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3. Apostila de Macroeconomia

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Prof. Joubert H. Zacarias
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MACROECONOMIA
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Macroeconomia
A) Objetivo: procura obter uma visão simplificada do funcionamento da economia, que permita ao mesmo tempo conhecer e atuar sobre o nível de atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países. 
B) Metas da política Macroeconômica
 Alto nível de emprego
 Estabilidade de preços (controle da inflação)
 Distribuição de renda socialmente justa
 Crescimento Econômico
C) Instrumentos da política macroeconômica
A política macroeconômica envolve atuação do governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e despesas planejadas (demanda agregada), objetivando que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e uma distribuição justa de renda. 
 Política Fiscal 
 Política Monetária 
 Política Cambial
 Política de Rendas 
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PRODUTO NACIONAL BRUTO – PRODUTO INTERNO BRUTO
O Produto Interno Bruto é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes ou não residentes.
O Produto Nacional Bruto é a renda que pertence aos nacionais. 
PNB = PIB + Renda recebida do exterior – Renda enviada ao exterior
PNB = PIB + RLE 	 a renda recebida e renda enviada ao exterior é chamada de renda líquida do exterior (RLE). No Brasil, como a renda enviada para o exterior supera a renda recebida, o PIB é maior que o PNB
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CONSUMO e POUPANÇA
As receitas das famílias, têm dois destinos possíveis: o consumo no período ou a poupança, que possibilitará o consumo futuro.
Razões para poupar:
 Aumentar ou manter patrimônio familiar.
 Deixar herança aos sucessores.
 Constituir um fundo para a aposentadoria.
O fator determinante para o consumo e a poupança de uma família é a renda. Famílias de baixa renda, dificilmente podem poupar, pois, são obrigadas a destinar a maior parte de sua renda ao consumo de necessidades básicas.
Renda disponível: é a renda com a qual os indivíduos contam, depois de pagarem os impostos e receberem os subsídios.
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DEMANDA de INVESTIMENTO
Em uma economia mista (neoliberal), as poupanças são realizadas pelas economias domésticas, já os investimentos são realizados pelas empresas e dependem de três fatores: 
 As expectativas empresariais sobre o futuro da atividade econômica.
 A taxa de juros.
 O nível da capacidade instalada utilizada pelas empresas.
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DISTRIBUIÇÃO da RENDA
Distinção de renda e riqueza de um país.
 
 Riqueza: é o conjunto de ativos físicos(terra, capital e trabalho), propriedade das economias domésticas.
 Renda: é o produto da utilização de recursos produtivos em um determinado período.
A distribuição de renda em um país, entre os diferentes agentes econômicos, é o resultado não só das rendas obtidas livremente por meio de fatores produtivos, mas também será condicionada pela ação do setor público mediante o estabelecimento de imposto e subsídios.
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POLÍTICA DISTRIBUTIVA E SEUS INSTRUMENTOS
A política distributiva compreende um conjunto de medidas cujo objetivo principal é modificar a redistribuição da renda entre os indivíduos ou os grupos sociais.
Instrumentos da política distributiva 
a) O sistema tributário 
b) Os gastos de transferência( seguro-desemprego, subsídios educacionais)
c) Medidas que implicam intervenção direta no mecanismo de mercado. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO
Impostos: são uma imposição do Estado a unidades familiares e empresas, para que paguem uma certa quantidade de dinheiro em relação a determinados atos econômicos.
 Impostos diretos: incidem sobre o contribuinte e não sobre os bens. Ex: IRPF 
 Impostos indiretos: incidem no momento da compra dos bens e serviços, afetam o contribuinte indiretamente. Ex: ICMS
A estrutura tributária pode ser considerada da seguinte forma:
 Progressiva: quando a alíquota cobrada aumenta, conforme aumenta a renda do contribuinte.
 Regressiva: se quanto maior for a renda do contribuinte menor for a alíquota cobrada.
 Proporcional ou neutra: quando todos os contribuintes pagam uma mesma parcela de imposto, em relação à sua renda.
