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6 Paleontología y dinosaurios desde América Latina Jorge Calvo, Juan Porfiri, Bernardo González Riga y Domenica Dos Santos (Editores Científicos) Universidad Nacional de Cuyo Primera edición, Mendoza 2011 Ilustración de Portada: Fabio Pastori (reconstrucción “en vida” de Megaraptor namunhuaiquii) Ilustraciones de portadas interiores: Dr. Bernardo González Riga (reconstrucciones “en vida” de Malarguesaurus florenciae -portada de la I Parte, Contribuciones científicas- y de “Kritosaurus” australis – portada de la II Parte, Contribuciones educativas y de divulgación científica. Serie: Documentos y Testimonios N°24, subserie Aportes. Esta publicación contó con el apoyo económico de Chevron SA, Pan American Energy, proyecto Dino, ANPCYT PICT 2005-33984 y del Instituto de Ciencias Básicas y Secretaría de Ciencia, Técnica y Posgrado de la Universidad Nacional de Cuyo. Impreso en Argentina - Printed in Argentina ISBN 978-950-39-0265-3 Queda hecho el depósito que marca la ley 11.723 © EDIUNC, 2011 Centro Universitario, 5500 Mendoza República Argentina Paleontología y dinosaurios desde América Latina / Jorge Calvo, Juan Porfiri, Bernardo Gonzalez Riga y Domenica Dos Santos (editores) . - 1a ed. - Mendoza : Editorial de la Universidad Nacional de Cuyo - EDIUNC, 2011. 296 p. ; 26x19 cm. - (Documentos y testimonios. Aportes; 24) ISBN 978-950-39-0265-3 1. Paleontología. I. Gonzalez Riga, Bernardo II. Calvo, Jorge CDD 560 Fecha de catalogación: 13/12/2010 10 Considerações paleocológicas sobre a paleoicnofauna eocretácica da região central do Estado de São Paulo, Brasil......................................................................................... 107 Francischini-Filho, Heitor Roberto e Fernandes, Marcelo Adorna Dentes de Theropoda da Formação Adamantina (Cretáceo Superior, Bacia Bauru) da região do Município de Ibirá, São Paulo, Brasil........................................................... 115 Ghilardi, Aline Marcele e Fernandes, Marcelo Adorna Paleobiology of South American Titanosaurs............................................................... 125 González Riga, Bernardo Javier Revision of MUCPv 204, a Senonian basal Titanosaur from northern Patagonia........ 143 Juárez Valieri, Rubén D. and Calvo, Jorge O. Sauropods crossing formations: Biostratigraphical implications for Patagonian faunal assemblages.................................................................................................................. 153 Juárez Valieri, Rubén D.; Calvo, Jorge O. and Ríos Díaz, Sergio D. New information on Ekrixinatosaurus novasi Calvo et al. 2004, a giant and massively- constructed Abelisauroid from the “Middle Cretaceous” of Patagonia........................ 161 Juárez Valieri, Rubén D.; Porfiri, Juan D. and Calvo, Jorge O. Pterosaur teeth from the Alcântara Formation, Cretaceous of Brazil.......................... 171 Lindoso, Rafael Matos; Elias, Felipe Alves; Medeiros, Manuel Alfredo; Santos, Ronny Anderson Barros and Pereira, Agostinha Araújo Postcanine replacement in Brasilodon and Brasilitherium (Cynodontia, Probainognathia) and its bearing in Cynodont evolution............................................. 179 Martinelli, Agustín G. and Bonaparte, José F. Roedores pleistocénicos de dos localidades de la región centro del estado de Hidalgo, México.......................................................................................................................... 187 Palma-Ramírez, Arturo; Martínez-García, Ana Laura y Castillo-Cerón, Jesús Martín A review of the Mesozoic Mammalian record of South America................................ 