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4 Lei Orgânica DF (Completo) CBM

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Aula 04
Lei Orgânica do DF p/ Bombeiros-DF (Oficial e Soldado)
Professor: Marcelo Kessler
LODF para o concurso do CBMDF 
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Olá pessoal, 
 
Estamos quase encerrando nossas aulas sobre a LODF. 
Estas últimas aulas, historicamente, são as menos cobradas em provas, 
mas não podemos negligenciá-las! 
Todavia, em uma situação em que vocês tenham que 
optar sobre o que deixarão de estudar (ou revisar), estas aulas poderão 
ser deixadas de lado. Mas como temos muito tempo até a prova, isso 
certamente não acontecerá! 
 Então vamos ao que interessa! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Título VI ± Da Ordem Social e do Meio Ambiente 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Disposições Gerais 02 
2. Da Saúde 04 
3. Da Promoção e da Assistência Social 10 
4. Da Educação, da Cultura e do Desporto 11 
5. Do Meio Ambiente 19 
6. Questões comentadas 33 
7. Lista das questões apresentadas 47 
8. Gabarito 53 
 
 
DA ORDEM SOCIAL E DO MEIO AMBIENTE 
 
Disposições Gerais 
O art. 200 da LODF, reproduzindo integralmente o art. 
193 da CF, assim dispõe: 
Art. 200. A ordem social tem como base o primado do tra-
balho e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. 
 
Para melhor analisar o estabelecido acerca da ordem so-
cial do DF, devemos dividir o dispositivo em dois. 
Segundo a LODF, a ordem social se baseará no pri-
mado do trabalho, ou seja, o fundamento da ordem social será o tra-
balho. Tal disposição vai perfeitamente ao encontro daquilo que vimos 
nas aulas anteriores, em que estudamos que um dos Valores Funda-
mentais do DF está consubstanciado no valor social do trabalho e da 
livre iniciativa. 
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Mas qual o objetivo de se estabelecer uma ordem social? 
O art. 200 é claro ao estabelecer que a ordem social buscará o bem-
estar e a justiça sociais, isto é, o Estado atuará no sentido de proporci-
onar o bem-estar de sua população e tentará promover a justiça social. 
 
ORDEM SOCIAL 
Base (fundamento) 
Primado do trabalho 
Objetivos 
Bem-estar social 
Justiça social 
 
Nesse contexto de ordem social, o DF, de forma integrada 
com a União (competência comum), deverá garantir à sua população o 
acesso a um meio ambiente equilibrado, ao lazer e ao desporto. 
Além do acesso aos direitos acima elencados, o Poder Pú-
blico, de forma integrada com a sociedade, também deverá promo-
ver um conjunto de ações de forma a dar acesso à saúde, à previdência 
e à assistência social à população. Essas ações formam o que é chamado 
de seguridade social. 
 
 
 
 
 
Percebam que o fato de a LODF (e a Constituição Federal) 
estabelecer que essas medidas serão adotadas de forma integrada com 
a sociedade demonstra que o dever do Poder Público não excluirá as 
obrigações das pessoas, das famílias, das empresas e da sociedade, 
SEGURIDADE SOCIAL 
Previdência Assistência So-
Saúde 
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ou seja, demonstra que a responsabilidade pelas medidas referentes à 
seguridade social é tanto pública quanto privada. 
 
Da Saúde 
A LODF destina grande parte de seu texto à saúde. Direito 
de todos e dever do Estado, a saúde será assegurada por meio de polí-
ticas sociais, econômicas e ambientais. É importante que se destaque 
o caráter universal e igualitário do acesso às ações de saúde, ou seja, 
o Estado deverá garantir que suas políticas de promoção da saúde al-
cancem toda a população do DF sem qualquer tipo de distinção. 
Embora saibamos que na prática o Estado não consegue 
fornecer à população tudo aquilo que a CF e a LODF preveem, nossa 
prova cobrará o texto desses normativos. Dessa forma, vejamos o que 
a LODF coloca como condicionantes e determinantes para a saúde: 
§ 1º A saúde expressa a organização social e econômica, 
e tem como condicionante e determinantes, entre outros, 
o trabalho, a renda, a alimentação, o saneamento, o meio 
ambiente, a habitação, o transporte, o lazer, a liberdade, 
a educação, o acesso e a utilização agroecológica da terra. 
 
Então... vocês acham que o Estado está conseguindo pro-
ver a saúde (e todas as suas condicionantes) à população? Para isso, 
deveria garantir trabalho, renda, alimento, transporte, etc. para os ci-
dadãos, o que sabemos que está longe de acontecer. 
Tendo em vista a importância que as ações de saúde as-
sumem em um país (e o alto orçamento que consomem), fica a cargo 
do Poder Público a sua normatização, regulamentação, fiscalização 
e controle, devendo sua execução ser feita, preferencialmente, por 
meio de serviços públicos e, complementarmente, por intermé-
dio de pessoas físicas ou jurídicas de direito privado. 
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Dessa forma, temos que apenas o Poder Público fixará as 
regras e exercerá o controle e a fiscalização da execução das ações de 
saúde. Já no que diz respeito à efetivação dessas ações, o Estado poderá 
buscar o apoio da iniciativa privada a fim de melhor atingir seu objetivo 
de universalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado/SUS: 
As ações e serviços públicos de saúde integram uma 
rede única e hierarquizada, constituindo o Sistema Único de Saúde ± 
SUS. O SUS, organizado nos termos de Lei Federal, é financiado por 
recursos da União e do Distrito Federal e também por recursos 
de outras fontes. Embora sua organização seja competência da União, 
cada ente da federação possui suas peculiaridades, que deverão ser ob-
servadas, conforme se depreende das diretrizes do sistema: 
I - atendimento integral ao indivíduo, com prioridade para 
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assis-
tenciais; 
II - descentralização administrativa da rede de ser-
viços de saúde para as Regiões Administrativas; 
III - participação da comunidade; 
IV - direito do indivíduo à informação sobre sua saúde e 
a da coletividade, as formas de tratamento, os riscos a 
que está exposto e os métodos de controle existentes; 
V - gratuidade da assistência à saúde no âmbito do 
SUS; 
Ações de Saúde 
 
