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Trabalho de Direito (1)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA – “Júlio de Mesquita Filho”
Departamento de Engenharia de Produção
Direito Internacional Aplicado à Negócios:
O DIREITO DE INTEGRAÇÃO E OS BLOCOS ECONÔMICOS DA UNIÃO EUROPEIA E DO MERCOSUL
Camila Prado Rossato
Guilherme Yotti Nishimaru
Iago Ambrósio Moschetto
Rafael da Silva Domingues
Bauru
Setembro de 2018
1 DIREITO DE INTEGRAÇÃO
De acordo com o Tratado de Maastricht, o direito de integração econômica é a união de alguns estados com o objetivo de promover assistência reciproca, e fortalecendo a economia, formando assim um mercado comum, forte e competitivo de proporções mundiais, tendo como principal caminho para atingir estes objetivos, a integração dos estados que a fazem parte.
Normalmente os estados membros do grupo estão unidos geograficamente, já que assim o desenvolvimento econômico e comercial já é bem aparente.
Alguns conceitos interessantes estão por trás do direito de integração, entre eles é o conceito de supranacionalidade, que nada mais é que a transferência de parcelas de soberania por parte dos estados-membro de um grupo em beneficio de um organismo maior. (Pedroso, 2007)
O interessante é notar que alguns blocos se adaptam e exercem isso, e como outros que não o fazem como é o caso do Mercosul que tem como base jurídica o direito internacional publico, não tendo nenhum órgão de direito comunitário, como já é o caso da União Europeia. (
2 BLOCOS ECONÔMICOS DE INTEGRAÇÃO
2.1 União Europeia
A união europeia (EU) nasce em meados dos anos 50, a partir da antiga Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, com os países membros se relacionando de maneira politica e econômica, os seis países membros são a Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, e Países Baixos. Em 1957, o Tratado de Roma institui a Comunidade Económica Europeia (CEE) – o chamado “Mercado Comum”.
A partir de 79 a EU, passa a ter um grande aumento no numero de países membros, a partir da queda do muro de Berlim em 1991, isto se intensifica, em 1993, é concluído o Mercado Único com as “quatro liberdades”: livre circulação de mercadorias, de serviços, de pessoas e de capitais. A década de noventa é também marcada por dois Tratados: o Tratado da União Europeia ou Tratado de Maastricht, de 1993, e o Tratado de Amsterdã, de 1999. O primeiro estabeleceu metas para facilitar a circulação das pessoas, dos produtos, dos serviços e do capital pelo continente com a finalidade de determinar a estabilidade política na Europa após tantos períodos conturbados. Para alcançar os objetivos, o tratado foi elaborado com vistas a englobar três pontos. O primeiro deles seria a abordagem de assuntos sociais e econômicos que permitissem o crescimento do bloco e desenvolvimento, tratando da agricultura, do ambiente, da saúde, da educação, da energia, da investigação e de desenvolvimento. O segundo tópico encarregar-se-ia da abordagem do bem comum, como política externa e segurança. E, por fim, colocaria em pauta a cooperação policial e judiciária em matéria penal. O segundo não adicionou nenhuma grande mudança a EU serviu apenas, para fazer algumas atualizações dos acordos passados, além de reforçar a forca de alguns órgãos da união europeia como o Parlamento Europeu.
A UE é formada por vários órgãos tais como: Parlamento Europeu, Conselho da União Europeia, a Comissão Europeia, o Conselho Europeu, o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas e por fim o Banco Central Europeu. Dentre essas se destacam o Parlamento Europeu que é a única assembleia parlamentar multinacional eleita por sufrágio universal no mundo, o parlamento tem a função de defender os interesses da união europeia, criado apenas como um conselho consultivo ela tem crescido de papel nos últimos anos. Outro órgão que se destaca é o Banco Central Europeu, que é responsável por toda politica monetária do bloco, por ser um bloco de moeda única, o Euro, ele comanda a politica cambial, tal como taxa de juros e o controle da inflação. Dentre tantos órgãos se destaca também o Tribunal de Justiça Europeu, que tem como função garantir que o direito da União é aplicado da mesma forma em todos os Estados e para resolver litígios entre as instituições ou Estados.
2.2 Mercosul
Com mais de duas décadas de existência, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é a mais abrangente iniciativa de integração regional da América Latina, surgida no contexto da redemocratização e reaproximação dos países da região ao final da década de 80. Os membros fundadores do MERCOSUL são Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, signatários do Tratado de Assunção de 1991.
A Venezuela aderiu ao Bloco em 2012, mas está suspensa, desde dezembro de 2016, por descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula Democrática do Bloco.
Todos os demais países sul-americanos estão vinculados ao MERCOSUL como Estados Associados. A Bolívia, por sua vez, tem o “status” de Estado Associado em processo de adesão.
