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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA Máquinas de Fluxo Projeto de Rotores (Capítulos 4, 5, 10 e 11 - Macintyre) (Aulas 20 a 24) Prof. Dr. Wilson Luciano de Souza 06/06/2021 1. Teoria elementar da ação do rotor das bombas centrífugas - Projeção Meridiana - Diagrama das Velocidades - Pás Inativas e Pás Ativas - Ação das Pás sobre o Líquido - Equação das Velocidades - Equação Fundamental das Turbobombas - Influência da Forma da Pá sobre a Altura da Elevação - Avaliação da Altura Manométrica H 2. Discordância entre os resultados experimentais e a teoria elementar - Influência do Número Finito de Pás no Rotor - Influência da Espessura das Pás 3. Fundamentos do projeto das bombas centrífugas Plano de Aula (Aula 20) Máquinas de Fluxo Departamento de Engenharia Mecânica – DMEC/CCET/UFS 2 Hipóteses Simplificadoras • Fluido ideal; • Escoamento permanente; • Escoamento ao longo de uma linha de corrente (filete líquido); • Número infinito de pás; • Espessura das pás infinitamente pequena. 3 Projeções Normal e Meridiana 4 Efeito da Direção de Curvatura das Pás nos Rotores das Bomba Centrífugas A curva tipo drooping é típica de rotores que possuem as palhetas b2 > 90º, ou seja, palhetas inclinadas para frente. 5 Efeito da Direção de Curvatura das Pás nos Rotores das Bomba Centrífugas 6 Efeito da Direção de Curvatura das Pás nos Rotores das Bomba Centrífugas 7 Diagrama de Velocidades 8 Diagrama de Velocidades 9 Efeito da Direção de Curvatura das Pás nos Rotores das Bomba Centrífugas 10 Diagrama de Velocidades • V2 – Vetor velocidade absoluta do fluido (vista pelo observador externo – é a velocidade com que a partícula sai do rotor). Resulta da composição geométrica dos vetores U2 e W2; • U2 – velocidade de arrastamento (velocidade periférica, tangencial ou circunferencial = wr); • W2 – Vetor velocidade relativa do fluido (vista pelo observador interno). 11 Vm2 = componente meridiana ou radial de V2 Diagrama de Velocidades 12 • Wm2 e Vm2 = componentes meridianas ou radiais de W2 e V2; • WU2 e VU2 = componentes periféricas ou de arrastamento de W2 e V2; Determinação das Velocidades na Entrada da Pá • B.I.B. páginas 236 e 237: – Considerando o fluido sem pré-rotação na entrada da pá (a = 90º) e desprezando a sua espessura: • Velocidade tangencial do rotor: • Velocidade radial do rotor (Vm1): • Velocidade relativa do rotor: 60 1 1 nD U 111 tan bUVr 2 1 2 11 UVW r 13 Diagrama de Velocidades • a - ângulo formado pelo vetor velocidade absoluta V, com a do vetor velocidade circunferencial U; • b - ângulo formado pela direção do vetor velocidade relativa W, com o prologamento em sentido oposto do vetor U. É chamado de ângulo de inclinação das pás. 14 Diâmetro Interno e Externo do Rotor 15 Ângulo de Entrada e de Saída da Pá 16 Altura de Entrada e de Saída da Pá 17 Altura de Entrada e de Saída da Pá 18 Espessura de Entrada e de Saída da Pá 19 Determinar para o Rotor os Seguintes Dados • D2, D1, b2, b1, b2, b1, s2, s1, n2, n1, H, Q, Pmotriz_consumida, Pmotriz_acionamento: 20 Dados Medidos no Rotor • Diâmetro externo: D2 = 150,3 mm; • Diâmetro interno: D1 = (D1’+ D1’’)/2 = 54,9 mm; • Altura de saída da pá: b2 = 5,6 mm; • Altura de entrada da pá: b1 = 9,4 mm; • Espessura de saída da pá: S2 = 5,2 mm; • Espessura de entrada da pá: S1 = 4,6 mm; • Ângulo de saída da pá: b2 = 28º; • Ângulo de entrada da pá: b1 = 18º; • Número de pás do rotor: Z = 7. 