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Direito penal Aula 10

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Aula 10
Legislação Especial p/ Delegado Polícia Civil-PE 2016 (com videoaulas)
Professores: Marcos Girão, Paulo Guimarães
Legislação Especial para PC-PE (Delegado) 
Teoria e exercícios comentados 
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AULA 10: Juizados especiais criminais (Lei nº 
9.099/1995). Identificação Criminal (Lei nº 
12.037/2009). 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos 
autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, 
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá 
outras providências. 
 
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SUMÁRIO PÁGINA 
1. Juizados especiais criminais (Lei nº 9.099/1995) 2 
2. Identificação Criminal (Lei nº 12.037/2009) 12 
3. Resumo do Concurseiro 19 
4. Questões comentadas 21 
5. Questões sem comentários 42 
 
Olá, caro amigo! Vamos continuar nosso estudo hoje com 
duas leis muito importantes para sua prova. Sua jornada até a prova 
ainda está começando, mas recomendo fortemente que planeje com 
cuidado o que fará nos últimos dias, incluindo uma revisão consistente de 
todas as matérias vistas ao longo da sua preparação. 
 
Bons estudos! 
 
 
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1. JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LEI Nº 9.099/1995) 
 
Os Juizados Especiais são os órgãos do Poder Judiciário 
responsáveis por promover a conciliação, o julgamento e a execução das 
infrações penais de menor potencial ofensivo. Sua criação foi prevista 
pela própria Constituição Federal, em seu art. 98. 
 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados 
criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e 
leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de 
causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor 
potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, 
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de 
recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 
 
A Lei n° 9.099/1995 criou os juizados especiais cíveis e 
criminais, além de tratar do funcionamento desses órgãos. Infrações 
penais de menor potencial ofensivo são as contravenções penais e 
aqueles crimes cuja pena máxima prevista não ultrapasse dois 
anos, cumulada ou não com multa. 
Vamos agora analisar objetivamente as disposições da Lei n° 
9.099/1995 acerca dos juizados especiais criminais, que são o assunto 
que realmente nos interessa. 
 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados 
ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o 
julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial 
ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. 
 
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Boa parte do trabalho dos Juizados Especiais gira em torno 
das tentativas de conciliação. Este é um meio alternativo de solução de 
controvérsias, em que as partes têm a oportunidade de solucionar seu 
conflito com auxílio do conciliador. 
Os conciliadores são auxiliares da Justiça, com a função tentar 
aproximar as partes, inclusive sugerindo acordos. Eles devem ser 
recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharéis em 
Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da Justiça 
Criminal. 
É possível também que o próprio Juiz atue como conciliador, 
havendo inclusive algumas leis processuais que o obrigam a propor, em 
determinados momentos, que as partes busquem um acordo. 
O juiz leigo não é propriamente um magistrado, mas exerce 
funções de auxiliar da justiça. Um juiz leigo pode, por exemplo, dirigir 
audiências de conciliação, elaborar o processo instrutório e ainda redigir 
uma proposta de sentença. O poder decisório, no entanto, cabe somente 
ao magistrado (juiz togado). 
A conexão e a continência são causas de prorrogação da 
competência, ou seja, quando elas ocorrem, a competência para julgar 
determinada ação é modificada. As ações que estejam ligadas por 
conexão ou continência devem, em regra, ser julgadas em conjunto. 
 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos 
critérios da oralidade, informalidade, economia processual e 
celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos 
sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. 
 
A oralidade se manifesta nos Juizados Especiais Criminais 
pela determinação trazida pela própria Lei n° 9.099/1995 de que apenas 
os atos essenciais precisam ser objeto de registro escrito, enquanto os 
atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser 
gravados. 
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A aplicação da informalidade se dá porque no rito dos Juizados 
é possível considerar válidos todos os atos que atingirem suas 
finalidades. Vejamos o que diz o art. 65 da Lei. 
 
Art. 65. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem 
as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os critérios 
indicados no art. 62 desta Lei. 
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido 
prejuízo. 
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser 
solicitada por qualquer meio hábil de comunicação. 
 
O §2° do art. 65 é um bom exemplo de aplicação do critério 
da simplicidade. Veja bem, no âmbito dos juizados especiais não é 
necessário que sejam enviadas as famosas cartas precatórias quando for 
necessário realizar diligências em outras localidades. 
Normalmente, se for necessário praticar qualquer ato numa 
área além da competência do Juiz, é necessário que este envie um 
documento (carta precatória) ao Juiz competente na localidade, para que 
este pratique o ato: ouvir uma testemunha, citar o acusado, etc. No caso 
dos juizados especiais, esse pedido pode ser feito por telefone ou e-mail! 
 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, 
sempre que possível, ou por mandado. 
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. 
 
A citação é o ato por meio do qual uma pessoa é informada 
de que existe uma ação judicial contra ela. Nos juizados especiais, a 
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citação também obedece o critério da simplicidade, pois ela deve ser 
realizada preferencialmente no próprio Juizado. 
Se não for possível promover a citação no próprio Juizado, ela 
será realizada por meio de mandado, cumprido por oficial de justiça. No 
procedimento comum, a citação pode ocorrer de forma pessoal ou por 
meio de edital. Não vou entrar em detalhes, mas para sua prova éimportante saber que no procedimento dos juizados especiais não há 
citação por edital. 
 
 
Nos juizados especiais, a citação é sempre pessoal, 
devendo ser realizada preferencialmente no próprio Juizado. Quando isso 
não for possível, será realizada por meio de mandado. Não há previsão de 
citação por edital. 
 
O art. 67 trata da intimação, que é a comunicação feita às 
partes do processo acerca dos atos praticados pelo Juiz. Por meio da 
intimação o Juiz também determina que as partes pratiquem atos ou 
tomem providências. 
 
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de 
recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma 
individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será 
obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, 
independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por 
qualquer meio idôneo de comunicação. 
Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-se-
ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores. 
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Você percebeu mais uma vez a simplicidade se manifestado 
na forma como são conduzidos os atos processuais? 
O critério da celeridade está relacionado ao tempo que o 
processo leva para ser concluído. Uma das principais razões para a 
criação dos juizados especiais é o julgamento mais rápido das infrações 
penais mais simples. 
A Lei n° 9.099/1995 confere ao Juiz, por exemplo, a 
prerrogativa de limitar a produção de provas, quando considera-las 
excessivas, impertinentes ou protelatórias. 
A economia processual está muito relacionada à 
simplicidade e à celeridade, e diz respeito à prática dos atos da forma 
mais abrangente possível, tirando-se o máximo proveito prático de cada 
um deles. 
 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência 
lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao 
Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições 
dos exames periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, 
for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de 
a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá 
fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como 
medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a vítima. 
 
Perceba que no procedimento previsto para os juizados 
especiais não se fala em inquérito policial. Em vez de adotar o 
procedimento investigativo, a autoridade policial deve enviar para o 
juizado especial apenas o termo circunstanciado de ocorrência (TCO). 
O TCO é um relato simples do fato ocorrido, contendo, além 
da descrição dos fatos, a identificação das pessoas envolvidas. 
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Perceba também que a autoridade policial deve tentar enviar 
o autor do fato e a vítima diretamente ao juizado especial. Caso não seja 
possível adotar esse procedimento no momento da ocorrência, o autor do 
fato deve assumir o compromisso de comparecer. 
 
