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6.0 Aula 06 Portugues p tj pe analista e tecnico

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Aula 06
Português p/ TJ-PE (Com videoaulas)
Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas
Língua Portuguesa p/ TJ-PE 
 Analista e Técnico Judiciário 
Teoria e Questões Comentadas 
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Regência nominal e verbal. 
Crase. 
A 
 
Olá, alunos! Animados? Vamos seguir com os nossos estudos!! 
 
Nesta aula, vamos falar sobre a relação entre os verbos e nomes (termos 
regentes) com seus complementos (termos regidos). Trata-se da regência 
verbal e nominal. Logo após, falaremos sobre as regras de uso da crase, 
assunto recorrente nas provas de concurso! 
 
SUMÁRIO 
REGÊNCIA VERBAL................................................................................02 
REGÊNCIA NOMINAL..............................................................................13 
CRASE.................................................................................................15 
RESUMO..............................................................................................24 
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................27 
LISTA DE QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS NESTA AULA...................60 
GABARITO............................................................................................83
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................83 
 
 
 
 
³6HMD�FRPR�RV�SiVVDURV�TXH��DR�SRXVDUHP�XP�LQVWDQWH�VREUH�UDPRV�PXLWR�
leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem aVDV´� 
Victor Hugo 
 
 
 
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REGÊNCIA VERBAL 
 
Trata-se da relação de dependência que se estabelece entre os verbos e 
seus complementos. Exemplo: 
 
Eu comprei uma blusa. 
 Termo regente Termo regido 
 
É o termo regente que pede o complemento preposicionado ou não, 
depende de sua transitividade e do sentido que ele tem. Porém, dependendo 
do sentido do verbo na frase, a sua regência pode variar. 
 
Vejamos alguns exemplos em que isso acontece: 
 
1. ASPIRAR: 
 - É Verbo Transitivo Direto (VTD) no sentido de inspirar: 
Aspiramos o ar da manhã. 
 VTD Objeto Direto (OD) 
 
- É Verbo Transitivo Indireto (VTI), rege usR�GD�SUHSRVLomR�³D´��QR�VHQWLGR�
de almejar: 
Aspiro a uma melhor posição. 
 VTI Objeto Indireto (OI) 
 
 
 
 
ATENÇÃO ÀS SIGLAS: 
 
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VTD - verbo transitivo direto (aquele que não rege uso de preposição 
antes do complemento). 
VTI - verbo transitivo indireto (aquele que rege o uso de preposição antes 
do complemento ± de, a, para, com, sobre...). 
VTDI ± verbo transitivo direto e indireto (aquele que pede dois 
complementos, um direto ± sem preposição ± e outro indireto ± com 
preposição). 
VI ± verbo intransitivo (não pede nenhum tipo de complemento). 
OD ± objeto direto (complemento de VTD). 
OI ± objeto indireto (complemento de VTI). 
 
Isso irá facilitar as explicações! 
 
Vejamos outros verbos que alteram o sentido quando a regência também 
muda: 
 
2) ASSISTIR: 
- É VTD no sentido de ajudar, de prestar assistência: 
O médico assiste o doente. 
 VTD OD 
 
- É VTI QR�VHQWLGR�GH�YHU��SUHVHQFLDU��UHJH�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´�� 
Assistiremos ao filme já. 
 TI OI 
 
 
 
É muito comum usarmos o verbo assistir no sentido de ver com a regência 
errada, sem a preposição antes do complemento: 
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Assisti o jogo de domingo em casa. 
 
1HVWH�FDVR��IDOWRX�D�SUHSRVLomR�³D´�UHJLGD�SHOR�YHUER��&XLGDGR��SRLV��VHP�
a preposição, o verbo assistir tem sentido de prestar assistência, ajudar! 
O correto então é: 
 
Assisti ao jogo de domingo em casa. 
 
- É VTI também no sentido de caber H�UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
Este direito não assiste a você. 
 VTI OI 
 
- É intransitivo no sentido de morar, residir, ou seja, não pede 
complemento: 
Você assiste em Juiz de Fora. 
 VI Adj. Adv. Lugar 
 
ATENÇÃO: Juiz de Fora é Adjunto Adverbial de Lugar, não é complemento 
do verbo. 
 
3. ATENDER: 
 
- É VTD no sentido de acolher, receber, responder, ouvir, conceder: 
O diretor atendeu os alunos. 
 VTD OD 
 
Deus atendeu a súplica de seu servo. 
 VTD OD 
 
$7(1d­2��R�³D´�p�DUWLJR�IHPLQLQR�VLQJXODU�� 
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- É VTI no sentido de dar atenção, considerar, prestar atenção. Rege o 
XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
 
Atendemos ao apelo da anciã. 
 VTI OI 
Não atendera aos amigos. 
 VTI OI 
 
$7(1d­2�� R� ³D´�� QRV� GRLV� FDVRV�� DQWHV� GH� ³R´� H� GH� ³RV´� p� SUHSRVLomR�
exigida pela regência do verbo. 
 
4. VISAR: 
 
- É VTD no sentido de apontar, mirar: 
O atirador visou o alvo. 
 VTD OD 
 
- É VTD no sentido de dar o visto: 
O gerente do BB visou o cheque. 
 VTD OD 
 
- É VTI no sentido de ter em vista, rege a prepoVLomR�³D´� 
Eu visava ao seu bem. 
 VTI OI 
 
5. QUERER: 
 
- É VTD no sentido de desejar: 
Eu quero aquele carro. 
 VTD OD 
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- É VTI no sentido de estimar��5HJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
 Os netos querem ao avô. 
 VTI OI 
 
Admite voz passiva = O avô é querido pelos (dos) netos. 
 Sujeito Agente da passiva 
 
6. CUSTAR: 
 
- É VTI no sentido de ser difícil: 
Custou-me acatar tal ideia. 
 VTI OI Sujeito 
(Acatar tal ideia custa a mim) 
 
- É VI também no sentido de ser difícil: 
Custa muito acatar tal ideia. 
 VI Sujeito 
(Acatar tal ideia custa) 
 
- É VTDI no sentido de acarretar: 
O ciúme custou-lhe dor. 
 Suj. OI OD 
(O ciúme custa dor à ele) 
7. ESQUECER / LEMBRAR: 
 
- É VTD no sentido de sair da memória. 
Esqueci os fatos passados. 
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 VTD OD 
 
- É VTI no sentido de sair da memória, mas quando houver uso de 
pronome. 
(pronominal) 
Esqueci-me dos fatos passados. 
 VTI OI 
 
ATENÇÃO: se os verbos esquecer e lembrar forem pronominais, também 
VHUmR�97,V�H�UHJHP�D�SUHSRVLomR�³GH´� 
 
- É VTI = cair no esquecimento, perder importância. 
Esqueceram-me os fatos passados. 
 VTI OI Sujeito 
 
8. PROCEDER: 
 
- É VI no sentido de ter fundamento: 
Sua atitude não procede. 
 VI 
 
- É também VI no sentido de procedência: 
Nós procedemos de Minas. 
 VI Adj. Adv. Lugar 
 
ATENd­2��³GH�0LQDV´�p�DGMXQWR�$GYHUELDO�GH�/XJDU��1­2�p�FRPSOHPHQWR�
verbal. 
 
