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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE HIDRÁULICA Módulo 1 FLUIDO FLUIDO: Qualquer substância não sólida, capaz de escoar e assumir a forma do recipiente que o contém. líquidos gasosos Uma substância que se deforma continuamente quando sub- metida a uma tensão de cisalhamento. PESO ESPECÍFICO; MASSA ESPECÍFICA; DENSIDADE - Peso específico = P V Unidades usuais: kgf/m3; kgf/dm3; N/m3 (SI); lbf/ft3; ... volume peso da substância Peso específico Massa específica de um fluído é sua massa dividida pelo Volume. ρ=massa/volume Unidade kg/m3,g/cm3 = aceleração da gravidade (9,81 m/s2) massa específica Peso específico gx - Densidade:É a relação entre o peso específico de um fluido e o peso específico da água. d = fluido fluido padrão A densidade é um índice adimensional VISCOSIDADE Propriedade física que exprime sua resistência ao cisalhamento interno. Importante influência no fenômeno do escoamento, no que diz respeito as perdas de pressão dos fluidos; Depende da temperatura e da natureza do fluido; A temperatura tem grande influência na viscosidade. Aumentando a temperatura a viscosidade Diminui para líquidos Aumenta para gases LEI DE NEWTON *A tensão de cisalhamento é proporcional ao gradiente de velocidade. *A viscosidade é a propriedade de um fluido responsável Pela resistência ao cisalhamento. = dvdy Tensão de cisalhamento gradiente de velocidade coeficiente de proporcionalidade Fluidos Newtonianos - obedecem esta lei. Fluidos não Newtonianos - não obedecem esta lei. LEI DE NEWTON A tensão de cisalhamento é proporcional ao gradiente de velocidade. = µ.du/dy VISCOSIDADE DINÂMICA OU ABSOLUTA Exprime a medida das forças internas de atrito do fluido e é justamente o coeficiente de proporcionalidade entre a tensão de cisalhamento e o gradiente de velocidade da Lei de Newton. Indicamos pela letra grega “ mü ” Unidades usuais: poise=1 d.s/cm2, centipoise = poise/100 No sistema inglês lbf. s/ pol2, que chama-se “reyn”. VISCOSIDADE CINEMÁTICA = viscosidade cinemática (nü) viscosidade dinâmica massa específica Unidades usuais: Stoke vale 1 cm2/s, temos também o centistoke que é igual a Stoke/100. PRESSÃO P = F A pressão força área Unidades usuais: kgf/cm2; kgf/m2; bar; psi; Pa; atm; mca; mmHg; ... p LEI DE PASCAL A pressão aplicada sobre um fluido contido em um recipiente fechado age igualmente em todas as direções do fluido e perpendicularmente às paredes do mesmo. TEOREMA DE STEVIN A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto do peso específico do fluido pela diferença de cota entre os dois pontos. pB - pA = x h patm pA = patm + x h TEOREMA DE STEVIN Importante: A pressão de dois pontos na mesma cota é a mesma, não importa a distância entre eles; A pressão entre pontos na mesma cota é a mesma; A pressão independe do formato, do volume ou da área da base do reservatório. pA = pB pC = pD pA - pC = pB - pD = x h Influência do peso específico ESCALAS DE PRESSÃO Pressão absoluta - Pabs medida em relação ao vácuo total exercida pelo peso da atmosfera.Pressão atmosférica - Patm Pressão manométrica - Pman medida, adotando-se como referência a pressão atmosférica. RELAÇÃO ENTRE PRESSÕES Pabs = Patm + Pman PRESSÃO ATMOSFÉRICA varia com a altitude Patm = 1,033 kgf/cm2 = 760 mmHg = 1,033 x 105 N/m2 = 2,1116 x 103lb/pé2 = 29,92 polegadas de Hg. varia com as condições meteorológicas. Escalas de referência para medida de pressão ESCOAMENTO Regime permanente As condições do fluido, como temperatura, peso específico, velocidade, pressão, etc, são invariáveis com o tempo. Regime