O Tratado de Assunção, instrumento fundacional do MERCOSUL, estabeleceu um modelo de integração profunda, com os objetivos centrais de conformação de um mercado comum - com livre circulação interna de bens, serviços e fatores produtivos - o estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) no comércio com terceiros países e a adoção de uma política comercial comum.
O livre comércio intrazona foi implementado por meio do programa de desgravação tarifária previsto pelo Tratado de Assunção, que reduziu a zero a alíquota do imposto de importação para o universo de bens, salvo açúcar e automóveis. A União Aduaneira, estabelecida pela TEC, está organizada em 11 níveis tarifários, cujas alíquotas variam de 0% a 20%, obedecendo ao princípio geral da escalada tarifária: insumos têm alíquotas mais baixas e produtos com maior grau de elaboração, alíquotas maiores.
O Protocolo de Ouro Preto, assinado em 1994, estabeleceu a estrutura institucional básica do MERCOSUL e conferiu ao Bloco personalidade jurídica de direito internacional. O Protocolo consagrou, também, a regra do consenso no processo decisório, listou as fontes jurídicas do MERCOSUL e instituiu o princípio da vigência simultânea das normas adotadas pelos três órgãos decisórios do Bloco: o Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão superior ao qual incumbe a condução política do processo de integração; o Grupo Mercado Comum (GMC), órgão executivo do Bloco; e a Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM), órgão técnico que vela pela aplicação dos instrumentos da política comercial comum.
No decorrer do processo de integração, e em grande medida em razão do êxito inicial da integração econômico-comercial, a agenda do MERCOSUL foi paulatinamente ampliada, passando a incluir temas políticos, de direitos humanos, sociais e de cidadania. Os dois marcos na área social e cidadã do MERCOSUL são, respectivamente, o Plano Estratégico de Ação Social (2011) e o Plano de Ação para o Estatuto da Cidadania do MERCOSUL (2010).
O MERCOSUL é hoje instrumento fundamental para a promoção da cooperação, do desenvolvimento, da paz e da estabilidade na América do Sul.
Os membros fundadores (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a Venezuela, que completou seu processo de adesão em meados de 2012, abrangem, aproximadamente, 72% do território da América do Sul (12,8 milhões de km², equivalente a três vezes a área da União Europeia); 69,5% da população sul-americana (288,5 milhões de habitantes) e 76,2% do PIB da América do Sul em 2016 (US$ 2,79 trilhões de um total de US$ US$ 3,66 trilhões, segundo dados do Banco Mundial).
Se tomado em conjunto, o MERCOSUL seria a quinta maior economia do mundo, com um PIB de US$ 2,79 trilhões. O MERCOSUL é o principal receptor de investimentos estrangeiros diretos (IED) na região. O bloco recebeu 47,4% de todo o fluxo de IED direcionado à América do Sul, América Central, México e Caribe em 2016 (dados da UNCTAD). O bloco constitui espaço privilegiado para investimentos, por meio de compra, controle acionárioe associação de empresas dos Estados Partes. A ampliação da agenda econômica da integração contribuiu para incremento significativo dos investimentos diretos destinados pelos Estados Partes aos demais sócios do bloco.
O MERCOSUL atravessa um processo acelerado de fortalecimento econômico, comercial e institucional. Os Estados Partes consolidaram um modelo de integração pragmático, voltado para resultados concretos no curto prazo. O sentido da integração do MERCOSUL atual é a busca da prosperidade econômica com democracia, estabilidade política e respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Ainda há muito avanços necessários para consolidar o Mercado Comum previsto no Tratado de Assunção, em todos os seus aspectos: a livre circulação de bens, serviços e outros fatores produtivos, incluindo a livre circulação de pessoas; a plena vigência da TEC e de uma política comercial comum; a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais; e a convergência das legislações nacionais dos Estados Partes.
Nas áreas de cidadania e das políticas sociais, as metas estão dadas pelo Estatuto da Cidadania e pelo PEAS. Entre as prioridades estabelecidas pelo Brasil, destacam-se a facilitação da circulação de pessoas no MERCOSUL, por meio da modernização e simplificação dos procedimentos migratórios, e a plena implementação do sistema de mobilidade acadêmica do MERCOSUL.
O Brasil segue trabalhando para que o MERCOSUL dê continuidade à concretização de uma agenda pragmática, tendo sempre em mente os interesses dos cidadãos e empresas do bloco no fortalecimento da integração econômica e comercial, da democracia e da plena observância dos direitos humanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEDROSO, J. C. M. A. Mercosul e Supranacionalidade: um estudo à luz das constituições. Dissertacao (Mestrado em integração latino americana) – UFSM. Santa Maria, p.85. 2007.
PÁGINA BRASILEIRA DO MERCOSUL. MERCOSUL. Disponível em: <http://www.mercosul.gov.br/>. Acesso em: 16 set. 2018.

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