- É VTI no sentido de dar início ou sequência e rege o uso da preposição 
³D´� 
O juiz procedeu ao julgamento. 
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 VTI OI 
 
9. IMPLICAR: 
 
- É VTD no sentido de acarretar: 
Seu gesto implicará punição. 
 VTD OD 
 
Seu gesto implicará EM punição = ERRADO 
 
- É VTI no sentido de antipaWL]DU�H�UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³FRP´� 
Ela implicou com o rapaz. 
 VTI OI 
 
- É VTI no sentido de comprometer-VH�H�UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³HP´� 
Implicou-se em assaltos. 
 VTI OI 
 
- É VTDI no sentido de envolver H�UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³HP´�QR�2,� 
Ele implicou o rapaz no crime. 
 VTDI OD OI 
 
10. PRECISAR: 
 
- É VTD ou VTI no sentido de ter necessidade: 
O país precisava de agrônomos. 
 VTI OI 
x 5HJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³GH´� 
 
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Precisava fazenda macia e pulseiras. 
 VTD OD 
 
- É VTD para indicar algo com exatidão: 
Ele não sabe precisar a quantia. 
 VTD OD 
 
11. CHAMAR: 
 
- É VTD no sentido de convocar: 
O mestre chamou os alunos. 
 VTD OD 
 
- É VTD + predicativo quando usado para cognominar: 
Chamaram Pedro de herói. 
 VTD 2'����3UHGLFDWLYR�GR�2EMHWR�'LUHWR�³3HGUR´ 
 
- É VTI + predicativo também para cognominar: 
Chamaram a Pedro de herói. 
 VTI 2,�����3UHGLFDWLYR�GR�2EMHWR�,QGLUHWR�³3HGUR´ 
 
Fácil até aqui, queridos alunos?? Espero que sim! Agora vejam os 
casos a seguir: 
 
12. INFORMAR: 
 
- É sempre VTDI: 
Informamos o prefeito do desastre. 
 VTDI OD OI 
 
 
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Informamos o desastre ao prefeito. 
 VTDI OD OI 
 
13. PAGAR / PERDOAR: 
 
- É VTD quando refere-se a coisas: 
Paguei o livro. 
 VTD OD 
 
- É VTI quando refere-VH�D�SHVVRDV�H�UHJH�R�XVR�GD�SUHSRVLomR�³D´� 
Paguei ao vendedor. 
 VTI OI 
 
- É VTDI quando refere-se a coisas e a pessoas: 
Paguei o livro ao vendedor. 
VTDI OD OI 
 
14. OBEDECER / DESOBEDECER: 
 
- e�VHPSUH�97,�H�UHJH�D�SUHSRVLomR�³D´� 
Os filhos obedecem aos pais. 
 VTI OI 
 
 
Cuidado! É comum o uso equivocado da regência dos verbos obedecer e 
desobedecer: 
O jogador desobedeceu o juiz ± ERRADO! 
O jogador desobedeceu ao juiz ± CORRETO! 
 
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Admite voz passiva = Os pais são obedecidos pelos filhos. 
 Sujeito Agente da Passiva 
 
15. PREFERIR: 
 
- É sempre VTDI H�UHJH�D�SUHSRVLomR�³D´�QR�objeto indireto: 
Prefiro doce a salgado. 
VTDI OD OI 
 
 
Prefiro cinema que teatro = ERRADO! 
Prefiro mais cinema do que teatro = ERRADO! 
Prefiro cinema a teatro = CORRETO! 
 
16. SIMPATIZAR: 
 
- É sempre VTI H�UHJH�D�SUHSRVLomR�³FRP´: 
Não simpatizo com você. 
 VTI OI 
 
 
 
ATENÇÃO: o verbo simpatizar NÃO é pronominal! 
Não ME simpatizo com você. = ERRADO! 
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17. CHEGAR: 
 
- É sempre VI: 
Cheguei ao colégio. 
 VI Adj. Adv. Lugar 
 
$7(1d­2��³DR�FROpJLR´�é adjunto Adverbial de Lugar, não é complemento 
verbal. 
 
Cheguei no carro da minha irmã. = CERTO 
 Adj. Adv. Lugar 
Cheguei no colégio. = ERRADO 
Cheguei ao colégio. = CORRETO 
 
18. NAMORAR: 
 
- É sempre VTD: 
Namorei aquele garoto. 
 VTD OD 
 
* Namorei COM aquela garota. = ERRADO 
O verbo namorar não rege preposição! 
 
 
 
 
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REGÊNCIA NOMINAL 
 
Trata-se da relação que se estabelece entre o NOME e o termo (palavra 
ou expressão) que lhe serve de complemento, pois assim como há verbos com 
sentido incompleto, alguns nomes (adjetivos, substantivos e alguns advérbios) 
também precisam de complemento. 
 
Estava ansioso por vê-la. 
 T. Regente T. Regido 
 
Alguns exemplos: 
 
Atenção para o uso da preposição adequada: 
 
Esse agasalho me parece adequado ao clima da região. 
Poucas pessoas têm capacidade de / para argumentar com coerência. 
Helena, aos dez anos, já é responsável pelos irmãos mais novos. 
 
Os nomes podem reger mais de uma preposição, saber qual usá-las vai 
depender do contexto, da clareza e da eufonia. 
A lista a seguir apresenta, para consulta, alguns nomes e as preposições 
que mais comumente eles exigem. A lista não para por aqui, são muitas 
possiblidades! 
 
Acessível a 
Acostumado a ou com 
Alheio a 
Alusão a 
Ansioso por 
Atenção a ou para 
Atento a ou em 
Benéfico a 
Compatível com 
Cuidadoso com 
Desacostumado a ou com 
Desatento a 
Desfavorável a 
Desrespeito a 
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Estranho a 
Favorável a 
Fiel a 
Grato a 
Hábil em 
Habituado a 
Inacessível a 
Indeciso em 
Invasão de 
Junto a ou de 
Leal a 
Maior de 
Morador em 
Naturalde 
Necessário a 
Necessidade de 
Nocivo a 
Ódio a ou contra 
Odioso a ou para 
Posterior a 
Preferência a ou por 
Preferível a 
Prejudicial a 
Próprio de ou para 
Próximo a ou de 
Querido de ou por 
Residente em 
Respeito a ou por 
Sensível a 
Simpatia por 
Simpático a 
Útil a ou para 
Versado em 
 
Antes de falarmos sobre CRASE, vejam que questão interessante: 
 
 
 
 (TRT/16ª REGIÃO/MA/2014/Analista Judiciário 
O segmento do verbete que apresenta descuido quanto à regência é: 
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente 
responsáveis. 
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-
se com o equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o 
equilíbrio social. 
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c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar 
e cuidar da comunidade. 
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] 
conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade. 
e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] 
promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida. 
 
Comentário: todas as alternativas estão corretas, com exceção da C. 
$WHQomR��SRLV�R�XVR�GD�FRQMXQomR�³H´�HVWi�LUPDQDQGR��RX seja, colocando como 
LJXDLV� RV� YHUERV� ³UHVSHLWDU´� H� ³FXLGDU´��2� SUREOHPD� p� TXH� D� UHJrQFLD� GHVVHV�
dois verbos não p� D� PHVPD� H� DSHQDV� D� GR� YHUER� ³FXLGDU´� IRL� UHVSHLWDGD� QR�
SDUDOHOLVPR�� ³FXLGDU� de+a = da FRPXQLGDGH´�� &RPR� UHVROYHU� R� SUREOHPD"�
Temos que dissociar os dois verbos, assim: ... procura respeitar a comunidade 
H� FXLGDU� GHOD�� 'HVVD� IRUPD�� D� JHUrQFLD� GR� YHUER� ³UHVSHLWDU´�� TXH� QmR� SHGH�
SUHSRVLomR��R�³D´�p�DUWLJR�GH�³FRPXQLGDGH��H�D�GR�YHUER�³&XLGDU´��TXH�UHJH�D�
SUHSRVLomR�³GH´��HVWDUmR�UHVSHLWDGDV��4XHVtão muito boa! 
GABARITO: C 
 
 
CRASE 
 
Para início de conversa: crase não é acento, e sim superposição de dois 
"as". O primeiro é uma preposição, o segundo, pode ser um artigo definido, 
um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s), e aquilo. O acento que 
marca este fenômeno é o grave (`). 
O domínio da crase depende de o aluno conhecer a regência de alguns 
verbos e nomes. 
 
Vejamos os casos de uso da crase: 
 
 
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1. Crase da preposição a com o artigo definido a(s): 
 
- Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a 
preposição e o termo regido tem de ser uma palavra feminina que admita 
artigo. 
 
 
Uma dica é trocar a palavra feminina por uma masculina equivalente, se 
aparecer ao(s) usa-se crase, caso apareça a ou o(s) não haverá crase. 
 
a) Todos iriam à reunião. 
6XEVWLWXLQGR� D� SDODYUD� IHPLQLQD� ³UHXQLmR´� SHOD� PDVFXOLQD� ³HQFRQWUR´��
temos: 
b) Todos iriam ao encontro. 
 
