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Aula 01 (arts. 19 a 76)
Lei Orgânica do DF p/ Oficial PMDF
Professor: Marcelo Kessler
02214600124 - Agatha Aparecida Rodrigues Moreira
LODF para o concurso da PMDF 
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Olá guerreiros! 
 
Como andam os estudos? Hoje a nossa aula está mais 
extensa que o normal, e trata de assuntos bastante cobrados em prova! 
Então vamos com tudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA 01 
Título II - Da Organização do Distrito Federal (continuação) 
Título III± Da Organização dos Poderes 
Capítulo II (Seções I a V) ± Poder Legislativo 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Disposições Gerais 02 
1.1. Ingresso na Administração Pública 09 
2. Servidores Públicos 16 
3. Serviços Públicos 19 
4. Administração Tributária 21 
5. Bens do DF 22 
6. Organização dos Poderes 27 
7. Da Câmara Legislativa 28 
8. Das Atribuições da Câmara Legislativa 31 
9. Dos Deputados Distritais 39 
10. Do Funcionamento da CLDF 40 
11. Do Processo Legislativo 42 
12. Resumo 51 
13. Questões comentadas 55 
14. Lista das questões apresentadas 72 
15. Gabarito 80 
 
 
 
Administração Pública do DF 
 
Disposições Gerais 
Preliminarmente ao estudo do que a LODF reza acerca da 
Administração Pública Distrital, faz-se pertinente esclarecer o que é 
DEUDQJLGR�SHOR�WHUPR�³$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD´� 
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A Administração Pública pode ser conceituada em função 
de diferentes enfoques, sendo o critério formal (ou subjetivo) o utilizado 
no ordenamento jurídico brasileiro para sua definição. 
Segundo o critério utilizado em nossa República, Adminis-
tração Pública é o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas que o 
nosso ordenamento identifica como Administração Pública, não 
sendo relevante a atividade por eles exercida. Dessa forma, a Adminis-
tração Pública Brasileira é composta por: 
¾ Administração Direta (órgãos com função adminis-
trativa integrantes de pessoas políticas ± União, Es-
tados, DF e Municípios); 
¾ Autarquias; 
¾ Fundações Públicas; 
¾ Empresas Públicas; 
¾ Sociedades de Economia Mista. 
Dessa forma, mesmo que uma Empresa Pública explore 
atividade exclusivamente econômica, ela integrará a Administração Pú-
blica. Como resultado, ela terá que observar, em maior ou menor grau, 
as regras e preceitos estabelecidos pela LODF e pela CF. 
Agora que já sabemos quem são os integrantes da Admi-
nistração Pública, vamos aos dispositivos que devem ser por eles ob-
servados. 
Logo no caput do art. 19 da LODF estão elencados os prin-
cípios norteadores da atividade administrativa distrital, quais sejam: 
Art. 19. A administração pública direta e indireta de qual-
quer dos Poderes do Distrito Federal obedece aos princí-
pios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu-
blicidade, razoabilidade, motivação, transparência, 
eficiência e interesse público, e também ao seguinte: 
 
Administração Indireta 
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Pessoal, a recente alteração do artigo 19 facilitou muito a 
vida dos concurseiros do DF. Isso porque, até 31/07/2014, o princípio 
da EFICIÊNCIA não estava expressamente disposto na LODF, o que ca-
racterizava uma significativa defasagem em relação à esfera federal, 
que consagrou a eficiência como corolário da Administração Pública 
desde 1998. 
Então surgia a dúvida: a Administração Distrital devia ob-
servar, antes da 31/07/2014, o princípio da eficiência? SIM! Os princí-
pios constantes do caput do art. 37 da Constituição Federal sempre fo-
ram de observância obrigatória para todos os entes da Federação. As-
sim, mesmo que não constasse expressamente da LODF, a Administra-
ção Pública Distrital já devia obedecer ao princípio da eficiência. 
Mas para o bem de vocês, essa dúvida não mais perdura. 
Agora está expresso na LODF a necessidade de observância do princípio 
da Eficiência. 
 
 
 
Enquanto o caput do art. 19 da LODF apresenta os prin-
cípios a serem observados pela Administração, seus incisos e parágrafos 
Embora os princípios 
TRIM não estejam ex-
pressos no art. 37 da 
CF, eles também são 
observados em âmbito 
federal. 
 
A nova emenda tam-
bém alterou outro 
princípio. Antes, a 
LODF falava em 
³WUDQVSDUrQFLD� QDV�
FRQWDV� S~EOLFDV´�� H�
agora dispõe simples-
mente sobre transpa-
UrQFLD´�� 
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elencam diversas normas relacionadas à forma de ingresso, ao funcio-
namento e à administração da máquina pública do DF. Muitas dessas 
normas não estavam em sintonia com o disposto pela CF, mas as emen-
das promulgadas em 2014 equalizaram a situação. 
Antes dessa revisão, aplicávamos o mesmo procedimento 
referente aos princípios: aquilo que estava na CF era de observância 
obrigatória para o DF. Dessa forma, mais uma vez a vida dos concur-
seiros foi facilitada, uma vez que o novo texto dos incisos do art. 19 
evitam quaisquer pegadinhas em provas. 
Ao invés de transcrever todos os incisos do art. 19, vamos 
mencionando os dispositivos mais importantes ao longo dos tópicos da 
nossa aula. 
Vimos há pouco quais são as instituições que compõem a 
Administração Pública. Mas como esses órgãos e entidades são criados? 
Depende. Os órgãos (desprovidos de personalidade jurídica) e as au-
tarquias, as quais têm personalidade jurídica de direito público, são 
criados ou extintos por meio de lei. Já as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista, as quais possuem personalidade ju-
rídica de direito privado, terão a sua criação (ou extinção) autorizada 
por lei. No caso específico das empresas públicas e as sociedades 
de economia mista, essas terão sua área de atuação definida por meio 
de LEI COMPLEMENTAR. 
Esse assunto costuma ser abordado em provas de Direito 
Administrativo, mas esta matéria não está em nosso edital Dessa forma, 
é suficiente para a prova de LODF que vocês saibam que a criação, 
fusão, extinção, cisão, privatização, etc. (ou seja, tudo) relacio-
nado à existência das entidades da Administração Indireta (autarquias, 
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista) de-
pende de lei específica. 
Vale também 
para a cria-
ção de suas 
subsidiárias. 
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Criação 
Transformação 
FusãoCisão 
Incorporação 
Privatização 
 Extinção 
 
Autarquias 
Fundações 
Empresas Públicas 
Soc. de Economia Mista 
 
 
 
somente por lei espe-
cífica, que deverá es-
tabelecer a exigência 
de cumprimento pelo 
adquirente de metas de 
qualidade do serviço de 
atendimento aos objeti-
vos sociais inspiradores 
da constituição da enti-
dade. 
 
 
 
Para encerrar o tópico sobre as disposições gerais da 
Administração Pública Distrital, trasncreverei trechos da LODF que 
eventualmente são cobrados em provas. Tais dispositivos prescindem 
de maiores comentários, uma vez que as bancas, quando os abordam, 
limitam-se à literalidade da lei: 
Art. 20. As pessoas jurídicas de direito público e as 
de direito privado, prestadoras de serviços públi-
cos, responderão pelos danos que seus agentes, nesta 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Art. 21. É vedado discriminar ou prejudicar qualquer pes-
soa pelo fato de haver litigado ou estar litigando contra 
os órgãos públicos do Distrito Federal, nas esferas admi-
nistrativa ou judicial. 
Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas que se 
considerarem prejudicadas poderão requerer revisão dos 
atos que derem causa a eventuais prejuízos. 
Art. 22. Os atos da administração pública de qualquer dos 
Poderes do Distrito Federal, além de obedecer aos princí-
pios constitucionais aplicados à administração pública, 
devem observar também o seguinte: 
I - os atos administrativos são públicos, salvo 
quando a lei, no interesse da administração, impu-
ser sigilo; 
Nos casos de privatização e extinção de Em-
presas Públicas e Sociedades de Economia 
Mista, a lei específica dependerá de aprova-
ção de 2/3 dos deputados distritais e ma-
nifestação favorável da população, na 
forma de referendo! 
Trata-se da responsabili-
dade objetiva do Estado, 
baseada na Teoria do Risco 
Administrativo, a qual será 
estudada com mais detalhes 
no âmbito do curso de Di-
reito Constitucional. 
A regra é que os atos adminis-
trativos sejam públicos. O si-
gilo, na Administração Pública, 
é sempre exceção. 
A necessidade de manifes-
tação favorável, por refe-
rendo, da população é re-
cente. Foi introduzida pela 
emenda Á Lei Orgânica no 
92, de 21/09/2015. Por 
isso, fiquem atentos!! 
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II - a administração é obrigada a fornecer certidão ou có-
pia autenticada de atos, contratos e convênios adminis-
trativos a qualquer interessado, no prazo máximo de 
trinta dias, sob pena de responsabilidade de autoridade 
competente ou servidor que negar ou retardar a expedi-
ção; 
III - é garantida a gratuidade da expedição da primeira 
via da cédula de identidade pessoal; 
IV - no processo administrativo, qualquer que seja o 
objeto ou procedimento, observar-se-ão, entre outros re-
quisitos de validade, o contraditório, a ampla defesa e o 
despacho ou decisão motivados; 
V - a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
as campanhas dos órgãos e entidades da administração 
pública, ainda que não custeada diretamente pelo erário, 
obedecerá ao seguinte: 
ter caráter educativo, informativo ou de orientação so-
cial, dela não podendo constar símbolos, expressões, 
nomes ou imagens que caracterizem promoção pes-
soal de autoridades ou servidores públicos; 
ser suspensa noventa dias antes das eleições, ressal-
vadas aquelas essenciais ao interesse público. 
VI ± a todos são assegurados a razoável duração do pro-
cesso administrativo e os meios que garantam a celeri-
dade de sua tramitação. 
§ 1º Os Poderes do Distrito Federal, com base no plano 
anual de publicidade, ficam obrigados a publicar, nos 
seus órgãos oficiais, quadros demonstrativos de despesas 
realizadas com publicidade e propaganda, conforme 
dispuser a lei. 
§ 2º Os Poderes do Distrito Federal mandarão publicar, 
trimestralmente, no Diário Oficial demonstrativo das 
despesas realizadas com propaganda e publicidade 
de todos os seus órgãos, inclusive os da administração 
indireta, empresas públicas, sociedades de economia 
mista e fundações mantidas pelo Poder Público, com a 
discriminação do beneficiário, valor e finalidade, conforme 
dispuser a lei. 
 
 
Inicialmente, o art. 22 conti-
nha apenas os §§ 1º e 2º, o 
que obrigava a publicação tri-
mestral das despesas com 
publicidade. Com a inclusão 
do §3º, quadro com todas as 
despesas realizadas (inclu-
sive as com publicidade) deve 
ser publicado mensalmente. 
Todavia, para a prova, guar-
dem que: 
Despesas com publicidade e 
propaganda: publicações tri-
mestrais 
Todas as despesas: publica-
ções mensais. 
Artigo recentemente inclu-
ído, mas que não trouxe 
nenhuma inovação, visto 
que a razoável duração do 
processo é um direito as-
segurado há tempos. 
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§ 3º Os Poderes do Distrito Federal mandarão publicar, 
mensalmente, nos respectivos sítios oficiais na internet, 
demonstrativo de todas as despesas realizadas por 
todos os seus órgãos, de forma clara e compreensível 
ao cidadão, inclusive os da administração indireta, em-
presas públicas, sociedades de economia mista e funda-
ções mantidas pelo Poder Público, com a discriminação do 
beneficiário, do valor e da finalidade, conforme dispuser 
a lei. 
§ 4º A lei deve disciplinar as formas de participação do 
usuário na administração pública direta e indireta, regu-
lando especialmente: 
I ± as reclamações relativas à prestação dos serviços pú-
blicos em geral, assegurada a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica externa e 
interna da qualidade dos serviços; 
II ± o acesso dos usuários a registros administrativos e 
informações sobre atos de governo, observado o disposto 
no art. 5º, X e XXXIII, da Constituição Federal; 
III ± a representação contra o exercício negligente ou 
abusivo de cargo, emprego ou função na administração 
pública. 
Art. 23. A administração pública é obrigada a: 
I - atender a requisições judiciais nos prazos fixados pela 
autoridade judiciária; 
II - fornecer a qualquer cidadão, no prazo máximo de 
dez dias úteis, independentemente de pagamento de ta-
xas ou emolumentos, certidão de atos, contratos, deci-
sões ou pareceres, para defesa de seus direitos e es-
clarecimento de situações de interesse pessoal ou 
coletivo. 
Parágrafo único. A autoridade ou servidor que negar ou 
retardar o disposto neste artigo incorrerá em pena de res-
ponsabilidade, excetuados os casos de comprovada im-
possibilidade. 
Art. 24. A direção superior das empresas públicas, au-
tarquias, fundações e sociedades de economia mista terá 
representantes dos servidores, escolhidos do qua-
dro funcional, para exercer funções definidas, na forma 
da lei. 
 
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 A maioria dos dispositivos retro transcritos é bastante 
simples. Caso esses assuntos sejam cobrados na nossa prova, o que 
pode complicar um pouco são as questões relacionadas aos prazos. Por 
isso, vamos fazer um quadro paraque vocês estejam preparados: 
 
Ação Prazo/periodicidade 
Publicação referente às despesas com 
publicidade e propaganda. 
 
trimestral 
Publicação referente a todas as despesas. 
 mensal 
Fornecimento de certidão ou cópia autenti-
cada de atos, contratos e convênios admi-
nistrativos. 
 
máximo 30 dias 
Fornecimento de certidão de atos, contra-
tos, decisões ou pareceres, para defesa de 
seus direitos e esclarecimento de situ-
ações de interesse pessoal ou coletivo. 
 
máximo 10 dias úteis 
Suspensão da publicidade dos atos, progra-
mas, obras, serviços e as campanhas dos 
órgãos e entidades da administração pú-
blica. 
 
90 dias antes das eleições 
 
Ingresso na Administração Pública 
Logo no art. 19, I, a LODF determina aqueles que podem 
ingressar no serviço público, senão vejamos: 
Art. 19 (...) 
I ± os cargos, os empregos e as funções públicas são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos es-
tabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na 
forma da legislação; 
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Essa nova regra, insculpida a partir de 12/08/2014, é 
exatamente igual àquela prevista no art. 37 da Constituição Federal, 
conforme excerto a seguir: 
Art. 37 (...) 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis 
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos 
em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
Notem que lei disporá sobre a possibilidade de ingresso 
de estrangeiros na Administração Pública. Todavia, o que importa 
mesmo é que vocês saibam que essa norma também vale para o DF, ou 
seja, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis tanto aos 
brasileiros quanto aos estrangeiros, ressalvadas as exceções de cargos 
privativos a brasileiros natos. 
 
Os cargos, empregos e funções públicas são acessí-
veis aos brasileiros e também aos estrangeiros, 
exceto os cargos privativos de brasileiros na-
tos (Presidente e Vice-Presidente da Repú-
blica, Presidente da CD, Presidente do SF, Mi-
nistro do STF, carreira diplomática, Oficial das 
Forças Armadas e Ministro de Estado de De-
fesa). 
Para a prova de LODF vocês não precisam saber quais os 
cargos privativos de brasileiros natos, visto que isso costuma ser co-
brado em provas de Direito Constitucional. 
Percebam que não há restrições legais nem mesmo à elei-
ção de Governador ou Deputado naturalizado. 
E como se dá a investidura nesses cargos e empregos pú-
blicos? Aqui não temos maiores novidades: 
¾ Se cargo efetivo ou emprego público, a investidura 
se dará mediante prévia aprovação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos; 
¾ Se cargos em comissão, mediante livre nomeação 
da autoridade responsável. 
Os concursos públicos terão vali-
dade de até 2 anos, prorrogável 
uma vez por igual período. Na vali-
dade do certame, os aprovados se-
rão convocados com prioridade so-
bre os novos concursandos. 
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Pessoal, informação importante: A LODF previa, no inciso 
VI, do art. 19, vedação a estipulação de limite máximo de idade para 
ingresso, por concurso público, na administração direta, indireta ou fun-
dacional. ESSE INCISO FOI DECLARADO INCONSTITUCIONAL 
PELO STF! E, posteriormente, revogado pelo próprio legislador. 
Assim, o que vale é que é possível a estipulação de limite má-
ximo para ingresso em cargo público, desde que a limitação seja 
devidamente justificada. 
Para encerrar o assunto concurso público, basta que vo-
cês saibam sobre a necessidade de reserva de vagas aos candidatos 
com necessidades especiais. Embora a LODF não estabeleça o percen-
tual a ser reservado, lei distrital determinou que 20% das vagas sejam 
destinadas aos PNEs. Em que pese às inúmeras discussões sobre o as-
sunto, os PNEs são os únicos que têm direito à reserva de vagas, ao 
menos por enquanto... 
Agora que já falamos sobre concurso público, tenho três 
informações importantes para vocês relacionadas aos cargos comissio-
nados e às funções de confiança. Mas antes disso, devemos diferenciar 
os dois institutos para que vocês entendam melhor as informações re-
levantes para a prova. 
 
 Cargo em Comissão Função de Confiança 
Finalidade 
Direção, Chefia e Assesso-
ramento 
Direção, Chefia e Assesso-
ramento 
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Quem ocupa 
Qualquer cidadão, ressal-
vadas as condições e per-
centuais estabelecidos em 
lei 
Apenas servidores de 
carreira (aqueles aprova-
dos em concurso público, 
independente do órgão ou 
esfera) 
Competência 
É atribuído um posto (lu-
gar) nos quadros da Ad-
ministração Pública ao seu 
ocupante 
São conferidas apenas atri-
buições e responsabili-
dades ao detentor da fun-
ção de confiança. 
Forma de no-
meação/ 
exoneração 
Livre nomeação e exone-
ração 
Livre nomeação e exonera-
ção, apenas entre aqueles 
que já são servidores*. 
 
* A nomeação e exoneração a que nos referimos é restrita à função de confiança, não 
se confundindo com o cargo efetivo ocupado pelo servidor. 
 
