para resgatar a confiança no sistema a paridade deveria voltar ao valor anterior a guerra; 
 Os níveis de preços eram superiores ao de antes da guerra, bem como a base monetária. 
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A Inglaterra voltou ao padrão-ouro em 1925 com a paridade anterior a guerra, causando massiva deflação ao longo do Império Britânico;
A libra se valorizou e os produtos ingleses perderam competitividade gerando um impacto econômico negativo;
Há a estagnação e o declínio da Inglaterra como centro econômico mundial;
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A Grande Depressão (1929) 
Com o prosseguimento da grande depressão vários países renunciaram às obrigações do padrão ouro e permitiam a flutuação das moedas no mercado de câmbio;
Os EUA adotam a política de restrições ao comércio internacional – Retaliação dos países;
Surge o estado protetor (intervenção do estado na economia) para manter níveis adequados de emprego; 
 Muitos países optaram pelo isolamento internacional (solução individualista) visando proteção interna e o enfraquecimento dos outros; 
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A Grande Depressão (1929) 
O isolamento levou os países a uma recuperação lenta dos efeitos da depressão – desperdiçou-se uma grande oportunidade do mundo avançar mais rápido economicamente; 
Com um comércio internacional mais livre e maior cooperação a recuperação poderia tersido mais rápida;
Este pensamento é que inspirou, posteriormente, o sistema monetário internacional após a II Guerra Mundial – o acordo de Bretton-Woods.
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Sistema Bretton Woods (1946 – 1973)
Nasceu da experiência dos eventos do período entre as guerras;
Em 1944, 44 países se reúnem numa tentativa de criar um sistema monetário internacional que possibilitasse:
A obtenção de equilíbrio externo (contas correntes sem superávits ou déficits exacerbados) com liberdade ao comércio internacional;
A obtenção de equilíbrio interno (pleno emprego + estabilidade de preços) em harmonia com o equilíbrio externo;
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Sistema Bretton Woods (1946 – 1973)
Os EUA assumem posição de destaque nos acordos pois eram, sem comparação, a maior economia do mundo no momento, detendo 70% das reservas mundiais de ouro.
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Fundamentos do Sistema Bretton Woods
O dólar norte-americano funcionaria como moeda-chave do sistema;
As taxas de câmbio dos países eram fixas, mas ajustáveis, em relação ao dólar norte-americano; 
O dólar foi fixado em US$ 35,00 por onça de ouro;
As reservas dos países seriam em dólar e/ou ouro;
O FED assumiu a responsabilidade de trocar os dólares por ouro na paridade oficial acordada, quando solicitado;
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 Sistema Financeiro Nacional
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 Sistema Financeiro Nacional - Estrutura
O que é o Sistema Financeiro Nacional?
O Sistema Financeiro Nacional - SFN é um conjunto de órgãos que regulamenta, fiscaliza e executa as operações necessárias à circulação da moeda e do crédito na economia. É composto por diversas instituições. 
O SFN se divide em subsistema normativo e subsistema de intermediação ou operativo. 
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O subsistema normativo é formado por instituições que estabelecem as regras e diretrizes de funcionamento, além de definir os parâmetros para a intermediação financeira e fiscalizar a atuação das instituições operativas.
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O subsistema de intermediação ou operativo é composto pelas instituições que atuam na intermediação financeira e têm como função operacionalizar a transferência de recursos entre fornecedores de fundos e os tomadores de recursos, a partir das regras, diretrizes e parâmetros definidos pelo subsistema normativo.
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Subsistema Normativo
Subsistema de Intermediação
Sistema Financeiro Nacional
 Sistema Financeiro Nacional - Estrutura
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Conselho Monetário
Nacional(CMN)
Banco Central (BACEN)
Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) 
Superintendência de Seguros Privados SUSESP 
Sistema Normativo
Responsável pelo
funcionamento do 
mercado financeiro e de suas instituições
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Superintendência Nacional Previdência Complementar
PREVIC
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Conselho Monetário Nacional – CMN
O Conselho Monetário Nacional é o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional. É composto pelo Ministro de Estado da Fazenda,  Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do BACEN.
É o responsável por expedir as diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. 
É um órgão normativo, não é executor - ele regula o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras, mas quem fiscaliza, são o BACEN e a CVM.
