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Engenharia Eletrônica Laboratório de Eletricidade II – LE2 Laboratório de Eletrônica I – LO1 Professores: Alberto Akio SHIGA e WAGNER de Aguiar Experimento: 01 Título: OSCILOSCÓPIO Data da Realização: ____/____/____ Data Limite de Entrega: ____/____/____ GRUPO: _______________ Turma: T4 – 1º semestre de 2015 Engenharia Eletrônica 2 1. Objetivos: Verificar, experimentalmente a utilização do osciloscópio na obtenção de medidas de tensão e corrente. INTRODUÇÃO TEÓRICA: Osciloscópio O osciloscópio é um instrumento que permite a visualização de sinais elétricos, possibilitando medir tensões contínuas, alternadas, períodos, frequências e defasagem com alto grau de precisão. O funcionamento se baseia em um feixe de elétrons que, defletido, choca-se contra uma tela fluorescente, esta, sensibilizada emite luz formando uma figura. A figura formada na tela pode ser comparada com outra, considerada ideal. A dependência com o tempo do feixe se resolve fazendo o feixe de elétrons serem defletido em um eixo de coordenadas similares ao sistema cartesiano, o que nos leva a construções gráficas bidimensionais, sendo o eixo ‘x’ correspondente ao período do sinal (tempo) e o eixo ‘y’ correspondente á amplitude. O resultado é a variação da tensão de entrada dependente do tempo. Dispositivos de registros em função do tempo existem há muito tempo, entretanto, o osciloscópio é um equipamento de resposta muito mais rápida que os registradores eletromecânicos, pois permite resposta da ordem de microssegundos. A parte principal de um osciloscópio é o tubo de raios catódicos. Este tubo necessita, entretanto, usar uma série de circuitos auxiliares capazes de controlar o feixe desde sua geração. Até o ponto onde este incidirá sobre a tela. Todo osciloscópio de serviço está composto das seguintes partes: Fonte de alimentação; Tubo de raios catódicos; Base de tempo; Amplificador Horizontal; Amplificador Vertical. Osciloscópio de raios catódicos (CRO) Figura 1 - Diagrama em corte de um osciloscópio CRO típico. Engenharia Eletrônica 3 1. Eletrodos de deflexão por tensão 2. Acelerador de elétrons 3. Raio de elétrons 4. Bobina de foco 5. Lado interior de tela revestido com fósforo Descrição dos controles Engenharia Eletrônica 4 Engenharia Eletrônica 5 Engenharia Eletrônica 6 Modos de operação Ajuste os controles relativos às posições de acordo com a seguinte tabela: Ligue a chave POWER e o LED acenderá. Depois de um curto período de pré- aquecimento, o traço aparecerá na tela. Ajuste o INTENSITY e o FOCUS para fazê- lo, mais nítido. Calibração das pontas de prova: Conecte a ponta de prova no CH1 e no PROBE ADJUST.Ajuste em “POSIÇÃO-X” e “POSIÇÃO-Y” para que seja mostrada a forma de onda conforme as figuras 4-1, 4-2 ou 4-3. Engenharia Eletrônica 7 Ajuste o VOLTS/ DIV para 10 mVe atenue a ponta para 10 X, então a forma de onda mostrada na figura 4-1 deverá aparecer na tela, se houver qualquer excesso ou queda, faça a compensação no ponto de ajuste mostrado na figura 4-4. Depois destes ajustes o instrumento estará em estado normal de funcionamento e pronto para ser usado. Medição. Vp-p =V/DIV xH(DIV) Vrms = Vp-p/2 V¨2 X10 Medição de Tensão O controle VARIÁVEL deverá estar na posição “calibrado” (gire até o fim no sentido horário). Posicione a chave VOLTS / DIV de acordo com a amplitude do sinal a ser medido. Uma vez que existam partes DC e AC no sinal medido, os testes devem ser feitos de acordo com os seguintes passos: Medição de Tensão AC Para medir somente a parte AC do sinal, selecione o modo AC de acoplagem (6). Ajuste VOLTS/DIV para mostrar uma forma de onda no meio da tela. Então ajuste o LEVEL para fazer com que a forma de onda fique estável. Ajuste Posição-Y e Posição-X para visualizar melhor a forma de onda, como mostrado