Em linhas gerais, a principal diferença entre o cargo de 
confiança e a funções comissionadas está na necessidade ou não de 
vínculo anterior com a Administração Pública: enquanto os cargos co-
missionados são acessíveis a qualquer cidadão que cumpra os requisitos 
legais, as funções de confiança são destinadas apenas àqueles que são 
servidores de carreira. 
Dito isso, vamos aos pontos relevantes da LODF sobre o 
tema: 
Grande parte das mazelas do serviço público pode ser 
atribuída aos cargos comissionados. Criados para servir como ferra-
menta de especialização do serviço público, por meio da qual pessoal 
altamente qualificado e especializado poderia ingressar na administra-
ção pública para ajudar a melhorar os serviços prestados à população, 
os cargos comissionados têm sido utilizados como cabides de empregos, 
por meio do qual as autoridades nomeadoras empregam seus apadri-
nhados que em nada contribuem com o serviço público. 
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A fim de minimizar a possibilidade de nomeações de pes-
soal não qualificado, incapaz de contribuir com a Administração Pública, 
a LODF possui dispositivo que restringe a liberdade das autoridades e 
busca moralizar a ocupação dos cargos comissionados no serviço pú-
blico. 
Art. 19 (..) 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e pelo menos 
cinqüenta por cento dos cargos em comissão, a se-
rem preenchidos por servidores de carreira nos ca-
sos e condições previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
Vejam que, segundo o dispositivo da LODF, além de todas 
as funções de confiança, 50% dos cargosem comissão também devem 
ser ocupados por servidores de carreira. Isso resolve o problema? Não... 
mas com certeza minimiza a possibilidade de que ocorram nomeações 
de pessoas que não possuem a menor condição de ingressar na Admi-
nistração Pública. 
Esse dispositivo da LODF, a meu ver, é bastante interes-
sante e busca, na medida do possível, moralizar a complexa questão 
das nomeações para cargos comissionados. Ocorre que os próprios re-
presentantes do povo tentaram esvaziar a regra imposta pela LODF, 
pelo menos no que diz respeito a eles. Vejam o que diz o parágrafo 
acrescido pela Emenda à LODF nº 50/2007: 
Art. 19 (...) 
§ 6º Do percentual definido no inciso V deste artigo ex-
cluem-se os cargos em comissão dos gabinetes par-
lamentares e lideranças partidárias da Câmara Le-
gislativa do Distrito Federal. 
Citei essa emenda apenas para vocês terem ciência de 
sua existência, mas não acredito que isso vá ser abordado em prova. O 
importante mesmo é que vocês saibam que a LODF determina que 50% 
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dos cargos comissionados do DF sejam ocupados por servidores de car-
reira. 
O segundo ponto interessante para a prova diz respeito 
àquilo que é considerada a ficha limpa do serviço público. Na esteira da 
lei da ficha limpa, os deputados distritais emendaram a LODF no sentido 
de proibir a nomeação/designação para cargos comissionados e funções 
de confiança daqueles que tenham praticado ato tipificado como causa 
de inexigibilidade. Desta forma, se determinada pessoa foi considerada 
inelegível pela justiça eleitoral, ela também não poderá ocupar cargos 
comissionados ou funções de confiança na Administração Distrital. 
Art. 19 (...) 
§ 8° É proibida a designação para função de confiança 
ou a nomeação para emprego ou cargo em comissão, 
incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha 
praticado ato tipificado como causa de inelegibili-
dade prevista na legislação eleitoral. 
Para finalizar o assunto, um tema extremamente recente 
e controverso relacionado ao nepotismo. No final de 2013, a LODF foi 
emendada no sentido de acrescentar parágrafo reproduzindo o enunci-
ado da Súmula Vinculante nº 13 ± STF, a qual veda o nepotismo (LODF, 
art. 19, § 9). Até aí, tudo bem. Ocorre que também foi acrescentado 
um parágrafo que relativiza essa proibição para, em certos casos, per-
mitir a nomeação de parentes (LODF, art. 19, § 10). Vejamos o disposto 
nos parágrafos mencionados: 
Art. 19 (...) 
§ 9º Fica vedada a nomeação de cônjuge, compa-
nheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afini-
dade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade no-
meante ou de servidor da mesma pessoa jurídica in-
vestido em cargo de direção, chefia ou assessora-
mento, para o exercício de cargo em comissão ou de 
confiança ou, ainda, de função gratificada, na admi-
nistração pública direta e indireta em qualquer dos 
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Poderes do Distrito Federal, compreendido na vedação 
o ajuste mediante designações recíprocas. 
§ 10. A vedação de que trata o § 9º não se aplica aos 
ocupantes de cargo efetivo da carreira em cuja estrutura 
esteja o cargo em comissão ou a função gratificada ocu-
pada. 
§ 11. A apuração do percentual de que trata o inciso V é 
feita em relação ao somatório dos cargos em comissão 
providos na administração direta, autárquica e fundacio-
nal de cada Poder. 
§ 12. A lei deve dispor sobre os requisitos e as restrições 
ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta 
e indireta que possibilite o acesso a informações privilegi-
adas. 
§ 13. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira 
dos órgãos e entidades da administração pública pode ser 
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus ad-
ministradores e o Poder Público, que tenha por objeto a 
fixação de metas de desempenho para o órgão ou a enti-
dade, cabendo à lei dispor sobre: 
I ± prazo de duração do contrato; 
II ± controles e critérios de avaliação de desempenho, di-
reitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; 
III ± remuneração do pessoal. 
§ 14. É vedada a percepção simultânea de proventos de 
aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 
142 da Constituição Federal com a remuneração ou sub-
sídio de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os 
cargos acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, os car-
gos eletivos e os cargos em comissão declarados, em lei, 
de livre nomeação e exoneração. 
 
Vamos exemplificar para que vocês entendam melhor o 
disposto no §10. Suponhamos que o servidor X ocupa um cargo de di-
reção na Secretaria de Estado de Saúde. Pela Súmula Vinculante nº 13 
(e pelo art. 19, § 9º, da LODF), nenhum parente seu poderia ser nome-
ado/designado para um cargo em comissão ou função de confiança na 
mesma Secretaria. 
Ocorre que, de acordo com o §10, do art. 19, da LODF, 
caso o filho do servidor X tenha passado em um concurso público para 
Nepostismo cruzado, quando 
uma autoridade nomeia pa-
rentes de outra, e vice-versa. 
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a Secretaria de Saúde e seja servidor efetivo do órgão, aí ele poderia 
exercer um cargo em comissão ou uma função de confiança. Entende-
ram? 
Não vamos entrar no mérito sobre a constitucionalidade 
ou razoabilidade do dispositivo. O que importa é que ele existe e está 
em vigor, o que torna possível que ele esteja em um dos itens da nossa 
prova. 
 
Cargo em comissão/função de confiança 
- Todas as funções de confiança e 50% dos cargos em comissão 
devem ser ocupados por servidores de carreira. 
- Ficha limpa: aqueles que forem declarados inelegíveis pela justiça 
eleitoral também não poderão ocupar cargos em comissão ou 
funções de confiança 
- Nepostismo: é vedada a nomeação de parentes daqueles que ocu-
pam cargos de chefia, direção e assessoramento no mesmo órgão, 
salvo quando o parente ocupar cargo efetivo da estrutura do 
órgão. 
 
 
Servidores Públicos 
Agora que já vimos as formas de ingresso na Administra-
ção Pública Distrital e suas peculiaridades, vamos ver algumas das re-
gras que influenciam na vida dos servidores públicos. 
O primeiro comentário importante, mas que a maioria de 
vocês já conhece, diz respeito à possibilidade de acumulação de cargos 
públicos. O tema também foi objeto de recente atualização da LODF, 
que agora está em consonância com a legislação federal no sentido de 
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permitir a acumulação de cargos, sempre observada a compatibilidade 
de horários, nas seguintes hipóteses: 
¾ Dois cargos de professor; 
¾ Um cargo de professor e um cargo técnico/cientí-
fico; 
¾ Dois cargos/empregos privativos de profissionais de 
saúde; 
¾ Um cargo efetivo com um cargo de vereador. 
 
Além da hipótese de acumulação relacionadaao exercício 
de cargos privativos de profissionais de saúde, é importante que vocês 
saibam que a possibilidade de acumulação de um cargo de professor 
com um cargo técnico/científico nada tem a ver com o nível de escola-
ridade requerido pelo cargo. 4XDQGR�IDODPRV�HP�³FDUJR�WpFQLFR´��QmR�
se trata de um cargo de técnico administrativo, e sim de um cargo de 
caráter técnico, que exija conhecimentos técnicos acerca do assunto, 
como o cargo de especialista em regulação das agências reguladoras. 
Ah pessoal... e essa vedação à acumulação de cargos (e 
suas exceções) não se aplica apenas aos cargos da Administração Direta 
não, viu! Também estão sujeitos a essas regras os cargos das autar-
quias e das fundações, bem como as vagas de empregos nas empresas 
públicas e sociedades de economia mista mantidas pelo Poder Público. 
O DF adotou como limitação para a remuneração de seus 
servidores de todos os Poderes o subsídio recebido pelos desembarga-
dores do TJDFT. Ressalva se faz quanto à remuneração dos deputados 
distritais que constitucionalmente foi fixada em 75% da remuneração 
dos deputados federais. Assim, o teto remuneratório do funcionalismo 
público distrital adota os seguintes parâmetros: 
 
 
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Teto Remuneratório 
Servidores públicos dos Po-
deres Executivo e Legislativo 
Subsídio dos desem-
bargadores do TJDFT 
Deputados Distritais: 
75% do subsídio dos 
deputados federais 
 
Ainda no que diz respeito à remuneração, a LODF, assim 
como a Constituição Federal, prevê que os vencimentos dos servido-
res do Poder Legislativo na poderão ser superiores aos venci-
mentos dos servidores do Poder Executivo��³Mas Marcelo...´� Pois 
é, pessoal... Esse é um dispositivo que não é respeitado em nenhuma 
esfera federativa, mas existe e pode ser cobrado em provas. 
Infelizmente, sabemos que alguns ainda fazem uso dos 
cargos ocupados na Administração Pública para auferir algum tipo de 
vantagem particular. No intuito de inibir tal conduta, a LODF prevê dis-
positivo que obriga todos os agentes públicos a declararem seus 
bens na posse, exoneração ou aposentadoria. Dessa forma, os ór-
gãos e entidades da Administração Pública conseguem avaliar a compa-
tibilidade da evolução patrimonial dos seus servidores com a remune-
ração por eles percebida e com as demais atividades declaradas. 
Ocorre que, em função da importância que alguns cargos 
da Administração Pública possuem, seus ocupantes devem apresentar 
a declaração PÚBLICA de bens anualmente. São eles: 
¾ Governador; 
¾ Vice-Governador; 
¾ Secretários de Governo; 
¾ Diretores de Empresas Públicas, Sociedades de 
Economia Mista, Autarquias e Fundações; 
¾ Administradores Regionais; 
¾ Procurador-Geral do Distrito Federal 
¾ Conselheiros do TCDF; 
As verbas indeni-
zatórias (alimen-
tação, transporte, 
diárias, etc.) não 
são consideradas 
para fins de cál-
culo do teto remu-
neratório. 
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¾ Deputados Distritais; 
¾ Defensor Público-Geral do DF 
 
Entre os demais dispositivos sobre os servidores públicos 
civis, chamo atenção para três aspectos: 
¾ Ainda existe licença-prêmio (período de três meses de 
afastamento com percepção dos proventos) no serviço 
público distrital. O servidor fará jus a essa licença após 
5 anos de efetivo exercício, sendo possível a sua conta-
gem em dobro para fins de aposentadoria. 
¾ Também foram mantidos os adicionais por tempo de 
serviço (os famosos anuênios), que correspondem a 
um adicional de 1% (um por cento), incidente sobre o 
vencimento básico do cargo por ano de serviço público 
efetivo. 
¾ A estabilidade é adquirida após três anos de efetivo 
exercício no serviço público, condicionada à aprovação 
no estágio probatório no cargo. 
 
Serviços Públicos 
A seção da LODF que trata sobre os serviços públicos 
pouco dispõe sobre os serviços prestados à população, direta ou indire-
tamente, pelo governo. Vejamos o disposto na LODF: 
Art. 25. Os serviços públicos constituem dever do 
Distrito Federal e serão prestados, sem distinção de 
qualquer natureza, em conformidade com o estabelecido 
na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e nas leis e 
regulamentos que organizem sua prestação. 
Art. 26. Observada a legislação federal, as obras, com-
pras, alienações e serviços da administração serão 
contratados mediante processo de licitação pública, nos 
termos da lei. 
Art. 27. Os atos de improbidade administrativa im-
portarão suspensão dos direitos políticos, perda da função 
pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao 
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem preju-
ízo da ação penal cabível. 
C-A-S-O 
Compras; 
Alienações; 
Serviços; 
Obras. 
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Art. 28. É vedada a contratação de obras e serviços pú-
blicos sem prévia aprovação do respectivo projeto, sob 
pena de nulidade do ato de contratação. 
Art. 29. A lei garantirá, em igualdade de condições, trata-
mento preferencial à empresa brasileira de capital nacio-
nal, na aquisição de bens e serviços pela administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas ou man-
tidas pelo poder público. 
Art. 30. Lei disporá sobre participação popular na 
fiscalização da prestação dos serviços públicos do 
Distrito Federal. 
 
Os art. 25 a 30 são bem sucintos no que diz respeito aos 
serviços públicos, asseverando apenas que é dever do DF prestar, 
sem distinção de qualquer natureza, os serviços públicos de sua 
responsabilidade e que lei disporá sobre participação popular na 
fiscalização da prestação dos serviços públicos do Distrito Fede-
ral. Isso significa que todo e qualquer serviço público de competência 
distrital deverá ser provido pelo DF, seja diretamente ou por meio de 
delegação. Como destinatária dos serviços públicos, a população parti-
cipará de seu processo de fiscalização, nos termos em que a lei dispuser. 
Também é importante notar que o princípio da licitação 
foi consagrado na LODF, uma vez que seu texto exige, expressamente, 
a realização de licitação para as compras, alienações, serviços e obras 
da Administração Pública (C-A-S-O). 
Por fim, faço breves observações quanto aos arts. 28 e 
29. 
O art. 28 veda a contratação de obras e serviços públi-
cos sem a aprovação do referido projeto, sob pena de nulidade da con-
tratação. Notem que a LODF é mais branda que a Lei nº 8.666/93 que, 
em seu art. 7º, § 2º, condiciona a licitação de obras e serviços à exis-
ATENÇÃO 
Artigo recentemente revogado! 
Devemos ter cuidado, pois a 
banca pode colocar uma afirma-
tiva com esses mesmos termos, 
como já fez em provas anteriores. 
Se acontecer, a afirmativa estará 
falsa! 
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tência de projeto básicoaprovado. Ora, se não é possível proceder se-
quer à licitação de determinado objeto sem a aprovação de projeto bá-
sico, quem dirá a sua contratação, possível apenas após a escolha do 
fornecedor. 
Já o art. 29 foi recentemente revogado porque se encon-
trava desatualizado em relação à CF. Após as alterações que sofreu, a 
Constituição Federal não mais previa tratamento preferencial 
para empresas brasileiras de capital nacional, dispensando tal tra-
tamento para empresas de pequeno porte constituídas sob as leis bra-
sileiras e que tenham sua sede e administração no País, o que motivou 
a alteração do texto da LODF. 
 
Administração Tributária 
A LODF, embora reserve uma seção especialmente para 
a administração tributária, não se alonga no tema. Tamanha atenção, a 
ponto de merecer uma seção própria na LODF é devida ao fato de ser a 
administração tributária a responsável por lançar, fiscalizar e arreca-
dar os tributos de competência do DF e o julgamento administrativo 
dos processos fiscais, ou seja, é ela a responsável por garantir que os 
tributos vão ingressar nos cofres públicos. 
Em um estado altamente dependente da carga tributária 
de seus contribuintes, podemos dizer que a administração tributária de 
fato exerce um papel fundamental. Afinal é sua atuação que garante 
que a entrada de recursos nos cofres públicos para que os projetos de 
governo sejam realizados. 
Esse não é um assunto muito cobrado em provas, mas, 
por segurança, vamos dar uma olhada nos dois parágrafos do art. 31: 
 
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Art. 31 (...) 
§ 1º O julgamento de processos fiscais em segunda ins-
tância será de competência de órgão colegiado, inte-
grado por servidores da carreira de auditoria tributária e 
representantes dos contribuintes. 
§ 2º Excetuam-se da competência privativa referida 
no caput o lançamento, a fiscalização e a arrecadação 
das taxas que tenham como fato gerador o exercício do 
poder de polícia, bem como o julgamento de processos 
administrativos decorrentes dessas funções, na forma da 
Lei. 
§ 3º A administração tributária, atividade essencial ao 
funcionamento do Distrito Federal, exercida por servido-
res da carreira auditoria tributária, tem recursos priori-
tários para a realização de suas atividades e atua de 
forma integrada com as administrações tributárias 
da União, estados e municípios, inclusive com o 
compartilhamento de cadastros e de informações 
fiscais, na forma da lei ou de convênio. 
 
 
Bens do DF 
Bens públicos sãos os bens que pertencem às pessoas ju-
rídicas de direito público (Entes da federação, suas autarquias e suas 
fundações de direito público). No DF, os bens públicos serão destinados, 
prioritariamente, ao uso público, respeitadas as normas de proteção 
ao meio ambiente, ao patrimônio histórico, cultural, arquitetônico e pai-
sagístico, e garantido o interesse social. 
Quem administra os bens distritais é o Poder Executivo, 
salvo no caso daqueles bens utilizados nos serviços da CLDF e sob sua 
guarda. Ou seja, cabe ao Poder Executivo gerir e administrar os bens 
públicos distritais, exceto aqueles que a CLDF esteja utilizando para 
cumprir com suas competências e que estejam sob sua guarda. 
Multas (Detran, fiscalização 
sanitária e ambiental) e ta-
xas para concessão de alva-
rás e licenças (carteira de 
motorista, alvará de funcio-
namento de estabelecimen-
tos comerciais, etc.) 
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Mas para entendermos melhor os dispositivos da LODF, 
acho interessante fazermos uma breve revisão sobre dois critérios de 
classificação de bens públicos. Quanto à sua destinação, os bens pú-
blicos podem ser: 
¾ Bens de uso comum: são os bens destinados ao 
uso geral da população, independente de autoriza-
ção individualizada do poder público, e em igual-
dade de condições. Em regra, sua utilização é gra-
tuita, mas pode ser cobrada contraprestação para 
seu uso. Exemplos de bens de uso comum são os 
mares, as praças, as estradas. 
¾ Bens de uso especial: são aqueles que se desti-
nam à prestação de algum serviço público ou admi-
nistrativo. São os bens utilizados pela Administra-
ção para o desempenho de suas atividades, sejam 
aquelas referentes ao seu funcionamento, sejam as 
voltadas ao atendimento das necessidades da po-
pulação. Exemplos de bens de uso especial são as 
escolas públicas, o edifício onde se situam os órgãos 
da administração, os carros oficiais, hospitais públi-
cos, os computadores de uma autarquia, etc. 
¾ Bens dominicais: bens que integram o patrimônio 
das pessoas jurídicas de direito público, sem, con-
tudo, ter uma destinação pública definida. Não são 
destinados ao uso geral da população (bens de uso 
comum), tampouco estão vinculados a uma ativi-
dade da Administração (bens de uso especial). 
Exemplos de bens dominicais são os apartamentos 
alugados de uma universidade, os prédios públicos 
desativados, etc. 
 