A crase é obrigatória: 
 
- Em locuções prepositivas, adverbiais ou conjuntivas (femininas). 
Ex. à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à 
proporção que, à procura de, à vontade 
 
 
Em expressões que indicam instrumento, crase é opcional: 
Ex.: Escrevi a (à) máquina. 
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- Expressão à moda de, mesmo que subentendida. 
a) Era um penteado à francesa (à moda francesa). 
b) O jogador fez um gol à Pele (à moda do Pelé). 
 
- Quando as palavras "rua", "loja", "estação de rádio" estiverem 
subentendidas. 
a) Maria dirigiu-se à Globo (dirigiu-se à estação de rádio). 
 
- Na expressão devido à (s) + palavra feminina ocorre a crase. 
a) Devido à descoberta, as alterações serão feitas. 
 
2. Situações em que não existe crase: 
 
- antes de palavra masculina e de verbos. 
a) Vende-se a prazo. 
b) O texto foi redigido a lápis. 
c) Ele começou a fazer dietas. 
 
- antes de artigo indefinido e numeral cardinal (exceto em horas). 
a) Refiro-me a uma blusa mais fina. 
b) O vilarejo fica a duas léguas daqui. 
 
- antes dos pronomes pessoais, inclusive as formas de tratamento. 
a) Enviei uma mensagem a Vossa Majestade. 
b) Nada direi a ela. 
 
 
Neste caso, os pronomes senhora e senhorita são exceções. 
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- antes de pronomes demonstrativos esta(s) e essa(s). 
a) Refiro-me a estas flores. 
b) Não deram valor a esta ideia. 
 
- antes de pronomes indefinidos, com exceção de outra. 
a) Direi a todas as pessoas. 
b) Fiz alusão a esta moça e à outra. 
 
Entendendo a exceção... 
A regra é que, antes dos indefinidos NÃO existe crase. Ocorre, porém, que 
alguns indefinidos, não só o "outra" (tal, mesma, muitas, pouca), podem 
admitir o artigo "a" antes deles, dando ensejo à crase. Como saber se há o 
artigo antes do indefinido? Fazendo a substituição do substantivo feminino que 
os segue por outro masculino correlato, comprovaremos a ocorrência da crase: 
Exemplo: 
Assistimos sempre às mesmas cenas (aos mesmos episódios). >> COM 
CRASE. 
Exemplo tirado do exercício 14 desta aula: 
"... passava as tardes perambulando de uma praça a outra" 
(perambulando de um bosque a outro bosque). >> o indefinido "outra" não 
está acompanhado de artigo para que a crase seja exigida. Caso fosse 
formado: de um lugar AO outro... aí sim teria crase. 
Normalmente, o uso ou não da crase antes dos indefinidos está ligado à 
regência do verbo da oração: 
Assistimos a quê? 
Perambulando de um lugar a outro. 
Os verbos "assistir" e "perambular" regem o uso da preposição "a". 
 
- se antes da preposição a tiver outra preposição. 
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a) Compareceu perante a juíza no dia da audiência. 
 
 
Com a preposição até o uso é facultativo. 
Chegou até a (à) escola rapidamente. 
 
- no meio de expressões com palavras repetitivas. 
Ficamos cara a cara. 
 
- no a singular seguido de palavra no plural. 
Pediu apoio a pessoas estranhas. 
 
- não haverá crase antes de pronome interrogativo. 
Referiu-se a quem? 
 
- palavra feminina tomada em sentido genérico. 
A pena pode ir de advertência a multa. 
 
Multa = qualquer tipo. 
 
 
Havendo determinação, a crase é indispensável: 
Ele admite ter cedido à pressão dos superiores (determinação). 
 
 
 
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Vejam uma questão ilustrativa: 
 
 
 
 
TRF/4ª REGIÃO/2014/Técnico Judiciário/adaptada 
Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre 
parênteses, o sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado nos dois casos 
a seguir: 
I. ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos) 
(2º parágrafo) 
II ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos 
independentes) (5º parágrafo) 
 
Comentário: a questão está errada, pois a crase deverá ser usada em 
apenas alternativas. Vejam: 
I. Nunca usamos crase antes de verbo, sendo assim, antes do verbo 
³GLVSRU´��QmR�SRGHUi�KDYHU�FUDVH�� 
... que uma educação liberal, a dispor de todos... 
II. Na alteração indicada, a crase vai ocorrer pela aglutinação da 
SUHSRVLomR� ³D´, H[LJLGD� SHOD� UHJrQFLD� GR� QRPH� ³REVWiFXORV´, e o artigo 
IHPLQLQR�TXH�DFRPSDQKD�R�VXEVWDQWLYR�IHPLQLQR�³FULDomR´��A prep. + A artigo 
= à. Regra geral de uso da crase. 
... são um obstáculo à criação de indivíduos independentes. 
GABARITO: ERRADO. 
 
 
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3. A crase é facultativa: 
 
- antes de nomes próprios femininos (exceto em nomes de personalidade 
pública - sem artigo): 
a) Enviei um presente a (à) Maria. 
 
 
A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma 
expressão que a determine, então a crase será obrigatória: 
Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão (determinação). 
 
- antes do pronome adjetivo possessivo feminino singular: 
a) Pediu informações a minha secretária. 
b) Pediu informações à minha secretária. 
c) Pediu informações a minhas secretárias. 
d) Pediu informações as minhas secretárias. 
e) Pediu informações às minhas secretárias. 
 
 
 
Se o pronome possessivo for substantivo e por regência a preposição for 
exigida, a crase será obrigatória: 
Foi a [à] sua cidade natal e à minha. 
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A segunda crase do exemplo acima é obrigatória, enquanto a primeira é 
facultativa. 
 
- antes de topônimos, a menos que estejam determinados. 
a) Iremos a Curitiba. 
b) Iremos à bela Curitiba. 
c) Iremos à Bahia. 
 
 
Lá vai um MACETE! 
Para saber se antes do topônimo (nome de um lugar) tem crase, basta 
decorar o versinho: 
Chego da, crase há! 
Chego de, crase pra quê? 
 
Testando o macete... 
Cheguei da Bahia = fui à Bahia (com crase) 
Cheguei de Manaus = fui a Manaus (sem crase) 
Cheguei da Alemanha = fui à Alemanha (com crase) 
Cheguei de Ubatuba = fui a Ubatuba (sem crase) 
Fácil não é?? Teste outros topônimos... 
 
4. Crase da preposição a com pronome demonstrativo e relativo 
 
Com os demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo, basta verificar se, 
por regência, alguma palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a" 
inicial do próprio pronome. 
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O MACETE é trocar aquele(a/s) por este(a/s) e aquilo por isto, se antes 
aparecer a, há crase. 
a) Enviei presentes àquela menina (a esta menina). 
b) A matéria não se relaciona àqueles problemas (a estes problemas). 
c) Não de ênfase àquilo (a isto). 
 
O pronome demonstrativo a(s) aparece antes de que ou de e pode ser 
trocado por aquela(s). Deve-se fazer o teste da troca por um masculino similar 
e verificar se aparece ao(s): 
 
a) Esta estrada é paralela à que corta a cidade (O caminho é paralelo ao 
que corta a cidade). 
 
ATENÇÃO: Antes dos pronomes relativos "que" e "quem" não ocorre 
crase. Já o pronome qual(s) admite crase. 
 
 
O MACETE é trocar o substantivo feminino anterior ao pronome por um 
masculino, se aparecer ao(s) há crase. 
a) A menina à qual me refiro não estudou (O menino ao qual me refiro...). 
b) A professora à qual me refiro é bonita (O professor ao qual me 
refiro...). 
c) A fama à qual almejo não é difícil (O sucesso ao qual almejo...). 
 
 
5. Casos especiais sobre o uso da crase: 
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- antes da palavra casa: 
Quando a palavra casa significar lar, domicílio e não vier acompanhada de 
adjetivo, ou locução adjetiva, não se usará a crase. 
Iremos a casa assim que chegarmos (Iremos ao lar assim que 
chegarmos). 
 
Quando a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução 
adjetiva ocorrerá crase. 
Iremos à casa de minha mãe. 
 
- antes da palavra terra: 
Oposto de mar, ar e bordo - não há crase 
O Marinheiro forma a terra. 
 
Quando terra significar solo, planeta ou lugar - poderá haver crase. 
a) Voltei à terra natal. 
b) A espaçonave voltará à Terra em um mês. 
 