Estado 
Normatização, 
regulamenta-
ção, fiscaliza-
ção e controle 
execução 
 
Iniciativa 
Privada 
exclusivamente 
complemen-
tarmente 
preferencialmente 
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VI - integração dos serviços que executem ações preven-
tivas e curativas adequadas às realidades epidemiológi-
cas. 
O SUS também possui uma peculiaridade no que diz res-
peito à contratação de pessoal que por vezes aparece em questões de 
concurso. Trata-se da contratação de agentes comunitários de sa-
úde e agentes de combate às endemias, a qual poderá serrealizada 
por meio de processo seletivo público diferenciado, configurando exce-
ção à regra geral de realização de concurso público. Notem que isso não 
possibilita aos gestores do Sistema a livre contratação nos moldes do 
que ocorre com os cargos comissionados, uma vez que é necessária a 
realização de um processo seletivo público. 
Conforme vimos, o SUS é um sistema hierarquizado. Essa 
hierarquia caracteriza-se pela existência de três instâncias, quais se-
jam: 
¾ Conferência de Saúde: órgão colegiado, com representação de 
entidades governamentais e não governamentais e da sociedade 
civil, reunir-se-á a cada dois anos para avaliar e propor as diretri-
zes da política de saúde do Distrito Federal, por convocação do 
Governador ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de 
Saúde, pela maioria absoluta dos seus membros. 
¾ Conselho de Saúde: de caráter permanente e deliberativo, órgão 
colegiado com representação do governo, prestadores de serviços, 
profissionais de saúde e usuários, atuará na formulação de estra-
tégias e no controle de execução da política de saúde, inclusive nos 
aspectos econômicos e financeiros, e terá suas decisões homolo-
gadas pelo Secretário de Saúde do Distrito Federal. 
¾ Conselhos Regionais de Saúde: de caráter permanente e deli-
berativo, órgãos colegiados, com representação do governo, pres-
tadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, atuarão na 
formulação, execução, controle e fiscalização da política da sa-
úde, em cada Região Administrativa, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, e terão suas decisões homologadas pelo 
Diretor Regional de Saúde. 
Caráter não 
permanente 
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Agora que conhecemos a estrutura e as diretrizes, vamos 
às competências do SUS. Essa é a parte chata, aquela em que realmente 
temos que nos ater ao texto da LODF. São itens que normalmente são 
cobrados em provas para cargos da Secretaria de Estado de Saúde, mas 
como constam do nosso edital, temos que estudá-los. Segundo o art. 
207 da lei maior do DF, compete ao Sistema Único de Saúde, entre 
outras atribuições estabelecidas em lei: 
I - identificar, intervir, controlar e avaliar os fatores de-
terminantes e condicionantes da saúde individual e cole-
tiva; 
II - formular política de saúde destinada a promover, nos 
campos econômico e social, a observância do disposto no 
art. 204; 
III - participar na formulação da política de ações de sa-
neamento básico e de seu controle, integrando-as às 
ações e serviços de saúde; 
IV - prevenir os fatores determinantes das deficiências 
mental, sensorial e física, observados os aspectos de pro-
filaxia; 
V - oferecer assistência odontológica preventiva e de re-
cuperação; 
VI - participar na formulação e execução da política de 
fiscalização e inspeção de alimentos, bem como do con-
trole do seu teor nutricional; 
VII - formular política de recursos humanos na área de 
saúde, garantidas as condições adequadas de trabalho a 
seus profissionais; 
VIII - promover e fomentar o desenvolvimento de novas 
tecnologias, a produção de medicamentos, matérias-pri-
mas, insumos e imunobiológicos por laboratórios oficiais; 
Conferência de 
Saúde
Conselho de Saúde
Conselhos Regionais de Saúde
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IX - promover e fomentar práticas alternativas de diag-
nósticos e terapêutica, de comprovada base científica, en-
tre outras, a homeopatia, acumputura e fitoterapia; 
X - participar da formulação da política e do controle das 
ações de preservação do meio ambiente, nele compreen-
dido o trabalho; 
XI - participar no controle e fiscalização da produção, no 
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos, mutagênicos, carcinogênicos, inclu-
sive radioativos; 
XII - fiscalizar e controlar os expurgos, lixos, dejetos e 
esgotos hospitalares, industriais e de origem nociva, em 
conformidade com o art. 293, bem como participar na ela-
boração das normas pertinentes; 
XIII - desenvolver o sistema público de coleta, processa-
mento e transfusão de sangue e seus derivados, vedado 
todo tipo de comercialização; 
XIV - garantir a assistência integral ao portador de qual-
quer doença infecto-contagiosa, inclusive ao portador do 
vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-SIDA, 
assegurada a internação dos doentes nos serviços manti-
dos direta ou indiretamente pelo Sistema Único de Saúde 
e vedada qualquer forma de discriminação por parte de 
instituições públicas ou privadas; 
XV - prestar assistência integral à saúde da mulher, em 
todas as fases biológicas, bem como nos casos de aborto 
previsto em lei e de violência sexual, assegurado o aten-
dimento nos serviços do Sistema Único de Saúde - SUS, 
mediante programas específicos; 
XVI - garantir o atendimento médico-geriátrico ao idoso 
na rede de serviços públicos; 
XVII - orientar o planejamento familiar, de livre decisão 
do casal, garantido o acesso universal aos recursos edu-
cacionais e científicos e vedada qualquer forma de ação 
coercitiva por parte de instituições públicas ou privadas; 
XVII - garantir o atendimento integral à saúde da criança 
e do adolescente, por intermédio de equipe multidiscipli-
nar; 
XIX - executar a vigilância sanitária mediante ações que 
eliminem, diminuam ou previnam riscos à saúde e intervir 
nos problemas sanitários decorrentes da degradação do 
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meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde; 
XX - executar a vigilância epidemiológica, mediante ações 
que proporcionem o conhecimento, detecção ou preven-
ção dos fatores determinantes e condicionantes de saúde 
coletiva ou individual, adotando medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos; 
XXI - executar a vigilância alimentar e nutricional, medi-
ante ações destinadas ao conhecimento, detecção, con-
trole e avaliação da situação alimentar e nutricional da 
população, e reconhecer intervenções para prevenir ou 
eliminar riscos e seqüelas originadas do consumo inade-
quado de alimentos; 
XXII - promover a educação alimentar e nutricional; 
XXIII - prestar assistência à saúde comunitária mediante 
acompanhamento do doente em sua realidade familiar, 
comunitária e social; 
XXIV - prestar assistência farmacêutica e garantir o 
acesso da população aos medicamentos necessários à re-
cuperação de sua saúde; 
XXV - executar o controle sanitário-fármaco-epidemioló-
gico sobre estabelecimentos de dispensação e manipula-
ção de medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos 
destinados ao uso e consumo humano. 
 
Iniciativa Privada: 
Como vimos anteriormente, a iniciativa privada também 
participa, complementarmente, da execução das ações relacionadas 
à saúde. Para isso, deverão ser observados dois requisitos: 
¾ Celebração de contrato público ou convênio; 
¾ Preferência dada às entidades filantrópicas e às sem fins 
lucrativos 
Além disso, a fim de evitar fraudes nessa relação entre o 
Poder Público e a iniciativa privada, a LODF elencou algumas vedações 
sobre a matéria: 
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VEDAÇÕES 
São vedados: 
x a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estran-
geiros na assistência à saúde do Distrito Federal, salvo nos ca-
sos previstos em lei federal; 
x a destinação de recursos públicos do Distrito Federal para auxílio, 
subvenções, juros e prazos privilegiados a instituições priva-
das com fins lucrativos; 
x a contratação, no serviço público de saúde, de prestadores de 
serviço de empresas de caráter privado, salvo nos casos previstos 
em lei. 
x a designação ou nomeação de proprietários, administradores 
e dirigentes de entidades ou serviços privados de saúde para 
exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema 
Único de Saúde do Distrito Federal. 
 
 
Da Promoção e da Assistência Social 
O acesso às políticas de assistência social do DF não tem 
caráter de seguro, ou seja, independem de qualquer tipo de contribuição 
do beneficiário. Dessa forma, às políticas de promoção e de assistência 
social terão acesso todos aqueles que delas necessitarem 
 O financiamento de tais políticas será realizado 
com recursos da União, do DF e de outras fontes os quais serão 
distribuídos conforme as demandas sociais previstas no PPA, na LDO e 
na LOA. 
Além do financiamento das políticas relacionadas à assis-
tência social, ao Poder Público compete coordenar, elaborar e executar 
política de assistência social descentralizada e articulada com órgãos 
públicos e entidades sociais sem fins lucrativos, visando a: 
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I - apoio técnico e financeiro para programas de cará-
ter sócio-educativos desenvolvidos por entidades benefi-
centes e de iniciativa de organizações comunitárias; 
II - serviços assistenciais de proteção e defesa aos 
segmentos da população de baixa renda como: 
a) alojamento e apoio técnico e social para mendigos, 
gestantes, egressos de prisões ou de manicômios, porta-
dores de deficiência, migrantes e pessoas vítimas de vio-
lência doméstica e prostituídas; 
b) gratuidade de sepultamento e dos meios e procedi-
mentos a ele necessários; 
c) apoio a entidades representativas da comunidade na 
criação de creches e pré-escolas comunitárias, conforme 
o disposto no art. 221; 
d) atendimento a criança e adolescente; 
e) atendirmento a idoso e à pessoa portadora de defici-
ência, na comunidade. 
 
Também poderão ser firmados convênios, contratos e ou-
tras formas de cooperação com entidades beneficentes ou privadas 
sem fins lucrativos visando à execução de planos de assistência à criança, 
adolescente, idoso, dependentes de substâncias químicas, portadores de deficiên-
cia e de patologia grave. 
 
Da Educação, da Cultura e do Desporto 
Pessoal, aqui teremos que começar aquela otimização de 
tempo sobre a qual comentei no começo da aula. Não temos bola de 
cristal, mas pelo histórico de provas de concurso público (de todas as 
bancas) e considerando tratar-se de um curso voltado para a área de 
segurança pública do DF, dificilmente os assuntos aqui serão abor-
dados. Dessa forma, vamos nos aprofundar um pouco na seção refe-
rente à Educação, a qual possui mais dispositivos e tem maior probabi-
lidade de ser cobrada, deixando aquelas destinadas à cultura e ao des-
porto para a leitura de vocês. 
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De qualquer forma, caso surjam dúvidas na leitura das 
seções que não abordaremos aqui, elas poderão ser sanadas via fórum 
ou e-mail. 
A Educação, direito de todos, dever do Estado e da 
família, nos termos da Constituição Federal, fundada nos ideais demo-
cráticos de liberdade, igualdade, respeito aos direitos humanos e valo-
rização da vida, deve ser promovida e incentivada com a colaboração 
da sociedade, tem por fim a formação integral da pessoa humana, 
a sua preparação para o exercício consciente da cidadania e a 
sua qualificação para o trabalho e é ministrada com base nos se-
guintes princípios: 
I ± erradicação do analfabetismo; 
II ± pluralismo de ideias e de concepções filosóficas, políticas, es-
téticas, religiosas e pedagógicas, que conduza o educando à for-
mação de uma postura ética e social próprias; 
III ± valorização dos profissionais da educação, com garantia, na 
forma da lei, de plano de carreira e com ingresso exclusivamente 
por concurso público de provas e provas e títulos, realizado perio-
dicamente; 
IV ± universalização do atendimento escolar; 
V ± garantia do padrão de qualidade; 
VI ± garantia do princípio do mérito, objetivamente apurado; 
VII ± avaliação por órgão próprio do sistema educacional; 
VIII ± coexistência de instituições públicas e privadas; 
IX ± incentivo à participação da comunidade no processo educaci-
onal, na forma da lei; 
X ± amparo aos adolescentes em conflito com a lei, inclusive com 
sua formação em curso profissionalizante; 
XI ± promoção humanística, artística e científica; 
XII ± igualdade de condições para acesso e permanência na es-
cola; 
XIII ± gratuidade do ensino em instituições da rede pública. 
 