Já no que diz respeito a sua disponibilidade, os bens 
públicos podem ser: 
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¾ Bens indisponíveis por natureza: são os bens 
que, por sua natureza não patrimonial, não podem 
ser alienados (não podem ter seu domínio transfe-
rido) ou onerados (não podem ser dados em garan-
tia). Em linhas gerais, os bens de uso comum, prin-
cipalmente aqueles naturais, são bens indisponíveis 
por natureza. Exemplo: mares, rios, etc. 
¾ Bens patrimoniais indisponíveis: esses bens, 
embora possuam natureza patrimonial, não podem 
ser alienados ou onerados por estarem vinculados 
a um determinado fim público. Exemplos de bens 
patrimoniais indisponíveis são os bens de uso espe-
cial (prédios utilizados pela Administração, veículos 
oficiais, escolas) e os bens de uso comum em que 
houve a atuação humana (praças, estacionamentos 
rotativos criados pelo Estado em vias públicas). 
¾ Bens patrimoniais disponíveis: bens que pos-
suem natureza patrimonial e que, por não estarem 
ligados a uma atuação estatal específica, pode ser 
alienados, desde que observadas as normas vigen-
tes. São disponíveis os bens dominicais. 
 
Para finalizar a revisão, temos que ter em mente que bens 
disponíveis podem se tornar indisponíveis e vice-versa, bastando para 
isso que eles passem por processos chamados de afetação ou desafe-
tação. Afetar um bem significar conferir a ele uma destinação pública, 
enquanto desafetar um bem significa retirar dele sua destinação pú-
blica, de forma a transformá-lo em um bem dominical. 
 
 
 
 
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Bem disponível Bem indisponível 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relembrados esses conceitos, vocês verão que a LODF 
não traz nenhuma grande novidade acerca dos bens distritais. 
Além dos que já lhe pertencem, dos que ele venha aadquirir e dos que alguém lhe atribua, a LODF determina serem dis-
tritais os seguintes bens: 
 
BENS DO DF 
¾ as águas superficiais ou subterrâneas, flu-
entes, emergentes e em depósito, ressal-
vadas, neste caso, na forma da lei, as de-
correntes de obras da União; 
¾ a rede viária do Distrito Federal, sua infra-
estrutura e bens acessórios. 
Nem só a Administração Pública fará uso desses bens. 
Sempre que achar necessário, o Poder Público poderá permitir a explo-
ração de bens públicos por particulares, mediante concessão, permis-
são ou autorização (a diferença dessas três modalidades de delegação 
será estudada em Direito Administrativo), desde que verificada a exis-
tência de interesse público na medida nas formas que a lei definir. 
 desafetação 
afetação 
IMPORTANTE! 
A desafetação no DF dependerá de lei específica, a qual só será admitida 
em caso de comprovado interesse público, após ampla audiência à popula-
ção interessada. 
DESAFETAÇÃO = LEI ESPECÍFICA + INTERESSE PÚBLICO (COMPROVADO 
POR AUDIÊNCIA PÚBLICA) 
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Para que se tenha um controle do patrimônio do DF, todos 
os seus bens serão cadastrados com uma identificação própria. No caso 
daqueles que estejam sob exploração da iniciativa privada, o Governa-
dor, anualmente, encaminhará à CLDF relatório do qual conste a iden-
tificação dos bens do Distrito Federal objeto de concessão ou permissão 
de uso no exercício, assim como sua destinação e beneficiário. 
O DF também poderá dispor dos bens dominicais que 
entender não ter mais utilidade, ou seja, dos bens inservíveis. Nesse 
caso, os bens serão alienados, por meio de licitação, ou doados, sendo 
esta permitida em apenas restritos casos previstos em lei. No caso dos 
bens imóveis, ainda será necessária prévia avaliação, a autorização 
legislativa - vinculada a comprovação da existência de interesse 
público ± e a observância das normas previstas na lei 8.666/93. 
 
compra ou 
permuta e 
alienação de 
bens imó-
veis 
= 
Avaliação 
prévia 
(R$) 
+ Interesse Público + 
Autorização 
Legislativa + 
Lei nº 
8.666/93 
 
Já os bens dominicais do DF que não forem alienados, 
serão utilizados na política de ocupação ordenada do território, con-
forme dispõe o § 3º do art. 51 da LODF: 
 
Art. 51. (...) 
§ 3º O Distrito Federal utilizará seus bens dominiais como 
instrumento para a realização de políticas de ocupação 
ordenada o território. 
 
 
 
 
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DISPOSIÇÕES GERAIS DA ORGANIZAÇÃO DOS 
PODERES 
 
As disposições gerais da organização dos Poderes do DF 
limitam-se a um artigo e dois parágrafos. Embora seja pequena a 
disciplina dada pela LODF sobre o assunto, o conteúdo desses 
dispositivos é de grande importância. Vejamos o que eles dispõem: 
 
Art. 53. São Poderes do Distrito Federal, independentes e 
harmônicos entre si, o Executivo e o Legislativo. 
§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os Pode-
res. 
§ 2º O cidadão, investido na função de um dos Poderes, 
não poderá exercer a de outro, salvo as exceções previs-
tas nesta Lei Orgânica. 
1RWHP�TXH�D�/2')�IDOD�TXH�³6mR�3RGHUHV���´��1D�YHUGDGH��
o Poder é uno, indivisível, não havendo que se falar de mais de um 
Poder. 
O que existe de fato é uma divisão das funções estatais 
(legislar, julgar e administrar). Essas funções são divididas entre os 
órgãos das unidades da federação (aqui chamado de Poderes). E por 
que essa divisão? Porque na época do Absolutismo, quando todas as 
funções estatais estavam centralizadas em um único órgão (no caso, o 
rei), a população sofria com diversos excessos, uma vez que não havia 
controle sobre as normas editadas, tampouco sobre a forma de 
aplicação, sendo possível ao monarca fazer, literalmente, qualquer 
coisa. 
A partir dessa situação, surgiu a teoria da tripartição dos 
Poderes (das funções estatais, mais precisamente), de forma que as 
atribuições de legislar, julgar e administrar ficassem distribuídas entre 
diferentes órgãos independentes e harmônicos entre si. Dessa forma, 
Notem que não há Judiciá-
rio Distrital. Lembram da 
³DXWRQRPLD� SDUFLDOPHQWH� WX�
WHODGD�SHOD�8QLmR´"�$�H[SOLFD�
ção será finalmente vista com 
detalhes na próxima aula. 
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não haveria mais abusos por parte de quem está no comando, pois cada 
um dos Poderes (ou órgãos competentes por uma das funções típicas 
de Estado) fiscalizaria a atuação dos outros, o que chamamos de teoria 
dos freios e contrapesos. Mas tudo isso é assunto para o Direito 
Constitucional. 
Pessoal... como a expressão da tripartição dos Poderes já 
está consagrada, vamos utilizá-la ao longo de nossa aula. Inclusive, se 
um item falar sobre divisão dos Poderes, não se preocupem na hora de 
marcar o gabarito. Embora a questões sobre a unicidade e a 
indivisibilidade do Poder já tenham sido abordadas em prova, o 
examinador sempre deixa bem claro o que ele está querendo nesse tipo 
de questão, não sendo motivo para vocês se preocuparem. 
Para a nossa prova, é importantíssimo que vocês notem 
que os Poderes do DF são o Executivo e o Legislativo, não havendo 
a figura do Judiciário Distrital. E o TJDFT? Na próxima aula veremos 
que ele é mantido pela União, ou seja, compõe o judiciário federal. 
O § 1º também é bastante importante. Não há a 
possibilidade de delegação de atribuições entre o Executivo e o 
Legislativo Distrital. Não estamos falando aqui das funções atípicas de 
cada Poder, como visto na primeira aula, mas sim das funções típicas 
mesmo. Nem o Governador poderia delegar à CLDF o comando e a 
administração de suas Secretarias de Estado, tampouco a CLDF poderia 
delegar ao governador o poder de editar uma lei. 
 
DO PODER LEGISLATIVO 
DA CÂMARA LEGISLATIVA 
A Câmara Legislativa, composta pelos Deputados Distri-
tais (os representantes do povo), é o órgão responsável pelo exercício 
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do Poder Legislativo no âmbito Distrital. Lembram-se das funções do 
Poder Legislativo? 
¾ Funções típicas: legislar e fiscalizar 
¾ Funções atípicas: administrar (sua estrutura) 
e julgar (o Chefe do Executivo, em caso de crime de 
responsabilidade, por exemplo). 
A CLDF tem sede em Brasília, capital do Brasil. Notem que 
a LODF prevê que a sede deve ser em Brasília, não sendo correta a 
afirmação de que a sua sede deve ser no DF (afirmação que confunde 
muito candidato bem preparado!). Essa situação pode ser temporari-
amente alterada, desde que por deliberação de maioria absoluta dos 
deputados, E mediante a existência de motivo relevante e de con-
veniência pública OU em virtude de acontecimento que impossi-
bilite seu funcionamento na sede.Sede fora de Brasília 
(temporariamente) 
= 
maioria absoluta 
dos deputados 
+ 
Motivo relevante e de 
conveniência pública 
OU 
Impossibilidade do 
funcionamento na 
sede 
A regra para as deliberações é que sejam abertas ao pú-
blico, com votação ostensiva, e por maioria simples dos votos, desde 
que presente a maioria absoluta dos membros da Casa (os deputados). 
Existem casos, porém, em que a deliberação da matéria 
ocorrerá por meio de votação secreta, e outros em que será necessária 
a observância quórum qualificado. 
As questões em que deve ser observado quórum qualifi-
cado estão todas previstas na própria Lei Orgânica e, sempre que nos 
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depararmos com uma destas matérias, chamaremos atenção para isso. 
No que diz respeito à votação secreta, além daquelas em que há previ-
são expressa na LODF, vejamos o que dispõe o parágrafo único do 
art.56. 
³Parágrafo único. Quando o sigilo for imprescindível ao 
interesse público, devidamente justificado, a votação 
poderá ser realizada por escrutínio secreto, desde que 
requerida por partido político com representação na 
Câmara Legislativa e aprovada, em votação osten-
siva, pela maioria absoluta GRV�'HSXWDGRV�'LVWULWDLV�´ 
O Poder Legislativo é representado pelo seu Presidente e, 
judicialmente, pela Procuradoria Geral da Câmara Legislativa. Não há 
maiores detalhes acerca da representação a cargo do Presidente da 
CLDF, mas a Procuradoria da Câmara Legislativa é assunto que merece 
destaque, uma vez que não há previsão, na Constituição Federal, 
para órgão semelhante. A Procuradoria Geral da Câmara Legislativa, 
em cuja carreira se ingressa por meio de concurso público de provas 
e títulos, está para a CLDF assim como a PGDF está para o Poder Exe-
cutivo Distrital, a menos por uma diferença que veremos a seguir. São 
suas competências: 
³,�- representar a Câmara Legislativa judicialmente; 
II - promover a defesa da Câmara, requerendo a qualquer 
órgão, entidade ou tribunal as medidas de interesse da 
Justiça, da Administração e do Erário; 
III - promover a uniformização da jurisprudência adminis-
trativa e a compilação da legislação da Câmara Legislativa 
e do Distrito Federal; 
IV - prestar consultoria e assessoria jurídica à Mesa Dire-
tora e aos demais órgãos da estrutura administrativa; 
V - efetuar a cobrança judicial das dívidas para com a Câ-
mara Legislativa�´ 
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Na transcrição acima, fiz questão de deixar o inciso V, 
mesmo ele tendo sido revogado. É importantíssimo que vocês saibam 
que, embora toda a representação e consultoria jurídicas da CLDF sejam 
feita pela Procuradoria Geral da Câmara Legislativa, a cobrança judi-
cial da dívida do Distrito Federal, independente do Órgão ou En-
tidade, será promovida pela PROCURADORIA GERAL DO 
DISTRITO FEDERAL!!! 
 
A cobrança judicial da dívida do DF, 
inclusive aquela relativa à CLDF, será 
promovida pela PGDF. 
A Procuradoria Geral da Câmara Legisla-
tiva NÃO promove cobrança judicial de 
dívidas!! 
 
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA LEGISLATIVA 
Agora vamos às atribuições da CLDF, ou seja, as compe-
tências e atribuições que dão motivo à sua existência. Essas atribuições 
estão elencadas nos artigos 58 e 60 da LODF. 
Infelizmente, não há outro modo de estudar essa parte 
da matéria sem ler a letra da lei. Transcreverei aqui os artigos da LODF 
e farei as considerações devidas quando necessário. 
Para facilitar o entendimento, vamos esclarecer porque a 
matéria veio dividida em artigos diferentes. Lembram que falei que a 
CLDF, como órgão do Poder Legislativo Distrital, exerce funções típicas 
(legislar e fiscalizar) e atípicas (julgar e administrar)? 
A Divisão feita pelo legislador nessa seção da LODF pro-
cura seguir as diferentes funções do Poder Legislativo Distrital. No artigo 
58, temos as atribuições relacionadas à função legislativa da CLDF. Es-
sas atribuições decorrem do princípio da legalidade, segundo o qual à 
Administração Pública só é permitido agir de acordo com a lei. Desta 
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forma, toda e qualquer matéria cuja disciplina deva ser dada por lei 
deve passar pela apreciação da CLDF. Daí também decorre a neces-
sidade de sanção do governador nas matérias constantes do art. 
58 (afinal, lei necessita de sanção, como veremos adiante). 
Já as atribuições listadas no artigo 60 relacionam-se às 
atividades de fiscalização e administração da CLDF, conforme vocês per-
ceberão da leitura do referido artigo. Por isso, nas disciplinas elen-
cadas no art. 60, não é necessária a sanção do governador. Afinal, 
não faria sentido que fosse necessária a anuência do governador nas 
ações de fiscalização de seu governo, pois isso comprometeria sobre-
maneira a fiscalização que se pretende. Também não seria razoável dar 
ao governador o poder de interferir em questões internas da CLDF, 
como sua administração, o que feriria amplamente o princípio constitu-
cional de divisão dos Poderes. 
 
Não confundam ³atribuições´ com iniciativa 
para deflagrar o processo legislativo. Neste 
momento, estamos falando sobre a atribuição 
de dispor sobre a matéria! Ou seja... nem to-
das as matérias elencadas no art. 58 são 
de iniciativa da CLDF, mas devem ser 
apreciadas e aprovadas pelo seu Plenário! 
 
³$UW������&DEH�j�&kPDUD�/HJLVODWLYD��com a sanção do 
Governador, não exigida esta para o especificado no art. 
60 desta Lei Orgânica, dispor sobre todas as matérias de 
competência do Distrito Federal, especialmente sobre: 
I - matéria tributária, observado o disposto nos arts. 145, 
147, 150, 152, 155, 156 e 162 da Constituição Federal; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, or-
çamento anual, operações de crédito, dívida pública 
e empréstimos externos a qualquer título a ser con-
traídos pelo Distrito Federal; 
Lembrem-se disso: NÃO 
compete apenas à União le-
gislar sobre matéria Tribu-
tária! Prova disso é que 
cada Estado da federação 
tem alíquotas diferentes 
para os impostos de sua 
competência! 
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III - criação, transformação e extinção de cargos, 
empregos e funções públicas, fixação dos venci-
mentos ou aumento de sua remuneração; 
IV - planos e programas locais de desenvolvimento eco-
nômico social; 
V - educação, saúde, previdência, habitação, cultura, en-
sino, desporto e segurança pública; 
VI - autorização para alienação dos bens imóveis do 
Distrito Federal ou cessão de direitos reais a eles re-
lativos, bem como recebimento, pelo Distrito Federal, de 
doações com encargo, não se considerando como tais 
a simples destinação específica do bem; 
VII - criação, estruturaçãoe atribuições de Secre-
tarias do Governo do Distrito Federal e demais ór-
gãos e entidades da administração direta e indireta; 
VIII - uso do solo rural, observado o disposto 
nos arts. 184 a 191 da Constituição Federal; 
IX - planejamento e controle do uso, parcelamento, ocu-
pação do solo e mudança de destinação de áreas urbanas, 
observado o disposto nos arts. 182 e 183 da Constituição 
Federal. 
X - criação, incorporação, fusão e desmembramento 
de Regiões Administrativas; 
XI - concessão ou permissão para a exploração de 
serviços públicos, incluído o de transporte coletivo; 
XII - o servidor público, seu regime jurídico, provi-
mento de cargos, estabilidade e aposentadoria�´ 
XIII - criação, transformação, fusão e extinção de 
entidades públicas do Distrito Federal, bem como 
normas gerais sobre privatização das entidades de 
direito privado integrantes da administração indi-
reta; 
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XIV - prestação de garantia, pelo Distrito Federal, 
em operação de crédito contratada por suas autar-
quias, fundações, empresas públicas e sociedades 
de economia mista; 
XV - aquisição, administração, alienação, arrendamento e 
cessão de bens imóveis do Distrito Federal; 
XVI - transferência temporária da sede do Governo; 
XVII - proteção e integração de pessoas portadoras de 
deficiência; 
XVIII - proteção a infância, juventude e idosos; 
XIX - organização do sistema local de emprego, em con-
VRQkQFLD�FRP�R�VLVWHPD�QDFLRQDO�´ 
 
Como vocês puderam perceber, difícil é lembrar algum 
assunto sobre o qual não seja atribuição da CLDF dispor. Qualquer ma-
téria que gere encargos, crie ou aumente despesa, disponha sobre bens 
imóveis, concessões, PPA, LDO, LOA, criação ou extinção de órgãos e 
entidades da estrutura administrativa deve ser apreciada pela Câmara 
Legislativa. Tem lei no meio, compete à CLDF!! 
E o que compete privativamente à CLDF? O art. 60 traz 
um rol de atribuições do Órgão Legislativo Distrital que não precisam de 
sanção, pois estão voltadas para o seu funcionamento, e para o exercí-
cio de sua função fiscalizadora. 
³$UW������&RPSHWH��privativamente, à Câmara Legislativa 
do Distrito Federal: 
 
