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Delegado de Polícia Aula 09

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Aula 09
Peças Práticas p/ Delegado Polícia Civil-PE (com videoaulas)
Professor: Vinicius Silva
Peça Prática para Delegado de Polícia 
Pernambuco 
Prof. Vinícius Silva ± Aula 09 
 
Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 24 
AULA 09: Relatório Final (art. 10, §1°, CPP) 
comum e na Lei de Drogas (art. 52, I, da Lei n° 
11.343/06) e despacho de indiciamento (art.2°, 
§6°, da Lei n° 12.830/13). 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Aspectos teóricos ± Relatório Final e Despacho de 
Indiciamento 
2 
3. Relatório Final e Despacho de Indiciamento. 6 
4. Modelos de Relatório Final e Despacho de Indiciamento. 7 
5. Questão de prova 13 
6. Questões propostas 15 
7. Respostas das questões propostas na aula 08 19 
 
 
 
 
1. Apresentação 
 
Olá futuro Delta, 
 
Na aula de hoje vamos continuar estudando alguns atos típicos do 
Delegado de Polícia, que ele profere no intuito de dar seguimento ao 
inquérito policial, ou seja, não serão representações que se fazem para o 
juiz deferir eventuais medidas cautelares. 
 
Vamos estudar o relatório final de inquérito policial em um crime 
comum e também na lei de drogas, uma vez que há diferenças 
substanciais entre eles. Veremos ainda o despacho de indiciamento. 
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Peça Prática para Delegado de Polícia 
Pernambuco 
Prof. Vinícius Silva ± Aula 09 
 
Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 24 
O relatório é uma peça que, na maioria dos inquéritos, está presente ao 
final dele. Disse na maioria das vezes, pois o relatório não é uma peça 
essencial e necessária ao inquérito policial, tampouco o 
indiciamento, que é uma peça por meio da qual o delegado de polícia se 
convence de que a materialidade está comprovada e existem fortes 
indícios quanto à autoria delitiva. 
 
Vamos estruturar as peças e saber os principais passos a seguir para ter a 
peça organizada de forma objetiva e conseguir a nota máxima. 
 
Não acredito em um relatório de conclusão de inquérito policial sozinho 
como prova de peça prática, acredito, porém em uma questão em que o 
relatório poderá vir cumulado com outra representação por medida 
cautelar, como aconteceu na PCDF 2009. Quanto ao despacho de 
indiciamento, também entendo difícil de ser cobrada em uma prova 
individualmente. 
 
2. Aspectos teóricos acerca do relatório final e do despacho de 
indiciamento 
 
Vamos verificar os principais aspectos teóricos acerca do relatório final e 
do despacho de indiciamento. 
 
2.1 Relatório final 
 
O relatório final de conclusão de inquérito policial deverá ser efetuado ao 
final das investigações. O delegado, quando ao final das investigações, ou 
seja, quando ele já sabe quem é o provável autor do crime e que o crime 
de fato ocorreu, com suas circunstâncias principais esclarecidas fará 
minucioso relatório, minudenciando todas as diligências que foram 
efetuadas, bem como todas os resultados. Vejamos o que prevê o art. 10, 
§1°: 
 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no 
prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido 
preso em flagrante, ou estiver preso 
preventivamente, contado o prazo, nesta 
hipótese, a partir do dia em que se 
executar a ordem de prisão, ou no prazo de 
30 dias, quando estiver solto, mediante 
fiança ou sem ela. 
 
§1o A autoridade fará minucioso relatório 
do que tiver sido apurado e enviará autos 
ao juiz competente. 
 
 
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Veja que é de fundamental importância você verificar o prazo de 
conclusão do inquérito policial, que, em regra deverá observar o CPP, mas 
sabemos da existência de outros prazos específicos em crimes como o da 
lei de drogas, crimes federais, crimes contra a economia popular. Sugiro 
que você dê uma olhadinha nesses prazos com o fim de facilitar a 
identificação da sua peça. 
 
 
 
 
 
 
 
Um bom relatório deve relatar todas as diligências investigativas que 
foram realizadas no decorrer do prazo concedido à autoridade policial. O 
que você deve ficar ligado é em um enunciado, geralmente, longo e que 
cita várias medidas investigativas tomadas. 
 
Não hesite em citar todas as providências que foram tomadas para 
comprovar a materialidade delitiva e os indícios de autoria. Você deve 
citar detalhadamente as diligências e os principais resultados das 
diligências, inclusive aquelas que, porventura, tenham sido determinadas 
por forma de decisão judicial (medidas cautelares probatórias, reais, 
pessoais e especiais). 
 
Sugiro que você mencione todas as circunstâncias que lhe remetem ao 
conceito de fato típico, de Hanz Welzel, ou seja, procure demonstrar que 
existe uma conduta, um resultado, um nexo de causalidade entre eles, 
em um fato previsto em lei como típico, ou seja, um fato típico. 
 
Tente arquitetar seu relatório sempre sob esse aspecto. 
 
Um fato muito controvertido na doutrina é o juízo de valor que o delegado 
de polícia deve fazer ao final do relatório, mencionando o crime que 
ocorreu, as circunstâncias e o provável autor. Na verdade existe parte da 
doutrina que defende não ser de competência do delegado de polícia 
emitir qualquer juízo de valor em relação ao à tipificação. 
 
