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AULA 00 Legislação Aplicada ao TJ PE aula 00 v1

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Aula 00
Legislação Aplicada p/ TJ-PE (Analista e Técnico) - Parte 1
Professor: Felipe Petrachini
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Legislação Específica para o TJ-PE 
Teoria e exercícios comentados 
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Aula 00 ± Lei Complementar nº 6.123 de 20 de julho 
de 1968. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Sumário 
Apresentação .................................................................................................. 1 
Meus Pãezinhos .............................................................................................. 3 
Considerações sobre o Curso ......................................................................... 4 
1. Lei Complementar 6.123 de 20 de julho de 1968 (Estatuto dos Servidores 
Públicos do Estado do Pernambuco) ......................................................................... 5 
1.1 Provimento ........................................................................................... 15 
1.1.1 Nomeação ..................................................................................... 16 
1.1.2 Concurso Público .......................................................................... 20 
1.1.3 Posse e Exercício .......................................................................... 24 
Questões Comentadas .................................................................................. 37 
Questões Propostas ...................................................................................... 42 
 
Apresentação 
Olá a todos. Eu me chamo Felipe e serei responsável por parte dos diplomas 
legais referentes à disciplina de Legislação Institucional. 
Tenho 26 anos e atualmente exerço o cargo de Agente Fiscal de Rendas do 
Estado dH� 6mR� 3DXOR� �YXOJR� ³)LVFDO� GR� ,&06´��� 6RX� IRUPDGR� HP� 'LUHLWR� SHOD�
Universidade de São Paulo, mais conhecida como Largo São Francisco. E sim, isso 
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significa que perdi horas de sono ao longo de meses a fio para fazer a FUVEST. 
Bons tempos aqueles... 
Ingressei no serviço público em 2009, no cargo de Assistente Técnico 
Administrativo do Ministério da Fazenda. Fiquei mais de dois anos no cargo, onde 
aprendi desde furar papel até os meandros mais específicos da ciência do Direito 
Tributário. De tanto choramingar, a partir de fevereiro comecei a supervisionar parte 
do setor onde trabalhava, ganhando um aumento singelo (sim, essas coisas existem 
no serviço público se você for ambicioso). 
Em abril de 2012 fui nomeado para o cargo de Técnico Judiciário Área 
Administrativa do Tribunal Regional do Trabalho. Lembro-me até hoje de que 
mesmo estando na posição 1237, e já passados mais de três anos da prova, ainda 
assim chegou minha vez. Mas lógico, se tivesse ido melhor, teria sido chamado 
mais cedo. 
Passei em 16º lugar no concurso de AFTM de São Paulo, ingressando na 
Prefeitura lá para agosto de 2012 e ali fiquei até (finalmente) ingressar na Secretaria 
da Fazenda do Estado de São Paulo (vulgo ICMS SP), cargo agora, em março de 
2014. 
Fora isso, fui chamado para ser Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça de 
São Paulo (não lembro a posição de cabeça, mas demorou pacas pra chamar e eu 
já estava na Prefeitura quando isso aconteceu) e Escrevente Técnico Judiciário na 
Circunscrição de Mauá, que também é longe pacas de onde eu moro. Também fui 
convidado (recentemente) a ocupar a vaga de Técnico do INSS na Agência de 
Atibaia (8º lugar) 
Prometendo não me alongar muito, fiquei em 4º lugar no concurso de 
Assistente de Licitação para a FURP (Fundação do Remédio Popular), concurso 
este do qual também não pude assumir e, fui chamado para ser Técnico da 
SPPREV, em um concurso bastante peculiar (se tiver a curiosidade, pegue a lista de 
aprovados e veja as notas do pessoal, coisa de louco ), e, por fim, fui nomeado em 
2010 (ou 11 ) para exercer o cargo de Técnico do Ministério Público da União. 
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Mas pra fazer tudo isso, não é necessário nenhum lampejo de genialidade ou 
dom divino. Alias, boa parte dos meus conhecidos me tomam por alguém bastante 
"desligado", de maneira que alguns ainda se espantam em saber que eu ainda não 
me esqueci de respirar. O que eu sou, em verdade, é teimoso. 
E pra ser bem sincero, já levei fumo também em concurso. Fui tão mal na 
prova do BACEN da época que fiz que fiquei com vergonha. Mas foi só vergonha, 
não desisti por causa disso, nem você deve se sua vez ainda não chegou. Aliás, o 
desastre da época foi o que me animou a estudar mais profundamente disciplinas 
como contabilidade geral, que me auxiliaram anos depois na obtenção do cargo de 
Agente Fiscal de Rendas, o qual exerço hoje. 
A vaga está lá disponível para quem quiser pegar, e já adianto: não é 
necessário nenhum lampejo de genialidade ou dom divino (embora ambos ajudem 
muito). Eu tive a oportunidade de conhecer pessoas muito talentosas, e a maior 
parte delas não quer virar funcionário público. Para o resto de nós, sobra a certeza 
de que a dedicação e o empenho são os únicos fatores que fazem a diferença entre 
passar ou não. 
Quer dizer, quase. Material também é bom ter. Não adianta nada estudar 
feito um condenado se você não estiver estudando a matéria certa. Você confiou 
neste material para aplicar o seu esforço. Eu vou te dar uma dor de cabeça que 
valha o gasto. 
Bom, chega de conversa, mãos a obra! 
Meus Pãezinhos 
Atendendo a uma orientação do site, reproduzo abaixo o seguinte informe: 
--------------- 
 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais 
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação 
sobre direitos autorais e dá outras providências. 
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Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os 
professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe 
adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) 
 --------------- 
É um tanto ameaçador, mas é a mais pura verdade. Seu professor é formado 
em Direito e atesta a ilicitude da conduta :P. 
Mas, não é só isso: o curso toma tempo do seu querido professor, e ele usa o 
suado dinheirinho de vocês para comprar duas coisas: livros novos e pãezinhos. 
Livros novos pois sei que, ao mesmo tempo em que eu me atualizo, as 
bancas também o fazem, e o nosso objetivo é estar à frente da banca, e não ser 
engolido por ela (quando o predador é mais rápido que a presa, já sabem o que 
acontece). 
Pãezinhos pois tanto eu como aqueles que amo e prezo precisam comer. E 
pãezinhos são as coisas mais baratas em que consigo pensar em comprar :P. 
Considerações sobre o Curso 
Bom meu caro, aí vai a primeira dica que vai pautar nossos estudos: seu 
examinador nem sonha que você conheça toda a legislação que ele pediu no edital. 
Desta forma,nosso curso tem uma premissa bastante transparente: melhor 
custo benefício. Vou me alongar nos pontos mais importantes, assim entendidos 
como aqueles com mais chances de cair na sua prova. 
Vamos nos concentrar em aprender os conceitos, porque memorizar artigos 
com força bruta é simplesmente medonho :P. Não há memória que aguente! 
Ah sim: por mais que eu adore discutir os efeitos Sumula Vinculante nº 13 e 
as impressões de Kelsen a respeito da Ciência do Direito (sem ironia nenhuma, as 
rodas de bar ficam bastante animadas com estes temas :P), vou cortar esta parte 
toda para vocês e ir direto ao ponto! Com direito a comparações esdrúxulas, vícios 
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de linguagem (pra que né?) e uma abordagem tão coloquial que chega a ser 
criminosa! 
Brincadeira, mas eu nem sempre fui Bacharel em Direito, e sei que a última 
coisa que vocês precisam agora é uma tijolada legislativo-jurisprudencial que 
exceda os limites do edital. 
Se tiver dúvidas, por favor, o fórum serve para isso :P. Só recomendo que se 
concentre em passar, então, procure ficar no feijão com arroz. Sua carreira será 
bem longa e você terá a oportunidade de aprender com mais tempo. Nosso objetivo 
agora é assinar a posse e colocar o salário no bolso! 
Bom, e como funciona nossa Aula 00? Simples: está com dúvida se deve 
adquirir o curso? Viu comentários nos fóruns tanto positivos como negativos a meu 
respeito e não sabe o que fazer? Leia a Aula 00 e decida por si mesmo. 
Esta Aula 00 não possui todo conteúdo e terá uma quantidade reduzida de 
questões. Mas poderá sentir se eu tenho condições de ajuda-lo na aprovação. 
Se já resolveu que gostou de mim, nem precisa ler a Aula 00: vá direto para a 
Aula 01! Lá você verá toda a teoria e terá mais questões para treino. 
A propósito: é difícil encontrar questões sobre o estatuto dos servidores do 
Piauí. Tive de engordar a lista com questões de autoria própria mesmo. 
Vamos começar. 
1. Lei Complementar 6.123 de 20 de julho de 1968 
(Estatuto dos Servidores Públicos do Estado do 
Pernambuco) 
Esta é a lei mais legal do curso. É ela que rege sua relação de trabalho com 
os órgãos públicos do Estado. É ela que aponta os direitos que você possui por 
estar trabalhando ali. E, como não poderia deixar de ser, também fixa as obrigações 
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às quais o Sr. estará submetido se quiser continuar a figurar na folha de pagamento 
do órgão. 
E, ao contrário da crença popular, funcionário público também pode perder o 
emprego (tecnicamente falando, trata-se de um cargo). E quando perde, o negócio 
costuma ser feio :P. Por isto, esta lei também fixa os procedimentos disciplinares em 
caso de inobservância de deveres funcionais. 
Em suma, está tudo aqui. 
Trabalharemos com a versão consolidada do Estatuto, que pode ser obtida 
no seguinte link: 
http://legis.alepe.pe.gov.br/arquivoTexto.aspx?tiponorma=1&numero=6123&c
omplemento=0&ano=1968&tipo=TEXTOATUALIZADO 
O estatuto desse link está atualizado até a Lei Complementar 316/2015. 
Caso queira saber quais as passagens do estatuto que foram revogados ao 
longo dos anos, recomendo a versão anotada: 
http://legis.alepe.pe.gov.br/arquivoTexto.aspx?tiponorma=1&numero=6123&c
omplemento=0&ano=1968&tipo=TEXTOANOTADO 
Cuidado com versões mais antigas! 
É possível (embora pouco provável) que haja leis posteriores à Lei 
Complementar 316/2015. Seu professor revirou a internet atrás de atualizações, e 
não encontrou nenhuma (provavelmente por não existirem :P). Mas se por qualquer 
razão você tiver encontrado, pode enviar para mim que eu mesmo atualizo o curso e 
faço os comentários pertinentes. 
Podemos começar! 
E no começo, devemos pensar na Constituição Federal. 
A competência para cada esfera de poder fixar o Regime Jurídico dos 
Servidores Públicos encontra-se no artigo 39 da Carta Magna: 
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Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e 
planos de carreira para os servidores da administração pública direta, 
das autarquias e das fundações públicas. 
O Estado do Pernambuco cumpriu o mandamento constitucional ao editar a 
Lei 6.123/1968 (recepcionada com status de Lei Complementar pela atual 
Constituição Federal), instituindo o Regime Jurídico dos Funcionários Públicos Civis. 
Se alguma dúvida resta a respeito disto, veja-as desaparecer com o artigo 1º da Lei: 
Art. 1º A presente Lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos 
civis do Estado. 
 