 
 
 
 
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I - eleger os membros da Mesa Diretora e constituir suas 
comissões; 
II - dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços 
administrativos; 
III - estabelecer e mudar temporariamente sua sede, o 
local de suas reuniões, bem como o de suas comissões 
permanentes; 
IV - zelar pela preservação de sua competência legisla-
tiva; 
V - criar, transformar ou extinguir cargos de seus servi-
ços, provê-los, e iniciar o processo legislativo para fixar 
ou modificar as respectivas remunerações ou subsídios; 
VI - sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar, configurando crime de 
responsabilidade sua reedição; 
VII - fixar o subsídio do Governador, do Vice-governador, 
dos Secretários de Estado do Distrito Federal e dos Admi-
nistradores Regionais, observados os princípios da Cons-
tituição Federal; 
VIII - fixar o subsídio dos Deputados Distritais, observa-
dos os princípios da Constituição Federal; 
IX - solicitar intervenção federal para garantir o livre exer-
cício de suas atribuições, nos termos dos arts. 34, IV e 
36, I da Constituição Federal; 
X - promover, periodicamente, a consolidação dos textos 
legislativos com a finalidade de tornar sua consulta aces-
sível aos cidadãos; 
XI - dar posse ao Governador e Vice-Governador e conhe-
cer da renúncia de qualquer deles; declarar vacância e 
promover as respectivas substituições ou sucessões, nos 
termos desta Lei Orgânica; 
XII - autorizar o Governador e o Vice-Governador a se 
ausentarem do Distrito Federal por mais de quinze 
dias; 
Principais fun-
ções adminis-
trativas 
3HUFHEDP� R� YHUER� ³VXV�
WDU´�� 1mR� Ki� DQXODomR�
nem revogação. Essas 
cabem ao próprio Poder 
Executivo! 
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XIII - proceder à tomada de contas do Governador, 
quando não apresentadas nos prazos estabelecidos; 
XIV - convocar Secretários de Governo, dirigentes e ser-
vidores da administração direta e indireta do Distrito Fe-
deral a prestar pessoalmente informações sobre assuntos 
previamente determinados, importando crime de respon-
sabilidade a ausência sem justificativa adequada ou o 
não atendimento no prazo de trinta dias, bem como 
a prestação de informações falsas, nos termos da legisla-
ção pertinente; 
XV - julgar anualmente as contas prestadas pelo 
Governador e apreciar os relatórios sobre a execu-
ção dos planos do governo; 
XVI - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, 
incluídos os da administração indireta; 
XVII - escolher quatro entre os sete membros do Tribunal 
de Contas do Distrito Federal; 
XVIII ± aprovar previamente, em votação ostensiva, 
após arguição em seção pública, a escolha dos titulares 
do cargo de conselheiros do Tribunal de Contas do 
Distrito Federal indicados pelo Governador; 
XIX - suspender, no todo ou em parte, a execução de lei 
ou ato normativo declarado ilegal ou inconstitucional 
tanto pelo Supremo Tribunal Federal quanto pelo Tribunal 
de Justiça do Distrito Federal nas suas respectivas áreas 
de competência, em sentenças transitadas em julgado; 
XX - aprovar previamente a indicação ou destituição do 
Procurador-Geral do Distrito Federal; 
XXI ± convocar o Procurador-Geral do Distrito Federal e o 
Defensor Público-Geral do Distrito Federal a prestar infor-
mações sobre assuntos previamente determinados, no 
prazo de trinta dias, sujeitando-se estes às penas da lei 
por ausência injustificada; 
 
Finalmente a LODF foi atuali-
zada no que diz respeito á es-
colha dos Conselheiros do 
TCDF. Atualmente a Lei Maior 
do DF encontra-se em conso-
nância com o STF que, por 
meio da Súmula 653, determi-
nou que nos Tribunais de Con-
tas Estaduais e Distrital, com-
pete ao Poder Legislativo a es-
colha de 4 entre os 7 mem-
bros. Os outros 3 são de esco-
lha do governador, assim divi-
didos: 
¾ 1 por livre escolha; 
¾ 1 entre os auditores; 
¾ 1 entre os membros do MP 
junto ao Tribunal. 
 
Apenas o Governador tem 
suas contas julgadas pela 
CLDF. Os demais Administra-
dores e responsáveis terão 
suas contas julgadas pelo 
TCDF 
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XXII - declarar a perda do mandato do Governador e do 
Vice-Governador; 
XXIII - autorizar, por dois terços dos seus membros, a 
instauração de processo contra o Governador, o Vice-Go-
vernador e os Secretários de Governo; 
XXIV - processar e julgar o Governador nos crimes de res-
ponsabilidade, bem como adotar as providênciasperti-
nentes, nos termos da legislação federal, quanto ao Vice-
Governador e Secretários de Governo, nos crimes da 
mesma natureza ou conexos com aqueles; 
XXV - processar e julgar o Procurador-Geral nos crimes 
de responsabilidade; 
XXVI - autorizar ou aprovar convênios, acordos ou con-
tratos de que resultem, para o Distrito Federal, encargos 
não previstos na lei orçamentária; 
XXVII ± aprovar previamente, em votação osten-
siva, após argüição pública, a escolha dos membros 
do conselho de Governo indicados pelo Governador; 
XXVIII - aprovar previamente a alienação de terras 
públicas com área superior a vinte e cinco hectares 
e, no caso de concessão de uso, com área superior 
a cinqüenta hectares; 
XXIX - apreciar e julgar, anualmente, as contas do 
Tribunal de Contas do Distrito Federal; 
XXX - receber renúncia de Deputado Distrital e declarar a 
vacância do cargo; 
XXXI - declarar a perda de mandato de Deputado Distrital, 
como prevê o art. 63, § 2º; 
XXXII - solicitar ao Governador informação sobre atos de 
sua competência; 
XXXIII - encaminhar, por intermédio da Mesa Dire-
tora, requerimento de informação aos Secretários 
de Governo, implicando crime de responsabilidade, 
nos termos da legislação pertinente, a recusa ou o 
Inciso declarado in-
constitucional e poste-
riormente revogado 
Inciso sem correspon-
dente na CRFB. No DF, 
as contas do Tribunal 
de contas serão julga-
das pela CLDF! 02214600124
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não atendimento no prazo de trinta dias, bem como 
o fornecimento de informação falsa; 
XXXIV - apreciar vetos, observado, no que couber, 
o disposto nos arts. 66 e 67 da Constituição Federal; 
XXXV - aprovar previamente a indicação de presidente de 
instituição financeiras oficiais do Distrito Federal; 
XXXVI - conceder licença para processar Deputado Distri-
tal; 
XXXVII - emendar a Lei Orgânica, promulgar leis, 
nos casos de silêncio do Governador, expedir decre-
tos legislativos e resoluções; 
XXXVIII - regulamentar as formas de participação popular 
previstas nesta Lei Orgânica; 
XXXIX - indicar membros do Conselho de Governo, nos 
termos do art. 108, V; 
XL - conceder título de cidadão benemérito ou honorário, 
nos termos do regimento interno; 
XLI - autorizar referendo e convocar plebiscito. 
§ 1º Em sua função fiscalizadora, a Câmara Legislativa 
observará, no que couber, o disposto nos arts. 70 a 75 da 
Constituição Federal. 
§ 2º No caso do inciso XI, a Mesa Diretora da Câmara 
Legislativa enviará denúncia, em cinco dias, à Comissão 
Especial composta em conformidade com o art. 68, ga-
rantida a proporcionalidade partidária; a qual emitirá pa-
recer, no prazo de quinze dias, submetendo-o imediata-
mente ao Plenário. 
§ 3º A remuneração dos Deputados Distritais obedecerá 
ao limite estabelecido pela Constituição Federal. 
§ 4º Sem prejuízo do disposto no inciso XIV do ca-
put, os Secretários de Estado e dirigentes da admi-
nistração pública direta e indireta do Distrito Fede-
ral comparecerão perante a Câmara Legislativa ou 
INCLUIDO PELA EMENDA À 
LODF Nº 62 DE 25/03/13 
Vejam que o assunto é re-
cente e pode ser tranquila-
mente cobrado em prova. 
Anteriormente, essas auto-
ridades só deveriam compa-
recer quando convocadas. 
Após a inclusão deste pará-
grafo, faz-se necessário o 
seu comparecimento inde-
pendente de convocação. 
Por mais esquisito que possa pare-
cer, acredito que temos um erro 
redacional do inciso XI, que deve-
ria considerar atribuição da CLDF 
conhecer de ³DENÚNCIA´ e não 
GH� ³UHQ~QFLD´. Digo isso por dois 
motivos: 
1 - é assim que acontece na esfera 
federal, em que a CD tem que ad-
mitir a acusação contra o chefe do 
executivo; 
2 - não há, entre as demais atri-
buições da CLDF, nada versando 
sobre a deliberação acerca das de-
núncias contra o governador. 
 
Inciso revogado em razão dos 
recentes julgados do STF, não 
sendo mais necessária a auto-
rização da CLDF para que de-
putados sejam processados. 
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suas comissões para expor assuntos de interesse de 
sua área de atribuição: 
I ± por iniciativa própria, até o término de cada ses-
são legislativa, mediante entendimento com a Mesa 
Diretora ou a presidência de Comissão; 
II ± finda a gestão à frente da pasta�´ 
 
 
DOS DEPUTADOS DISTRITAIS 
 
 Agora vamos falar um pouco sobre os nossos representan-
tes: os Deputados Distritais. A LODF limitou-se a repetir os dispositivos 
da Constituição Federal no que diz respeito aos deputados. Dessa forma, 
temos dispositivos sobre as imunidades, sobre as vedações e sobre as 
hipóteses de perda de mandato. 
 &RP�R�FDVR�GR�³PHQVDOmR´�H�DV�GHPDLV�FRQGHQDo}HV�GH�GH�
putados, o assunto tem estado bastante presente no noticiário. Câmara 
dos Deputados e STF ainda não se entenderam acerca da matéria, mo-
tivo pelo qual eu acho que dificilmente uma questão sobre perda de 
mandato seja abordada na prova. Se a questão for definida até a data 
da prova, destinaremos um trecho de alguma aula para debatermos a 
questão mais a fundo. 
 Para evitar que percamos tempo com um assunto que pro-
vavelmente não estará na nossa prova, e considerando que a matéria 
será devidamente estudada no programa de Direito Constitucional, vou 
optar por não me alongar no assunto, limitando-me a abordar o tema 
na explicação dos exercícios resolvidos ao fim da aula. 
 É claro que, caso achem necessários maiores esclarecimen-
tos, podemos debater a matéria no nosso fórum! 
 
 
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DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA LEGISLATIVA 
 
Agora que já sabemos o que a CLDF faz, vamos começar a 
entender quando e como ela atua nas matérias que vimos anterior-
mente. Muitos de vocês devem ter conhecimento das datas de início e 
fim das sessões legislativas federais, mas o Poder Legislativo Distrital 
segue um calendário um pouco diferente. Antes de detalharmos esse 
calendário, vamos relembrar rapidamente a diferença entre legislatura, 
sessão legislativa e período legislativo: 
¾ Legislatura é o período de quatro anos, cuja duração coin-
cide com a dos mandatos dos deputados. 
¾ Sessão Legislativa é o período de atividade normal do Po-
der Legislativo a cada ano. Cada quatro sessões legislativas, 
a contar do ano seguinte ao das eleições parlamentares, 
compõem uma legislatura. 
¾ Período Legislativo é o tempo de atividades do Poder Le-
gislativo dentro de um semestre. Cada dois períodos legis-
lativos, a contar do início do ano, compreendem uma sessão 
legislativa. 
Relembrados esses conceitos, vamos ao que dispõe a LODF: 
³Art. 65. A Câmara Legislativa reunir-se-á, anualmente, 
em sua sede, de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de 
agosto a 15 de dezembro. 
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão trans-
feridas para o primeiro dia útil subsequente, quando re-
caírem em sábados, domingos ou feriados. 
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a 
aprovação do projetode lei de diretrizes orçamentárias, 
nem encerrada sem a aprovação do projeto de lei do or-
çamento�´ 
 
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Vejamos que a importância do conhecimento dessas datas 
reside no disposto no § 2º. A sessão legislativa só será interrompida, 
ou seja, os parlamentares só terão direito ao recesso de meio de ano, 
após a aprovação do projeto de LDO do ano seguinte. 
O mesmo acontece no fim do ano. A sessão legislativa só 
poderá ser encerrada após a aprovação do projeto da LOA para o ano 
subsequente. 
Então, a regra é a seguinte: 
 Sessão Legislativa 
 1º Período 2º Período 
Câmara Legislativa 1º/02 a 30/06 1º/08 a 15/12 
Congresso Nacional 02/02 a 17/07 1º/08 a 22/12 
 
O mesmo rito se repete ao longo dos 4 anos dos mandatos 
dos deputados. Mas no início da primeira e da terceira sessões legisla-
tivas, temos uma excepcionalidade: será realizada uma reunião no dia 
1º de janeiro para a posse dos deputados eleitos (1º ano da legisla-
tura) e para a eleição e posse dos membros da Mesa Diretora (1º e 3º 
anos da legislatura). 
E se alguma situação exigir a atuação dos deputados du-
rante os períodos de recesso (bem generosos, por sinal) da CLDF? Aí, 
PHXV�DPLJRV��VHUi�IHLWD�D�FKDPDGD�³convocação extraordinária´� 
Art. 67. A convocação extraordinária da Câmara Legisla-
tiva far-se-á: 
I - pelo Presidente, nos casos de: 
a) decretação de estado de sítio ou estado de defesa que 
atinja o território do Distrito Federal; 
b) intervenção no Distrito Federal; 
c) recebimento dos autos de prisão de Deputado Distrital, 
na hipótese de flagrante de crime inafiançável; 
d) posse do Governador e Vice-Governador; 
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II - pela Mesa Diretora ou a requerimento de um 
terço dos Deputados que compõem a Câmara Legis-
lativa, para apreciação de ato do Governador do Distrito 
Federal que importe crime de responsabilidade; 
III - pelo Governador do Distrito Federal, pelo Presidente 
da Câmara Legislativa ou a requerimento da maioria dos 
seus membros, em caso de urgência ou interesse público 
relevante; 
IV - pela comissão representativa prevista no art. 
68, § 5º, nas hipóteses estabelecidas nesta Lei Orgânica. 
 
Além da Comissão representativa que atuará durante o re-
cesso, a CLDF também terá suas comissões permanentes e temporárias, 
tal qual o Congresso Nacional e suas Casas. 
Aqui a LODF limitou-se a transcrever as competências pre-
vistas na Constituição Federal, com duas ressalvas: 
¾ Diferentemente das comissões do Congresso e de suas Ca-
sas, as Comissões da CLDF NÃO podem votar nenhum tipo 
de projeto de lei. As comissões da CLDF, no que diz res-
peito a projetos de lei apenas emitem pareceres. 
¾ Também foi acrescido inciso que dispõe sobre a competên-
cia para fiscalizar atos que envolvam gastos de órgãos e 
entidades da administração pública, o que converge plena-
mente com sua posição de órgão titular do Controle Externo. 
 
DO PROCESSO LEGISLATIVO 
De acordo com a Lei Orgânica, o Processo Legislativo em âm-
bito Distrital compreende a elaboração dos seguintes normativos: 
I. Emendas à Lei Orgânica; 
II. Leis Complementares; 
III. Leis Ordinárias; 
Durante o recesso, 
haverá uma comis-
são representativa 
da Câmara Legisla-
tiva, com atribuições 
definidas no regi-
mento, eleita na úl-
tima sessão ordiná-
ria de casa sessão 
legislativa. 
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IV. Decretos Legislativos; 
V. Resoluções. 
Aqui encontramos algumas peculiaridades que merecem 
destaque. 
Primeiramente, as Medidas Provisórias não integram o 
Processo Legislativo Distrital, uma vez que não contém previsão na 
LODF para a elaboração desses dispositivos. Dessa forma, mesmo que 
o chefe do Executivo Distrital se depare com uma situação de relevância 
e urgência (requisitos para edição de Medidas Provisórias em âmbito 
federal), ele precisará submeter projetos de lei à apreciação da Câmara 
Legislativa para aprovar qualquer tipo de matéria. 
Um segundo ponto interessante é a questão dos Decretos 
Legislativos e das Resoluções. Se no Legislativo Federal, via de regra 
os Decretos Legislativos são originários do Congresso Nacional e as Re-
soluções são emitidas por cada uma de suas casas (Câmara e Senado), 
no DF a situação é diferente. Nosso poder Legislativo é unicameral, ou 
seja, temos apenas os representantes do povo como membros do legis-
lativo. Desta forma tanto as Resoluções como os Decretos Legislativos 
terão origem na Câmara Legislativa. 
No que diz respeito às Resoluções e Decretos Legislativos, 
acredito que seja suficiente saber de sua existência e sua origem. Mas 
acho importante discorrer um pouco mais sobre os outros três compo-
nentes do processo legislativo distrital. 
 
Emendas à Lei Orgânica: 
Legitimados para apresentar proposta de emenda à LODF: 
I. Um terço dos membros da CLDF 
II. Governador 
III. Cidadãos, mediante iniciativa popular assinada, no 
mínimo por 1% dos eleitores do DF, distribuídos em 
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pelo menos 3 zonas eleitorais, com não menos de 
0,3% do eleitorado de cada uma delas. 
Aqui, é importantíssimo vocês terem ciência de que a popu-
lação é legitimada para a proposição de proposta de emenda à LODF. 
Enquanto a Constituição Federal apenas prevê a iniciativa popular para 
propostas de leis ordinárias e complementares, a LODF expandiu as 
possibilidades de participação da população no processo legislativo, pre-
vendo a iniciativa popular para emendas à LODF. 
Também é interessante que vocês saibam os números mí-
nimos a serem alcançados (1% do eleitorado... 3 zonas eleitorais ... 
0,3% do eleitorado de cada uma delas). As bancas examinadoras gos-
tam de brincar com esses números em suas questões. 
Os demais legitimados guardam total simetria com aqueles 
elencados em âmbito federal. 
Chamo atenção de vocês também para o rito especial de 
aprovação das emendas à LODF: 
³$�SURSRVWD�VHUi�GLVFXWLGD�H�YRWDGD�HP�dois turnos, com interstício 
mínimo de dez dias, e considerada aprovada se obtiver, em ambos, 
o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Legisla-
WLYD�´ 
 
 Notem que, pelo fato de o Poder Legislativo Distrital ser uni-
cameral, existe apenas uma Casa Legislativa para votação. Assim, o 
Legislador acrescentou a regra do interstício de 10 dias entre os dois 
turnos necessários à aprovação. O quórum aqui (2/3) também é di-
ferente do quórum necessário no Congresso Nacional (3/5). 
 As demais regras e vedações acerca de emendas à LODF 
são mera repetição daquelas observadas no processo de emenda à 
Constituição Federal. 
 