Entretanto, em uma prova de segunda fase para o cargo de delegado de 
polícia, entendo que o candidato deve fazer sim esse juízo de valor, até 
porque ele é opcional, na verdade o que existe é uma faculdade do 
delegado de polícia para emitir seu juízo de tipicidade prévio. 
Professor, o que deve 
conter um bom relatório 
de conclusão de 
inquérito? 
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Como é uma faculdade e na prova da segunda fase você deve pautar-se 
por uma posição sempre defensora das atribuições do delta, se você 
investigou para comprovar que o crime ocorreu, não custa nada, utilizar 
uma faculdade do delegado para mostrar que conhece a análise técnico-
jurídica que deve ser feita quando da tipificação. 
 
No entanto, a Lei n/ 11.343 trouxe uma previsão em que o delegado está 
obrigado a tipificar o crime em que está enquadrando o provável autor. 
Vejamos: 
 
Art. 52. Findos os prazos a que se refere o 
art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia 
judiciária, remetendo os autos do inquérito 
ao juízo: 
 
I - relatará sumariamente as circunstâncias 
do fato, justificando as razões que a 
levaram à classificação do delito, indicando 
a quantidade e natureza da substância ou 
do produto apreendido, o local e as 
condições em que se desenvolveu a ação 
criminosa, as circunstâncias da prisão, a 
conduta, a qualificação e os antecedentes 
do agente; ou 
 
II - requererá sua devolução para a 
realização de diligências necessárias. 
 
Veja que são duas as opções para o delegado de polícia. A primeira é 
relatar o inquérito, justificando os motivos que o levaram à 
classificação do delito. A segunda é requerer ao juiz a devolução do 
inquérito para efetuar demais diligências. Essa última opção é a chamada 
dilação de prazo, onde o delegado solicita que lhe seja concedido mais 
prazo para concluir suas atribuições investigativas. 
 
Vamos analisar a primeira opção, que é relatar o inquérito, indicando 
todas as circunstâncias e detalhes da ocorrência delituosa que 
desencadeou o inquérito, principalmente os elementos que o levaram a 
tipificar o crime como tráfico (art. 33) ou porte para consumo (art. 28). 
 
Os dois crimes acima citados são muito próximos, e diferem por 
características relativas à quantidadee natureza da substância, bem 
como às circunstâncias em que foi apreendida a droga. 
 
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Assim, o delegado de polícia deverá justificar e tipificar a conduta, ou 
seja, aquela faculdade do delegado emitir um juízo de tipicidade passa a 
ser uma obrigação prevista em lei. 
 
A dica aqui é verificar qual o crime que o inquérito se presta a investigar. 
Se for um crime da lei de drogas, você terá que mencionar todas as 
justificativas que lhe convenceram por tipificar o crime como tráfico ou 
porte para consumo. 
 
Visto esse detalhe, não temos mais observações. Ao final você vai 
concluir remetendo o inquérito policial à autoridade judicial para que 
sejam tomadas as providências de praxe com a finalidade de instaurar a 
ação penal, se for essa a medida cabível por análise do titular dela, ou 
seja, o membro do MP. 
 
Outro detalhe a ser explicado é o relatório cumulado com outra medida 
cautelar. Nesse caso você deverá após relatar as diligências, que servirão 
de relato de fatos, justificar com os fundamentos jurídicos o cabimento e 
a necessidade da medida. No caso da prisão preventiva, por exemplo, 
você vai relatar todas as medidas investigativas e num segundo tópico vai 
fundamentar o cabimento e a necessidade da prisão provisória do 
indiciado. 
 
Ao final você deve concluir o inquérito, remeter ao juiz e representar pela 
prisão ou outra medida cautelar cabível. 
 
2.2 Despacho de indiciamento 
 
O despacho de indiciamento também é uma peça do inquérito, privativa 
do delegado de polícia e tem sua previsão normativa na Lei n° 12.830/13, 
precisamente em seu art. 2°, § 6°. 
 
§ 6o O indiciamento, privativo do delegado 
de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, 
mediante análise técnico-jurídica do fato, 
que deverá indicar a autoria, materialidade 
e suas circunstâncias. 
 
Veja que o indiciamento é um ato privativo do delegado de polícia, ou 
seja, o juiz não pode indiciar, tampouco o membro do MP. 
 
O delegado indiciará por meio de um despacho em que ele fundamentará, 
por meio de análise técnico-jurídica do fato e deverá indicar a autoria, a 
materialidade e as circunstâncias. 
 
Assim, serão três os componentes do indiciamento: autoria, 
materialidade e circunstâncias. 
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O despacho de indiciamento será assinado pelo delegado responsável pela 
condução no inquérito e será colocado no inquérito policial por 
determinação do delegado de polícia. 
 
O indiciamento pode ocorrer no início, no decorrer ou no final do inquérito 
policial. O mais comum é ocorrer no início ou no decorrer das 
investigações. No final é mais raro, mas pode ocorrer. O indiciamento 
deverá mostrar todos os elementos: autoria, materialidade e 
circunstâncias. 
 
É um despacho, então ao final você deverá indiciar o suposto autor no 
tipo penal previsto no CP ou na legislação penal extravagante. Não é bom 
indiciar nas penas do crime, uma vez que a expressão vai de encontro ao 
que prevê o princípio da presunção de inocência. 
 
Assim, o ideal é indiciar como incurso no crime ____________, de acordo 
com a análise técnico-jurídica que faz essa autoridade policial em meio 
aos elementos de informação até então trazidos aos autos. 
 
Da mesma forma que o relatório não é peça necessária para o inquérito, o 
indiciamento também não será indispensável. Ou seja, o inquérito poderá 
tramitar até o seu final sem indiciamento, no entanto, será um inquérito 
frustrado, pois não terá conseguido apurar a autoria e a materialidade 
delitiva no caso concreto. 
 