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Educação: direito de todos e dever do Estado e das famílias 
Fundamentos 
x Liberdade; 
x Igualdade; 
x Respeito aos direi-
tos humanos; 
x Valorização da 
vida. 
Objetivos 
x Formação integral da 
pessoa humana; 
x Preparação para o 
exercício consciente 
da cidadania; 
x Qualificação para o 
trabalho. 
Princípios 
x erradicação do analfabetismo; 
x pluralismo de ideias e de concepções 
filosóficas, políticas, estéticas, religio-
sas e pedagógicas, que conduza o edu-
cando à formação de uma postura 
ética e social próprias; 
x valorização dos profissionais da edu-
cação, com garantia, na forma da lei, 
de plano de carreira e com ingresso 
exclusivamente por concurso público 
de provas e provas e títulos, realizado 
periodicamente; 
x universalização do atendimento esco-
lar; 
x garantia do padrão de qualidade; 
x garantia do princípio do mérito, obje-
tivamente apurado; 
x avaliação por órgão próprio do sistema 
educacional; 
x coexistência de instituições públicas e 
privadas; 
x incentivo à participação da comuni-
dade no processo educacional, na 
forma da lei; 
x amparo aos adolescentes em conflito 
com a lei, inclusive com sua formação 
em curso profissionalizante; 
x promoção humanística, artística e ci-
entífica; 
x igualdade de condições para acesso e 
permanência na escola; 
x gratuidade do ensino em instituições 
da rede pública. 
 
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O acesso ao ensino público gratuito é estipulado como di-
reito público subjetivo. Para a disponibilização desse direito, o Poder 
Público aplicará, no mínimo, vinte e cinco por cento da receita re-
sultante de impostos, incluída a proveniente de transferências, 
na manutenção e desenvolvimento do ensino de primeiro e segundo 
graus e da educação pré-escolar. Deverá, adicionalmente, aplicar o mí-
nimo de três por cento dessas receitas na manutenção da educação 
superior pública. 
Nesse sentido, casoo Estado não ofereça ou ofereça de 
forma insatisfatória o direito de educação da população, ou ainda na 
hipótese de não aplicar o mínimo estipulado, estará a autoridade com-
petente sujeita a responsabilidade, nos termos da CF. 
Mas até que fase deve ser oferecido o ensino gratuito? 
Há pouco tempo a LODF foi atualizada, de forma a trans-
mitir o mesmo regramento vigente em nível federal, estabelecido pela 
Emenda Constitucional nº 59/09. A citada emenda à CF assim dispõe: 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efeti-
vado mediante a garantia de: 
I - a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 
(quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não 
tiveram acesso na idade própria 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito 
(...) 
A LODF, no mesmo sentido, assim disciplina: 
Art. 221 (...) 
§ 1º A educação básica pública é obrigatória e gratuita 
dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada inclusive a sua 
oferta para todos os que a ela não tiveram acesso na 
idade própria 
 
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Vejam que a norma instituída pela União ampliou o al-
cance daquela que deve ser considerada obrigação do Estado. Para ter-
mos uma ideia do crescimento da responsabilidade do Poder Estatal com 
o advento da nova norma, vejamos como é dividido o ensino: 
 
Dessa forma, percebemos que atualmente o DF, se-
guindo o estabelecido em nível federal, alterou a LODF no sentido 
de oferecer ensino obrigatório e gratuito até a conclusão do ensino mé-
dio. 
Outro dispositivo que foi recentemente adequado às 
emendas recebidas pela CF foi o que trata das creches. Agora, seguindo 
o padrão federal estabelecido, a LODF prevê que DF garantirá atendi-
mento em creches e pré-escolas às crianças de 0 a 5 anos de idade, e 
não mais até os 6 anos de idade. 
Por mais que tenhamos falado em idades para delimitar 
as responsabilidades do Estado, essa divisão tem caráter meramente 
classificatório. Na verdade, independentemente da idade (exceto no 
caso do acesso às creches e pré-escola), o Estado deverá possibilitar o 
acesso daqueles que queiram estudar. É o que dispõe a LODF em seu 
art. 225: 
Art. 225. O Poder Público deve prover atendimento a 
jovens e a adultos, principalmente trabalhadores, 
por meio de programas específicos, de modo a compa-
tibilizar educação e trabalho. 
Educação 
básica
Educação 
Infantil (0 a 5 
anos)
Creche
(0 a 3 anos)
Pré-Escola (4 
a 5 anos)Ensino 
Fundamental 
(6 a 14 anos)
Ensino Médio 
(15 a 17 anos)
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Parágrafo único. Cabe ao Poder Público implantar pro-
grama permanente de alfabetização de adultos articulado 
com os demais programas dirigidos a este segmento, ob-
servada a obrigatoriedade de ação das unidades escolares 
em sua área de influência, em cooperação com os movi-
mentos sociais organizados. 
 
Ocorre que não basta apenas que existam escolas e pro-
fessores em sala de aula. Quando a CF e a LODF criam a obrigação de 
fornecimento de educação gratuita por parte do Poder Público, elas tam-
bém estabelecem ser necessário o fornecimento de meios que possibi-
litem a permanência dos estudantes. Nesse sentido, assim se pronun-
cia: 
Art. 224. O Poder Público deve assegurar atendimento 
ao educando, em todas as etapas da educação básica, 
por meio de programas suplementares de material di-
dático-escolar, transporte, alimentação e assistên-
cia à saúde 
 
Conteúdo Programático: 
A LODF prevê que a educação a que se refere deve com-
preender as áreas cognitiva, afetivo-social e físico-motora. 
Visando cobrir as áreas de educação que estabelece, a Lei 
Orgânica do DF determina que tanto a educação física, quanto a 
educação artística são disciplinas curriculares obrigatórias e de-
vem ser ministradas de forma teórica e prática em todos os níveis da 
rede de ensino escolar. 
Além das disciplinas básicas e das acima citadas, o currí-
culo da rede oficial de ensino também contemplará o conteúdo progra-
mático de: 
¾ educação ambiental; 
¾ educação financeira; 
¾ educação sexual; 
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¾ educação para o trânsito; 
¾ saúde oral; 
¾ comunicação social; 
¾ artes; 
¾ prevenção de doenças, 
¾ cidadania, 
¾ pluralidade cultural, 
¾ pluralidade racial 
¾ outros adequados à realidade específica do Distrito Fe-
deral 
A fim de promover a integração entre os países da Amé-
rica Latina, será possível que a língua espanhola conste como opção 
de língua estrangeira de todas as séries do primeiro e segundo graus da 
rede pública de ensino. 
Visando à promoção da cultura regional e a produção ar-
tístico-literária local, o Poder Público incluirá a literatura brasiliense 
no currículo das escolas públicas. Conteúdo sobre as lutas das mulhe-
res, dos negros, dos índios e de outros na história da humanidade e 
da sociedade brasileira também será incluído na grade curricular de en-
sino do DF. 
O ensino religioso também será incluído e as aulas da 
citada matéria serão ministradas em horário normal de aula. Todavia, 
considerando ser o Brasil um Estado laico e tendo em vista a liberdade 
de escolha religiosa, a matrícula na disciplina terá caráter facultativo. 
No âmbito do ensino médio, o Estado deve garantir que o 
ensino médio público seja integrado com a educação profissional, com 
vistas à formação de profissionais qualificados, na forma da lei. 
Com esse mesmo intuito, o Poder Público: 
¾ firmará convênios de integração entre escola e 
empresa, com harmonizando a relação da educação com 
o trabalho e adequar a formação profissional aos requisi-
tos do mercado de trabalho, e serão 
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¾ incentivará os estágios para estudante em re-
gime de cooperação com entidades públicas e pri-
vadas, sem vínculo empregatício e como situação transi-
tória, com vistas à integração do educando no mercado 
de trabalho. 
 