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Lei Ordinária x Lei Complementar 
 Qual a diferença básica entre lei complementar e lei ordiná-
ria? As leis ordinárias são aquelas que precisam de maioria simples 
(ou seja, maioria dos membros do legislativo presentes na ses-
são) para a sua aprovação. Lembre-se que, para que seja possível a 
deliberação em Plenário, é necessária a presença da maioria absoluta 
dos membros do Legislativo. 
Já as leis complementares, para serem aprovadas, carecem 
de maioria absoluta (maioria da totalidade dos membros inte-
grantes da casa legislativa). 
No DF é simples: temos 24 deputados, mas nem sempre 
todos estão presentes nas sessões. 
Para que seja possível votar qualquer tipo de projeto de lei, 
é necessária a presença da maioria absoluta dos representantes do 
povo (13 deputados). 
Para que as leis ordinárias sejam aprovadas, basta que 
metade dos presentes vote a favor do projeto em deliberação. Já para 
que a CLDF possa aprovar projetos de leis complementares, é necessá-
rio que ao menos 13 deputados votem a favor. 
E a iniciativa das leis? Sejam elas ordinárias ou complemen-
tares, a LODF reserva a qualquer membro ou comissão da CLDF, ao 
Governador do DF, ao Tribunal de Contas do DF e aos cidadãos (por 
meio da iniciativa popular, lembram? 1% do eleitorado... 3 zonas elei-
torais ... 0,3% do eleitorado de cada uma delas) o poder de deflagrar o 
respectivo processo legislativo. 
 Neste ponto, nenhuma novidade. Também não temos 
nada novo § 1º do art. 71 e no art. 72, motivo pelo qual me limitarei a 
transcrevê-los. 
³§ 1° Compete privativamente ao Governador do Dis-
trito Federal a iniciativa das leis que disponham sobre: 
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I ± criação de cargos, funções ou empregos públicos na 
administração direta, autárquica e fundacional, ou au-
mento de sua remuneração; 
II ± servidores públicos do Distrito Federal, seu regime 
jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposenta-
doria; 
III ± organização da Procuradoria-Geral do Distrito Fede-
ral; 
IV ± criação, estruturação, reestruturação, desmembra-
mento, extinção, incorporação, fusão e atribuições das 
Secretarias de Estado do Distrito Federal, Órgãos e enti-
dades da administração pública; 
V ± plano plurianual, orçamento anual e diretrizes orça-
mentárias; 
VI ± plano diretor de ordenamento territorial, lei de uso e 
ocupação do solo, plano de preservação do conjunto ur-
banístico de Brasília e planos de desenvolvimento local; 
VII ± afetação, desafetação, alienação, aforamento, co-
modato e cessão de bens imóveis do Distrito Federal. 
§ 2º Não será objeto de deliberação proposta que vise a 
conceder gratuidade ou subsídio em serviço público pres-
tado de forma indireta, sem a correspondente indicação 
da fonte de custeio. 
§ 3º As emendas parlamentares a proposição de iniciativa 
do Poder Executivo, inclusive aos projetos de lei de que 
trata o § 1º, VI, deste artigo, devem guardar pertinên-
cia temática com a matéria a deliberar. 
Art. 72. Não será admitido aumento da despesa prevista: 
I ± nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do 
Distrito Federal, ressalvado o disposto no art. 166, §§ 3º 
e 4º, da Constituição Federal; 
II ± nos projetos sobre organização dos serviços adminis-
trativos da Câmara Legislativa, do Tribunal de Contas e 
da Defensoria Pública.´ 
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Se por um lado o Governador do DF não pode editar medi-
das provisórias, a LODF trouxe da CF uma ferramenta que possibilita ao 
chefe do Executivo solicitar um trâmite especial dos projetos de sua 
iniciativa. Caso o Governador solicite urgência na apreciação de seus 
projetos de lei, a CLDF terá até 45 dias para deliberar sobre a ma-
téria. 
Na hipótese da Câmara não deliberar sobre a matéria no 
prazo de 45 dias, a votação do projeto de lei entrará automaticamente 
na ordem do dia e sobrestará o restante da pauta de deliberações. 
Observem que esse trâmite especial é cabível tanto para as 
leis complementares quanto para as leis ordinárias. Ele apenas não é 
possível para a votação de códigos e de emendas à LODF. Já o prazo de 
45 dias é suspenso durante os recessos legislativos. 
³0DV�0DUFHOR����6H�D�~QLFD�GLIHUHQoD�HQWUH�OHL�FRPSOHPHQWDU�
e lei ordinária é o quórum de aprovação, como saberei qual o tipo de lei 
deve ser usada"´ 
 Para os autores dos projetos de lei, a possibilidade de ver 
todas as suas propostas aprovadas por maioria simples seria o melhor 
dos mundos, visto que é um quórum mais fácil de ser alcançado. 
Acontece que a própria LODF determina quais são as maté-
rias que deverão ser tratadas por meio de Lei Complementar, impondo 
quórum especial para assuntos mais sensíveis. O art. 75 traz rol que, 
embora não exaustivo ± ou seja, existem outros assuntos além dos 
constantes do referido artigo, que devem ser tratados por meio de lei 
complementar ±, elenca as principais matérias reservadas a Lei Com-
plementar: 
I ± a lei de organização do Tribunal de Contas do Dis-
trito Federal; 
II ± o regime jurídico dos servidores públicos civis; 
/&� Qž� �������� e� D� ³������ GR�
')´�� 'LIHUHQWHPHQWH� GD� HVIHUD�
federal, no DF a matéria foi dis-
ciplinada por meio de lei com-
plementar. 
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Normas relacionadas 
a ordenamento Terri-
torial 
III ± a lei de organização da Procuradoria-Geral do Dis-
trito Federal; 
IV ± o código tributário do Distrito Federal; 
V ± a lei que dispõe sobre as atribuições do Vice-Gover-
nador do Distrito Federal; 
VI ± a lei que dispõe sobre a organização do sistema de 
educação do Distrito Federal; 
VII ± a lei de organização da previdência dos servido-
res públicos do Distrito Federal; 
VIII ± a lei que dispõe sobre o plano diretor de ordena-
mento territorial do Distrito Federal; 
IX ± a lei que dispõe sobre a Lei de Uso e Ocupação do 
Solo; 
X ± a lei que dispõe sobre o Plano de Preservação do Con-
junto Urbanístico de Brasília; 
XI ± a lei que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento 
Local. 
 XII ± a lei de organização e funcionamento da Defensoria 
Pública do Distrito Federal. 
 
Pessoal, aqui não tem outro jeito. Tem que dar uma olhada 
na LODF e memorizar as matérias reservadas à lei complementar. As-
sim, por exclusão, vocês também saberão as normas que podem ser 
disciplinadas por lei ordinária. Dos 12 incisos, podemos facilmente me-
morizar 7 da seguinte forma: 
¾ Organização: PGDF, TCDF e DPDF (3 incisos) 
¾ Ordenamento territorial: PDOT, LUOS, 
PPCUB e PDL (4 incisos) 
 
Não existe hierarquia entre leis ordinárias e leis 
complementares. O que as diferencia é o quórum 
de aprovação e a matéria disciplinada. Todavia, não 
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podemos jamais afirmar que uma é hierarquica-
mente superior à outra. 
 
 Esclarecidas essas questões iniciais, o que acontece após a 
votação dos deputados? EXATAMENTE o mesmo trâmite que ocorre no 
Congresso Nacional!!! 
Aprovação Æ sanção Æ promulgação Æ publicação 
 
Esse é o trâmite normal, mas e se o Governador resolver vetar 
parcial ou integralmente o projeto aprovado? E quais são os prazos en-
volvidos em cada etapa? Acho que a melhor forma de explicar esse pro-
cesso para vocês é utilizar a transcrição da lei e um fluxograma. 
³Art. 74. Aprovado o projeto de lei, na forma regimental, 
será ele enviado ao Governador que, aquiescendo, o san-
cionará e promulgará. 
§ 1º Se o Governador do Distrito Federal considerar o pro-
jeto de lei, no todo ou em parte, inconstitucional ou con-
trário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcial-
mente, e comunicará, dentro de quarenta e oito ho-
ras, os motivos do veto ao Presidente da Câmara Legis-
lativa. 
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de 
artigo, parágrafo, inciso ou alínea. 
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do 
Governador importará sanção. 
§ 4º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao 
Governador para promulgação. 
§ 5º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido 
no art. 66, § 4º, da Constituição Federal, o veto será 
incluído na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas 
as demais proposições até a sua votação final, só po-
dendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta 
dos Deputados, em votação ostensiva. 
Dentro de trinta 
dias a contar de 
seu recebimento. 
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§ 6º Se a lei não for promulgada em quarenta e oito 
horas pelo Governador nos casos dos §§ 3º e 4º, o Pre-
sidente da Câmara Legislativa a promulgará e, se 
este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente 
fazê-lo. 
§ 7º A matéria constante de projeto lei rejeitado somente 
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma ses-
são legislativa, mediante proposta da maioria absoluta 
dos membros da Câmara Legislativa. 
§ 8º Caso o projeto de lei seja vetado durante o recesso 
da Câmara Legislativa, o Governador comunicará o veto 
à comissão a que se refere o art. 68, § 5º e, dependendo 
da urgência e da relevância da matéria, poderá convocar 
a Câmara Legislativa para sobre ele se manifestar, nos 
termos do art. 67, IV.´ 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
Administração Pública 
Integrantes: 
Administração Direta (órgãos com função administrativa integrantes de pes-
soas políticas ± União, Estados, DF e Municípios); 
Autarquias; 
Fundações Públicas; 
Empresas Públicas; 
Sociedades de Economia Mista. 
 
Princípios: 
 
 
Publicidade e prazos: 
Ação Prazo/periodicidade 
Publicação referente às despesas com 
publicidade e propaganda. 
 
trimestral 
Publicação referente a todas as despesas. 
 mensal 
Fornecimento de certidão ou cópia autenticada 
de atos, contratos e convênios administrativos. 
 
máximo 30 dias 
Fornecimento de certidão de atos, contratos, de-
cisões ou pareceres, para defesa de seus di-
reitos e esclarecimento de situações de in-
teresse pessoal ou coletivo. 
 
máximo 10 dias úteis 
Administração Indireta 
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Suspensão da publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e as campanhas dos órgãos e 
entidades da administração pública. 
 
90 dias antes das eleições 
 
 
Ingresso na Administração Pública: 
 
A quem é acessível? 
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros e 
também aos estrangeiros, exceto os cargos privativos de brasileiros 
natos (Presidente e Vice-Presidente da República, Presidente da CD, 
Presidente do SF, Ministro do STF, carreira diplomática, Oficial das 
Forças Armadas e Ministro de Estado de Defesa). 
 
 
Como? 
Cargo Efetivo/emprego público Cargo em comissão 
a investidura se dará mediante prévia 
aprovação em concurso público de 
provas ou de provas e títulos 
 
OBS: Os concursos públicos terão va-
lidade de até 2 anos, prorrogável 
uma vez por igual período. Na vali-
dade do certame, os aprovados serão 
convocados com prioridade sobre os 
novos concursandos. 
 
mediante livre nomeação da auto-
ridade responsável 
 
 
Restrições: 
É possível a estipulação de limite máximo para ingresso em cargo público, 
desde que a limitação seja devidamente justificada. 
 
 
Cargo em Comissão X Função de Confiança: 
 Cargo em Comissão Função de Confiança 
Finalidade 
Direção, Chefia e Assessora-
mento 
Direção, Chefia e Assessora-
mento 
Quem ocupa 
Qualquer cidadão, ressalva-
das as condições e percentu-
ais estabelecidos em lei 
Apenas servidores de car-
reira (aqueles aprovados em 
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concurso público, indepen-
dente do órgão ou esfera) 
Competência 
É atribuído um posto (lu-
gar) nos quadros da Admi-
nistração Pública ao seu 
ocupante 
São conferidas apenas atri-
buições e responsabilida-
des ao detentor da função de 
confiança. 
Forma de no-
meação/ exo-
neração 
Livre nomeação e exonera-
ção 
Livre nomeação e exoneração, 
apenas entre aqueles que já 
são servidores*. 
 
Particularidades do DF 
Cargo em comissão/função de confiança 
- Todas as funções de confiança e 50% dos cargos em comissão de-
vem ser ocupados por servidores de carreira. 
- Ficha limpa: aqueles que forem declarados inelegíveis pela justiça eleito-
ral também não poderão ocupar cargos em comissão ou funções de 
confiança 
- Nepostismo: é vedada a nomeação de parentes daqueles que ocupam 
cargos de chefia, direção e assessoramento no mesmo órgão, salvo quando 
o parente ocupar cargo efetivo da estrutura do órgão. 
 
 
 
Servidores Públicos: 
Teto Remuneratório: 
 
Teto Remuneratório 
Servidores públicos dos Po-
deres Executivo e Legislativo 
Subsídio dos desem-
bargadores do TJDFT 
Deputados Distritais: 75% do subsídio dos 
deputados federais 
 
 
Submetidos à declaração pública anual de bens: 
¾ Governador; 
¾ Vice-Governador; 
¾ Secretários de Governo; 
¾ Diretores de Empresas Públicas, Sociedades de Economia 
Mista, Autarquias e Fundações; 
As verbas indeni-
zatórias (alimen-
tação, transporte, 
diárias, etc.) não 
são consideradas 
para fins de cál-
culo do teto remu-
neratório. 
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¾ Administradores Regionais; 
¾ Procurador-Geral do Distrito Federal 
¾ Conselheiros do TCDF; 
¾ Deputados Distritais; 
¾ Defensor Público-Geral do DF. 
 
Bens do DF: 
¾ os que atualmente lhe pertecem, que vier a adquirir ou forem 
atribuídos 
¾ as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes 
de obras da União; 
¾ a rede viária do Distrito Federal, sua infraestrutura e bens aces-
sórios. 
 
 
 
 
 
 
Bem disponível Bem indisponível 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
compra ou 
permuta e 
alienação de 
bens imó-
veis 
= 
Avaliação 
prévia 
(R$) 
+ Interesse Público + 
Autorização 
Legislativa + 
Lei nº 
8.666/93 
 
 
 
 
IMPORTANTE! 
A desafetação no DF dependerá de lei específica, a qual só será admitida 
em caso de comprovado interesse público, após ampla audiência à popula-
ção interessada. 
DESAFETAÇÃO = LEI ESPECÍFICA + INTERESSE PÚBLICO (COMPROVADO 
POR AUDIÊNCIA PÚBLICA) 
 desafetação 
afetação 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1 - (Iades ± SEAP-PGDF/2011) A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios obedecerá aos seguintes princípios: 
(A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
(B) legalidade, excelência, soberania, publicidade e eficiência. 
(C) erradicar a pobreza, garantir o desenvolvimento nacional, legalidade, 
moralidade e igualdade entre os Estados. 
(D) solução pacífica dos conflitos, soberania, publicidade, eficiência e lega-
lidade. 
(E) asilo político, independência nacional, livre iniciativa, dignidade da pes-
soa humana e moralidade. 
Letra A: Questão sem maiores dificuldades, só para vocês aquecerem... No-
tem que o examinador questionou quais eram os princípios observados por 
TODOS os entes da Federação, por isso não tivemos aqueles que estão ex-
pressos apenas na LODF (transparência nas contas públicas, razoabilidade, 
interesse público e motivação). 
 
2 - (Iades ± SEAP-PGDF/2011)O Distrito Federal se organiza e estrutura 
mediante Lei Orgânica, a qual deve observar aos princípios estatuídos na Cons-
tituição Federal. Em relação aos dispositivos da Lei Orgânica do Distrito Federal 
(LODF) acerca da Administração Pública, assinale a alternativa correta. 
(A) Representando um avanço em relação à Constituição Federal, a LODF, 
em relação a todos os poderes, passou a estabelecer que as funções 
de confiança serão ocupadas por servidores ocupantes de cargo efe-
tivo, e, ainda, pelo menos metade dos cargos em comissão serão pre-
enchidos por servidores de carreira. 
(B) O teto remuneratório adotado na LODF, incluindo as empresas públicas 
e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, que receberem 
recursos do Distrito Federal para pagamento de despesas de pessoal 
ou de custeio em geral, é o subsídio do Desembargador do Tribunal de 
Justiça para todos os cargos, empregos e funções de quaisquer dos 
poderes no Distrito Federal. 
(C) A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou 
extinção de sociedades de economia mista, autarquias, fundações e 
empresas públicas depende de lei específica, sendo, para a extinção 
de empresa pública ou sociedade de economia mista, necessário, para 
aprovação, maioria absoluta. 
(D) Com previsão expressa na LODF, a lei disporá sobre os exames psico-
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técnicos para o ingresso e, também, sobre o acompanhamento psico-
lógico para progressão funcional na carreira. 
(E) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, pror-
rogável uma vez, por até mais dois anos. 
Letra D: 2�HUUR�GD�DOWHUQDWLYD�$�HVWi�QD�H[SUHVVmR�³HP�WRGRV�RV�3RGHUHV´��
Como vimos, os deputados colocaram uma exceção a essa regra para que 
pudessem nomear quem quisessem para os seus gabinetes. Ademais, a norma 
que prevê que as funções de confiança serão ocupadas exclusivamente por 
servidores de cargo efetivo não é uma inovação em relação a Constituição 
Federal. 
A letra B está errada porque, como vimos na aula, o teto remuneratório para 
os deputados distritais é diferenciado, estipulado na CF como 75% da remu-
neração dos deputados federais. 
O erro da letra C encontra-se no quórum apresentado pela alternativa. Na 
verdade, em caso de privatização e extinção de empresas públicas e socieda-
des de economia mista, o quórum necessário é de 2/3 dos deputados distritais, 
ainda mais difícil de ser alcançado. 
A Letra D é a resposta correta. 
A letra E está errada porque o prazo de validade do concurso público será de 
até dois anos, prorrogável uma vez por igual período. Significa que se a vali-
dade inicial do concurso for de um ano, ele só poderá ser prorrogado por mais 
um, e não por mais dois, como diz a alternativa. 
 