Outra dica importante nesse ponto é que você deve procurar demonstrar 
em sua fundamentação na ordem em que aparece na lei, autoria, 
materialidade e circunstâncias. 
 
O indiciamento não é definitivo, ou seja, o delegado pode indiciar ou 
desindiciar a qualquer momento durante a investigação preliminar. Se, 
durante a investigação você mudar de ideia em relação ao indiciamento, o 
delegado pode desindiciar, e reindiciar, isso dependerá muito do decorrer 
das investigações. 
 
3. Relatório final e despacho de indiciamento 
 
No relatório você pode subdividir em tópicos, mostrando todas as 
diligências que foram feitas desde a notícia de crime. Lembrando que 
você deve mencionar um tópico específico quanto à tipificação se o crime 
for de tráfico de drogas, justificando o motivo pelo qual está seguro de 
que o crime é o do art. 33, da Lei n°. 11.343/06 e não o do art. 28, da 
mesma lei. 
 
Ao final é sempre bom abrir um tópico para a conclusão, em que você vai 
dar um fecho para a peça sempre de modo a concluir o seu trabalho 
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investigativo, remetendo o inquérito ao juiz para que sejam tomadas as 
providências de praxe para o prosseguimento da persecução penal. 
 
Outro detalhe a ser mencionado é que a fundamentação de eventual 
medida cautelar a ser cumulada com o relatório será dada após a 
narrativa das diligências, ou seja, o relatório funcionaria como os fatos da 
sua representação. Após você apresentará os fundamentos jurídicos e ao 
final na conclusão do relatório você irá pedir o deferimento da medida 
cautelar. 
 
Quanto ao despacho de indiciamento, você vai iniciar com o título 
³'espacho GH�,QGLFLDPHQWR´ e após vai introduzir com um preâmbulo 
legitimando a autoridade policial a indiciar o autor do crime. Após vai 
fundamentar; isso pode ser feito em tópicos, da mesma forma do 
relatório, mostrando sempre a autoria, depois a materialidade e após as 
circunstâncias do crime, mostrando que você entendeu todo o texto e 
sabe que o indiciado cometeu determinado crime, e as circunstâncias que 
o rodeiam. 
 
Por fim, vai determinar diligências próprias do indiciamento, como por 
exemplo, lançar o nome do indiciado nos autos, apor etiqueta na capa dos 
autos, lançar o nome do indiciado nos sistemas de acompanhamento 
eletrônico, interrogatório, caso ainda não tenha ocorrido, boletim de vida 
pregressa, identificação criminal, etc. 
 
Ou seja, a peça não possui nenhum padrão, no entanto, vamos mostrar 
como proceder em cada ponto dela, no próximo item da nossa teoria, 
vamos estruturar um modelo de relatório e outro de despacho de 
indiciamento. 
 
4. Modelos 
 
4.1 Modelo de relatório final 
 
Vamos agora arquitetar um modelo de relatório final de acordo com o que 
foi estudado acima. 
 
4.1.1 Introdução 
 
A introdução deverá vir no início da sua peça, obviamente, você vai iniciar 
a sua peça com uma introdução mostrando ao juiz o motivo pelo qual 
você está produzindo aquela peça, ou seja, você vai dizer para o juiz que 
está cumprindo o seu papel de presidente da investigação. 
 
Um modelo de introdução seria: 
 
 
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³MM Juiz, 
 
Em cumprimento ao mandamento legal constante no art. 10, § 1°, 
do CPP, no uso das atribuições que me são conferidas por lei, 
notadamente o que consta no art. 2°, §1°, da Lei n° 12.830/13, 
vem apresentar seu relatório final de conclusão de inquérito 
policial.´ 
 
Veja que você está falando para o próprio inquérito, apenas introduzindo 
e justificando por meio dos dispositivos legais pertinentes, o motivo pelo 
qual remeteos autos do inquérito policial em epígrafe. Não precisa fazer 
no esquema de preâmbulo, porque você não vai ter de justificar a 
legitimidade que a lei lhe dá para despachar, isso se dá por conta da 
própria Lei n° 12.830/2013, que lhe confere, na qualidade de delegado 
de polícia, tomar todas as providências visando à condução das diligências 
e conclusão da investigação policial. 
 
4.1.2 Narrativa dos fatos. 
 
No próximo tópico você vai procurar narrar todas as diligências que foram 
realizadas, sempre primando pela demonstração de que o ocorreu um 
crime, ou seja, a dica que eu lhe dou é tomar como base os elementos do 
fato típico, ou seja, mostrar que houve uma conduta, que levou a um 
resultado e que aquilo se amolda a uma conduta típica, ou seja, há 
presença de tipicidade. Assim, você estará mostrando que houve um fato 
típico. 
 
Aqui também vale a pena enumerar em tópicos ou sub-tópicos: 
 
 
1. diligência X....; 
2. diligência Y....; 
. 
. 
. 
n. diligência W. 
 
 
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É simples mesmo, na forma acima, você vai mencionar todas as 
diligências que foram realizadas e os resultados alcançados. 
Eventualmente vale a pena justificar porque uma determinada diligência 
não foi realizada, quando deveria ter sido. 
 
Você vai contar uma historinha com os seus detalhes, resumindo tudo 
que foi feito durante a investigação policial. 
 