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GASTOS DE TRANSFERÊNCIA 
As transferências garantem uma base mínima do nível de vida para os indivíduos e buscam dar uma igualdade primária na distribuição de renda. São provisões que se realizam sem a contrapartida correspondente de bens e serviços por parte do receptor. Ex: Seguro-desemprego, pensões.
INTERVENÇÃO DIRETA NO MECANISMO DE MERCADO
Medidas que atuam no processo de formação das receitas, ou seja, sobre as forças da oferta e demanda mão-de-obra e sobre fatores da produção, tais como o capital. Ex: Imposição do salário mínimo, controle e congelamento de preços.
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FUNÇÕES DO SETOR PÚBLICO
 Fiscalizadora: estabelecer e cobrar impostos
 Reguladora: regular a atividade econômica mediante leis e disposições administrativas. Ex: controle de preços, regular monopólios, proteger consumidores em relação à publicidade e saúde.
 Provedora de bens e serviços: mediante as empresas públicas, facilitar acesso a bens e serviços, tais como, transporte, segurança e educação, água e energia. Assim o Estado pode pagar pensões, seguros sociais e promover o investimento em setores atrasados.
 Redistributiva: modificar a distribuição da renda ou da riqueza entre as pessoas, regiões ou grupos, procurando torná-la mais igualitária. Para isso, utiliza normas e também receitas e gastos públicos.
 Estabilizadora: controlar os grandes agregados econômicos, evitando excessivas flutuações e procurando diminuir os efeitos das quedas da atividade produtiva. 
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POLÍTICA FISCAL
Integram a política fiscal, os programas de governo relacionados com o gasto de transferências e a quantidade e o tipo de impostos.
A receita pública é formada basicamente pelos impostos e juntamente com os gastos públicos formam o Orçamento Público. 
Orçamento do Receitas Gastos
 setor público = públicas - públicos 
Superávit orçamentário: receitas públicas > gastos públicos
Déficit orçamentário: receitas públicas < gastos públicos
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POLÍTICA FISCAL EM AÇÃO
*Entende-se por demanda agregada: consumo privado, investimentos e gasto público
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POLÍTICAS FISCAIS DISCRICIONÁRIAS
São políticas que exigem por parte do governo medidas explícitas, ou seja, dependem de decisão direta ou arbitrária, dos condutores da política fiscal.
 Programas de obras públicas. Ex: Construção de hospitais, escolas, estradas. 
 Projetos públicos de emprego. Ex: 1º emprego.
 Programas de transferências. Ex: Pensões, bolsa escola.
 Alterações dos tipos de impostos. Ex: alterações na alíquota do IPI, isenções de impostos como IPTU, para instalações de empresas, no município.
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Enfoques a respeito da Política
Fiscal
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DÉFICIT e SEU FINANCIAMENTO
Ao longo do século passado e do atual, o nível de participação do setor público na atividade econômica aumentou, elevando o gasto público. Existem três procedimentos para o seu financiamento: 
 Aumento ou criação de impostos – apesar de serem a forma natural de se financiar o déficit, possuem limitações, durante uma recessão, por exemplo, não se pode aumentar os impostos, pois, a situação se agravaria.
 Criação de dinheiro – isso implicaria em uma política monetária expansiva, que entre outros fatores, geraria inflação.
 Emissão de títulos da dívida pública – este procedimento poderia causar o efeito “deslocamento”, que é a redução das possibilidades de financiamento da iniciativa privada, para financiar o setor público.
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Intermediários Financeiros
São instituições que intermediam os demandantes e ofertantes financeiros, ou seja, os intermediários financeiros emitem obrigações financeiras (tais como, CDB ou Letras de Câmbio) para adquirir fundos do público e posteriormente oferecê-los às empresas e aos indivíduos ou ao setor público. 
Serviços oferecidos pelos intermediários financeiros
 Como proprietários: possibilidade de guardar o dinheiro de seus clientes em um lugar seguro e de obter juros pelas poupanças depositadas nas instituições financeiras.
 Como emprestadores: oferecem a possibilidade a seus clientes de pedirem emprestado dinheiro para financiar seus gastos, tanto de consumo como de investimento.