195 Rougier, Guillermo W.; Gaetano, Leandro; Drury, Bradley R.; Colella, Rita; Gómez, Raúl O.; Paez Arango, Natalia Paleontología y dinosarios desde américa latina 115 Dentes de Theropoda da Formação Adamantina (Cretáceo Superior, Bacia Bauru) da região do município de Ibirá, São Paulo, Brasil Ghilardi, Aline Marcele1 Fernandes, Marcelo Adorna1 Introdução Dentes isolados de terópodes são muito comuns no registro fóssil do mesozóico. Este tipo de material já foi destacado por apresentar certo grau de utilidade taxonômica que pode a ampliar o conhecimento sobre a composição das assembléias fósseis de dinossauros, além de ajudar a descrever o alcance temporal e biogeográfico de alguns taxa (Currie et al., 1990; Farlow et al., 1991; Buscalioni et al., 1996; Baszio, 1997; Smith, 2005; Smith et al., 2005). Entre 2006 e 2007, dentes e fragmentos de dentes de dinossauros terópodes foram encontrados durante incursões realizadas a afloramentos da Formação Adamantina (Cretáceo Superior, Bacia Bauru) na região do município de Ibirá, estado de São Paulo, Brasil. A proposta deste estudo foi identificar nestes espécimes características que permitissem agrupá-los em morfotipos distintos a fim de associá-los com outros já descritos e materiais de taxa já conhecidos. Contexto Geológico Os dentes foram encontrados em dois afloramentos da Formação Adamantina, unidade litoestratigráfica pertencente à Bacia Bauru (figura 1), localizados nas imediações do bairro Vila Ventura do município de Ibirá, SP, Brasil. A Formação Adamantina contém sedimentos de idade Turoniano-Santoniano (Dias-Brito et al., 2001), depositados em ambiente de planícies aluviais com canais fluviais rasos entrelaçados associados a pequenos deltas e a um sistema lacustre secundário. Este cenário era influenciado por um clima semi-árido sujeito a sazonalidade bem marcada, na qual se intercalavam períodos severos de seca com estações chuvosas (Soares et al., 1980; Mezzalira, 1980; Goldberg e Garcia, 2000 e Dias-Brito et al., 2001). São característicos desta formação arenitos finos e lamitos siltosos de cor rósea a castanha com intercalações de argilitos castanho-avermelhados. Os extratos normalmente apresentam-se 1 Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE), Laboratório de Paleoecologia e Paleoicnologia. Via Washington Luis, km 235, Caixa Postal 676, 13565-90. São Carlos - SP, Brasil. E-mail: alinemghilardi@yahoo.com.br 116 de forma maciça ou em acamamento planoparalelo, alternados com camadas de estratificação cruzada (Fernandes e Coimbra, 1996). Figura 1. Mapa da Bacia Bauru com a localização de Ibirá, SP (Modificado de Fernandes e Coimbra, 1996). A assembléia fossilífera da Formação Adamantina é uma das mais ricas da bacia juntamente com a da Formação Marília. No contexto destas unidades já foram registrados: algas carófitas, pteridófitas, gimnospermas, gastrópodes, bivalves, crustáceos, peixes, anfíbios, quelônios, lepidossauros, crocodiliformes, dinossauros saurópodes e terópodes, aves, mamíferos, além de icnofósseis de invertebrados, coprólitos e ovos. Entre os dinossauros já foram identificados materiais de saurópodes Titanosauridae e terópodes Carcharodontosauridae, Abelisauroidea e Maniraptoriformes (Price, 1950; 1953 1955; Estes e Price, 1973; Mezzalira, 1989; Baez e Peri, 1989; Bertini et al., 1993; Senra e Silva-Silva, 1998; Carvalho e Bertini, 1999; Magalhães-Ribeiro, 1999; Musacchio, 2000; Dias-Brito et al., 2001; Carvalho et al., 2005; Alvarenga e Nava, 2005; Novas et al., 2005; Brito et al., 2006; Fernandes e Carvalho, 2006; Candeiro et al., 2006 e França e Langer, 2006). Paleontología y dinosarios desde américa latina 117 A grande maioria dos registros de terópodes é baseada na ocorrência de dentes isolados. Registros ósseos são raros e constituem-se apenas de espécimes incompletos e fragmentados (Kellner e Campos, 2002 e Candeiro et al., 2006). A única espécie de terópode descrita para Bacia Bauru seria Pycnonemosaurus nevesi Kellner e Campos, 2002, um Abelisauroidea descrito com baseem dentes, porções de vértebras caudais, fragmentos de costelas e tíbia e fíbula incompletas. Material e Métodos Foram estudados 