OBS.: 
 
Se você estiver diante de um crime da lei de drogas, lembre-se de abrir 
um tópico para falar da tipificação, ou seja, motivar porque o crime está 
incurso como tráfico de drogas e não porte para uso, o ideal é abrir outro 
tópico com essa finalidade. 
 
Segue um modelo de fundamentação da lei de drogas: 
 
³Em cumprimento ao preceito legal do art. 52, I, da Lei n° 
11.343/06, o crime sob apuração restou tipificado ao teor do art. 
28, dessa lei ou art. 33, dessa lei, por conta das circunstâncias em 
que o(s) investigado(s) praticava(m) a conduta delituosa. Foram 
apreendidos em poder deles a quantidade de _________, de uma 
substância de cor branca, que foi submetida à análise laboratorial 
ficou comprovada o seu caráter ilícito, nos termos da Lei n° 
11.343/06 e legislaomR�FRUUHODWD�´ 
 
4.1.3 Conclusão 
 
Após narrar todos os fatos e diligências cabíveis, você vai concluir, 
remetendo o inquérito para o juiz competente e, caso seja a hipótese, 
você vai representar pela prisão ou outra medida cautelar cabível e 
necessária. 
 
Abaixo segue um modelo de conclusão: 
 
³'LDQWH� GR� H[SRVWR�� remeto a Vossa Excelência os autos do 
inquérito policial em epígrafe para que tome as providências 
cabíveis no que diz respeito ao prosseguimento da persecução 
penal, colocando-me à disposição para quaisquer diligências que 
entender cabíveis. 
 
 
 
Local, data. 
 
Delegado de Polícia 
Matrícula´. 
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Modelo de conclusão cumulado com representação por medida cautelar: 
 
³'LDQWH� GR� H[SRVWR, remeto a Vossa Excelência os autos do 
inquérito policial em epígrafe para que tome as providências 
cabíveis no que diz respeito ao prosseguimento da persecução 
penal, bem como represento pela decretação da (medida cautelar 
pela qual fundamentou), pelos fundamentos jurídicos acima 
expostos, colocando-me à disposição para quaisquer diligências 
que entender cabíveis. 
 
 
Local, data. 
 
Delegado de Polícia 
Matrícula´. 
 
Pronto, vejam que se trata de um modelo bem simples, vamos combinar 
em uma peça só. 
 
Relatório final de conclusão 
 
Inquérito policial n°_____ 
Auto de prisão em flagrante n°______ 
Crime: ______ 
indiciado: _________________ 
 
 
³00�-XL]� 
 
Em cumprimento ao mandamento legal constante no art. 10, § 1°, 
do CPP, no uso das atribuições que me são conferidas por lei, 
notadamente o que consta no art. 2°, §1°, da Lei n° 12.830/13, 
vem apresentar seu relatório final de conclusão de inquérito 
SROLFLDO�´ 
 
1. determinação X....; 
2. determinação Y....; 
3. determinação Z....;. 
... 
n. determinação W. 
 
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OBS.: 
 
³(P� FXPSULPHQWR� DR� SUHFHLWR� OHJDO� GR� DUW�� ���� ,�� GD� /HL� Qƒ�
11.343/06, o crime sob apuração restou tipificado ao teor do art. 
28, dessa lei ou art. 33, dessa lei, por conta das circunstâncias em 
que o(s) investigado(s) praticava(m) a conduta delituosa. Foram 
apreendidos em poder deles a quantidade de _________, de uma 
substância de cor branca, que foi submetida à análise laboratorial 
ficou comprovada o seu caráter ilícito, nos termos da Lei n° 
����������H�OHJLVODomR�FRUUHODWD�´ 
 
 
³'LDQWH� GR� H[SRVWR�� UHPHWR� D Vossa Excelência os autos do 
inquérito policial em epígrafe para que tome as providências 
cabíveis no que diz respeito ao prosseguimento da persecução 
penal, colocando-me à disposição para quaisquer diligências que 
entender cabíveis. 
 
 
 
Local, data. 
 
Delegado de Polícia 
Matrícula´. 
 
Ou 
 
³'LDQWH� GR� H[SRVWR�� UHPHWR� D� 9RVVD� ([FHOrQFLD� RV� DXWRV� GR�
inquérito policial em epígrafe para que tome as providências 
cabíveis no que diz respeito ao prosseguimento da persecução 
penal, bem como represento pela decretação da (medida cautelar 
pela qual fundamentou), pelos fundamentos jurídicos acima 
expostos, colocando-me à disposição para quaisquer diligências 
que entender cabíveis. 
 
 
Local, data. 
 
Delegado de Polícia 
Matrícula´. 
 
 
 
 
 
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4.2. Modelo de despacho de indiciamento. 
 
O despacho de indiciamento possui uma parte introdutória, que é 
parecida com o preâmbulo, depois a análise fática e ao final a conclusão 
pelo indiciamento do investigado. 
 
Despacho de indiciamento 
 
³O delegado de polícia civil ao final assinado, em cumprimento ao 
que determina o art. 2°, §6°, da Lei n° 12.830/13, bem como em 
decorrência dos demais dispositivos legais atinentes, e dos fatos 
abaixo indicia (fulano de tal), como incurso no crime previsto no 
art. (____), pelos fundamentos abaixo expostos. 
 
1. Fatos e fundamentos 
 
Descrever os fatos relativos ao caso concreto que possibilitam 
deduzir que o autor cometeu o crime e que este ocorreu e quais as 
circunstâncias de fato sob as quais aconteceram os fatos. 
 