21 Dados Medidos no Rotor (Considerações) • O ângulo de entrada da pá, b1, em geral, fica compreendido entre 15º e 30º (B.I.B., 237p); • Conferir o número de pás do rotor e o ângulo de saída da pá, b2 , usando um dos seguintes métodos: –a) Widmar Sugere: • Z < .D2.10 (D2 em metros); (Z < 4,72) –b) Stepanoff dá a seguinte regra prática: • Z = (Valor de b2 em graus)/3. (Z = 9,33) 22 Dados Medidos no Rotor (Considerações) • Conferir o número de pás do rotor e o ângulo de saída da pá, b2 , usando um dos seguintes métodos: – c) Carlo Malavasi recomenda: • Para alturas de elevação pequenas e médias e para D2/D1 = 1,4 a 2, temos, • Para alturas de elevação grandes e para D2/D1 = 1,8 a 2,5, temos, 23 Dados Medidos no Rotor (Considerações) • No exemplo temos D2/D1 = 150,3/54,9 = 2,73, Carlo Malavasi recomenda: • Para alturas de elevação grandes e para D2/D1 = 1,8 a 2,5, temos, 24 Projeto 25 Projeto 26 Fonte: Relatório do 2º projeto da equipe composta por: Alana Melo, Alessandro Souza e Gultembergue Carvalho, 2018.2. Projeto (Rotor 1) 27 D2 = 172 mm; D1 = 55,3 mm; b2 = 16,3 mm; b1 = 16,6 mm; S2 = 10,30 mm; S1 = 10,2 mm. Projeto (Rotor 2) 28 D2 = 120,8 mm; D1 = 33,23; b2 = 12 mm; b1 = 10 mm; S2 = 5 mm; S1 = 5 mm. Projeto (Rotor 3) 29 D2 = 86 mm; D1 = 43 mm; b2 = 9,8 mm; b1= 14 mm; S2 = 5,5 mm; S1 = 5,5 mm. Projeto (Rotor 4) 30 D2 = 95 mm; D1 = 45 mm; b2 = 13 mm; b1 = 11,5 mm; S2 = 4 mm; S1 = 4 mm. Projeto (Rotor 5) 31 D2 = 144,1 mm; D1 = 58 mm; b2 = 9,22 mm; b1 = 9,08 mm; S2 = 3,5 mm; S1 = 5,78 mm; Projeto (Rotor 6) 32 D2 = 158 mm; D1 = 6,4 mm; β2 = 52º; β1 = 28º; b2 = 2,8 mm; b1 = 6,8 mm; S2 = 4,2 mm; S1 = 3,9 mm. Projeto (Rotor 7) 33 D2 = 160 mm; D1 = 36 mm; b2 = 2,8 mm; b1 = 6,4 mm; S2 = 4,5 mm; S1 = 4,5 mm. Projeto (Rotor 8) 34 D2 = 100 mm; D1= 25 mm; b2 = 3 mm; b1= 3 mm; S2 = 4 mm; S1= 4,4 mm. Projeto (Rotor 9) 35 D2 = 132,75 mm; D1 = 26,75 mm; b2 = 5,7 mm; b1 = 5,9 mm; S2 = 4,16 mm; S1 = 4,16 mm. Projeto (Rotor 10) 36 D2 = 78,6 mm; D1 = 44,1 mm; b2 = 11,2 mm; b1 = 11,9 mm; S2 = 5,8 mm; S1= 6 mm. Máquinas de Fluxo (Aula 20) 4. Exemplo de projeto de rotor de bomba centrífuga Plano de Aula (Aula 21) Máquinas de Fluxo Departamento de Engenharia Mecânica – DMEC/CCET/UFS 38 Velocidade do Rotor Rotação síncrona (rpm) Características 3600 • É um motor mais barato; • Regime intermitente; • Permite bombas menores; • Manutenção mais frequente. 1800 • Regime contínuo. 900 • Normalmente para grandes bombas;• Fluidos muito viscosos e abrasivos. 