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1-HISTÓRICO DA INTEGRAÇÃO REGIONAL NO MERCOSUL: 
Na década de 70, o Brasil atravessou um período conhecido por 
“milagre econômico”, em que houve crescimento econômico acelerado e 
ampla industrialização. Por sua vez, a Argentina experimentou um declínio de 
seu modelo agroexportador, o qual reduziu sua importância e alcance 
internacional. Com o surto de crescimento econômico obtido pelo Brasil, 
surgiram novos interesses em relação aos países vizinhos, notadamente a 
busca de novas fontes de energia e aproveitamento da rede hidrográfica de 
forma conjunta, iniciativas que poderiam sustentar o desenvolvimento do país. 
A maior penetração brasileira nos países vizinhos e o “milagre 
econômico”, aliados a visões geopolíticas dos militares brasileiros e argentinos 
(que estavam no poder à época), suscitaram desconfianças da Argentina 
em relação à política externa brasileira. As desconfianças argentinas se 
materializaram na oposição à construção da usina hidrelétrica de Itaipu, 
o que criou um conflito de alcance internacional, deixando em clima de tensão 
as relações bilaterais entre os países durante uma década. 
A superação do conflito ocorreu com a celebração, em 1979, do 
acordo Itaipu-Corpus. A partir daí, ocorreu uma reaproximação entre 
Argentina e Brasil, possibilitando mais tarde a integração econômica entre os 
dois países e, futuramente, a constituição do MERCOSUL. As origens do 
MERCOSUL remontam, portanto, à década de 80, quando houve um relativo 
incremento da cooperação bilateral entre Brasil e Argentina. 
Anteriormente, os dois países possuíam uma relação bilateral de natureza 
conflitiva, marcada por uma disputa pela hegemonia regional. A existência de 
regimes ditatoriais acentuava ainda mais a rivalidade e, ao mesmo tempo, 
contribuía para a ideia de que havia um risco de conflito entre eles.1 
Percebeu-se, todavia, que a integração seria benéfica aos dois 
países, permitindo-lhes obter maior desenvolvimento e crescimento 
econômico. Isso nos permite afirmar que, ao contrário da União Europeia, o 
que motivou a aproximação bilateral entre Brasil e Argentina foi 
fundamentalmente o aspecto econômico-comercial. Entretanto, houve também 
aspectos políticos que aproximaram os dois países. 
Na década de 80, Argentina e Brasil possuíam algumas 
semelhanças políticas e econômicas que os aproximava. Ambos haviam 
mudado o regime político, instaurando a democracia após o fim do regime 
militar, o que os levava a sentir a necessidade de consolidar o processo 
democrático. Ao mesmo tempo, percebiam a importância de criar alianças 
para fortalecer-se nas relações econômicas internacionais, o que seria 
particularmente importante em virtude das negociações comerciais da Rodada 
 
1 OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de 
Janeiro: Campus, 2008, pp.461-463 
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Uruguai, iniciada em 1986. Os problemas econômicos que Brasil e Argentina 
atravessavam também eram bastante parecidos. A dívida externa dos dois 
países era bastante elevada e ambos os governos adotavam medidas para 
controlar a alta inflação. 
Em 1985, Brasil e Argentina assinaram a Declaração de Iguaçu, 
que estabeleceu as bases da cooperação bilateral econômica entre os dois 
países. No ano seguinte, em 1986, foi assinado entre os ex-presidentes José 
Sarney e Raúl Alfonsin o Tratado de Cooperação Econômica, por meio do 
qual foi estabelecido o PICE (Programa de Integração e Cooperação 
Econômica), que visava a incrementar a cooperação econômica entre os 
dois países. Em 1988, foi assinado, também por esses dois países, o Tratado 
de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, que tinha como objetivo 
estabelecer as bases para uma área de livre comércio entre Brasil e 
Argentina. 
A adesão do Uruguai ao projeto de integração sul-americano foi 
realizada de forma lenta, uma vez que esse país tinha preferência por manter 
seus acordos bilaterais, temendo que a integração pudesse comprometer sua 
incipiente indústria. O Paraguai, por sua vez, só foi incorporado ao processo de 
integração após a deposição do ditador Alfredo Stroessner em 1989, 
representante do último regime ditatorial da região. 2 
Lançadas as bases do MERCOSUL, este bloco regional foi constituído 
por meio do Tratado de Assunção, assinado em 1991 por Brasil, Argentina, 
Paraguai e Uruguai. A celebração do Tratado de Assunção foi motivada 
nitidamente por aspectos econômico-comerciais, já que os 4 (quatro) 
países perceberam que teriam muito maior poder negociador caso atuassem 
em conjunto. Com efeito, as origens do MERCOSUL remontam a um contexto 
global em que se vivia ampla abertura comercial, seja em âmbito multilateral 
ou regional. Em nível multilateral, desenvolvia-se a mais complexa e ambiciosa 
de todas as negociações comerciais: a Rodada Uruguai. Já em nível regional, 
os países latino-americanos, seguindo a ideologia liberal do Consenso de 
Washington, promoviam a abertura comercial. 
Vocês se lembram de quando estudamos sobre a ALADI na aula 
anterior? No âmbito dessa organização internacional, podem ser celebrados 
acordos de alcance regional (entre todos os membros) e acordos de 
alcance parcial (limitado a apenas alguns membros). Pois bem, o 
MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado sob a égide da 
ALADI, denominado mais especificamente de Acordo de Complementação 
Econômica (ACE) nº 18. 
 
2 OCAMPO, Raúl Granillo. Direito Internacional Público da Integração. Rio de 
Janeiro: Campus, 2008, pp.461-463 
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Em 2006, foi assinado o Protocolo de Adesão da Venezuela ao 
MERCOSUL, tendo como objetivo que esse país se torne um membro efetivo do 
bloco regional. No entanto, para que ele pudesse entrar em vigor e a 
Venezuela efetivamente se incorporasse ao MERCOSUL, seria necessário que 
todos os membros do bloco ratificassem esse protocolo. Brasil, 
Argentina e Uruguai o fizeram, restando apenas o Paraguai. 
Em junho de 2012, devido à destituição do Presidente do 
Paraguai, Fernando Lugo, o Protocolo de Ushuaia3 foi invocado para 
suspender o Paraguai da participação no MERCOSUL até que sejam realizadas 
novas eleições presidenciais naquele país. Com a suspensão do Paraguai, 
abriu-se caminho para a adesão da Venezuela, que ocorreu em 31 de 
julho de 2012. Com a realização de novas eleições no Paraguai, foi revogada a 
suspensão do Paraguai. Em 29 de julho de 2014, em reunião de cúpula do 
MERCOSUL, o Paraguai retornou oficialmente ao bloco. 
Em dezembro de 2016, a Venezuela, por não ter cumprido as 
obrigações assumidas por ocasião de sua adesão, foi suspensa do 
MERCOSUL. Pode-se dizer que a Venezuela é um membro efetivo do 
MERCOSUL, mas os seus direitos na condição de Estado-parte estão 
suspensos. 
Hoje, temos as seguintes categorias de membros no MERCOSUL: 
a) membros efetivos: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. 
b) membro efetivo suspenso: Venezuela4. 
b) membros associados: Chile, Equador, Peru, Colômbia, Guiana5 e 
Suriname.6 
c) membro em adesão: Bolívia7. 
 
3 Segundo o art. 4º do Protocolo de Ushuaia, no caso de ruptura da ordem democrática em 
um Estado–parte, serão celebradas consultas dos Estados-partes entre si e com o Estado 
afetado. Caso as consultas não tenham resultado, o Estado afetado poderá sofrer sanções, 
que vão desde a suspensão do direito de participar dos órgãos do processo de integração 
regional até a suspensão dos direitos e obrigações resultantesdesse processo.
4 A Venezuela é um membro efetivo do MERCOSUL, mas seus direitos estão suspensos desde 
dezembro de 2016. 
5 A Guiana tornou-se Estado associado do MERCOSUL por meio da Decisão CMC nº 12/2013. 
6 O Suriname tornou-se Estado associado do MERCOSUL por meio da Decisão CMC nº 
13/2013. 
7 Em dezembro de 2012, foi aprovada a Decisão CMC nº 68/2012, que versa sobre a adesão da 
Bolívia ao MERCOSUL. A referida decisão aprovou o texto do Protocolo de Adesão da Bolívia 
ao MERCOSUL, o qual, todavia, precisará ser assinado e ratificado por todos os membros do 
bloco regional para que, só então, entre em vigor. A Bolívia continua sendo, portanto, um 
membro associado, também podendo-se dizer que é um “membro em adesão”. 
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Os membros associados do MERCOSUL participam das reuniões desse 
bloco regional, mas não possuem direito de voto. Esses países já possuem 
acordos comerciais com o MERCOSUL (e.g, MERCOSUL-CAN, MERCOSUL-
Chile), o que demonstra a intenção de ainda maior aproximação comercial no 
futuro. Cabe destacar que os membros associados do MERCOSUL não utilizam 
a Tarifa Externa Comum (TEC), tampouco se vinculam às normas emanadas 
dos órgãos decisórios do bloco. 
O Tratado de Assunção prevê a possibilidade de adesão ao 
MERCOSUL de qualquer Estado integrante da Associação Latino-
Americana de Integração (ALADI). A aprovação da adesão de um Estado 
deverá ser objeto de deliberação unânime dos Estados-partes do MERCOSUL. A 
expectativa atual, inclusive, é a de que, nos próximos anos, o MERCOSUL 
conte com a participação, como membros efetivos, de outros países da 
América do Sul. 
Também é possível que um Estado queira denunciar o Tratado de 
Assunção, ou seja, desvincular-se do MERCOSUL. Quando um Estado tiver 
essa intenção, ele deverá comunicá-la aos demais Estados-partes, de 
maneira expressa e formal, entregando o documento de denúncia ao Ministério 
das Relações Exteriores do Paraguai, que o distribuirá aos demais membros do 
MERCOSUL. Uma vez formalizada a denúncia, o Estado denunciante não estará 
mais vinculado aos direitos e obrigações que lhe correspondam na condição de 
Estado-parte, salvo em relação ao Programa de Liberalização Comercial e 
outros aspectos negociados, os quais irão vigorar por 2 (dois) anos contados 
da data da denúncia. Dessa forma, mesmo saindo do MERCOSUL, o Estado 
ainda irá participar, por mais 2 (dois) anos, da livre circulação de mercadorias 
intrabloco. 
O MERCOSUL possui acordos comerciais celebrados com 
diversos países, dentre os quais citamos MERCOSUL-Índia, MERCOSUL- 
SACU (União Aduaneira Sul-Africana), MERCOSUL-Israel, MERCOSUL- Chile, 
MERCOSUL-Bolívia, MERCOSUL-Cuba e MERCOSUL-México.8 
Nos próximos anos, vislumbra-se que o MERCOSUL celebre um 
acordo preferencial com a União Europeia. Cabe destacar, quanto a esse 
ponto, que, nas negociações comerciais internacionais, o MERCOSUL 
atua sempre em bloco. Assim, não há acordo comercial celebrado 
exclusivamente pelo Brasil ou exclusivamente pela Argentina. Ao contrário, 
somente há acordos celebrados pelo MERCOSUL como um todo. 
Em dezembro de 2012, por meio da Decisão CMC nº 64/2012, os 
países integrantes do MERCOSUL decidiram solicitar a participação do bloco, 
na condição de observador, na Aliança do Pacífico. A Aliança do Pacífico é 
 