Aqui estão compreendidos todos os servidores que sejam contratados sob o 
vínculo estatutário, inclusive os vinculados a Autarquias e Fundações Públicas. 
As definições de Autarquia e Fundação Pública pertencem ao estudo do 
Direito Administrativo, mas você já pode levar como lição aquilo que dispõe o artigo 
4º do Decreto-lei 200/1967 (copiado e incessantemente repetido por todas as 
bancas da atualidade quando Direito Administrativo é exigido em prova): 
Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na 
estrutura administrativa da Presidência da República e dos 
Ministérios. 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias 
de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
a) Autarquias; 
b) Emprêsas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista. 
d) fundações públicas. 
O que os entes da administração assinados acima possuem em comum? 
Simples: eles contratam pessoal sob um regime de trabalho diferenciado, chamado 
estatutário. É este regime que você estudará pelas próximas aulas que tiver comigo 
neste curso. 
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(��SDUD�FRPHoDU��TXDQGR�YRFr�UHVROYHX�TXH�YLUDULD�XP�³VHUYLGRU´��ID]LD�LGHLD�
do que realmente estava desejando? Sabia que era bom, que o salário era legal e 
que dificilmente seria mandado embora. Mas nada disso define um servidor. 
Art. 2º Para os efeitos deste Estatuto: 
I funcionário público é a pessoa investida em cargo público� 
 
Simples desse jeito. Servidor é alguém que está legalmente investido em um 
cargo público. 
Quer dizer, é simples se você souber o que é um cargo público. 
II cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
cometidas a um funcionário, com as características de criação por lei, 
denominação própria, número certo e pagamento pelos cofres do 
(VWDGR� 
 
Calma meu caro, não é tão ruim assim: 
Conjunto de atribuições e responsabilidades: Você está sendo pago para 
fazer algo, não é mesmo? Se você vai carregar processo de um lado para outro ou 
cuidar do protocolo de petições no balcão, tudo isto são responsabilidades e 
atribuiçõesque podem ser acometidas a você (basicamente, o que seu chefe pode 
te mandar fazer!). 
Cometidas a um servidor público e criados por lei: Seu chefe não poderá 
pedir para você consertar o encanamento do banheiro do órgão público. Ele gostaria 
muito, mas ele não poderá. Isto ocorre porque suas atribuições estão definidas na 
estrutura organizacional do órgão, e você, no exercício daquele cargo definido em 
lei, só pode realizar aquelas tarefas. 
Denominação própria: seu cargo tem nome, né? Você está estudando para 
virar Advogado, Analista, Técnico ou qualquer outro cargo que você puder pensar. E 
todos eles respondem por um nome. 
Vencimentos pagos pelos cofres do Estado: Se você não está investido 
em cargo público (por exemplo, contratado tem pelo regime da CLT para o Banco 
do Brasil) ou se sua remuneração não vem do cofre do estado (por exemplo, um 
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perito judicial, que até trabalha dentro do Tribunal, mas é remunerado pela parte 
sucumbente da pericia), você não é um servidor. Simples assim! 
Para entender as próximas definições, você vai precisar de um exemplo. 
Veja tabela abaixo: 
CLASSE PADRÃO 
C - I P00 
 
P01 
 
P02 
 
P03 
C - II P04 
 
P05 
 
P06 
 
P07 
 
P08 
 
P09 
 
P10 
 
P11 
C - III P12 
 
P13 
 
P14 
 
P15 
C - IV P16 
 
P17 
 
P18 
C - V P19 
 
P20 
 
P21 
 
Essa é a estrutura de carreira de todos os servidores do Poder Judiciário do 
Estado do Pernambuco, segundo os ditames da Lei 15.539/2015. Do lado esquerdo, 
vemos cada uma das 5 classes (de C-I a C-V), e do lado direito, os 22 padrões da 
carreira (de P1 a P21). 
À medida que o servidor avança na carreira, vai recebendo uma 
remuneração maior. O fenômeno da progressão e da promoção serão estudados 
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mais a frente no curso, mas já te adianto que são eles que permitem a subida do 
servidor na escala remuneratória.. 
Ah sim: a estrutura em carreira não é aplicável aos cargos de provimento 
isolado, pois nestes casos, há apenas um nível na carreira. 
III classe é o conjunto de cargos iguais quanto à natureza, grau de 
responsabilidade e complexidade de atribuições� 
IV série de classes é o conjunto de classes semelhantes, quanto à 
natureza, grau de complexidade e responsabilidade das atribuições, 
constituindo a linha natural de promoção do funcionário� 
As demais definições ficarão mais claras quando estudarmos o seu 
respectivo plano de carreira. Ficam a título de menção: 
V grupo ocupacional é o conjunto de séries de classes e classes 
únicas, de atividades profissionais, correlatas ou afins quanto à 
natureza dos respectivos trabalhos ou ao ramo de conhecimento 
aplicado em VHX�GHVHPSHQKR� 
VI serviço é a justaposição de grupos ocupacionais, tendo em vista a 
identidade, a similitude ou a conexão das respectivas atividades 
SURILVVLRQDLV� 
VII especificação de classe é o conjunto de atribuições, 
responsabilidades e demais características pertinentes a cada classe, 
compreendendo ainda, além de outros, os seguintes elementos: 
denominação, código, exemplos típicos de tarefas, qualificações 
H[LJLGDV��IRUPD�GH�UHFUXWDPHQWR�H�OLQKD�GH�SURPRomR� 
VIII reclassificação é a transformação de cargo efetivo em outro, ou a 
justaposição de cargo em outra classe, ou série de classes, tendo em 
vista a conveniência do serviço. 
Podemos avançar. 
Art. 3º Os cargos podem ser de provimento efetivo ou de provimento em 
comissão. 
§ 1º Os cargos de provimento efetivo se dispõem em classes, que 
podem se agrupar em séries de classes, ou formar classe única. 
§ 2º Os cargos de provimento em comissão compreendem: 
I cargos de direção e de chefia GDV�UHSDUWLo}HV�S~EOLFDV� 
II cargos de assessoramento, de Chefe de Gabinete e de Oficial de 
*DELQHWH� 
III outros cargos, cujo provimento, em virtude da Lei, dependa de 
confiança pessoal. 
 
