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Aula 06 Curso: Noções de Direito Constitucional p/ TRT-BA-Analista Jud. (Área Administrativa) Professor: Nádia Carolina Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 40 AULA 06: Poder Legislativo. Sumário Página 1-Poder Legislativo 1-29 2- Lista de Questões 30-33 4- Gabarito 39-40 Conceito O Poder Legislativo é o órgão encarregado de elaborar as leis que regulam as ações dos integrantes do Estado, em suas relações entre si ou com o Poder Público. Funções As funções típicas do Legislativo são legislar e fiscalizar. No desempenho da primeira, elabora as leis. No exercício da segunda, realiza a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo, bem como investigar fato determinado por meio das comissões parlamentares de inquérito (CPIs). Além dessas funções, o Legislativo tem outras, atípicas. Uma dessas funções é a administrativa, que exerce, por exemplo, quando dispõe sobre sua organização interna ou sobre a criação dos cargos públicos de suas Casas. Outra função atípica é a de julgamento, exercida quando o Legislativo julga autoridades como o Presidente da República, por exemplo (art. 52, I e II e parágrafo único, CF). A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e Operacional I. Os Controles Interno e Externo Os dinheiros públicos sofrem duas formas de controle: o interno, realizado no âmbito de cada Poder, e o Externo, de competência do Legislativo. Veja o que dispõe a Constituição sobre o controle interno: Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 40 II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Trata-se do controle realizado pela Receita Federal, por exemplo, ao avaliar a efetividade de seus projetos institucionais, ou do Judiciário, ao rever as contratações de pessoal, por exemplo. Determina a Carta Magna que os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, deverão cientificar o Tribunal de Contas da União (TCU), sob pena de responsabilidade solidária (art. 74, CF/88). Já o controle externo é exercido por órgão DIFERENTE daquele a ser fiscalizado, de onde vem seu nome. Trata-se do controle realizado pelo Legislativo sobre os demais Poderes, como veremos mais detalhadamente a seguir. Os controles interno e externo são realizados de forma complementar: a fiscalização pela CGU, por exemplo, de determinada aplicação de recursos públicos federais, não impossibilita que o TCU proceda essa mesma fiscalização. Nesse sentido, entende o STF que a Controladoria-Geral da União - CGU tem atribuição para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos federais repassados, nos termos dos convênios, aos Municípios. O art. 70 da CF estabelece que a fiscalização dos recursos públicos federais se opera em duas esferas: a do controle externo, pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União - TCU, e a do controle interno, pelo sistema de controle interno de cada Poder. Com o objetivo de disciplinar o sistema de controle interno do Poder Executivo federal, e dar cumprimento ao art. 70 da CF, fora promulgada a Lei 10.180/2001. Essa legislação teria alterado a denominação de Corregedoria-Geral da União para Controladoria-Geral da União, órgão este que auxiliaria o Presidente da República na sua missão constitucional de controle interno do patrimônio da União. Compete à CGU fiscalizar a aplicação de dinheiro da União onde quer que ele seja aplicado, possuindo tal fiscalização caráter interno, porque exercida exclusivamente sobre verbas oriundas do orçamento do Executivo destinadas a repasse de entes federados. Não há, portanto, nesse caso, invasão da esfera de atribuições do TCU, órgão auxiliar do Congresso Nacional no exercício do controle externo, o qual se faria sem prejuízo do interno de cada Poder1. 1 RMS 25943/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 24.11.2010. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 40 Para concluirmos esse tópico, é importante destacar que pode haver participação popular no controle externo. Segundo a Constituição, qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União (art. 74, § 2º, CF). II. A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e Operacional A fiscalização contábil, orçamentária, patrimonial e operacional da União e das entidades da Administração Direta e Indireta tem como responsável o Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU). Nos Estados, são as Assembleias Legislativas as responsáveis pela fiscalização, auxiliadas pelos Tribunais de Contas dos Estados. Veja importante entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre esse assunto: De acordo com o STF, o poder de fiscalização da ação administrativa do Poder Executivo é outorgado aos órgãos coletivos de cada Câmara do Congresso Nacional, no plano federal, e da Assembleia Legislativa, no dos Estados; nunca, aos seus membros individualmente, salvo, é claro, quando atuem em representação de sua Casa ou comissão (ADI 3.046, DJ de 28.05.2004) A fiscalização realizada pelo Legislativo tem como objeto a legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicação das subvenções e a renúncia de UHFHLWDV� �DUW�� ���� ³FDSXW´�� &)����� H� FRPR� IXQGDPHQWRV� RV� SULQFtSLRV� GD� legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, dentre outros. Portanto, são quatro as facetas dessa fiscalização: x Fiscalização da legalidade: compreende a análise da obediência do administrador à lei. Verifica-se a validade dos atos administrativos em face do ordenamento jurídico; x Fiscalização financeira: refere-se à aplicação das subvenções, à renúncia de receitas, às despesas e às questões contábeis; x Fiscalização da legitimidade: representa a análise da aceitação, pela população, da gestão da coisa pública; x Fiscalização da economicidade: compreende a análise de custo/benefício das ações do Poder Público. No que se refere à fiscalização da economicidade, entende a doutrina que os controles externo e interno poderão, além da legalidade, avaliar também o mérito da despesa, ou seja, a própria discricionariedade do administrador. Poderão, portanto, avaliar o mérito de atos administrativos. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 40 I. Tribunaisde Contas Os Tribunais de Contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo, sem subordinação hierárquica a qualquer órgão deste Poder. Sua autonomia é garantida constitucionalmente. Destaca-se que, embora pertençam ao Poder Legislativo, não exercem função legislativa, mas de fiscalização e controle, de natureza administrativa. A missão desses órgãos é ORIENTAR o Poder Legislativo no exercício do controle externo. Para isso, a CF/88 lhes confere autonomia. Esses órgãos podem, inclusive, realizar o controle de constitucionalidade das leis. Veja o que entende o STF a respeito desse assunto: Súmula 347 do STF O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. Esse controle de constitucionalidade não se dá em abstrato (lei em tese), mas sim no caso concreto (via de exceção). Por meio dele, pode a Corte de Contas deixar de aplicar um ato por considera-lo incompatível com a Constituição. III. O Tribunal de Contas da União O Tribunal de Contas da União (TCU) é composto de nove Ministros. Tem sede no Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional. Seus Ministros dispõem das mesmas prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para sua investidura, é necessário o cumprimento dos requisitos enumerados no art. 73, §1º, da CF: x Mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; x Idoneidade moral e reputação ilibada; x Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; x Mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados acima. A escolha de um terço (três) desses Ministros cabe ao Presidente da República, com posterior aprovação dos nomes pelo Senado Federal. Dois desses Ministros deverão ser escolhidos alternadamente entre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo TCU, segundo critérios de antiguidade e merecimento. Os outros dois terços são escolhidos pelo Congresso Nacional, na forma de seu regimento interno. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 40 Os Ministros do TCU têm as mesmas prerrogativas, garantias, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de acordo com o art. 73, § 3º, da CF. Logo, têm como garantias a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de seus subsídios. Também se lhe aplicam as regras do art. 4º da CF/88 referentes a aposentadoria e pensão. Destaca-se, ainda, que o auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal (art. 73, § 4º, da CF/88). Como o auditor é substituto do Ministro, a ele se aplica a exigência de idade mínima de 35 anos. Nesse sentido, entende o STF (ADI 373/PI, DJ de 6.5.1994) que é razoável a exigência desse limite de idade para ingresso no cargo de auditor de Tribunal de Contas estadual, uma vez que as normas estabelecidas para o TCU na CF/88 se aplicam, de regra, aos Tribunais de Contas dos Estados. Questões de prova: 1. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Comentários: É o que prevê o art. 73, § 3º, da Constituição Federal. Questão correta. 2. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam, entre outros requisitos, no mínimo 15 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional. Comentários: A Constituição exige 10 (dez) anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que requeira conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública (art. 73, § 1º, CF). Questão incorreta. 3. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal e, dois terços, pelo Senado Federal. Comentários: Dois terços dos Ministros do TCU são escolhidos pelo Congresso Nacional, não 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 40 pelo Senado Federal. Questão incorreta. O art. 70 da Constituição, como vimos anteriormente, determina que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Determina também, em seu parágrafo único, que prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Desse modo, o controle das contas públicas é de competência do &RQJUHVVR�1DFLRQDO��TXH�R�H[HUFHUi�FRP�DX[tOLR�GR�7&8��DUW������³FDSXW´��&)��� Vamos ler esse artigo? Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Destaca-se que no que se refere às contas dos administradores e demais responsáveis por recursos públicos, a competência do TCU é para julgá-las. Já no que concerne às contas do Presidente da República, cabe à Corte apenas apreciá-las, mediante parecer prévio, elaborado no prazo de sessenta dias, de caráter meramente opinativo. O julgamento, então, será realizado pelo Congresso Nacional. Outro ponto de destaque é que entende o STF (MS 25.092, DJ de 17.3.2006) que as empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da Administração Indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista. No mesmo sentido, entende a Corte (MS 21.644, DJ 8.11.1996) que entidades de direito privado sujeitam-se á fiscalização do Estado quando dele recebem recursos, devendo seus dirigentes prestar contas dos valores 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 40 recebidos. Além disso, também os conselhos profissionais (Conselhos Federais e Conselhos Regionais de classe profissional), por terem natureza autárquica, devem prestar contas ao TCU (MS 21.797, DJ 18.5.2001). Continuemosa análise do artigo... Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Nesse sentido, observamos a posição do STF de que é necessária a observância do devido processo legal em processo administrativo no âmbito do TCU. Súmula Vinculante n. 03 Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. Sobre a concessão de aposentadoria, destaca-se, ainda, que segundo o STF configura ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas. Submetido à condição resolutiva, não se operam os efeitos da decadência antes da vontade final da Administração (MS 21.466, DJ de 17.10.1997). Ao TCU cabe apreciar os atos iniciais de concessão de aposentadoria, reforma e pensões. Essa análise se restringe aos aspectos de legalidade do ato, não podendo a Corte de Contas fazer análise de mérito (conveniência e oportunidade). Além disso, a atuação do TCU se restringe ao registro do ato, não cabendo à Corte anulá-lo ou convalidá-lo. Havendo vícios no ato, a Corte poderá apenas indeferir o pedido de registro, comunicando o fato ao órgão/entidade para as providências cabíveis. Caberá a estes anular ou convalidar o ato. Destaca-se que o registro não se aplica aos benefícios obtidos por meio do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), mas apenas aos obtidos por 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 40 meio do Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS), dos servidores estatutários. Assim, os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista têm apenas seus atos de admissão apreciados pelo TCU, sendo as aposentadorias e pensões apreciadas no âmbito do RPPS. Também é importante destacar que as nomeações para cargos em comissão não se submetem ao controle de legalidade do TCU, com base na ressalva feita pelo inciso III do art. 71 da Constituição. O mesmo se aplica às melhorias posteriores dos atos de concessão de aposentadoria, reformas e pensões, quando estas não alterem o fundamento legal do ato concessório. Outro importante entendimento do STF se refere á impossibilidade de o Tribunal de Contas suprimir vantagem pecuniária incluída nos proventos de servidor por decisão judicial transitada em julgado (MS 25.460, DJ de 10.2.2006). Esse tipo de decisão, segundo a Corte, só pode ser modificada por meio de ação rescisória. Por fim, entende a Corte Suprema que, mesmo não se assegurando a ampla defesa e o contraditório quando da apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão (súmula vinculante no 3), decorridos cinco anos sem a apreciação conclusiva do TCU seria obrigatória a convocação do interessado2. Nesse caso, devido ao longo decurso de tempo até a negativa do registro, haveria direito líquido e certo do interessado de exercitar as garantias do contraditório e da ampla defesa. Voltemos à análise do art. 71 da CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 2 MS 25116. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 40 A respeito desse inciso, é importante destacar que, segundo o STF, o TCU não tem competência para fiscalizar a aplicação dos recursos recebidos a WtWXORV�GH�³royalties´, decorrentes da extração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural, pelos Estados e Municípios. Trata-se de competência do Tribunal de Contas Estadual, e não do TCU, tendo em vista que o art. 20, § 1º, da &RQVWLWXLomR�� TXDOLILFRX� RV� ³UR\DOWLHV´� FRPR� UHFHLWD� SUySULD� GRV� (VWDGRV�� Distrito Federal e Municípios3. VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. § 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. § 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. Os atos administrativos podem ser sustados diretamente pelo TCU, sendo comunicada a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Já no que se refere aos contratos administrativos, a sustação caberá ao Congresso Nacional, que solicitará ao Executivo a anulação desses atos. Caso essas medidas não sejam adotadas no prazo de noventa dias, o TCU adquirirá competência para decidir a respeito, podendo determinar a sustação do ato. Entende o STF que o TCU tem legitimidade para expedir medidas cautelares para prevenir a ocorrência de lesão ao erário ou a direito alheio, 3 MS 24.312-RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, 19.02.2003. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 40 bem como para garantir a efetividade de suas decisões. Isso decorre da teoria de poderes implícitos, segundo a qual a toda competência prevista constitucionalmente há previsão, ainda que implicitamente,das prerrogativas necessárias para lhe dar efetividade (MS 26.547/DF, 23.05.2007). Entretanto, não tem a Corte de Contas, segundo o STF, poder para decretar quebra de sigilo bancário (Notícias STF, 17.12.2007). Isso porque o TCU é um órgão auxiliar do Poder Legislativo, mas não se confunde com este. Cabe ao Legislativo, não ao TCU, determinar a invasão dos dados bancários. Também não tem o TCU função jurisdicional (de ³GL]HU� R� GLUHLWR´��� Entende o Pretório Excelso que o TCU não é um tribunal administrativo, no sentido francês, dotado de poder de solução dos conflitos em última instância. O princípio da inafastabilidade da jurisdição impede que haja essa equiparação, além do que os poderes desse órgão estão devidamente delimitados constitucionalmente no artigo 714. Art. 71, § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. § 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Isso significa que a Corte de Contas se submete ao controle do Poder Judiciário. Entretanto, não poderá o Judiciário adentrar o mérito das decisões do TCU, sob pena de ferir a separação dos Poderes. Caber-lhe-á apenas a análise de mera legalidade. Além disso, o TCU se submete, também, ao controle do Poder Legislativo. 1HVVH� VHQWLGR�� HQWHQGH� R� 67)� TXH� ³VXUJH� KDUP{QLFR� FRP� D� &RQVWLWXLomR� Federal diploma revelador do controle pelo Legislativo das contas dos órgãos TXH� R� DX[LOLDP�� RX� VHMD�� GRV� WULEXQDLV� GH� FRQWDV´5. A análise do Legislativo, entretanto, restringe-se às chamadas contas políticas (controle de efetividade). As contas administrativas (contratações, nomeações, etc.) são julgadas pelo próprio TCU, tendo em vista sua autonomia. IV. O TCU e a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) A CF/88 criou um mecanismo especial de fiscalização dos indícios de despesas não autorizadas, como forma de assegurar a obediência à lei orçamentária. Trata-se de fiscalização realizada pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) com o auxílio do TCU. Determina a Constituição, em seu artigo 72, que a CMO, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos 4 MS 29599 DF, DJe-030, p. 15/02/2011. 5 ADI 1.175, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 19.12.2006. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 40 não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários. Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao TCU pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação. V. Os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios Reza o art. 75 da Constituição Federal que as normas estabelecidas para o TCU aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Trata-se de uma aplicação do princípio da simetria. Entretanto, a Constituição estabelece, também, algumas particularidades para essas Cortes de Contas. Segundo a Carta Magna, os Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal são compostos de sete conselheiros (art. 75, parágrafo único, CF). Em decorrência do princípio da simetria, sua nomeação segue os mesmos critérios estabelecidos pela CF/88 (art. 73, § 1º). Nesse sentido, sobre a proporção das vagas a serem preenchidas pela escolha do Executivo e do Legislativo (2/3 e 1/3, respectivamente, no modelo federal), entende o STF que: Súmula 653 do STF: No Tribunal de Contas Estadual, composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo Chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público, e um terceiro à sua livre escolha. Note-se ainda que os vencimentos dos Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados deverão ter como parâmetro aqueles dos desembargadores do Tribunal de Justiça (ADI 396, DJ de 5.8.2005). ³(�D�TXHP�R�7ULEXQDO�GH�&RQWDV�(VWDGXDO�SUHVWDUi�FRQWDV��SURIHVVRUD"´ Excelente pergunta! À Assembleia Legislativa do Estado. Entende o STF (ADI 687, DJ 10.02.2006) que o Tribunal de Contas está obrigado, por expressa determinação constitucional, a encaminhar, ao Poder Legislativo a que se acha institucionalmente vinculado, tanto relatórios trimestrais quanto anuais de suas próprias atividades, com o objetivo de expor a situação das finanças públicas administradas por esses órgãos. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 40 Passaremos, agora, à análise da fiscalização do Município. Veja o que determina o art. 31 da Constituição acerca da fiscalização dos Municípios: Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Verifica-se, portanto, que a fiscalização do Município será feita pelo Legislativo Municipal (controle externo) e pelo Executivo Municipal (controle interno), na forma da lei. No controle externo, a Câmara Municipal contará com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Note, entretanto, a vedação feita pela Constituição em outro parágrafo do mesmo artigo: § 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Destaca-se a posição do STF de que poderá ser instituído no Município um Tribunal de Contas que, embora atue em um Município específico, será um órgão estadual. Esse órgão será denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (ADI 687, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 10.02.2006). É essencial salientar também que os Tribunais que existiam quando da promulgação continuam válidos e permanecem em funcionamento. É o caso, por exemplo, do Tribunal de Contas de São Paulo (TCM/SP), criado em 1968. Outro ponto importante é o que estabelece a Constituição a respeito do parecer prévio emitido pela Câmara dos Vereadores. Art. 31, § 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. Esse parecer é bastante diferente daquele emitido pelo Tribunal de Contas da União e pelo Tribunal de Contas do Estado quando da análise das contas do Presidente da República e do Governador de Estado, respectivamente. Ao contrário do que ocorre na análise das contas do Presidente, aqui há presunção da validade do parecer. A regra é a prevalência do parecer, que só poderá ser derrubado por decisão de 2/3 dos membros da Câmara Municipal. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAAProfa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 40 4. (FCC/2009/DP-SP) O Tribunal de Contas é órgão do Poder Judiciário de extrema relevância, pois lhe cabe aplicar sanções aos entes da Administração que causarem dano ao patrimônio público. Comentários: O Tribunal de Contas é órgão do Poder Legislativo. Questão incorreta. 5. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Em tema de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, estabelece a Constituição Federal, dentre outras hipóteses, que será exercida pela Câmara dos Deputados, mediante controle interno, e pelo sistema de controle externo de cada Poder, devendo encaminhar ao Chefe do Executivo, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Comentários: 6HJXQGR�R�³FDSXW´�GR�DUW�����GD�/HL�)XQGDPHQWDO��D�ILVFDOL]DomR�FRQWiELO�� financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Nessa atividade, contará com auxílio do Tribunal de Contas da União, o qual, de acordo com o art. 71, § 4º, da CF, encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Questão incorreta. 6. (FCC/2010/TRT 8ª Região) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida: a) pelo Supremo Tribunal Federal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno pela Comissão Nacional de Justiça. b) pela Comissão Nacional de Justiça, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno do Supremo Tribunal Federal. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 40 c) pelo Superior Tribunal de Justiça, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno da Comissão Nacional de Justiça. d) pela Advocacia Geral da União, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. e) pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Comentários: A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle H[WHUQR��H�SHOR�VLVWHPD�GH�FRQWUROH�LQWHUQR�GH�FDGD�3RGHU��DUW������³FDSXW´��GD� CF/88). A letra E é o gabarito. 7. (FCC/2010/TRT 9ª Região) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e de suas entidades, exercida pelo Congresso Nacional e por parte de cada Poder NÃO abrange aspectos de: a) economicidade. b) aplicação de subvenções. c) instituição de tributos. d) legitimidade. e) renúncia de receitas. Comentários: Segundo o art. 70 da CF/88, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. A letra C é o gabarito da questão. 8. (FCC/2009/TCE-GO) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, mediante controle externo, será exercida pelo: a) Poder Judiciário, com o auxílio do Ministério Público. b) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. c) Ministério Público, com o auxílio do Congresso Nacional. d) Congresso Nacional, com o auxílio do Poder Judiciário. e) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Ministério Público. Comentários: 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 40 $�OHWUD�%�p�R�JDEDULWR��)XQGDPHQWR��DUW������³FDSXW´��&)� 9. (FCC/2009/TRT 3ª Região) É INCORRETO afirmar que o Tribunal de Contas da União tem competência para: a) Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas, as sanções previstas em lei. b) Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando-se a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. c) Aplicar aos responsáveis, em caso de irregularidade de contas, as sanções previstas legalmente. d) Apreciar, no exercício de suas atribuições, a constitucionalidade das leis e atos do Poder Público. e) Sustar ou anular diretamente e de imediato a execução de contratos administrativos irregulares ou ilegais. Comentários: A letra A está correta. Fundamento: art. 71, VIII, CF. O mesmo ocorre com a B, com base no art. 71, X, CF e com a C, com base no art. 71, VIII, CF. A letra D está perfeita. Segundo a jurisprudência do STF, os Tribunais de Contas, no desempenho de suas atribuições, podem realizar o controle de constitucionalidade das leis, podendo afastar a aplicação de uma lei ou ato normativo do Poder Público por entendê-los inconstitucionais. A alternativa incorreta, portanto, é a letra E. Verificada a irregularidade em um contrato administrativo, o TCU não tem competência para sustar diretamente sua execução. Nesse caso, a Corte deverá dar ciência ao Congresso Nacional para que este suste o contrato e solicite ao Executivo as medidas cabíveis para sanar a irregularidade. Caso o Congresso ou o Poder Executivo não efetivem as medidas cabíveis no prazo de noventa dias, aí sim o TCU poderá sustar o ato (CF, art. 71, §2º). A letra E é o gabarito da questão. 10. (FCC/2009/TCE-GO) Nos termos da Constituição da República, se for verificada ilegalidade na prática de ato submetido à análise do Tribunal de Contas da União, a) O Tribunal assinará prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei e, se não atendido, sustará a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. b) O órgão ou entidade terá prazo de 90 dias para correção da ilegalidade, sob pena de sustação do ato diretamente pelo Congresso Nacional. c) O representante do Ministério Público que atua junto ao Tribunal formulará pedido ao órgão competente do Poder Judiciário, para que possa haver cominação ao responsável de multa proporcional ao dano causado ao erário. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 40 d) Deverá o Tribunal comunicar o fato ao Congresso Nacional, que, na qualidade de titular da função de fiscalização financeira, notificará o órgão ou entidade para que adote as medidas cabíveis,sob pena de anulação do ato. e) O órgão ou entidade ficará desde logo impedido de realizar, de ofício ou mediante provocação, atos tendentes à correção da ilegalidade, resolvendo-se a situação exclusivamente na esfera judicial. Comentários: Veja só como a irregularidade em ato administrativo é tratada de maneira diferente daquela observada em contrato administrativo... No caso em questão, o TCU fixará um prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade (art. 71, IX, CF). Caso não atendido, sustará a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF). A letra A é o gabarito. 