 
No procedimento dos juizados especiais não é necessário 
haver inquérito policial, mas somente a lavratura do termo 
circunstanciado de ocorrência. 
 
A Doutrina tem entendido que o TCO não precisa ser lavrado 
pela autoridade de polícia judiciária. Também é possível que o termo seja 
lavrado diretamente pela Polícia Militar ou pela Polícia Rodoviária Federal, 
por exemplo. 
 
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do 
Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável 
civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a 
possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de 
aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. 
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob 
sua orientação. 
 
Nesta fase devem ser apresentadas às partes as propostas de 
conciliação, incluindo as possibilidades de composição dos danos e de 
cumprimento imediato de pena não privativa de liberdade. 
Caso as partes cheguem a um acordo nessa fase conciliatória, 
será discutida a reparação dos danos por parte do autor do fato. Essa 
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reparação tem natureza indenizatória civil. Essa composição de danos 
será feita por escrito e homologada pelo juiz, assumindo a eficácia de 
título executivo cível. Isso significa que se o autor do fato não pagar o 
prometido, a vítima poderá executá-lo no juízo cível competente. 
Caso o crime ofendido seja de ação penal pública 
condicionada à representação, o ofendido ou seu representante legal será 
intimado para oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência 
(atenção! Isso já foi cobrado em provas anteriores!) 
Caso o crime cometido seja de ação penal privada ou de ação 
penal pública condicionada, a homologação do acordo importará em 
renúncia do direito de representação ou de apresentação da queixa. 
 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação 
penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o 
Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena 
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
 
Esta é a hipótese chamada de transação penal. Caso não 
haja conciliação, o Ministério Público pode oferecer uma espécie de 
acordo ao infrator, envolvendo o cumprimento de pena não privativa de 
liberdade ou de multa. 
 
 
A transação penal é proposta ao infrator por iniciativa do 
Ministério Público, e não pelo Juiz. 
 
Existem, porém, algumas situações em que a transação penal 
não pode ser oferecida. Esses casos estão previstos no §2° do art. 76. 
 
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§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado: 
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à 
pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; 
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco 
anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a 
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser 
necessária e suficiente a adoção da medida. 
 
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver 
aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência 
da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá 
ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de 
diligências imprescindíveis. 
 
Não havendo conciliação e nem transação penal, o Ministério 
Público oferecerá a denúncia oral. Perceba que essa é mais uma 
característica própria dos juizados especiais: o oferecimento de denúncia 
oral. 
 
 
Não havendo conciliação e nem transação penal, o Ministério 
Público oferecerá a denúnciaoral. 
 
O Juiz verificará então se é necessário produzir provas 
adicionais mais complexas, a exemplo das perícias ou laudos técnicos. 
Se for este o caso, o Magistrado encaminhará os autos ao Juiz comum, 
para que produza a prova necessária da maneira mais adequada. 
Oferecida a denúncia ou queixa, o acusado será informado 
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acerca do dia e hora da audiência de instrução e julgamento, momento 
em que deverá haver nova tentativa de conciliação, sendo possível 
também que haja proposta de transação penal, desde que não tenha 
ocorrido a possibilidade do seu oferecimento na fase preliminar. 
Na audiência, deve ser ouvido inicialmente o advogado do réu, 
e só então o Juiz decidirá se aceita ou rejeita a denúncia ou queixa. 
Caso a denúncia seja recebida, serão ouvidas a vítima e as 
testemunhas de acusação e defesa. Em seguida deve ser interrogado o 
acusado, passando-se imediatamente aos debates entre acusação e 
defesa e à prolação da sentença. 
Perceba que tudo é feito em uma só ocasião, ou seja, na 
audiência de instrução e julgamento. É nesse momento que devem ser 
produzidas todas as provas. 
Se o Juiz rejeitar a denúncia, dessa decisão caberá 
apelação no prazo de 10 dias, nos termos do art. 82. 
 
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença 
caberá apelação, que poderá ser julgada por turma composta de três 
Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do 
Juizado. 
 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual 
ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério 
Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do 
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja 
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, 
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional 
da pena 
 
A suspensão condicional do processo, assim como a 
transação penal, é proposta pelo Ministério Público. De forma bem 
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simples, trata-se da imposição de certas condições ao acusado, que 
devem ser cumpridas no período de 2 a 4 anos. 
Nada impede que o acusado deixe de aceitar a proposta de 
suspensão condicional, optando pelo prosseguimento da ação penal. 
Chamo sua atenção para o critério da pena. A suspensão 
condicional do processo só pode ser proposta para crimes cuja pena 
mínima seja de no máximo 1 ano. Estamos falando da pena mínima, e 
não da máxima! 
A suspensão só pode ser aplicada se o acusado não estiver 
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime. As 
condições que podem ser impostas pelo magistrado são mencionadas no 
§1°, e as causas de revogação da suspensão estão elencadas nos §§3° e 
4°. 
 
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do 
Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, 
submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
II - proibição de frequentar determinados lugares; 
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem 
autorização do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, 
mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
[...] 
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário 
vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo 
justificado, a reparação do dano. 
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser 
processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir 
qualquer outra condição imposta. 
 
 
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2. IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL (LEI Nº 12.037/2009) 
 
Agora estudaremos objetivamente a Lei n° 12.037/2009, que 
trata da identificação criminal do civilmente identificado. Essa lei 
regulamenta o inciso LVIII do art. 5° da Constituição Federal. 
 
Art. 5°, LVIII - o civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei 
 
A regra, portanto, é que aquele que apresentou identificação 
civil não precise ser identificado criminalmente. Vamos agora estudar os 
detalhes e os casos em que a lei determina que se aja de forma diferente. 
A nova lei entrou em vigor substituindo a Lei n° 10.054/2000, 
que sempre recebeu severas críticas em alguns de seus dispositivos, 
sendo inclusive considerada inconstitucional por parte da Doutrina, 
principalmente por determinar a identificação criminal em virtude do 
cometimento de determinados crimes em detrimento de outros até mais 
graves. 
Analisaremos agora os principais dispositivos da nova lei. 
 
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes 
documentos: 
I ± carteira de identidade; 
II ± carteira de trabalho; 
III ± carteira profissional; 
IV ± passaporte; 
V ± carteira de identificação funcional; 
VI ± outro documento público que permita a identificação do 
indiciado. 
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Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos 
documentos de identificação civis os documentos de identificação 
militares. 
 
No Brasil não existe lei que obrigue a pessoa a identificar-se. 
Os doutrinadores, entretanto, são unânimes no sentido de que aquele que 
decide não se identificar deve estar pronto a assumir as consequências de 
tal decisão. A principal dessas consequências é a identificação criminal. 
A lista de documentos trazidas pelo dispositivo já foi cobrada 
em provas anteriores de forma bastante direta, incluindo aí o teor do 
parágrafo único, que diz respeito aos documentos de identificação 
militares. 
 
 
São válidos como documentos de identificação civil: 
- Carteira de Identidade; 
- Carteira de Trabalho; 
- Carteira Profissional; 
- Passaporte; 
- Carteira de identificação funcional; 
- Outro documento público que permita a identificação do indiciado. 
OBS: Os documentos de identificação militares são equiparados aos 
civis. 
 