laminar Regime turbulento NÚMERO DE REYNOLDS Osborne Reynolds, em 1883, realizou experiências para identificar o tipo de regime. água líquido colorido tubo transparente Filete líquido colorido válvula NÚMERO DE REYNOLDS Re = v x D Re v D número de Reynolds (adimensional) velocidade de escoamento do fluido diâmetro interno da tubulação viscosidade cinemática do fluido NÚMERO DE REYNOLDS Limites do número de Reynolds para tubos Re 2000 2000 < Re 4000 Re > 4000 escoamento laminar escoamento transitório escoamento turbulento VAZÃO E VELOCIDADE Vazão volumétrica Q = V t Unidades usuais: m3/h; l/s; m3/s; gpm VAZÃO E VELOCIDADE Vazão mássica Qm = m t Unidades usuais: kg/h; kg/s; t/h; lb/h. VAZÃO E VELOCIDADE Vazão em peso Qp = G t Unidades usuais: kgf/h; kgf/s; tf/h; lbf/h. RELAÇÃO ENTRE VAZÕES Q = Qm Em nossos estudos, daremos ênfase à vazão volumétrica, a qual designaremos apenas por vazão (Q). = Qp VELOCIDADE Relação entre vazão, velocidade, e área da seção transversal de uma tubulação. Q velocidade diâmetro área Q = v x A v = Q A A = x D2 4 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE A1 A2 v1 v2 Qm1 = Qm2 Q1 = Q2 Q1 = v1 x A1 = Q2 = v2 x A2 ENERGIA - Princípio da conservação de energia A energia não pode ser criada , nem destruída, mas apenas transformada. A energia total é constante. Apresenta-se de diversas formas, mas estudaremos somente as de nosso interesse. Energia potencial, de posição ou geométrica (Hgeo) de pressão (Hpr) cinética ou de velocidade (Hv) ENERGIA -energia potencial, de posição ou geométrica (Hgeo) Hgeo ENERGIA -energia de pressão (Hpr) Hpr = p Hpr Hpr ENERGIA -energia de velocidade (Hv) Hv = v2 2g Hv Hv TEOREMA DE BERNOUILLI v1 v2 Z1 p1 v1 2 2g Z2 p2 v2 2 2g plano de referência plano de carga total c a rg a t o ta l -líquidos perfeitos TEOREMA DE BERNOUILLI -líquidos perfeitos Z1 p1 v1 2 2g ++ Z2 p2 v2 2 2g ++= TEOREMA DE BERNOUILLI v1 v2 Z1 p1 v1 2 2g Z2 p2 v2 2 2g plano de referência plano de carga total c a rg a t o ta l -líquidos reais Hp TEOREMA DE BERNOUILLI -líquidos reais Z1 p1 v1 2 2g ++ Z2 p2 v2 2 2g ++= + Hp PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES Perda de carga Atrito entre as partículas fluídas com as paredes do tubo Atrito do fluido com o próprio fluido. Perda de energia ou perda de pressão PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Distribuída L P1 P2P1 > P2 PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Localizada P1 P1 > P2 P2 PERDAS DE CARGA EM TUBULAÇÕES - Tipos de perda de carga Total P1 P3 P2 DARCY-WEISBACK FÓRMULAS DE PERDAS DE CARGA - Distribuída =Hp L f X v2 D X 2g coeficiente de atrito - Reynolds (Re) - rugosidade relativa (k/D) rugosidade da parede do tubo (m) diâmetro do tubo (m) MATERIAL Aço galvanizado 0,00015 - 0,00020 0,0046 0,0060 0,0005 - 0,0012 0,0024 lisos --------- --------- --------- lisos 0,0024 0,0030 - 0,0050 --------- 0,0030 lisos lisos 0,0010 - 0,0030 0,0004 0,00004 - 0,00006 lisos 0,000013 lisos 0,0003 - 0,0010 0,0010 - 0,0020 0,00004 - 0,00006 0,00025 - 0,00050 0,0002 - 0,0010 0,0006 lisos lisos Aço rebitado Aço revestido Aço soldado Chumbo Cimento amianto Cobre ou latão Concreto bem acabado Concreto ordinário Ferroforjado Ferro fundido Madeira com aduelas Manilhas cerâmicas Vidro Plástico k (m) - TUBOS NOVOS k (m) - TUBOS VELHOS Rugosidade das paredes dos tubos DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE Ex. de determinação do coeficiente de atrito “ f ”, por Moody: Fluido Material da tubulação Diâmetro Vazão Viscosidade cinemática Água a 200C; Ferro fundido novo; 200 mm; 0,0616m3/s; 0,000001 m2/s. 1- Determina-se a velocidade média do escoamento : v(m/s) Q = v Ax Q = v x xD2 4 v = 4 x 0,0616 x 0,22 v = 1,961m/s DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE 2- Determina-se o número de Reynolds: Re Re = v x D Re = 1,961 x 0,2 0,000001 Re = 3,92 . 