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drogas antipsicoticos

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11/02/2014 
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Prof. MSc Tiago Fernandes 
Introdução 
• Psicose: Distúrbios psiquiátrico grave da percepção da realidade, levando a 
incapacidade de pensar coerentemente e distúrbios do comportamento. 
• Esquizofrenia: 
– Mais importante das psicoses 
– Afeta cerca de 1% da População Mundial (OMS) 
– Inicia-se, geralmente, no fim da adolescência ou início da fase adulta 
– Causas desconhecidas, mas existe uma interação entre fatores genéticos 
e ambientais. Podendo se manifestar em situações de estresse 
emocional. 
– Distúrbio do neurodesenvolvimento: Córtex cerebral (Linguagem, 
percepção, cognição, memória) e Sistema Límbico (Comportamentos 
emocionais e afetivos, sexuais e motivacionais) 
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Fisiopatologia da Esquizofrenia 
• Sintomas Positivos: 
– Anormalidade ou exacerbação de 
uma função normal. 
– Delírios, Alucinações audiovisuais, 
agitação e distúrbios do 
pensamento. 
– As drogas psicóticas são mais 
efetivas no controle dessas 
manifestações. 
 
 
 
Fisiopatologia da Esquizofrenia 
•Sintomas Negativos: 
•Perda ou diminuição de alguma 
função. 
•Apatia, embotamento emocional, 
extrema falta de atenção, pobreza 
no conteúdo da fala 
•Mais crônicos e persistentes. 
Menos responsivos a terapia com 
antipsicóticos 
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Teoria Dopaminérgica da 
Esquizofrenia 
1. Drogas que aumentam a atividade 
dopaminérgica (Levodopa e Carbidopa) 
agravam a esquizofrenia existente ou 
induzem uma psicose paranóide aguda 
2. Eficácia promovida pela forte ligação de 
drogas antipsicóticas, pelo bloqueio do 
recepetor D2 no SNC 
3. Aumento do número de receptores da 
dopamina no cérebro de esquizofrênicos não 
tratados com drogas antipsicóticas 
 
 
 
 
• Dopamina é uma Catecolamina endógena, produzida a partir do 
aminoácido L-tirosina 
Vias Dopaminérgicas no SNC 
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Vias Dopaminérgicas no SNC 
 
 
 
 
 
– Sistema Mesolímbico – 
Mesocortical: Funções 
superiores mentais e 
emocionais (Base da ação 
terapêutica dos 
antipsicóticos) 
– Sistema Tegmentar 
(Hipotálamo-Hipófise): 
Inibição da produção de 
Prolactina 
 
 
Três vias dopaminérgicas cerebrais servem de substrato para os Antipsicóticos: 
 
Sistema Nigroestriatal: Coordenação da postura e do movimento involuntário. 
(Efeitos extrapiramidais) 
Receptores Dopaminérgicos 
• 5 subtipos (D1, D2, D3, D4, D5) 
• Possuem sete domínios membranosos (Receptores serpentina) 
• Acoplados a proteína G (AMPc) 
 
• D1: Aumenta formação AMPc através da estimulação da Adenil ciclase 
• D5: Aumenta formação de AMPc. Afinidade dez vezes maior pela DA 
 
• D2: Diminui a formação de AMPc ao inibir a Adenil ciclase. Abre os canais de 
K+ e bloqueia os canais de Ca++ 
• D3 e D4: Também diminuem a formação de AMPc, mas com expressão mais 
baixa 
 
 A potência clínica antipsicótica e os efeitos colaterais estão 
diretamente ligados a forte afinidade de ligação dos 
agentes antipsicóticos aos receptores D2 
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Farmacodinâmica dos 
Antipsicóticos 
 
• Alguns antipsicóticos também apresentam atividade antagonista extra 
dopaminérgica: 
– Receptores Muscarínicos (Midríase, Boca seca, Retenção urinária) 
– α-adrenérgicos (Hipotensão ortostática, sedação, sensação de 
desfalecimento, depressão dos centros cardiovasculares) 
– Histaminérgicos (Sonolência e Sedação, ao bloquearem os receptores 
H1 a nível central) 
 
 
Antipsicóticos Típicos 
• Fenotiazinas 
• Clorpromazina 
• Potência relativamente baixa (Fraca ligação receptor D2) 
• Bloqueiam receptores α-adrenérgicos, colinérgicos, histaminérgicos 
 
• Flufenazina 
• Alta potência antipsicótica 
• Efeitos extrapiramidais pronunciados 
• Via de Adm  IM – Depósito a cada 2 – 4 semanas 
 
• Tioridazina 
• Baixa potência com acentuada ação anticolinérgica central 
• Baixa incidência de efeitos extrapiramidais 
• Efeitos colaterais: Arritimias e disfunção sexual nos homens 
 
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• Butirofenonas 
 
• Haloperidol 
• Atuam sobre receptores D2 (Forte incidência de efeitos extrapiramidais) 
• Fraca ligação D1 
• Mais indicado em crises agudas 
• Não causa ganho de peso 
• Poucos efeitos autônomos 
Antipsicóticos Típicos 
Antipsicóticos Atípicos 
• Clozapina 
• Liga-se mais fortemente aos receptores D4, 5-HT2, α1 e H1 (Efeitos colaterais 
autônomos e sedativos) 
• Fraca ligação ao receptor D2 (Poucos efeitos extrapiramidais) 
• Limitada para pacientes refratários  agranulocitose e convulsão 
 
• Olanzapina 
• Bloqueio receptores D2, 5HT2, α1 e α2, H1 e muscarínicos 
• Efeitiva também no controle dos sintomas negativos 
• Efeitos colaterais: Sialosquiese, constipação, elevação da prolactina, efeitos 
extrapiramidais, ganho de peso 
• Pode ser utilizado em associação ao lítio no tratamento do distúrbio bipolar 
 
• Risperidona 
• Liga-se principalmente aos receptores D2, 5-HT2 e α1 
• Efeitos colaterais : Hipotensão ortostática, efeitos extrapiramidais (>6mg/dia), 
prolactnemia aumentada 
 
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Efeitos adversos 
• Variam de acordo com o receptor e a área do cérebro afetada 
 
• Sistema Tegmentar (Hipotálamo-Hipófise) 
• Inibição da secreção do Fator Inibidor de Prolactina (FIP): 
– Amenorreia, Glactorreia em mulheres, Infertilidade (Diminui produção 
deFSH e LH) 
– Ginecomastia, diminuição da libido e impotência em homens 
 
• Sistema Nigroestriatal 
– Efeitos extrapiramidais (Centro cerebral de controle dos movimentos) 
– Discinesia Tardia(Movimentos estereotipados involuntários), Acatisia 
(Dificuldade de ficar parado), Parkinsonismo Farmacológico 
 
 
Efeitos adversos 
• Síndrome Neuroléptica Maligna 
– Ocorre em 1% dos pacientes tratados com antipsicóticos e em 10% são 
letais 
– Hipertermia, Rigidez muscular, Hipertensão arterial, Taquicardia, 
Níveis flutuantes de conscicência 
 
• Intervenções: 
– Rehidratação e Resfriamento do corpo 
– Suspender a terapia antipsicótica 
– Terapia a curto prazo com Dantroleno (Relaxante muscular que inibe 
aporte de Ca++ no retículo sarcoplasmártico) e Antiparkinsonianos 
(Bromocriptina)

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