Pois bem, existem dois tipos de cargos na estrutura do serviço público 
estadual: cargos de provimento efetivo e cargos de provimento em comissão. 
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Esta previsão está de acordo com o artigo 37 da Constituição Federal: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
[...] 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de 
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
Em regra, a nomeação para cargo público pressupõe a aprovação prévia em 
concurso público (são os chamados cargos efetivos). 
Entretanto, existem alguns cargos, que por sua natureza, são de livre 
nomeação e exoneração. Apenas para que você entenda a justificativa disso, 
usarei os exemplos da esfera federal. 
Imagine o Presidente da República. Ele foi eleito pelo povo. Mas não pode 
governar a tudo e a todos. Desta forma, ele nomeia pessoas da sua mais alta 
FRQILDQoD� SDUD� TXH� H[HUoDP� D� ³'LUHomR� H� $VVHVVRUDPHQWR� 6XSHULRU´� GH� VXDV�
respectivas pastas. 
Mas o Presidente acabou de chegar. E pode ser que ele confie em pessoas 
que são externas à estrutura do órgão. Por isto se permite que ele nomeie a quem 
quiser. 
Contudo, sendo esta nomeação livre, a respectiva exoneração também o é 
de maneira que ele não adquire estabilidade, justamente por seu cargo não ser 
efetivo. 
Seguindo. 
Os artigos 4º, 5º e 6º possuem mais definições. Eles tratam dos cargos 
técnicos e técnico científicos, assim entendidos como aqueles que demandam 
formação específica daquele que pretende ocupa-los: 
Art. 4º Cargo de natureza técnico-científica é aquele para cujo 
provimento é exigido habilitação profissional em curso legalmente 
classificado e regulamentado como de nível superior de ensino. 
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Parágrafo único. Considera-se habilitado o profissional portador de 
diploma universitário respectivo ou legalmente inscrito para o exercício 
da profissão, no órgão competente na forma da legislação vigente. 
O cargo de natureza técnico científica demanda de seu ocupante uma de 
duas coisas; 
- Diploma de nível superior, ou; 
- Inscrição em órgão de classe que regulamenta o exercício da profissão. 
Esses documentos comprovam que o aspirante a servidor encontra-se apto 
ao desempenho de suas funções. 
E os cargos de nível médio, onde são contemplados? Os cargos que exigem 
formação de ensino médio por parte de seus futuros ocupantessão chamados de 
³FDUJRV�WpFQLFRV´� 
Art. 5º Cargo técnico assim considerado é aquele para cujo provimento é 
exigido habilitação profissional em curso legalmente classificado e 
regulamentado como de nível médio de ensino - 2º grau. 
Art. 6º Nos casos dos artigos 4º e 5º deste Estatuto, será sempre 
exigida correlação entre as atribuições do cargo e os conhecimentos 
específicos da habilitação profissional. 
Simplificando: 
Cargo de natureza técnico científica: formação superior ou registro em 
conselho de classe; 
Cargo de natureza técnica: formação de nível médio. 
O artigo 6º é um tanto óbvio, mas em um mundo de incertezas, é importante 
pontuar as obviedades: os conhecimentos específicos da habilitação profissional 
devem ser compatíveis com as atribuições que o servidor irá desempenhar. Não 
posso exigir formação em Direito de um Analista que se dedicará a fazer os cálculos 
judiciais da vara onde for lotado. 
Em frente. 
Art. 7º Além dos cargos de provimento efetivo e em comissão, haverá 
funções gratificadas que atenderão a encargos de chefia, de 
assessoramento, de secretariado e de apoio, cometidos 
transitoriamente a servidores ativos. 
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Parágrafo único. A lei fixará o valor da retribuição das funções 
gratificadas dos órgãos da administração direta, das autarquias e das 
IXQGDo}HV� S~EOLFDV�� H� R� TXDQWLWDWLYR� GDV� PHVPDV� VHUi� HVWDEHOHFLGR�
em decreto, observados os limites das disponibilidades orçamentárias 
e as normas de organização administrativa do Estado. 
A função gratificada já é algo um pouquinho mais complicado. Função, como 
o dispositivo legal sugere, é uma atribuição. Mas esta atribuição não se encontra 
vinculada a um cargo. Ela é acometida a determinado servidor, em função da sua 
habilitação, normalmente lhe atribuindo maior responsabilidade do que aos demais 
IXQFLRQiULRV��3RGHPRV�GL]HU�TXH�D�IXQomR�JUDWLILFDGD�p�XPD�³DWULEXLomR�VHP�FDUJR�
UHVSHFWLYR´� 
É ruim de explicar, mas é fácil de entender: meu antigo Diretor do TRT era 
um Técnico Judiciário (servidor de nível médio). 
Mas, por um ato do Juiz da Vara (competente para tanto), ele passou a 
exercer a função de Diretor, encarregado dos expedientes da Vara, função essa 
típica de direção. 
Ao mesmo tempo, ele tinha uma assistente, que também era uma Técnica 
Judiciária. Mas, por designação, ela ficou encarregada de auxiliar o Diretor (neste 
caso, típica função de assistência). 
Estas funções (que, alias, são remuneradas) não fazem parte do conjunto de 
DWULEXLo}HV� GR� FDUJR�� (ODV� VmR� ³DQH[DGDV´� DR� VHUYLGRU�� TXH� GHVGe então, fica 
responsável pelo seu exercício, o que expande o conjunto original de serviços que 
podiam ser exigidos do servidor. 
É por esta mesma razão que elas só podem ser acometidas a servidores 
efetivos. É necessário possuir um cargo previamente, pois a função gratificada é 
apenas uma atribuição. 
Vamos inverter a ordem proposta pelo estatuto e abordar o artigo 9º primeiro. 
Art. 9º É vedada a prestação de Serviço gratuito. 
 