39 Cálculo das Espessuras Corrigidas da Pá • B.I.B. página 239: b s sen S • s1 = 14,89 mm e s2 = 11,08 mm 40 Cálculo do Passo entre as Pás • B.I.B. página 239: • t1 = 24,6 mm e t2 = 67,4 mm Z D t 41 Determinação das Velocidades na Entrada da Pá • B.I.B. páginas 236 e 237: – Considerando o fluido sem pré-rotação na entrada da pá (a = 90º) e desprezando a sua espessura: • Velocidade tangencial do rotor: • U1 = 10,35 m/s • Velocidade radial do rotor: • Vr1 = 3,36 m/s • Velocidade relativa do rotor: • W1 = 10,88 m/s 60 1 1 nD U 111 tan bUVr 2 1 2 11 UVW r 42 Determinação da Vazão • No dimensionamento deve-se levar em consideração a recirculação da água entre o rotor e a caixa e as fugas nas gaxetas, de modo que se adota uma descarga Q’ superior a desejada Q. • Esse aumento que se adota costuma ser de: – 3% para bombas de grandes descargas e baixa pressão; – 5% para bombas de descargas e pressões médias; – 10% para pequenas descargas e altas pressões. • Portanto: 43 1,03.Q < Q’ < 1,10.Q Determinação da Vazão • B.I.B. página 236: 111 bDA 11 rVAQ (Vazão Teórica) Q’ = 5,451 x 10-3 m3/s 44 Determinação da Vazão • Considerando a bomba de descarga de pressão média (5 %), B.I.B. página 233, temos o valor da correção da descarga: Q’ = Q +0,05.Q = 1,05.Q Q = 5,191 x 10-3 m3/s ou 5,191 L/s (Vazão real) 45 Q =Q’/1,05 Determinação das Velocidades na Saída da Pá 46 Determinação das Velocidades na Saída da Pá • B.I.B. páginas 236 e 237: – Considerando o fluido sem pré-rotação na entrada da pá (a = 90º) e desprezando a sua espessura: • Velocidade tangencial do rotor: • U2 = 28,323 m/s • Velocidade radial do rotor: • Vr2 = 2,062 m/s • Velocidade relativa do rotor: • W2 = 4,392 m/s 22 2r bD Q V 1 2 12 D DUU 2 2r 2 sen V W b 47 Determinação das Velocidades na Saída da Pá 222U cosWW b 2U22U WUV - 2 2r 2 2U2 VVV 2 2r 2 2 2r 2 V V asen V V sen aa WU2 = 3,878 m/s VU2 = 24,445 m/s V2 = 24,532 m/s a2 = 4,822º 48 Relações Fundamentais da Teoria das Turbomáquinas (GENÉRICO) (PROJETO) g2 vv g2 ww g2 uu H 2 1 2 2 2 1 2 2 2 1 2 2 e - - - • Equações de Euler para a altura total de elevação, B.I.B. páginas 98 a 102: Como a1 = 90º, resulta que U1.VU1 = 0, portanto temos, H’e = 70,602 m (Teórico) g VU H 2u2e 49 Determinação da Energia Cedida ao Líquido pelas Pás • Equação do B.I.B. página 118: - 2 1 2 2 2 221 rr r Z HH ee Interpolando temos: = 0,94 He = 92,51 m (Real) 50 Determinação da Altura Útil • Considerando uma bomba média (B.I.B. página 69), adotamos um rendimento hidráulio de, e = 0,85: e eu HH Hu = 60,03 m 51 Determinação dos Diâmetros da Voluta • Do diagrama de Sulzer (B.I.B. página 83, figura 3.23), a partir da vazão, 5,451x10-3 m3/s, obtemos os diâmetros de recalque e de aspiração, logo: • Diâmetro interno de aspiração: Da = 74 mm (Adotar o diâmetro de 3”); • Diâmetro interno de recalque: Dr = 68 mm (Adotar o diâmetro de 2.1/2”). 52 • Considerando que na aspiração e no recalque da bomba o material é aço galvanizado (Livro I.H. página 721, tabela 15.1), temos: • Diâmetro interno para aspiração: – Dexta = 88,9 mm; – Espessura, ea = 4,05 mm; – Dinta = Dexta – 2.ea = 80,8 mm. • Diâmetro interno para recalque: – Dextr = 76,1 mm; – Espessura, er = 3,65 mm; – Dintr = Dextr – 2.er = 68,8 mm. Determinação dos Diâmetros da Voluta 53 Determinação das Velocidades na Entrada e Saída da Bomba • Velocidade na entrada da bomba: • Velocidade na saída da bomba: 4 D A 2 aint_ 0 0 0 A Q V 4 D A 2 rint_ 3 3 3 A Q V V0 = 1,063 m/s V3 = 1,466 m/s 54 Determinação da Altura Manométrica H = 59,98 m ( ) g2 VV HH 2 0 2 3 u - - 55 