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10 RESENHA SOBRE O FILME TEMPO DE DESPERTAR

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
5º SEMESTRE
EDERSON FABIANO ARAUJO
R.A: 1626584
PÓLO SUZANO
2018
ATIVIDADE CULTURAL - RELATORIO DE FILMES
 Esta atividade complementar refere-se a relatórios de filmes, com características, abordagem e analise critica dos conteúdos estudados no curso de Sociologia.
RESENHA DO FILME: TEMPO DE DESPERTAR
 Tempo de Despertar: Filme com direção de Penny Marshall, 1991. Brasil. Filme escolhido para atividade complementar no curso de Sociologia da Universidade Paulista – UNIP.
 Baseado em fatos reais, na obra do neurologista Dr. Oliver Sackes. O filme nos conta a historia do nosso protagonista Leonard (Robert de Niro). Trata-se de um menino comum que já na infância adquire uma doença desconhecida.
 Em 1969 em pleno verão, Leonard se encontra internado em um hospital no Bronx em Nova Iorque (EUA) com pacientes com doenças crônicas, uma espécie de encefalia letárgica (doença do sono) aonde os sintomas deles são semelhantes. Os médicos deste hospital acreditavam que visitas breves já eram o suficiente, pois se trata de um lugar desinteressante aonde não se podia fazer muita coisa por aqueles pacientes.
 A direção do hospital decidiu admitir médicos para trabalhar com essas pessoas. Então Dr. Malcolm Sayer (Robin Willians) se apresentou para essa função, embora sua especialidade fosse voltada a pesquisas, aceita assim mesmo esse desafio.
 Ao desempenhar sua função passou a se sentir incomodado em perceber que os profissionais não davam muita atenção nem credibilidade à evolução daqueles pacientes que viviam de forma vegetativa, bastando apenas dar-lhes comida e água, e de fato, os próprios profissionais admitiam isso, talvez por não acreditarem na melhora ou até mesmo por acomodação.
 Certo dia, ao atender Lucy que era também uma paciente, percebe que ela consegue segurar com firmeza seus próprios óculos e isso chama a atenção do médico que passa a se interessar pelo diagnostico desses pacientes. Decide então, informar os outros médicos do que havia presenciado e já pensava em hipóteses de intervenções para esse mal, porém é recebido com ar cético pelos seus colegas que dizem se tratar simplesmente de reflexos, não dando muita importância pelo ser humano que ali estava.
 A mãe de Leonard visitava constantemente seu filho e cuidava dele com certo carinho, cortando unha e penteando seus cabelos e contando a ele assuntos do cotidiano. Estimulado pela cena vivenciada o Dr. Sayer conversa com essa mãe e procura saber mais informações por esta doença e logo pensa em estratégias para tratar e reconduzir estes pacientes para o convívio social. Logo então, ele descobre que os pacientes possuíam um tipo de encefalexia (catatonia), decide então mudar o ambiente e começa a trabalhar com musicas para eles.
 Os pacientes começam a mudar seu comportamento e passam a reagir ao ouvir musicas. Quando o Dr. Sayer percebe a reação de seus pacientes, solicita a direção do hospital testes experimentais com Leonard com uma nova droga (L-Levodopa) utilizada para mal de Parkinson. Ao utilizar a droga, percebe que de forma gradativa, seus pacientes foram reagindo como se estivessem despertando de um sono profundo de durara vários anos.
 O fato interessante nessa trama é que uma das pacientes ao acordar desse sono que durara décadas, passa a não se reconhecer quando olha no espelho, pois com a aparência totalmente modificada pelo o longo do tempo, passa acreditar que o velho é sempre o outro. Somos obrigados a pensar na forma como os outros nos veem.
 Como objeto de estudo da Sociologia, podemos perceber neste filme certa resistência a mudança e certa burocratização por grande parte dos profissionais para aceitação de uma nova modalidade de tratamento, não levando em consideração as dificuldades dos familiares e pacientes, mas também aos profissionais simplesmente por não tentar arriscar em um novo método para a solução deste problema. A mãe de Leonard também resistiu ao tratamento logo no inicio, pois não conseguia pensar em uma nova realidade depois de tanto tempo prestando cuidados ao seu filho, aquilo para ela não era tão bom, pois seu mundo girava em torno de seu filho.
 Neste filme podemos perceber a intenção de Dr. Sayer em reabilitar seus pacientes que em si sentiam vontade de viver e aproveitar tudo o que não puderam viver em todos esses tempos, sentiram como pode ser valioso cada momento, cada segundo e começam a questionar se realmente eles ou nós que precisamos entender a importância do tempo.
 Na busca de autonomia Leonard recusa a supervisão em suas saídas e passa apresentar efeitos colaterais da droga administrada e começa a regredir ao se sentir contrariado em suas objeções, mesmo apresentando sintomas retroativos, ele levanta questões sobre suas vontades e desejos, logo então Dr. Sayer começa a pensar sobre a sua própria vida que é solitária e também sobre os seus valores.
 Leonard incita outros pacientes a se rebelarem contra as normas instituídas no hospital, argumentando se realmente eles ou nós que estivemos adormecidos ou presos em nossa própria loucura não aproveitando o melhor da vida e isso nos faz pensar nos prejuízos que a exclusão pode trazer para o ser humano e também para os seus familiares em relação ao convívio social.
 Por apresentar efeitos colaterais, o tratamento dado aos pacientes foi interrompido. O filme termina com o Dr. Sayer tentando reiniciar novamente seu trabalho com Leonard, com a intenção de fazer com que ele pudesse vir a ter novamente uma vida social, pois ele acreditava muito nisso.
 A reflexão que podemos adquirir com esse contexto no que tange o saber lidar com as pessoas e seus medos, suas esperanças, seus sonhos, seus desejos e sentimentos, não como portadores de uma patologia, mas pensando na explicação do desenvolvimento deste ser humano na sociedade contemporânea em meio às relações inerentes às famílias e instituições, às quais ele é submetido desde seu nascimento.
(frase do filme: Austrália, 2008).
“… a realidade é que… não sabemos o que deu errado nem o que deu certo. O que sabemos é que ao se fecharem as janelas químicas… outro despertar aconteceu. O espírito humano é mais forte que qualquer remédio. E é isso que precisa ser alimentado… por meio do trabalho, lazer… da amizade e da família. Isso é o que importa. Foi disso que nos esquecemos. Das coisas simples.”
                                                                                                  Dr. Malcolm Sayer.
Data da Atividade: 21/05/2018
Tempo de Despertar: Penny Marshall. Brasil, 1991. Drama/Filme Biográfico. 2h 10m.

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