2. Conclusão e diligências 
 
Ante o exposto, indicio o investigado (__________________) como 
incurso no art. (____________) da Lei n° _____, pelos fundamentos 
acima, devendo as seguintes providências serem adotadas: 
 
a) qualificação e interrogatório 
b) identificação civil ou criminal 
c) juntada da sua folha de antecedentes criminais 
d) expedientes cartorários devidos como lançamento do nome do 
indiciado na capa do processo e nos sistemas de acompanhamento de 
procedimentos dessa delegacia. 
 
Após, voltem-me os autos conclusos. 
 
Local, Data. 
 
Delegado de Polícia 
Matrícula 
 
Veja que estamos diante de uma peça simples e que não requer muitos 
conhecimentos técnicos ou forma específica. Basta seguir o modelo 
sugerido e não esquecer-se de nenhuma determinação a ser dada. 
 
 
 
 
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5. Questões comentadas 
 
Não vamos colocar nenhuma questão de relatório final de investigação, 
pois seria algo apenas para encher as páginas da nossa aula, uma vez 
que basta relatar os fatos de forma detalhada, minuciosa, conforme 
menciona o CPP. 
 
Assim, visando tornar o nosso curso mais didático e menos enfadonho, 
vamos apenas citar um exemplo resolvido e outro proposto de despacho 
de indiciamento em inquérito policial. 
 
No dia 10 de outubro de 2014, às 21 horas, a viatura de patrimônio 
22356, da Polícia Militar, foi acionada para atender um início de tumulto 
na Avenida Beira-Mar, altura do no 3800. Os soldados, Francis e Deodato, 
ao chegarem ao local encontraram alguns populares, que imediatamente 
se dispersaram, restando Anita Medeiros e Renato de Oliveira, contido 
SHOR�SROLFLDO�)UDQFLV��DR�WHQWDU�VH�HYDGLU��HP�UD]mR�GRV�JULWRV�GH�³IRL�HOH��
IRL�HOH�TXH�PDWRX�PHX�SDL´��SURQXQFLDGRV�SRU�$QLWD� 
 
As partes foram conduzidas ao plantão do 8o Distrito Policial, ocasião em 
que Anita relatou que no dia 5 de setembro de 2014 estava com seu pai, 
Alfredo Medeiros, no carro da família dirigido por ele e, por volta das 22 
horas, ao pararem no sinal vermelho, na Avenida Bernardo Manuel, 
esquina com a Rua Cristo Redentor, foram abordados por Renato, que 
anunciou o assalto e mandou que ambos saíssem do carro. Assustado, 
Alfredo fez um movimento imediato para tirar o cinto de segurança, 
quando Renato disparou a arma de fogo que apontava todo o tempo para 
Alfredo. O tiro acertou a cabeça do pai de Anita, que morreu na hora. 
Renato, antes de fugir, ainda pegou o celular que estava no bolso da 
camisa de Alfredo. 
 
Nesta data, ao sair de uma feirinha de artesanato, Anita avistou Renato 
em meio a um grupo de pessoas que parecia usar drogas, reconheceu-o e 
começou a gritar para que alguém o detivesse, quando então algumas 
pessoas o seguraram até a polícia chegar. 
 
O boletim de ocorrência havia sido registrado nessa unidade policial, mas 
o apuratório penal não havia sido deflagrado ainda. 
 
Renato de Oliveira, ao ser interrogado, negou ter cometido qualquer 
crime, bem como qualquer envolvimento com drogas. Não soube ou não 
quis informar seu endereço residencial, afirmando que dorme nos locais 
RQGH�ID]�³ELFRV´�FRPR�pintor, pois não tem emprego fixo. 
 
Maria de Oliveira, ao ser avisada sobre a detenção de seu filho, Renato, 
compareceu à Delegacia de Polícia e garantiu a inocência dele, 
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complementou que ele não mora mais com ela, é viciado em drogas, 
porém não é ladrão. 
 
A pesquisa relativa aos antecedentes criminais apontou que Renato já 
cumpriu pena pelo crime de tráfico de entorpecentes e foi posto em 
liberdade em dezembro de 2013. 
 
Vou tomar como exemplo a questão da prova da PCCE, na verdade 
apenas o texto será utilizado. 
 
Questão 01. (PCCE-2015) 
 
No dia 10 de outubro de 2014, às 21 horas, a viatura de patrimônio 
22356, da Polícia Militar, foi acionada para atender um início de tumulto 
na Avenida Beira-Mar, altura do no 3800. Os soldados, Francis e Deodato, 
ao chegarem ao local encontraram alguns populares, que imediatamente 
se dispersaram, restando Anita Medeiros e Renato de Oliveira, contido 
SHOR�SROLFLDO�)UDQFLV��DR�WHQWDU�VH�HYDGLU��HP�UD]mR�GRV�JULWRV�GH�³IRL�HOH��
IRL�HOH�TXH�PDWRX�PHX�SDL´��SURQXQFLDGRV�SRU�$QLWD� 
 
As partes foram conduzidas ao plantão do 8o Distrito Policial, ocasião em 
que Anita relatou que no dia 5 de setembro de 2014 estava com seu pai, 
Alfredo Medeiros, no carro da família dirigido por ele e, por volta das 22 
horas, ao pararem no sinal vermelho, na Avenida Bernardo Manuel, 
esquina com a Rua Cristo Redentor, foram abordados por Renato, que 
anunciou o assalto e mandou que ambos saíssem do carro. Assustado, 
Alfredo fez um movimento imediato para tirar o cinto de segurança, 
quando Renato disparou a arma de fogo que apontava todo o tempo para 
Alfredo. O tiro acertou a cabeça do pai de Anita, que morreu na hora. 
Renato, antes de fugir, ainda pegou o celular que estava no bolso da 
camisa de Alfredo. 
 