3 - (Funiversa ± CEB/2010) Tendo em vista o disposto na Lei Orgânica do 
Distrito Federal (LODF), assinale a alternativa correta. 
(A) É possível imprimir publicidade de instituição financeira no contrache-
que do servidor público. 
(B) Na publicidade de atos, programas, obras, serviços e nas campanhas 
de órgãos e entidades da administração pública, poderão constar sím-
bolos, expressões, nomes ou imagens, ainda que isso caracterize pro-
moção pessoal de autoridades ou de servidores públicos. 
(C) A publicidade de atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos 
órgãos e entidades da administração pública deverão ser suspensas 
noventa dias antes das eleições, mesmo aquelas essenciais ao inte-
resse público. 
(D) Na expedição da primeira via da cédula de identidade pessoal, deverá 
ser cobrada metade do preço normal. 
(E) Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse 
da Administração, impuser sigilo. 
Letra E: A alternativa A é totalmente sem pé nem cabeça, né? Como poderia 
um órgão ou entidade da Administração Pública fazer propaganda para uma 
instituição financeira, mesmo que ela pertencesse à própria Administração? 
A letra B está errada porque a LODF veda, expressamente, que a publicidade 
de atos, programas, obras, serviços e as campanhas de órgãos e entidades da 
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administração pública, façam constar símbolos, expressões, nomes ou ima-
gens, que caracterize promoção pessoal de autoridades ou de servidores pú-
blicos. 
A letra C está errada porque, embora haja a necessidade de suspensão da 
publicidade de atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e 
entidades da administração pública noventa dias antes das eleições, tal 
regra não se impõe às publicidades essenciais ao interesse público. 
A letra D está errada porque a expedição da primeira via da cédula de iden-
tidade pessoal deverá ser GRATUITA, nos termos da LODF. 
A letra E é a nossa resposta correta. Os atos administrativos são públicos, 
salvo quando a lei, no interesse da Administração,impuser sigilo 
 
 
4 ± (Funiversa ± PMDF/2012) Relativamente à organização do DF, estabe-
lecida em sua Lei Orgânica, assinale a alternativa correta 
(A) A atividade de proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação 
e à ciência é de competência privativa do DF. 
(B) A administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete 
exercer privativamente a fiscalização de tributos do DF, terão, em suas 
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais seto-
res administrativos, na forma da lei. 
(C) É vedado ao DF doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir 
sobre eles ônus real, bem como conceder isenções fiscais ou remissões 
de dívidas, sem expressa autorização do Tribunal de Contas do DF, sob 
pena de nulidade do ato. 
(D) Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional 
do DF, ficam assegurados o percebimento de adicional de um por cento 
por ano de serviço público efetivo, nos termos da lei; a contagem, para 
todos os efeitos legais, do período em que o servidor estiver de licença 
concedida por hospital do DF; e a contagem recíproca, para efeito de 
aposentadoria, do tempo de contribuição na administração pública e 
na atividade privada, urbana, na forma prevista na Constituição Fede-
ral. 
(E) É assegurada a participação de servidores públicos na diretoria de fun-
dos e entidades para as quais contribuem, na forma da lei. 
Letra B: Cultura, educação e ciência são áreas de interesse de toda a Federa-
ção. Assim, é competência comum do DF com a União proporcionar o acesso 
a essas áreas por toda a população. Item A errado. 
A alternativa B está de acordo com os termos da LODF, que assim dispõe sobre 
a administração fazendária: 
art 19: (...) 
XVII - a administração fazendária e seus agentes fiscais, 
aos quais compete exercer privativamente a fiscalização 
de tributos do Distrito Federal, terão, em suas áreas de 
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competência e jurisdição, precedência sobre os de-
mais setores administrativos, na forma da lei; 
A letra C está errada porque a autorização necessária para as ações ali elen-
cadas (doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir sobre eles ônus real, 
bem como conceder isenções fiscais ou remissões de dívidas) é da Câmara 
Legislativa, ou seja, é necessário que as medidas sejam autorizadas por lei, 
não competindo ao TCDF a autorização para as ações. 
A alternativa D está quase que integralmente correta, não fosse pelo termo 
³KRVSLWDO�GR�')´��1RV�WHUPRV�GD�/2')��R�VHUYLGRU�S~EOLFR�GD�DGPLQLVWUDomR�
direta terá direito adicional de um por cento por ano de serviço público efetivo, 
nos termos da lei; a contagem, para todos os efeitos legais, do período em 
que o servidor estiver de licença concedida por junta médica oficial; e a 
contagem recíproca, para efeito de aposentadoria, do tempo de contribuição 
na administração pública e na atividade privada, urbana, na forma prevista na 
Constituição Federal 
O erro da alternativa E é extremamente sutil. A participação dos servidores é 
assegurada na GERÊNCIA dos fundis e entidades para os quais contribuem. 
 
5 - (Funiversa ± SEJUS/2010) dos servidores públicos do Distrito Federal, 
assinale a alternativa correta. 
 (A) É assegurada a participação de servidores públicos na gerência de fun-
dos e entidades para os quais contribuem, na forma da lei. 
(B) A administração direta e indireta será regida pelo regime jurídico único. 
(C) Os servidores distritais serão estáveis após três anos da aprovação no 
concurso público. 
(D) As autarquias e fundações distritais não serão regidas por regime jurí-
dico único. 
(E) Os servidores públicos distritais não possuem direito à greve, embora 
lhes seja outorgada por lei a livre associação sindical. 
Letra A: Depois que vimos a questão anterior, essa ficou fácil, né? A alterna-
tiva A está correta, correspondendo ao art. 42 da LODF 
³$UW������e�DVVHJXUDGD�D�SDUWLFLSDomR�de servidores públi-
cos na gerência de fundos e entidades para os quais con-
WULEXL��QD�IRUPD�GD�OHL�´ 
O item B está errado porque apenas administração direta e PARTE da admi-
nistração indireta (autarquias e fundações públicas de direito público) serão 
regidas pelo regime jurídico único. 
O erro da letra C está em vincular a estabilidade à data de aprovação no con-
curso. O correto seria afirmar que a estabilidade é adquirida após três anos de 
efetivo exercício. Também há a necessidade de aprovação em estágio proba-
tório para que se adquira a estabilidade. OBS.: a LODF está desatualizada e 
fala em 2 anos de efetivo exercício, mas NÃO sigam isso de forma alguma. 
Como comentado no item B, as autarquias e as fundações distritais são justa-
mente a parte da administração indireta que também será regida pelo regime 
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jurídico único, portanto o item D está errado. 
O item E está bastante errado. Primeiramente, os servidores públicos possuem 
direito a greve, assegurado pela CF e pela LODF. O que falta é lei que regula-
mente este direito. Ademais, o direito à livre associação foi outorgado aos 
servidores pela CF e pela LODF, e não por lei, conforme informa a alternativa. 
Item E incorreto. 
 
(Cespe ± TCDF/2012) Julgue os itens subsequentes, que versam sobre a 
organização do DF, conforme disposto em sua Lei Orgânica. 
6) A Lei Orgânica do DF veda expressamente a designação para função de 
confiança e a nomeação para emprego ou cargo em comissão, incluídos 
os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado 
como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral. 
Item Certo: &RPR�YLPRV�QD�DXOD��R�')�DGRWRX�D�FKDPDGD�³OHL�GD�ILFKD�
OLPSD´�QmR�Vy�SDUD�RV�FDUJRV�SROtWLFRV��PDV�SDUD�RV�FDUJRV�HP�FRPLVVmR�H�
as funções de confiança. Dessa forma, conforme o § 8º do art. 19 da LODF, 
aqueles que forem declarados inelegíveis pela justiça eleitoral, também não 
poderão ocupar os cargos comissionados e as funções de confiança no âm-
bito distrital. 
Art. 19 (...) 
§ 8° É proibida a designação para função de confiança 
ou a nomeação para emprego ou cargo em comissão, 
incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha 
praticado ato tipificado como causa de inelegibili-
dade prevista na legislação eleitoral. 
 
(Cespe ± BRB/2010) Julgue os itens que se seguem a respeito da Lei Orgâ-
nica do Distrito Federal (LODF). 
7) A administração fazendária e seus agentes fiscais têm, em suas áreas 
de competência e jurisdição, tratamento igualitário aos demais setores 
administrativos, na forma da lei. 
Item Errado: A LODF prevê expressamente que a administração fazendá-
ria e seus agentes fiscais terão prioridade em suas áreas de competência e 
jurisdição. Questão simples, que cobra exatamente o conhecimento do 
texto da lei. 
 
8) A administração do DF tem o prazo máximo de trinta dias para fornecer 
certidão ou cópia autenticada de atos, contratos e convênios adminis-
trativos a qualquer interessado, sob pena de responsabilidade da auto-
ridade competente ou do servidor que negar ou retardar a expedição. 
Item Certo: Vimos na aula que a LODF prevê exatamente esse prazo para 
a situação descrita no item ± 30 dias para fornecimento de certidão ou 
cópia autenticada de atos, contratos e convênios administrativos. Também 
estudamos que, caso o interessado esteja solicitando adocumentação a 
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fim de defender seus direitos ou de esclarecer situações de interesse pes-
soal ou coletivo, o prazo será de 10 dias úteis. 
 
9) A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de ór-
gãos e entidades da administração pública, ainda que não custeadas 
diretamente pelo erário, devem ser suspensas quatro meses antes das 
eleições, ressalvadas aquelas essenciais ao interesse público. 
Item Errado: Pessoal, falei pra vocês se atentarem aos prazos. A publici-
dade das ações governamentais, bem como as campanhas de órgãos e 
entidades da administração pública, deve ser suspensa 90 dias antes das 
eleições. O restante do item encontra-se correto, ou seja, não é necessária 
a suspensão das campanhas essenciais ao interesse público. 
 
10) O julgamento de processos fiscais em segunda instância é de compe-
tência de órgão colegiado, integrado por servidores da carreira de au-
ditoria tributária e representantes dos contribuintes. 
Item Certo: Cópia do § 1º do art. 31. Notem que, em segunda instância, 
além dos integrantes da carreira de auditoria tributária, também participam 
do julgamento administrativo representantes dos contribuintes. 
 
11) Caso um bem do DF seja declarado inservível, em processo regular, 
ele poderá ser alienado sem licitação, mas não poderá ser doado. 
Item Errado: Pessoal... não existe alienação de bem sem licitação. Isso 
feriria gravemente o princípio da impessoalidade (entre outros), uma vez 
que a poder público estaria escolhendo, sem parâmetros claros, quem seria 
o comprador do bem. A LODF expressamente prevê a necessidade de lici-
tação para a alienação de bens públicos declarados inservíveis. Ademais, 
ao contrário do enunciado do item, a doação será possível sim, nos casos 
em que a lei especificar. 
 
(Cespe ± BRB/2011) Acerca da administração pública e dos servidores pú-
blicos do DF, julgue o item subsequente. 
 
12) É indispensável autorização legislativa para que empresa pública ou 
sociedade de economia mista do DF participe de empresa privada. 
Item Certo: Lembram do que eu disse na aula? Criação, extinção, criação 
de subsidiárias, fusão... TUDO relacionado a existência e composição soci-
etária das empresas públicas e sociedades de economia mista, inclusive a 
sua participação como acionistas de empresas privadas, depende de auto-
rização legislativa, ou seja, depende de lei. 
 
 
(Cespe - CBMDF/2007) Julgue os itens seguintes com base na Lei Orgânica 
do Distrito Federal. 
 
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13) A administração pública é obrigada a aposentar o servidor público as-
sim que este atinja 70 anos de idade, com proventos integrais, inde-
pendentemente dos anos trabalhados. 
Item Errado: Não tratamos da aposentadoria dos servidores na nossa aula 
pois, propositalmente, deixei o assunto para a resolução de exercícios. A 
LODF está desatualizada no que diz respeito à aposentadoria dos servidores 
públicos, motivo pelo qual reproduzirei o texto da CF 88, o qual serve de 
parâmetro para toda a república. 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência 
de que trata este artigo serão aposentados, calculados os 
seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 
§§ 3º e 17: 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos propor-
cionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de 
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença 
grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição; 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo 
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco 
anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, 
observadas as seguintes condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, 
se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de 
contribuição, se mulher; 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta 
anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição. 
Como vocês podem ver, a aposentadoria compulsória (popu-
larmente conhecida como expulsória) não dá direito a proventos integrais, 
e sim a proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
 
(Cespe ± CEAJUR/2001) Lira, servidor público federal, concursado e regu-
larmente investido na função pública, motorista da Secretaria de Gestão Ad-
ministrativa do DF, ao dirigir alcoolizado carro oficial em serviço, atropelou 
pessoa que atravessava, com prudência, faixa de pedestre em uma via de 
circulação de Brasília, ferindo-a. Com base na situação hipotética apresentada 
e considerando os preceitos e a doutrina e a jurisprudência acerca dessa ma-
téria da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens abaixo. 
14) Com base em preceito constitucional, a vítima não pode ingressar com 
ação de ressarcimento do dano contra o DF e, sim, contra o agente 
público Lira. 
Item Errado: Questão de Direito Constitucional. No Brasil, adotamos a 
responsabilidade objetiva do Estado, segundo a qual o Estado responde 
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pelos danos causados por seus agentes, independente de dolo ou culpa. 
Basta que o particular comprove a existência do dano e que haja nexo de 
causalidade entre a atividade estatal e o prejuízo percebido pela vítima. 
Dessa forma, uma vez comprovado que o motorista estava a serviço do DF 
e que sua atuação foi responsável pelo dano causado ao particular, o DF 
poderá ser acionado judicialmente pela vítima. 
 
15) Na hipótese, não há a aplicação da teoria do risco integral, mas, sim, 
da teoria do risco administrativo. 
Item Certo: Exatamente. A Teoria do Risco Administrativo possibilita que 
o Estado seja eximido da responsabilidade de reparar o dano, ou que sua 
responsabilidade seja atenuada, caso comprove que o particular concorreu 
para a ação danosa. Já a Teoria do Risco Integral pressupõe que, indepen-
dente da ação do particular ter contribuído para a situação causadora do 
dano, o Estado tem o dever de indenizar. Na RFB (e no DF, conforme ex-
pressamente previsto na LODF) aplica-se a responsabilidade objetiva do 
Estado, com base na Teoria do Risco Administrativo. 
 
16 - (Funiversa ± Adasa 2009) A Lei de Uso e Ocupação do Solo, a lei que 
dispõe sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília e a 
lei que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Local são diplomas legais 
recentemente acrescidos à Lei Orgânica do Distrito Federal. Em relação a essas 
leis, assinale a alternativa correta. 
(A) Todas são leis ordinárias. 
(B) Todas são leis complementares. 
(C) Somente a Lei de Uso e Ocupação do Solo é lei ordinária. 
(D) Somente a lei que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Local é lei 
complementar. 
(E) A lei que dispõe sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico 
de Brasília e a lei que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Local 
são leis ordinárias. 
Letra B: Conforme vimos na aula, a LODF estabelece que matéria atinente ao 
ordenamento territorial no DF deve ser normatizada porLei Complementar. As 
normas citadas no enunciado ± Lei de Uso e Ocupação do Solo, Lei que dispõe 
sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília e Lei que 
dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Local ± estão expressamente lista-
das como leis complementares na LODF. 
 
17 - (Funiversa ± Sejus 2010) Considere que a Câmara Legislativa do Dis-
trito Federal queira fortalecer a soberania popular e resolva submeter uma lei 
aprovada na casa ao crivo da população. Nessa situação, a soberania será 
exercida por meio de 
(A) Plebiscito. 
(B) Referendo. 
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(C) Iniciativa popular. 
(D) Sufrágio universal com voto indireto, mas secreto. 
(E) Sufrágio universal como voto direto, mas aberto. 
Letra B: Embora não tenhamos estudado a matéria, resolvi colocar a questão 
aqui por estar relacionada ao tema e listar entre as alternativas a iniciativa 
popular. 
A Letra C está errada porque a iniciativa popular é o meio pelo qual, obedeci-
das certas formalidades, a população deflagra o processo legislativo, apresen-
tando projeto de lei que será apreciado pela Câmara Legislativa. 
A alternativa A também está errada porque plebiscito é a forma de exercício 
da soberania popular pela qual o povo expressa aprova ou rejeita, 
PREVIAMENTE AO ATO LEGISLATIVO, a matéria em debate. 
A alternativa B é a resposta correta. Referendo é a forma de exercício popular 
por meio da qual, APÓS O ATO LEGISLATIVO, o povo referenda ou rejeita a 
deliberação de seus representantes. 
Já o sufrágio constante das alternativas D e E refere-se à capacidade de votar 
e ser votado. A questão trata de matéria submetida ao crivo da população, 
QmR�KDYHQGR�TXH�VH�IDODU�HP�³GLUHLWR�GH�VHU�YRWDGR´��PRWLYR�SHOR�TXDO�RV�LWHQV�
estão incorretos. 
 
18 - (Funiversa ± Sedest 2009) A respeito da Organização Administrativa 
do Distrito Federal, assinale a alternativa correta. 
(A) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e a extinção dessas regiões são atos de competência exclu-
siva do Governador do Distrito Federal. 
(B) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e a extinção dessas regiões ocorrerão unicamente a partir de 
realização de plebiscito com a população interessada. 
(C) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e a extinção dessas regiões ocorrerão por ato do Governador 
do Distrito Federal, ouvindo primeiramente a população interessada. 
(D) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e extinção dessas regiões somente ocorrerão mediante lei 
aprovada pela maioria relativa dos Deputados Distritais. 
(E) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e extinção dessas regiões somente ocorrerão mediante lei 
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. 
Letra E: Veremos a matéria referente à Organização Administrativa do DF em 
aula futura, mas adianto que o item A refere-se a competência privativa do 
DF, e não competência exclusiva do Governador do DF. Por isso a incorreção 
do item. 
Os itens B e C condicionam a criação e a extinção das RAs à consulta da po-
pulação interessada, conquanto a LODF não preveja tal necessidade. 
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Os itens D e E afirmam que as RAs só podem ser criadas e extintas mediante 
lei, indo ao encontro do vimos em nossa aula. No que se refere ao quórum, 
também vimos ser necessário o voto da maioria absoluta dos membros do 
Poder Legislativo, razão pela qual o item D está errado e a alternativa E é a 
resposta correta. 
 