Ninguém pode exercer um cargo público remunerado de maneira gratuita. 
Ninguém poderá trabalhar voluntariamente como Analista na sua unidade. 
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Guarde esta regra: o exercício de um cargo público presume o pagamento de 
remuneração, afinal de contas, funcionário público também precisa comer :P. 
Existem exceções, mas nenhuma que você precise conhecer agora. 
Art. 8º Somente poderá ocorrer desvio de função no interesse do 
serviço com estrita observância do disposto em regulamento. 
Parágrafo único. O desvio de função não acarretará aumento de 
estipêndio do servidor nem na sua reclassificação ou readaptação. 
Seu estatuto tem uma forma curiosa de abordar o desvio de função. Em 
outros estatutos, o desvio costuma ser pura e simplesmente proibido, sem qualquer 
exceção. 
Afinal, o cargo para o qual o servidor foi nomeado está previsto em lei, certo? 
As atribuições (aquilo que o servidor pode fazer) também. Pois bem, existe uma 
regra geral no âmbito do Direito Administrativo cujo enunciado é mais ou menos o 
VHJXLQWH�³¬�$GPLQLVWUDomR�Vy�p�SHUPLWLGR�ID]HU�TXH�D�OHL�DXWRUL]D´�� 
Conclusão: se determinada atribuição, serviço ou encargo não está prevista 
como sendo própria do cargo, ela não pode ser acometida ao servidor. 
Mas foi delimitada uma exceção expressa: que este desvio se dê no 
interesse do serviço e observando disposição em regulamento. 
Seu professor tem sérias dúvidas de que este dispositivo tenha sido 
recepcionado pela Constituição Federal. 
Pense comigo: existe determinada necessidade na repartição. Digamos, a 
lavratura de Autos de Infração, atribuição esta privativa dos cargos de Auditor 
Fiscal. 
A resposta mais adequada a esta demanda seria a realização de concurso 
público para o provimento destes cargos. Entretanto, o artigo 8º permite que, no 
interesse do serviço, e mediante criação de regulamento (no caso do nosso 
exemplo, provavelmente de autoria do Secretário da Fazenda), a Administração 
coloque os técnicos do órgão para realizar esta tarefa, anteriormente privativa dos 
Auditores. 
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Os técnicos em questão estariam em desvio de função, entretanto, desvio 
este contemplado pelo (de constitucionalidade discutível) artigo 8º. De qualquer 
forma, ainda que o consideremos aplicável, o servidor em desvio de função não 
pode pleitear aumento de sua remuneração, tampouco que passe a ocupar o cargo 
de Auditor em função deste desvio. 
Como o artigo não parece ter sido revogado expressamente convém mantê-
lo em mente, todavia, acho difícil que esta previsão ainda seja usada em seu 
estado. 
1.1 Provimento 
Os cargos públicos tem uma porta de entrada. Você não vira funcionário 
público apenas porque deseja sê-lo. Existe um ritual mágico pelo qual você deve 
passar para que deixe de ser um mero mortal e ascenda à condição de servidor :P. 
Em outros tempos, bastaria ser amigo do Governador, e ele assinaria uma 
portaria a partir da qual o Sr. já estaria desempenhando suas funções e sendo 
remunerado pelos cofres públicos. Não mais! (com algumas exceções). 
O ritual mágico ao qual eu aludi chama-VH�³investidura´��TXH�GHVGH�D�QRVVD�
querida Constituição Federal de 1988, ocorre preferencialmente por concurso 
público (a razão de todos nós estarmos aqui). 
Mas antes da investidura, é necessário que haja o provimento do cargo 
público. 
Art. 10. Os cargos públicos serão providos por: 
I nomeação� 
II promoção� 
III reintegração� 
IV aproveitamento 
V reversão� 
VI transferência. 
Você, em sendo funcionário público, seja efetivo, seja comissionado, só está 
ali porque uma autoridade competente e superior a você praticou um ato (mais 
precisamente um ato administrativo) capaz de transformá-lo em servidor. 
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E só a partir da prática desse ato administrativo (que se sujeita a todas as 
regras dos atos administrativos em geral, com observância à competência, 
finalidade, forma, motivo e objeto). Este ato administrativo é justamente o ato de 
provimento do cargo (segundo uma das diversas formas de provimento previstas no 
artigo 10), que o habilita a investir-se em um cargo público. 
Pois bem, é sobre cada uma dessas formas de provimento que falaremos em 
breve. Mas, se você já tiver estudado Direito Administrativo, você acabou de ver 
dois dos requisitos do ato administrativo de provimento de cargos públicos: 
autoridade competente e a forma pela qual o ato pode se manifestar. 
1.1.1 Nomeação 
De longe, a forma de provimento mais badalada do estatuto dos servidores 
públicos e a preferida pela Constituição Federal. Além de ser a mais conhecida do 
público externo. 
A nomeação é o chamamento para a posse e para a entrada no exercício 
das atribuições do cargo público. 
A autoridade competente chama o seu nome, você toma posse e entra em 
exercício se assim o desejar. 
Art. 11. A nomeação será feita: 
I em caráter vitalício, para o cargo de Conselheiro do Tribunal de 
Contas� 
II em caráter efetivo, quando se tratar de cargos de classe única ou de 
série de classes� 
III em comissão, nos casos previstos no parágrafo 2º do artigo 3º deste 
Estatuto. 
Art. 12. A nomeação para cargos de provimento vitalício obedecerá ao 
disposto em legislação especial. 
Relembrando do artigo 3º, parágrafo 2º: 
Art. 3º Os cargos podem ser de provimento efetivo ou de provimento em 
comissão. 
[...] 
§ 2º Os cargos de provimento em comissão compreendem: 
I cargos de direção e de chefia das repartições públicas� 
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II cargos de assessoramento, de Chefe de Gabinete e de Oficial de 
*DELQHWH� 
III outros cargos, cujo provimento, em virtude da Lei, dependa de 
confiança pessoal. 
Pois bem, os incisos II e III são derivados do artigo 37, inciso II, da 
Constituição Federal: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
[...] 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de 
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
E nem podia ser diferente, pois se fosse, seria inconstitucional :P. 
Em regra, a nomeação para cargo público pressupõe a aprovação prévia em 
concurso público (são os chamados cargos efetivos ou, no caso do seu estatuto, 
"classe única" RX�³em série de classes´). 
Entretanto, existem alguns cargos, que por sua natureza, são de livre 
nomeação e exoneração. 
Falamos destes cargos logo no início da aula. 
Por fim, temos ainda a previsão do inciso I, que prevê a nomeação de 
Conselheiro do TCE em caráter vitalício. A vitaliciedade é um atributo previsto para 
alguns cargos, inclusive na atual Constituição Federal. Apenas para não nos 
alongarmos, ela opera de forma semelhante à estabilidade do servidor público, a 
exceção de que a única forma de um servidor vitalício perder seu cargo é por meio 
de decisão judicial transitada em julgado declarando a perda do cargo (a 
estabilidade possui outras exceções que permitem o desligamento). 
Sigamos. 
Art. 13. A nomeação para os cargos de provimento efetivo exige 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e 
títulos. 
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§ 1º A nomeação obedecerá a ordem de classificação dos candidatos 
habilitados em concurso. 
Hora de história! 
Lá nos primeiros anos da Constituição Federal, quase todos os estatutos do 
país previam duas formas de provimento de cargos além de todas aquelas que você 
já viu no artigo anterior: a transferência e o acesso. 
O que acontecia? Antes da súmula 685 do STF, interpretava-se a 
Constituição da seguinte forma: para que determinado indivíduo pudesse ingressar 
em um cargo público de provimento efetivo pela primeira vez, tinha de ser por 
FRQFXUVR�S~EOLFR��R�TXH�LPSOLFD�D�DGRomR�GD�IRUPD�GH�SURYLPHQWR�³QRPHDomR´�� 
Porém, uma vez dentro do serviço público, ele poderia investir-se em 
qualquer outro cargo por meio de qualquer outra forma de provimento, mesmo que 
tal forma não previsse a necessidade de concurso público. Essa interpretação era 
feita pelos órgãos públicos, e ninguém via problema algum com isso. 
Porém, veio a lendária súmula 685 do Supremo Tribunal Federal: 
É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao 
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público 
destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na 
qual anteriormente investido. 
E não fosse o bastante, veja parte da ementa do julgamento do Recurso 
Extraordinário 167.635/PA, do Ministro Relator Maurício Correa: 
³�����2�critério aferível por concurso público de provas ou de provas e 
títulos é, no atual sistema constitucional, indispensável para o cargo 
isolado ou de carreira. Para o isolado, em qualquer hipótese; para o de 
carreira, só se fará na classe inicial e pelo concurso público de provas 
ou de provas e títulos, não o sendo, porém, para os cargos 
subseqüentes que nela se escalonam até o seu final, pois, para estes, 
D�LQYHVWLGXUD�VH�GDUi�SHOD�IRUPD�GH�SURYLPHQWR��TXH�p�D�³SURPRomR´��
1.2. Estão banidas, pois, as formas de investidura antes admitidas ±
ascensão e transferência, que são formas de ingresso em carreira 
diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por 
concurso�´ 
 