na figura 4-5. Com o valor indicado por VOLTS /DIV e a distância mostrado, verticalmente no eixo, calcule o valor da tensão pela seguinte fórmula: Se a ponta de prova estiver em X10, então o valor calculado deverá ser multiplicado por 10. Engenharia Eletrônica 8 Medição da tensão DC Para medir tensão DC, primeiro selecione o VOLTS/DIV adequado, então selecione o modo de acoplagem GND (6) e ajuste a Posição-Y para fazer o traço ficar na posição adequada (nível 0 da tensão), então selecione o modo de acoplagem DC. Com a distância vertical do traço em relação à posição Y, leia o valor da tensão do sinal mostrado como na figura 4-6. Medição de Tempo Para medir o ciclo do sinal ou o fator de tempo entre dois pontos, siga os passos descritos no item “Medição de Tensão”. Depois que a forma de onda estiver sincronizada, o valor do tempo é igual o valor indicado pelo SEC /DIV multiplicado pelo número de divisões entre os dois pontos selecionados. Para medir apenas uma parte do sinal, acione o botão (26) para aumentar 5 vezes. Ajuste Posição-X para posicionar adequadamente a parte a ser medida. Então o valor encontrado deve ser dividido por 5. Calcule os intervalos de tempo com a seguinte fórmula: Intervalo de tempo (S) = [Distância entre dois pontos (DIV) x fator de Tempo de Varredura (TIME /DIV)]/ Fator de amplificação horizontal (X5 MAG). Exemplo 1: Na Figura 4-7, a distância horizontal entre os ponto A e B é de 8 DIV, o fator de tempo de varredura é ajustado para 2 ms/div, a amplificação horizontal é X1, então: Intervalo de Tempo = 8DIV x2ms /DIV/1= 16ms Engenharia Eletrônica 9 Exemplo 2: Na figura 4-8, a distância horizontal de 10% da inclinação de elevação (ponto A) para 90% (ponto B) é 1,8 DIV, a taxa de varredura é de 1u s/DIV, o fator de amplificação é de 5X, então o Tempo de Elevação= 1,8 DIV x 1us / 5 = 0.36 us Medição de Freqüência Para medir a freqüência do sinal, primeiramente meça o ciclo como descrito no item anterior, e depois calcule a freqüência usando a seguinte fórmula: F (Hz)= 1/T (S) Diferença de tempo ou fase entre dois sinais relativos Conforme a freqüência dos sinais relativos, selecione a taxa de varredura adequada e ajuste o modo Vertical para ALT ou CHOP (12), a fonte de disparo (Trigger) para CH1. Ajuste o Nível (21) para ter uma forma de onda estável. Calcule a diferença de tempo com a diferença horizontal entre os dois pontos das duas formas de onda: Diferença de tempo = Distância Horizontal (DIV) X Fator de Tempo de Varredura (SEC/ DIV) / Fator de amplificação horizontal (X5 se a tecla 23 estiver pressionada). Na figura 4-9, o fator de tempo de varredura (SEC/DIV) é ajustado em 50us/DIV, o fator de amplificação é ajustado em X1(tecla X5 MAG solta), a distância horizontal entre os dois sinais medidos é de 1,5 DIV, então: Diferença de tempo = 1,5 DIV x 50 us /DIIV/ l = 75 us Engenharia Eletrônica 10 Para medir a diferença de fase entre dois sinais, primeiro pegue as formas de ondas estáveis utilizando o método acima, então ajuste o VOLTS /DIV e o VARIÁVEL dos dois canais para tornar igual à amplitude deles. Ajuste o SEC /DIV para que, a distância horizontal do ciclo medido, apareça por inteiro na tela. Quando isto acontecer o ângulo de cada divisão (DIV) será: 360º / (distânciahorizontal de um ciclo). A diferença de fase de dois sinais relativos será então: o ângulo de cada divisão (DIV) multiplicado pela distância horizontal existente entre os dois sinais. Engenharia Eletrônica 11 Medição de sinal de TV Há um circuito para a separação de sinais sincronizados TV-V dentro do OS-21. Para medir sinais de TV-V selecione a chave COUPLING para TV (31). Ajuste, então, o LEVEL para obter uma sincronização estável do sinal. Para medir sinais de TV-H, selecione a chave COUPLING para o modo NORM (31). Modo X-Y Em alguns casos