Nesta data, ao sair de uma feirinha de artesanato, Anita avistou Renato 
em meio a um grupo de pessoas que parecia usar drogas, reconheceu-o e 
começou a gritar para que alguém o detivesse, quando então algumas 
pessoas o seguraram até a polícia chegar. 
 
O boletim de ocorrência havia sido registrado nessa unidade policial, mas 
o apuratório penal não havia sido deflagrado ainda. 
 
Renato de Oliveira, ao ser interrogado, negou ter cometido qualquer 
crime, bem como qualquer envolvimento com drogas. Não soube ou não 
quis informar seu endereço residencial, afirmando que dorme nos locais 
RQGH�ID]�³ELFRV´�FRPR�pintor, pois não tem emprego fixo. 
 
Maria de Oliveira, ao ser avisada sobre a detenção de seu filho, Renato, 
compareceu à Delegacia de Polícia e garantiu a inocência dele, 
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complementou que ele não mora mais com ela, é viciado em drogas, 
porém não é ladrão. 
 
Formalizadas a portaria inaugural sem indiciamento de plano, as 
declarações da filha da vítima, de Maria de Oliveira, o auto de 
reconhecimento e o interrogatório. Na qualidade de delegado de polícia 
que preside o inquérito, profira despacho de indiciamento de Renato de 
Oliveira. 
 
Resposta e comentário: 
 
Nesse problema apresentado, modificamos o final da questão de modo a 
solicitar que seja feito o despacho de indiciamento. 
 
Vamos utilizar o modelo padrão da aula: 
 
Despacho de indiciamento 
 
O delegado de polícia civil ao final assinado, em cumprimento ao 
que determina o art. 2°, §6°, da Lei n° 12.830/13, bem como em 
decorrência dos demais dispositivos legais atinentes, e dos fatos 
abaixo indicia Renato de Oliveira, como incurso no crime previsto 
no art. 157, §3°, do CP, pelos fundamentos abaixo expostos. 
 
1. Fatos e fundamentos 
 
A autoria do crime de latrocínio se verifica por conta do relato da 
testemunha ocular do crime sob investigação. A filha da vítima 
presenciou a ação delituosa perpetrada por Renato de Oliveira, 
tendo prestado depoimento em sede policial, bem assim 
reconhecido formalmente Renato de Oliveira. 
 
Quanto à materialidade, a morte da vítima ocorreu, e isso não se 
olvida duvidar. A consumação do crime de latrocínio ocorre 
quando a morte se verifica, independentemente da subtração da 
coisa. 
 
Quanto às circunstâncias, podemos afirmar que o crime ocorreu 
por meio da utilização de arma de fogo com a qual o autor do 
delito disparou em direção à vítima. 
 
2. Conclusão e diligências 
 
Ante o exposto, indicio o investigado Renato de Oliveira como 
incurso no art. 157, §3° do Código Penal Brasileiro, pelos 
fundamentos acima, devendo as seguintes providências serem 
adotadas: 
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a) qualificação do indiciado 
b) identificação civil ou criminal 
c) juntada da sua folha de antecedentes criminais 
d) expedientes cartorários devidos como lançamento do nome do 
indiciado na capa do processo e nos sistemas de acompanhamento 
de procedimentos dessa delegacia. 
 
Após, voltem-me os autos conclusos. 
 
Local, Data. 
 
Delegado de Polícia 
MatrículaVamos propor um despacho de indiciamento oriundo das mesmas 
questões propostas na última aula, ou seja, vamos pegar a mesma 
situação fática para produzir um despacho de indiciamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. Questões propostas 
 
Questão 1 (Vinícius Silva): 
 
Na madrugada do dia 23 de abril de 2015, por volta das 02:00, foi 
apresentado ao delegado plantonista da Delegacia de Roubos e Furtos ± 
DRF o Sr. Romildo dos Santos Rocha. Ele foi entregue ao Delegado pelos 
policiais militares do patrulhamento noturno de Planaltina após ter sido 
flagrado pulando o muro da residência de n° 15, da rua Tomaz Acioli, 
Campo Grande. 
 
Testemunhas afirmam que viram o conduzido entrar na referida casa 
pulando o muro após desativar o sistema de alarme da cerca eletrificada 
que circunda todo o muro da residência. 
 
Os moradores do imóvel encontravam-se em viajando naquela 
madrugada e a casa havia ficado sob a vigilância de Francisco das Chagas 
Furtado, que, no momento da prisão do agente não foi encontrado no 
local. 
 
Romildo andou apenas alguns passos na rua até ser surpreendido em 
atitude suspeita pelos policiais que já haviam sido acionados por vizinhos 
da mesma rua que notaram atitude suspeita na casa de n° 15, até então 
desocupada por conta da viagem de família. 
 
O local do crime foi isolado por outra patrulha da Polícia Militar do DF e 
Romildo conduzido até a delegacia. 
 
Profira despacho de indiciamento em face de Romildo dos Santos Rocha. 
 
Questão 2: (Vinícius Silva) 
 
No dia 12 de junho de 2015, conhecido como dia dos namorados, no 
período da noite, por volta de 20:00, uma viatura policial foi acionada 
para a Rua Norberto Cunha, 697, Centro, local onde funciona um bar, 
após discussões entre duas mulheres. 
 