8 Embora tenham sido celebrados, ainda não estão em vigor os seguintes acordos: MERCOSUL-
Egito e MERCOSUL-Palestina. O acordo MERCOSUL-SACU entrou em vigor em 1º de abril de 
2016, com a publicação do Decreto nº 8.703/2016. 
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um acordo comercial celebrado por México, Chile, Colômbia e Peru que tem 
atraído os interesses de EUA, Europa e Ásia. 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
1. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- Criado por meio 
do Tratado de Assunção, o MERCOSUL teve, no momento de seu 
surgimento, finalidade nitidamente política, relacionada tanto à 
necessidade de consolidar o processo de convergência política 
existente entre o Brasil e a Argentina quanto à necessidade de superar 
o clima de enfrentamento que caracterizou historicamente as relações 
entre os dois vizinhos. 
Comentários: 
De fato, houve alguns aspectos políticos que levaram à aproximação 
bilateral entre Brasil e Argentina. No entanto, a integração regional entre os 
membros do MERCOSUL teve finalidade nitidamente econômico-comercial. Os 
quatro países (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) perceberam que, juntos, 
teriam muito maior poder nas negociações comerciais internacionais. Questão 
errada. 
2. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- São membros 
plenos do MERCOSUL o Brasil, o Paraguai, a Argentina, o Uruguai e a 
Venezuela. 
Comentários: 
Todos esses países são, atualmente, membros efetivos do 
MERCOSUL. Questão correta. 
3. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- Os Estados 
associados do MERCOSUL são Bolívia, Chile, Peru, Colômbia, Equador, 
Suriname e Guiana. 
Comentários: 
Os membros associados do MERCOSUL são Chile, Bolívia, Equador, 
Peru, Colômbia, Suriname e Guiana. Questão correta. 
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4. (AFRFB – 2009)- O MERCOSUL foi constituído sob a égide da 
Associação Latino-Americana de Integração por meio de acordo de 
complementação econômica firmado por Argentina, Brasil, Uruguai e 
Paraguai. 
Comentários: 
O MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da 
ALADI. Trata-se de um acordo de complementação econômico (ACE nº 18) 
firmado originalmente por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Questão 
correta. 
5. (INMETRO – Articulação Internacional / 2009)- O processo de 
integração econômica sob a égide do MERCOSUL remonta à superação 
do contencioso Itaipu-Corpus entre Brasil e Argentina e aos 
instrumentos firmados por ambos os países. 
Comentários: 
De fato, a integração econômica na América do Sul tem suas origens 
na aproximação bilateral entre Brasil e Argentina no início da década de 80, o 
que só foi possível após a superação do contencioso que envolvia os dois 
países acerca da construção da hidrelétrica de Itaipu. Questão correta. 
6. (ACE-1997 - adaptada)- O Tratado de Cooperação Econômica 
(1986) firmado pelos ex-presidentes José Sarney (Brasil) e Raul 
Alfonsin (Argentina) propunha criar uma área de livre comércio entre 
Brasil e Argentina. 
Comentários: 
Em 1986, os presidente Sarney e Alfonsín assinaram o Tratado de 
Cooperação Econômica, por meio do qual foi estabelecido o PICE, que tinha 
como objetivo aprofundar a integração econômica entre Brasil e Argentina. O 
objetivo de criar uma área de livre comércio somente foi estabelecido em 
1988, pelo Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento. Questão 
errada. 
7. (AFRFB – 2009)- Como os membros da ALADI estão formalmente 
proibidos de integrarem outros esquemas preferenciais, os países do 
MERCOSUL desligaram-se daquela associação quando firmaram o 
Tratado de Assunção que constituiu o MERCOSUL. 
Comentários: 
Os membros da ALADI não estão proibidos de integrarem outros 
esquemas preferenciais. Ao contrário, a ALADI permite que sejam celebrados, 
Diego
Realce
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Diego
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sob sua égide, acordos de alcance regional (que vinculam todos os seus 
membros) e acordos de alcance parcial (que vinculam somente alguns 
membros). 
O MERCOSULé um acordo de alcance parcial celebrado no âmbito 
da ALADI e seus membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) são 
também membros da ALADI. Questão errada. 
8. (AFRFB – 2005)- Em 2004, o MERCOSUL concluiu acordos 
comerciais, por exemplo, com a Índia e com a SACU (União Aduaneira 
Sul-Africana, formada por África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia e 
Suazilândia), e atualmente negocia acordos com outros países. 
Comentários: 
O MERCOSUL possui acordos comerciais com a Índia e com a União 
Aduaneira Sul-Africana (SACU). Atualmente, a maior expectativa é acerca das 
negociações comerciais com a União Europeia. Questão correta. 
9. (AFTN-1996)- O MERCOSUL é um sistema de integração regional 
estabelecido inicialmente pela Associação Latino-Americana de 
Integração (ALADI), em 1980. Com a redução do número de 
participantes desta associação, os remanescentes mudaram sua 
denominação para MERCOSUL, na reunião realizada em 1991 em 
Assunção, capital do Paraguai. 
Comentários: 
O MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da 
ALADI. No entanto, ele foi uma iniciativa de Brasil, Argentina, Uruguai e 
Paraguai (e não estabelecido pela ALADI!). Outro erro da questão está em 
dizer que o número de integrantes da ALADI se reduziu e os remanescentes 
formaram o MERCOSUL. 
A ALADI é uma coisa e MERCOSUL é outra. A ALADI foi criada em 
1980 pelo Tratado de Montevidéu; o MERCOSUL foi criado em 1991 pelo 
Tratado de Assunção. Questão errada. 
10. (Questão Inédita)- MERCOSUL e União Europeia estabeleceram 
no ano de 2009 uma área de livre comércio de mercadorias. 
Comentários: 
Ainda não foi estabelecida uma área de livre comércio entre 
MERCOSUL e União Europeia. No entanto, os dois blocos regionais já iniciaram 
as negociações de um acordo comercial. Questão errada. 
Diego
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Diego
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11. (Questão Inédita)- O MERCOSUL possui acordos comerciais com 
países fora do continente americano, tais como Israel, Índia e a União 
Aduaneira Sul-Africana (SACU). 
Comentários: 
O MERCOSUL possui acordos comerciais com países dentro da ALADI 
e ainda com países de fora do continente americano, tais como Israel, Índia e 
SACU. Questão correta. 
12. (Questão Inédita)- O MERCOSUL é um acordo de alcance parcial 
celebrado no âmbito da ALADI. 
Comentários: 
De fato, o MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado no 
âmbito da ALADI. Questão correta. 
13. (IRB-2010-adaptada)- Após a aprovação, pelo Senado Federal, 
em dezembro de 2009, do protocolo de adesão da Venezuela ao 
MERCOSUL, resta apenas a ratificação por parte do Paraguai para que 
o processo de incorporação daquele país à União Aduaneira seja 
concluído. 
Comentários: 
Com a suspensão do Paraguai, por ocasião da deposição do 
Presidente Fernando Lugo, a Venezuela completou seu processo de adesão ao 
MERCOSUL. Cabe destacar que, atualmente, a Venezuela está suspensa do 
MERCOSUL. Questão errada. 
14. (TRF-2005)- Na qualidade de membros associados do MERCOSUL, 
Chile e Bolívia também aplicam a Tarifa Externa Comum (TEC) do 
bloco. 
Comentários: 
A Tarifa Externa Comum (TEC) somente é aplicada pelos membros 
efetivos do MERCOSUL: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Questão errada. 
15. (INMETRO – Articulação Internacional / 2009)- Diante da 
especificidade de seus interesses comerciais e de seu maior grau de 
desenvolvimento, relativamente aos demais sócios do MERCOSUL, o 
Brasil tem preferido negociar, isoladamente com a União Europeia, os 
temas mais sensíveis da agenda bilateral, juntamente com os temas 
relacionados ao acesso a mercados para produtos não agrícolas, à 
facilitação de comércio e à resolução de controvérsias comerciais. 
Diego
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Comentários: 
O MERCOSUL somente pode negociar em conjunto, isto é, os 
membros do MERCOSUL não possuem autonomia para negociar acordos 
comerciais individualmente com outros países. Dessa forma, o Brasil não pode 
negociar um acordo com a União Europeia sem a participação dos demais 
membros do MERCOSUL. Questão errada. 
 