Estando de posse de pelo menos um dos documentos 
mencionados no art. 2°, ninguém será, em geral, constrangido a sujar as 
PmRV� �³WRFDU�SLDQR´��RX�D� WLUDU� IRWRV�QD�'HOHJDFLD�GH� Polícia ± processo 
datiloscópico e fotográfico. Essa é a regra geral, mas o art. 3° trata das 
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hipóteses em que deve haver a identificação criminal mesmo quando o 
indivíduo esteja de posse de documento de identificação. 
 
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá 
ocorrer identificação criminal quando: 
I ± o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; 
II ± o documento apresentado for insuficiente para identificar 
cabalmenteo indiciado; 
III ± o indiciado portar documentos de identidade distintos, com 
informações conflitantes entre si; 
IV ± a identificação criminal for essencial às investigações 
policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que 
decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do 
Ministério Público ou da defesa; 
V ± constar de registros policiais o uso de outros nomes ou 
diferentes qualificações; 
VI ± o estado de conservação ou a distância temporal ou da 
localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a 
completa identificação dos caracteres essenciais. 
Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão 
ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, 
ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado. 
 
Na antiga redação, o indiciado deveria submeter-se à 
identificação criminal, mesmo sendo identificado civilmente, somente pelo 
fato de ter cometido homicídio doloso, crime contra o patrimônio (se 
praticados mediante violência ou grave ameaça), crime de receptação 
qualificada, contra a liberdade sexual ou crime de falsificação de 
documento público. 
O fato de ter cometido determinado delito, por si só, não pode 
ser fundamento para submeter o acusado ao constrangimento da 
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identificação criminal. Tal dispositivo, da forma como estava redigido, foi 
por muitos considerado inconstitucional enquanto estava em vigor. 
Nas demais hipóteses, ou seja, quando o documento 
apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; quando o documento 
for insuficiente para identificar o indiciado; quando o indiciado portar 
documentos de identidade distintos, com informações conflitantes, 
perceba que haverá dúvida sobre a autenticidade do documento, ou, 
pelas suas condições, não seria possível identificar o acusado da conduta 
delituosa. 
O legislador autoriza ainda a identificação criminal quando 
esse procedimento for ³essencial às investigações policiais, segundo 
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício 
ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou 
GD�GHIHVD´� 
A nova redação traz, portanto, um conceito aberto. Quando a 
identificação criminal é indispensável à investigação? A essencialidade 
somente poderá ser analisada caso a caso, pelo magistrado, que deverá 
fazer o controle do ato, somente determinando a identificação em casos 
de extrema necessidade. 
Interessante que esse requerimento poderá ser feito também 
pela Defesa. Tal procedimento pode parecer estranho, mas não é. O 
procedimento pode servir, por exemplo, para comprovar a tese de 
negativa de autoria. Com a identificação criminal o advogado pode 
demonstrar que o indiciado é inocente, comprovando sua verdadeira 
identidade. 
Deverá ser realizada a identificação criminal, ainda, se 
³FRQVWDU� GH� UHJLVWURV� SROLFLDLV� R� uso de outros nomes ou diferentes 
qualificações; o estado de conservação ou a distância temporal ou da 
localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a 
completa identificaçmR�GRV�FDUDFWHUHV�HVVHQFLDLV´� 
Havendo registro de outros nomes ou se o estado de 
conservação do documento deixar dúvidas sobre a verdadeira identidade 
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do agente, a identificação torna-se necessária, até mesmo para que não 
haja dúvida sobre a real identidade do indiciado, evitando-se o 
constrangimento de imputar prática de crime a pessoa inocente. 
 
 
A identificação criminal do civilmente identificado pode ser 
realizada quando for essencial às investigações policiais, segundo 
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício 
ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério 
Público ou da defesa 
 
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a 
autoridade encarregada tomará as providências necessárias para evitar o 
constrangimento do identificado. 
 
Caso haja excesso, deverá responder pela conduta a 
autoridade encarregada da identificação. 
Segundo Fernando da Costa Tourinho Filho, ³a identificação 
criminal é um procedimento usado para determinação da identidade e 
baseado no conjunto de dados e sinais que caracterizam o indivíduo, 
geralmente identificado pelas VDOLrQFLDV�SDSLODUHV�GRV�GHGRV´. 
Esse é o verdadeiro objetivo da identificação criminal: 
determinar a autoria do crime investigado, de forma adequada e certa, e 
não servir como forma de constrangimento policial em detrimento do 
indiciado que, muitas vezes, já se encontra preso. 
 
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Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e 
o fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão 
em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de investigação. 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso IV do art. 3o, a identificação 
criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção 
do perfil genético. 
 
A identificação criminal, na maioria dos casos, é feita através 
da colheita de impressões digitais, além das fotografias. É possível, 
também a identificação pela arcada dentária e pelo exame de DNA, 
entretanto, pelo custo, na prática realiza-se o exame datiloscópico. 
A exceção a essa regra é o caso da identificação criminal 
considerada essencial para as investigações policiais, e autorizada 
pelo magistrado competente. Nesse caso, determina o parágrafo único 
do art. 5° que deve também ser colhido material biológico para fins 
de obtenção do perfil genético. Esse nada mais é que o conhecido 
exame de DNA. 
O perfil genético será armazenado em banco de dados para tal 
finalidade, gerido por unidade oficial de perícia criminal. Esses dados são 
sigilosos, e a própria Lei n° 12.137/2009 determina que quem permitir ou 
promover sua utilização para fins impróprios deve responder civil, penal e 
administrativamente. 
 
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do 
indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não 
destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
 
Esse dispositivo tem o escopo de preservar a identificação do 
indiciado da mídia sensacionalista e de populares exaltados, ou de 
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qualquer outro prejuízo (perda de emprego, por exemplo), enquanto não 
houver o trânsito em julgado de sentença condenatória. 
 
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, 
ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento 
definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a 
retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que 
apresente provas de sua identificação civil. 
Art. 7o-A A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados 
ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei paraa prescrição do 
delito. 
 
O réu ou indiciado pode requerer a retirada das fotos dos 
autos, desde que apresente sua identificação civil. O art. 7° não trata, 
entretanto, da identificação datiloscópica, enquanto o art. 7°-A determina 
expressamente que o perfil genético que tenha sido armazenado em 
banco de dados continuará disponível até que tenha prescrevido o delito 
investigado. 
 
 
 
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3. RESUMO DO CONCURSEIRO 
 
Nos juizados especiais, a citação é sempre pessoal, 
devendo ser realizada preferencialmente no próprio Juizado. Quando isso 
não for possível, será realizada por meio de mandado. Não há previsão de 
citação por edital. 
 
No procedimento dos juizados especiais não é necessário 
haver inquérito policial, mas somente a lavratura do termo 
circunstanciado de ocorrência. 
 
A transação penal é proposta ao infrator por iniciativa do 
Ministério Público, e não pelo Juiz. 
 
Não havendo conciliação e nem transação penal, o Ministério 
Público oferecerá a denúncia oral. 
 