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Conselho Monetário Nacional – CMN
Suas principais atribuições são:
Estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia. Por exemplo, é competência do CMN definir a meta de inflação no País e disciplinar todos os tipos de crédito;
Regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras.
Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos.
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 Sistema Financeiro Nacional - Estrutura
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 Sistema Financeiro Nacional - Estrutura
Banco Central do Brasil – BACEN
É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, combatendo a inflação. Dentre suas atribuições estão:
Autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras;
Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;
Receber recolhimentos compulsórios de instituições financeiras;
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Banco Central do Brasil – BACEN
Realizar operações de empréstimo às instituições financeiras;
Exercer o controle de crédito e da movimentação de capitais estrangeiros;
Emitir moeda.
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Comissão de Valores Mobiliários – CVM
É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país, promovendo medidas incentivadoras para a canalização de poupança de investimentos ao mercado de capitais – é competência da CVM tudo que diz respeito a valores mobiliários - ações, por exemplo, são valores mobiliários. Para este fim, procura:
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Comissão de Valores Mobiliários – CVM
assegurar o funcionamento eficiente dos mercados de capitais (bolsas de valores e mercado de balcão);
das instituições operadoras do mercado de capitais;
proteger os investidores, coibir fraudes e manipulação do mercado;
assegurar transparência de informações do mercado de capitais
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Superintendência de Seguros Privados - SUSEP 
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; é responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, Entidades de Previdência Privada Aberta e Capitalização. 
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Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC)
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes estabelecidas CMN e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. 
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 Sistema Financeiro Nacional - Estrutura
Instituições
Especiais
Sistema de Intermediação
Banco do Brasil
BNDES
CEF
Demais Instituições
Bancos Múltiplos
Bancos Comerciais
Soc. Crédito Financeiro e Investimento
Corretoras e Distribuidoras
Bolsas
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Banco do Brasil
Sociedade Anônima de capital misto, controlada pela União;
Agente financeiro do Governo Federal: na execução de sua política creditícia e financeira sob a supervisão do CMN;
 Banco Comercial: pode exercer atividades próprias dessas instituições; 
Banco de Investimento e Desenvolvimento: financia atividades rurais, industriais, comerciais e de serviços, além de fomentar a economia de diferentes regiões.  
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Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
O BNDES é uma empresa pública federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que apoia e financia a longo prazo investimentos em diversos segmentos econômicos como agricultura, indústria, infraestrutura, comércio e serviços, além de investimentos sociais nas áreas de educação, saúde, agricultura familiar e outras.
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Caixa EconômicaFederal - CEF
A Caixa Econômica Federal é uma instituição financeira, sob a forma de empresa pública do governo federal, com patrimônio próprio e autonomia administrativa. É um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.
A CEF executa atividades características dos bancos comerciais e múltiplos;
Outros objetivos da CEF: 
Administrar com exclusividade os serviços de loterias federais;
Constituir-se no principal arrecadador do FGTS;
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Caixa Econômica Federal – CEF
Ter o monopólio das operações de penhor, que são empréstimos garantidos com bens de valor e alta liquidez como joias, metais preciosos, pedras preciosas, etc.. 
A CEF é o principal agente do SFH, atuando no financiamento da casa própria. 
Os recursos para o SFH são originados pelo FGTS, cadernetas de poupança e fundos próprios dos agentes financeiros.
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Bancos Múltiplos e Comerciais
Há algumas diferenças entre os bancos múltiplos e os bancos comerciais, mas que não interessam em nosso curso. De maneira simplificada, podemos dizer que bancos são instituições financeiras que realizam operações ativas (operações de crédito), passivas (operações de captação) e serviços diversos como:
Contas correntes;
Empréstimos;
Investimentos (CDBs, p. ex)
Crédito e financiamento (financeiras);
Arrendamento mercantil (leasing).
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Bancos Múltiplos e Comerciais - Bancos / Carteiras de Investimento
Um tipo mais especializado de banco são os bancos de investimento, instituições financeiras especializadas em:
financiamento de capital fixo e capital de giro, a médio e longo prazos;
administração de recursos de terceiros (administração e venda de fundos de investimento);
Os bancos de investimento frequentemente são carteiras(partes) dos bancos múltiplos.
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Bancos de Desenvolvimento
São instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e têm como objetivo proporcionar os recursos necessários ao financiamento, a médio e alongo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo estado.
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Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento
São também conhecidas por financeiras. 