Na discussão uma das mulheres, Débora Almeida, havia agredido a Sra. 
Maria Franco, proferindo palavras depreciativas em face desta última, que 
teriam lhe ofendido a moral. 
 
Movida por um sentimento de raiva, Maria Franco, com a intenção de ferir 
Débora Almeida pegou uma faca em sua bolsa e desferiu golpes contra o 
braço direito da vítima, que foi ao chão desmaiada, em virtude do forte 
sangramento, que atingiu uma artéria fundamental à circulação de 
sangue no corpo da vítima, momento em que Maria Franco Aproveitou 
para agredi-la mediante socos e pontapés. 
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A briga foi contida pelas pessoas que frequentavam o bar e relataram os 
fatos aos policiais militares. 
 
Maria Franco foi levada ao distrito policial, enquanto que Débora Almeida 
foi conduzida ao hospital para submeter-se à cirurgia. O competente auto 
de prisão em flagrante foi lavrado em face de Maria Franco. 
 
Na qualidade de Delegado de Polícia que preside o inquérito, profira 
despacho de indiciamento. 
 
Bom, agora que vimos as nossas duas questões propostas da aula de 
hoje, vamos verificar as minhas propostas de peças para os dois 
exercícios da aula 08. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Respostas dos exercícios da aula 08. 
 
Questão 1 (Vinícius Silva): 
 
Na madrugada do dia 23 de abril de 2015, por volta das 02:00, foi 
apresentado ao delegado plantonista da Delegacia de Roubos e Furtos ± 
DRF o Sr. Romildo dos Santos Rocha. Ele foi entregue ao Delegado pelos 
policiais militares do patrulhamento noturno de Planaltina após ter sido 
flagrado pulando o muro da residência de n° 15, da rua Tomaz Acioli, 
Campo Grande. 
 
Testemunhas afirmam que viram o conduzido entrar na referida casa 
pulando o muro após desativar o sistema de alarme da cerca eletrificada 
que circunda todo o muro da residência. 
 
Os moradores do imóvel encontravam-se em viajando naquela 
madrugada e a casa havia ficado sob a vigilância de Francisco das Chagas 
Furtado, que, no momento da prisão do agente não foi encontrado no 
local. 
 
Romildo andou apenas alguns passos na rua até ser surpreendido em 
atitude suspeita pelos policiais que já haviam sido acionados por vizinhos 
da mesma rua que notaram atitude suspeita na casa de n° 15, até então 
desocupada por conta da viagem de família. 
 
O local do crime foi isolado por outra patrulha da Polícia Militar do DF e 
Romildo conduzido até a delegacia. 
 
Na qualidade de delegado de polícia plantonista da DRF, profira despacho 
ordinatório dando seguimento aos atos necessários ao andamento do 
inquérito policial, sabendo que o auto de prisão em flagrante já foi 
devidamente lavrado. 
 
Comentário e proposta de resposta: 
 
Veja que o crime cometido foi o de furto qualificado. O auto de prisão em 
flagrante foi lavrado e necessita-se apenas de um despacho para dar 
andamento ao expediente policial. 
 
Fora os expedientes de praxe, podemos afirmar que seria ideal uma 
perícia no local de crime para comprovar a qualificadora de rompimento 
de obstáculo e de escalada. Ambas qualificam o furto e são de grande 
valia para o decorrer da investigação. 
 
Vamos ao despacho ordinatório: 
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DESPACHO ORDINATÓRIO 
 
Inquérito policial n°_____ 
Auto de prisão em flagrante n°______ 
Crime: ______ 
Preso: _________________ 
 
 
Em cumprimento aos mandamentos constitucionais, bem como 
aqueles constantes no código de processo penal, mais 
precisamente no seu art. 304, 306 e 6°, com vistas a dar 
andamento ao inquérito policial instaurado por meio do auto de 
prisão em flagrante, determino: 
 
 
D E S P A C H O 
 
1. Autue-se o Auto de Prisão em Flagrante; 
 
2. Dê-se o recibo de preso ao condutor; 
 
3. Autue-se o Auto de Apresentação; 
 
4. Autue-se a Nota de Ciência das Garantias Constitucionais (advogado, 
família, silêncio, nome dos responsáveis pela prisão ou interrogatório); 
 
5. Dê-se Nota de Culpa ao preso Romildo dos Santos Rocha, como incurso 
nas penas do Art. 155,§ 4°, I e/ou II, do CP; 
 
6. Elaborem-se o Prontuário de Identificação Criminal e Boletim de Vida 
Pregressa do ora autuado; 
 
7. Expeçam-se ofícios ao Juiz Criminal, ao Promotor de Justiça e ao 
Defensor Público ou advogado constituído, todos na comarca de Planaltina 
- DF, comunicando a prisão em flagrante do preso, encaminhando junto 
as ora peças produzidas; 
 
8. Oficie-se ao Instituto Médico Legal de Planaltina-DF, solicitando exame 
de corpo de delito no preso; 
 
9. Encaminhe-se, via ofício, o preso Romildo dos Santos Rocha ao 
estabelecimento prisional em Planaltina - DF, onde ficará recolhido à 
disposição da Justiça; 
 
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10. Expeça-se ofício ao Instituto de Criminalística, conforme minuta, 
solicitando perícia no local do crime, devendo os peritos comprovarem se 
houve rompimento ao obstáculo e/ou escalada; 
 
 
11. Intime-se o vigilante do local (Francisco das Chagas Furtado) para 
prestar as devidas informações relativasao crime de furto ocorrido. 
 