21 espécimes entre dentes e fragmentos de dentes de terópodes. Estes estão depositados no Museu de História Natural Prof. Dr. Mário Tolentino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil. Os exemplares foram analisados e agrupados em diferentes morfotipos levando-se em consideração características morfológicas de sua coroa, já apontadas na literatura como de possível utilidade taxonômica. Entre elas o formato, tamanho, grau de compressão labiolingual, curvatura, presença de ornamentações (enrugamentos), presença de carenas definidas, de serrilhas nas carenas e também quanto ao formato dos dentículos (Currie et al., 1990; Farlow et al., 1991; Buscalioni et al., 1997 e Smith et al., 2005). A densidade de dentículos não foi considerada nas análises devido à grande variação observada entre os espécimes. Consideraram-se morfotipos já previamente descritos na literatura para realização de possíveis associações a categorias taxonômicas. A terminologia anatômica foi baseada em Smith e Dodson (2003). Resultados Nenhum exemplar apresenta a porção radicular completa, o que pode sugerir que se tratem somente de dentes de reposição. Todos possuem carena mesial e distal definidas e compressão lábiolingual em diferentes graus, com altura da coroa bastante variável. Os mofortipos 1, 2 e 3 apresentam ambas as carenas serrilhadas, diferindo-se quanto a altura da coroa, grau de curvatura das carenas e morfologia dos dentículos. Os morfotipos 1 e 2 apresentam dentículos na carena distal com formato de cinzel (chisel-like), enquanto que os do morfotipo 3, em formato de gancho (hooked-like). Os exemplares do morfotipo 4 não apresentam serrilhas nas carenas. Os materiais dos morfotipos 1 e 2 são mais semelhantes entre si, podendo ser associados a terópodes de médio e grande porte devido ao seu tamanho. Diferem-se quanto ao grau de compressão lateral, altura relativa da coroa e presença de ornamentações no esmalte. Estes compreendem a maioria dos exemplares. Morfotipo 1 (figura 2. A)- Quando comparados com os do morfotipo 2, apresentam-se mais comprimidos lábio-lingualmente e com coroa mais baixa, considerando-se proporcionalmente dentes de theroPoda da Formação adamantina, bacia bauru 118 o comprimento basal desta. Os dentículos têm formato de cinzel e observam-se fendas interdenticulares normalmente pouco pronunciadas. A carena distal apresenta-se aproximadamente reta, enquanto que a mesial apresenta curvatura acentuada principalmente nos seus dois terços apicais. Não se observam ornamentações na coroa. Morfotipo 2 (figura 2.B)- Em comparação com o primeiro morfotipo, estes dentes são menos comprimidos lábio-lingualmente e possuem coroa mais alta. Ambas as carenas são curvadas em sentido caudal, sendo o grau de curvatura variável. Os dentículos têm formato de cinzel e as fendas interdenticulares são geralmente mais evidentes. Observa-se a presença de enrrugamentos no esmalte, porém estes são pouco marcados e normalmente mais visíveis na porção anterior da face lingual. Morfotipo 3 (figura 2. C)- é representado por apenas um dente, com comprimento total da coroa de apenas 6,5 mm, e um fragmento de dente que consiste da porção distal mediana e apical da coroa. O exemplar com coroa completa é fortemente achatado lábio-lingualmente e apresenta ambas as carenas serrilhadas e bastante curvadas em sentido caudal. Os dentículos observados na carena distal dos dois espécimes apresentam-se em formato de gancho (figura 2. D.). No exemplar completo não foi possível identificar o formato dos dentículos da carena mesial já que estes não se encontram suficientemente bem preservados. Morfotipo 4 (figura 2. E)- Compreende quatro exemplares, os quais possuem acentuada compressão lábio-lingual, carena mesial curvada e distal reta, ambas sem serrilhas (figura 2. F). O menor espécime tem 4,6 mm e o maior 16,4 mm. Foi possível observar que a ausência de serrilhas nas carenas