- antes da palavra distância: 
Não se usa crase, salvo se vier determinada. 
a) Via-se o barco à distância de quinhentos metros (determinado). 
b) Olhava-nos a distância. 
 
 
 
 
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Vimos na aula de hoje que a REGÊNCIA é o estudo da maneira como os 
verbos (regência verbal) e os nomes (regência nominal) estão ligados aos seus 
complementos na análise sintática das orações. 
 
REGÊNCIAS MAIS USADAS DE ALGUNS VERBOS: 
 
REGÊNCIAS MAIS USADAS PARA ALGUNS NOMES: 
 
Substantivos: admiração a, por; atentado a, contra; aversão a, para, 
por; avidez por; bacharel em; capacidade de, para; devoção a, por; doutor 
em; dúvida acerca de, em, sobre; horror a; impaciência com; ojeriza a, por; 
respeito a, com, para com. 
Adjetivos: acessível a; acostumado com, a; afável com, para com; 
agradável a; alheio a; análogo a; ansioso de, por; apto a, para; ávido de, por; 
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benéfico a; capaz de, para; compatível com; contemporâneo de, a; contíguo a; 
entendido em; hábil em; habituado a; indeciso em, para; liberal com; morador 
em; nocivo a, para; parco de, em; preferível a; prejudicial a; propício a; 
próximo a, de; residente em; semelhante a; sensível a, com; sito em; suspeito 
de; socorrido em; vazio de 
 
CRASE 
 
Para finalizar, separei um quadro com um resumo do uso da crase: 
 
 
 
 
 
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A cultura brasileira em tempos de utopia 
 
Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram 
as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década 
de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar 
aspectos da tradição com temas e formas de expressão modernas. 
No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 
40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes 
populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa 
publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto 
escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da 
linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura 
erudita. 
Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João 
Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a 
interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que 
dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento 
das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para 
melhor H[SUHVVDU�R�³%UDVLO�PRGHUQR´�� 
Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre 
a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de 
buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros 
e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura 
engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e 
do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num 
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processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da 
moderna música popular brasileira, a MPB. 
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino 
médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 
 
01. (TRT - 1ª REGIÃO/RJ ± 2014 ± Analista Judiciário ± FCC) As 
expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as 
lacunas da seguinte frase: 
a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico 
...... todos queriam alcançar e se realizar. 
b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões 
políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente 
mergulhou. 
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera 
política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o 
novo presidente da República. 
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos 
lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já 
fora reconhecido. 
e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a 
capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam. 
 
&RPHQWiULR��VDEHQGR�TXH�R�³RQGH´�Vy�SRGH�VHU�XVDGR�SDUD�LQGLFDU�OXJDU�H�
TXH�R�XVR�GH�³HP�FXMR´�HVWi� FRQGLFLRQDGR�j� UHJrQFLD�verbal ou nominal que 
exija a preposLomR�³HP´��YDPRV�jV�DOWHUQDWLYDV, completando as lacunas para 
encontrarmos a resposta correta para a questão, que pede o preenchimento 
FRP�³RQGH´�H�³HP�FXMR´: 
a) AONDE iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso 
artístico QUE todos queriam alcançar e se realizar. ± AONDE indica movimento. 
O verbo alcançar não rege preposiçmR�� SRU� LVVR� WHPRV� ³TXH� WRGRV� TXHULDP�
DOFDQoDU´��VHP�SUHSRVLomR�DQWHV�GR�UHODWLYR�³TXH´� 
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b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ONDE se viviam algumas tensões 
políticas, o filme provocou um grande debate, EM CUJO calor muita gente 
mergulhou. ± 21'(� LQGLFDQGR� OXJDU� HVWiWLFR�� 2� YHUER� ³PHUJXOKDU´�
PHWDIRULFDPHQWH� UHJH� D� SUHSRVLomR� ³HP´��PHUJXOKDU� em + o = no calor do 
debate. EIS A RESPOSTA CORRETA! 
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, QUANDO a 
atmosfera política propiciaria um período de realizações DE QUE o maior 
responsável seria o novo presidente da República. ± QUANDO é a conjunção 
que LQGLFD�WHPSR�H�HVWi�UHWRPDQGR�³QR�DQR�GH�����´�� Quem é responsável é 
de ou por alguma coisa. Por XPD�TXHVWmR�GH�HXIRQLD��R�³GH´�IRL�XVDGR�DQWHV�
GR�UHODWLYR�³TXH´. 
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme QUE Nelson Pereira dos Santos 
lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, CUJO valor já 
fora reconhecido. ± O UHODWLYR�³TXH´�UHWRPD�³ILOPH´, isso sem preposição, pois 
R� YHUER� ³ODQoDU´� p� 97'�� 2� UHODWLYR� ³FXMR´� IRL� XVDGR� sozinho, pois o verbo 
³UHFRQKHFHU´�QmR�UHJH�SUHSRVLomR�� 
e) O Rio era uma cidade QUE muitos buscavam para viver melhor, a 
capital EM CUJO esplendor todos os cariocas se orgulhavam. ± 2�UHODWLYR�³TXH´�
HVWi�UHWRPDQGR�³5LR´��LVVR�VHP�SUHSRVLomR��SRLV�R�YHUER�³EXVFDU´�p�97'��³(P�
FXMR´� IRL� XVDGR� SUHSRVLFLRQDGR� SHOD� UHJrQFLD� GR� YHUER� ³RUJXOKDU´� de ou em 
alguma coisa. 
GAABARITO: B 
 
Atenção: Para responder a questão considere o texto abaixo. 
 
No campo da técnica e da ciência, nossa época produz milagres todos os 
dias. Mas o progresso moderno tem amiúde um custo destrutivo, por exemplo, 
em danos irreparáveis à natureza, e nem sempre contribui para reduzir a 
pobreza. 
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A pós-modernidade destruiu o mito de que as humanidades humanizam. 
Não é indubitável aquilo em que acreditam os filósofos otimistas, ou seja, que 
uma educação liberal, ao alcance de todos, garantiria um futuro de liberdade e 
igualdade de oportunidades nas democracias modernas. George Steiner, por 
H[HPSOR�� DILUPD� TXH� ³ELEOLRWHFas, museus, universidades, cenros de 
investigação por meio dos quais se transmitem as humanidades e as ciências 
podem prosperar nas proximidades dos FDPSRV� GH� FRQFHQWUDomR´� ³2� TXH� R�
elevado humanismo fez de bom para as massas oprimidas da comunidade? 
Que utilidade teve a cultXUD�TXDQGR�FKHJRX�D�EDUEiULH"´� 
Numerosos trabalhos procuraram definir as características da cultura no 
contexto da globalização e da extraordinária revolução tecnológica. Um deles é 
o de Gilles Lipovetski e Jean Serroy, A cultura-mundo. Nele, defende-se a ideia 
de uma cultura global - a cultura-mundo - que vem criando, pela primeira 
vez na história, denominadores culturais dos quais participam indivíduos dos 
cinco continentes, aproximando-os e igualando-os apesar das diferentes 
tradições e línguas que lhes são próprias. 
(VVD�³FXOWXUD�GH�PDVVDV´ nasce com o predomínio da imagem e do som 
sobre a palavra, ou seja, com a tela. A indústria cinematográfica, sobretudo a 
partiU� GH� +ROO\ZRRG�� ³JOREDOL]D´� RV� filmes, levando-os a todos os países, a 
todas as camadas sociais. Esse processo se acelerou com a criação das redes 
sociais e a universalização da internet. 
Tal cultura planetária teria, ainda, desenvolvido um individualismo 
extremo em todo o globo. Contudo, a publicidade e as modas que lançam e 
impõem os produtos culturais em nossos tempos são um obstáculoa 
indivíduos independentes. 
O que não está claro é se essa cultura-mundo é cultura em sentido 
estrito, ou se nos referimos a coisas completamente diferentes quando 
falamos, por um lado, de uma ópera de Wagner e, por outro, dos filmes de 
Hitchcock e de John Ford. 
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A meu ver, a diferença essencial entre a cultura do passa- 
do e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam 
transcender o tempo presente, continuar vivos nas gerações futuras, ao passo 
que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e 
desaparecer. Cultura é diversão, e o que não é divertido não é cultura. 
(Adaptado de: VARGAS LLOSA, M. A civilização do espetáculo. 
Rio de Janeiro, Objetiva, 2013, formato ebook) 
 