19 - (Funiversa ± PCDF 2009) Acerca da iniciativa de leis prevista na Lei 
Orgânica, assinale a alternativa correta. 
(A) O vício de iniciativa de lei distrital é convalidado quando há a sanção 
do governador, não sendo admissível a sua declaração de inconstitu-
cionalidade. 
(B) O Legislativo distrital não pode propor lei que disponha sobre a admi-
nistração de áreas públicas. 
(C) O Legislativo pode propor lei que aumente a remuneração de servido-
res das autarquias do Distrito Federal. 
(D) A criação e estruturação das Secretarias de Estado do Distrito Federal 
devem ser de iniciativa do Legislativo, pois é necessária lei para esse 
fim. 
(E) A iniciativa para lei que institui o regime jurídico dos servidores públi-
cos é do Legislativo. 
Letra B: O Item A está errado porque a sanção jamais convalida vício de 
iniciativa. 
A iniciativa de lei que disponha sobre a administração de áreas públicas é pri-
vativa do Governador. Veremos isso na aula que tratará do Poder Executivo. 
Item b coreto. 
Itens C, D e E também elencam assuntos cuja iniciativa é privativa do Gover-
nador, motivo pelo qual estão incorretos. 
 
20 - (Funiversa ± Seplag 2009) Acerca do que dispõe a Lei Orgânica do 
Distrito Federal a respeito da organização de seus poderes, assinale a alterna-
tiva correta. 
(A) Entre as funções institucionais da Procuradoria-Geral da Câmara Le-
gislativa, inclui-se a defesa judicial do governador do Distrito Federal. 
(B) Cabe à Câmara Legislativa, independentemente da sanção do gover-
nador, dispor acerca da criação, incorporação, fusão e desmembra-
mento de regiões administrativas. 
(C) Compete à Câmara legislativa do Distrito Federal proceder à tomada 
de contas do Governador quando não apresentada nos prazos estabe-
lecidos. 
(D) A convocação extraordinária da Câmara Legislativa far-se-á apenas 
nos casos de intervenção no Distrito Federal 
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(E) O processo legislativo no Distrito Federal compreende a edição de 
emendas à lei orgânica, leis complementares, leis ordinárias e medi-
das provisórias. 
Letra C: Entre as funções da Procuradoria-Geral da CLDF, está a de defesa 
judicial da Câmara Legislativa. Item A incorreto. 
Criações de regiões administrativas, conforme já vimos, deve ser por meio de 
lei complementar. Sempre que alguma matéria é disciplinada por meio de lei, 
deve ser encaminhada para sanção do governador. Item B incorreto. 
O Item C está de acordo com o disposto na LODF. O Governador deverá prestar 
contas do exercício anterior à CLDF no prazo de sessenta dias após a abertura 
da sessão legislativa. Caso contrário, caberá à CLDF tomar as contas do Chefe 
do Executivo. Item correto. 
As convocações extraordinárias poderão ocorrer em havendo: i) decretação de 
estado de sítio ou estado de defesa que atinja território do DF; ii) intervenção 
do DF; iii) recebimento dos autos de prisão de Deputado Distrital, na hipótese 
de flagrante de crime inafiançável; iv) posse do Governador e Vice-Governa-
dor; v) para apreciação de ato do governador que importe crime de responsa-
bilidade; e vi) em caso de urgência ou interesse público relevante. Item D 
incorreto. 
O Item E está errado porque o processo legislativo distrital não contempla a 
edição de medidas provisórias. 
 
21 - (Funiversa ± Seap 2011) A Constituição Federal estabelece que, aos 
tribunais de contas dos estados e do Distrito Federal (DF), bem como aos tri-
bunaise conselhos de contas dos municípios, aplicam-se as disposições nela 
contidas, no que couber, quanto à organização, à composição e à fiscalização. 
A Lei Orgânica do DF, atendendo à necessária simetria em relação à Consti-
tuição Federal, tratou acerca do controle externo no âmbito distrital. A respeito 
do controle externo previsto nas disposições contidas na Lei Orgânica do DF, 
assinale a alternativa correta. 
(A) É de competência privativa da Câmara Legislativa do DF escolher qua-
tro dos sete membros do Tribunal de Contas do DF. 
(B) Compete ao Tribunal de Contas do DF, como auxiliar da Câmara Legis-
lativa, no exercício do controle externo, apreciar as contas anuais do 
governador, dos administradores e dos demais responsáveis por di-
nheiros, bens e valores da administração direta e indireta, ou que es-
tejam sob sua responsabilidade, incluídos os das fundações e das so-
ciedades instituídas ou mantidas pelo poder público do DF, bem como 
daqueles que deram causa a perda, a extravio ou a outra irregulari-
dade de que resulte prejuízo ao erário bem como fazer sobre elas re-
latório analítico e emitir parecer prévio no prazo de sessenta dias, con-
tados do seu recebimento da Câmara Legislativa. 
(C) O Tribunal de Contas do DF agirá de ofício ou mediante iniciativa ex-
clusiva da Câmara Legislativa ou do Ministério Público, sempre que 
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houver indício de irregularidade em qualquer despesa, incluindo aquela 
decorrente de contrato. 
(D) O Tribunal de Contas do DF, anualmente, prestará à Câmara Legisla-
tiva contas de sua execução orçamentária, financeira e patrimonial 
quanto aos aspectos da legalidade, legitimidade e economicidade, ob-
servando os demais preceitos legais, em até sessenta dias da data da 
abertura da sessão do ano seguinte àquele a que se referir o exercício 
financeiro. 
(E) Os conselheiros do Tribunal de Contas do DF, nos casos de crime de 
responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo 
Tribunal de Justiça do DF. 
Letra A e D (anulada): Essa questão trouxe conceitos que ainda não estu-
damos, mas achei interessante comentá-la agora. Ela foi anulada por conter 
duas alternativas certas, a letra A e a letra D. 
Conforme vimos, a letra A, embora não amparada na LODF, encontra respaldo 
na Súmula nº 653 do STF, que dispõe que compete aos Poderes Legislativos 
estaduais e distrital escolherem quatro entre os sete membros dos Tribunais 
de Contas daquelas esferas. 
A Letra D também foi ressaltada na aula justamente por se tratar de uma 
singularidade da LODF em relação à CRFB. Em âmbito distrital, o Tribunal de 
Contas terá suas contas apreciadas e julgadas pela CLDF. 
A alternativa B está errada porque o TCDF APRECIA as contas apenas do 
governador, uma vez que cabe à CLDF julgá-las. Os demais administradores 
têm suas contas JULGADAS pelo TCDF. Diferença sutil, mas que é repetida-
mente cobrada em provas. Também não há que se falar em auxílio da CLDF 
ao TCDF. Aprofundaremos o assunto em aula futura. 
O erro da alternativa C encontra-VH� QD� H[SUHVVmR� ³H[FOXVLYD´�� 6HJXQGR� D�
/2')��³2�7ULEXQDO�GH�&RQWDV�DJLUi�GH�RItFLR�RX�PHGLDQWH�LQLFLDWLYD�GD�&kPDUD�
Legislativa, do Ministério Público ou dos demais órgãos auxiliares, sempre 
que houver indício de irregularidade em qualquer despesa, inclusive aquela 
GHFRUUHQWH�GH�FRQWUDWR�´ 
Por fim, o item E está incorreto por prever foro dos conselheiros do TCDF, em 
caso de crimes de responsabilidade, no TJDFT. Os conselheiros do Tribunal de 
Contas do DF, nos casos de crime de responsabilidade, serão processados e 
julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
Pessoal, não se preocupem por verem itens nesta questão que não 
foram tratados na aula. Trouxe a questão nessa aula porque ela con-
tém itens relacionados à matéria de hoje, mas ela será novamente 
abordada quando estudarmos a fiscalização contábil e financeira a 
cargo do Poder Legislativo. 
 
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22 - (Funiversa ± SES 2009) O Poder Legislativo é exercido pela Câmara 
Legislativa, composta de Deputados Distritais, representantes do povo, eleitos 
e investidos na forma da legislação federal. Não cabe à Câmara Legislativa 
(A) Criar, transformar ou extinguir cargos de seu serviços 
(B) Anular atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar 
(C) Fixar a remuneração dos Deputados Distritais 
(D) Solicitar intervenção federal 
(E) Escolher quatro entre os sete membros do TCDF 
Letra B: Conforme vimos, as alternativas A, C e D coadunam-se com as atri-
buições da CLDF previstas na LODF. 
A alternativa E, embora distinta do que dispõe a LODF (a Lei Orgânica prevê a 
escolha de cinco entre os sete membros do TCDF), está de acordo com o en-
tendimento do STF, conforme Súmula nº 653. 
A alternativa B é a única que não elenca uma atribuição da CLDF. Conforme 
vimos na aula, a CLDF SUSTA os atos do Executivo que exorbitem ao seu 
poder regulamentar, cabendo a anulação ao próprio poder que emanou o ato, 
mediante o poder de autotutela ou em função de determinação judicial. 
 
23 - (Funiversa ± CEB 2010) Acerca do Poder Legislativo do DF, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Cada legislatura terá duração de um ano, iniciando-se com a posse 
dos eleitos, e o mandato coresponderá a quatro anos. 
(B) As deliberações da Câmara Legislativa e de suas comissões serão 
tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus 
membros, sempre em votação secreta. 
(C) São funções institucionais da Procuradoria-Geral da Câmara Legisla-
tiva, em seu âmbito, representar judicialmente a Câmara Legislativa, 
os deputados distritais e os servidores do Poder Legislativo. 
(D) O ingresso na carreira de procurador da Câmara Legislativa far-se-á 
mediante concurso público de provas e títulos, dos indicados pelo 
presidente da Câmara Legislativa. 
(E) A Câmara Legislativa do Distrito Federal regulamentará a organiza-
ção e o funcionamento da sua Procuradoria-Geral e da respectiva 
carreira de procurador da Câmara Legislativa. 
Letra E: Cada legislatura terá duração de quatro anos, coincidindo com o 
mandato dos deputados. São as sessões legislativas que duram apenas um 
ano. Item A incorreto. 
A regra para as votações na CLDF é a seguinte: maioria de votos, presente a 
maioria absoluta de seus membros, sempre em votação aberta. Excepcional-
mente, nos casos previstos na CF e na própria LODF, ou quando comprovado 
o interesse público e sob autorização da maioria absoluta dos deputados, a 
votação poderá ser secreta. Item B incorreto. 
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Compete à Procuradoria-Geral da CLDF apenas representar judicialmente a 
Câmara Legislativa, não cabendo ao referido Órgão a representação judicial os 
deputados distritais e dos servidores do Poder Legislativo. Item C incorreto. 
O ingresso na carreira de procurador da Câmara Legislativa far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos, sendo possível a participação de qualquer 
cidadão que cumpra os requisitos previstos em lei e aqueles do edital. Não há, 
e nem poderia haver,necessidade de indicação dos deputados para participa-
ção no concurso. Item D incorreto. 
A alternativa E é a alternativa correta, trazendo exatamente o disposto § 3º 
dão art. 57 da LODF. 
 
(Cespe ± PGDF/2013) Julgue os itens que se seguem, à luz das disposições 
constitucionais sobre a repartição de competências, o processo legislativo e a 
questão federativa. 
24) À CLDF cabe, mediante lei complementar, dispor sobre o plano diretor 
de ordenamento territorial. 
Item Certo: Como vimos na aula, a LODF prevê as matérias que devem 
ser disciplinadas por meio de Lei Complementar, entre as quais estão todas 
as normas atinentes ao ordenamento territorial (PDOT, PDL, PPCUB e 
LUOS). Também devem observar o quórum qualificado as leis que dispo-
nham sobre organização da PGDF, do TCDF e da DPDF, bem como o sobre 
o estatuto dos servidores públicos do DF (Lei Complementar nº 840/11), o 
sistema tributário do DF, as atribuições do Vice-Governador, e sobre a or-
ganização do sistema de educação e de previdência dos servidores públicos 
do DF. 
 
25) Será considerado formalmente inconstitucional projeto de lei distrital 
de iniciativa parlamentar que confira aumento de remuneração aos 
servidores do governo do DF. 
Item Certo: Ainda não vimos as competências do Governador do DF, mas 
entre as competências da CLDF não se encontra a de iniciar o processo 
legislativo de projetos de lei que confiram aumento de remuneração aos 
servidores do GDF. À CLDF cabe a iniciativa de projeto de lei que confira 
aumento aos seus servidores. Aos servidores do GDF, compete ao gover-
nador a iniciativa de lei. 
Dessa forma, caso não seja o Governador o deflagrador do processo legis-
lativo de Projetos de lei que visem ao aumento da remuneração de servi-
dores do GDF, a lei estará maculada por inconstitucionalidade formal de-
corrente do vício de iniciativa. 
Ressalto que em ambos os casos (aumento para servidores da CLDF e para 
servidores do GDF), as matérias devem ser tratadas por meio de lei, sendo 
atribuição da CLDF sobre elas dispor. 
 
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26) A CLDF abarca tão somente as competências das assembleias legisla-
tivas estaduais. 
Item Errado: As competências do DF serão tratadas na aula seguinte, mas 
já podemos adiantar que ao DF são atribuídas as competências dos Estados 
e Municípios, e não apenas dos Estados. Desta forma, a mesma lógica se 
aplica a cada um dos Poderes Distritais, tanto o Legislativo quanto o Exe-
cutivo (veremos durante o curso que não existe Poder Judiciário Distrital). 
Para não esquecermos disso, podemos pensar o seguinte: 
Estados: Assembleia Legislativa 
Municípios: Câmara Municipal 
DF: Câmara Legislativa 
O Próprio nome da casa legislativa distrital já demonstra 
esse hibridismo que resulta no acúmulo de competências estaduais e muni-
cipais. 
 
(Cespe ± PGDF/2013) Julgue os itens subsequentes, a respeito das funções 
essenciais à justiça no DF, com base na disciplina constitucional e legal. 
27) Aplicam-se aos procuradores da CLDF as garantias e os impedimentos 
dos procuradores do DF. 
Item Certo: questões sem maiores comentários. A própria Lei Orgânica 
prevê que aos Procuradores da Procuradoria-Geral da CLDF quanto apli-
cam-se as mesmas garantias e impedimentos da carreira de Procurador do 
DF. 
 
28) A PGDF é competente para representar judicialmente a CLDF no que 
respeita à cobrança judicial de dívida. 
Item Certo: A Procuradoria da CLDF faz a representação judicial da CLDF, 
exceto no que diz respeito à cobrança judicial de dívidas, situação em que 
compete à PGDF representar judicialmente a Câmara Legislativa do DF. 
 
29) Compete ao governador distrital nomear o procurador-geral do DF, 
cuja destituição cabe exclusivamente à CLDF. 
Item Errado: vimos na aula de hoje que compete à CLDF aprovar previ-
amente a indicação ou destituição do Procurador-Geral do Distrito Federal. 
Todavia, tanto sua nomeação quanto sua destituição cabem ao Governador 
do DF. 
 
(Cespe ± TCDF/2011) Julgue o item subsequente, que versa sobre a orga-
nização do DF, conforme disposto em sua Lei Orgânica. 
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30) Compete privativamente à CLDF apreciar e julgar, anualmente, as con-
tas do TCDF. 
Item Certo: Embora essa atribuição da CLDF não encontra paralelo em 
âmbito federal, vimos que consta, da LODF, artigo que dispõe sobre a ne-
cessidade que de o TCDF, anualmente apresente suas contas à Câmara Le-
gislativa. 
 
(Cespe ± TCDF/2012) De acordo com a Lei Orgânica do DF, julgue os itens 
a seguir, acerca da organização administrativa, da organização dos poderes e 
da política urbana no DF. 
31) A aprovação, pela CLDF, dos titulares para os cargos de conselheiros 
do TCDF se dará por escrutínio secreto, embora a arguição dos indica-
dos deva dar-se em sessão pública. 
Item Errado: O erro do item está em dizer que a votação para aprovação 
dos titulares aos cargos de Conselheiro se dará por meio de voto secreto. 
A votação para esse caso segue à regra da que vimos de votação aberta 
ao público. 
 
32) Instrumentos básicos das políticas de ordenamento territorial e de ex-
pansão e desenvolvimento urbano, o Plano Diretor de Ordenamento Ter-
ritorial (PDOT) do DF, a Lei de Uso e Ocupação do Solo, o Plano de 
Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília e os planos de desen-
volvimento local são aprovados por lei complementar. 
Item Certo: é impressionante como os itens se repetem em provas de 
todos os níveis em um curto espaço de tempo. Essa prova, para Procurador 
do MP junto ao TCDF (realizada em 2012), cobrava o mesmo conhecimento 
da questão de Procurador do DF comentada anteriormente (cuja realização 
se deu em 2013). Novamente, o que o examinador quer é que saibamos 
que as normas atinentes ao ordenamento territorial (PDOT, PDL, PPCUB e 
LUOS), as leis que disponham sobre organização da PGDF, do TCDF e da 
DPDF, as que versem sobre o estatuto dos servidores públicos do DF (Lei 
Complementar nº 840/11), o sistema tributário do DF, as atribuições do 
Vice-Governador, e sobre a organização do sistema de educação e de pre-
vidência dos servidores públicos do DF devem observado o quórum qualifi-
cado, ou seja, são matérias reservadas à lei complementar. 
 
33) A criação ou extinção de regiões administrativas no DF somente ocorre 
por lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais, de-
vendo cada região ter um conselho de representantes com funções 
tanto consultivas, quanto fiscalizadoras, na forma da lei. 
Item Certo: Aprofundaremos a questão na próxima aula, mas o assunto 
também é bastante cobrado em provas. Criação e extinção de Regiões Ad-
ministrativas somente se darão por meio de lei complementar, ou seja, 
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aprovada pela maioria absoluta dos membros da CLDF, de iniciativa do 
Governador. A parte final do item respeita ao disposto na LODF, que de-
termina a criação de um conselho de representantes com funções tanto 
consultivas, quanto fiscalizadoras. 
 