São válidos como documentos de identificação civil: 
- Carteira de Identidade; 
- Carteira de Trabalho; 
- Carteira Profissional; 
- Passaporte; 
- Carteira de identificação funcional; 
- Outro documento público que permita a identificação do indiciado. 
OBS: Os documentos de identificação militares são equiparados aos 
civis. 
 
A identificação criminal do civilmente identificado pode ser 
realizada quando for essencial às investigações policiais, segundo 
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício 
ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério 
Público ou da defesa. 
 
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A seguir estão as questões retiradas de concursos anteriores. 
Se ficar alguma dúvida, utilize o nosso fórum. Estou sempre disponível 
também no e-mail e nas redes sociais! 
 
Grande abraço! 
 
Paulo Guimarães 
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4. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. PC-CE ± Inspetor de Polícia Civil ± 2015 ± VUNESP. Sobre os 
Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95), pode-se afirmar que 
 
a) não será preso em flagrante e tampouco estará obrigado a recolher 
fiança o autor do fato que, após a lavratura do termo circunstanciado, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a 
ele comparecer. 
b) são competentes para o processamento e julgamento das infrações de 
menor potencial ofensivo a delegacia e o fórum do local da residência da 
vítima. 
c) será instaurado o termo circunstanciado pela autoridade policial, após a 
notícia de infração de menor potencial ofensivo, inclusive quando se tratar 
de crime militar. 
d) não poderá ser processado pelos juizados especiais criminais o autor 
do fato, se portador de antecedentes criminais. 
e) os delitos cuja pena máxima não seja superior a dois anos ± excluindo-
se daí as contravenções penais ± por serem infrações de menor potencial 
ofensivo, são de competência dos juizados especiais criminais. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa B está incorreta porque a competência do 
Juizado Especial Criminal será determinada pelo local em que foi praticada 
a infração penal (art. 63). A alternativa C está incorreta porque tal 
procedimento não se aplica aos crimes militares. Aliás, nenhuma 
disposição da Lei nº 9.099/1995 se aplica aos crimes militares (art. 90-
A). A alternativa D está incorreta porque o portador de antecedentes não 
poderá ser beneficiado com transação penal ou suspensão condicional do 
processo, mas poderá ser processado e julgado no âmbito do Juizado 
Especial Criminal (art. 76, §2º, III). A alternativa E está incorreta porque 
as contravenções penais também são consideradas infrações penais de 
menor potencial ofensivo. 
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GABARITO: A 
 
 
2. TJ-CE ± Juiz de Direito ± 2014 ± FCC. No procedimento dos juizados 
especiais criminais, 
 
a) a apelação será interposta no prazo de 10 (dez) dias, contados da 
ciência da sentença, por petição escrita, abrindo-se vista depois para 
oferecimento das respectivas razões no prazo de 03 (três) dias. 
b) a sentença conterá relatório, fundamentação e dispositivo. 
c) os embargos de declaração não suspendem o prazo para o recurso. 
d) a prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada 
por qualquer meio hábil de comunicação. 
e) nenhum ato será adiado, vedada a determinação de condução 
coercitiva de quem deva comparecer. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta porque a apelação será 
interposta em 10 dias contados da ciência da sentença, por meio de 
petição escrita, na qual devem constar as razões e o pedido do recorrente 
(art. 82, parágrafo único). A alternativa B está incorreta porque a 
sentença não precisa relatório, devendo conter apenas os elementos de 
convicção do Juiz (art. 81). A alternativa C está incorreta porque os 
embargos de declaração suspendem o prazo para interposição de outros 
recursos (art. 82, §2º). A alternativa E está incorreta porque o Juiz pode 
sim determinar a condução coercitiva (art. 80). 
 
GABARITO: D 
 
 
3. MPE-SC ± Promotor de Justiça ± 2014 ± FEPESE. No âmbito dos 
Juizados Especiais Criminais, segundo dispõe a Lei n. 9.099/95, da 
decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, 
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que deverá ser interposta no prazo de 15 (quinze) dias, contados da 
ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, 
devendo ser aviada por petição escrita, da qual constarão as razões e o 
pedido do recorrente. 
 
COMENTÁRIOS: O erro está no prazo, que é de 10 dias, conforme o art. 
82. 
 
GABARITO: E 
 
 
4. METRÔ-DF ± Segurança Metroferroviário ± 2014 ± IADES. Em 
relação ao conceito de infração penal de menor potencial ofensivo, é 
correto afirmar que são os crimes e as contravenções penais a que a lei 
comina pena 
 
a) máxima inferior ou igual a dois anos, cumulada ou não com multa. 
b) máxima superior a dois anos. 
c) máxima não superior a dois anos, cumulada necessariamente com 
multa. 
d) mínima de dois anos. 
e) máxima inferior a dois anos, necessariamente. 
 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 61 da Lei nº 9.099/1995, são 
consideradas infrações penais de menor potencial ofensivo as 
contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 anos, cumulada ou não com multa. 
 
GABARITO: A 
 
 
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5. PRF ± Agente ± 2013 ± Cespe. Os atos processuais dos juizados 
especiais criminais poderão ser realizados nos finais de semana, à 
exceção dos domingos e feriados. 
 
COMENTÁRIOS: A regra da Lei nº 9.099/1995 é a seguinte: os atos 
processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em 
qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organização 
judiciária. 
 
GABARITO: E 
 
 
6. TJ-PE ± Juiz de Direito ± 2013 ± FCC. No tocante à transação penal, 
INCORRETO afirmar que 
 
a) incabível a proposta no caso de ter sido o autor da infração condenado, 
pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, ainda que não 
definitiva a sentença. 
b) a imposição da sanção não constará de certidão de antecedentes 
criminais, salvo registro para impedir nova concessão do beneficio no 
prazo de cinco anos. 
c) incabível a proposta no caso de o agente ter sido beneficiado 
anteriormente nos mesmos moldes, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva. 
d) a imposição da sanção não terá efeitos civis, cabendo aos interessados 
propor ação cabível no juízo cível. 
e) a aplicação de pena restritiva de direitos não importará em 
reincidência. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa incorreta é a letra A, pois o art. 76, § 2º, 
da Lei 9.099/95 proíbe a proposta se o autor da infração tiver sido 
condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por 
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sentença definitiva. A alternativa fala de infração e de sentença não 
definitiva. 
 
GABARITO: A 
 
 
7. DETRAN-DF ± Agente de Trânsito ± 2012 ± Universa 
(adaptada). Nos termos da Lei n.º 9.099/1995, não se admite prisão em 
flagrante nas infrações de menor potencial ofensivo. 
 
COMENTÁRIOS: Só não haverá prisão em flagrante do autor do fato 
que, após a lavratura do termo circunstanciado, for imediatamente 
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, 
nos termos do art. 69, parágrafo único. 
 