02. (TRF - 4ª REGIÃO ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) 
Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra entre parênteses, o 
sinal indicativo de crase deverá ser acrescentado em: 
a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... (dispor de todos) 
(2º parágrafo) 
b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... - (ciências 
humanas) (2º parágrafo) 
c) ... a todas as camadas sociais. - (qualquer classe social) (4º parágrafo) 
d)... se nos referimos a coisas completamente diferentes... - (uma coisa 
completamente diferente) (6º parágrafo) 
e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (criação de indivíduos 
independentes) (5º parágrafo) 
 
Comentário: 
Alternativa A ± ERRADA. Nunca usamos crase antes de verbo. 
Alternativa B ± ERRADA. Para ocorrer crase, o verbo deve reger o uso da 
SUHSRVLomR�³D´�TXH�LUi�DJOXWLQDU-VH�FRP�R�DUWLJR�³D(s)´�GD�SDODYUD�IHPLQLQD�TXH�
vem a seguir, o que não é o cDVR��SRLV�R�YHUER�³WUDQVPLWLU´��TXDQGR�IRU�DOJXPD�
FRLVD��FRPR�³FLrQFLDV�KXPDQDV´�p�97'��QmR�UHJH�SUHSRVLomR�� 
Alternativa C ± ERRADA. Não se usa crase antes de pronome indefinido, 
pois ele não admite artigo anterior. 
Alternativa D ± ERRADA. Não se usa crase antes de artigo indefinido. 
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Alternativa E ± CORRETA. A crase vai ocorrer pela aglutinação da 
SUHSRVLomR�³D´�H[LJLGD�SHOD�UHJrQFLD�GR�QRPH�³REVWiFXORV´ e o artigo feminino 
TXH�DFRPSDQKD�R�VXEVWDQWLYR�IHPLQLQR�³FULDomR´��A prep. + A artigo = à. 
GABARITO: E 
 
Leia com atenção o verbete abaixo, transcrito do Dicionário de 
comunicação, e as assertivas que o seguem. 
 
Responsabilidade social 
 
‡� �PN�US�� $GRomR�� SRU� SDUWH� GD� HPSUHVD� RX� GH� TXDOTXHU� LQVWLWXLomR�� GH�
políticas e práticas organizacionais socialmente responsáveis, por meio de 
valores e exemplos que influenciam os diversos segmentos das comunidades 
impactadas por essas ações. O conceito de responsabilidade social 
fundamenta-se no compromisso de uma organização dentro de um 
ecossistema, onde sua participação é muito maior do que gerar empregos, 
impostos e lucros. Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente de forma 
absolutamente responsável e ética, inter-relacionando-se com o equilíbrio 
ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o equilíbrio social. Do 
ponto de vista mercadológico, a responsabilidade social procura harmonizar as 
expectativas dos diferentes segmentos ligados à empresa: consumidores, 
empregados, fornecedores, redes de venda e distribuição, acionistas e 
coletividade. Do ponto de vista ético, a organização que exerce sua 
responsabilidade social procura respeitar e cuidar da comunidade, melhorar a 
qualidade de vida, modificar atitudes e comportamentos através da educação e 
da cultura, conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade, gerar uma 
consciência nacional para integrar desenvolvimento e conservação, ou seja, 
promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida. 
Diz-se tb. responsabilidade social corporativa ou RSC. V. ecossistema 
social, ética corporativa, empresa cidadã e marketing social. 
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 (BARBOSA, Gustavo e RABAÇA, Carlos Alberto. 2.ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: 
(OVHYLHU�������í���D reimpressão, p. 639-40) 
 
03. (TRT - 16ª REGIÃO/MA ± 2014 ± Analista Judiciário ± FCC) O 
segmento do verbete que apresenta descuido quanto à regência é: 
a) Adoção [...] de políticas e práticas organizacionais socialmente 
responsáveis. 
b) Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente [...], inter-relacionando-
se com o equilíbrio ecológico, com o desenvolvimento econômico e com o 
equilíbrio social. 
c) a organização que exerce sua responsabilidade social procura respeitar 
e cuidar da comunidade. 
d) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] 
conservar a vitalidade da terra e a biodiversidade. 
e) a organização que exerce sua responsabilidade social procura [...] 
promover o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida. 
 
Comentário: todas as alternativas estão corretas, com exceção da C. 
$WHQomR��SRLV�R�XVR�GD�FRQMXQomR�³H´�HVWi�LUPDQando, ou seja, colocando como 
LJXDLV� RV� YHUERV� ³UHVSHLWDU´� H� ³FXLGDU´��2� SUREOHPD� p� TXH� D� UHJrQFLD� GHVVHV�
GRLV� YHUERV� QmR� p� D� PHVPD� H� DSHQDV� D� GR� YHUER� ³FXLGDU´� IRL� UHVSHLWDGD� QR�
SDUDOHOLVPR�� ³FXLGDU� de+a = da FRPXQLGDGH´�� &RPR� UHVROYHU� R� SUREOHPD"�
Temos que dissociar os dois verbos, assim: ... procura respeitar a comunidade 
H� FXLGDU� GHOD�� 'HVVD� IRUPD�� D� JHUrQFLD� GR� YHUER� ³UHVSHLWDU´�� TXH� QmR� SHGH�
SUHSRVLomR��R�³D´�p�DUWLJR�GH�³FRPXQLGDGH��H�D�GR�YHUER�³&XLGDU´��TXH�UHJH�D�
SUHSRVLomR�³GH´��HVWDUmR�UHVSHLWDGas. Questão muito boa! 
GABARITO: C 
 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão. 
 
Vitalino 
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A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de 
cachaço crivado de furos para neles se espetarem os palitos de dentes, que 
Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como 
os via no terreiro da casa ± galos, cachorros, calangos. Depois feras ± onças, 
jacarés. Depois gente ... 
Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos 
simples bichinhos de plástica* tão ingenuamente pura. Atira-se a composições 
de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. 
Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão 
de galinhas ou o bêbado, a moenda, a casa de farinha etc. 
Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não 
está sozinho, não. Outras cidadezinhas do interior de Pernambuco (em todo o 
Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido 
encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, 
Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, quando se trata de saber quem 
entre os dois é o tal, oscolecionadores se dividem. E, naturalmente, também 
os [irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru. 
Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de 
Vitalino ou de Severino. Sei que eram realmente obras de arte, especialmente 
certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está 
bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu 
papagaio. Sempre acabo dando os meus calungas de barro. Não há coisa que 
se dê com mais prazer. 
Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a 
maior facilidade. E isso, na minha idade, é de uma melancolia que me põe 
doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar 
afeição a passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver 
onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que murcha num vaso está acima 
de minhas forças. 
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(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova 
Aguilar, v. único, 1993, p. 479-481) 
 
*plasmar = moldar, modelar 
*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 
*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 
 
04. (AL-PE ± 2014 ± Agente Legislativo ± FCC) Vitalino começou, aos 
seis anos, a modelar suas figurinhas de barro, à ...... . 
O segmento que completa a lacuna da frase acima, corretamente 
introduzido pelo à, com o sinal indicativo de crase, é: 
a) exemplo daquelas que sua mãe fazia. 
b) partir dos modelos criados por sua mãe. 
c) que dava verdadeiros contornos artísticos. 
d) seu estilo característico de artesão nordestino. 
e) imitação dos bichos que via no terreiro. 
 
Comentário: vamos analisar cada alternativa: 
Alternativa A ± não existe crase antes de palavra masculina. 
Alternativa B ± não existe crase antes de verbos. 
Alternativa A ± QmR�H[LVWH�FUDVH�DQWHV�GR�SURQRPH�UHODWLYR�³TXH´� 
Alternativa A ± não existe crase anteV�GH�SDODYUD�PDVFXOLQD��³VHX�HVWLOR´�p�
masculino. 
Alternativa A ± DTXL�D�FUDVH�RFRUUH�SRLV�³j�LPLWDomR´�IRUPD�XPD�H[SUHVVmR�
adverbial feminina, é o modo como Vitalino modelava suas figurinhas. 
GABARITO: E 
 
 Leia: 
 
...... música sertaneja agregou-se outro gênero, o country, ...... 
característica marcante é inserir o meio de vida rural no cenário urbano. As 
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origens do country, por sua vez, são múltiplas e se estendem das melodias 
celtas, provenientes da Europa, ...... da tradição gospel norte-americana, além 
de fazer uso de instrumentos como o bandolim, proveniente da Itália, e o 
banjo africano. 
 