11. (FCC/2011/TRE-AP) No que se refere à fiscalização contábil, financeira e orçamentária é certo que, o auditor, quando em substituição a Ministro do Tribunal de Contas, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de: a) Juiz de Tribunal Regional Eleitoral. b) Juiz de Tribunal Regional Federal. c) Advogado Geral da União. d) Procurador da República. e) Juiz de Tribunal de Justiça de Estado. Comentários: Determina o art. 73, § 4º, da CF, que o auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional. A letra B é o gabarito. 12. (FCC/2011/TRT 23ª Região) A empresa JJPTO Ltda. firmou contrato administrativo com a União, após participar de processo de licitação fraudulento do qual saiu vencedora, para o fornecimento de cartuchos de tintas para as impressoras das repartições públicas. Segundo a Constituição Federal, no caso desse contrato, o ato de sustação será adotado: a) diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. b) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle interno, que solicitará, de imediato, ao Congresso Nacional as medidas cabíveis. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 40 c) pelo Tribunal de Contas da União, mediante controle externo, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Congresso Nacional as medidas cabíveis. d) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Executivo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis. e) diretamente pelo Tribunal de Contas da União, que, após prestar informações ao Poder Legislativo, solicitará ao Poder Judiciário as medidas cabíveis. Comentários: No caso de contratos administrativos irregulares, o ato de sustação caberá ao Congresso Nacional, que solicitará ao Executivo a anulação desses atos. Caso essas medidas não sejam adotadas no prazo de noventa dias, o TCU adquirirá competência para decidir a respeito. A letra A é o gabarito da questão. 13. (FCC/2011/TCE-SP) Com base em lei municipal promulgada em 2004, a Câmara de Vereadores de um Município paulista efetua o pagamento de remuneração aos membros que compareceram a sessões extraordinárias do órgão legislativo no exercício de 2010. Nessa hipótese, ao examinar as contas a serem prestadas pela Mesa da Câmara de Vereadores relativamente ao exercício de 2010, o Tribunal de Contas do Estado: a) ficará adstrito à análise da legalidade da despesa e da observância do limite constitucional de gasto com folha de pagamento da Câmara Municipal, vedada a apreciação quanto à constitucionalidade da lei municipal. b) deverá abster-se de apreciar a constitucionalidade da lei municipal, uma vez que a guarda da Constituição é de competência do Supremo Tribunal Federal, e não dos Tribunais de Contas. c) possuirá legitimidade para apreciar a constitucionalidade da lei municipal, de onde poderá decorrer sua manifestação pela regularidade ou não da realização do pagamento. d) somente poderá manifestar-se sobre a constitucionalidade da lei municipal, adotando-a como fundamento de decidir a respeito da regularidade da despesa, se já houver decisão judicial transitada em julgado a esse respeito. e) não poderá manifestar-se sobre a constitucionalidade da lei municipal, uma vez que esta é atribuição exclusiva do Poder Judiciário, no sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, que não conhece mecanismos de controle político. Comentários: A questão cobra o conhecimento da Súmula 357 do STF, que dispõe que o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. O gabarito é a letra C. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 40 14. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que é integrado por onze Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional. Comentários: Dispõe o art. 73 da Constituição que o Tribunal de Contas da União é integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional. Memorize o número de 0LQLVWURV��SDUD�QmR�FDLU�HP�³SHJXLQKDV´�FRPR�HVVH��4XHVWmR�LQFRUUHWD� 15. (FCC/2010/TRT 8ª Região) O Tribunal de Contas da União é integrado no total por: a) sete ministros, sendo todos escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação do Congresso Nacional. b) sete ministros, sendo dois terços deles escolhidos pelo Congresso Nacional, com aprovação do Presidente da República. c) nove Ministros, sendo um terço deles escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal. d) quinze ministros, sendo dois terços deles escolhidos pelo Senado Federal, com aprovação da Câmara dos Deputados. e) quinze ministros, sendo um terço deles escolhidos pela Câmara dos Deputados, com aprovação do Presidente da República. Comentários: O TCU é integrado por nove Ministros, sendo um terço deles escolhido pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, e dois terços, pelo Congresso Nacional (art. 73, CF). A letra C é o gabarito. 16. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros natos ou naturalizados, com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade e mais de cinco anos de atividade profissional. Comentários: Apesar de a Constituição não fazer a ressalva de que os brasileiros deverão ser natos ou naturalizados, isso não torna a afirmativa incorreta. Isso porque a CF/88 prevê que os Ministros serão escolhidos dentre brasileiros, o que, obviamente, compreende natos e naturalizados. O erro da questão está na idade, que deverá ser de mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos e no tempo de exercício profissional, que deverá ser de mais de dez anos. Eis os requisitos para nomeação dos Ministros do TCU: 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 40 x Mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cincoanos de idade; x Idoneidade moral e reputação ilibada; x Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; x Mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. Questão incorreta. 17. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa deverão ser submetidas ao crivo do Congresso Nacional em sessão legislativa por ambas as Casas, sendo que a decisão do Senado Federal terá eficácia de título executivo. Comentários: Com o objetivo de dar efetividade às decisões do TCU, determina a Carta Magna (art. 71, § 3º) que as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. Questão incorreta. 18. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, as suas decisões, de que resulte imputação de débito ou multa, terão eficácia de título executivo. Comentários: É isso o que dispõe a Lei Fundamental no art. 71, § 3º. Questão correta. 19. (FCC/2010/TRT 9ª Região) As decisões dos Tribunais de Contas que resultem em imputação de débito ou multa, não têm eficácia de título executivo por ser prerrogativa do Poder Judiciário. Comentários: Determina o § 3º do art. 71 da Carta Magna que as decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão, sim, eficácia de título executivo. Questão incorreta. 