 Como transferidores de dinheiro(meio de pagamento): oferecem a seus clientes a possibilidade de pagar contas, de obter dinheiro de outros lugares e de transferir dinheiro de uns indivíduos a outros.
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Sistema Financeiro Nacional
Banco 
Central 
do Brasil
Banco Nacional de 
Desenvolvimento
Econômico e Social
(BNDES)
Comissão de
Valores 
Mobiliários
(CVM)
Banco do Brasil
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DINHEIRO
Conceito: é tudo o que serve como meio de troca, no sentido de que é amplamente aceito como pagamento.
Funções do dinheiro
 Meio de troca – é aceito pela coletividade para a realização de transações e de cancelamento de dívidas.
 Unidade de conta – serve para calcular quanto valem bens e serviços.
 Reserva de valor – tanto as famílias como as empresas podem manter parte de seus patrimônios em forma de dinheiro que podem ser trocado facilmente por bens e serviços. 
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Características do Dinheiro
 Durabilidade – as pessoas não aceitariam como dinheiro algo que fosse perecível e se deteriorasse em pouco tempo.
 Mobilidade – deve ser fácil de transportar, principalmente se for necessários grandes quantidades.
 Divisibilidade – deve poder subdividir-se em pequenas partes com facilidade e sem perda de valor.
 Homogeneidade – qualquer unidade do bem em questão deve ser exatamente igual às demais. 
 De oferta limitada – qualquer mercadoria que não tem oferta limitada não terá valor econômico.
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Tipos de dinheiro
 Dinheiro-mercadoria
 Dinheiro-metálico
 Papel-moeda conversível em ouro
 Dinheiro-fiduciário: é baseado na confiança que o público tem em poder utilizá-lo como meio de troca geralmente aceito.
 Dinheiro-bancário: é constituído pelos depósitos bancos comerciais, bancos múltiplos e demais instituições financeiras. 
Tipos de depósitos
 Depósitos à vista: são os que possuem disponibilidade imediata para o titular.
 Depósitos de poupança: são como os depósitos à vista, porém, não dispõem de cheque e têm rendimento mensal de 0,5% mais correção pela TR.
Depósitos a prazo: são fundos tomados por um prazo fixo e que não podem ser retirados sem uma penalização.
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Serviços Bancários
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Banco Central
É o responsável pelo controle e funcionamento do sistema financeiro. Uma de suas tarefas fundamentais consiste em manter o crescimento da quantidade de dinheiro que simultaneamente condiciona a taxa de juro.
Funções do BACEN
 Banco dos bancos: o fluxo de caixa dos bancos pode apresentar tanto insuficiência de recursos, como excesso. No primeiro caso, são socorridos pelo BACEN, e no segundo caso, para seus recursos não fiquem ociosos, os mesmos são depositados junto ao Banco Central. Além disso há a necessidade de transferências de fundos entre os bancos comerciais, como resultado positivo ou negativo da câmara de compensação de cheques, onde as trocas de créditos e débitos são realizadas pelo Banco do Brasil.
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Funções do BACEN
 Banco do governo: o governo deposita no BACEN, grande parte de seus recursos. Da mesma forma, quando o governo necessita de recursos, saca junto ao Banco Central em contrapartida à entrega de títulos públicos.
 Controle e regulamentação da oferta de moeda.
 Controle dos capitais estrangeiros e das operações com moeda estrangeira.
 Fiscalização das instituições financeiras.
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Política Monetária 
É o conjunto de atos do BACEN para controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros e, em geral, as condições de crédito.
A política monetária pode ser de dois tipos:
 Política Monetária Restritiva: conjunto de medidas que reduzem o crescimento da quantidade de dinheiro e encarecem os empréstimos(elevação da taxa de juros).
 Política Monetária Expansiva: conjunto de medidas que aceleram o crescimento da quantidade de dinheiro e barateiam os empréstimos(redução da taxa de juros). 
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Instrumentos da Política Monetária
 Depósitos compulsórios ou Reservas obrigatórias: o Banco Central obriga que os bancos comerciais depositem um percentual (coeficiente de reserva) determinado por ele, sobre os seus depósitos à vista. Desta forma o Banco Central controla o volume ofertado de empréstimos bancários, aumentando ou diminuindo o coeficiente de reserva. 