GABARITO: E 
 
 
8. DETRAN-DF ± Agente de Trânsito ± 2012 ± Universa. Joana foi 
denunciada pelo barulho produzido no edifício onde reside, decorrente 
de instrumentos sonoros e algazarra dos convidados das festas que ela 
realizava todos os sábados à noite em seu apartamento, conforme 
depoimento dos moradores dos quarenta apartamentos do prédio. 
Considerando que essa situação descreve a ocorrência de contravenção 
relativa à perturbação do trabalho ou do sossego alheio, e com base 
nas regras dispostas na Lei n.º 9.099/1995, que tratam do Juizado 
Especial Criminal, assinale a alternativa correta. 
 
a) A competência legal do Juizado é fixada pela pena máxima cominada 
tanto para as contravenções penais como para os crimes, a qual não pode 
ser superior a dois anos, cumulada ou não com multa. 
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b) O benefício da suspensão condicional do processo pode ser revogado 
após o período de prova, desde que os fatos que ensejaram a revogação 
tenham ocorrido antes do término desse período. 
c) Não comparecendo a autora do fato à audiência preliminar, marca-se 
nova data, providenciando-se sua intimação na forma da lei; faltando as 
vítimas, o processo será arquivado. 
d) A citação da ré, para que possa exercer o direito de defesa no Juizado, 
far-se-á pessoalmente no próprio Juizado, por mandado ou, ainda, por 
edital, caso não seja encontrada para ser citada. 
e) Havendo necessidade de intimação de algum morador em comarca 
distinta daquela em que tramita o processo, o ato será necessariamente 
realizado por meio da expedição de carta precatória. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta porque as contravenções 
penais são de competência do JECrim independentemente da pena 
imposta. A alternativa C está incorreta porque, na falta do 
comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria deve 
providenciar sua intimação. A alternativa D está incorreta porque a 
citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, 
ou por mandado. A alternativa E está incorreta porque não será utilizada 
carta precatória, conforme art. 67. 
 
GABARITO: B 
 
 
9. TJ-AC ± Técnico Judiciário ± 2012 ± Cespe. Em caso de suspensão 
condicional do processo, ao juiz é autorizado impor condições a que a 
suspensão ficará subordinada, inclusive medidas cautelares previstas no 
CPP, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 
 
COMENTÁRIOS: O juiz pode impor outras condições além daquelas que 
constam no art. 89 da Lei nº 9.099/1995, mas não medidas cautelares. 
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Não faria sentido decretar uma prisão preventiva, por exemplo, num caso 
como esse, não é mesmo? 
 
GABARITO: E 
 
 
10. TJ-RN ± Titular de Serviços de Notas e de Registros ± 2012 ± 
IESES (adaptada). A competência do juizado especial criminal é 
absoluta, não comportando exceções. 
 
COMENTÁRIOS: De forma alguma. O art. 60 prevê exceções à 
competência dos juizados especiais criminais nos casos de conexão e 
continência. 
 
GABARITO: E 
 
 
11. TJ-RN ± Titular de Serviços de Notas e de Registros ± 2012 ± 
IESES (adaptada). Aplicar-se-á o procedimento sumaríssimo para as 
infrações penais de menor potencial ofensivo tipificadas na Lei 9.099/95. 
 
COMENTÁRIOS: O erro da assertiva está em afirmar que a Lei nº 
9.099/1995 tipifica infrações penais, mas isso não é verdade. 
 
GABARITO: E 
 
 
12. PC-ES ± Perito Papiloscópico ± 2011 ± Cespe. Nos casos em que 
a mencionada lei exige representação para a propositura da ação penal 
pública, o ofendido ou seu representante legal será intimado para 
oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência. 
 
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COMENTÁRIOS: Essa obrigatoriedade está prevista no art. 91 da Lei n° 
9.099/1995. 
 
GABARITO: C 
 
 
13. MPE-RS ± Secretário de Diligências ± 2010 ± FCC. Quanto às 
disposições da Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei n° 9.099/95) é 
INCORRETO afirmar: 
 
a) As disposições da Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. 
b) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi 
praticada a infração penal. 
c) Os conciliadores são auxiliares da Justiça, que exercem funções na 
administração da Justiça Criminal, excluídos os Bacharéis em Direito. 
d) Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes 
as partes, os interessados e defensores. 
e) No procedimento sumário, os embargos de declaração serão opostos 
por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da 
decisão. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa incorreta é a de letra C, pois os 
conciliadores devem ser recrutadospreferencialmente entre bacharéis em 
Direito, nos termos do parágrafo único do art. 73 da Lei n° 9.099/1995. 
Acredito que tenha havido erro da banca na redação da alternativa E, pois 
deveria ter sido citado o procedimento sumaríssimo, e não o 
procedimento sumário. De toda forma, o gabarito foi mantido. 
 
GABARITO: C 
 
 
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14. PCDF ± Agente ± 2009 ± Universa. A Lei n.º 9.099, de 1995, 
instituiu, na esfera estadual, o Juizado Especial Criminal para j ulgar as 
infrações penais de menor potencial ofensivo. De acordo com essa Lei, 
a citação será pessoal e far-se-á no próprio juizado, sempre que 
possível, ou por mandado. Todavia, quando o réu encontrar- se em 
local incerto e não sabido, 
 
a) será citado por edital. 
b) o processo será extinto sem resolução de mérito. 
c) será decretada a revelia do réu, e o processo terá seu curso normal no 
Juizado Especial Criminal. 
d) será excluída a competência do Juizado Especial Criminal, e o processo 
será encaminhado ao juízo comum. 
e) suspender-se-ão o processo e o curso da prescrição até que o réu seja 
encontrado. 
 
COMENTÁRIOS: A resposta à nossa questão está no art. 66 da Lei nº 
9.099/1995. Vamos relembrar? 
 
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre 
que possível, ou por mandado. 
Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz 
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do 
procedimento previsto em lei. 
 
GABARITO: D 
 
 
15. PC-RN ± Agente de Polícia ± 2009 ± Cespe (adaptada). 
Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo as contravenções 
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois 
anos, cumulada ou não com multa. 
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COMENTÁRIOS: Esta é a definição de infração penal de menor potencial 
ofensivo, trazida pelo art. 60 da Lei n° 9.099/1995. 
 
GABARITO: C 
 
 
16. PC-RN ± Agente de Polícia ± 2009 ± Cespe (adaptada). Não 
encontrado o acusado para ser citado, o juiz titular do juizado especial 
criminal deverá determinar a citação por intermédio de edital, com prazo 
de 15 dias. 
 
COMENTÁRIOS: Se o acusado não for encontrado, o juiz deve 
encaminhar as peças existentes ao Juízo comum, para adoção do 
procedimento previsto em lei, nos termos do art. 66, parágrafo único, da 
Lei n° 9.099/1995. 
 
GABARITO: E 
 
 
17. PC-RN ± Agente de Polícia ± 2009 ± Cespe (adaptada). Nos 
crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, o 
MP, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por 
dois a quatro anos, observados os demais requisitos legais. 
 
COMENTÁRIOS: A suspensão condicional do processo é um tema muito 
importante para sua prova. Esse instituto está previsto no art. 89 da Lei 
n° 9.099/1995. 
 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual 
ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério 
Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do 
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja 
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sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, 
presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional 
da pena 
 
GABARITO: C 
 
 
18. Senado Federal ± Advogado ± 2008 ± FGV. Relativamente aos 
juizados especiais criminais, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. São princípios que orientam os juizados especiais a oralidade, 
simplicidade, informalidade, economia processual, celeridade e a busca 
pela conciliação. 
 
II. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei 
local, preferentemente entre bacharéis em Direito que exerçam funções 
na administração da Justiça Criminal. 
 