20. (FCC/2010/TCE-AP) No âmbito da análise de prestação de contas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Mato Grosso - SENAR/MT, perante o Tribunal de Contas da União -TCU, foram suscitadas irregularidades referentes à aquisição de veículo de ³PRGHOR�GHPasiadamente sofisticado, sem justificativa de necessidade H�DGHTXDomR�jV�FDUDFWHUtVWLFDV�H[LJLGDV´��$�DTXLVLomR�WHULD�FXVWDGR�5�� 146.500,00 ao ente, tendo contudo restado demonstrado que havia outros modelos no mercado que poderiam atender, pela metade do preço, aos requisitos de luxo e conforto exigidos. O Tribunal, ao final, decidiu pela aplicação de multa aos responsáveis pela despesa 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 40 (Acórdão no 3441/2010 - 1a Câmara, TC 012.289/2005-6, Rel. Min. Marcos Bemquerer Costa, in Informativo de Jurisprudência sobre Licitações Contratos no 20). A decisão do TCU é compatível com a disciplina constitucional da matéria, mas dependerá de validação do Congresso Nacional para possuir eficácia de título executivo. Comentários: De fato, a decisão do TCU é compatível com a disciplina constitucional da matéria. O erro da questão é afirmar que ela dependerá de validação do Congresso Nacional para possuir eficácia de título executivo. Não há tal exigência (art. 71, § 3º, CF). Questão incorreta. 21. (FCC/2010/TCE-AP/Adaptada) Com base nos dados da questão anterior, pode-se afirmar que a decisão do TCU poderia ter reconhecido a irregularidade das contas, mas não determinado a imposição de multa aos responsáveis pela despesa. Comentários: Segundo a CF/88, compete ao TCU aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário (art. 71, VIII). Portanto, o TCU poderia, sim, aplicar multa neste caso. Questão incorreta. 22. (FCC/2010/TCE-AP - adaptada) Com base nos dados da penúltima questão, pode-se afirmar que a decisão do TCU afronta a Constituição, na medida em que o Tribunal não possui competência para a análise de contas de ente que não integra a Administração federal. Comentários: O TCU tem competência, sim, para analisar contas de ente que não integre a Administração Pública Federal, desde que haja aplicação de recursos federais na operação. Determina a Carta Magna que ao TCU compete fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município (art. 71, VI, CF). Questão incorreta. 23. (FCC/2010/TRT 22ª Região) As decisões do Tribunal de Contas da União, de que resulte cancelamento de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. Comentários: As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo judicial. Não haveria 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 40 lógica em uma decisão de cancelamento de débito ter eficácia de título executivo, já que a execução se presta a cobrar o crédito. Só pelo raciocínio já VHULD�SRVVtYHO�³PDWDU´�D�TXHVWmR��4XHVtão incorreta. 24. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que o Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, semestralmente, relatório de suas atividades. Comentários: O examinador trocou a periodicidade da obrigação, para confundir você! Segundo o art. 71, § 4º, da CF, o Tribunal de Contas da União encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Questão incorreta. 25. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, encaminhará ao Congresso Nacional, a cada cinco meses, relatório de suas atividades. Comentários: O TCU encaminhará o relatório de suas atividades ao Congresso Nacional trimestral e anualmente (art. 71, § 4º, CF). Questão incorreta. 26. (FCC/2010/TRT 9ª Região) O Tribunal de Contas da União encaminhará para a Câmara dos Deputados, semestralmente, o relatório de suas atividades e anualmente ao Ministério Público. Comentários: É ao Congresso Nacional que o Tribunal de Contas da União (art. 71, § 4º, CF) encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Questão incorreta. 27. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que no caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Comentários: Perfeito! No caso de contratos administrativos irregulares, o ato de sustação caberá ao Congresso Nacional, que solicitará ao Executivo a anulação desses atos (art. 71, § 1º, CF). Questão correta. 28. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, no caso de contrato, praticará ato de sustação e solicitará de imediato ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 40 Comentários: Nada disso! Essa função é do Congresso Nacional. No caso de contratos administrativos irregulares, o ato de sustação caberá ao Congresso Nacional, que solicitará ao Executivo a anulação desses atos (art. 71, § 1º, CF). Questão incorreta. 29. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, está impedido de assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. Comentários: Pelo contrário! Compete ao TCU assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificadailegalidade (art. 71, IX, CF/88). Questão incorreta. 30. (FCC/2010/TRT 22ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, poderá sustar, se atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Comentários: Determina a Constituição (art. 71, IX e X) que poderá o TCU assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. Caso, porém, não seja atendido, poderá sustar a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Questão incorreta. 31. (FCC/2010/TRT 9ª Região) Compete ao Tribunal de Contas da União sustar a execução de ato impugnado, comunicando a decisão ao Poder Executivo e ao juiz competente. Comentários: De fato, compete ao TCU sustar a execução de ato impugnado. Entretanto, caso não atendido, comunicará a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88). Questão incorreta. 32. (FCC/2011/TRT 14ª Região) No tocante ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que o auditor, quando em substituição a Ministro não terá as mesmas garantias e impedimentos do titular. Comentários: Segundo o art. 73, § 4º, da CF, o auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 40 exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. É a palavra não do enunciado que torna a questão incorreta. 33. (FCC/2010/TRT 22ª Região) O auditor, quando em substituição a Ministro do Tribunal de Contas da União, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. Comentários: É isso que determina o art. 73, § 4º, da CF. Questão correta. 34. (FCC/2011/TRF 1ª Região) Dois terços dos Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos pelo: a) Supremo Tribunal Federal. b) Presidente do Senado Federal. c) Presidente da República. d) Presidente do Supremo Tribunal Federal. e) Congresso Nacional. Comentários: Determina o art. 73, § 2º, da CF, que os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento; II - dois terços pelo Congresso Nacional. A letra E é o gabarito. 35. (FCC/2011/TRT 24ª Região) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida, mediante controle externo, pelo: a) Ministro da Justiça. b) Advogado Geral da União. c) Chefe da Casa Civil. d) Supremo Tribunal Federal. e) Congresso Nacional. Comentários: 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 40 A fiscalização contábil, orçamentária, patrimonial e operacional da União e das entidades da Administração Direta e Indireta tem como responsável o Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), FRQIRUPH�R�DUW������³FDSXW´��GD�&)�����$�OHWUD�(�p�R�JDEDULWo. 36. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados estão vinculados à Assembleia Legislativa e ao Tribunal de Contas da União. Comentários: De fato, os Tribunais de Contas dos Estados (TCEs) estão vinculados às Assembleias Legislativas dos Estados. Não há, entretanto, qualquer vínculo destes com o TCU. Questão incorreta. 37. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados apreciam a legalidade dos atos de admissão de pessoal na administração direta, indireta e, inclusive, as nomeações para cargos em comissão. Comentários: Com base na simetria com o TCU, podemos afirmar que os TCEs têm competência para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão (art. 71, III, CF). Questão incorreta. 38. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados podem quebrar sigilo bancário e interceptar conversas telefônicas para fins de investigação em casos de improbidade administrativa. Comentários: O TCU não tem, segundo o STF, competência para determinar a quebra do sigilo bancário. Pelo princípio da simetria, essa vedação se estende aos TCEs. Também não têm as Cortes de Contas competência para determinar a interceptação telefônica. Esta só pode ser determinada por JUIZ (art. 5º, XII, CF). Questão incorreta. 39. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados auxiliam a Assembleia Legislativa no controle externo das contas públicas, bem como as Câmaras Municipais nesta mesma função quando o Município não possuir Tribunal, Conselho ou órgão de Contas. Comentários: Determina a Carta Magna (art, 31, § 1º) que o controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 40 Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Portanto, não havendo Tribunal Conselho ou órgão de Contas do Município, caberá a função ao TCE. Questão correta. 40. (FCC/2010/TCE-RO) Os Tribunais de Contas dos Estados podem aplicar medidas cautelares a investigados, como a indisponibilidade de bens e ativos financeiros, a fim de evitar a depreciação dolosa do patrimônio público. Comentários: Entende o STF que o TCU tem legitimidade para expedir medidas cautelares para prevenir a ocorrência de lesão ao erário ou a direito alheio, bem como para garantir a efetividade de suas decisões. Pelo princípio da simetria, também os TCEs possuem essa competência. Questão correta. 41. (FCC/2010/TRT 9ª Região) As Constituições estaduais e as leis orgânicas dos Municípios disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por onze Conselheiros. Comentários: Segundo o parágrafo único da CF/88, as Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. As leis orgânicas não disporão sobre os TCEs. Além disso, estes são compostos por sete, e não onze Conselheiros. Questão incorreta. 42. (FCC/2009/DP-SP) O pacto federativo brasileiro reconhece o Município como ente, por isso a Constituição de 1988 permite a criação de novos Tribunais de Contas no âmbito municipal. Comentários: É o oposto disso! Dispõe o art. 30, § 4º, da CF, que é vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Questão incorreta. 43. (FCC/2009/DP-SP) A Constituição Federal falhou em não prever expressamente a participação popular no controle da administração pública junto ao Tribunalde Contas da União. Comentários: A participação popular no controle das contas públicas foi uma das preocupações do legislador constituinte. Prevê a Carta Magna que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União (art. 74, § 2º, CF). Questão incorreta. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 40 44. (FCC/2007/TCE-AM) Considerando a disciplina constitucional do Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que partido político, associação e sindicato não são legitimados para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. Comentários: São sim! Determina a Lei Fundamental, em seu art. 74, § 2º, que qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. Questão incorreta. 45. (FCC/2007/TCE-AM) O cidadão não é parte legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas. Comentários: O cidadão é, sim, parte legítima para fazê-lo, conforme o art. 74, § 2º, da CF/88. Questão incorreta. 46. (FCC/2007/TCE/AM) As decisões proferidas pelo Tribunal de Contas que imponham penalidades são insuscetíveis de questionamento perante o Poder Judiciário. Comentários: As decisões proferidas pelo Tribunal de Contas são, sim, passíveis de questionamento perante o Judiciário, devido ao princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, CF), segundo o qual a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Questão incorreta. 47. (FCC/2006/Banco Central) O sistema de controle interno prescrito pela Constituição Federal, a ser mantido de forma integrada pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, tem, dentre as suas atribuições, a de: a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta. b) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei. c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União. d) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. e) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres. Comentários: 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 40 De acordo com o art. 74 da Constituição Federal, são funções do sistema de controle interno: x Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; x Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; x Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; x Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Essas atribuições precisam ser memorizadas. Mantenha as mesmas na ³SRQWD�GD�OtQJXD´��$�OHWUD�&�p�R�JDEDULWR� 48. (FCC/2005/TCE-SP) Dentre as funções do sistema de controle interno a ser mantido, de forma integrada, pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, está a de: a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. b) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei. c) determinar prazo para que órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. d) fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo. e) emitir parecer prévio sobre o projeto de lei de diretrizes orçamentárias, etapa necessária para a aprovação dessa lei. Comentários: Não custa nada repetirmos quais são as atribuições do sistema de controle interno de cada um dos três Poderes: x Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; x Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; x Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; x Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. A letra A é o gabarito. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 40 49. (FCC/2005/TCE-MA) Segundo a Constituição do Estado do Maranhão, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, que tem entre suas finalidades a de: a) fiscalizar a distribuição da quota-parte pertencente aos municípios, arrecadada pelo Estado, do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços e do imposto sobre propriedade de veículos automotores. b) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados mediante convênio. c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Estado. d) representar ao poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. e) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, e determinar reposição integral, pelo responsável, dos valores devidos ao erário. Comentários: ³$K��1iGLD��QmR�DFUHGLWR�TXH�YRFr�YDL� UHSHWLU�DV�IXQo}HV�GR�VLVWHPD�GH� FRQWUROH�LQWHUQR�´ Vou sim, meu aluno (ou aluna). Não quero que erre essa questão de jeito nenhum! Essas funções são: x Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; x Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; x Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; x Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Dica: veja que o controle interno não fiscaliza nada. O verbo fiscalizar não aparece no rol de atribuições. A letra C é o gabarito. 50. (FCC/2005/PGE-GO) Cabe ao Tribunal de Contas do Estado julgar os administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos na administração diretae indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público, por crimes contra o erário. Comentários: Os Tribunais de Contas não julgam pessoas. Isso é competência do Judiciário. Os Tribunais de Contas dos Estados têm, pelo princípio da simetria e 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 40 com base no art. 71, II, da CF, função de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. Questão incorreta. 51. (FCC/2005/TCE-PI) Sobre o Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que por ter caráter jurisdicional, das suas decisões não cabe recurso ao Poder Judiciário. Comentários: Como vimos, o TCU não tem função jurisdicional, ou seja, de aplicar o direito em caráter definitivo. Suas ações podem ser revistas pelo Judiciário, com base no princípio da inafastabilidade da jurisdição. Questão incorreta. 52. (FCC/2003/TRE-AM) Quanto ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que, embora goze de autonomia, é órgão auxiliar do Poder Legislativo e pratica atos de natureza administrativa que, nessa condição, estão sujeitos ao controle jurisdicional. Comentários: É isso mesmo! A função do TCU é meramente administrativa. Seus atos estão sujeitos ao controle jurisdicional exercido pelo Judiciário. Questão correta. 53. (FCC/2003/TRE-AM) Quanto ao Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que, mesmo sendo órgão do Poder Legislativo, tem competência para julgar e impor sanções, exercendo funções do Poder Judiciário, que, todavia, não lhe pode reformar as decisões. Comentários: De fato o TCU tem competência para impor sanções. Entretanto, essas podem ser revistas pelo Judiciário, em obediência à inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, CF). Questão incorreta. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 40 Lista de Questões 1. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 2. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam, entre outros requisitos, no mínimo 15 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional. 3. (FCC/2013/TRT-PR) Nos termos da Constituição Federal, os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal e, dois terços, pelo Senado Federal. 4. (FCC/2009/DP-SP) O Tribunal de Contas é órgão do Poder Judiciário de extrema relevância, pois lhe cabe aplicar sanções aos entes da Administração que causarem dano ao patrimônio público. 5. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Em tema de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, estabelece a Constituição Federal, dentre outras hipóteses, que será exercida pela Câmara dos Deputados, mediante controle interno, e pelo sistema de controle externo de cada Poder, devendo encaminhar ao Chefe do Executivo, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. 6. (FCC/2010/TRT 8ª Região) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida: a) pelo Supremo Tribunal Federal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno pela Comissão Nacional de Justiça. b) pela Comissão Nacional de Justiça, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno do Supremo Tribunal Federal. c) pelo Superior Tribunal de Justiça, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno da Comissão Nacional de Justiça. d) pela Advocacia Geral da União, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. e) pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 40 7. (FCC/2010/TRT 9ª Região) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e de suas entidades, exercida pelo Congresso Nacional e por parte de cada Poder NÃO abrange aspectos de: a) economicidade. b) aplicação de subvenções. c) instituição de tributos. d) legitimidade. e) renúncia de receitas. 8. (FCC/2009/TCE-GO) A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, mediante controle externo, será exercida pelo: a) Poder Judiciário, com o auxílio do Ministério Público. b) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. c) Ministério Público, com o auxílio do Congresso Nacional. d) Congresso Nacional, com o auxílio do Poder Judiciário. e) Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Ministério Público. 9. (FCC/2009/TRT 3ª Região) É INCORRETO afirmar que o Tribunal de Contas da União tem competência para: a) Aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesas, as sanções previstas em lei. b) Sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando-se a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. c) Aplicar aos responsáveis, em caso de irregularidade de contas, as sanções previstas legalmente. d) Apreciar, no exercício de suas atribuições, a constitucionalidade das leis e atos do Poder Público. e) Sustar ou anular diretamente e de imediato a execução de contratos administrativos irregulares ou ilegais. 10. (FCC/2009/TCE-GO) Nos termos da Constituição da República, se for verificada ilegalidade na prática de ato submetido à análise do Tribunal de Contas da União, a) O Tribunal assinará prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei e, se não atendido, sustará a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. b) O órgão ou entidade terá prazo de 90 dias para correção da ilegalidade, sob pena de sustação do ato diretamente pelo Congresso Nacional. c) O representante do Ministério Público que atua junto ao Tribunal formulará pedido ao órgão competente do Poder Judiciário, para que possa 35552280997 Noções de Direito Constitucional P/ TRT- BA ± AJAA Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 Prof. Nádia Carolina www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 40 haver cominação ao responsável de multa proporcional ao dano causado ao erário. d) Deverá
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