Determinação da Potência Motriz Consumida • Considerando que a bomba é de médio porte, adotamos os seguintes rendimentos: – Rendimento mecânico: r = 0,92; – Rendimento hidráulico: e = 0,85; – Rendimento total: h r.e, h = 0,782. • Peso específico da água a 30 ºC: g = 9767 N/m3 h g HQ Pm Pm = 4,083 x 103 W ou 5,551 cv 56 Determinação da Potência Motriz Consumida • Potência motriz consumida, corrigida (Livro B.I.B. página 69): Pmc = 1,30 x Pm = 7,216 cv Potência Motriz Calculada (cv) Acréscimo (%) Até 2 50 3 a 5 30 6 a 10 25 11 a 25 15 Acima de 25 10 57 Determinação da Potência Motriz Consumida • Potência motriz de acionamento (Livro B.I.B. página 693, tabela 31.5): Pma = 7,5 cv 58 Segundo Projeto Apresentação dos Projetos • O projeto deve ser apresentado pela equipe utilizando o PowerPoint; • Os arquivos digitais devem ser renomeados da seguinte forma: Máquinas de Fluxo – Aluno1-Aluno2-Aluno3 – Projeto 2 – 20.2 • Os projetos devem ser entregues em formato digital (pdf) e/ou enviados para o e-mail wilsonluciano@yahoo.com.br, e devem conter: – Relatório com todas as características do projeto (desenhos, etc.), estimativa da vazão, custos da instalação de bombeamento e todas as características do projeto que envolvam a instalação hidráulica; – Programa com a memória de cálculo (EES, MathCad, etc.); – Bibliografia utilizada; – Catálogos utilizados e anexos. 60 Apresentação dos Projetos (Critérios de Avaliação) Critério Descrição Pontuação 1 Os arquivos digitais (ou a pasta) renomeados na forma: Máquinas de Fluxo – Aluno1-Aluno2-Aluno3-Aluno4 – Projeto 2 – 20.2. 0,5 2 Relatório com todas as características do projeto. 1,0 3 Determinação para o rotor: D2, D1, b2, b1, β2, β1, σ2, σ1, ν2, ν1, Η, Q, Pmc, Pma. 0,5 4 Seleção do motor. 0,5 5 Conferir o ângulo de entrada da pá, β1, se está entre 15º e 30º. E conferir o número de pás do rotor e o ângulo de saída da pá, β2, usando os métodos de Widmar, Stepanoff e Carlo Malavasi. 0,5 6 Variação de β2 e β1 (de 0 a 90º), gerando as curvas características da bomba; análise de rendimento, potência e NPSH da bomba. Cálculo da velocidade específica. Justificativa do que ocorre para β2 = β1 = 0 ou 90º. 1,5 7 Projeto do coletor (extra de até 2,0 pontos) – 8 Comparação do rotor (diâmetro externo, potência, altura manométrica e vazão) com osfabricantes: Famac, Imbil e Schneider, etc. (sugestões e problemas identificados). 1,0 – 2,0 9 Originalidade do projeto. 1,0 – 1,5 10 Custo da bomba para o rotor encontrado. 0,5 11 Documentação (Catálogos utilizados, etc.). 0,5 12 Programa com a memória de cálculo, executável (EES, MathCad, etc.). 0,5 13 Bibliografia utilizada. 0,5 Total 10,0 61 Comandos Numéricos Computadorizados (Aula 21) 62 5. Aula de dúvidas sobre o projeto de rotor das bombas centrífugas 6. Projeto de instalações de bombeamento - Apresentação dos projetos pelos grupos 1, 2, 3, 4 e 5 - Apresentação dos projetos pelos grupos 6, 7, 8, 9 e 10 Plano de Aula (Aulas 22 a 24) Máquinas de Fluxo Departamento de Engenharia Mecânica – DMEC/CCET/UFS 63 Máquinas de Fluxo (Aula 24) Departamento de Engenharia Mecânica – DMEC/CCET/UFS
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