2- OBJETIVOS INTEGRACIONISTAS DO MERCOSUL: 
O Tratado de Assunção estabelece, em seu art. 1º, que o objetivo 
do MERCOSUL é constituir, até 31 de dezembro de 1994, um mercado 
comum. Mas o que pressupõe um mercado comum? 
Conforme já estudamos, um mercado comum pressupõe: i) livre 
circulação de bens e serviços; ii) política comercial comum em relação a 
terceiros países e; iii) livre circulação dos fatores de produção. Pois bem, para 
que o MERCOSUL se torne um mercado comum ele deverá, portanto, promover 
tais avanços. Guarde bem isso! Em um mercado comum, assume-se a 
existência das “quatro liberdades” do mercado: livre circulação de bens, 
serviços, pessoas e capitais. 
 Vamos ler juntos o art. 1º do Tratado de Assunção, que é, sem 
dúvida alguma, muito importante: 
Artigo 1º - Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, 
que deverá estar estabelecido a 31 de dezembro de 1994, e que se 
denominará "Mercado Comum do Sul" (MERCOSUL). 
Este Mercado Comum implica: 
- A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os 
países, através, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários 
restrições não tarifárias à circulação de mercado de qualquer outra 
medida de efeito equivalente; 
- O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma 
política comercial comum em relação a terceiros Estados ou 
agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros 
econômico-comerciais regionais e internacionais; 
- A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os 
Estados Partes - de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, 
monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de 
transportes e comunicações e outras que se acordem -, a fim de 
assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados 
Partes; e 
- O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, 
nas áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de 
integração. 
Diego
Realce
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Agora vamos analisar esse artigo por etapas! 
A primeira implicação da constituição de um mercado comum é a 
livre circulação de mercadorias entre seus integrantes. Será que isso já 
existe no MERCOSUL? 
Pode-se considerar que há livre circulação de mercadorias em relação 
à parte substancial do comércio entre os membros do MERCOSUL. No entanto, 
ainda existem importantes exceções ao comércio intrabloco, como, por 
exemplo, automóveis e açúcar. Outro exemplo de restrição ao livre fluxo de 
mercadorias é a possibilidade de que os membros do MERCOSUL apliquem 
medidas antidumping e medidas compensatórias uns contra os outros. 
Além disso, no comércio entre Brasil e Argentina, é possível a aplicação de 
medidas de salvaguarda, ao amparo do Mecanismo de Adaptação 
Competitiva (MAC). 
A segunda implicação da constituição de um mercado comum é a 
livre circulação de serviços entre seus integrantes. Isso ainda não existe (e 
está longe de existir!) no âmbito do MERCOSUL. Todavia, os membros do 
MERCOSUL assinaram o Protocolo de Montevidéu, cujo objetivo é promover 
a livre circulação de serviços no interior do bloco. O Protocolo de Montevidéu, 
que entrou em vigor em 2005, prevê um prazo de 10 anos para a liberalização 
do comércio de serviços no MERCOSUL. Em tese, teríamos livre circulação de 
serviços no MERCOSUL no ano de 2015. 
A terceira implicação de um mercado comum é a livre circulação 
dos fatores de produção (capital e mão-de-obra). Esse objetivo ainda não 
foi conquistado, uma vez que se faz necessário a harmonizaçãodas políticas 
trabalhista, previdenciária e de capitais. Cabe destacar, todavia, que no âmbito 
do MERCOSUL, já existem iniciativas nesse sentido, como a Declaração 
Sociolaboral do MERCOSUL, assinada em 1998 pelos quatro membros do 
bloco, que estabelece princípios em matéria trabalhista para o MERCOSUL. 
Também já foi assinado, no âmbito do bloco regional, o Acordo Multilateral 
de Seguridade Social do MERCOSUL. 
A quarta implicação de um mercado comum é o estabelecimento de 
uma Tarifa Externa Comum (TEC), que é justamente o que materializa uma 
política comercial comum em relação a terceiros países (característica de 
uma união aduaneira!). No MERCOSUL, já existe uma Tarifa Externa Comum 
(TEC). No entanto, ainda existem diversas exceções à TEC, sobre as quais 
estudaremos mais à frente. 
A quinta implicação para a constituição de um mercado comum é a 
coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados-
partes. O objetivo dessa coordenação de políticas é justamente promover 
condições adequadas de concorrência entre os membros do bloco regional. 
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A sexta implicação é a harmonização das legislações nas áreas 
pertinentes. Considerando-se que o objetivo do MERCOSUL é tornar-se um 
mercado comum, haverá necessidade de harmonizar as políticas comerciais 
intrabloco e extrabloco e, ainda, as políticas trabalhista, previdenciária e de 
capitais. 
 
Ao contrário da União Europeia, o MERCOSUL não 
possui como objetivo estabelecer uma moeda 
comum, tampouco harmonizar políticas 
econômicas. 
Esquematizando: 
 
O MERCOSUL quer se tornar um mercado comum. Será que ele chega 
lá? 
Não sei! Talvez, quem sabe, um dia... 
O fato é que, embora o MERCOSUL deseje se tornar um mercado 
comum, ele é considerado, atualmente, apenas uma união aduaneira 
imperfeita. A imperfeição da união aduaneira reside no fato de que ainda 
existem, no âmbito do bloco, diversas exceções à Tarifa Externa Comum. 
Falaremos sobre isso mais à frente! 
O Tratado de Assunção, a fim de alcançar os objetivos a que se 
propõe estabeleceu os seguintes instrumentos de ação: 
- Programa de Liberalização Comercial: reduções tarifárias 
progressivas, acompanhadas da eliminação de barreiras não-tarifárias, até a 
completa liberalização (tarifa zero e fim das barreiras não-tarifárias). 
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?%∀≅Α 3∋&−%Β∀ Χ−., !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 15 ∀# 23 
Destaque-se que a implementação de um programa de liberalização 
comercial depende do estabelecimento de regras de origem. Isso é essencial 
para o acordo regional, pois evita que produtos fabricados fora do bloco 
possam se beneficiar da eliminação de barreiras comerciais intrabloco. No 
MERCOSUL já existe um regime de origem, o qual, atualmente, está definido 
pela Decisão CMC nº 01/2004. 
- Coordenação de Políticas Macroeconômicas: a ser realizada de 
forma gradual. 
- Adoção de uma Tarifa Externa Comum: o objetivo é incentivar a 
competitividade externa dos membros do bloco. 
- Adoção de acordos setoriais: o objetivo é otimizar a utilização e 
mobilidade dos fatores de produção. 
Adicionalmente, o Tratado de Assunção estabeleceu: i) uma 
estrutura institucional provisória para o MERCOSUL e; ii) um sistema de 
solução de controvérsias provisório. Ambos foram desenvolvidos em 
momento futuro, conforme estudaremos mais à frente. 
 
É importante compararmos os objetivos e o atual 
estágio de integração do MERCOSUL e da ALADI: 
a) Objetivos: MERCOSUL e ALADI tem como 
objetivo estabelecer um mercado comum. 
b) Estágio de Integração: a ALADI é, 
atualmente, uma zona de preferências tarifárias; o 
MERCOSUL é uma união aduaneira imperfeita. 
 