O que é que ficou resolvido depois deste julgamento? Primeiro: o concurso 
público é indispensável para ingresso no serviço público. 
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Segundo: no caso dos cargos de carreira, o provimento do cargo depende de 
concurso público para ingressar na classe inicial do cargo pretendido, não se 
admitindo qualquer forma de provimento que dispense sua realização. 
É aí que chegamos a uma conclusão bastante interessante: a transferência 
(em alguns casos) e a ascensão são formas de provimento de cargos públicos 
consideradas atualmente inconstitucionais, justamente por permitirem o ingresso na 
classe inicial de determinado cargo sem a realização de concurso público. Aliás, é 
esta inconstitucionalidade que vai te ajudar a diferenciar a ascensão e a 
transferência das demais formas de provimento derivado: a ascensão permitia ao 
servidor investir-se diretamente na classe inicial de outro cargo e a 
transferência permitia o ingresso em cargo público diverso daquele para o 
qual se prestou concurso público. 
E o que concluímos disso tudo? Simples: algumas interpretaçõespara o 
artigo 13 já não são mais possíveis :P. Aliás, qualquer interpretação que permita a 
um servidor investir-se em um cargo diferente daquele que ocupa é considerada, 
atualmente, inconstitucional, mesmo que o servidor já tenha prestado concurso 
público para ingressar no cargo que ocupa atualmente. 
Parece bobagem? Talvez, mas isso ainda dá problema até hoje. 
§ 2º Em igualdade de classificação em concurso dar-se-á preferência 
para nomeação, sucessivamente, ao funcionário que já pertença ao 
Quadro Permanente e ao servidor contratado do Estado sob o regime 
da legislação trabalhista. 
O parágrafo 2º prevê o critério de desempate preferencial na legislação do 
seu estado. Em linhas gerais, se três pessoas tirarem exatamente a mesma nota em 
um concurso, o estatuto fixa como critério de desempate a seguinte ordem: 
- Servidor que já pertença ao quadro permanente (basicamente, alguém que 
já seja ocupante de cargo público); 
- Servidor contratado sob o regime da legislação trabalhista (são aqueles que 
ocupam atualmente um emprego público e sua relação de trabalho encontra-se 
regulamentada pela Consolidação das Leis Trabalhistas, a popular CLT). 
§ 3º É proibida a nomeação em caráter interino. 
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Nomeação em caráter interino é aquela que só permanece durante o 
impedimento do funcionário titular. Ela é proibida pelo seu estatuto. Caso algum 
ocupante de cargo em comissão esteja impedido de exercer suas funções (é o caso 
no qual o estatuto estava pensando quando redigiram o parágrafo 3º), o instituto 
adequado para suprir essa falta é o da substituição (que será estudado). Não 
podemos nomear alguém em cargo público apenas para suprir o impedimento do 
titular. 
§ 4º Mediante seleção e concurso adequados, poderão ser admitidos 
funcionários de capacidade física reduzida, para cargos especificados 
em lei e regulamento. 
Art. 14. Os cargos em comissão serão providos por livre escolha do 
Governador, respeitados os requisitos e as qualificações estabelecidas por 
lei em cada caso. 
1.1.2 Concurso Público 
Ok, os cargos são acessíveis por meio de concurso público. Mas só isto quer 
dizer muito pouco. 
Felizmente para você, a lei previu apenas as diretrizes básicas a serem 
observadas na realização de concursos para provimento de cargos efetivos. O 
restante pode ser encontrado diretamente na lei que instituiu a carreira e, por vezes, 
no próprio edital de realização do certame. 
Vejamos: 
Art. 15. O concurso para o provimento efetivo de cargo especificado 
como classe única ou inicial de série de classes será público, 
constando de provas ou de provas e títulos. 
Já vou adiantar o artigo 19 também: 
Art. 19. A classificação dos concorrentes será feita mediante a 
atribuição de pontos às provas e aos títulos, de acordo com os 
critérios estabelecidos no edital do concurso. 
 
O concurso de provas eu creio que você já conheça (ou então, está para 
conhecer muito em breve). Basicamente, o edital prevê uma prova a ser realizada, e 
o candidato deve tentar obter o melhor resultado possível segundo as regras do 
edital. 
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Quanto ao concurso de provas e títulos, os candidatos além de pontuarem 
em provas, ainda podem oferecer títulos que acrescem pontos à sua nota final, tais 
como diplomas de pós-graduação, mestrado, doutorado, tempo de serviço em 
determinada área ou cargo público ou qualquer outra previsão do edital. 
Mas, reforço: concursos exclusivamente baseados em títulos são 
inconstitucionais!!! Seria o equivalente concurseiro da aristocracia, ou então, da 
mera análise de currículos. 
Art. 16. A realização do concurso será centralizada em órgão próprio, 
salvo as exceções estabelecidas em lei. 
Art. 17. O edital de concurso disciplinará os requisitos para a inscrição, 
processo de realização, o prazo de validade, os critérios de 
classificação, os recursos e a homologação. 
Aproveitando a oportunidade, vou fazer propaganda do curso de arquivologia 
(sou o titular da cadeira daquela disciplina também :P). Se um dia você estudar 
arquivologia comigo, vai achar a seguinte definição de edital: 
EDITAL: Instrumento pelo qual a Administração dá conhecimento ao 
público sobre: licitações, concursos públicos, atos deliberativos etc. 
O edital é um instrumento de divulgação sobre a realização de determinado 
ato. Por ser publicado no Diário Oficial do Estado, todos os potenciais interessados 
poderão tomar ciência da publicação (o que é do interesse da própria Administração 
Pública). 
Relembrando, o edital de concurso disciplina: 
- Requisitos para a inscrição 
- Processo de realização 
- Prazo de validade 
- Critérios de classificação 
- Recursos 
- Homologação 
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Art. 18. Independerá de limite de idade a inscrição em concurso de 
funcionário público, inclusive o de serviços autárquicos. 
Já vou voltar neste trecho. Me dê só uns minutinhos. 
Art. 20. Além dos requisitos especificamente exigidos para o concurso, o 
candidato deverá comprovar, no ato da inscrição: 
I ser brasileiro� 
II estar em gozo dos direitos políticos� 
III estar quite com as obrigações militares e eleitorais� 
IV ter boa conduta� 
V haver completado a idade mínima fixada por lei em razão da natureza 
GR�FDUJR� 
VI contar, no máximo, quarenta anos de idade, ressalvadas as 
exceções legais. 
Os requisitos do artigo 8º encerram o conjunto mínimo de requisitos para que 
uma pessoa possa ingressar no serviço público. Toda lei de qualquer carreira que 
venha a ser criada no serviço público rondoniano apresentará todos estes 7 
requisitos em um de seus artigos iniciais. 
Todavia, podem não ficar limitadas a estes. Por exemplo, se determinado 
órgão público quiser contratar um médico ou um advogado, sendo tais cargos de 
natureza técnico-científica (é necessário formação específica para desempenho 
dessas atividades), além de cumprir os requisitos do artigo 8º, o candidato também 
terá de apresentar sua habilitação profissional (no caso do médico, a inscrição no 
CRM, e do advogado, a inscrição na OAB). 
Eu sei que sua cabeça deve estar coçando: idade máxima??? Pode isso?? 
Antes de eu dizer se pode ou não, vamos terminar de ler todos os trechos 
que tratam sobre idade máxima no estatuto: 
§ 1º É fixada em cinqüenta (50) anos a idade máxima para nomeação 
em concurso público destinado ao ingresso no serviço estadual e sua 
autarquias, mantidos os limites de idade fixados em lei específica para os 
cargos devidamente indicados. (Redação alterada pelo art. 1º da Lei nº 
7.231, de 4 de novembro de 1976.) 
Segundo seu estatuto: 
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- A idade mínima para ingresso em concurso público é fixada em lei.Usualmente, é de 18 anos, mas outra pode ser fixada; 
- Segundo o artigo 18, não há limite de idade para inscrição em concurso 
público. Entretanto, o inciso VI do artigo 20 diz ser requisito a ser comprovado no 
ato da inscrição que o pretendente ao cargo tenha no máximo 40 anos, salvo 
exceções. 
- Por fim, o parágrafo 1º do artigo 20 fixa em 50 anos a idade limite para 
ingresso o serviço público (aqui entendida como a data em que o servidor toma 
posse no cargo). 
Vamos começar do básico :P. A legislação neste trecho está defasada, 
encontrando-se ora com a redação original do estatuto (1968), ora com a alteração 
promovida pela Lei 7.231/1976. O STJ já firmou entendimento que a comprovação 
dos requisitos para ingresso em cargo público deve se dar no momento da posse (e 
não da inscrição), de acordo com a Súmula 266. Tecnicamente, o STJ fez isto 
especificamente para o diploma ou habilitação legal, mas o raciocínio pode ser 
estendido a outros requisitos: 
O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser 
exigido na posse e não na inscrição para o concurso público. 
Assim, não faz sentido exigir qualquer comprovação na data da inscrição do 
candidato. 
Segundo: o STF já firmou súmula sobre o tema da idade máxima para 
ingresso no serviço público (Súmula 683): 
³R� OLPLWH�GH� LGDGH�SDUD� LQVFULomR�HP�FRQFXUVR�S~EOLFR�Vy�VH� OHJLWLPD�
em face do artigo 7º, inciso XXX, da Constituição, quando possa ser 
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido´ 
O artigo 7º, inciso XXX da Constituição Federal possui a seguinte redação: 
Art. 7º [...] 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
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Ou seja, para fixar uma idade máxima para ingresso em determinada carreira 
do serviço público, é necessário que as atribuições do cargo sejam compatíveis com 
esta exigência. 
Resumindo a história: apesar de haver trechos conflitantes nesta passagem 
do estatuto, é muito pouco provável que seu examinador o exija em prova, dada a 
quantidade assustadora de polêmicas que cercam o assunto. 
E se cair? Neste caso, seu professor ajuda você com o recurso. Se quiser 
evitar dor de cabeça, repare se a questão exige conhecimento do estatuto. Se sim, 
marque a alternativa que for uma transcrição literal do dispositivo da lei, ainda que 
flagrantemente inconstitucional :P. 
Ufa! Podemos seguir: 
§ 2º Sendo exigido exame psicotécnico, só poderá submeter-se às 
provas do concurso o candidato que houver sido julgado apto naquele 
exame, para o exercício do cargo. 
Art. 21. Não será aberto concurso para o preenchimento de cargo 
público, enquanto houver em disponibilidade funcionário de igual 
categoria à do cargo a ser provido. 
 