III. Os atos processuais serão públicos, sendo vedada sua realização em 
horário noturno. 
 
IV. É possível a aplicação dos institutos da conciliação e da transação no 
tribunal do júri nas infrações de menor potencial ofensivo conexas com 
crimes dolosos contra a vida. 
 
Assinale: 
 
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
c) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
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COMENTÁRIOS: A assertiva II está incorreta porque os conciliadores 
devem ser recrutados preferencialmente entre bacharéis em Direito, 
excluídos os que exercem funções na administração da Justiça Criminal. A 
assertiva III está incorreta porque os atos processuais podem ser 
praticados em horário noturno, conforme as normas de organização 
judiciária. 
 
GABARITO: C 
 
 
19. TSE ± Analista Judiciário ± 2007 ± Cespe (adaptada). Nas 
infrações penais de menor potencial ofensivo, o juiz não pode oferecer a 
proposta de transação penal de ofício ou a requerimento da parte, uma 
vez que esse ato é privativo do representante do Ministério Público (MP), 
titular da ação penal pública. 
 
COMENTÁRIOS: A transação penal é tratada pelo art. 76 da Lei nº 
9.099/1995. 
 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação 
penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o 
Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva 
de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
 
Vemos, portanto, que a proposição da transação deve partir do membro 
do Ministério Público. 
 
GABARITO: C 
 
 
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20. MPE-PE ± Promotor de Justiça ± 2002 ± FCC (adaptada). Poderá 
haver suspensão condicional do processo em infrações cuja pena seja no 
máximo igual ou superior a dois anos. 
 
COMENTÁRIOS: A suspensão condicional do processo só poderá ser 
proposta nos crimes cuja pena mínima cominada for igual ou inferior a 
um ano, nos termos do art. 89. 
 
GABARITO: E 
 
 
21. DPE-MA ± Defensor Público ± 2015 ± FCC. A Constituição Federal 
em seu artigo 5°��LQFLVR�/9,,,�UH]D�TXH�³R�FLYLOPHQWH�LGHQWLILFDGR�QmR�VHUi�
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei". 
A Lei n° 12.037, de 1° de outubro de 2009, regulamentando o dispositivo 
constitucional, dentre outras previsões, admite 
 
a) a identificação obrigatória sob o fundamento de ser o agente 
estrangeiro. 
b) a carteira de trabalho como documento de identificação civil, mas não 
a carteira de identidade funcional. 
c) a identificação criminal se o documento apresentado for insuficiente 
para identificar cabalmente o indiciado. 
d) a identificação criminalse essencial às investigações policiais, se 
houver despacho fundamentado da autoridade policial. 
e) a identificação datiloscópica, a fotográfica, mas não a coleta de 
material biológico. 
 
COMENTÁRIOS: O art. 3º trata das hipóteses em que a identificação 
criminal será exigida, mesmo quando a pessoa apresentar documento de 
identificação. Entre elas está a situação em que o documento apresentado 
for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado (alternativa C). A 
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alternativa A está incorreta porque o fato de o indiciado ser estrangeiro 
em nada influencia a sua identificação. A alternativa B está incorreta 
porque a carteira de trabalho e a carteira de identificação profissional 
servem como documentos de identificação. A alternativa D está incorreta 
porque o despacho mencionado compete à autoridade judiciária. A 
alternativa E está incorreta porque em 2012 foi incluído o parágrafo único 
no art. 5º, que prevê a coleta de material biológico para obtenção de 
perfil genético. 
 
GABARITO: C 
 
 
22. PC-CE ± Delegado de Polícia ± 2015 ± VUNESP. Paulo foi 
abordado pela polícia na via pública por estar em atitude suspeita e, 
indagado sobre sua identidade, apresentou aos policiais uma cédula de 
identidade (RG) rasurada, o que levantou suspeitas. Conduzido para a 
Delegacia de Polícia, com base na Lei de Identificação Criminal (Lei no 
12.037/2009), ao Delegado de Polícia compete a(s) seguinte(s) 
conduta(s): 
 
a) solicitar de Paulo, como condição para não ser identificado 
criminalmente, algum documento fora daqueles previstos no rol do artigo 
2º da Lei de Identificação Criminal. 
b) requisitar, por despacho fundamentado, a colheita de impressões 
digitais de Paulo, a fotografia dele e ainda a coleta de material biológico, 
considerando a dúvida que recai sobre a identidade dele em razão do RG 
rasurado que apresentou na sua abordagem. 
c) representar ao juiz pela prisão preventiva de Paulo, considerando que a 
dúvida sobre sua real identidade põe em risco a garantia da ordem 
pública e a aplicação da lei penal, levando-se em conta que ele foi preso 
em atitude suspeita na via pública. 
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d) dispensar Paulo, considerando que a lei de identificação é expressa no 
sentido de que o civilmente identificado ± como no caso ± não será 
submetido à identificação criminal. 
e) registrar a ocorrência, submetendo Paulo, por despacho 
fundamentado, a processo datiloscópico e fotográfico, considerando a 
rasura do documento apresentado por ele, com base no artigo 3º, inciso 
I, da Lei de Identificação Criminal. 
 
COMENTÁRIOS: A rasura no documento de identificação é situação que 
autoriza a identificação criminal, conforme art. 3º, I. Nessa situação, 
portanto, o Delegado deverá registrar a ocorrência, submetendo Paulo à 
identificação criminal. 
 
GABARITO: E 
 
 
23. PC-SP ± Auxiliar de Papiloscopista ± 2013 ± VUNESP. A Lei n.º 
12.037/2009, ao regular a identificação criminal do civilmente 
identificado, consignou que: 
 
a) a identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico. 
b) apresentado documento de identificação, não poderá ocorrer 
identificação criminal. 
c) não é vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em 
atestados de antecedentes, mesmo após o trânsito em julgado da 
sentença condenatória. 
d) apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação 
criminal apenas nas hipóteses de rasura ou indícios de falsificação. 
e) a identificação civil é atestada somente pela carteira de identidade. 
 
COMENTÁRIOS: As alternativas B e D estão incorretas porque o art. 3º 
trata das hipóteses em que pode haver identificação criminal mesmo após 
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a apresentação do documento de identificação civil. A alternativa C está 
incorreta porque essa conduta é proibida pelo art. 6º. A alternativa E está 
incorreta porque o art. 2º traz uma lista de documentos que também 
servem como identificação civil. 
 
GABARITO: A 
 
 
24. PC-SP ± Atendente de Necrotério Policial ± 2013 ± VUNESP. 
Conforme as regras jurídicas estabelecidas na Lei n.º 12.037/09, o 
civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, 
exceto, entre outras situações, 
 
a) quando o indiciado portar documentos de identidade distintos, com 
informações conflitantes entre si. 
b) no caso de o Delegado de Polícia, a seu livre arbítrio, entender que, em 
razão da gravidade do crime cometido pelo indiciado, seja conveniente a 
sua identificação criminal. 
c) se o indiciado estiver portando a Carteira de Trabalho, sem registro de 
emprego, como seu único documento de identificação. 
d) se houver prisão em flagrante e o escrivão entender conveniente a 
identificação criminal para instruir o auto de prisão, independentemente 
de o preso possuir identificação civil. 
e) se a pessoa não estiver portando a sua Carteira de identidade (l.G.), 
que é o único documento legalmente apto a comprovar a identificação 
civil. 
 