não se deu por desgaste, mas é uma característica intrínseca. Figura 2. A, Morfotipo 1, Escala=30mm; B, Morfotipo 2, Escala=30mm; C, Morfotipo 3, Escala=3mm; D. Detalhe da carena distal com dentículos em formato de gancho de um exemplar do Morfotipo 3; E. Morfotipo 4, Escala=30mm; F. Detalhe das carenas desprovidas de serrilhas de um exemplar do Morfotipo 4, Escala=3mm. Paleontología y dinosarios desde américa latina Aline Ghilardi Highlight Aline Ghilardi Highlight Aline Ghilardi Sticky Note Correction: A. corresponds to morphotype 2 and B. corresponds to morphotype 1. They are swapped. 119 Discussão Considerando-se estudos realizados com materiais da Bacia Bauru, os exemplares do Morfotipo 1 apresentam características comparáveis com aquele descrito por Bittencourt e Kellner (2002) e com espécimes estudados por Candeiro (2007) associados a Abelisauroidea. Eles apresentam características consideradas comuns a este clado, que poderiam distingui-los de outros Theropoda, como a coroa relativamente baixa, a carena distal aproximadamente reta e a mesial com uma curvatura acentuada em seus dois terços mais apicais (Smith, 2005; Smith et al., 2005, Smith y Dalla Vechia, 2006). Cabem ressalvas, no entanto, pois pouco se conhece sobre a variação na dentição dos Abelisauroidea. Ainda são necessárias descrições mais detalhadas, como a realizada por Smith (2007), que venham a contribuir para o estabelecimento de sinapomorfias robustas que auxiliem na identificação mais segura de materiais isolados. Quanto aos exemplares do morfotipo 2, estes poderiam num primeiro momento ser associados a Carcharodontosauridae, ao observar-se a presença enrrugamentos no esmalte. Este caractere já foi considerado como diagnóstico do clado (Sereno et al., 1996), no entanto, Smith (2005) e Brusatte et al. (2007) destacaram que a presença ou ausência de enrrugamentos não deveria ser considerada como um critério válido na determinação de materiais isolados como pertencentes ou não ao grupo. Eles relatam que esta não se trataria de uma característica restrita, já que estaria presente também em outros tetanúrios basais, assim como em coelurossauros basais. Além disso, poderia ser observada também em alguns Abelisauroidea (Skorpiovenator) (Canale et al., 2009). Brusatte et al. (2007) ressaltam ainda, que alguns taxa de Carcharodontosauridae podem inclusive não apresentar enrrugamentos na coroa, enquanto Smith (2005) questiona inclusive o que seria considerado ou não como um enrrugamento. Ao considerar-se o conjunto de características dos dentes em questão -não só a presença dos enrrugamentos-, ainda assim este material apresentaria maior afinidade aos Carcharodontosauridae. A coroa alta, a curvatura caudal de ambas as carenas, o baixo grau de compressão lábio-lingual e a configuração dos dentículos corroborariam essa afirmativa, de acordo com observações de Candeiro (2007) para materiais do grupo e a coroa alta, a curvatura das carenas e o grau de compressão lábio-lingual, em especial, permitiriam excluir afinidades com Abelisauroidea. Estes exemplares foram tentativamente atribuídos a Carcharodontosauridae, considerando- se os materiais já descritos para a unidade geológica abordada. No entanto, sugere-se que sejam feitas futuras observações mais detalhadas, em especial quanto ao padrão dos enrrugamentos, e comparações com espécimes de outros tetanúrios basais e inclusive tiranosauróides. Isso deverá auxiliar para uma atribuição taxonômica melhor embasada. Acredita-se também, que uma futura análise considerando o trabalho de Smith et al. (2005), que propõe uma metodologia quantitativa para se avaliar as afinidades taxonômicas, pode vir a fornecer dados mais esclarecedores para estes dentes. dentes de theroPodada Formação adamantina, bacia bauru 120 Em relação aos espécimes do Morfotipo 3, a presença de dentículos com formato de guancho na carena distal permitiria associá-los a