Portadores de necessidades especiais e superdotados: 
Embora aos portadores de necessidades especiais e aos 
superdotados seja garantido atendimento educacional especializado, o 
Poder Público deverá trabalhar na capacitação de profissionais e na ade-
quação dos espaços físicos para que esse atendimento seja ministrado, 
preferencialmente, na rede regular de ensino. 
Ademais, o Poder Público destinará percentual mínimo do 
orçamento da educação, para assegurar ensino especial gratuito a por-
tadores de deficiência de todas as faixas etárias. 
 
Considerações Adicionais: 
Tudo que vimos até agora é aplicado ao ensino básico, 
composto pela educação infantil, ensino fundamental e ensino medo, 
conforme vimos anteriormente. 
Além do ensino básico, embora não seja obrigatório, o DF 
também poderá instituir seu sistema de ensino superior, levando em 
consideração, na instalação de novas unidades, prioritariamente, regi-
ões densamente povoadas não atendidas por ensino público superior, 
observada a vocação regional. Asuniversidades que vierem a ser inau-
guradas pelo DF gozarão de autonomia didático-científica, admi-
nistrativa e de gestão financeira e patrimonial. 
Diante da dificuldade de acesso à escola por parte daque-
les residentes de núcleos rurais, o Poder Público deverá implantar esco-
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las diferenciadas nessas localidades, dispensando aos alunos um trata-
mento adequado a sua realidade, com adoção de critérios que levem 
em conta as estações do ano, seus ciclos agrícolas, a pecuária, as ativi-
dades extrativas e a aquisição de conhecimento específico de vida rural, 
mediante aulas práticas. 
Encerrando a seção referente a educação, a LODF prevê 
que também compete ao Poder Público manter um sistema de bibli-
otecas escolares e incentivar a criação de bibliotecas por parte da rede 
privada. 
 
Do Meio Ambiente 
Em reprodução de dispositivo constitucional, a LODF es-
WDEHOHFH�TXH�³todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equili-
brado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e coletividade o dever de defendê-lo e pre-
servá-OR�SDUD�DV�SUHVHQWHV�H�IXWXUDV�JHUDo}HV´. 
O direito a um meio ambiente equilibrado é considerado 
um direito de coletividade, classificado como direito fundamental de 3ª 
geração. É um direito de todos os indivíduos, inclusive daqueles que 
ainda não estão entre nós (futuras gerações). Importante que se tenha 
em mente que não incumbe apenas ao Poder Público a defesa do meio 
ambiente, sendo também responsabilidade da coletividade tal 
atribuição. 
A LODF trouxe aquele que considera o conceito ideal para 
definir esse direito tratado por meio ambiente: 
Entende-se por meio ambiente o conjunto de condições, 
leis, influências e interações de ordem física, química e 
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas. 
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Por se tratar de um conceito não intuitivo, acho impor-
tante que vocês o tenham em mente para evitar qualquer surpresa na 
prova. 
 
Meio Ambiente, bem de uso comum do povo, é o 
conjunto de condições, leis, influências e interações 
de ordem física, química e biológica, que permite, 
abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
Todos têm direito a um meio ambiente equilibrado, 
competido ao Poder Público e à comunidade de-
fendê-lo e preservá-lo. 
 
Pessoal... agora vem aquela parte chata! Aquela lista 
imensa das medidas que devem ser observadas pelo Estado a fim de 
defender e preservar o meio ambiente. Infelizmente o examinador gosta 
bastante desse tipo de questão, que muitas vezes só mede a capacidade 
de decorar do candidato, mas que raramente pode ser objeto de re-
curso. Dessa forma, não temos opção senão ler o que diz a LODF: 
Art. 279. O Poder Público, assegurada a participação da co-
letividade, zelará pela conservação, proteção e recuperação 
do meio ambiente, coordenando e tornando efetivas as ações e 
recursos humanos, financeiros, materiais, técnicos e científicos 
dos órgãos da administração direta e indireta, e deverá: 
I - planejar e desenvolver ações para a conservação, preserva-
ção, proteção, recuperação e fiscalização do meio ambiente; 
II - promover o diagnóstico e zoneamento ambiental do terri-
tório, definindo suas limitações e condicionantes ecológicas e 
ambientais para ocupação e uso dos espaços territoriais; 
III - elaborar e implementar o plano de proteção ao meio am-
biente, definindo áreas prioritárias de ação governamental; 
IV - estabelecer normas relativas ao uso e manejo de recursos 
ambientais; 
V - estabelecer normas e padrões de qualidade ambiental para 
aferição e monitoramento dos níveis de poluição do solo, sub-
solo, do ar, das águas e acústica, entre outras; 
VI - exercer o controle e o combate da poluição ambiental; 
VII - estabelecer diretrizes específicas para proteção de recur-
sos minerais, no território do Distrito Federal; 
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VIII - estabelecer padrões de qualidade ambiental a ser obede-
cidos em planos e projetos de ação, no meio ambiente natural 
e construído; 
IX - implantar sistema de informações ambientais, comuni-
cando sistematicamente à população dados relativos a quali-
dade ambiental, tais como níveis de poluição, causas de degra-
dação ambiental, situações de risco de acidentes e presença de 
substâncias efetiva ou potencialmente danosas à saúde; 
X - promover programas que assegurem progressivamente be-
nefícios de saneamento à população urbana e rural; 
XI - implantar e operar sistema de monitoramento ambiental; 
XII - licenciar e fiscalizar o desmatamento ou qualquer 
outra alteração da cobertura vegetal nativa, primitiva ou 
regenerada, bem como a exploração de recursos mine-
rais; 
XIII - promover medidas judiciais e administrativas necessárias 
para coibir danos ao meio ambiente, responsabilizados os ser-
vidores públicos pela mora ou falta de iniciativa; 
XIV - colaborar e participar de planos e ações de interesse am-
biental em âmbito nacional, regional e local; 
XV - condicionar a concessão de benefícios fiscais e cre-
ditícios a pessoas físicas e jurídicas condenadas por atos 
cujas obrigações ambientais ainda estejam pendentes ao 
compromisso de quitação dessas obrigações; 
XVI - estimular e promover o reflorestamento com espécies na-
tivas em áreas degradadas, com o objetivo de proteger especi-
almente encostas e recursos hídricos, bem como manter índices 
mínimos de cobertura vegetal original necessários à proteção 
da fauna nativa; 
XVII - avaliar e incentivar o desenvolvimento, produção e ins-
talação de equipamentos, bem como a criação, absorção e di-
fusão de tecnologias compatíveis com a melhoria da qualidade 
ambiental; 
XVIII - conceder licenças, autorizações e fixar limitações admi-
nistrativas relativas ao meio ambiente; 
XIX - garantir a participação comunitária no planejamento, 
execução e vigilância de atividades que visem à proteção, re-
cuperação ou melhoria da qualidade ambiental; 
XX - avaliar níveis de saúde ambiental, promovendo pesquisas, 
investigações, estudos e outras medidas necessárias; 
XXI - identificar, criar e administrar unidades de conservação e 
demais áreas de interesse ambiental, estabelecendo normas a 
serem observadas nestas áreas, incluídos os respectivos planos 
de manejo; 
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XXII - promover a educação ambiental, objetivando a consci-
entização pública para a preservação, conservação e recupera-
ção do meio ambiente; 
XXIII - controlar e fiscalizar obras, atividades, processos 
produtivos e empreendimentos que, direta ou indireta-
mente, possam causar degradação ao meio ambiente, 
bem como adotar medidas preventivas ou corretivas e 
aplicar sanções administrativas pertinentes. 
 