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
16. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- O objetivo 
primordial do Tratado de Assunção consiste na integração dos 
Estados-membros por meio dos seguintes processos: livre circulação 
de bens, serviços e fatores produtivos; estabelecimento de tarifa 
externa comum (TEC); adoção de política comercial comum; 
Diego
Realce
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coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais; e harmonização 
de legislações nas áreas pertinentes. 
Comentários: 
O objetivo do MERCOSUL é estabelecer um mercado comum, o que 
implica: i) livre circulação de bens e serviços; ii) existência de política 
comercial comum em relação a terceiros países; iii) livre circulação dos fatores 
de produção; iv) coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais e; v) 
harmonização de legislações nas áreas pertinentes. Questão correta. 
17. (Advogado da União / 2008) - O MERCOSUL garante, de forma 
semelhante à União Europeia, uma união econômica, monetária e 
política entre países. 
Comentários: 
O MERCOSUL tem como objetivo final estabelecer um mercado 
comum (e não uma união econômica e monetária!). Questão errada. 
18. (Advogado da União / 2008) - A adoção de uma política comercial 
comum em relação a terceiros Estados é um dos objetivos da criação 
do MERCOSUL. 
Comentários: 
O MERCOSUL, enquanto união aduaneira, adota uma política 
comercial comum em relação a terceiros Estados. Questão correta. 
19. (AFRFB-2009)- O MERCOSUL e a ALADI são esquemas 
preferenciais complementares, na medida em que perseguem distintos 
níveis de integração econômica. 
Comentários: 
O MERCOSUL e a ALADI têm o mesmo objetivo: formar um mercado 
comum. Questão errada. 
20. (AFRFB – 2009- adaptada)- Por possuírem objetivos, alcance e 
instrumentos distintos de integração, não há nenhuma relação 
funcional e jurídica entre o MERCOSUL e a ALADI. 
Comentários: 
Vamos examinar detalhadamente essa questão: 
1) ALADI e MERCOSUL têm objetivos de integração distintos? Não. 
Ambos desejam formar um mercado comum. 
Diego
Realce
Diego
Realce
Diego
Realce
Diego
Realce
Diego
Realce
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Diego
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2) ALADI e MERCOSUL têm alcance distinto? Sim. A ALADI engloba 
14 países, representantes das três Américas. O MERCOSUL engloba, 
atualmente, apenas 5 países (Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e 
Paraguai) 
3) ALADI e MERCOSUL possuem instrumentos distintos de 
integração? Sim. Os acordos de alcance parcial existem apenas na ALADI. 
4) ALADI e MERCOSUL possuem relação funcional e jurídica? Sim. O 
MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da ALADI. 
Por tudo o que comentamos, a questão está errada. Os objetivos da 
ALADI e do MERCOSUL são coincidentes e existe sim uma relação jurídica 
entre os dois blocos. 
21. (AFRFB – 2009 - adaptada)- Embora sejam esquemas idênticos 
quanto aos propósitos e instrumentos que aplicam visando à 
integração econômica regional, inexistem vínculos funcionais ou 
jurídicos o MERCOSUL e a ALADI. 
Comentários: 
Vamos examinar essa questão por partes! 
1) O MERCOSUL e a ALADI são esquemas idênticos quanto aos 
propósitos? Sim. Ambos almejam instituir um mercado comum. 
2) O MERCOSUL e a ALADI são esquemas idênticos quanto aos 
instrumentos que utilizam visando à integração econômica? Não. A ALADI 
permite a existência de acordos de alcance parcial, que contam com a 
participação de apenas alguns de seus membros. 
3) Existem vínculos entre o MERCOSUL e a ALADI? Sim. O 
MERCOSUL é um acordo de alcance parcial celebrado no âmbito da ALADI, 
mais especificamente o ACE nº 18. 
Por tudo o que comentamos, a questão está errada. 
22. (AFRF-2003)- O Tratado de Assunção, que criou o Mercado 
Comum do Sul (MERCOSUL) integrado por Brasil, Argentina,Paraguai e 
Uruguai, enuncia como principal objetivo o estabelecimento de uma 
união aduaneira a partir de janeiro de 1995. 
Comentários: 
Diego
Realce
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O Tratado de Assunção deixa bem explícito que seu objetivo é a 
criação de um mercado comum até 31 de dezembro de 1994 entre Brasil, 
Argentina, Uruguai e Paraguai. Questão errada. 
23. (TRF-2005 - adaptada)- O Tratado de Assunção, acordo 
constitutivo do MERCOSUL, define, em seu artigo 1o, os objetivos do 
bloco, dentre os quais se inclui a coordenação de políticas 
macroeconômicas e setoriais entre os Estados-partes – como as de 
comércio exterior, fiscal, monetária, cambial e alfandegária, entre 
outras –, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência 
entre os Estados-partes. 
Comentários: 
O art. 1º do Tratado de Assunção é muitíssimo importante para sua 
prova! 
Segundo esse dispositivo, o MERCOSUL tem como objetivo a 
formação de um mercado comum, sendo necessário para isso: i) livre 
circulação de bens e serviços; ii) estabelecimento de uma tarifa 
externa comum; iii) livre circulação dos fatores de produção; iv) 
coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais e; v) 
harmonização de legislações nas áreas pertinentes. 
Por tudo isso, a questão está correta. 
24. (AFTN-1996)- Os instrumentos básicos de ação previstos no 
Tratado de Assunção para o MERCOSUL são: a redução progressiva de 
barreiras tarifárias e não-tarifárias, até a eliminação total das 
barreiras entre os países-membros; o estabelecimento de uma tarifa 
externa comum; acordos setoriais para o mercado de fatores, sistema 
provisório de solução de controvérsias e coordenação gradual de 
políticas macroeconômicas. 
Comentários: 
O Tratado de Assunção estabelece que o objetivo do MERCOSUL é 
formar um mercado comum, o que pressupõe: i) eliminação de barreiras 
comerciais à circulação de bens e serviços; ii) política comercial comum em 
relação a terceiros países (estabelecimento de uma TEC); iii) livre circulação 
dos fatores de produção (acordos setoriais para o mercado de fatores). 
Adicionalmente, o Tratado de Assunção previu a necessidade de 
coordenação de políticas macroeconômicas e um sistema provisório de 
solução de controvérsias. Questão correta. 
25. (AFRF-2002.2) - A partir de dezembro de 1994, o Mercado 
Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de livre comércio e uma 
Diego
Realce
Diego
Realce
Diego
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?%∀≅Α 3∋&−%Β∀ Χ−., !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 13 ∀# 23 
união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas 
necessárias para tal fim liberalizar o comércio de serviços, coordenar 
políticas macroeconômicas e estabelecer a livre circulação de capital e 
mão-de-obra. 
Comentários: 
Pegadinha! A questão quer saber o que falta para o MERCOSUL 
aperfeiçoar-se como união aduaneira (e não o que falta para tornar-se um 
mercado comum!) 
A coordenação de políticas macroeconômicas e a livre circulação de 
capital e mão-de-obra são objetivos de um mercado comum, o que torna a 
questão errada. 
26. (AFRF-2002.2) - A partir de dezembro de 1994, o Mercado 
Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de livre comércio e uma 
união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas 
necessárias para tal fim eliminar barreiras não-tarifárias ainda 
existentes, promover a liberalização do comércio de serviços e a 
incorporar à tarifa externa comum produtos mantidos à margem da 
mesma. 
Comentários: 
Perfeita a assertiva! Para tornar-se uma união aduaneira perfeita, é 
necessário que o MERCOSUL liberalize o comércio de bens (eliminando 
barreiras não-tarifárias ainda existentes), liberalize o comércio de serviços e 
elimine as exceções à Tarifa Externa Comum. Questão correta. 
27. (TRF-2005 - adaptada)- O Tratado de Assunção, acordo 
constitutivo do MERCOSUL, define, em seu artigo 1º, os objetivos do 
bloco, dentre os quais se inclui o compromisso de os Estados-partes 
harmonizarem suas legislações nas áreas pertinentes. 
Comentários: 
Considerando-se que o MERCOSUL objetiva tornar-se um mercado 
comum, há necessidade de se harmonizar as políticas comerciais intrabloco 
e extrabloco, além das políticas trabalhista, previdenciária e de 
capitais. Nessas áreas, existe, portanto, a necessidade de que as legislações 
sejam harmonizadas. Questão correta. 
28. (TRF-2005 - adaptada)- O Tratado de Assunção, acordo 
constitutivo do MERCOSUL, define, em seu artigo 1o, os objetivos do 
bloco, dentre os quais se inclui a definição de uma moeda comum, uma 
Diego
Realce
Diego
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?%∀≅Α 3∋&−%Β∀ Χ−., !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 19 ∀# 23 
vez constituído o mercado comum e harmonizadas as políticas 
monetária, fiscal e cambial. 
Comentários: 
O MERCOSUL não tem como objetivo adotar uma moeda comum. A 
adoção de uma moeda única é característica de uma união econômica e 
monetária, estágio de integração do qual é exemplo a União Europeia. Questão 
errada. 
29. (TRF-2005 - adaptada)- O Tratado de Assunção, acordo 
constitutivo do MERCOSUL, define, em seu artigo 1o, os objetivos do 
bloco, dentre os quais se inclui a livre-circulação de bens, serviços e 
fatores produtivos entre os Estados-partes do bloco. 
Comentários: 
Um mercado comum pressupõe a livre circulação de bens, 
serviços e fatores de produção (capital e mão-de-obra). Nesse tipo de 
estágio de integração, vigoram as “quatro liberdades” do mercado. Questão 
correta. 
30. (AFRF-2003)- O regime de livre comércio implantado no âmbito 
do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) a partir de 01 de janeiro de 
1995 alcançou o substancial do comércio entre os quatro países-
membros. Persiste como exceção, dentro de tal regime, o comércio de 
automóveis e açúcar. 
Comentários: 
No MERCOSUL, há livre circulação de mercadorias em relação ao 
substancial do comércio. Pode-se verificar, no entanto, que ainda existem 
algumas barreiras comerciais que dificultam o livre fluxo de mercadorias no 
interior do bloco. Com efeito, o comércio de automóveis e açúcar está fora 
das regras de livre comércio. Questão correta. 
31. (AFTN-1998 - adaptada) - Constitui objetivo ou característica do 
MERCOSUL a livre circulação de bens e fatores de produção, exceto 
pessoas. 
Comentários: 
O MERCOSUL tem como objetivo se tornar um mercado comum, o 
que pressupõe a livre circulação de bens, serviços e fatores de produção e, 
ainda, o estabelecimento de uma política comercial em relação a terceiros 
países. Dentro do objetivo de livre circulação dos fatores de produção, inclui-se 
a livre circulação de pessoas! Questão errada. 
Diego
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Diego
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32. (TRF-2005 - adaptada)- O Tratado de Assunção, acordo 
constitutivo do MERCOSUL, define, em seu artigo 1o, os objetivos do 
bloco, dentre os quais se inclui a adoção de uma política comercial 
comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados. 
Comentários: 
O MERCOSUL tem como objetivo o estabelecimento de uma política 
comercial comum em relação a terceiros países, o que se materializa pela 
existência de uma Tarifa Externa Comum (TEC). Questão correta. 
33. (MDIC-2009/Área Administrativa)- Entre as medidas 
compreendidas pelo acordo do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), 
não se inclui a eliminação de direitos aduaneiros e restrições não 
tarifárias à circulação de mercadorias e outras medidas que se fizerem 
necessárias, de modo a permitir a livre circulação de bens, serviços e 
fatores produtivos entre os países participantes. 
Comentários: 
A eliminação dedireitos aduaneiros e restrições não-tarifárias à 
circulação de mercadorias, assim como a liberalização do fluxo de serviços e de 
fatores de produção (capital e mão de obra), estão sim entre os objetivos do 
MERCOSUL. Questão errada. 
34. (AFRF-2002.1) - O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi criado 
em março de 1991 tendo como objetivo final a harmonização das 
políticas comerciais mediante a adoção de uma tarifa externa comum. 
Comentários: 
O objetivo final do MERCOSUL é estabelecer um mercado comum, o 
que vai muito além da harmonização das políticas comerciais mediante a 
adoção de uma TEC. Para alcançar o mercado comum, é necessário um passo 
adiante, permitindo a livre circulação dos fatores de produção. Questão errada. 
35. (AFRF-2002.2) - A partir de dezembro de 1994, o Mercado 
Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de livre comércio e uma 
união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas 
necessárias para tal fim eliminar barreiras não-tarifárias ainda 
existentes, promover a liberalização dos fluxos de capital e de serviços 
e coordenar políticas macroeconômicas. 
Comentários: 
Pegadinha! A questão quer saber o que falta para o MERCOSUL 
aperfeiçoar-se como área de livre comércio e união aduaneira (e não o que 
Diego
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falta para o MERCOSUL atingir o objetivo de se tornar um mercado comum!) 
Liberalizar fluxos de capital e coordenar políticas macroeconômicas é 
objetivo de um mercado comum. Para tornar-se uma união aduaneira 
completa, o MERCOSUL não precisa implementar tais medidas. Questão 
errada. 
36. (AFRF-2002.2) - A partir de dezembro de 1994, o Mercado 
Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de livre comércio e uma 
união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas 
necessárias para tal fim aplicar integralmente o Programa de 
Liberalização Comercial, estabelecer regras de origem e incorporar 
produtos mantidos em listas de exceções à Tarifa Externa Comum. 
Comentários: 
No âmbito do MERCOSUL, já existem regras de origem, as quais 
estão definidas pela Decisão CMC nº 01/2004. Logo, esse não é um 
aperfeiçoamento do qual o bloco carece para se tornar uma união aduaneira 
completa. Questão errada. 
Quanto ao estabelecimento de uma política comercial comum em 
relação a terceiros países, realmente, faz-se necessário que os produtos 
mantidos à margem da Tarifa Externa Comum (TEC) sejam a ela 
incorporados. 
Por fim, embora o substancial do fluxo de comércio intrabloco esteja 
livre de barreiras, ainda há produtos que não circulam livremente no 
MERCOSUL, como, por exemplo, automóveis e açúcar. 
37. (AFRF-2002.2) - A partir de dezembro de 1994, o Mercado 
Comum do Sul (MERCOSUL) instituiu uma área de livre comércio e uma 
união aduaneira que ainda carecem de aperfeiçoamento. São medidas 
necessárias para tal fim aperfeiçoar o sistema de salvaguardas intra-
MERCOSUL, implementar um regime de compras governamentais e 
introduzir mecanismo de salvaguardas comerciais. 
Comentários: 
Uma união aduaneira pressupõe a livre circulação de bens intrabloco 
e, portanto, não deverá existir um sistema de aplicação de salvaguardas entre 
seus integrantes. Questão errada. 
38. (Questão Inédita)- O MERCOSUL tem como objetivo a 
coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os 
Estados Partes - de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, 
monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegária, de 
Diego
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transportes e comunicações e outras que se acordem -, a fim de 
assegurar condições adequadas de concorrência entre seus membros. 
Comentários: 
Segundo o art. 1º do Tratado de Assunção, o MERCOSUL tem como 
objetivo a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais a fim de 
assegurar condições adequadas de concorrência. Questão correta. 
39. (Questão Inédita)- Para que o MERCOSUL atinja o nível de 
integração regional pretendido, deverá haver livre circulação de bens, 
serviços e fatores produtivos entre os países-membros através da 
eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias, assim como a 
adoção de uma Tarifa Externa Comum. 
Comentários: 
O mercado comum pressupõe a livre circulação de mercadorias, 
serviços e fatores de produção e, ainda, o estabelecimento de uma 
política comercial comum em relação a terceiros países, a qual se 
materializa na existência de uma TEC. Faz-se necessário, portanto, a 
harmonização das políticas comerciais intra-bloco e extra-bloco e das políticas 
trabalhista, previdenciária e de capitais. Questão correta. 
40. (INMETRO – Articulação Internacional / 2009)- No presente, o 
MERCOSUL conforma uma união aduaneira, envolvendo um regime de 
livre comércio que alcança parcela substancial do comércio entre os 
Estados-parte e a aplicação da Tarifa Externa Comum (TEC). 
Comentários: 
No MERCOSUL, há livre circulação de mercadorias em relação à 
parcela substancial do comércio e, adicionalmente, aplica-se uma Tarifa 
Externa Comum (TEC) em relação às exportações de terceiros países. Logo, é 
possível dizer que o bloco constitui uma união aduaneira, ainda que imperfeita. 
Questão correta. 
 
3- ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO MERCOSUL: 
O Tratado de Assunção, celebrado em 1991 por Brasil, Argentina, 
Uruguai e Paraguai, criou uma estrutura institucional provisória para o 
MERCOSUL, a vigorar durante o período de transição para o mercado comum. 
Foram criados, então, para conduzir o processo de integração regional, dois 
órgãos: o Conselho do Mercado Comum (CMC) e o Grupo Mercado 
Comum (GMC). 
!∀#∃%&∋∀ )∗+,%∗−&∋∀∗−. /0 1232456789 
:,∀%∋− , ;<,=+>,=
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?%∀≅Α 3∋&−%Β∀ Χ−., !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 44 ∀# 23 
Em 1994, foi celebrado pelos membros do MERCOSUL o Protocolo 
de Ouro Preto, que aperfeiçoou a estrutura institucional do bloco 
regional e, ainda, conferiu-lhe expressamente personalidade jurídica de 
direito internacional público. Assim, ficou assegurado ao MERCOSUL 
exercer todos os atos internacionais necessários à consecução de seus 
objetivos, em especial contratar, adquirir ou alienar bens móveis e imóveis, 
comparecer em juízo, conservar fundos e fazer transferências. Pode-se 
considerar, portanto, que, a partir desse momento, o MERCOSUL é 
reconhecido como organização internacional intergovernamental. 
 
O Protocolo de Ouro Preto não criou o Conselho 
do Mercado Comum (CMC) e o Grupo Mercado 
Comum (GMC). Esses órgãos foram criados 
pelo Tratado de Assunção. 
Ao estabelecer uma estrutura institucional e conferir personalidade 
jurídica internacional ao MERCOSUL, o Protocolo de Ouro Preto contribuiu para 
o crescimento da confiança no êxito do bloco regional. Embora muitas das 
previsões estabelecidas pelo Tratado de Assunção e pelo Protocolo de Ouro 
Preto não tenham se concretizado na prática, esses normativos representam 
as bases sobre as quais se assenta a integração regional no MERCOSUL. 
Segundo o Protocolo de Ouro Preto, a estrutura institucional do 
MERCOSUL conta com os seguintes órgãos: i) Conselho do Mercado Comum 
(CMC); ii) Grupo Mercado Comum (GMC); iii) Comissão de Comércio do 
MERCOSUL; iv) Comissão Parlamentar Conjunta; v) Foro Consultivo 
Econômico-Social e; vi) Secretaria Administrativa do MERCOSUL. 
Essa estrutura institucional não foi, todavia, engessada pelos 
membros do MERCOSUL. Segundo o art. 1º, parágrafo único, do Protocolo de 
Ouro Preto, é possível que sejam criados pelo Conselho do Mercado 
Comum (CMC) novos órgãos ou mesmo extintos os já existentes. Com 
efeito,a Comissão Parlamentar Conjunta foi substituída pelo Parlamento do 
MERCOSUL e a Secretaria Administrativa do MERCOSUL passou a ser chamada 
simplesmente de Secretaria do MERCOSUL. 
São três os órgãos decisórios do MERCOSUL, que têm poder para 
emitir normas no âmbito do bloco: o Conselho do Mercado Comum (CMC), 
o Grupo Mercado Comum (GMC) e a Comissão de Comércio do 
MERCOSUL (CCM). Esses três órgãos (assim como os demais órgãos do 
MERCOSUL!) possuem natureza intergovernamental. Isso significa que suas 
decisões não têm eficácia imediata, mas precisam ser internalizadas no 
ordenamento jurídico de todos os membros do bloco para entrar em vigor. 
Cabe destacar que as decisões emanadas dos órgãos decisórios do MERCOSUL 
são adotadas mediante consenso. 
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Vamos falar agora sobre os órgãos mais importantes do MERCOSUL: 
 
a) Conselho do Mercado Comum (CMC): 
O Conselho do Mercado Comum (CMC) é o órgão superior do 
MERCOSUL, ao qual incumbe a condução política do processo de 
integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos 
objetivos do Tratado de Assunção. O CMC é integrado pelos Ministros das 
Relações Exteriores e pelos Ministros da Economia, ou seus equivalentes, dos 
Estados partes. 
As funções do CMC estão relacionadas no art. 8º do Protocolo de 
Ouro Preto: 
Art. 8º - São funções e atribuições do Conselho do Mercado Comum: 
I. Velar pelo cumprimento do Tratado de Assunção, de seus 
Protocolos e dos acordos firmados em seu âmbito; 
II. Formular políticas e promover as ações necessárias à 
conformação do mercado comum; 
III. Exercer a titularidade da personalidade jurídica do 
Mercosul. 
IV. Negociar e firmar acordos em nome do Mercosul com 
terceiros países, grupos de países e organizações 
internacionais. Estas funções podem ser delegadas ao Grupo 
Mercado Comum por mandato expresso, nas condições estipuladas no 
inciso VII do artigo 14; 
V. Manifestar-se sobre as propostas que lhe sejam elevadas pelo 
Grupo Mercado Comum; 
VI. Criar reuniões de ministros e pronunciar-se sobre os acordos que 
lhe sejam remetidos pelas mesmas; 
VII. Criar os órgãos que estime pertinentes, assim como 
modificá-los ou extingui-los; 
VIII. Esclarecer, quando estime necessário, o conteúdo e o alcance de 
suas Decisões; 
IX. Designar o Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul. 
X. Adotar Decisões em matéria financeira e orçamentária; 
XI. Homologar o Regimento Interno do Grupo Mercado Comum; 
O Conselho do Mercado Comum irá se reunir tantas vezes quanto 
julgar oportuno. Entretanto, deverá se reunir, pelo menos uma vez por 
semestre, com a participação dos Presidentes dos Estados-partes. Essas são 
as conhecidas Reuniões de Cúpula do MERCOSUL. 
Cabe destacar que, na condição de órgão de cúpula do MERCOSUL, o 
Conselho do Mercado Comum (CMC) exerce a titularidade da personalidade 
jurídica do MERCOSUL e, portanto, possui autoridade para negociar e firmar 
acordos em nome do MERCOSUL com Estados e organizações internacionais. 
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Na promoção de ações direcionadas para alcançar os objetivos de 
integração regional, o CMC manifesta-se mediante Decisões, as quais são 
obrigatórias para os Estados-membros a partir de sua entrada em vigor. 
 