05. (METRÔ-SP ± 2014 ± Assistente Administrativo Júnior ± FCC) 
Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está 
em: 
a) A ± cuja ± às 
b) A ± a qual ± a 
c) À ± a qual ± a 
d) À - cuja ± às 
e) À ± cuja ± as 
 
&RPHQWiULR��R�YHUER�³DJUHJDU´�p�97,��DJUHJD-se a alguma coisa. (OI ± 
XVR� GD� SUHSRVLomR� ³D´��� 6HQGR� DVVLP�� 2� &RXQWU\� DJUHJRX-se à música 
sertaneja (com crase). Tal análise já exclui as alternativas A e B. A segunda 
ODFXQD�GHYH�VHU�SUHHQFKLGD�SRU�XP�SURQRPH�UHODWLYR�TXH�LUi�UHWRPDU�³P~VLFD�
VHUWDQHMD´�VHP�DX[tOLR�GH�SUHSRVLomR��SRLV�R�YHUER�HP�TXHVWmR�p�R� ³VHU´��GH�
ligação, que não pede preposição. 1R� VDFR�� VHUi� XVDGR� R� UHODWLYR� ³FXMD´��
Eliminamos a alternativa C. A alternativa correta será a D, pois o substantivo 
IHPLQLQR� ³PHORGLDV´� HVWi� VXEHQWHQGLGR� DQWHV� GH� ³GD� WUDGLomR� JRVSHO´�� PDV��
PHVPR�HVFRQGLGR��D�FUDVH�GHYH�H[LVWLU��³HVWHQGHP�GDV�PHORGLDV�FHOWDV�����jV�
(melodias) da tradição gospel norte-DPHULFDQD´��2�TXH� VH� HVWHQGH�p�GLVVR�a 
aquilo, de uma coisa a RXWUD��$�SUHSRVLomR�p�H[LJLGD�SHOR�97',�³HVWHQGHU´�SDUD�
aglutinar-VH�FRP�R�DUWLJR�³DV´��IRUPDQGR�D�FUDVH�� 
GABARITO: D 
 
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06. (TRT - 2ª REGIÃO/SP ± 2014 - Técnico Judiciário ± FCC) Quando 
se dizia "livro", todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de 
folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro, nas quais se gravavam 
a tinta palavras ou imagens. (3º parágrafo) 
A expressão acima destacada é equivalente à sublinhada na seguinte 
frase: 
a) As janelas sob as quais foram gravadas as cenas eram pintadas de 
verde. 
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b) As folhas rubricadas, as quais entreguei à secretária, foram anexadas 
ao prontuário. 
c) As urnas em que foram depositados os votos foram lacradas pela 
diretoria do clube. 
d) Os rapazes de quem foram gravados os depoimentos foram 
entrevistados ontem. 
e) O livro de onde retirei a citação está emprestado. 
 
Comentário: observe que a questão pede que você encontre nas 
DOWHUQDWLYDV� D� PHVPD� UHJrQFLD� GH� ³IROKDV� HQFDGHUQDGDV� ����� QDV� TXDLV� VH�
gravDYDP´��6DEHPRV�TXH�³QDV�TXDLV´�p�XPD�H[SUHVVmR�DQDIyULFD�TXH�UHWRPD�
³IROKDV� HQFDGHUQDGDV´�� R� ³QDV´� p� D� DJOXWLQDomR� GD� SUHSRVLomR� ³HP´� �H[LJLGD�
pela regência do verbR�³JUDYDU´��H�R�DUWLJR� IHPLQLQR�³DV´�GH� ³IROKDV´��(QWmR��
temos que buscar a alternativa que WUD]� D� SUHSRVLomR� ³HP´� H[LJLGD� SRU�
regência verbal. A única alternativa que traz a preposição em questão é a C: 
³$V�XUQDV�em que IRUDP�GHSRVLWDGRV���´��R�YHUER�³GHSRVLWDU´�UHJH�D�SUHSRVLomR�
³HP´� 
GABARITO: C 
 
07. (TRT - 2ª REGIÃO/SP ± 2014 - Técnico Judiciário ± FCC) 
Observadas a regência e a flexão verbal, está correta a seguinte frase: 
a) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensou que, se 
expusesse com calma seus motivos, poderia obter sua concordância. 
b) A casa que, na época, nos instalamos era a que podíamos pagar, mas 
tínhamos um pacto: se todos se mantessem firmes em seus empregos, 
moraríamos melhor. 
c) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assinados e requis 
transferência para outro setor da administração. 
d) Dizem que é ele que obstroi a discussão, por isso, para defender-se, 
aludiu o nome do responsável pelo atraso. 
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e) Medio, sim, seu encontro com esse advogado mais experiente, pois sei 
como você está temeroso pelo poder de argumentação do promotor 
 
Comentário: vamos analisar cada alternativa, corrigindo as falhas 
encontradas: 
a) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensouque, se 
expusesse com calma seus motivos, poderia obter sua concordância. ± 
CORRETA. 
b) A casa (EM) que, na época, nos instalamos era a que podíamos pagar, 
mas tínhamos um pacto: se todos se mantessem (MANTIVESSEM) firmes em 
seus empregos, moraríamos melhor. 
c) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assinados e requis 
(REQUEREU) transferência para outro setor da administração. 
d) Dizem que é ele que obstroi (OBSTRUI) a discussão, por isso, para 
defender-se, aludiu (AO) o nome do responsável pelo atraso. 
e) Medio (MEDEIO), sim, seu encontro com esse advogado mais 
experiente, pois sei como você está temeroso pelo poder de argumentação do 
promotor. 
GABARITO: A 
 
 
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08. (SABESP ± 2014 ± Advogado ± FCC) Para chegar a esta conclusão, 
os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga 
cidade de Tikal, na Guatemala. 
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O a empregado na frase acima, imediatamente depois de chegar, deverá 
receber o sinal indicativo de crase caso o segmento grifado seja substituído 
por: 
a) uma tal ilação 
b) afirmações como essa 
c) comprovação dessa assertiva 
d) emitir uma opinião desse tipo 
e) semelhante resultado 
 
Comentário: R� ³D´� ORJR�DSyV�R�YHUER� ³FKHJDU´�p�SUHSosição exigida pela 
regência verbal. Para haver crase, é preciso que a palavra que vier a seguir 
seja feminina singular, ou seja, não pode ser a alternativa $��SRLV�R�³XPD´�p�
artigo indefinido e não admite crase antes. Não pode ser a alternativa B, pois 
³DILUPDo}HV´�HVWi�QR�SOXUDO��QHP�D�DOWHUQDWLYD�'��SRLV�³HPLWLU´�p�YHUER��PXLWR�
PHQRV�D�DOWHUQDWLYD�(��SRLV�³VHPHOKDQWH´ é palavra masculina. Ficamos então 
com a alternatLYD�&��SRLV�³FRPSURYDomR´�p�SDODYUD�IHPLQLQD�� 
GABARITO: C 
 
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09. (TRF - 3ª REGIÃO - 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) Quando a 
embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das 
sereias... (4º parágrafo). 
Sem prejuízo para a correção e o sentido original, o segmento grifado 
acima pode ser corretamente substituído por: 
a) à qual 
b) em que 
c) cuja 
d) a que 
e) da que 
 