São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão “Crédito, Financiamento e Investimento”.
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Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
São instituições cuja área de atuação é, basicamente, o mercado acionário, de câmbio e de commodities (mercadorias). Dentre suas principais funções estão:
operar em bolsas por conta própria e de terceiros;
administração de carteiras e custódia de títulos e valores mobiliários (as ações, debêntures e bônus de subscrição);
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Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
intermediar operações de câmbio;
praticar operações de compra e venda de metais preciosos e outras mercadorias , no mercado físico, por conta própria e de terceiros.
As distribuidoras podem ser vistas como corretoras que não podem realizar algumas das atividades destas.
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Bolsas
Em termos práticos, temos no Brasil uma empresa chamada BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, criada em 2008 a partir da integração entre a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). Juntas, formam uma das maiores bolsas do mundo em valor de mercado, a segunda das Américas e a líder no continente latino-americano.
Para facilidade de entendimento, consideraremos que existem duas bolsas, a BOVESPA e a BM&F; na primeira são negociadas basicamente ações, e na segunda commodities(mercadorias), moedas e índices.
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 Mercado Financeiro
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 Mercado Financeiro
Em uma economia, de um lado existem os que possuem poupança financeira e, de outro, os que dela necessitam. A intermediação entre os dois lados ocorre no mercado financeiro.
Para fins didáticos, o mercado financeiro pode ser subdividido em quatro mercados: 
Mercado Monetário b) Mercado de Crédito
Mercado de Capitais d) Mercado de Câmbio
Na prática, ocorre sobreposição entre os quatro mercados.
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Mercado de Monetário
Neste mercado, são negociadas, basicamente, operações de curto e curtíssimo prazos.
A política monetária do Governo é executada por meio desse mercado, com a compra e venda de títulos emitidos pelo Banco Central:
 BBC – Bônus do Banco Central
 NBC – Notas do Banco Central
 Mercado Financeiro
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Mercado de Crédito
É o mercado principal onde os tomadores de recursos se relacionam com os intermediários financeiros, para suprir as necessidades de capital de giro e as necessidades de financiamentos de bens e serviços.
Exemplos de operações de crédito:
empréstimos para capital de giro;
descontos de títulos;
conta garantida;
adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC);
repasse de recursos externos;
financiamento de importação.
 Mercado Financeiro
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Mercado de Capitais
A finalidade do mercado de capitais é a de financiar as atividades produtivas e o capital de giro das empresas, por meio de recursos de médio e longo prazos.
Principais instrumentos de financiamentos existentes no mercado de capitais brasileiro:
ações;
debentures;
notas promissórias (comercial papers).
 Mercado Financeiro
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 Mercado de Câmbio
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Mercado de Câmbio
No mercado de câmbio são negociadas moedas internacionais conversíveis, pelas instituições credenciadas pelo Banco Central.
Algumas das moedas estrangeiras mais negociadas no mercado de câmbio brasileiro:
dólar dos Estados Unidos;
iene japonês;
euro (União Europeia);
libras esterlina (Grã-Bretanha);
franco suíço
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O que é Câmbio?
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Câmbio: é toda operação em que há troca de moeda nacional por moeda estrangeira ou vice-versa.
Ex1: Um exportador recebe dólares de seu importador e para obter os reais correspondentes, precisa vendê-los a um banco autorizado a operar em câmbio, pelo Banco Central.
Ex2: Um importador precisa transformar seus Reais em dólares, para remetê-los ao seu fornecedor no exterior, para tanto, precisa comprá-los de um banco autorizado a operar em câmbio, pelo Banco Central. 
Mercado de Câmbio
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O câmbio e suas influências na economia 
O câmbio é a relação da moeda nacional com a moeda estrangeira. É a razão de troca de uma moeda por outra. Estabelece, por exemplo, que para se comprar US$ 1,00 são necessários R$ 3,54. Ou seja, significa que a taxa nominal de câmbio do real para o dólar norte-americano é de 3,54 para 1,00.
Mercado de Câmbio
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O câmbio e suas influências na economia 
A leitura pode ser feita de outra forma, isto é, da quantidade de dólares necessários para se adquirir R$ 1,00. Basta dividir US$ 1,00 por R$ 3,54 (1,00 ÷ 3,54). O cálculo mostra que são necessários US$ 0,2825 (vinte e oito centavos de dólar) para se comprar R$ 1,00. A primeira forma de apresentação, R$ 3,54 x US$ 1,00, é a mais utilizada. 