12. Após, conclusos à autoridade policial. 
 
14. C U M P R A - SE. 
 
15. Planaltina, XXX de julho de 2015. 
 
16. 
DELEGADO(A) DE POLÍCIA CIVIL 
Delegacia de Roubos e Furtos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questão 2: (Vinícius Silva) 
 
No dia 12 de junho de 2015, conhecido como dia dos namorados, no 
período da noite, por volta de 20:00, uma viatura policial foi acionada 
para a Rua Norberto Cunha, 697, Centro, local onde funciona um bar, 
após discussões entre duas mulheres. 
 
Na discussão uma das mulheres, Débora Almeida, havia agredido a Sra. 
Maria Franco, proferindo palavras depreciativas em face desta última, que 
teriam lhe ofendido a moral. 
 
Movida por um sentimento de raiva, Maria Franco, com a intenção de ferir 
Débora Almeida pegou uma faca em sua bolsa e desferiu golpes contra o 
braço direito da vítima, que foi ao chão, momento em que Maria Franco 
Aproveitou para agredi-la mediante socos e pontapés. 
 
A briga foi contida pelas pessoas que frequentavam o bar e relataram os 
fatos aos policiais militares. 
 
As duas mulheres foram levadas ao distrito policial e o competente auto 
de prisão em flagrante foi lavrado. 
 
Na qualidade de Delegado de Polícia que preside o inquérito, profira 
despacho ordinatório na pela flagrancial, com a finalidade de dar 
andamento ao expediente policial na forma devida. 
 
Comentário e modelo de peça: 
 
Caro aluno, nessa questão mais um típico exemplo de prisão em flagrante 
em que o delegado de posse do APF deverá ordenar algumas diligências a 
serem cumpridas no caso concreto em questão. 
 
Podemos afirmar que fora as diligências de praxe que devem ser 
determinadas, devemos realizar perícia técnica na arma branca (utilizada 
no crime de lesão corporal). 
 
O crime de lesão corporal pode ser classificado como lesão corporal 
dolosa grave, por conta de o instrumento utilizado (faca) o risco de vida 
pelo qual passou a vítima é presente, pois a faca poderia ter atingido um 
vaso sanguíneo importante para circulação, enfim. 
 
Vamos defender essa postura inicialmente, mas com o andamento da 
investigação poderá o delegado de polícia mudar de ideia e indiciar em 
crime diverso. 
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Não podemos pensar em legítima defesa em face do crime de injúria, que 
pode até ter ocorrido, no entanto, a agressão à faca ocorreu em momento 
distinto. Fora isso, a agressão foi bem superior à ofensa moral. Não 
podemos admitir um crime contra a integridade física para conter um 
crime de injúria, seria totalmente desproporcional, principalmente por 
conta da vítima que caída no chão ainda foi agredida com socos e 
pontapés. 
 
DESPACHO ORDINATÓRIO 
 
Inquérito policial n°_____ 
Auto de prisão em flagrante n°______ 
Crime: ______ 
Preso: _________________ 
 
Em cumprimento aos mandamentos constitucionais, bem como 
aqueles constantes no código de processo penal, mais 
precisamente no seu art. 304, 306 e 6°, com vistas a dar 
andamento ao inquérito policial instaurado por meio do auto de 
prisão em flagrante, determino: 
 
D E S P A C H O 
 
1. Autue-se o Auto de Prisão em Flagrante; 
 
2. Dê-se o recibo de preso ao condutor; 
 
3. Autue-se o Auto de Apresentação e apreensão da arma utilizada no 
crime de lesão corporal; 
 
4. Autue-se a Nota de Ciência das Garantias Constitucionais (advogado, 
família, silêncio, nome dos responsáveis pela prisão ou interrogatório); 
 
5. Dê-se Nota de Culpa à presa Maria Franco, como incursa nas penas do 
Art. 129, §1°, II, do CP; 
 
6. Elaborem-se o Prontuário de Identificação Criminal e Boletim de Vida 
Pregressa da ora autuada; 
 
7. Expeçam-se ofícios ao Juiz Criminal, ao Promotor de Justiça e ao 
Defensor Público ou advogado constituído, todos na comarca de 
___________, comunicando a prisão em flagrante do preso, 
encaminhando junto as ora peças produzidas; 
 
8. Oficie-se ao Instituto Médico Legal de ___________, solicitando exame 
de corpo de delito na presa; 
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9. Oficie-se ao IML solicitando exame de corpo de delito na vítima; 
 
10. Expeça-se ofício ao Instituto de Criminalística solicitando perícia na 
arma do crime; 
 
11. Encaminhe-se, via ofício, a presa Maria Franco ao estabelecimento 
prisional em ____________, onde ficará recolhida à disposição da Justiça; 
 
12. Expeça-se ofício ao Instituto de Criminalística, conforme minuta, 
solicitando perícia no local do crime, devendo os peritos prestarem todas 
as informações devidas relativas ao crime de lesão corporal; 
 
13. Após, conclusos à autoridade policial. 
 
14. C U M P R A - SE. 
 
15. Local, XXX de julho de 2015. 
 
16. 
DELEGADO(A) DE POLÍCIA CIVIL 
Matrícula 
 
 
Bom, nessa aula vimos uma medida diferente das demais que vinham 
sendo produzidas. 
 
Na próxima aula continuaremos a estudar medidas diferentes das 
conhecidas representações por cautelares, vamos estudar a portaria de 
instauração. 
 
Abraços. 
 
Bons Estudos. 
 
Prof. Vinícius Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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