Comentário: R�SURQRPH� UHODWLYR� ³TXH´�SRGH�FRUUHVSRQGHU�D� ³R�TXDO´��QD�
IRUPD�IHPLQLQD�³D�TXDO´��VH�R�UHIHUHQWH�IRU�PDVFXOLQR�SOXUDO��WHPRV�³RV�TXDLV´�
H� VH� IRU� IHPLQLQR� ³DV� TXDLV´�� (VVDV� IRUPDV� IOH[LRQDGDV� GR� SURQRPH� UHODtivo 
concordam sempre com o antecedente. 1R� FDVR� GD� RUDomR�� ³Quando a 
embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das 
VHUHLDV���´�� R� ³QD� TXDO´� FRUUHVSRQGH� j� IRUPD� �HP�TXH��� XVDQGR� D� SUHSRVLomR�
³HP´� UHJLGD� SHOR� YHUER� ³QDYHJDYD´�� Sendo assim, a resposta correta é a 
alternativa B. 
GABARITO: B 
 
 
10. (TRT - 2ª REGIÃO/SP ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) Está 
redigida com clareza e em consonância com as regras da gramática normativa 
a seguinte frase: 
a) Queremos, ou não, ele será designado para dar a palavra final sobre a 
polêmica questão, que, diga-se de passagem, tem feito muitos exitarem em se 
pronunciar. 
b) Consultaram o juíz acerca da possibilidade de voltar atraz na suspensão 
do jogador, mas ele foi categórico quanto a impossibilidade de rever sua 
posição. 
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c) Vossa Excelência leu o documento que será apresentado em rede 
nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da 
Educação? 
d) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada positiva para o 
público jovem que estava presente, de que se desculparam os idealizadores do 
programa. 
e) Estudantes e professores são entusiastas de oferecer aos jovens 
ingressantes no curso o compartilhamento de projetos, com que serão também 
autores. 
 
Comentário: vejamos cada alternativa, marcando o que estiver errado e 
fazendo as correções necessárias: 
a) Queremos (querendo ± indicando possibilidade), ou não, ele será 
designado para dar a palavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de 
passagem, tem feito muitos exitarem (hesitarem ± ficarem indecisos) em se 
pronunciar. 
b) Consultaram o juiz (juiz - sem acento) acerca da possibilidade de voltar 
atraz (atrás) na suspensão do jogador, mas ele foi categórico quanto a (à ± 
FUDVH� GD� MXQomR� SUHSRVLomR� ³D´� FRP� R� DUWLJR� IHPLQLQR� GH� ³LPSRVVLELOLGDGH´� 
impossibilidade de rever sua posição. 
c) Vossa Excelência leu o documento que será apresentado em rede 
nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da 
Educação? ± ALTERNATIVA CORRETA. 
d) A reportagem sobre fascínoras (facínoras) famosos não foi nada 
positiva para o público jovem que estava presente, de que se desculparam os 
idealizadores do programa. 
e) Estudantes e professores são entusiastas de (entusiastas em) oferecer 
aos jovens ingressantes no (ingressantes ao) curso o compartilhamento de 
projetos, com (de - autor de alguma coisa) que serão também autores. 
GABARITO: C 
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11. (TRF - 3ª REGIÃO ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) Leia: 
 
O barulho é um som de valor negativo, uma agressão ao silêncio ou 
simplesmente à tranquilidade necessária à vida em comum. Causa um 
incômodo àquele que o percebe como um entrave a seu sentimento de 
liberdade e se sente agredido por manifestações que não controla e lhe são 
impostas, impedindo- o de repousar e desfrutar sossegadamente de seu 
espaço. Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma 
distorção da comunicação em razão da qual as significações se perdem e são 
substituídas por uma informação parasita que provoca desagrado ou 
aborrecimento. 
O sentimento do barulho surge quando as sonoridades do ambiente 
perdem sua dimensão de sentido e se impõem como uma agressão irritante, 
da qual não há como se defender. Mas esse sentimento põe em relevo um 
contexto social e a interpretação que o indivíduo faz do ambiente sonoro em 
que se encontra. Às vezes o mesmo som é inversamente percebido por outra 
pessoa como um invólucro que lhe é indiferente. No limite, o barulho constante 
das ruas acaba sendo abafado, ao passo que os excessos sonoros dos vizinhos 
são percebidos como indesejáveis e como violaçõesda intimidade pessoal. Os 
barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles 
têm um sentido. Quem faz barulho são sempre os outros. 
O sentimento do barulho se difundiu, sobretudo, com o nascimento da 
sociedade industrial - e a modernidade o intensificou de maneira desmesurada. 
O desenvolvimento técnico caminhou de mãos dadas com a penetração 
ampliada do barulho na vida cotidiana e com uma crescente impotência para 
controlar os excessos. À profusão de barulhos produzidos pela cidade, à 
circulação incessante dos automóveis, nossas sociedades acrescentam novas 
fontes sonoras com os televisores ligados e a música ambiente que toca no 
interior das lojas, dos cafés, dos restaurantes, dos aeroportos, como se fosse 
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preciso afogar permanentemente o silêncio. Nesses lugares troca-se a palavra 
por um universo de sons que ninguém escuta, que enervam às vezes, mas que 
teriam o benefício de emitir uma mensagem tranquilizante. Antídoto ao medo 
difuso de não se ter o que dizer, infusão acústica de segurança cuja súbita 
ruptura provoca um desconforto redobrado, a música ambiente tornou-se uma 
arma eficaz contra certa fobia do silêncio. Esse persistente universo sonoro 
isola as conversas particulares ou encobre os devaneios, confinando cada um 
em seu espaço próprio, equivalente fônico dos biombos que encerram os 
encontros em si mesmos, criando uma intimidade pela interferência sonora 
assim forjada em torno da pessoa. 
Nossas cidades são particularmente vulneráveis às agressões sonoras; o 
barulho se propaga e atravessa grandes distâncias. As operações de liquidação 
do silêncio existem em abundância e sitiam os lugares ainda preservados, 
incultos, abandonados à pura gratuidade da meditação e do silêncio. A 
modernidade assinala uma tentativa difusa de saturação do espaço e do tempo 
por uma emissão sonora sem fim. Pois, aos olhos de uma lógica produtiva e 
comercial, o silêncio não serve para nada, ocupa um tempo e um espaço que 
poderiam se beneficiar de um uso mais rentável. 
(LE BRETON, David. O Estado de S. Paulo, Aliás, 2 de junho de 2013, com adaptações) 
 
Traduz uma interferência dolorosa entre o mundo e o eu, uma distorção 
da comunicação em razão da qual as significações se perdem... (1º parágrafo) 
 
A expressão que substitui corretamente o segmento grifado, sem 
alteração do sentido original, deverá ser: 
a) por cujo motivo 
b) durante o que 
c) mediante o que 
d) em vista disso 
e) a fim de que 
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Comentário: Ao analisarmos D� H[SUHVVmR� ³HP� UD]mR� GD� TXDO´, a fim de 
fazer a substituição mantendo o sentido original da frase, vemos TXH�³UD]mR´�
pode ser substituída SRU� ³PRWLYR´�� H� TXH� DV� H[SUHVV}HV� ³GR� TXDO�� GD� TXDO´�
HTXLYDOHP�D�³FXMR��FXMD´��$�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD��HQWmR��p�D�OHWUD�$� 
GABARITO: A 
 
12. (TRT - 19ª Região/AL ± 2014 ± Analista Judiciário ± FCC) Leia: 
 
O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro 
começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando 
para trás a fronteira com a China. 
O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da 
Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o 
transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair 
em desuso, seis séculos atrás. 
Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente 
preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados 
por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. 
A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos 
trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando 
Xi'an - cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de 
terracota - era a capital da China. 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, 
viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e 
então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio 
e além. 
Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à 
medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da 
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China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na 
direção da costa. 
Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos 
trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por 
isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. 
O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos 
de Shenzhen ou Xangai - e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o 
canal de Suez - é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz 
esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o 
trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. 
Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora 
algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno 
boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das 
temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. 
(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 
 
... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... 
 
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da 
frase acima está em: 
a) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... 
b) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. 
c) ... viajavam por cordilheiras... 
d) ... até cair em desuso, seis séculos atrás. 
e) O maquinista empurra a manopla do acelerador. 
 