b) Grupo Mercado Comum (GMC): 
O Grupo Mercado Comum (GMC) é o órgão executivo do 
MERCOSUL. É composto por 4 (quatro) membros titulares e 4 (quatro) 
membros alternos por país, designados pelos respectivos Governos, dentre os 
quais devem constar necessariamente representantes dos Ministérios das 
Relações Exteriores, dos Ministérios da Economia (ou equivalentes) e dos 
Bancos Centrais. 
Na condição de órgão executivo do MERCOSUL, incumbe ao GMC 
tomar as medidas necessárias para o cumprimento das decisões 
adotadas pelo Conselho do Mercado Comum. O GMC também possui 
competência para propor projetos de Decisão ao Conselho Mercado Comum 
e, ainda, é responsável pela elaboração de estudos e relatórios que lhe 
forem solicitados. Para elaborar esses estudos e relatórios, o GMC dispõe da 
prerrogativa de criar, modificar ou extinguir subgrupos de trabalho e reuniões 
especializadas. 
As funções do Grupo Mercado Comum estão relacionadas no art. 14 
do Protocolo de Ouro Preto, abaixo transcrito: 
Art. 14 - São funções e atribuições do Grupo Mercado Comum: 
I. Velar, nos limites de suas competências, pelo cumprimento 
do Tratado de Assunção, de seus Protocolos e dos acordos 
firmados em seu âmbito; 
II. Propor projetos de Decisão ao Conselho do Mercado Comum; 
III. Tomar as medidas necessárias ao cumprimento das 
Decisões adotadas pelo Conselho do Mercado Comum; 
IV. Fixar programas de trabalho que assegurem avanços para o 
estabelecimento do mercado comum; 
V. Criar, modificar ou extinguir órgãos tais como subgrupos de 
trabalho e reuniões especializadas, para o cumprimento de 
seus objetivos; 
VI. Manifestar-se sobre as propostas ou recomendações que lhe forem 
submetidas pelos demais órgãos do Mercosul no âmbito de suas 
competências; 
VII. Negociar, com a participação de representantes de todos os 
Estados Partes, por delegação expressa do Conselho do Mercado 
Comum e dentro dos limites estabelecidos em mandatos específicos 
concedidos para esse fim, acordos em nome do Mercosul com terceiros 
países, grupos de países e organismos internacionais. O Grupo 
Mercado Comum, quando dispuser de mandato para tal fim, procederá 
à assinatura dos mencionados acordos. O Grupo Mercado Comum, 
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quando autorizado pelo Conselho do Mercado Comum, poderá delegar 
os referidos poderes à Comissão de Comércio do Mercosul; 
VIII. Aprovar o orçamento e a prestação de contas anual apresentada 
pela Secretaria Administrativa do Mercosul; 
IX. Adotar Resoluções em matéria financeira e orçamentária, com base 
nas orientações emanadas do Conselho do Mercado Comum; 
X. Submeter ao Conselho do Mercado Comum seu Regimento Interno; 
XI. Organizar as reuniões do Conselho do Mercado Comum e 
preparar os relatórios e estudos que este lhe solicitar. 
XII. Eleger o Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul; 
XIII. Supervisionar as atividades da Secretaria Administrativa do 
Mercosul; 
XIV. Homologar os Regimentos Internos da Comissão de Comércio e 
do Foro Consultivo Econômico-Social; 
 
c) Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM): 
A Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM) é responsável por 
velar pela aplicação dos instrumentos de política comercial comum 
acordados pelos Estados Partes para o funcionamento da união aduaneira, bem 
como acompanhar e revisar os temas e matérias relacionados com as 
políticas comerciais comuns, com o comércio intra-Mercosul e com 
terceiros países. A coordenação da CCM está a cargo dos Ministérios das 
Relações Exteriores. 
Trata-se de um órgão encarregado de assistir o Grupo Mercado 
Comum, possuindo natureza técnica. Para tanto, é responsável por instituir 
comitês técnicos necessários ao cumprimento de suas funções. 
A CCM é, ainda, responsável por considerar e pronunciar-se sobre as 
solicitações apresentadas pelos Estados Partes com respeito à aplicação e ao 
cumprimento da tarifa externa comum e dos demais instrumentos de 
política comercial comum. Além disso, cabe à CCM propor ao Grupo Mercado 
Comum novas normas ou modificações às normas existentes referentes à 
matéria comercial e aduaneira do MERCOSUL. 
 
d) Parlamento do MERCOSUL: 
O aprofundamento da integração regional no âmbito do MERCOSUL 
requer um aperfeiçoamento institucional desse bloco regional, seja no que diz 
respeito à criação de um ambiente de maior previsibilidade e segurançajurídica, seja quanto à necessidade de permitir uma representação dos 
interesses dos cidadãos de cada Estado-parte. A criação do Parlamento do 
MERCOSUL (que substituiu a Comissão Parlamentar Conjunta) é, nesse 
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sentido, uma importante iniciativa para o aperfeiçoamento institucional do 
bloco. 
Vejam só que interessante! A Comissão Parlamentar Conjunta foi 
criada pelo Protocolo de Ouro Preto, que estabeleceu que esse órgão seria 
representativo dos Parlamentos dos Estados Partes do MERCOSUL. Ao 
contrário, o Parlamento do MERCOSUL é, segundo seu Protocolo 
Constitutivo, órgão representativo dos povos dos Estados-partes do 
MERCOSUL. Como se pode perceber, a iniciativa de criação do Parlasul visa a 
dotar o MERCOSUL, em última análise, de uma legitimidade democrática. 
O Parlamento do MERCOSUL é um órgão de natureza 
intergovernamental, cujo objetivo é fortalecer a cooperação 
interparlamentar, a fim de harmonizar as legislações nacionais nas áreas 
pertinentes. Em razão de sua natureza intergovernamental, o Parlamento do 
MERCOSUL não cria leis regionais.9 
São princípios do Parlamento do MERCOSUL: i) o pluralismo; ii) a 
transparência; iii) a cooperação com os demais órgãos do MERCOSUL e com 
os âmbitos regionais de representação cidadã; iv) o respeito aos direitos 
humanos e o repúdio a todas as formas de discriminação; vi) a promoção do 
patrimônio cultural, institucional e de cooperação latino-americana nos 
processos de integração; vii) a promoção do desenvolvimento sustentável 
no MERCOSUL; viii) o trato especial e diferenciado para os países de 
economias menores e para as regiões com menor grau de desenvolvimento; 
ix) a equidade e; x) a solução pacífica das controvérsias. 
Existe a previsão de que, até 2020, serão realizadas eleições 
diretas no Brasil e Uruguai para definir os representantes de cada país no 
Parlasul (o Paraguai e a Argentina já fizeram eleições diretas para o 
Parlamento do MERCOSUL)10. 
Atualmente, a representação de cada País no MERCOSUL está 
dividida da seguinte forma: i) Brasil: 37 parlamentares; ii) Argentina: 43 
parlamentares; iii) Venezuela: 23 parlamentares; iv) Paraguai: 18 
parlamentares e; v) Uruguai: 18 parlamentares. Trata-se de uma 
representação-cidadã atenuada, que não é exatamente proporcional à 
população de cada Estado. 
 