Além de todas as medidas, o Poder Público, sempre que 
verificar que alguma área é de interesse para proteção ambiental, ele 
adotará as seguintes medidas: 
 
TERRAS DE INTERESSE À 
PROTEÇÃO AMBIENTAL 
Se PÚBLICAS: não serão transferi-
das a particulares, a qualquertítulo 
Se PRIVADAS: estabelecerá restri-
ções administrativas ao seu uso 
 
O Poder público também estabelecerá diretrizes para a 
proteção de mananciais hídricos por meio de diversos instrumentos, e 
fixará normas, padrões e parâmetros para prevenir, combater e contro-
lar a erosão do solo. 
Quando se tratar da exploração de minerais, o DF deverá, 
em comum acordo com a União, zelar por aqueles que se encontrarem 
sem seu território, fiscalizando a exploração de jazidas e estimulando 
estudos e pesquisas de solo, geológicas e de tecnologia mineral. 
O art. 289 da LODF trata de um assunto bastante impor-
tante para o dia a dia de quem trabalha com a execução e a fiscalização 
de obras. Trata-se da necessidade de elaboração de Estudos de Impacto 
Ambiental e de Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Vejamos 
o que ele e seus parágrafos dispõem: 
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Art. 289. Cabe ao Poder Público, na forma da lei, exigir 
a realização de estudo prévio de impacto ambiental 
para construção, instalação, reforma, recuperação, am-
pliação e operação de empreendimentos ou ativida-
des potencialmente causadoras de significativa de-
gradação ao meio ambiente, ao qual se dará publici-
dade, ficando à disposição do público por no mínimo trinta 
dias antes da audiência pública obrigatória. 
§ 1º Os projetos de parcelamento do solo no Distrito Fe-
deral terão sua aprovação condicionada a apresentação 
de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório, 
para fins de licenciamento. 
§ 2º Quando da aprovação pelo Poder Público de projeto 
de parcelamento do solo, o respectivo licenciamento 
constará do ato administrativo de aprovação, com as li-
mitações administrativas, caso existam. 
§ 3º O estudo prévio de impacto ambiental será realizado 
por equipe multidisciplinar, cujos membros deverão 
ser cadastrados no órgão ambiental do Distrito Federal. 
§ 4º A execução das atividades referidas no caput depen-
derá de prévio licenciamento pelo órgão ambiental, sem 
prejuízo de outras licenças exigidas por lei. 
§ 5º Poderá ser exigido estudo de impacto ambiental e 
respectivo relatório em empreendimento ou atividades já 
instaladas, a qualquer tempo, na hipótese de realização 
de auditoria ambiental. 
§ 6º Na aprovação de projetos de parcelamento do solo 
para fins urbanos com área igual ou inferior a ses-
senta hectares, ou com área igual ou inferior a cem hec-
tares no caso de projetos urbanísticos de habitação de in-
teresse social com pequeno potencial de impacto ambien-
tal, e de parcelamento do solo com finalidade rural 
com área igual ou inferior a duzentos hectares cuja 
fração mínima corresponda à definida nos planos 
diretores, o órgão ambiental pode substituir a exigência 
de apresentação de estudo de impacto ambiental e do 
respectivo relatório prevista no § 1º pela avaliação de im-
pacto ambiental definida em lei específica ou pelo licenci-
amento ambiental simplificado, referentes, entre outros 
fatores, às restrições ambientais, à capacidade de abas-
tecimento de água, às alternativas de esgotamento sani-
tário e de destinação final de águas pluviais, mantida a 
obrigatoriedade da realização de audiência pública. 
Além da necessidade de 
apresentação de EIA/RIMA e 
de serem submetidos a audi-
ência pública, esses projetos 
serão, posteriormente, apre-
ciados pelo Conselho de Meio 
Ambiente do DF. 
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Vamos entender o que o trecho retrotranscrito: 
Caput: Toda vez que alguém pretender instalar empreen-
dimento ou exercer atividade que seja potencialmente causadora de da-
nos ao meio ambiente, o Poder Público deverá exigir previamente um 
estudo de impacto ambiental (EIA). Esse estudo ficará disponível ao pú-
blico no mínimo trinta dias antes da realização de audiência pública, a 
qual será obrigatória. 
Os §§1º e 2º estabelecem que, em casos de parcelamento 
de solo, só será concedido o licenciamento após apresentação do EIA e 
do seu respectivo relatório, qual seja, o RIMA (relatório de impacto ao 
meio ambiente). Entregue o projeto de parcelamento, o EIA e o RIMA 
(além dos demais documentos necessários), caso o projeto seja apro-
vado, o licenciamento conterá as limitações (as regras a serem obser-
vadas pelo executor do projeto específico) que porventura existam. 
No § 3º, não temos maiores esclarecimentos a tecer. A 
necessidade de equipes multidisciplinares para a execução do EIA de-
corre de sua abrangência, que permeia diversas áreas de conhecimento, 
sendo impossível a apenas um especialista a sua elaboração. 
Os §§ 4º e 5º elencam a possibilidade de que, além dos 
estudos de impacto ambiental, sejam exigidas outras licenças previstas 
em lei, não só durante a instalação do projeto com o também posteri-
ormente, quando esse já estiver em funcionamento, por ocasião de au-
ditorias ambientais. 
Por fim, o § 6º enumera as situações em que o EIA poderá 
ser substituído por estudos mais simples, conhecidos como avaliação de 
impacto ambiental e licenciamento ambiental simplificado. 
Projetos de parcelamento do solo passíveis de serem aprovados com 
avaliação de impacto ambiental e/ou licenciamento ambiental 
simplificado 
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urbano: com área igual ou inferior a sessenta hectares; 
urbano p/ projetos de interesse social com pequeno impacto ambi-
ental: com área igual ou inferior a cem hectares; 
rural: com área igual ou inferior a duzentos hectares cuja fração mínima 
corresponda à definida nos planos diretores 
 
A questão ambiental está muito em voga atualmente. To-
davia, sabemos que algumas atividades, mesmo que causem danos ao 
meio ambiente, são necessárias à vida do homem moderno. A fim de 
possibilitar que os danos causados por essas atividades sejam compen-
sados por outras medidas, a LODF admite que seja instituída tribu-
tação diferenciada para as atividades que utilizem recursos am-
bientais e impliquem significativa degradação ambiental. 
Além desse mecanismo, a LODF também estabelece que 
algumas atividades não poderão ser desempenhadas no território do DF 
em função da grande degradação ambiental delas decorrentes. Elas es-
tão elencadas no art. 308, § único: 
 
Atividades vedadas no território do DF: 
I - a instalação de indústrias químicas de agrotóxicos, seus 
componentes e afins; 
II - a fabricação, comercialização e utilização de substâncias 
que emanem o composto cloro-flúor-carbono (CFC); 
III - a fabricação, comercialização e utilização de equipamentos 
e instalações nucleares, à exceção dos destinados a pesquisa 
científica e a uso terapêutico, que dependerão de licenciamento 
ambiental; 
IV - a instalação de depósitos de resíduos tóxicos ou radioativos 
de outros Estados e países. 
Art. 300 A prática do carvoejamento visando à produção de 
carvão vegetal para fins industriais é proibida no território do 
Distrito Federal. 
 
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Brasília (e não o DF) ainda está submetida à uma situação 
especial: suas unidades de conservação, os parques, as praças,seu o 
conjunto urbanístico, objeto de tombamento e Patrimônio Cultural da 
Humanidade, bem como os demais bens imóveis de valor cultural, são 
espaços territoriais especialmente protegidos e sua utilização far-se-á 
na forma da lei. 
Ótimo... vimos que atualmente o meio ambiente é extre-
mamente importante, sendo objeto de diversas normas que buscam 
protegê-lo, estudamos vedações e requisitos à algumas atividades em 
função dos danos ambientais que causam, etc. Mas a fiscalização disso 
tudo fica a cargo de quem? 
Além o IBRAM (órgão ambiental do DF) e das agências 
reguladoras, a LODF estabelece que deverão ser criadas subprocurado-
rias e delegacias policiais especializadas, nos seguintes termos: 
Com a finalidade de assegurar a prática e o efetivo controle 
das ações que objetivem a proteção do meio ambiente, o Dis-
trito Federal deverá manter: 
I - subprocuradoria especializada em tutela ambiental, defesa de 
interesses difusos e do patrimônio histórico, cultural, paisagístico, 
arquitetônico e urbanístico, integrante da Procuradoria-Geral do 
Distrito Federal; 
II - delegacias policiais especializadas e unidades de policiamento 
florestal integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, incumbi-
das da prevenção, repressão e apuração dos ilícitos ambientais, 
sem prejuízo das ações dos demais órgãos de fiscalização espe-
cializados. 
 
Para encerrar a aula de hoje, vamos a alguns dispositivos 
da LODF que prescindem de maiores esclarecimentos, mas que versam 
de matérias que podem ser objeto de cobrança em prova: 
Áreas de Preservação Perma-
nente - APPs 
Espaços territoriais especial-
mente protegidos, cuja utiliza-
ção dependerá de prévia autoriza-
ção dos órgãos competentes 
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lagos e lagoas; 
nascentes, remanescentes de ma-
tas ciliares ou de galerias, manan-
ciais de bacias hidrográficas e fai-
xas marginais de proteção de 
águas superficiais, conforme defi-
nidas pelo órgão ambiental do Dis-
trito Federal; 
áreas que abriguem exemplares 
da fauna e flora ameaçados de ex-
tinção, vulneráveis, raros ou me-
nos conhecidos, bem como aque-
las que sirvam como local de 
pouso, alimentação ou reprodu-
ção; 
áreas de interesse arqueológico, 
histórico, científico, paisagístico e 
cultural; 
aquelas assim declaradas em lei. 
as coberturas florestais nativas; 
as unidades de conservação já 
existentes; 
aquelas assim declaradas em lei. 
 