1.1.3 Posse e Exercício 
Art. 22. Posse é o ato que completa a investidura em cargo público e 
órgão colegiado. 
Parágrafo único. Não haverá posse nos casos de promoção e 
reintegração. 
 
Lembra-se de que a autoridade competente te chamou a tomar posse, por 
meio da nomeação? 
Pois bem: tomar posse é aceitar o chamamento! 
Se você acha que isto começa a tomar contornos religiosos, bom, é bem por 
aí mesmo :P. 
Ao tomar posse (ato este representado pela assinatura do termo de posse 
por você, futuro servidor e a autoridade nomeante), você assume o compromisso de 
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desempenhar o cargo público a contento, observando as atribuições, deveres e 
responsabilidades inerentes ao seu exercício. Por outro lado, também conhecerá 
seus direitos inerentes ao cargo que está ocupando. 
Repare que nomeação e posse se complementam para formar a investidura. 
A autoridade chama você (nomeação) e você aceita o chamamento (posse). 
E porque razão os provimentos por promoção e reintegração não demandam 
posse? 
Veja o artigo 25: 
Art. 25. Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e 
pelo funcionário, constará o compromisso de fiel cumprimento dos 
deveres e atribuições. 
 
Nos casos de reintegração e promoção, o servidor já se encontra vinculado 
ao compromisso anteriormente firmado. Além disto, estas duas formas de 
provimento não demandam a entrega de documentos adicionais para o retorno ao 
exercício (no caso da reintegração) ou sua continuidade (no caso da promoção) 
não havendo necessidade de nova tomada de posse (e, consequentemente, de 
assunção de compromisso de bem exercer o cargo, juntamente com a entrega dos 
documentos exigidos). 
O artigo 23 é bastante parecido com o artigo 20 (que tratava dos requisitos 
para que uma pessoa pudesse inscrever-se em um concurso público). Contudo, ao 
contrário daquele caso, agora estamos falando dos requisitos para tomada de 
posse. 
Se eu dei pouca atenção ao artigo 20, foi por conta de haver atualmente 
orientação do STJ desmentindo o artigo. Só que o artigo 23 é importantíssimo. Sem 
cumprir os requisitos abaixo, você pode ser aprovado em concurso público e 
nomeado, entretanto, não irá conseguir investir-se no cargo. 
Atenção: 
Art. 23. Só poderá tomar posse em cargo público quem satisfizer os 
seguintes requisitos: 
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I ser brasileiro� 
II estar no gozo dos direitos políticos� 
III estar quite com as obrigações militares, 
IV estar quite com as obrigações eleitorais� 
Até aqui, uma cópia quase fiel dos incisos I a III do artigo 20. O restante é 
novidade: 
V gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica� 
VI ter atendido às prescrições de lei especial para o exercício de 
determinados cargos� 
VII ser declarado apto em exame psicotécnico procedido por entidade 
especializada, quando exigido em lei ou regulamento. 
 
Notou algum problema até aqui? Se estivermos falando de nomeação (a 
única forma de provimento originário prevista na atual Constituição Federal e, 
portanto, o estabelecimento de vínculo funcional com alguém que não era servidor 
público anteriormente), todas as exigências fazem muito sentido. 
Mas lembre-se: nomeação não é a única forma de provimento de cargos 
públicos (eu juro que veremos as demais ao longo da Aula 01). 
Assim, algumas destas exigências podem ser ignoradas (com excelentes 
justificativas) quando o provimento do cargo se der de outra forma que não por meio 
de nomeação. 
Observe: 
Parágrafo único. Serão dispensados os seguintes requisitos para a 
posse: 
I nos cargos de provimento efetivo, os constantes do item I GHVWH�DUWLJR� 
Redação do Item I mencionado: 
Art. 23. [...] 
I ser brasileiro� 
Neste caso, a redação do estatuto (lembre-se, anterior à Constituição de 
1988) previa a possibilidade de que cargos públicos efetivos fossem providos por 
estrangeiros. 
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Repare na redação atual da Constituição: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim 
como aos estrangeiros, na forma da lei; 
Estrangeiros podem prover cargos públicos, entretanto, há necessidade de lei 
específica dizendo a forma como isto será feito. 
E na prática, como isso é resolvido? Embora seu estatuto não exija a 
nacionalidade brasileira no caso de provimento de cargo efetivo, este requisito 
acaba por ser atendido quando se exige a quitação das obrigações eleitorais (entre 
as quais, título de eleitor válido). 
Como somente cidadãos brasileiros podem votar e ser votados, a quitação 
das obrigações eleitoras por não estrangeiros acaba por depender de que 
determinado indivíduo tenha comprovado sua condição de brasileiro perante a 
Justiça Eleitoral. 
II nos cargos de provimento em comissão: 
a) se o nomeado for servidor público, os mencionados nos incisos I, II, 
III, IV, V e VII deste artigo� 
A alínea a) excluiu todos os requisitos para a posse, a exceção do VI: 
Art. 23. [...] 
[...] 
VI ter atendido às prescrições de lei especial para o exercício de 
determinados cargos� 
Ou seja, se o nomeado para cargo em comissão já for servidor, só precisa 
comprovar que atende as condições para o exercício daquele cargo público em 
comissão. Subentende-se que os demais requisitos foram atendidos quando o 
servidor tomou posse no cargo público atualmente ocupado. 
b) se o nomeado não for servidor público, os constantes dos incisos V 
e VII deste artigo� 
A dispensa é para os seguintes requisitos: 
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Art. 23. [...] 
[...] 
V gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica� 
[...] 
VII ser declarado apto em exame psicotécnico procedido por entidade 
especializada, quando exigido em lei ou regulamento. 
Considerando que o cargo em comissão é de livre provimento e exoneração, 
não permitirá ao seu ocupante adquirir estabilidade. É um pouco cruel, mas caso a 
saúde do servidor ocupante de cargo em comissão realmente não seja boa, ele 
provavelmente será exonerado de ofício. 
Quanto ao exame psicotécnico, supõe-se que a autoridade nomeante é 
suficientemente responsável para não nomear nenhum maluco para a função, razão 
pela qual se confia exclusivamente no critério da autoridade nomeante. 
III nos órgãos colegiados: 
Órgão colegiado é aquele cujas decisões são tomadas levando-se em 
consideração a vontade de cada um de seus componentes. São usualmente órgãos 
que dispõem de poder decisório. Um excelente exemplo de órgão colegiado são as 
Turmas de Julgamento da 2ª Instância da Justiça Estadual, composta por 
Desembargadores. 
Cada Desembargador profere seu voto e a vontade do órgão será aquela 
que, por exemplo, for a vontade da maior 
A rigor, os requisitos são parecidos para a assunção de um cargo em 
comissão, com pequenas diferenças: 
a) se o nomeado for servidor público, os constantes dos incisos I, II, III, 
V, e VII deste artigo: 
Sobraram apenas os seguintes requisitos a serem cumpridos para tomada de 
posse em cargo público em órgão colegiado por servidor público: 
Art. 23 [...] 
[...] 
IV estar quite com as obrigações eleitorais� 
[...] 
VI ter atendido às prescrições de lei especial para o exercício de 
determinados cargos� 
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[...] 
Além de ter de atender às exigências específicas para assunção do cargo 
colegiado (inciso VI), o servidor terá de, novamente, comprovar a quitação com suas 
obrigações eleitorais. 
b) se o nomeado não for servidor público, o constante dos incisos V e 
VII deste artigo� 
Essa combinação de incisos você já conhece: são as mesmas dispensas que 
aquelas aplicáveis aos cargos em comissão e assim, valem as mesmas 
considerações: 
Art. 23. [...] 
[...] 
V gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica� 
[...] 
VII ser declarado apto em exame psicotécnico procedido por entidade 
especializada, quando exigido em lei ou regulamento. 
 