especiais, a rotação do traço deve ser controlada por sinais externos ou o eixo X deve ser encarado como uma entrada para o sinal medido, tal como: sinal de varredura EXT, a observação da Figura de Lissajous, etc. Operação do Modo X-Y: Gire a chave SEC /DIV no sentido anti-horário até o final, para a posição X-Y. Entre com o sinal do eixo X pelo CH1 e do eixo Y pelo CH2. O aumento da sensibilidade do eixo X é controlado por X5 MAG e o sinal modulação, poderá ser observado através do eixo Z, na parte de trás. Se for pressionada a chave SLOPE a intensidade aumentará com sinais negativos e diminuirá com sinais positivos. Gerador de funções Um gerador de funções é um aparelho eletrônico utilizado para gerar sinais elétricos de formas de onda, frequências (de alguns Hz a dezenas de MHz) e amplitude (tensão) diversas. São muito utilizados em laboratórios de eletrônica como fonte de sinal para teste de diversos aparelhos e equipamentos eletrônicos. Um gerador de funções deve poder gerar sinais senoidais, triangulares, quadrados, dente-de-serra, com sweep (frequência variável), todos com diversas frequências e amplitudes. Normalmente ele possui um frequencímetro acoplado e diversos botões de ajuste e seleção, além de conectores para saída do sinal. Seu uso é muito ligado à utilização do osciloscópio, com o qual se pode verificar as suas formas de onda. Seu funcionamento é baseado em circuitos eletrônicos osciladores, filtros e amplificadores. Alguns circuitos integrados que podem ser usados na montagem de geradores de função: ICL8038 (Intersil - funções seno, quadrado, triângulo, sweep) MAX038 (Maxim - funções seno, quadrado, triângulo, sweep) XR2206 (Exar - funções seno, quadrado, triângulo, sweep) NE566 (National - funções quadrado, triângulo) De forma resumida, as formas de onda estudadas, de acordo com o site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma_de_onda, são, Engenharia Eletrônica 12 Formas de onda básicas Figura 3 - A partir do topo, onda senoidal, quadrada, triangular e dente de serra Onda senoidal A onda senoidal ou sinusoidal obedece a uma função seno ou cosseno e é a forma de onda mais simples. Todas as outras formas de onda, mesmo as mais complexas, podem ser decompostas em conjuntos de ondas senoidais através da aplicação das séries de fourier. Por essa razão as ondas senoidais possuem dezenas de aplicações. Podem ser usadas na síntese musical como elemento básico da síntese aditiva. Em eletrônica, é a forma de onda utilizada como onda portadora na maior parte das modulações de rádio. Onda quadrada Também chamada de trem de pulsos Forma de onda caracterizada pela alternância entre um estado de amplitude nula e outro estado de amplitude máxima, sendo que cada um destes estados tem duração igual. Quando o tempo em um dos estados é maior do que no outro, chamamos esta onda de onda retangular ou pulso. Este tipo de onda é utilizado sobretudo para a modulação por largura de pulso - PWM. Engenharia Eletrônica 13 Também pode ser usada como elemento básico da síntese subtrativa em sintetizadores analógicos. Em informática as ondas quadradas, retangulares ou trens de pulso são utilizados para a transmissão serial de informações em redes de computadores. Onda triangular Caracterizada por uma ascendência linear até a amplitude máxima da onda, seguida imediatamente por uma descendência linear até a amplitude mínima. Os tempos de subida e descida podem ser iguais ou diferentes. As ondas triangulares são usadas como freqüência intermediária de controle na modulação PWM principalmente em acionamentos elétricos. Também podem ser utilizadas como elementos básicos na síntese subtrativa. Onda dente de serra Nos casos extremos em que os tempos de subida ou de descida de uma onda triangular são iguais à zero, temos ondas dente de serra descendente ou ascendente, respectivamente. As aplicações são semelhantes às das ondas triangulares. Engenharia Eletrônica 14 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Com o osciloscópio e o gerador de funções devidamente instaladas (com os cabos BNC conectados nas saídas corretas), regula-se a frequência e o tipo de onda no gerador de funções e conectamos os cabos onde poderemos observar a forma de onda no osciloscópio. Ajustando as escalas de tempo e tensão no osciloscópio, os dados eram anotados e comparados com cálculos teóricos. 