maniraptoriformes, de acordo com observações de Buscalioni et al. (1996). Estes autores assinalam que tal característica somente teria sido descrita em taxa deste grupo até então. O único espécime deste morfotipo cuja coroa está completa não apresenta os dentículos da carena mesial e da parte basal distal suficientemente bem preservados. Sendo assim, não foi possível realizar melhores considerações sobre suas afinidades taxonômicas. A ausência de serrilhas nas carenas, característica observada nos dentes do Morfotipo 4, somente foi descrita para poucos táxons de Theropoda até então. Entre eles alguns Coelophysidae, Coeluridae, Alvarezsauridae e Dromaeosauridae, além de, Pelecanimimus (Ornithomimosauria), Byronosaurus (Troodontidae) e aves primitivas (e.g. Makovicky et al., 2003; Novas et al., 2008, etc.). Poder-se-ia descartar uma associação deste material a Ornithomimosauria, Alvarezsauridae, Troodontidae e Aves pela ausência de constrição basal da coroa. Alguns dos espécimes não apresentam, no entanto, condições de preservação tão satisfatórias que permitam visualizar seguramente a ausência desta característica. Uma associação mais aceitável seria com Dromeosauridae Unenlagiinae do Cretáceo Superior do Grupo Neuquén, Argentina, (e.g. Buitreraptor, Unenlagia ou Austroraptor). Todavia, os dentes aqui descritos se diferenciam destes por possuírem a margem distal da coroa reta e acentuada compressão lábio-lingual. Isto não exclui, contudo, a possibilidade de uma afinidade com este grupo. A dentição dos Unenlagiinae ainda é muito pouco conhecida e caberia uma futura re-análise. Não se encontrou na literatura da Bacia Bauru referências a materiais semelhantes a estes. Acredita-se que deva tratar-se de um novo morfotipo para o contexto desta unidade. Conclusões Qualquer atribuição taxonômica mais acurada a materiais desta natureza ainda deve ser feita com cautela, já que a variação da dentição dentro dos taxa de terópodes ainda é pouco compreendida. Os espécimes analisados apresentaram em geral características que se encaixam em descrições já realizadas para materiais da Bacia Bauru, com exceção daqueles agrupados no Morfotipo 4, o que vem a acrescentar ao conhecimento sobre a assembléia fossilífera dessa unidade e a variedade de taxa de dinossauros terópodes que nela ocorrem. Análises considerando outros caracteres morfológicos e métricos quantitativos, como aqueles propostos por Smith (2005) e Smith et al. (2005) deverão ser feitas e poderão revelar-se mais esclarecedoras para o estabelecimento de afinidades taxonômicas, principalmente em relação aos dentes dos Morfotipos 2. A possibilidade de reconhecer taxonomicamente materiais isolados e numerosos como estes oferece grandes vantagens em casos como o da Bacia Bauru, em que os remanescentes ósseos Paleontología y dinosarios desde américa latina 121 de terópodes são raros. A identificação taxonômica dos abundantes dentes isolados pode ajudar a ampliar consideravelmente o conhecimento sobre a constituição fossilífera da unidade e ser importante fonte de dados para estudos paleobiogeográficos e recostituições paleoecológicas. Agradecimentos Aos dois revisores anônimos, cujas sugestões contribuíram substancialmente para a versão final deste manuscrito. Bibliografia alvarenga, h.m.F. e nava, W.r. 2005. Aves Enantiornithes do Cretáceo Superior da Formação Adamantina do Estado de São Paulo, Brasil. 2º. Congresso Latino-Americano de Paleontologia de Vertebrados (Rio de Janeiro, 2005), Boletim de Resumos: 20. baez, a.m. e Peri, s. 1989. Baurubatrachus pricei nov. gen. et sp., un anuro del Cretacico Superior de Minas Gerais, Brasil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 61: 447-458. baszio s. 1997. Investigations on Canadian dinosaurs: systematic palaeontology of isolated dinosaur teeth from the Latest Cretaceous of south Alberta, Canada. 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