10 5 Re = 392200 escoamento turbulento 3- Determina-se a rugosidade relativa: k/D - para ferro fundido novo, podemos adotar: k = 0,00025 m. k D = 0,00025 0,2 0,00125 DIAGRAMA DE MOODY - ROUSE 0,021 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DE BOMBAS CENTRÍFUGAS Módulo 2 O que é uma bomba hidráulica? Bombas são máquinas operatrizes hidráulicas que transferem energia ao fluido com a finalidade de transportá- lo de uma ponto para outro. Neste processo, o fluido sofre um aumento de pressão, de velocidade ou pressão e velocidade. COMO ACIONAR UMA BOMBA HIDRÁULICA? Motor elétrico Motor a combustão interna Turbinas Energia eólica Energia solar CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS Bombas centrífugas, também chamadas turbobombas; Bombas volumétricas ou de deslocamento positivo; Bombas especiais, p. ex, bombas de vácuo. BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO OU VOLUMÉTRICAS Bomba de engrenagens Bomba de lóbulos BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO OU VOLUMÉTRICAS Bomba de palhetas Bomba de parafusos CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Rotor radial CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Rotor semi-axial CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Rotor axial CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor (es) entre mancais CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Tipo turbina ( verticais) CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - monobloco CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - bomba / motor separados suporte de mancais CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - bomba / motor separados cavalete de mancal CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor em balanço - bomba/motor separados fixação por linha de centro CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Quanto a partição da carcaça partida radialmente partida axialmente CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor entre mancais - múltiplos estágios - bipartida radialmente CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Com rotor entre mancais - múltiplos estágios - bipartida axialmente CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Submersas CLASSIFICAÇÃO DAS BOMBAS CENTRÍFUGAS Tipo turbina verticais axial semi-axial PEÇAS PRINCIPAIS - simples estágio aperta gaxeta rotor rolamento anel centrifugador anel cadeado luva protetora do eixo eixo tampa de pressão corpo espiral anel de desgaste gaxeta suporte de mancal PEÇAS PRINCIPAIS Rotor fechado Fluxo simples Dupla sucção Tubular PEÇAS PRINCIPAIS Rotor aberto de três pás Recuado ou tipo vortex PEÇAS PRINCIPAIS Rotor periférico Rotor estrelado Características Construtivas 2.2.22. Fixação dos rotores PEÇAS PRINCIPAIS Corpo espiral; voluta; carcaça rosqueado flangeado corpo circular PEÇAS PRINCIPAIS Eixo PEÇAS PRINCIPAIS Luva protetora do eixo PEÇAS PRINCIPAIS Anel de desgaste Perdas hidráulicas Devidas a redução da descarga útil da bomba, e se dividem em : • Perdas volumétricas exteriores, devidas à fuga ou vazamentos através da folga entre eixo e caixa da bomba. • Perdas volumétricas interiores, devidas a re- circulação de parte do líquido que sai do rotor para sua entrada novamente. Perdas hidráulicas PEÇAS PRINCIPAIS Gaxetas PEÇAS PRINCIPAIS Anel lanterna ou anel cadeado Vedação