Os três incisos seguintes referem-se a outras formas de provimento de 
cargos públicos diferentes da nomeação. Você só vai entendê-las quando 
estudarmos cada uma delas individualmente. 
Faremos assim: por enquanto, vou apenas mencioná-las. Quando as 
estudarmos, volto neste ponto da dispensa de requisitos. Se eu esquecer, me 
lembre :P. 
IV nos casos de transferência, os citados nos itens I, II, III, V e VI deste 
DUWLJR� 
V nos casos de aproveitamento, os constantes dos itens I, III e VII deste 
DUWLJR� 
VI nos casos de reversão, os mencionados nos itens I, III e VI deste artigo. 
Em frente. 
%RP��R�WLR�DTXL�VHPSUH�IDORX�³DXWRULGDGH�VXSHULRU´��³DXWRULGDGH�FRPSHWHQWH´��
mas até agora não deu nome aos bois. Pois bem, o estatuto (faz isto nesta 
oportunidade: 
Art. 24. São competentes para dar posse: 
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I a autoridade de hierarquia imediatamente superior no cargo de 
provimento em comissão� 
II os órgãos colegiados, aos respectivos membros� 
III o Diretor do Departamento de Administração de Pessoal da 
Secretaria de Administração, ao nomeado para o exercício de cargo de 
provimento efetivo. 
 
 
O artigo 25 já foi mencionado na aula, restando falar do seu parágrafo único: 
Art. 25. Do termo de posse, assinado pela autoridade competente e 
pelo funcionário, constará o compromisso de fiel cumprimento dos 
deveres e atribuições. 
Parágrafo único. O funcionário declarará, para que figurem no termo de 
posse, os bens e valores que constituem seu patrimônio e que não 
exerce função pública de acumulação proibida. 
Pois bem, tive um professor de Direito Previdenciário que era também Auditor 
Fiscal da Receita Federal do Brasil. Ele costumava dizer que o ingresso no serviço 
público fecha duas portas na vida de uma pessoa: a da pobreza e a da riqueza. 
Como, creio eu, ninguém deseja ser voluntariamente pobre, o serviço público 
está particularmente motivado a manter a porta da riqueza fechada (ou, ao menos, 
não escancará-la). A entrega da declaração de bens por ocasião da posse permitirá 
o acompanhamento ano a ano da sua evolução patrimonial, para garantir que 
QLQJXpP�HQULTXHoD�³VHP�H[SOLFDomR´��3� 
A declaração quanto a não acumulação de cargos busca atender ao inciso 
XVI, artigo 37 da Constituição Federal: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
[...] 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quandohouver compatibilidade de horários, observado em qualquer 
caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, 
com profissões regulamentadas; 
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Simplificando a história: se você é técnico de determinado órgão do Estado 
do Pernambuco, você não pode ser, ao mesmo tempo: Analista do Tribunal de 
Justiça (cargo público) ou mesmo Técnico de Informática do SERPRO (emprego 
público). 
Também nem adianta dizer que a entidade para onde vai é uma autarquia, ou 
mesmo uma sociedade de economia mista (então esqueça aquele sonho de ser 
gerente de perfuração da Petrobrás enquanto estiver exercendo suas atribuições 
em outro órgão público). 
O conceito de acumulação é extremamente amplo, de tal forma que se a 
Constituição não o autorizar a acumular cargos, você não pode e pronto! 
Esta declaração serve para evitar que o servidor tome posse enquanto 
estiver exercendo outro cargo público (caso ele declare a verdade) ou demiti-lo 
posteriormente (caso ele omita esta informação). 
Bom, mas e se eu estiver viajando e, de repente, sai a publicação no Diário 
Oficial com a minha nomeação? Cancelo minhas férias e venho correndo tomar 
posse pessoalmente? 
Não precisa! 
Art. 26. É facultada a posse por procuração, quando o nomeado estiver 
ausente do Estado e, em casos especiais, a juízo da autoridade 
competente: 
 
Se você não puder se fazer presente no momento da posse por ausência no 
Estado (outras hipóteses demandam juízo da autoridade competente), pode assinar 
uma procuração para que outra pessoa o represente no ato. Ao contrário de outros 
estatutos, o seu não fez menção expressa à procuração com poderes específicos. 
Ah sim, e esta é uma pegadinha clássica, embora a posse possa se dar 
mediante procuração, a entrada em exercício no cargo deve ser realizada 
exclusivamente pelo aprovado em concurso público, pessoalmente! 
Art. 28. A posse verificar-se-á no prazo de 30 dias, a contar da data de 
publicidade do ato de provimento no órgão oficial. 
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Parágrafo único. A requerimento do interessado o prazo poderá ser 
prorrogado, por justa causa, até 180 (cento e oitenta) dias. 
Uma vez publicada a nomeação (o ato de provimento mais comum) no Diário 
Oficial do Estado, o interessado deve tomar posse nos 30 dias subsequentes. Se, 
por qualquer razão, este prazo não for adequado para você, é possível requerer 
uma prorrogação de até 180 dias, desde que o requerimento seja fundamentado em 
uma justa causa. 
Assim, o pedido de prorrogação pode ou não ser acatado. 
É possível, por fim, que o servidor seja chamado, mas não responda ao 
chamamento. Se ele não tomar posse dentro do prazo previsto no estatuto, 
entende-se que não aceitou o provimento e renunciou ao seu direito de ser 
nomeado em decorrência daquele concurso: 
Art. 29. O decurso do prazo para a posse, sem que esta se realize, 
importa em não aceitação do provimento e em renúncia ao direito de 
nomeação decorrente do concurso, salvo motivo de força maior 
devidamente comprovado. 
A ideia de chamamento cai como uma luva aqui: alguém grita seu nome, mas 
se você não responder, a pessoa vai parar de te procurar :P. 
Uma vez tomada posse, abre-se o prazo para entrada de exercício. Seu 
estatuto resolveu arremessar esta etapa lá nos artigos 33 a 39. Eu prefiro abordar 
posse e exercício conjuntamente, dada a intimidade entre os dois institutos. Assim, 
anteciparemos os sete artigos agora e falaremos sobre garantias posteriormente. 
Pois bem: você respondeu ao chamamento. Foi nomeado e tomou posse, 
assinando o termo e expressando o desejo de aceitar suas atribuições. Meus 
parabéns! Mas você ainda não está desempenhando suas funções. Você apenas 
aceitou suas atribuições e deveres (posse). Chega a hora de começar a trabalhar: 
Art. 33. O exercício do cargo terá início no prazo de trinta dias a contar: 
I da data da publicação oficial do ato, no caso de reintegração: 
II da data da posse, nos demais casos. 
Parágrafo único. A requerimento do interessado e a juízo do titular da 
Secretaria em que for lotado o funcionário, o prazo previsto neste artigo 
poderá ser prorrogado por trinta dias. 
 
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Pois bem, os servidores do seu estado, quando aprovados e empossados em 
seu novo cargo, terão 30 dias para iniciar o exercício de suas atribuições 
(prorrogável por outros 30 dias, a juízo do titular da Secretaria). 
Fique atento: 
 
 
Lembremos que não há posse em caso de reintegração (modalidade de 
provimento na qual o servidor se investe no cargo público depois de invalidada sua 
demissão), e assim, não podemos usar a data da posse como parâmetro para 
contagem do prazo. 
Como a reintegração só ocorre com a publicação de ato que invalida a 
demissão anterior, seu estatuto escolheu este ponto como marco inicial da 
contagem. 
Mas pera aí! Também não ocorre posse na promoção! Sim meu caro, mas 
a promoção não interrompe o exercício: 
Art. 35. A promoção não interrompe o exercício. 
 