 
 
 
Pessoal, por hoje é só! Em caso de dúvidas, sugestões e 
críticas sobre a aula ou sobre o curso, utilizem nosso fórum ou entrem 
em contato por meio do fórum do nosso curso. 
 
Abraços e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
DA ORDEM SOCIAL E DO MEIO AMBIENTE 
 
Disposições Gerais 
ORDEM SOCIAL 
Base (fundamento) 
Primado do trabalho 
Objetivos 
Bem-estar social 
Justiça social 
 
 
 
 
 
 
 
Saúde (caráter universal e igualitário): direito de todos e dever 
do Estado, assegurada por meio de políticas sociais, econômicas e 
ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURIDADE SOCIAL 
Previdência Assistência So-
Saúde 
Ações de Saúde 
 
Estado 
Normatização, 
regulamenta-
ção, fiscaliza-
ção e controle 
execução 
 
Iniciativa 
Privada 
exclusivamente 
complemen-
tarmente 
preferencialmente 
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Hierarquia do SUS: 
 
VEDAÇÕES 
São vedados: 
 
x a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estran-
geiros na assistência à saúde do Distrito Federal, salvo nos ca-
sos previstos em lei federal; 
x a destinação de recursos públicos do Distrito Federal para auxílio, 
subvenções, juros e prazos privilegiados a instituições priva-
das com fins lucrativos; 
x a contratação, no serviço público de saúde, de prestadores de 
serviço de empresas de caráter privado, salvo nos casos previstos 
em lei. 
x a designação ou nomeação de proprietários, administradores 
e dirigentes de entidades ou serviços privados de saúde para 
exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema 
Único de Saúde do Distrito Federal. 
 
Educação: 
 
Educação: direito de todos e dever do Estado e das famílias 
Fundamentos 
x Liberdade; 
x Igualdade; 
x Respeito aos direi-
tos humanos; 
x Valorização da 
vida. 
Objetivos 
x Formação integral da 
pessoa humana; 
x Preparação para o 
exercício consciente 
da cidadania; 
x Qualificação para o 
trabalho. 
Princípios 
x erradicação do analfabetismo; 
x pluralismo de ideias e de concepções 
filosóficas, políticas, estéticas, religio-
sas e pedagógicas, que conduza o edu-
cando à formação de uma postura 
ética e social próprias; 
Conferência de 
Saúde
Conselho de Saúde
Conselhos Regionais de Saúde
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x valorização dos profissionais da edu-
cação, com garantia, na forma da lei, 
de plano de carreira e com ingresso 
exclusivamente por concurso público 
de provas e provas e títulos, realizado 
periodicamente; 
x universalização do atendimento esco-
lar; 
x garantia do padrão de qualidade; 
x garantia do princípio do mérito, obje-
tivamente apurado; 
x avaliação por órgão próprio do sistema 
educacional; 
x coexistência de instituições públicas e 
privadas; 
x incentivo à participação da comuni-
dade no processo educacional, na 
forma da lei; 
x amparo aos adolescentes em conflito 
com a lei, inclusive com sua formação 
em curso profissionalizante; 
x promoção humanística, artística e ci-
entífica; 
x igualdade de condições para acesso e 
permanência na escola; 
x gratuidade do ensino em instituições 
da rede pública. 
 
 
 
Educação 
básica
Educação 
Infantil (0 a 5 
anos)
Creche
(0 a 3 anos)
Pré-Escola (4 
a 5 anos)Ensino 
Fundamental 
(6 a 14 anos)
Ensino Médio 
(15 a 17 anos)
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Meio ambiente 
IMPORTANTE 
Meio Ambiente, bem de uso comum do povo, é o conjunto de condições, 
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que per-
mite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
Todos têm direito a um meio ambiente equilibrado, competido ao Poder Pú-
blico e à comunidade defendê-lo e preservá-lo. 
 
Terras de Interesse à Proteção Ambiental 
Se PÚBLICAS: não serão transferidas a particulares, a qualquer tí-
tulo 
Se PRIVADAS: estabelecerá restrições administrativas ao seu uso 
 
Projetos de parcelamento do solo passíveis de serem aprovados com 
avaliação de impacto ambiental e/ou licenciamento ambiental 
simplificado 
urbano: com área igual ou inferior a sessenta hectares; 
urbano p/ projetos de interesse social com pequeno impacto ambi-
ental: com área igual ou inferior a cem hectares;rural: com área igual ou inferior a duzentos hectares cuja fração mínima 
corresponda à definida nos planos diretores 
 
Áreas de Preservação Perma-
nente - APPs 
Espaços territoriais especial-
mente protegidos, cuja utiliza-
ção dependerá de prévia autoriza-
ção dos órgãos competentes 
lagos e lagoas; 
nascentes, remanescentes de ma-
tas ciliares ou de galerias, manan-
ciais de bacias hidrográficas e fai-
xas marginais de proteção de 
as coberturas florestais nativas; 
as unidades de conservação já 
existentes; 
aquelas assim declaradas em lei. 
 
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águas superficiais, conforme defi-
nidas pelo órgão ambiental do Dis-
trito Federal; 
áreas que abriguem exemplares 
da fauna e flora ameaçados de ex-
tinção, vulneráveis, raros ou me-
nos conhecidos, bem como aque-
las que sirvam como local de 
pouso, alimentação ou reprodu-
ção; 
áreas de interesse arqueológico, 
histórico, científico, paisagístico e 
cultural; 
aquelas assim declaradas em lei. 
 
 
Atividades vedadas no território do DF: 
I - a instalação de indústrias químicas de agrotóxicos, seus compo-
nentes e afins; 
II - a fabricação, comercialização e utilização de substâncias que 
emanem o composto cloro-flúor-carbono (CFC); 
III - a fabricação, comercialização e utilização de equipamentos e 
instalações nucleares, à exceção dos destinados a pesquisa científica 
e a uso terapêutico, que dependerão de licenciamento ambiental; 
IV - a instalação de depósitos de resíduos tóxicos ou radioativos de 
outros Estados e países. 
Art. 300 A prática do carvoejamento visando à produção de carvão 
vegetal para fins industriais é proibida no território do Distrito Fede-
ral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1 - (Funiversa ± SES/2009) O Distrito Federal assegurará os direitos rela-
tivos à educação, à saúde, à segurança pública, à alimentação, à cultura, à 
assistência social, ao meio ambiente equilibrado, ao lazer e ao desporto, em 
ação 
(A) Integrada com a União. 
(B) Vinculada com a União. 
(C) Autônoma do DF. 
(D) Integrada com o Poder Judiciário. 
(E) Associada à União. 
Letra A: Pessoal, vimos na aula que assegurar os direitos relativos à educa-
ção, à saúde, à segurança pública, à alimentação, à cultura, à assistência so-
cial, ao meio ambiente equilibrado constituem competência comum à União e 
aos Estados, cabendo eles, de forma integrada, exercer tal medida. A questão 
buscava o conhecimento do texto da LODF, que em seu art. 201 assim dispõe: 
art. 201. O Distrito Federal, em ação integrada com a 
União, assegurará os direitos ambiente equilibrado, la-
zer e desporto. 
 
2 - (Funiversa ± SES/2009) Acerca da Seguridade Social, a Lei Orgânica 
determina em seu art. 203 que a seguridade social compreende 
(A) O conjunto de ações de iniciativa do Poder Público e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos referentes à saúde, previdência e 
assistência social. 
(B) O conjunto de ações de iniciativa do Poder Público, destinadas a asse-
gurar os direitos referentes à saúde. 
(C) O conjunto de ações de iniciativa do Poder Público e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos referentes apenas à previdência so-
cial. 
(D) O conjunto de ações de iniciativa do Distrito Federal e da União, des-
tinadas a assegurar os direitos referentes à saúde, previdência e as-
sistência social. 
(E) O conjunto de ações de iniciativa do Distrito Federal, destinadas a as-
segurar os direitos referentes à saúde, previdência e assistência social. 
Letra A: Vimos na aula que a seguridade social compreende o conjunto de 
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ações de iniciativa do Poder Público e da sociedade destinada a assegurar 
direitos à população. Dessa forma, a sociedade também é responsável pelas 
ações que visem assegurar direitos relativos à saúde, previdência e assistência 
social. 
 O item B está errado por limitar o foco das ações da seguridade social 
àquelas relativas à saúde. Situação semelhante ao da afirmativa C, que limita 
o escopo da seguridade social às ações voltadas à previdência social. 
 O item D está errado por colocar a União como responsável por atais 
ações, e a afirmativa E apresenta equívoco ao atribuir as ações de seguridade 
social apenas ao DF, excluindo a sociedade de tal responsabilidade. 
 