de Bombas 3.2.4. Importância da bucha de garganta Vedação de Bombas 3.2.2. Determinação do tamanho e quantidade de anéis Corte dos anéis de gaxeta Selo Mecânico PEÇAS PRINCIPAIS Selo mecânico mola simples molas múltiplas PEÇAS PRINCIPAIS Selo mecânico selo tipo cartucho PEÇAS PRINCIPAIS Rolamentos rolamentos de esferas de uma ou duas carreiras (suporta forças radiais e axiais) rolamentos de esferas de contato angular. Montado em tandem, são capazes de suportar forças radiais e axiais em uma só direção PEÇAS PRINCIPAIS Rolamentos rolamentos de esferas de contato angular. Montado em “ O ” ou “ X ”,, são capazes de suportar forças radiais e axiais nas duas direções rolamentos de rolos cilíndricos de uma só carreira (para suportar só forças radiais) PEÇAS PRINCIPAIS Rolamentos rolamentos autocompensadores de esferas (suporta forças radiais e axiais) PEÇAS PRINCIPAIS Suporte de mancal / Cavalete de mancal PEÇAS PRINCIPAIS Sobreposta ou aperta gaxeta PEÇAS PRINCIPAIS Copo de ressuprimento automático / vareta do nível de óleo PEÇAS PRINCIPAIS Acoplamento Sem espaçador Com espaçador PEÇAS PRINCIPAIS Papelão hidráulico para juntas Empuxo axial Força atuante na direção axial (do eixo), oriunda das pressões laterais atuantes nas faces do rotor, que agem com valores diferentes. EMPUXO AXIAL pressão na parede do rotor no recalque pressão na parede do rotor no recalque Alívio do empuxo axial furos de alívio no rotor ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Palhetas traseiras ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Palhetas traseiras ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Rotor de dupla sucção Rotor de dupla sucção Pressão na descarga Pressão na sucção Pressão na sucção Pressão na descarga ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Rotor de dupla sucção ALÍVIO DO EMPUXO AXIAL Arranjo de rotores SISTEMAS DE BOMBEAMENTO Módulo 3 Operação de bombeamento? É o fornecimento de energia ao liquído para que possa executar o trabalho representado pelo deslocamento de seu peso entre duas posições distintas, vencendo as resistências que se apresentarem em seu percurso. SUCÇÃO POSITIVA OU BOMBA AFOGADA SUCÇÃO NEGATIVA OU BOMBA NÃO AFOGADA ALTURA ESTÁTICA A altura estática é composta das seguintes parcelas: - Altura geométrica (Hgeo) Diferença de cotas entre o nível de sucção e o nível de descarga do líquido. - Carga de pressão Diferença de pressão entre os reservatórios de sucção e de descarga. Caso os reservatórios estejam abertos, esta parcela é nula. prd - prs ALTURA DINÂMICA A altura dinâmica composta das seguintes parcelas: - Perda de carga total ( Hp) Somatória de todas as perdas de carga que ocorrem no sistema, tanto na sucção quanto no recalque. - Carga de velocidade Diferença de velocidade do fluido no reservatório de sucção e no de recalque. Geralmente na prática, esta parcela pode ser desprezada. vrd2 - vrs2 2g ALTURA TOTAL DO SISTEMA Também chamada de altura manométrica total, é composta pela altura estática mais a altura dinâmica. H = Hgeo + prd - prs + Hp + vrd2 - vrs2 2g parte estática parte dinâmica ALTURA TOTAL DO SISTEMA Desprezando a carga de velocidade, teremos: H = Hgeo + prd -prs + Hp Para sistemas abertos, teremos: H = Hgeo + Hp ALTURA DE SUCÇÃO ( Hs) É composta pelas seguintes parcelas: - Altura geométrica de sucção (Hgeos) : Diferença de cota entre o nível do reservatório de sucção e a linha de centro do rotor da bomba - Carga de pressão na sucção ( prs/ ) : Carga de pressão existente no reservatório de sucção. Valor nulo para reservatórios abertos. - Perdas de carga na sucção ( Hps ) : Somatória de todas as perdas de carga entre o reservatório de sucção e o flange de sucção da bomba. - Carga de velocidade na sucção ( vrs2) : Carga de velocidade do fluido no reservatório de sucção. ALTURA DE SUCÇÃO ( Hs) Assim, a altura de sucção pode ser expressa da seguinte forma: H = Hgeos + prs - Hps + vrs2 2g Esquemas típicos de sucção H = Hgeos + prs - Hps ESQUEMAS TÍPICOS DE SUCÇÃO H = Hgeos - Hp H = - Hgeos - Hp ALTURA DE DESCARGA ( Hd) É composta pelas seguintes parcelas: - Altura geométrica de descarga (Hgeod) : Diferença de cota entre o nível do reservatório de descarga e a linha de centro do rotor da bomba - Carga de pressão na descarga ( prd/ ) : Carga de pressão no reservatório de descarga. Valor nulo para reservatórios abertos. - Perdas de carga na descarga ( Hpd ) : Somatória de todas as perdas de carga entre a boca de descarga da bomba e o reservatório de descarga. - Carga de velocidade na descarga ( vrd2) : Carga de velocidade do fluido no reservatório de descarga. ALTURA DE DESCARGA ( Hd) Assim, a altura de descarga pode ser expressa da seguinte forma: H = Hgeod + prd + Hpd + vrd2 2g A seguir, veremos alguns esquemas típicos de descarga: ESQUEMAS TÍPICOS DE DESCARGA H = Hgeod + Hp H = Hgeod + prd + Hp ESQUEMAS TÍPICOS DE DESCARGA H = Hgeod + Hp H = Hgeod + Hp ESQUEMAS TÍPICOS DE DESCARGA H = Hgeod + Hp H = - Hgeod + Hp ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL - Projeto H = Hgeo + . 10 + Hp + prd - prs vrd2 - vrs2 2g m/s kgf/cm2 mm kgf/dm3 m/s2 m HIDRÁULICA DE BOMBAS CENTRÍFUGAS Módulo 4 CURVAS CARACERÍSTICAS DAS BOMBAS São representações gráficas que traduzem o funcionamento das bombas, obtidas em bancos de prova. INFORMAM VALORES DE: Vazão; Altura manométrica; Diâmetro de rotor; Rendimento; Potência consumida NPSH, etc ESQUEMA DE UM BANCO DE PROVA medidor de vazão painel de controle válvula reservatório de água bomba manômetro na sucção motor manômetro no recalque BANCO DE ENSAIOS PARA BOMBAS CENTRÍFUGAS Para a realização de ensaios em bombas, deve-se ter no mínimo os seguintes equipamentos e instrumentos para diversas medições: Freio dinamométrico para medição de potência; Manômetros de vários tipos, aplicáveis a diversas faixas de pressão; Termômetros; Conta-giros de aplicação direta, ou estroboscópio; Tubos de Pitot, vertedores, placas de orifício, para medição da vazão; Densímetros; viscosimetros; Voltímetros, amperímetros e watímetros. OBTENÇÃO DA CURVA CARACTERÍSTICA Depois que a instalação da bomba juntamente com ao aparelhos de medição estiverem instalados, procede-se da seguinte forma: Partimos a bomba e fechamos totalmente a válvula de descarga, obtendo assim a vazão zero; Mede-se a pressão diferencial nos manômetros colocados na sucção e descarga; Neste ponto teremos a pressão diferencial máxima, também chamada de “shut off”; Transformamos essa pressão em mca; Neste ponto, fazemos as leituras das medições elétricas obtidas no painel de controle para determinarmos a potência consumida e o rendimento OBTENÇÃO DA CURVA CARACTERÍSTICA Já temos o valor da vazão, Q0; da altura manométrica H0 ; da potência consumida P0 e do rendimento 0, em uma determinada rotação, geralmente : II , lV , Vl e Vlll pólos; Faz-se a leitura da rotação; Abre-se um pouco a válvula de descarga, obtendo assim uma nova vazão, uma nova altura manométrica, uma nova potência consumida e um novo rendimento ou seja, Q1, H1, P1 e 1 Repete-se esse procedimento diversas vezes, obtendo novos pontos de vazão, altura manométrica, potência consumida e rendimento; OBTENÇÃO DA CURVA CARACTERÍSTICA Com estes pontos, plotamos