Mercado de Câmbio
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Mercado de Câmbio
Política de Câmbio
A política de câmbio é uma estratégia que pode ser utilizada para aumentar tanto as exportações quanto as importações, dependendo do interesse do país. Exemplo: se o governo optar por um decréscimo na taxa de câmbio o valor da moeda se depreciará em relação às outras moedas. Com uma moeda mais barata, as exportações são incentivadas uma vez que os produtos fabricados internamente se tornam mais baratos no mercado internacional.65
Mercado de Câmbio
Flutuações Cambiais 
Apreciação (ou valorização) cambial
 
Ocorre quando o R$ aumenta seu valor em relação ao US$1. Se, de R$ 3,54 x US$ 1,00 a taxa mudar para R$ 3,20 x US$ 1,00, houve uma valorização do real ou, de modo equivalente, uma desvalorização do dólar em relação ao real. Neste caso, diz-se que o “dólar caiu”. 
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Flutuações Cambiais 
Depreciação (ou desvalorização) cambial
 
Acontece quando o R$ reduz seu valor em relação ao US$. Se, de R$ 3,54 x US$ 1,00 a taxa se alterar para R$ 3,75 x US$ 1,00, houve uma desvalorização do real frente ao dólar, ou uma valorização do dólar em relação ao real. Costuma se dizer, agora, que o “dólar subiu”. 
Mercado de Câmbio
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Conforme explicado anteriormente, a taxa de câmbio, no Brasil, é o preço em moeda nacional de uma unidade de moeda estrangeira.
Exemplo: R$ 3,54/US$ 1
Um elevação da taxa de câmbio significa desvalorização.
Uma redução da taxa de câmbio significa valorização.
Mercado de Câmbio
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Uma desvalorização cambial tende a desestimular as importações e estimular as exportações, pois, no mercado interno, encarece os bens importados e aumenta a renda dos exportadores e, no mercado externo, barateia os bens que o país exporta. Uma valorização cambial tem o efeito inverso.
Mercado de Câmbio
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Exemplo 1:
Taxa de Câmbio(nominal) em 20/05/2004 = R$ 3,20/US$
Preço em Reais de um par de sapatos produzido no Brasil = R$ 50
Preço em Dólares de um par de sapatos = R$ 50/3,20 = US$ 15,6
Taxa de Câmbio (nominal) em 05/06/2010 = R$ 1,84/US$
Preço em Dólares do par de sapatos = R$ 50/1,84 = U$ 27,2
Mercado de Câmbio
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Exemplo 1:
∆% do preço do par de sapatos em dólares 
27,2 – 15,6 x 100 = + 74,2% 
 15,6
Conclusão: o exportador brasileiro perde competitividade no exterior e as exportações de sapatos diminuem.
Mercado de Câmbio
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Mercado de Câmbio
O que é o Mercado de Câmbio?
Mercado de câmbio é o ambiente abstrato onde se realizam as negociações de moedas estrangeiras entre os agentes autorizados ou credenciados pelo Banco Central do Brasil (bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem) e entre estes e seus clientes.
 
A necessidade do mercado de câmbio decorre, fundamentalmente, da internacionalidade do comércio e da livre movimentação global de capitais, em confronto com a nacionalidade das moedas. 
Se houvesse apenas uma moeda no mundo, não existiriam os complexos problemas cambiais
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Principais Funções dos Mercados de Câmbio
Viabilizar a transferência de recursos entre os agentes econômicos/financeiros, dos diversos países. 
Fornecer crédito para transações de negócios internacionais.
Minimizar exposição aos riscos de flutuação das Taxas de Câmbio.
Mercado de Câmbio
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Mercado de Câmbio
O que é o Mercado de Câmbio?
É o mercado que reúne compradores e vendedores de moedas estrangeiras, sob supervisão do Banco Central.
Os compradores e vendedores são normalmente exportadores, importadores, 
turistas e investidores.
Os bancos e corretores são intermediários nessas operações.	
 
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Mercado de Câmbio
Somente o BACEN autoriza outros órgãos a operar nesse mercado (normalmente bancos, casas de câmbio, hotéis de turismo, Correios, portos, aeroportos, etc.).
Pelos Correios é possível efetuar pagamentos e recebimentos de importação e exportação, através de vale postal, até o limite de US$ 50 mil.