1 - Ajustar a fonte de tensão com o voltímetro para os valores especificados na tabela abaixo e efetuar as medições com o osciloscópio, anotando os valores obtidos, na tabela abaixo. Desenhe a forma de onda para as tensões 8 e 15 volts. Tabela 1 - 8 Vdc 15 Vdc V(v) V/Div T/Div V medido 2 5 8 10 15 Engenharia Eletrônica 15 Ajuste o gerador de sinais para as freqüências especificadas nas tabelas abaixo, com amplitude máxima para as formas de onda senoidal, quadrada e triangular. Meça cada freqüência com o osciloscópio, anotando respectivamente a posição da varredura e o numero de divisões ocupadas pelo período, efetue as medições solicitadas. F. gerador V/Div T/Div T f 100 Hz 5 kHz Tabela 2 - Onda senoidal 100 Hz 5 kHz F. gerador V/Div T/Div T F 250 Hz 1200 kHz Tabela 3 - Onda quadrada 250 Hz 1200 kHz Engenharia Eletrônica 16 F. gerador V/Div T/Div T f 600 Hz 10 kHz Tabela 4 - Onda triangular 600 Hz 10 kHz Ajustar o gerador de sinais para 60 Hz, onda senoidal. Utilizando o multímetro na escala Vac, ajuste a saída do gerador para os valores da tabela. Efetue as medições solicitadas. Vef (v) Vp Vpp Vef (calculado) 1 3 5 Tabela 5 – Tensões calculadas 1 Vdc 3 Vdc Engenharia Eletrônica 17 Figuras de Lissajous e medidas de defasagem Objetivo: Observar, experimentalmente as figuras de Lissajous. Medir a defasagem entre dois sinais, utilizando o osciloscópio. As figuras de Lissajous provêm da sobreposição de dois movimentos sinusoidais (harmónico-simples) desfasados de 90º. A figura de Lissajous mais simples, que corresponde a uma reta a 45º, diz respeitoa dois movimentos com a mesma frequência, a mesma amplitude e a mesma fase. Conforme o desfasamento entre os dois movimentos, esta figura tomará uma das formas representadas na figura abaixo. Com o osciloscópio no modo X-Y poder-se-ão observar as figuras de Lissajous. Estas figuras permitem a determinação da menor diferença de fase na distorção de um sinal, para além da razão entre frequências. Quando se aplicam aos dois canais do osciloscópio dois sinais com frequências diferentes. As figuras obtidas são mais complexas. Estas figuras de Lissajous permitem, por simples observação, determinar a razão entre as duas frequências. Na figura abaixo estão representados alguns exemplos. Engenharia Eletrônica 18 A razão entre frequências é determinada a partir de: Lista de material: - Osciloscópio - Gerador de sinais - Transformador 110 V/12 V - Capacitor 0,1µF - Resistores 4,7kΩ, 47kΩ, 150kΩ, 470kΩ e 1MΩ. Engenharia Eletrônica 19 Procedimento experimental: 1 – Ligue a entrada vertical do osciloscópio o gerador de sinais ajustado para onda senoidal e amplitude máxima, e a entrada horizontal o transformador, conforme a figura abaixo. 2 – Varie a frequência do gerador de sinais, conforme o quadro abaixo. Anote a figura de Lissajous e determine a relação de freqüências. fH(Hz) fV(Hz) Figuras NH NV NH/NV 15 20 24 30 40 60 60 90 120 150 180 240 H Rede V Engenharia Eletrônica 20 3 – Monte o circuito da figura abaixo e ajuste o gerador para 60 Hz, com amplitude máxima e onda senoidal. 4 – Anote os valores de 2a e 2b de acordo com o capacitor e resistores indicados abaixo. C (µF) R 2a 2b 2a/2b Δθ 4,7kΩ 47kΩ 0,1 150kΩ 470kΩ 1MΩ V H R 60 Hz C
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