em um gráfico, otendo assim uma curva para um determinado diâmetro de rotor; Se variarmos o rotor desde um diâmetro máximo, até um diâmetro mínimo e a cada diâmetro repetirmos os passos anteriores, obteremos uma família de curvas para determinado tamanho de bomba e em uma determinada rotação. Exemplo de uma curva característica: PLOTAGEM DOS PONTOS OBTIDOS ( H x Q ) Q H Q0 H0 Q1 Q2 Q3 H3 H2 H1 D1 = diâmetro máximo D2 D3 D4 = diâmetro mínimo D1 > D2 > D3 > D4 TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS Dependendo da hidráulica da bomba, as curvas podem se apresentar de várias formas. - Tipo estável Q H Q H H1 Q1 Q2 TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS - Tipo instável Q H TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS - Tipo inclinada Q H TIPOS DE CURVAS CARACTERÍSTICAS - Tipo plana POTÊNCIA Potência hidráulica Ph = x Q x H 270 Potência consumida pela bomba P = x Q x H 270 x Unidades Q = H = 270 = Ph = = kgf/dm3 m3/h m fator de conversão CV CURVAS DE RENDIMENTO O rendimento de uma bomba centrífuga é plotado em curva característica própria. Geralmente se apresentam de duas maneiras: Qótima máx Q CURVAS DE RENDIMENTO 86% 85% 85% 80% 80% 70% 70% D1 D2 D3 D1 D2D3 86 85 80 70 H Q % CURVA CARACTERÍSTICA COMPLETA - Altura manométrica x Vazão CURVA CARACTERÍSTICA COMPLETA - Potência consumida x Vazão PONTO DE TRABALHO Q H P ponto de trabalho curva da bomba curva de rendimento curva de potência consumida curva do sistema Qt Pt Ht t Intersecção da curva da bomba com a curva do sistema MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Qual o motivo de se alterar o ponto de trabalho ? flexibilizar o sistema de bombeamento; adequar a bomba a uma nova necessidade operacional; evitar sobrecarga no acionador; etc. MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Atuando no sistema curva do sistema válvula aberta válvula parcialmente aberta curva da bomba ponto de trabalho inicial Q H Q1 H1 Q2 H2 novo ponto de trabalho MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Outras forma não usuais de alterar o ponto de trabalho, atuando no sistema: Variando as pressões nos reservatórios; Mudando os diâmetros das linhas; Inclusão ou exclusão de acessórios na linha; Modificação do lay-out das linhas; Mudança dos níveis do fluido nos reservatórios; etc. MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Atuando na bomba - variando a rotação Q H rotação 2 rotação 1 ponto de trabalho 2 ponto de trabalho 1 curva do sistema Qt2 Qt1 Ht1 Ht2 rotação 1 > rotação 2 MUDANÇA DO PONTO DE TRABALHO Atuando na bomba - variando o diâmetro do rotor diâmetro 1 > diâmetro 2 Q H diâmetro 2 diâmetro 1 ponto de trabalho 2 ponto de trabalho 1 curva do sistema Qt2 Qt1 Ht1 Ht2 LEIS DA SIMILARIDADE Q Q1 n n1 = H H1 n n1 = 2 P P1 n n1 = 3 Vazão proporcional a rotação Altura manométrica varia com o quadrado da variação da rotação Potência consumida varia com o cubo da variação da rotação Seleção de Bomba Centrífuga CAVITAÇÃO / NPSH Módulo 5 UMA DEFINIÇÃO SIMPLESDE CAVITAÇÃO: Intensa formação de bolhas de vapor na zona de baixa pressão da bomba e posterior colapso destas bolhas na região de alta pressão. CONSEQÜÊNCIAS DA CAVITAÇÃO Barulho e vibração; Alteração na performance da bomba; “Pitting” das palhetas do rotor. EXEMPLO DE ROTOR “CAVITADO” ENSAIOS LABORATORIAIS DETERMINARAM: Colocando-se corpos de provas de diversos materiais sujeitos a cavitação e depois de um certo tempo mediu-se a perda de material destes corpos de prova e fixando o valor 1,0 para perda de material para o ferro fundido, temos: Ferro fundido 1,0 Bronze 0,5 