 Operações com Mercado Aberto (Open Market): consistem na compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo. Quando o governo coloca seus títulos à venda, o objetivo é retirar dinheiro do mercado(enxugar os meios de pagamento), o contrário ocorre quando o governo compra seus títulos de volta, aumentando assim a oferta de moeda.
 Política de Redesconto: consiste na liberação de recursos pelo Banco Central aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redescontos de títulos. Existem os redescontos de liquidez(dinheiro), que são empréstimos aos bancos comerciais para cobrirem um eventual débito na compensação de cheques e os redescontos especiais ou seletivos, que são empréstimos que visam beneficiar setores específicos. Ex: Uma linha de créditos para produtores rurais. 
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COMÉRCIO INTERNACIONAL
O comércio internacional consiste no intercâmbio de bens, serviços e capitais entre diferentes países. A justificativa para esses intercâmbios internacionais baseia-se, fundamentalmente, no fato de que todas as nações possuem recursos e capacidades tecnológicas muito diferentes, proporcionando a um determinado país a especialização na produção de determinado produto
por possuir maiores vantagens comparativas.
O comércio internacional facilita a especialização, ao permitir que cada país possa colocar no resto do mundo os excedentes dos produtos em que se especializou. 
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Fatores Explicativos do Comércio Internacional
 Condições climatológicas.
 Riqueza mineral.
 Tecnologia.
 Quantidades disponíveis de mão-de-obra.
 Quantidades disponíveis de capital.
 Quantidades disponíveis de terra cultivável.
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Medidas Protecionistas ou Intervencionistas
São medidas adotadas para limitar a entrada de determinados produtos em um país.
 Impostos de importação ou tarifas aduaneiras.
 Contingenciamento ou quotas à importação.
 Subsídios à exportação.
 Barreiras não-tarifárias: regulamentações como, procedimentos aduaneiros complexos e custosos e o recurso a normas administrativas de qualidade e sanitárias muito estritas, que acabam discriminando os produtos estrangeiros e favorecendo os nacionais.
As tarifas e os subsídios alteram as vantagens comparativas dos diferentes países e seu efeito é reduzir o comércio (no caso de tarifas) ou aumentá-lo ( no caso de subsídios ) de forma artificial.
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Justificativas para Medidas Protecionistas
 Proteger uma indústria considerada estratégica para a segurança nacional.
 Incentivar a industrialização e a criação de empregos, através da substituição de importações por produtos nacionais.
 Possibilitar o desenvolvimento das indústrias nascentes, que não podem competir com indústria desenvolvidas de outros países.
 Combater os déficits que se apresentam entre as exportações e as importações.
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MERCADO DE CÂMBIO
 Conceito: A principal diferença entre o mercado nacional e o internacional, é que, dentro de um mesmo país, o intercâmbio se realiza com a mesma moeda, enquanto no comércio internacional, cada país tem sua própria moeda. Para que isso ocorra deverá existir um mercado onde uma moeda pode ser trocada por outra. Este mercado é chamado de mercado de câmbio ou de divisas.
Taxa de Câmbio
É o preço de uma moeda expressa em outra. A taxa de câmbio expressa-se como o número de unidades da moeda nacional por unidade de moeda estrangeira. Por exemplo, a taxa de câmbio do real frente ao dólar é 5, entregam-se 5 reais para se obter um dólar. 
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Depreciação e Valorização da Moeda
 Desvalorização cambial: a taxa de câmbio passa de 2,80 reais/dólar a 3,00 reais/dólar – significa que o real desvalorizou-se.
 Valorização cambial: a taxa de câmbio passa de 3,00 reais/dólar para 2,90 reais/dólar – significa que o real valorizou-se. 
Uma desvalorização da moeda nacional faz com que nossos bens sejam mais baratos no exterior, e os bens estrangeiros fiquem mais caros no mercado nacional. Conseqüentemente, cria-se uma tendência para elevar as exportações e reduzir as importações.