O servidor promovido já era servidor antes e encontrava-se no exercício do 
cargo. Este exercício continua, sem qualquer interrupção. 
Quanto às demais hipóteses de provimento, prazo de 30 dias para início de 
exercício começa na data da posse. 
Art. 34. O início, a interrupção e o reinício do exercício serão 
registrados no assentamento individual do funcionário. 
 
Posse - Aceitação Expressa das Atribuições 
Exercício - Desempenho das Atribuições 
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O assentamento individual é o registro do servidor junto ao órgão no qual 
trabalha (usualmente junto ao RH do órgão onde se dá o exercício de suas 
IXQo}HV���6H�SUHSDUH��SRLV�DTXHOD�ORQJD�OLVWD�GH�GRFXPHQWRV�³SDUD�SRVVH´�VH�YROtam 
a montar o seu assentamento individual. Lá estarão cópias de documentos de 
identificação (RG, CPF, Título de Eleitor, etc.), declarações (como, por exemplo, a 
sua declaração de bens e de não exercício de outro cargo, emprego ou função 
pública), bem como quaisquer outros dados que venham a ser de interesse do 
órgão no qual você trabalha ou que digam respeito à sua situação funcional. 
Art. 36. O responsável pelo serviço onde deva servir o funcionário, é 
competente para dar-lhe exercício. 
 
O responsável pelo serviço será, muito provavelmente, o seu chefe dali por 
diante. Neste caso, é qualquer pessoa que responsa pelo serviço em determinada 
unidade. 
Art. 37. O funcionário preso preventivamente, pronunciado por crime 
comum ou denunciado por crime funcional, ou ainda, condenado por 
crime inafiançávelem processo no qual não haja pronúncia será 
afastado do exercício, até decisão final passada em julgado. 
 
Ei! Este funcionário não será mandado embora? Não senhor! Repare que a 
decisão condenatória ainda não transitou em julgado (no caso da pronúncia por 
crime comum o processos penal acabou de começar). 
Veja a Constituição Federal: 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso 
público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
[...] 
 
A Constituição é clara quanto à necessidade da sentença judicial que declara 
a perda do cargo já ter transitado em julgado (e assim, não caber mais qualquer 
recurso contra a mesma). 
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Ok, o servidor não pode ser desligado do cargo (ainda). Não podendo 
desligar o servidor, seu estatuto fez a opção de afasta-lo do exercício de suas 
funções. 
O artigo 38 traz uPD�SUHYLVmR�GH� ³HPSUpVWLPR´�GH�VHUYLGRU�S~EOLFR��1mR�VH�
trata de cessão pois o servidor continua vinculado à ao órgão de origem. Imagine 
que haja uma epidemia em um dado município do estado que não tem agentes de 
saúde suficientes para atender todos os casos que surgem da doença. 
O Prefeito liga para o Governador e pede auxílio. O Governador, por sua vez, 
sensibilizado pela catástrofe que acomete a região, lembra-se da disposição do 
artigo 38: 
Art. 38. O funcionário poderá ser posto à disposição de órgãos da 
administração direta ou indireta, federal, estadual e municipal a critério 
do Governador para fim determinado e a prazo certo. 
Atenção agora: isto é um mero empréstimo de mão de obra. A situação 
funcional do servidor permanece a mesma: 
§ 1º O funcionário posto à disposição nos termos deste artigo, 
continuará vinculado ao órgão administrativo a que servia. 
§ 2º Findo o prazo ou cessados os motivos determinantes do 
afastamento, o funcionário deverá apresentar ±se à Secretaria de 
Administração onde aguardará nova lotação. 
Você já conhece o Secretário de Administração: é ele a autoridade 
competente para dar posse a servidores efetivos: 
Art. 24. São competentes para dar posse 
[...] 
III o Diretor do Departamento de Administração de Pessoal da 
Secretaria de Administração, ao nomeado para o exercício de cargo de 
provimento efetivo. 
A Secretaria de Administração é o primeiro órgão com o qual um servidor 
efetivo tem contato, e cabe a ela apontar onde o servidor terá exercício depois da 
posse. O mesmo ocorre nas hipóteses do artigo 38, quando o servidor retorna do 
local para onde foi disponibilizado: cabe novamente à Secretaria de Administração 
apontar onde o exercício se dará. 
§ 3º O afastamento de que trata este artigo poderá ser cancelado a 
qualquer tempo se não for comunicada, mensalmente, a freqüência do 
funcionário. 
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Para terminar, eu ainda não te disse o que ocorre com o servidor que não 
inicia o exercício do cargo no prazo: 
Art. 39. O funcionário que não entrar em exercício, no prazo legal, 
perderá o cargo, salvo motivo de força maior, devidamente comprovado. 
 
Olha que coisa interessante. Vamos comparar o artigo 39 com o artigo 29 
(que trata da consequência pela não assunção do cargo): 
Art. 29. O decurso do prazo para a posse, sem que esta se realize, 
importa em não aceitação do provimento e em renúncia ao direito de 
nomeação decorrente do concurso, salvo motivo de força maior 
devidamente comprovado. 
 
Se, por qualquer razão, após a posse, o servidor não entrar em exercício, ele 
será exonerado do cargo (seu estatuto referiu-se a este fenômeno genericamente 
DR� SUHYHU� D� ³SHUGD´� GR� FDUJR��� 9HMD� TXH� R� HIHLWR� p� GLIHUHQWH� GDTXHOH� TXDQGR� R�
nomeado não toma posse dentro do prazo legal (renúncia ao direito de nomeação). 
Isto ocorre, pois, após a posse, o nomeado já passou à condição de servidor, 
e desta forma, é necessário um ato formal de desligamento. Como este ato não teve 
como causa uma falta disciplinar (pois se assim o fosse, estaríamos falando de 
demissão), o nome dado a ele é justamente exoneração. 
Por outro lado, se o servidor não tomou posse, ele não chegou a se vincular 
ao órgão público, razão pela qual um ato mais simples pode ser realizado para fazer 
cessar os efeitos da nomeação. 
Tudo certo? Se não tiver, pelo amor de Deus, vá ao fórum e faça sua 
pergunta! 
Esta é a amostra do curso. Se gostou, te espero na próxima aula. 
Até a próxima! 
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Questões Comentadas 
1 FCC ± AL-PE - 2014 - Considerando a Lei estadual nº 6.123/1968, é 
correto afirmar que 
a) o interessado deve entrar em exercício no prazo de trinta dias a contar 
data da posse, prazo improrrogável, nos termos da Lei. 
b) a posse de aprovado em concurso público deve ocorrer no prazo de 30 
dias a contar da publicação do ato de provimento, prazo este improrrogável nos 
termos da Lei. 
c) a posse deve ocorrer em 30 dias a contar da publicação do ato de 
provimento, prazo que pode ser prorrogado, a requerimento do interessado, desde 
que haja justa causa, por até 180 dias. 
d) a ausência de posse no prazo estabelecido na Lei importa na não 
aceitação do provimento e em renúncia ao direito de nomeação, qualquer que seja o 
motivo do decurso de prazo. 
e) o prazo estipulado pela Lei para que o empossado entre em exercício 
pode ser, a pedido daquele, prorrogado por 180 dias. 
Comentário: Ponto por ponto: 
a) o interessado deve entrar em exercício no prazo de trinta dias a contar 
data da posse, prazo improrrogável prorrogável por mais trinta dias a 
requerimento do interessado e a juízo do titular da Secretaria, nos termos da 
Lei. 
Art. 33. O exercício do cargo terá início no prazo de trinta dias a contar: 
I da data da publicação oficial do ato, no caso de reintegração: 
II da data da posse, nos demais casos. 
Parágrafo único. A requerimento do interessado e a juízo do titular da 
Secretaria em que for lotado o funcionário, o prazo previsto neste artigo 
poderá ser prorrogado por trinta dias. 
 
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b) a posse de aprovado em concurso público deve ocorrer no prazo de 30 
dias a contar da publicação do ato de provimento, prazo improrrogável, 
prorrogável por mais 180 dias a requerimento do interessado e mediante justa 
causa nos termos da Lei. 
Art. 28. A posse verificar-se-á no prazo de 30 dias, a contar da data de 
publicidade do ato de provimento no órgão oficial. 
Parágrafo único. A requerimento do interessado o prazo poderá ser 
prorrogado, por justa causa, até 180 (cento e oitenta) dias. 
d) a ausência de posse no prazo estabelecido na Lei importa na

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