Aço cromo 0,2 Liga de bronze alumínio 0,1 Aço cromo níquel 0,05 MATERIAIS RESISTENTES À CAVITAÇÃO ferro fundido alumínio bronze aço fundido bronze fosforoso bronze manganês aço níquel aço cromo ligas de aço inoxidável especiais PRESSÃO DE VAPOR A temperatura na qual um líquido entra em ebulição depende da pressão exercida sobre este líquido. T T1 p <<<< p1 T <<<< T1 p1 Para uma determinada temperatura a pressão que resulta na ebulição de um líquido, é a pressão de vapor deste líquido p TABELA DE PRESSÃO DE VAPOR PARA ÁGUA NPSH N P S H NET POSITIVE SUCTION HEAD NPSH disponível NPSH requerido Fase de operação NPSH disp = Ps + Patm- Pv x10 + vs 2 + Zs 2g CÁLCULO DO NPSH DISPONÍVEL m kgf/dm3 m/s m kgf/cm2 m/s2 NPSHd Q NPSH Disponível - característica do sistema NPSHr Q NPSH Requerido - característica da bomba CONDIÇÕES PARA NÃO CAVITAÇÃO sem cavitação operação com cavitação NPSHr VAZÃO Por razões de segurança, deve-se considerar que o NPSHdisponível seja 15% maior que o NPSH requerido, ou no mínimo, 0,5 metros. FATORES QUE AUMENTAM O NPSH DISPONÍVEL Posicionar a bomba o mais próximo possível do tanque de sucção; Utilizar o menor número possível de acessórios, tais como curvas, válvulas; derivações, etc; Diminuir a temperatura do fluido bombeado; Aumentar o desnível de sucção quando positivo / diminuir quando negativo; Rebaixar o nível físico da bomba; Utilizar uma pré-bomba ( booster ); FATORES QUE AUMENTAM O NPSH DISPONÍVEL Pressurizar o tanque de sucção; Utilizar tubulações lisas na sucção; Utilizar tubulações de maior diâmetro na sucção; Diminuir a vazão utilizando a válvula de recalque; INDUTOR rotor sem indutor rotor com indutor NPSHreq Q NPSHr NPSHr NPSHr < NPSHr ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS Módulo 6 QUAL MOTIVO DE SE ASSOCIAR BOMBAS? Não existe bomba centrífuga adequada para atender uma determinada vazão ou altura manométrica; Existe variações na vazão; Existe variação no consumo; Variações na vazão afluente; Diminuição nos custos de implantação; Etc. ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE ASSOCIAÇÃO EM PARALELO Quando associamos bombas, devemos obter a curva resultante desta associação. Como regra geral, em associações de bombas em série, as alturas manométricas se somam, mantendo-se as vazões constantes. Já em associações de bombas em paralelo, as alturas manométricas permanecem constantes enquanto as vazões se somam. ASSOCIAÇÃO DE BOMBAS ASSOCIAÇÃO EM PARALELO - Bombas iguais H H1 Q Q1 2Q 2Q1 H Q Curva da bomba Associação de 2 bombas x x Q2 2Q2 xH2 ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE - Bombas iguais 2H2 Q H Q1 H1 Q2 H2 2H 2H1 Bomba Associação Q H x x x ASSOCIAÇÃO EM PARALELO Maior flexibilidade ao sistema, tanto na operação quanto na implantação; Mais unidades a serem mantidas; Motores super dimensionados em relação ao ponto de operação; Espaço de instalação maior; O número excessivo de bombas faz com que cada uma opere muito a esquerda do seu ponto de projeto. Escolha do número de bombas BOMBAS DE VÁRIOS ESTÁGIOS As bombas de múltiplos estágios nada mais são do que uma associação de bombas em série. CONCLUSÕES Quando associamos bombas em série ou em paralelo, devemos levar em consideração: Preferência a curvas estáveis; Selecionar bombas iguais; Dimensionar corretamente os diâmetros das tubulações de recalque; O NPSH disponível deverá sempre atender ao NPSH requerido; O motor deverá atender todos os pontos de trabalho possíveis no sistema; Verificar a pressão máxima suportada no flange das bombas subseqüentes.
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