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Taxas de Câmbio Flexíveis ou Flutuantes 
Em um mercado livre, a taxa de câmbio que será determinada pelas forças da oferta e da demanda. 
 Fatores que geram Oferta de divisas:
 Os turistas estrangeiros
 As exportações nacionais 
 Os investidores estrangeiros
 Fatores que geram Demanda por divisas:
 Importações brasileiras 
 Investidores brasileiros 
 Turistas brasileiros
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Tipo de 
Câmbio
(real/dólar)
Demanda 
de divisas
Oferta
de divisas
Dólares
0,80
1,20
1,00
E
D$
D$
O$
O$
Superávit
Déficit
À taxa de câmbio de 1,00 real por dólar, o mercado está em equilíbrio. Quando o real se desvaloriza, passando a valer 1,20 real por dólar, há um superávit de divisa; quando o real valoriza, passando a valer 0,80 real por dólar, surge um déficit de divisas.
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Taxas de câmbio flexíveis e o déficit ou superávit no balanço de pagamento
 Inicialmente, balanço de pagamentos da economia brasileira está em equilíbrio.
 Aumentando a demanda por importações o balanço de pagamentos brasileiro incorre em um déficit.
 O aumento nas importações implicará um aumento na demanda por dólares no mercado de câmbio.
 O real ficará depreciado em relação ao dólar, o que fará com que as importações fiquem mais caras, e as exportações, mais baratas.
 A troca nos preços relativos das exportações e das importações fará aumentar o volume das exportações e reduzir o volume das importações, fazendo com que o balanço de pagamentos alcance equilíbrio.
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Limitações do Sistema de Taxas de Câmbio Flexíveis
 Pouca sensibilidade (elasticidade-preço da demanda ) da demanda das exportações e das importações. Balanço de pagamento apresenta um déficit e o real se desvaloriza, porém as exportações não aumentam o suficiente, e as importações não reduzem de maneira desejável. Esta situação pode gerar duas complicações, aumentar o preço das importações que incide sobre o custo de vida e também sobre os custos de produção de muitas empresas, influindo, negativamente sobre o preço das exportações.
 Incerteza nas relações internacionais, pois não há como determinar o custo de produto adquirido com pagamento a prazo.
 Ação dos especuladores que adquirem moeda ( real ) valorizada, aguardando o momento da desvalorização para venderem, dificultando assim o processo de ajuste cambial.
 Ex: Tx câmbio real/dólar 100 – especulador trocará 1.000.000 de reais por 10.000 dólares. 
	Tx câmbio real/dólar 130 – especulador trocará 10.000 dólares por 1.300.000 reais, obtendo lucro de 300.000 reais.
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Sistemas de Taxas de Câmbio fixas
Padrão Ouro: o valor da moeda nacional define-se em relação ouro e o banco central compra e vende ouro em quantidades ilimitadas. As entradas de ouro provocam uma expansão monetária e as saídas, uma destruição do dinheiro. 
 Este sistema começou perder seu vigor em meados de 1914 e após 1929 deixou praticamente de ser utilizado. 
FMI- taxas de câmbio ajustáveis: após 1944, foi criado o FMI e este sistema estabelecia taxas de câmbio fixas, porém com uma estreita faixa de 1% ou 2% de ajuste para mais ou menos.
 Este sistema prevaleceu até meados de 1973, após várias desvalorizações do dólar e perda de credibilidade no mesmo.								
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Crescimento Econômico
O crescimento econômico é um processo sustentado ao longo do tempo, no qual os níveis de atividade econômica aumentam constantemente.
Medição do Crescimento Econômico
Refere-se à tendência, a longo prazo da evolução da produção de um determinado país. Para isso duas grandezas são empregadas:
 Taxa de crescimento do PIB em termos reais:
Taxa de
crescimento
 do PIB
 2001-2000
= PIB2001 – PIB2000 X 100
 PIB 2000
= 418.270 – 414.416 X 100 = 0,9%
 414.416
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 PIB real por habitante ou per capita
PIB real por
Habitante
Em 2001
= PIB real 2001
 População 2001 
=____418.270___ 
153,4 milhões de 
habitantes 
= 2.726,66
dólares por 
habitante
Fatores determinantes do Crescimento Econômico 
 Disponibilidade de recursos produtivos. Ex: terra, capital e recursos não-renováveis como o petróleo. 