COMENTÁRIOS: A única alternativa que traz uma possibilidade de 
identificação criminal do civilmente identificado é a letra A. 
 
GABARITO: A 
 
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25. PC-SP ± Papiloscopista Policial ± 2013 ± VUNESP. Citadino 
Gatuno foi preso em flagrante delito pelo crime de roubo. Ao ser levado 
à Delegacia de Polícia, no momento da tentativa de sua identificação, 
Gatuno apresentou o seu documento de identidade (l.G.), o qual, no 
entanto, por ter sido molhado pela chuva, apresentava rasura que 
dificultava a identificação do preso. Neste caso, com base no que 
dispõe a Lei n.º 12.037/2009, é correto afirmar que Gatuno 
 
a) não poderá ser identificado criminalmente, uma vez que não teve culpa 
na rasura do seu documento de identidade. 
b) deverá ser identificado criminalmente, mas limitado à juntada do 
processo datiloscópico ao auto de prisão em flagrante. 
c) não poderá ser identificado criminalmente, em nenhuma hipótese, uma 
vez que é um direito seu assegurado pela Constituição Federal. 
d) não poderá ser identificado criminalmente. 
e) poderá ser identificado criminalmente, desde que não seja possível a 
sua identificação civil. 
 
COMENTÁRIOS: No caso trazido pela questão, Gatuno poderá ser 
identificado criminalmente, mas apenas nas hipóteses do art. 3º, entre 
elas a impossibilidade de identificação civil. 
 
GABARITO: E 
 
 
26. PC-SP ± Papiloscopista Policial ± 2013 ± VUNESP. Belo Narciso 
foi indiciado em inquérito policial por crime contra os costumes, tendo 
sido identificado criminalmente. No entanto, a respectiva denúncia não 
foi aceita e o inqué rito foi definitivamente arquivado. Narciso, 
preocupado com sua imagem perante terceiros, requereu, em seguida, 
a retirada de sua identificação fotográfica do inquérito policial. Neste 
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caso, considerando o disposto na Lei n.º 12.037/09, é correto afirmar 
que Narciso 
 
a) não tem direito à retirada de sua identificação civil, uma vez que esta 
se constitui em prova policial, que não pode ser alterada ou suprimida do 
inquérito policial. 
b) deverá ter seu pedido atendido, desde que apresente provas de sua 
identificação civil. 
c) tem direito à retirada da sua identificação criminal do inquérito, mas 
terá que obter ordem judicial específica nesse sentido. 
d) tem direito à retirada da sua identificação do inquérito, pois a presença 
desta viola o seu direito à imagem, não sendo legal qualquer exigência 
para que seu pedido seja atendido. 
e) não pode ter seu pedido atendido, tendo em vista que o inquérito já foi 
arquivado, não havendo, portanto, interesse de Narciso em seu pedido. 
 
COMENTÁRIOS: No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua 
rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o 
arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, 
requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, 
desde que apresente provas de sua identificação civil, nos termos do art. 
7º. 
 
GABARITO: B 
 
 
27. PC-ES ± Perito Papiloscópico ± 2011 ± Cespe. Acerca da 
identificação criminal, julgue os itens a seguir à luz da 
Lei n.o12.037/2009. 
 
Não se equiparam aos documentos de identificação civis os documentos 
de identificação militares. 
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COMENTÁRIOS: Questão simples e direta, que cobra o teor do art. 2°, 
parágrafo único, da Lei n° 12.137/2009. Esse dispositivo trata dos 
documentos aptos à identificação civil. Vamos relembrar? 
 
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes 
documentos: 
I ± carteira de identidade; 
II ± carteira de trabalho; 
III ± carteira profissional; 
IV ± passaporte; 
V ± carteira de identificação funcional; 
VI ± outro documento público que permita a identificação do 
indiciado. 
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos 
documentos de identificação civis os documentos de identificação 
militares. 
 
GABARITO: E 
 
 
28. PC-ES ± Perito Papiloscópico ± 2011 ± Cespe. Mesmo que 
apresente documento de identificação civil, o indiciado poderá ser 
submetido a identificação criminal quando esta for essencial às 
investigações, segundo entendimento e despacho da autoridade policial. 
 
COMENTÁRIOS: Se a identificação criminal for essencial às 
investigações, é possível que seja realizada mesmo quando a pessoa 
apresenta identificação civil. Entretanto, a identificação criminal só pode 
ser feita por despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá 
de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério 
Público ou da defesa. 
 
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GABARITO: E 
 
 
29. PC-ES ± Perito Papiloscópico ± 2011 ± Cespe. O mau estado de 
conservação do documento civil de pessoa indiciada, mesmo que não 
possibilite a completa identificação dos caracteres essenciais, impedirá a 
autoridade policial de realizar a identificação criminal da referida pessoa. 
 
COMENTÁRIOS: Pode ocorrer identificação criminal quando o estado de 
conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do 
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos 
caracteres essenciais. 
 
GABARITO: E 
 
 
30. PC-ES ± Perito Papiloscópico ± 2011 ± Cespe. É vedado 
mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de 
antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes 
do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 
COMENTÁRIOS: Este é o perfeito teor do art. 6° da Lei n° 12.037/2009. 
 
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do 
indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não 
destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença 
condenatória. 
 
GABARITO: C 
 
 
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31. SECTEC-GO ± Papiloscopista Policial ± 2010 ± Universa. Em 
relação à Lei n.º 12.037/2009, é correto afirmar que, embora 
apresente documento de identificação, poderá ocorrer identificação 
criminal quando 
 
a) o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação. 
b) o órgão expedidor do documento pertencer a outra unidade da 
federação. 
c) o documento não informar o nome do pai. 
d) o documento não registrar o número do CPF. 
e) o documento apresentado for a carteira de trabalho em que não consta 
registro de emprego. 
 
COMENTÁRIOS: Essa foi fácil, não é? Das alternativas apresentadas, a 
única circunstância que realmente compromete a identificação é a rasura 
no documento, ou o indício de falsificação. 
 
GABARITO: A 
 
 
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5. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
1. PC-CE ± Inspetor de Polícia Civil ± 2015 ± VUNESP. Sobre os 
Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95), pode-se afirmar que 
 
a) não será preso em flagrante e tampouco estará obrigado a recolher 
fiança o autor do fato que, após a lavratura do termo circunstanciado, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a 
ele comparecer. 
b) são competentes para o processamento e julgamento das infrações de 
menor potencial ofensivo a delegacia e o fórum do local da residência da 
vítima. 
c) será instaurado o termo circunstanciado pela autoridade policial, após a 
notícia de infração de menor potencial ofensivo, inclusive quando se tratar 
de crime militar. 
d) não poderá ser processado pelos juizados especiais criminais o autor 
do fato, se portador de antecedentes criminais. 
e) os delitos cuja pena máxima não seja superior a dois anos ± excluindo-
se daí as contravenções penais ± por serem infrações de menor potencial 
ofensivo, são de competência dos juizados especiais criminais. 
 