 
 
 
 
 
3 - (Funiversa ± SES/2007) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, 
não sendo vedada: 
(A) A participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros 
na assistência à saúde do Distrito Federal, salvo nos casos previstos 
em lei federal. 
(B) As instituições privadas participarem, de forma complementar, do Sis-
tema único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de 
direito público ou convênio, concedida preferência às entidades filan-
trópicas e às sem fins lucrativos. 
(C) A destinação de recursos públicos do Distrito Federal para auxílio, sub-
venção, juros e prazos privilegiados a instituições com fins lucrativos. 
(D) Nos serviços públicos de saúde, a contratação de prestadores de ser-
viço de empresas de caráter privado, salvo nos casos previstos em lei. 
(E) A nomeação ou designação de proprietários, administrados e dirigen-
tes de entidades ou serviços privados de saúde para exercer cargo de 
chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde do Distrito 
Federal. 
Letra B: Os itens A, C, D e E exatamente o mesmo texto utilizado na LODF 
para apresentar as vedações à participação da iniciativa privada na saúde. 
SEGURIDADE SOCIAL 
Previdência Assistência So-
Saúde 
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Já o item B elenca justamente aquilo que a LODF dispõe ser permitido, ou seja, 
a participação de empresas privadas, de forma complementar, no SUS, 
desde que sigam suas diretrizes e firmem contrato publico ou convênio. Além 
disso, deve ser dada preferência às instituições que não possuem fins lucrati-
vos. 
VEDAÇÕES 
São vedados: 
 
x a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estran-
geiros na assistência à saúde do Distrito Federal, salvo nos ca-
sos previstos em lei federal; 
x a destinação de recursos públicos do Distrito Federal para auxílio, 
subvenções, juros e prazos privilegiados a instituições priva-
das com fins lucrativos; 
x a contratação, no serviço público de saúde, de prestadores de 
serviço de empresas de caráter privado, salvo nos casos previstos 
em lei. 
x a designação ou nomeação de proprietários, administradores 
e dirigentes de entidades ou serviços privados de saúde para 
exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema 
Único de Saúde do Distrito Federal. 
 
4 - (Funiversa ± SES/2009) Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal, as 
ações e serviços públicos de saúde integram uma rede única e hierarquizada, 
constituindo o Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do Distrito Federal, 
organizado nos termos da lei federal. Assinale a alternativa que corresponde 
a uma das diretrizes desse sistema 
(A) Direito do indivíduoà informação a respeito de sua saúde e a da cole-
tividade, as formas de tratamento, os riscos a que está exposto e os 
métodos de controle existentes. 
(B) Concentração administrativa da rede de serviços de saúde em um 
único órgão centralizado. 
(C) O atendimento ao indivíduo, com prioridade para atividades preventi-
vas, excetuados os procedimentos de alta complexidade. 
(D) Gratuidade da assistência à saúde no âmbito do SUS, exceto para os 
procedimentos de alto custo para o Estado. 
(E) A divisão dos serviços que executem ações preventivas e curativas em 
relação às atividades epidemiológicas. 
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Letra A: A Letra A traz o enunciado do art. 205, IV, por isso é a resposta 
correta. 
O erro do Item B está em prever concentração administrativa como uma dire-
triz do SUS. É justamente o oposto disso, uma vez que a LODF estabelece ser 
uma diretriz do Sistema Único de Saúde a descentralização administrativa da 
rede de serviços de saúde para as Regiões Administrativas. 
A afirmativa C está errada pois não há nenhuma exceção aos atendimentos 
que demandem procedimentos de alta complexidade. 
O item D está equivocado por motivo semelhante ao anterior: não há exceção 
aos procedimentos de alto custo para o Estado, sendo eles também albergados 
pelo SUS. 
$�DILUPDWLYD�(�VXEVWLWXL�R�WHUPR�³LQWHJUDomR´�SRU�³GLYLVmR´��WRUQDQGR�R�LWHP�
errado. 
Nos termos da LODF, são diretrizes a serem obedecidas pelo SUS: 
I - atendimento integral ao indivíduo, com prioridade para 
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assis-
tenciais; 
II - descentralização administrativa da rede de serviços 
de saúde para as Regiões Administrativas; 
III - participação da comunidade; 
IV - direito do indivíduo à informação sobre sua saúde e 
a da coletividade, as formas de tratamento, os riscos a 
que está exposto e os métodos de controle existentes; 
V - gratuidade da assistência à saúde no âmbito do SUS; 
VI - integração dos serviços que executem ações preven-
tivas e curativas adequadas às realidades epidemiológi-
cas. 
 
5 - (Funiversa ± SES/2009 - adaptada) Para o governo, o Sistema Único 
de Saúde é um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, univer-
sal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial 
aos transplantes de órgãos. Sobre o SUS, assinale a alternativa incorreta. 
(A) As políticas locais de saúde são formuladas pelo próprio DF. 
(B) A implantação de políticas públicas de saúde pode ser realizada pelos 
Estados, Distrito Federal, Municípios, ONGs e iniciativa privada. 
(C) O financiamento da saúde pública no Distrito Federal é responsabili-
dade privativa do DF. 
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Letra C: As alternativas A e B não merecem reparos em seu enunciado. O erro 
da alternativa C consubstancia-se na afirmação de que apenas o DF é respon-
sável pelo financiamento da saúde pública. Uma vez que as ações de saúde 
são consideradas de competência comum entre União e Estados, o financia-
mento do SUS caberá ao DF, à União e a outras fontes que a lei determinar. 
Vejam o enunciado do art. 216 da LODF: 
Art. 216. O Sistema Único de Saúde do Distrito Federal 
será financiado com recursos do orçamento do Distrito Fe-
deral e da União, além de outras fontes, na forma da lei. 
 
6 - (Funiversa ± SES/2007) O Sistema Único de Saúde do Distrito Federal 
contará, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com três instâncias 
colegiadas e definidas na forma da lei, que são 
(A) Conferência de Saúde, Conselho de Saúde e Conselhos Regionais de 
Saúde. 
(B) Auditoria de Saúde, Conselho de Saúde e Conselhos Regionais de Sa-
úde. 
(C) Conferência de Saúde, Conselho de Saúde e Auditoria de Saúde. 
(D) Inspetoria de Saúde, Auditoria de Saúde e Conselho de Saúde. 
(E) Conferência de Saúde, Conselho de Saúde e Inspetoria de Saúde. 
Letra A: Questão bastante simples, respondida com a pirâmide hierárquica 
que fizemos na nossa aula. 
 
Vamos aproveitar para relembrar o que é e como funciona cada um dessas 
instâncias: 
¾ Conferência de Saúde: órgão colegiado, com representação de 
entidades governamentais e não governamentais e da sociedade 
civil, reunir-se-á a cada dois anos para avaliar e propor as diretri-
zes da política de saúde do Distrito Federal, por convocação do 
Governador ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de 
Saúde, pela maioria absoluta dos seus membros. 
Conferência de 
Saúde
Conselho de Saúde
Conselhos Regionais de Saúde
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¾ Conselho de Saúde: de caráter permanente e deliberativo, órgão 
colegiado com representação do governo, prestadores de serviços, 
profissionais de saúde e usuários, atuará na formulação de estra-
tégias e no controle de execução da política de saúde, inclusive nos 
aspectos econômicos e financeiros, e terá suas decisões homolo-
gadas pelo Secretário de Saúde do Distrito Federal. 
¾ Conselhos Regionais de Saúde: de caráter permanente e deli-
berativo, órgãos colegiados, com representação do governo, pres-
tadores de serviços, profissionais de saúde e usuários, atuarão na 
formulação, execução, controle e fiscalização da política da sa-
úde, em cada Região Administrativa, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, e terão suas decisões homologadas pelo 
Diretor Regional de Saúde. 
 
7 - (Funiversa ± SES/2007) Assinale a alternativa incorreta. Compete ao 
Sistema Único de Saúde do Distrito Federal, além de outras atribuições esta-
belecidas em lei: 
(A) Participar na formulação da política de ações de saneamento básico e 
de seu controle, integrando-as às ações e serviços de saúde. 
(B) Prevenir os fatores determinantes das deficiências mental, sensorial e 
física, observados os aspectos de profilaxia. 
(C) Participar na formulação e execução da política de fiscalização e inspe-
ção de alimentos, bem como do controle do seu teor nutricional. 
(D) Iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos na Lei 
Orgânica. 
(E) Oferecer assistência odontológica preventiva de recuperação. 
Letra D: Essa é a típica questão decoreba. O art. 207 da LODF elenca 25 
competências do SUS. Entre elas, as competências constantes dos itens A (in-
ciso III), B (inciso IV), C (inciso VI) e E (inciso V). Já a afirmativa constante 
da opção D não está relacionada ás competências do SUS. 
 