 Produtividade. Ex: O trabalhador produz mais
por hora trabalhada, seja por causa da automação ou da qualificação.
 Atitude de sociedade em relação à poupança. Ex: Sacrificar o consumo presente, acumulando capital, assentando bases para maior crescimento no futuro.
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Lucros do Crescimento Econômico
 Gera nível de vida mais elevado, permitindo a sociedade desfrutar bens e serviços com mais tempo livre.
 Aumento da renda nacional, o que contribui para que o governo arrecade maiores receitas sem ter que aumentar alíquotas dos impostos.
 Proporciona a efetivação de políticas a fim de alcançar melhor distribuição de renda, com menos oposição política e social.
 Aumento do emprego, que por sua vez aumenta a produtividade, melhorando a competitividade.
Custos do Crescimento Econômico
 Sacrifício do consumo presente, em prol do investimento em bens de capital, visando a produção de bens de consumo.
 Contaminação de Meio Ambiente.
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Custo da Contaminação
Todos arcam com os custos da contaminação, sejam os produtores, governo e sociedade em geral. Porém sociedade sempre suportará uma carga maior de financiamento do custo:
 Como consumidores- aumento dos preços dos produtos em conseqüência de instalação de equipamentos que filtrem os resíduos.
 Como contribuintes- governo destina subsídios às empresas que instalam equipamentos, e em contrapartida aumenta impostos para financiamento dos mesmos.
 Como ofertantes de trabalho- empresas reduzem investimentos na linha de produção e os direciona para atender as normas de controle de contaminação e conseqüentemente reduz postos de trabalho. 
 Custos privados ou internos: são os custos daqueles que realmente produzem um bem.
 Custos externos: são os que não são suportados por aqueles que realmente os geram e sim por outros agentes econômicos. Ex: O agricultor que tem as águas de sua propriedade poluída. 
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Estratégias para combater a contaminação
 Estabelecer um imposto sobre a contaminação: a empresa pagará imposto por unidade de contaminação emitida, até um determinado nível de redução, a partir do qual, ficará mais barato o pagamento do imposto do que diminuir a contaminação.
 Estabelecer limites físicos de contaminação: é estabelecido um controle direto e simples, requerendo que cada empresa reduza sua emissão de contaminação.
 Subsidiar o equipamento anticontaminante. 
Uma das melhores possibilidades para enfrentar o problema da contaminação é a: RECICLAGEM
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Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
Desenvolvimento: é o processo de crescimento de uma economia, ao longo do qual se aplicam novas tecnologias e se produzem transformações sociais, que acarretam uma melhor distribuição da riqueza e da renda.
Subdesenvolvimento: é a situação dos países menos avançados, caracterizada por baixa renda por habitante, reduzido nível de poupança e insuficiente dotação tecnológica: tudo o que limita o crescimento econômico.
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Causas do Subdesenvolvimento
 Escassez de capital físico: falta de fábricas, máquinas, equipamentos e infra-estruturas de todo tipo.
 Insuficiência de capital humano: deficiência em quantidade de conhecimentos técnicos e qualificações que a população trabalhadora de um país possui, conhecimento que procede da educação formal e da formação no trabalho.
 Relações de dependência: países subdesenvolvidos dependem de exportações de matérias-primas e produtos agrícolas, que possuem preços inferiores aos produtos industrializados exportados pelos países desenvolvidos gerando desequilíbrio no intercâmbio comercial. 
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Possíveis estratégias para sair do Subdesenvolvimento
 Apoio à industrialização.
 Defesa do mercado interno.
 Desenvolvimento do potencial interno.
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O Desemprego
O desemprego e a inflação são os dois problemas mais graves que as economias ocidentais enfrentam.
O IBGE(Instituto brasileiro de geografia e estatística), fornece a situação sobre o mercado de trabalho, através de pesquisas realizadas em seis regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife. Para o IBGE , considera-se desempregada, a pessoa maior de 16 anos que, durante a semana de referência, ou seja, a semana que foi realizada a pesquisa, esteve procurando emprego ou tomou medidas para se estabelecer durante a semana precedente. 