9 Ao contrário do Parlamento do MERCOSUL, o Parlamento Europeu, por ser um órgão 
supranacional, possui competência para criar leis regionais. Entendemos que o 
aprofundamento da integração regional no MERCOSUL demanda a existência de 
órgãos supranacionais que tenham poder para emitir decisões com aplicação imediata 
no âmbito do bloco. 
10 A Argentina realizou eleições diretas para o Parlamento do MERCOSUL em outubro 
de 2015. 
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A princípio, pode parecer estranho que o Brasil tenha uma 
representação inferior à da Argentina. Isso se deve ao fato de que o Brasil 
ainda não realizou eleições diretas para o Parlamento do MERCOSUL. 
Quando o Brasil realizar eleições diretas, passará a contar com 75 
parlamentares em sua representação no Parlamento do MERCOSUL. 
As competências do Parlasul estão relacionadas no art. 4º de seu 
Protocolo Constitutivo: 
Artigo 4- Competências 
O Parlamento terá as seguintes competências: 
1. Velar, no âmbito de sua competência, pela observância das normas 
do MERCOSUL. 
2. Velar pela preservação do regime democrático nos Estados Partes, 
de acordo com as normas do MERCOSUL, e em particular com o 
Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL, 
na República da Bolívia e República do Chile. 
3. Elaborar e publicar anualmente um relatório sobre a situação dos 
direitos humanos nos Estados Partes, levando em conta os princípios e 
as normas do MERCOSUL. 
4. Efetuar pedidos de informações ou opiniões por escrito aos órgãos 
decisórios e consultivos do MERCOSUL estabelecidos no Protocolo de 
Ouro Preto sobre questões vinculadas ao desenvolvimento do processo 
de integração. Os pedidos de informações deverão ser respondidos no 
prazo máximo de 180 dias. 
5. Convidar, por intermédio da Presidência Pro Tempore do CMC, 
representantes dos órgãos do MERCOSUL, para informar e/ou avaliar o 
desenvolvimento do processo de integração, intercambiar opiniões e 
tratar aspectos relacionados com as atividades em curso ou assuntos 
em consideração. 
6. Receber, ao final de cada semestre a Presidência Pro Tempore do 
MERCOSUL, para que apresente um relatório sobre as atividades 
realizadas durante dito período. 
7. Receber, ao início de cada semestre, a Presidência Pro Tempore do 
MERCOSUL, para que apresente o programa de trabalho acordado, 
com os objetivos e prioridades previstos para o semestre. 
8. Realizar reuniões semestrais com o Foro Consultivo Econômico-
Social a fim de intercambiar informações e opiniões sobre o 
desenvolvimento do MERCOSUL. 
9. Organizar reuniões públicas, sobre questões vinculadas ao 
desenvolvimento do processo de integração, com entidades da 
sociedade civil e os setores produtivos. 
10. Receber, examinar e se for o caso encaminhar aos órgãos 
decisórios petições de qualquer particular, sejam pessoas físicas ou 
jurídicas, dos Estados Partes, relacionadas com atos ou omissões dos 
órgãos do MERCOSUL. 
11. Emitir declarações, recomendações e relatórios sobre questões 
vinculadas ao desenvolvimento do processo de integração, por 
iniciativa própria ou por solicitação de outros órgãos do MERCOSUL. 
12. Com o objetivo de acelerar os correspondentes procedimentos 
internos para a entrada em vigor das normas nos Estados Partes, o 
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Parlamento elaborará pareceres sobre todos os projetos de normas do 
MERCOSUL que requeiram aprovação legislativa em um ou vários 
Estados Partes, em um prazo de noventa dias (90) a contar da data da 
consulta. Tais projetos deverão ser encaminhados ao Parlamento pelo 
órgão decisório do MERCOSUL, antes de sua aprovação. 
Se o projeto de norma do MERCOSUL for aprovado pelo órgão 
decisório, de acordo com os termos do parecer do Parlamento, a 
norma deverá ser enviada pelo Poder Executivo nacional ao seu 
respectivo Parlamento, dentro do prazo de quarenta e cinco (45) dias, 
contados a partir da sua aprovação. 
Nos casos em que a norma aprovada não estiver de acordo com o 
parecer do Parlamento, ou se este não tiver se manifestado no prazo 
mencionado no primeiro parágrafo do presente inciso a mesma seguirá 
o trâmite ordinário de incorporação. 
Os Parlamentos nacionais, segundo os procedimentos internos 
correspondentes, deverão adotar as medidas necessárias para a 
instrumentalização ou criação de um procedimento preferencial para a 
consideração das normas do MERCOSUL que tenham sido adotadas de 
acordo com os termos do parecer do Parlamento mencionado no 
parágrafo anterior. 
O prazo máximo de duração do procedimento previsto no parágrafo 
precedente, não excederá cento e oitenta (180) dias corridos, contados 
a partir do ingresso da norma no respectivo Parlamento nacional. 
Se dentro do prazo desse procedimento preferencial o Parlamento do 
Estado Parte não aprovar a norma, esta deverá ser reenviada ao Poder 
Executivo para que a encaminhe à reconsideração do órgão 
correspondente do MERCOSUL. 
13. Propor projetos de normas do MERCOSUL para consideração pelo 
Conselho do Mercado Comum, que deverá informar semestralmente 
sobre seu tratamento. 
14. Elaborar estudos e anteprojetos de normas nacionais, orientados à 
harmonização das legislações nacionais dos Estados Partes, os quais 
serão comunicadosaos Parlamentos nacionais com vistas a sua 
eventual consideração. 
15. Desenvolver ações e trabalhos conjuntos com os Parlamentos 
nacionais, a fim de assegurar o cumprimento dos objetivos do 
MERCOSUL, em particular aqueles relacionados com a atividade 
legislativa. 
16. Manter relações institucionais com os Parlamentos de terceiros 
Estados e outras instituições legislativas. 
17. Celebrar, no âmbito de suas atribuições, com o assessoramento do 
órgão competente do MERCOSUL, convênios de cooperação ou de 
assistência técnica com organismos públicos e privados, de caráter 
nacional ou internacional. 
18. Fomentar o desenvolvimento de instrumentos de democracia 
representativa e participativa no MERCOSUL. 
19. Receber dentro do primeiro semestre de cada ano um relatório 
sobre a execução do orçamento da Secretaria do MERCOSUL do ano 
anterior. 
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20. Elaborar e aprovar seu orçamento e informar sobre sua execução 
ao Conselho do Mercado Comum no primeiro semestre do ano, 
posterior ao exercício. 
21. Aprovar e modificar seu Regimento interno. 
22. Realizar todas as ações pertinentes ao exercício de suas 
competências. 
 
O Parlamento do MERCOSUL é um órgão unicameral, que tem como 
uma de suas funções principais agilizar os procedimentos internos para a 
entrada em vigor de normas no âmbito do MERCOSUL. Para isso, o 
Parlamento do MERCOSUL elabora Pareceres sobre todas as normas que 
requeiram aprovação legislativa, devendo os projetos ser a ele encaminhados 
antes da aprovação pelo órgão decisório. 
A entrada em vigor de normas no âmbito do MERCOSUL não é algo 
tão simples. Para que uma norma entre em vigor simultaneamente em todos 
os Estados membros do bloco regional, ela precisa seguir um trâmite previsto 
no Protocolo de Ouro Preto. 
Segundo o art. 40 do Protocolo de Ouro Preto, após aprovada uma 
norma, ela precisa ser internalizada ao ordenamento jurídico de cada 
Estado-membro do MERCOSUL. O procedimento de internalização depende 
do que estabelece o ordenamento jurídico de cada país. No Brasil, por 
exemplo, qualquer acordo internacional (dentre os quais estão as normas dos 
órgãos do MERCOSUL) depende, para ser incorporado ao ordenamento jurídico 
pátrio, de aprovação do Congresso Nacional e da edição de decreto pelo Chefe 
do Executivo. 
Cada país, ao internalizar uma norma em seu ordenamento jurídico 
interno, deverá comunicar à Secretaria do MERCOSUL quanto a esse fato. 
Quando todos os Estados-membros tiverem internalizado a norma, a 
Secretaria do MERCOSUL comunicará o fato a cada um deles. Essa 
comunicação tem como objetivo alertar os Estados-membros do MERCOSUL de 
que a norma entrará em vigor. As normas entrarão em vigor 30 dias após 
a comunicação efetuada pela Secretaria do MERCOSUL. 
Sem qualquer dúvida, esse rito processual para a entrada em vigor 
simultâneo de normas é bastante complexo e prejudica a segurança 
jurídica no âmbito do MERCOSUL. A quantidade de normas emitidas pelos 
órgãos decisórios do bloco regional é considerável, mas muitas delas não 
chegam nunca a entrar em vigor. 
Cabe destacar, todavia, que em uma tentativa de desburocratizar a 
processualística para a entrada em vigor das normas emanadas pelos órgãos 
decisórios do MERCOSUL, tem sido bastante usado pelos países do MERCOSUL 
o argumento de que, quando a norma dispuser sobre assuntos relacionados 
ao funcionamento interno do bloco, esta não precisa ser incorporada aos 
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ordenamentos jurídicos nacionais. Tal argumento encontra amparo jurídico na 
Decisão CMC nº 23/2000, que exige apenas que os Estados-partes entendam 
conjuntamente (por consenso) que o conteúdo da norma trata de assuntos 
relativos à organização e funcionamento interno do MERCOSUL. 
 
e) Foro Consultivo Econômico-Social: 
O Foro Consultivo Econômico Social (FCES) é o órgão de 
representação dos setores econômicos e sociais dos países-membros do 
MERCOSUL. Possui função consultiva, manifestando-se mediante 
Recomendações. No exercício dessa função consultiva, o FCES atua por 
iniciativa própria ou mediante consulta de outros órgãos do MERCOSUL. Por 
meio da atuação da FCES, o MERCOSUL, enquanto organização internacional, 
toma consciência dos anseios e do pensamento do setor privado de cada 
Estado-membro 
 
f) Secretaria do MERCOSUL: 
A Secretaria do MERCOSUL possui sede em Montevidéu e é o órgão 
de apoio operacional e administrativo do MERCOSUL. 
Suas atividades principais são: i) servir como arquivo oficial da 
documentação do MERCOSUL; ii) publicar e comunicar as decisões adotadas no 
âmbito do MERCOSUL; iii) organizar os aspectos logísticos do CMC, GMC e 
CCM; iv) informar regularmente os Estados Partes sobre as medidas 
implementadas por cada país para incorporar em seu ordenamento jurídico as 
normas emanadas dos órgãos do Mercosul e; v) editar o Boletim Oficial do 
MERCOSUL e; vi) registrar as listas nacionais dos árbitros e especialistas, 
conforme dispõe o Protocolo de Olivos. 
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Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova! 
 
41. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- Em dezembro de 
1994, foi aprovado o Protocolo de Olivos, por meio do qual foi 
estabelecida a estrutura institucional do MERCOSUL e sua 
personalidade jurídica internacional. 
Comentários: 
A estrutura institucional do MERCOSUL foi definida pelo Protocolo de 
Ouro Preto (e não pelo Protocolo de Olivos!). Da mesma forma, foi o Protocolo 
de Ouro Preto que atribuiu personalidade jurídica de direito internacional ao 
MERCOSUL. Questão errada. 
42. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- O conjunto 
normativo do MERCOSUL tem caráter obrigatório e aplicação direta, 
Diego
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não havendo necessidade de ser incorporado ao ordenamento jurídico 
dos Estados-membros. 
Comentários: 
A entrada em vigor de normas do MERCOSUL depende da 
incorporação ao ordenamento jurídico interno de todos os Estados-membros. 
Dessa forma, não se pode dizer que elas têm aplicação direta. Questão errada. 
43. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- O Parlamento do 
MERCOSUL, desde a sua criação, caracteriza-se como órgão político 
superior desse bloco regional. 
Comentários: 
O órgão político de cúpula do MERCOSUL, desde sua criação, é o 
Conselho do Mercado Comum (CMC). Questão errada. 
44. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- Entre as 
competências do Parlamento do MERCOSUL, inclui-se a de aprovar o 
orçamento e a prestação de contas anual apresentada por sua 
secretaria administrativa. 
Comentários: 
A aprovação do orçamento e da prestação de contas anual 
apresentada pela Secretaria do MERCOSUL compete ao Grupo do Mercado 
Comum (GMC). Questão errada. 
45. (INMETRO – Articulação Internacional / 2010)- O MERCOSUL 
tornou-se uma organização internacional, dotada de personalidade 
jurídica, apenas a partir de 1995, quando entrou em vigor o Protocolo 
de Ouro Preto. 
Comentários: 
Somente com a entrada em vigor do Protocolo de Ouro Preto é que 
foi reconhecida a personalidade jurídica de direito internacional do MERCOSUL, 
que a partir de então se tornou uma organização internacional. Questão 
correta. 
46. (ACE-2008)- No marco institucional do MERCOSUL, definido pelo 
Tratado de Assunção e pelo Protocolo de Ouro Preto, as negociações 
entre governos, sem mediação de órgãos supranacionais, resultam em 
decisões consensuais, vistoque nesse acordo não se faz uso de 
votações. 
Diego
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Diego
Realce
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Comentários: 
Os órgãos decisórios do MERCOSUL (Conselho do Mercado 
Comum, Grupo do Mercado Comum e Comissão de Comércio do MERCOSUL) 
tomam suas decisões mediante consenso. Questão correta. 
47. (TRF – 2005)- O Grupo Mercado Comum, órgão máximo na 
estrutura do MERCOSUL, tem poderes para, por consenso, tomar 
decisões obrigatórias para os membros do bloco. 
Comentários: 
O órgão máximo da estrutura do MERCOSUL é o Conselho do 
Mercado Comum (CMC). O GMC é o órgão executivo do bloco. Questão errada. 
48. (Juiz Federal – TRF 1ª Região / 2009)- O Conselho do Mercado 
Comum é o órgão executivo do MERCOSUL. 
Comentários: 
O órgão executivo do MERCOSUL é o Grupo Mercado Comum (GMC). 
Questão errada. 
49. (ACE-1997- adaptada)- O Conselho do Mercado Comum pode 
firmar acordos com outros países em nome do MERCOSUL. 
Comentários: 
O Conselho do Mercado Comum (CMC) é o órgão de cúpula do 
MERCOSUL, possuindo competência para exercer a titularidade da pessoa 
jurídica desse bloco regional. Logo, é o CMC quem firma acordos com outros 
países e organizações internacionais em nome do MERCOSUL. Questão correta. 
50. (INMETRO – Articulação Internacional / 2007)- O Tratado de 
Assunção e os Protocolos de Ouro Preto foram instrumentos jurídicos 
que, embora não tenham sido cumpridos em todos os aspectos, deram 
certa previsibilidade e confiança aos negociadores e operadores 
diplomáticos e econômicos da integração sub-regional. 
Comentários: 
De fato, o Tratado de Assunção e o Protocolo de Ouro Preto, ao 
estabelecer as bases jurídicas para a existência do MERCOSUL, permitiram que 
se tivesse maior confiança na integração regional. Questão correta. 
51. (MDIC-2009 / Área Administrativa - adaptada)- O Conselho do 
Mercado Comum é o órgão executivo do MERCOSUL. É formado por 
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representantes dos seguintes organismos de cada país: Ministério das 
Relações Exteriores, Ministério da Economia (ou equivalente) e Banco 
Central. É coordenado pelos Ministérios das Relações Exteriores. 
Comentários: 
O órgão executivo do MERCOSUL é o Grupo do Mercado 
Comum (GMC). Ele é composto de 4 membros titulares e 4 membros alternos 
por país, dentre os quais devem constar, necessariamente, representantes dos 
Ministérios das Relações Exteriores, dos Ministérios da Economia (ou 
equivalentes) e dos Bancos Centrais. O GMC é coordenado pelos Ministérios 
das Relações Exteriores. Questão errada. 
52. (Juiz Federal – TRF 1ª Região / 2009)- O Conselho do Mercado 
Comum é integrado por ministros das relações exteriores, ministros da 
economia e ministros da justiça dos Estados-partes. 
Comentários: 
O CMC é integrado pelos Ministros das Relações Exteriores e pelos 
Ministros da Economia, ou seus equivalentes, dos Estados partes. Os Ministros 
da Justiça dos Estados-partes não integram o CMC. Questão errada. 
53. (INMETRO – Articulação Internacional / 2009)- O Conselho 
Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio 
do MERCOSUL são instâncias intergovernamentais que adotam o 
consenso como critério decisório. 
Comentários: 
Os órgãos decisórios do MERCOSUL (Conselho do Mercado Comum, 
Grupo Mercado Comum e Comissão de Comércio do MERCOSUL) tomam 
decisões por consenso. Conforme afirma a questão, os três são órgãos 
intergovernamentais. Questão correta. 
54. (INMETRO – Articulação Internacional / 2009)- O Protocolo de 
Ouro Preto estabeleceu, entre outros pontos, os critérios e os 
procedimentos para a resolução de controvérsias comerciais entre os 
Estados-parte, a estrutura institucional definitiva do bloco e os 
requisitos para a adesão de novos membros. 
Comentários: 
O Protocolo de Ouro Preto definiu a estrutura institucional e conferiu 
personalidade jurídica de direito internacional ao MERCOSUL. O sistema de 
solução de controvérsias do MERCOSUL foi estabelecido pelo Protocolo de 
Olivos, sobre o qual estudaremos mais à frente. Questão errada. 
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55. (MDIC – 2009 / Área Administrativa – adaptada)- A Secretaria do 
MERCOSUL é o órgão de apoio operacional, responsável pela prestação 
de serviços aos demais órgãos do MERCOSUL. Tem sede permanente 
em Montevidéu, Uruguai. 
Comentários: 
De fato, a Secretaria do MERCOSUL é o órgão de apoio operacional, 
responsável por prestar serviços aos demais órgãos do bloco regional. Sua 
sede permanente é em Montevidéu. Questão correta. 
56. (MDIC – 2009 / Área Administrativa – adaptada)- A Comissão 
Parlamentar Conjunta é, atualmente, o órgão representativo dos 
parlamentos dos países membros no âmbito do MERCOSUL. 
Comentários: 
A Comissão Parlamentar Conjunta (CPC) foi criada pelo Protocolo de 
Ouro Preto, mas hoje não existe mais. Ela foi substituída pelo Parlamento do 
MERCOSUL, que é o órgão que representa os povos dos Estados-parte do bloco 
regional. Questão errada. 
57. (Juiz Federal – TRF 1ª Região / 2009)- O Conselho do Mercado 
Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do 
MERCOSUL são órgãos de natureza intergovernamental. 
Comentários: 
Todos os órgãos do MERCOSUL possuem natureza 
intergovernamental. Questão correta. 
58. (Juiz Federal – TRF 1ª Região / 2009)- A Comissão Parlamentar 
Conjunta do MERCOSUL mudou de denominação para Parlamento do 
MERCOSUL, mas manteve o número de competências. 
Comentários: 
Não se pode dizer que a Comissão Parlamentar Conjunta mudou de 
nome. Na verdade, ela foi sucedida pelo Parlamento do MERCOSUL, que 
recebeu um rol muito mais extenso de competências. Questão errada. 
59. (MDIC – 2009 / Área Administrativa – adaptada)- A Comissão de 
Comércio do MERCOSUL é o órgão que tem por função velar pela 
aplicação dos instrumentos de política comercial comum acordados 
pelos países membros para o funcionamento da união aduaneira. 
Compete-lhe acompanhar e revisar os temas e matérias relacionados 
com as políticas comerciais comuns, com o comércio intra-MERCOSUL 
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e com terceiros países. É coordenada pelos Ministérios das Relações 
Exteriores. 
Comentários: 
Segundo o art. 16 do Protocolo de Ouro Preto, a Comissão de 
Comércio do MERCOSUL possui competência para velar pela aplicação dos 
instrumentos de política comercial comum acordados pelos Estados Partes 
para o funcionamento da união aduaneira, bem como acompanhar e revisar 
os temas e matérias relacionados com as políticas comerciais comuns, 
com o comércio intra-Mercosul e com terceiros países. A coordenação da 
CCM está a cargo dos Ministérios das Relações Exteriores. Questão correta. 
60. (MDIC – 2009 / Área Administrativa – adaptada)- O Foro 
Consultivo Econômico-Social é um órgão com função consultiva, 
formado por representantes dos setores econômicos e sociais de cada 
país membro. 
Comentários: 
O Foro Consultivo Econômico-Social (FCES) é um órgão de 
natureza consultiva, sendo a representação dos setores econômicos e 
sociais de cada país membro. Questão correta. 
61. (Juiz Federal – TRF 1ª Região / 2009)- É competência do Grupo 
Mercado Comum editar o Boletim Oficial do MERCOSUL. 
Comentários: 
A Secretaria do

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