Responsabilidade: As instituições financeiras precisam indicar um diretor responsável. 
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Mercado de Câmbio
Operações em reais: as pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem realizar transferências internacionais, em reais, sem limitação de valores, desde que a outra parte seja agente autorizado pelo Bacen a operar no mercado de câmbio.
Operações de arbitragem: compra e venda de moedas estrangeiras, a um só tempo e de diferentes nacionalidades, com a finalidade de obter lucro com a desigualdade momentânea entre as cotações.
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Estrutura do Mercado Cambial
Corretor
Corretor
Vendedor
Banco
Comprador
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No mercado cambial iremos encontrar dois grupos:
Grupo Vendedor: exportadores, turistas, tomadores de empréstimos, vendedores de serviços e especuladores.
Grupo Comprador: importadores, turistas, compradores de serviços, compradores de títulos e especuladores.
Os bancos atuam como intermediários entre os dois grupos acima, centralizando a compra e venda de divisas.
Mercado de Câmbio
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Os corretores de câmbio atuam como intermediários entre os bancos e as partes interessadas, encarregando-se de procurar as melhores taxas e condições para seus clientes. O Banco Central do Brasil é o órgão executor da política cambial brasileira, é ele quem autoriza os bancos comerciais a operarem no mercado cambial.
Mercado de Câmbio
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Mercado de Câmbio
Taxas de Câmbio
A taxa de câmbio é o valor da moeda do país em relação às moedas estrangeiras, ou destas últimas em relação à primeira. No Brasil, utilizamos o primeiro procedimento: você já deve ter visto a cotação do dólar, do euro e do yen japonês em reais. Isto significa que medimos quantas unidades da nossa moeda compram uma unidade da moeda estrangeira. 
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Mercado de Câmbio
Taxas de Câmbio
A principal moeda negociada no nosso mercado de câmbio é o dólar . 
São quatro as taxas atuais de cotação do dólar:
Comercial: formada pelas operações oficiais de compra e venda de moedas entre bancos e empresas como exportações, importações, captações ou empréstimos.
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Mercado de Câmbio
Interbancário: formada pela negociação entre bancos, com prazo de liquidação financeira D+2.
Paralelo: formada pelas operações informais de negociação de moeda realizadas em casas de câmbio ou doleiros.
Turismo: formada pela negociação de dólares entre pessoas que irão viajar para o Exterior e casas de câmbio autorizadas.
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Taxas de Câmbio
Há, basicamente, duas maneiras de estabelecer a taxa de câmbio de um país. A primeira é chamada de câmbio fixo. Consiste na fixação do câmbio pela autoridade monetária, ou seja, o termo fixo não implica em dizer que seja algo imutável, mas sim que ele é fixado pelo Governo.
Mercado de Câmbio
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Mercado de Câmbio
Taxas de Câmbio
A segunda maneira é o câmbio flutuante, o que significa que a autoridade monetária deixa o valor da moeda nacional flutuar de acordo com a oferta e a demanda de divisas estrangeiras no mercado. 
Uma variação desta modalidade é a chamada flutuação suja (dirty floating), que significa uma intervenção moderada do governo toda vez que a taxa de câmbio flutua além de limites considerados toleráveis pela economia do país.
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Mercado de Câmbio
Regime Cambial
Característica
Flutuação Suja
O BACEN intervém no mercado decâmbiocomprando ou vendendo divisas conforme lhe pareça adequado – sem apredefiniçãode regras.
Bandas
Quando o valor do câmbio ameaça romper limites pré-estabelecidos, o BACEN intervém,comprandoou vendendo moeda estrangeira.
Flutuante
Como num mercado concorrencial de um bem qualquer, oferta e demanda definem a taxa de câmbio.
Fixo
O BACEN compra e vende divisas ao preço por ele estipulado.
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Principais Intervenientes no Mercado Câmbio
Os principais intervenientes no mercado cambial são os que seguem:
Banco Central do Brasil;
Banco autorizados a operar em câmbio;
Empresas que atuam no mercado internacional, e
Corretores de Câmbio(opcional)
 
Mercado de Câmbio
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EVERCÍCOS - TEORIA E PRÁTICA CAMBIAL
Observe o quadro a seguir que apresenta algumas cotações de moedas estrangeiras, em 18.08.15.
Mercado de Câmbio

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