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Taxa de Desemprego
É o quociente entre o número de pessoas desempregadas e o número de ativos(os ocupados mais os desempregados), expressos em porcentagem.
Taxa de desemprego
= Desempregados x 100 
 População ativa total 
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Tipos de Desemprego
 Desemprego sazonal: surge sistematicamente em determinadas épocas do ano, é o causado por variações na demanda de trabalho em diferentes momentos do ano. Ex: Na agricultura fora da época de plantio e colheita, no setor de turismos durante os meses de inverno.
 Desemprego cíclico: acontece quando os trabalhadores e, em geral, os fatores produtivos, ficam ociosos devido a recessão econômica durante certos períodos de tempo gerando insuficiência para empregar todos os recursos.
 Desemprego friccional: é originado pela saída de alguns trabalhadores que procuram melhores empregos, devido algumas empresas que estejam atravessando uma crise, ou porque os novos membros da força de trabalho levam um certo tempo para empregarem-se.
 Desemprego estrutural: deve-se a desajustes entre a qualificação ou localização da força de trabalho e a requerida pelo empregador.
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As causas do Desemprego 
 Funcionamento do Mercado de Trabalho: em uma perspectiva clássica ou monetarista o desemprego deve-se ao desejo dos trabalhadores de receberem salários excessivamente elevados, motivados pela própria legislação, que introduz normas, tais como salários mínimos. Este desemprego é qualificado como voluntário. 
 Nível de demanda agregada: em uma perspectiva keynesiana, defende-se que o desemprego é involuntário, e ele ocorre porque o nível da demanda agregada é insuficiente. 
Prof. Joubert H. Zacarias
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INFLAÇÃO
É um aumento persistente e generalizado no índice de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos com altas esporádicas de preços, devidas a flutuações sazonais.
Condições que influenciam a Inflação
 Tipo de estrutura de mercado: quanto mais monopolizado e oligopolizado for o mercado, maiores serão os aumentos de custos repassados aos preços dos produtos.
 Grau de abertura da economia ao comércio exterior:quanto maior for a competição externa, maior será a concorrência interna, provocando menores preços.
 Estrutura das organizações trabalhistas: quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, maiores serão os reajustes salariais, provocando maiores pressões sobre os preços. 
Prof. Joubert H. Zacarias
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Tipos de Inflação
 Inflação de demanda: considerada o tipo mais “clássico” de inflação, diz respeito ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. Pode ser entendida como “dinheiro demais à procura de poucos
bens”. Isto provoca elevação dos preços para conter a demanda, gerando inflação.
 Inflação de custos: esta inflação está relacionada à oferta de um bem ou produto que tem seu preço bem relacionado a seus custos. Um aumento salarial ou em matérias-primas pode ocasionar aumento de preços. A inflação de custo está relacionada a setores com elevado poder de monopólio ou oligopólio, que repassam a elevação de seus custos para os consumidores.
Prof. Joubert H. Zacarias
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Efeitos da Inflação
 Efeito sobre a distribuição de renda: reduz o poder aquisitivo dos assalariados, que dependem de rendimento fixo e prazos legais de reajuste. Onde seus orçamentos ficam cada vez mais reduzidos, até a chegada do reajuste. Os dependentes de aluguéis também sofrem perda de rendimento, porém, são compensados pela valorização do imóvel. Já os empresários e o governo, têm mais condições de repassarem os aumentos de custos provocados garantindo assim seus lucros e arrecadações.
 Efeito sobre o balanço de pagamento: encarecimento do produto nacional em relação ao externo, estimulando assim as importações e desestimulando as exportações, provocando déficit de saldo na balança comercial.
 Efeito sobre as expectativas: o empresário sensível a este quadro de instabilidade e imprevisibilidade de seus lucros, permanece em compasso de espera e dificilmente tomará iniciativas de investimentos e extensão de capacidade produtiva, afetando assim o nível de emprego.
Prof. Joubert H. Zacarias
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