Comentário: R� YHUER� GD� RUDomR� ³... que acompanham as fronteiras 
RFLGHQWDLV� FKLQHVDV���´�� ³DFRPSDQKDP´�� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR�� RX� VHMD�� SHGH�
complemento sem uso de preposição. A alternativa quer que identificamos 
outro VTD, vejamos: 
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A ± foi = verbo de ligação 
B ± floresceram ± verbo intransitivo 
C ± viajar ± verbo intransitivo acompanhado de um adjunto adverbial. 
D ± cair em desuso ± expressão idiomática em que o verbo cair 
funciona como um verbo transitivo direto. 
E ± empurra ± verbo transitivo direto. EIS O GABARITO! 
GABARITO: E 
 
13. (TRT - 19ª Região/AL ± 2014 ± Analista Judiciário ± FCC) Leia: 
 
De que forma o conhecimento da cultura renascentista pode auxiliar no 
entendimento do presente? 
A história da cultura renascentista ilustra com clareza o processo de 
construção cultural do homem moderno e da sociedade contemporânea. Nela 
se manifestam, já muito dinâmicos e predominantes, os germes do 
individualismo, do racionalismo e da ambição ilimitada, típicos decomportamentos mais imperativos e representativos do nosso tempo. Ela 
consagra a vitória da razão abstrata, que é a instância suprema de toda a 
cultura moderna, versada no rigor das matemáticas que passarão a reger os 
sistemas de controle do tempo e do espaço. Será essa mesma razão abstrata 
que estará presente na própria constituição da chamada identidade nacional. 
Ela é a nova versão do poder dominante e será consubstanciada no Estado 
Moderno, entidade controladora e disciplinadora por excelência, que impõe à 
sociedade um padrão único, monolítico e intransigente. Isso, 
contraditoriamente, fará brotar um anseio de liberdade e autonomia do 
espírito, certamente o mais belo legado do Renascimento à atualidade. 
 
Como explicar a pujança do Renascimento, surgido em continuidade à 
miséria, à opressão e ao obscurantismo do período medieval? 
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O Renascimento assinala o florescimento de um longo processo de 
produção, circulação e acumulação de recursos econômicos, desencadeado 
desde a Baixa Idade Média. São os excedentes dessa atividade crescente em 
progressão maciça que serão utilizados para financiar, manter e estimular uma 
ativação econômica. Surge assim a sociedade dos mercadores, organizada por 
princípios como a liberdade de iniciativas, a cobiça e a potencialidade do 
homem, compreendido como senhor da natureza, destinado a dominá-la e a 
submetê-la à sua vontade. O Renascimento, portanto, é a emanação da 
riqueza e seus maiores compromissos serão para com ela. 
(Adaptado de: SEVCENKO, Nicolau. O renascimento. São Paulo: Atual; Campinas: 
Universidade Estadual de Campinas, 1982. p. 2 e 3) 
 
O sinal indicativo de crase pode ser corretamente suprimido, sem prejuízo 
para a correção e o sentido original do texto, em: 
a) ... à opressão e ao obscurantismo... 
b) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade. 
c) ... em continuidade à miséria... 
d) ... e a submetê-la à sua vontade. 
e) ... que impõe à sociedade um padrão único... 
 
Comentário: vamos analisar cada alternativa: 
a) ... à opressão e ao obscurantismo... ± a crase aqui deve ser mantida 
DQWHV�GD�SDODYUD�IHPLQLQD�³RSUHVVmo´� 
b) ... o mais belo legado do Renascimento à atualidade. ± o nome 
³OHJDGR´�UHJH�D�SUHSRVLomR�³D´��legado a alguém ou a alguma coisa. Sendo 
assim, a crase deve ser mantida. 
c) ... em continuidade à miséria... - a crase aqui deve ser mantida antes 
GD�SDODYUD�IHPLQLQD�³miséria´� 
d) ... e a submetê-la à sua vontade. ± diante do pronome possessivo o 
uso da crase é facultativo, pode ser retirada sem o menor prejuízo. 
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e) ... que impõe à sociedade um padrão único... a crase aqui deve ser 
PDQWLGD�DQWHV�GD�SDODYUD�IHPLQLQD�³VRFLHGDGH´� 
GABARITO: D 
 
14. (TRT - 19ª Região/AL ± 2014 ± Analista Judiciário ± FCC) 
Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco me- tros do professor, sem 
grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tardes passava perambulando de 
uma praça ...... outra, lendo algum livro, percebendo, vez ou outra, o 
comportamento dos outros, entregue somente ...... discrição de si mesmo. 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) a - às - à ± a 
b) à - as - a ± à 
c) a - as - à ± a 
d) à - às - a ± à 
e) a - às - a ± a 
 
Comentário: vou preencher as lacunas numerando-as para comentar 
depois: 
Sentava-se mais ou menos à (1) distância de cinco metros do professor, 
sem grande interesse. Estudava de manhã, e às (2) tardes passava 
perambulando de uma praça a (3) outra, lendo algum livro, percebendo, vez 
ou outra, o comportamento dos outros, entregue somente à (4) discrição de si 
mesmo. 
(1) Usa-VH�FUDVH�DQWHV�GD�SDODYUD�³GLVWkQFLD´�TXDQGR�HOD�IRU�GHWHUPLQDGD� 
(2) Usa-se crase em expressões adverbiais femininas. 
(3) Não se usa crase se antes de termo indefinido. 
���� 8VR� GD� FUDVH� SHOD� UHJUD� JHUDO�� R� YHUER� ³HQWUHJDU´� UHJH� XVR� GD�
prepoVLomR� ³D´� TXH� DJOXWLQD-se com o artigo feminino que acompanha o 
VXEVWDQWLYR�³GLVFULomR´�� 
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GABARITO: D 
 
15. (TRE-RO - 2013 ± Analista Judiciário ± FCC) Considere o texto 
abaixo para responder a questão. 
Pintor, gravador e vitralista, Marc Chagall estudou artes plásticas na 
Academia de Arte de São Petersburgo. Seguindo para Paris em 1910, ligou-se 
aos poetas Blaise Cendrars, Max Jacob e Apollinaire - e aos pintores Delaunay, 
Modigliani e La Fresnay. 
A partir daí, trabalhou intensamente para integrar o seu mundo de 
reminiscências e fantasias na linguagem moderna derivada do fauvismo e do 
cubismo. 
Na década de 30, o clima de perseguição e de guerra repercute em sua 
pintura, onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. Em 1941, 
parte para os EUA, onde sua esposa falece (1944). Chagall mergulha, então, 
em um período de evocações, quando conclui o quadro "Em torno dela", que 
se tornou uma síntese de todos os seus temas. 
(Adaptado de: educação.uol.com.br/biografias/marc-chagall.html) 
 
... quando conclui R�TXDGUR�³(P�WRUQR�GHOD´��� 
 
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o 
grifado acima está em: 
a) ... Marc Chagall estudou artes plásticas na Academia de Arte de São 
Petesburgo. 
b) A partir daí, trabalhou intensamente para... 
c) o clima de perseguição e de guerra repercute em sua pintura... 
d) ... onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. 
e) Em 1941, parte para os EUA... 
 
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&RPHQWiULR��R�YHUER� ³FRQFOXLU´� GHVWDFDGR�QD�RUDomR�GR�HQXQFLDGR�p�XP�
verbo transitivo direto e, obviamente, pede como complemento um objeto 
direto. A questão quer que achemos a alternativa que traga um verbo que 
pede o mesmo tipo de complemento. Vejamos: 
a) ... Marc Chagall estudou artes plásticas na Academia de Arte de São 
Petesburgo. ± estudou o quê? Artes plásticas. Verbo usado como transitivo 
direto, complemento sem preposição. EIS O NOSSO GABARITO! 
b) A partir daí, trabalhou intensamente para... ± Trabalhou para... verbo 
usado com transitivo indireto, complemento introduzido pela preposição 
³SDUD´� 
c) o clima de perseguição e de guerra repercute em sua pintura... ± 
verbo transitivo indireto��LQWURGX]�FRPSOHPHQWR�SHOD�FRQMXQomR�³HP´. 
d) ... onde surgem elementos dramáticos, sociais e religiosos. ± verbo 
intransitivo, não pede complemento. 
e) Em 1941, parte para os EUA... ± verbo transitivo indireto, pede 
complemento indireto, introduzido SHOD�SUHSRVLomR�³HP´�� 
GABARITO: A 
 
16. (TRT - 5ª Região/BA ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) 
Considere o texto abaixo: 
 
Mas nem sempre foi assim: esse é um movimento de retomada que se 
segue a uma devastadora crise na produção brasileira.

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