8 - (Funiversa ± SES/2007) Assinale a alternativa incorreta. Cabe ao Dis-
trito Federal, em coordenação com a União, desenvolver ações com vistas à 
promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores 
submetidos a riscos e agravos advindos das condições e processos de trabalho. 
Incluídas, entre outras atividades: 
(A) A assistência a vítimas de acidentes de trabalho e portadores de do-
enças profissionais e do trabalho. 
(B) A promoção regular de estudos e pesquisas sobre saúde do trabalha-
dor. 
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(C) A proibição de exigência de atestado de esterilização, de teste de gra-
videz e de anti-HIV como condição para admissão ou permanência no 
emprego. 
(D) A intervenção com finalidadede interromper as atividades em locais 
de trabalho comprovadamente insalubres, de risco ou que tenham pro-
vocado graves danos à saúde do trabalhador. 
(E) Realizar exames médicos de admissão, periódicos e de demissão de 
forma gratuita para a iniciativa privada. 
Letra E: Questão que cobra o conhecimento do art. 213 da LODF. Mesmo que 
vocês não tivessem conhecimento do dispositivo, bastaria analisar as afirma-
tivas para verificar que não faz nenhum sentido o DF, em coordenação o com 
a União, realizar exames médicos de forma gratuita para a inciativa privada. 
Isso é para que vocês percebam que, por vezes, as questões de prova podem 
ser resolvidas mesmo sem o conhecimento da matéria. Basta que tenham 
calma e leiam com atenção. 
Mas também temos que reduzir as chances de não conhecermos o conteúdo 
cobrado, então lá vai o art. 213: 
Art. 213. Cabe ao Distrito Federal, em coordenação com 
a União, desenvolver ações com vistas a promoção, pro-
teção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalha-
dores submetidos a riscos e agravos advindos das condi-
ções e processos de trabalho, incluídas, entre outras ati-
vidades: 
I - a informação ao trabalhador, entidade sindical e em-
presa sobre: 
a) riscos de acidentes do trabalho e de doenças profissio-
nais; 
b) resultados de fiscalização e avaliação ambiental; 
c) exames médicos de admissão, periódicos e de de-
missão; 
II - a assistência a vítimas de acidentes do trabalho 
e portadores de doenças profissionais e do traba-
lho; 
III - a promoção regular de estudos e pesquisas so-
bre saúde do trabalhador; 
IV - a proibição de exigência de atestado de esteri-
lização, de teste de gravidez e de anti-HIV como 
condição para admissão ou permanência no em-
prego; 
V - a intervenção com finalidade de interromper as 
atividades em locais de trabalho comprovadamente 
insalubres, de risco ou que tenham provocado gra-
ves danos à saúde do trabalhador. 
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9 - (Funiversa ± TERRACAP/2010) No âmbito da assistência social na 
LODF, não corresponde a um dever do Distrito Federal para com os seguimen-
tos de baixa renda: 
(A) Alojamento para mendigos e imigrantes. 
(B) Sepultamento gratuito. 
(C) Apoio a entidades representativas da sociedade par a construção de 
creches e pré-escolas comunitárias. 
(D) Atendimento à criança e ao adolescente. 
(E) Atendimento, na comunidade, ao idoso e ao portador de deficiência. 
Letra A: Outra questão que visava apenas verificar a capacidade de memori-
zação do candidato. É uma pena que o examinador se utilize de questões desse 
tipo, mas nessa parte da matéria, infelizmente, é o mais comum. O erro da 
afirmativa A está em adicionar os imigrantes como destinatários dos 
alojamentos que o DF deverá manter. Vejamos o que reza a LODF: 
Art. 218. Compete ao Poder Público, na forma da lei e por 
intermédio da Secretaria competente, coordenar, elabo-
rar e executar política de assistência social descentrali-
zada e articulada com órgãos públicos e entidades sociais 
sem fins lucrativos, com vistas a assegurar especial-
mente; 
I - apoio técnico e financeiro para programas de caráter 
sócio-educativos desenvolvidos por entidades beneficen-
tes e de iniciativa de organizações comunitárias; 
II - serviços assistenciais de proteção e defesa aos seg-
mentos da população de baixa renda como: 
a) alojamento e apoio técnico e social para mendi-
gos, gestantes, egressos de prisões ou de manicô-
mios, portadores de deficiência, migrantes e pes-
soas vítimas de violência doméstica e prostituídas; 
b) gratuidade de sepultamento e dos meios e procedimen-
tos a ele necessários; 
c) apoio a entidades representativas da comunidade na criação de creches e 
pré-escolas comunitárias, conforme o disposto no art. 221; 
d) atendimento a criança e adolescente; 
e) atendimento a idoso e à pessoa portadora de deficiên-
cia, na comunidade. 
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10 - (Funiversa ± TERRACAP/2010) Nos estabelecimentos de ensino do 
Distrito Federal, a LODF prevê, como matrícula facultativa, a disciplina de 
(A) Educação ambiental. 
(B) Educação física. 
(C) Educação sexual. 
(D) Educação artística. 
(E) Ensino religioso. 
Letra E: Essa, embora também exija memorização, tem amparo em um con-
ceito maior. Por ser o Brasil um estado laico, que também defende a liberdade 
religiosa, seria incompatível obrigar os alunos a frequentarem aulas de ensino 
religioso. Dessa forma, entre as disciplinas elencadas, o ensino religioso é a 
única que terá sua matrícula facultativa. 
 
11 - (Funiversa ± PCDF/2012) A respeito do meio ambiente, de acordo com 
o disposto na Lei Orgânica do Distrito Federal, assinale a alternativa correta. 
(A) Cabe à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal 
(CAESB) a gestão do sistema de gerenciamento de recursos hídricos. 
(B) As terras públicas, consideradas de interesse para a proteção ambien-
tal, poderão ser transferidas a particulares, desde que haja anterior 
licitação pública. 
(C) Pessoas físicas que temporariamente exerçam atividades consideradas 
potencialmente poluidoras não são responsáveis diretamente pela co-
leta e pela destinação dos resíduos produzidos, pois isso fica a cargo 
de empresa contratada pelo Distrito Federal. 
(D) É possível, no território do Distrito Federal, lançar esgoto industrial ou 
hospitalar diretamente em cXUVRV�RX�FRUSRV�G¶iJXD��GHVGH�TXH�KDMD�
prévio tratamento, bem como controle e avaliação dos teores poluen-
tes. 
(E) A prática do carvoejamento para fins industriais é permitida no territó-
rio do Distrito Federal, desde que esteja dentro do zoneamento rural. 
Letra D: A letra D é a resposta correta. Segunda a LODF, é vedado lançar 
HVJRWR�LQGXVWULDO�RX�KRVSLWDODU�GLUHWDPHQWH�HP�FXUVRV�RX�FRUSRV�G¶iJXD sem 
prévio tratamento! 
Na letra A, o erro encontra-se em atribuir à Caesb a gestão do sistema de 
gerenciamento de recursos hídricos. A LODF determina que o órgão ambiental 
± no caso, o IBRAM ± será o responsável por tal atribuição. 
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A afirmativa B está equivocada porque as terras públicas que forem conside-
radas de interesse para a proteção ambiental não poderão, em hipótese al-
guma, ser transferidas a particulares. 
O Item C afirma exatamente o contrário da legislação aqui estudada. Segundo 
a LODF, art. 292: 
Art. 292. As pessoas físicas e jurídicas, públicas ou pri-
vadas, que exerçam atividades consideradas efetiva 
ou potencialmente poluidoras, temporárias ou per-
manentes, são responsáveis, direta ou indiretamente, 
pela coleta, acondicionando, tratamento, esgotamento e 
destinação final dos resíduos produzidos. 
Já o item E está errado porque a prática do carvoejamento é estritamente 
vedada no território do DF 
 
12 - (Funiversa ± PCDF/2012) A respeito do cuidado com o transporte, o 
uso e a experimentação de substâncias nocivas à saúde, à qualidade de vida 
e ao meio ambiente, de acordo com o previsto na Lei Orgânica do Distrito 
Federal, é(são) vedada(s) 
(A) a instalação de indústrias químicas de agrotóxicos, seus componentes 
e afins, no território do Distrito Federal, observada a legislação federal. 
(B) a instalação, em geral, de indústria poluente. 
(C) a instalação de indústria automobilística.

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