(Cespe ± DPDF/2013) Julgue os próximos itens, relativos à Lei Orgânicado 
DF. 
34) O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à descentra-
lização administrativa, cabendo ao Poder Executivo, mediante decreto, 
a criação ou extinção de novas regiões administrativas, conforme a 
conveniência e o interesse de ordem pública. 
Item errado: Vejam que novamente um mesmo assunto é cobrado em 
provas realizadas em curto espaço de tempo.as Regiões Administrativas 
apenas podem ser criadas ou extintas por meio de Lei Complementar, e 
não por decreto, como afirma o item. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
 
1 - (Iades ± SEAP-PGDF/2011) A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
pios obedecerá aos seguintes princípios: 
(A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
(B) legalidade, excelência, soberania, publicidade e eficiência. 
(C) erradicar a pobreza, garantir o desenvolvimento nacional, legalidade, 
moralidade e igualdade entre os Estados. 
(D) solução pacífica dos conflitos, soberania, publicidade, eficiência e lega-
lidade. 
(E) asilo político, independência nacional, livre iniciativa, dignidade da pes-
soa humana e moralidade. 
 
2 - (Iades ± SEAP-PGDF/2011)O Distrito Federal se organiza e estrutura 
mediante Lei Orgânica, a qual deve observar aos princípios estatuídos na Cons-
tituição Federal. Em relação aos dispositivos da Lei Orgânica do Distrito Federal 
(LODF) acerca da Administração Pública, assinale a alternativa correta. 
(A) Representando um avanço em relação à Constituição Federal, a LODF, 
em relação a todos os poderes, passou a estabelecer que as funções 
de confiança serão ocupadas por servidores ocupantes de cargo efe-
tivo, e, ainda, pelo menos metade dos cargos em comissão serão pre-
enchidos por servidores de carreira. 
(B) O teto remuneratório adotado na LODF, incluindo as empresas públicas 
e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, que receberem 
recursos do Distrito Federal para pagamento de despesas de pessoal 
ou de custeio em geral, é o subsídio do Desembargador do Tribunal de 
Justiça para todos os cargos, empregos e funções de quaisquer dos 
poderes no Distrito Federal. 
(C) A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou 
extinção de sociedades de economia mista, autarquias, fundações e 
empresas públicas depende de lei específica, sendo, para a extinção 
de empresa pública ou sociedade de economia mista, necessário, para 
aprovação, maioria absoluta. 
(D) Com previsão expressa na LODF, a lei disporá sobre os exames psico-
técnicos para o ingresso e, também, sobre o acompanhamento psico-
lógico para progressão funcional na carreira. 
(E) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, pror-
rogável uma vez, por até mais dois anos. 
 
 
3 - (Funiversa ± CEB/2010) Tendo em vista o disposto na Lei Orgânica do 
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Distrito Federal (LODF), assinale a alternativa correta. 
(A) É possível imprimir publicidade de instituição financeira no contrache-
que do servidor público. 
(B) Na publicidade de atos, programas, obras, serviços e nas campanhas 
de órgãos e entidades da administração pública, poderão constar sím-
bolos, expressões, nomes ou imagens, ainda que isso caracterize pro-
moção pessoal de autoridades ou de servidores públicos. 
(C) A publicidade de atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos 
órgãos e entidades da administração pública deverão ser suspensas 
noventa dias antes das eleições, mesmo aquelas essenciais ao inte-
resse público. 
(D) Na expedição da primeira via da cédula de identidade pessoal, deverá 
ser cobrada metade do preço normal. 
(E) Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse 
da Administração, impuser sigilo. 
 
4 ± (Funiversa ± PMDF/2012) Relativamente à organização do DF, estabe-
lecida em sua Lei Orgânica, assinale a alternativa correta 
(A) A atividade de proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação 
e à ciência é de competência privativa do DF. 
(B) A administração fazendária e seus agentes fiscais, aos quais compete 
exercer privativamente a fiscalização de tributos do DF, terão, em suas 
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais seto-
res administrativos, na forma da lei. 
(C) É vedado ao DF doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir 
sobre eles ônus real, bem como conceder isenções fiscais ou remissões 
de dívidas, sem expressa autorização do Tribunal de Contas do DF, sob 
pena de nulidade do ato. 
(D) Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional 
do DF, ficam assegurados o percebimento de adicional de um por cento 
por ano de serviço público efetivo, nos termos da lei; a contagem, para 
todos os efeitos legais, do período em que o servidor estiver de licença 
concedida por hospital do DF; e a contagem recíproca, para efeito de 
aposentadoria, do tempo de contribuição na administração pública e 
na atividade privada, urbana, na forma prevista na Constituição Fede-
ral. 
(E) É assegurada a participação de servidores públicos na diretoria de fun-
dos e entidades para as quais contribuem, na forma da lei. 
 
5 - (Funiversa ± SEJUS/2010) dos servidores públicos do Distrito Federal, 
assinale a alternativa correta. 
 (A) É assegurada a participação de servidores públicos na gerência de fun-
dos e entidades para os quais contribuem, na forma da lei. 
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(B) A administração direta e indireta será regida pelo regime jurídico único. 
(C) Os servidores distritais serão estáveis após três anos da aprovação no 
concurso público. 
(D) As autarquias e fundações distritais não serão regidas por regime jurí-
dico único. 
(E) Os servidores públicos distritais não possuem direito à greve, embora 
lhes seja outorgada por lei a livre associação sindical. 
 
(Cespe ± TCDF/2012) Julgue os itens subsequentes, que versam sobre a 
organização do DF, conforme disposto em sua Lei Orgânica. 
6) A Lei Orgânica do DF veda expressamente a designação para função de 
confiança e a nomeação para emprego ou cargo em comissão, incluídos 
os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado 
como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral. 
 
(Cespe ± BRB/2010) Julgue os itens que se seguem a respeito da Lei Orgâ-
nica do Distrito Federal (LODF). 
7) A administração fazendária e seus agentes fiscais têm, em suas áreas 
de competência e jurisdição, tratamento igualitário aos demais setores 
administrativos, na forma da lei. 
8) A administração do DF tem o prazo máximo de trinta dias para fornecer 
certidão ou cópia autenticada de atos, contratos e convênios adminis-
trativos a qualquer interessado, sob pena de responsabilidade da auto-
ridade competente ou do servidor que negar ou retardar a expedição. 
9) A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de ór-
gãos e entidadesda administração pública, ainda que não custeadas 
diretamente pelo erário, devem ser suspensas quatro meses antes das 
eleições, ressalvadas aquelas essenciais ao interesse público. 
10) O julgamento de processos fiscais em segunda instância é de compe-
tência de órgão colegiado, integrado por servidores da carreira de audi-
toria tributária e representantes dos contribuintes. 
11) Caso um bem do DF seja declarado inservível, em processo regular, ele 
poderá ser alienado sem licitação, mas não poderá ser doado. 
 
(Cespe ± BRB/2011) Acerca da administração pública e dos servidores pú-
blicos do DF, julgue o item subsequente. 
 
12) É indispensável autorização legislativa para que empresa pública ou 
sociedade de economia mista do DF participe de empresa privada. 
 
 
(Cespe - CBMDF/2007) Julgue os itens seguintes com base na Lei Orgânica 
do Distrito Federal. 
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13) A administração pública é obrigada a aposentar o servidor público as-
sim que este atinja 70 anos de idade, com proventos integrais, inde-
pendentemente dos anos trabalhados. 
 
(Cespe ± CEAJUR/2001) Lira, servidor público federal, concursado e regu-
larmente investido na função pública, motorista da Secretaria de Gestão Ad-
ministrativa do DF, ao dirigir alcoolizado carro oficial em serviço, atropelou 
pessoa que atravessava, com prudência, faixa de pedestre em uma via de 
circulação de Brasília, ferindo-a. Com base na situação hipotética apresentada 
e considerando os preceitos e a doutrina e a jurisprudência acerca dessa ma-
téria da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens abaixo. 
14) Com base em preceito constitucional, a vítima não pode ingressar com 
ação de ressarcimento do dano contra o DF e, sim, contra o agente 
público Lira. 
15) Na hipótese, não há a aplicação da teoria do risco integral, mas, sim, 
da teoria do risco administrativo. 
 
16 - (Funiversa ± Adasa 2009) A Lei de Uso e Ocupação do Solo, a lei que 
dispõe sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília e a 
lei que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Local são diplomas legais 
recentemente acrescidos à Lei Orgânica do Distrito Federal. Em relação a essas 
leis, assinale a alternativa correta. 
(A) Todas são leis ordinárias. 
(B) Todas são leis complementares. 
(C) Somente a Lei de Uso e Ocupação do Solo é lei ordinária. 
(D) Somente a lei que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Local é lei 
complementar. 
(E) A lei que dispõe sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico 
de Brasília e a lei que dispõe sobre o Plano de Desenvolvimento Local 
são leis ordinárias. 
 
17 - (Funiversa ± Sejus 2010) Considere que a Câmara Legislativa do Dis-
trito Federal queira fortalecer a soberania popular e resolva submeter uma lei 
aprovada na casa ao crivo da população. Nessa situação, a soberania será 
exercida por meio de 
(A) Plebiscito. 
(B) Referendo. 
(C) Iniciativa popular. 
(D) Sufrágio universal com voto indireto, mas secreto. 
(E) Sufrágio universal como voto direto, mas aberto. 
 
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18 - (Funiversa ± Sedest 2009) A respeito da Organização Administrativa 
do Distrito Federal, assinale a alternativa correta. 
(A) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e a extinção dessas regiões são atos de competência exclu-
siva do Governador do Distrito Federal. 
(B) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e a extinção dessas regiões ocorrerão unicamente a partir de 
realização de plebiscito com a população interessada. 
(C) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e a extinção dessas regiões ocorrerão por ato do Governador 
do Distrito Federal, ouvindo primeiramente a população interessada. 
(D) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e extinção dessas regiões somente ocorrerão mediante lei 
aprovada pela maioria relativa dos Deputados Distritais. 
(E) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, sendo que 
a criação e extinção dessas regiões somente ocorrerão mediante lei 
aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. 
 
19 - (Funiversa ± PCDF 2009) Acerca da iniciativa de leis prevista na Lei 
Orgânica, assinale a alternativa correta. 
(A) O vício de iniciativa de lei distrital é convalidado quando há a sanção 
do governador, não sendo admissível a sua declaração de inconstitu-
cionalidade. 
(B) O Legislativo distrital não pode propor lei que disponha sobre a admi-
nistração de áreas públicas. 
(C) O Legislativo pode propor lei que aumente a remuneração de servido-
res das autarquias do Distrito Federal. 
(D) A criação e estruturação das Secretarias de Estado do Distrito Federal 
devem ser de iniciativa do Legislativo, pois é necessária lei para esse 
fim. 
(E) A iniciativa para lei que institui o regime jurídico dos servidores públi-
cos é do Legislativo. 
 
20 - (Funiversa ± Seplag 2009) Acerca do que dispõe a Lei Orgânica do 
Distrito Federal a respeito da organização de seus poderes, assinale a alterna-
tiva correta. 
(A) Entre as funções institucionais da Procuradoria-Geral da Câmara Le-
gislativa, inclui-se a defesa judicial do governador do Distrito Federal. 
(B) Cabe à Câmara Legislativa, independentemente da sanção do gover-
nador, dispor acerca da criação, incorporação, fusão e desmembra-
mento de regiões administrativas. 
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(C) Compete à Câmara legislativa do Distrito Federal proceder à tomada 
de contas do Governador quando não apresentada nos prazos estabe-
lecidos. 
(D) A convocação extraordinária da Câmara Legislativa far-se-á apenas 
nos casos de intervenção no Distrito Federal 
(E) O processo legislativo no Distrito Federal compreende a edição de 
emendas à lei orgânica, leis complementares, leis ordinárias e medidas 
provisórias. 
 
21 - (Funiversa ± Seap 2011) A Constituição Federal estabelece que, aos 
tribunais de contas dos estados e do Distrito Federal (DF), bem como aos tri-
bunais e conselhos de contas dos municípios, aplicam-se as disposições nela 
contidas, no que couber, quanto à organização, à composição e à fiscalização. 
A Lei Orgânica do DF, atendendo à necessária simetria em relação à Consti-
tuição Federal, tratou acerca do controle externo no âmbito distrital. A respeito 
do controle externo previsto nas disposições contidas na Lei Orgânica do DF, 
assinale a alternativa correta. 
(A) É de competência privativa da Câmara Legislativa do DF escolher qua-
tro dos sete membros do Tribunal de Contas do DF. 
(B) Compete ao Tribunal de Contas do DF, como auxiliar da Câmara Legis-
lativa, no exercício do controle externo, apreciar as contas anuais do 
governador, dos administradores e dos demais responsáveis por di-
nheiros, bens e valores da administração direta e indireta, ou que es-
tejam sob sua responsabilidade, incluídos os das fundações e das so-
ciedades instituídas ou mantidas pelo poder público do DF, bem como 
daqueles que deram causa a perda, a extravioou a outra irregulari-
dade de que resulte prejuízo ao erário bem como fazer sobre elas re-
latório analítico e emitir parecer prévio no prazo de sessenta dias, con-
tados do seu recebimento da Câmara Legislativa. 
(C) O Tribunal de Contas do DF agirá de ofício ou mediante iniciativa ex-
clusiva da Câmara Legislativa ou do Ministério Público, sempre que 
houver indício de irregularidade em qualquer despesa, incluindo aquela 
decorrente de contrato. 
(D) O Tribunal de Contas do DF, anualmente, prestará à Câmara Legisla-
tiva contas de sua execução orçamentária, financeira e patrimonial 
quanto aos aspectos da legalidade, legitimidade e economicidade, ob-
servando os demais preceitos legais, em até sessenta dias da data da 
abertura da sessão do ano seguinte àquele a que se referir o exercício 
financeiro. 
(E) Os conselheiros do Tribunal de Contas do DF, nos casos de crime de 
responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo 
Tribunal de Justiça do DF. 
 
 
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22 - (Funiversa ± SES 2009) O Poder Legislativo é exercido pela Câmara 
Legislativa, composta de Deputados Distritais, representantes do povo, eleitos 
e investidos na forma da legislação federal. Não cabe à Câmara Legislativa 
(A) Criar, transformar ou extinguir cargos de seu serviços 
(B) Anular atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar 
(C) Fixar a remuneração dos Deputados Distritais 
(D) Solicitar intervenção federal 
(E) Escolher quatro entre os sete membros do TCDF 
 
23 - (Funiversa ± CEB 2010) Acerca do Poder Legislativo do DF, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Cada legislatura terá duração de um ano, iniciando-se com a posse 
dos eleitos, e o mandato coresponderá a quatro anos. 
(B) As deliberações da Câmara Legislativa e de suas comissões serão 
tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus 
membros, sempre em votação secreta. 
(C) São funções institucionais da Procuradoria-Geral da Câmara Legisla-
tiva, em seu âmbito, representar judicialmente a Câmara Legislativa, 
os deputados distritais e os servidores do Poder Legislativo. 
(D) O ingresso na carreira de procurador da Câmara Legislativa far-se-á 
mediante concurso público de provas e títulos, dos indicados pelo 
presidente da Câmara Legislativa. 
(E) A Câmara Legislativa do Distrito Federal regulamentará a organiza-
ção e o funcionamento da sua Procuradoria-Geral e da respectiva 
carreira de procurador da Câmara Legislativa. 
 
(Cespe ± PGDF/2013) Julgue os itens que se seguem, à luz das disposições 
constitucionais sobre a repartição de competências, o processo legislativo e a 
questão federativa. 
24) À CLDF cabe, mediante lei complementar, dispor sobre o plano diretor 
de ordenamento territorial. 
25) Será considerado formalmente inconstitucional projeto de lei distrital 
de iniciativa parlamentar que confira aumento de remuneração aos 
servidores do governo do DF. 
26) A CLDF abarca tão somente as competências das assembleias legisla-
tivas estaduais. 
 
(Cespe ± PGDF/2013) Julgue os itens subsequentes, a respeito das funções 
essenciais à justiça no DF, com base na disciplina constitucional e legal. 
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27) Aplicam-se aos procuradores da CLDF as garantias e os impedimentos 
dos procuradores do DF. 
28) A PGDF é competente para representar judicialmente a CLDF no que 
respeita à cobrança judicial de dívida. 
29) Compete ao governador distrital nomear o procurador-geral do DF, 
cuja destituição cabe exclusivamente à CLDF. 
 
(Cespe ± TCDF/2011) Julgue o item subsequente, que versa sobre a orga-
nização do DF, conforme disposto em sua Lei Orgânica. 
30) Compete privativamente à CLDF apreciar e julgar, anualmente, as con-
tas do TCDF. 
 
(Cespe ± TCDF/2012) De acordo com a Lei Orgânica do DF, julgue os itens 
a seguir, acerca da organização administrativa, da organização dos poderes e 
da política urbana no DF. 
31) A aprovação, pela CLDF, dos titulares para os cargos de conselheiros 
do TCDF se dará por escrutínio secreto, embora a arguição dos indica-
dos deva dar-se em sessão pública. 
32) Instrumentos básicos das políticas de ordenamento territorial e de ex-
pansão e desenvolvimento urbano, o Plano Diretor de Ordenamento Ter-
ritorial (PDOT) do DF, a Lei de Uso e Ocupação do Solo, o Plano de 
Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília e os planos de desen-
volvimento local são aprovados por lei complementar. 
33) A criação ou extinção de regiões administrativas no DF somente ocorre 
por lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais, de-
vendo cada região ter um conselho de representantes com funções 
tanto consultivas, quanto fiscalizadoras, na forma da lei. 
 
(Cespe ± DPDF/2013) Julgue os próximos itens, relativos à Lei Orgânica do 
DF. 
34) O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à descentra-
lização administrativa, cabendo ao Poder Executivo, mediante decreto, 
a criação ou extinção de novas regiões administrativas, conforme a 
conveniência e o interesse de ordem pública. 
 
 
 
 
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GABARITO 
1 ± letra A 10 ± C 19 ± letra B 28 ± C 
2 ± letra D 11 ± E 20 ± letra C 29 ± E 
3 ± letra E 12 ± C 21 ± letras A e D 30 ± C 
4 ± letra B 13 ± E 22 ± letra B 31 ± E 
5 ± letra A 14 ± E 23 ± letra E 32 ± C 
6 ± C 15 ± C 24 ± C 33 ± C 
7 ± E 16 ± letra B 25 ± C 34 ± E 
8 ± C 17 ± letra B 26 ± E 
9 ± E 18 ± letra E 27 ± C 
 
 
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