2. TJ-CE ± Juiz de Direito ± 2014 ± FCC. No procedimento dos juizados 
especiais criminais, 
 
a) a apelação será interposta no prazo de 10 (dez) dias, contados da 
ciência da sentença, por petição escrita, abrindo-se vista depois para 
oferecimento das respectivas razões no prazo de 03 (três) dias. 
b) a sentença conterá relatório, fundamentação e dispositivo. 
c) os embargos de declaração não suspendem o prazo para o recurso. 
d) a prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada 
por qualquer meio hábil de comunicação. 
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e) nenhumato será adiado, vedada a determinação de condução 
coercitiva de quem deva comparecer. 
 
3. MPE-SC ± Promotor de Justiça ± 2014 ± FEPESE. No âmbito dos 
Juizados Especiais Criminais, segundo dispõe a Lei n. 9.099/95, da 
decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, 
que deverá ser interposta no prazo de 15 (quinze) dias, contados da 
ciência da sentença pelo Ministério Público, pelo réu e seu defensor, 
devendo ser aviada por petição escrita, da qual constarão as razões e o 
pedido do recorrente. 
 
4. METRÔ-DF ± Segurança Metroferroviário ± 2014 ± IADES. Em 
relação ao conceito de infração penal de menor potencial ofensivo, é 
correto afirmar que são os crimes e as contravenções penais a que a lei 
comina pena 
 
a) máxima inferior ou igual a dois anos, cumulada ou não com multa. 
b) máxima superior a dois anos. 
c) máxima não superior a dois anos, cumulada necessariamente com 
multa. 
d) mínima de dois anos. 
e) máxima inferior a dois anos, necessariamente. 
 
5. PRF ± Agente ± 2013 ± Cespe. Os atos processuais dos juizados 
especiais criminais poderão ser realizados nos finais de semana, à 
exceção dos domingos e feriados. 
 
6. TJ-PE ± Juiz de Direito ± 2013 ± FCC. No tocante à transação penal, 
INCORRETO afirmar que 
 
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a) incabível a proposta no caso de ter sido o autor da infração condenado, 
pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, ainda que não 
definitiva a sentença. 
b) a imposição da sanção não constará de certidão de antecedentes 
criminais, salvo registro para impedir nova concessão do beneficio no 
prazo de cinco anos. 
c) incabível a proposta no caso de o agente ter sido beneficiado 
anteriormente nos mesmos moldes, no prazo de cinco anos, pela 
aplicação de pena restritiva. 
d) a imposição da sanção não terá efeitos civis, cabendo aos interessados 
propor ação cabível no juízo cível. 
e) a aplicação de pena restritiva de direitos não importará em 
reincidência. 
 
7. DETRAN-DF ± Agente de Trânsito ± 2012 ± Universa 
(adaptada). Nos termos da Lei n.º 9.099/1995, não se admite prisão em 
flagrante nas infrações de menor potencial ofensivo. 
 
8. DETRAN-DF ± Agente de Trânsito ± 2012 ± Universa. Joana foi 
denunciada pelo barulho produzido no edifício onde reside, decorrente 
de instrumentos sonoros e algazarra dos convidados das festas que ela 
realizava todos os sábados à noite em seu apartamento, conforme 
depoimento dos moradores dos quarenta apartamentos do prédio. 
Considerando que essa situação descreve a ocorrência de contravenção 
relativa à perturbação do trabalho ou do sossego alheio, e com base 
nas regras dispostas na Lei n.º 9.099/1995, que tratam do Juizado 
Especial Criminal, assinale a alternativa correta. 
 
a) A competência legal do Juizado é fixada pela pena máxima cominada 
tanto para as contravenções penais como para os crimes, a qual não pode 
ser superior a dois anos, cumulada ou não com multa. 
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b) O benefício da suspensão condicional do processo pode ser revogado 
após o período de prova, desde que os fatos que ensejaram a revogação 
tenham ocorrido antes do término desse período. 
c) Não comparecendo a autora do fato à audiência preliminar, marca-se 
nova data, providenciando-se sua intimação na forma da lei; faltando as 
vítimas, o processo será arquivado. 
d) A citação da ré, para que possa exercer o direito de defesa no Juizado, 
far-se-á pessoalmente no próprio Juizado, por mandado ou, ainda, por 
edital, caso não seja encontrada para ser citada. 
e) Havendo necessidade de intimação de algum morador em comarca 
distinta daquela em que tramita o processo, o ato será necessariamente 
realizado por meio da expedição de carta precatória. 
 
9. TJ-AC ± Técnico Judiciário ± 2012 ± Cespe. Em caso de suspensão 
condicional do processo, ao juiz é autorizado impor condições a que a 
suspensão ficará subordinada, inclusive medidas cautelares previstas no 
CPP, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado. 
 
10. TJ-RN ± Titular de Serviços de Notas e de Registros ± 2012 ± 
IESES (adaptada). A competência do juizado especial criminal é 
absoluta, não comportando exceções. 
 
11. TJ-RN ± Titular de Serviços de Notas e de Registros ± 2012 ± 
IESES (adaptada). Aplicar-se-á o procedimento sumaríssimo para as 
infrações penais de menor potencial ofensivo tipificadas na Lei 9.099/95. 
 
12. PC-ES ± Perito Papiloscópico ± 2011 ± Cespe. Nos casos em que 
a mencionada lei exige representação para a propositura da ação penal 
pública, o ofendido ou seu representante legal será intimado para 
oferecê-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadência. 
 
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13. MPE-RS ± Secretário de Diligências ± 2010 ± FCC. Quanto às 
disposições da Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei n° 9.099/95) é 
INCORRETO afirmar: 
 
a) As disposições da Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. 
b) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi 
praticada a infração penal. 
c) Os conciliadores são auxiliares da Justiça, que exercem funções na 
administração da Justiça Criminal, excluídos os Bacharéis em Direito. 
d) Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes 
as partes, os interessados e defensores. 
e) No procedimento sumário, os embargos de declaração serão opostos 
por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da 
decisão. 
 
14. PCDF ± Agente ± 2009 ± Universa. A Lei n.º 9.099, de 1995, 
instituiu, na esfera estadual, o Juizado Especial Criminal para j ulgar as 
infrações penais de menor potencial ofensivo. De acordo com essa Lei, 
a citação será pessoal e far-se-á no próprio juizado, sempre que 
possível, ou por mandado. Todavia, quando o réu encontrar- se em 
local incerto e não sabido, 
 
a) será citado por edital. 
b) o processo será extinto sem resolução de mérito. 
c) será decretada a revelia do réu, e o processo terá seu curso normal no 
Juizado Especial Criminal. 
d) será excluída a competência do Juizado Especial Criminal, e o processo 
será encaminhado ao juízo comum. 
e) suspender-se-ão o processo e o curso da prescrição até que o réu seja 
encontrado. 
 
 
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15. PC-RN ± Agente de Polícia ± 2009 ± Cespe (adaptada). 
Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo as contravenções 
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois 
anos, cumulada ou não com multa. 
 
16. PC-RN ± Agente de Polícia ± 2009 ± Cespe (adaptada). Não 
encontrado o acusado para ser citado, o juiz titular do juizado especial 
criminal deverá determinar a citação por intermédio de edital, com prazo 
de 15 dias. 
 
17. PC-RN ± Agente de Polícia ± 2009 ± Cespe (adaptada). Nos 
crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, o 
MP,

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