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UNIVERSIDADE PAULISTA BRUNO FELIPE BRYAN DA SILVA SCHMITD DANIELE FLAVIA PIRES DE ALMEIDA DANILO ORANIAN DOS SANTOS DIEGO ALVES DA ROCHA EVILIANE INACIO DA SILVA FERNANDA FREIRE DE AMORIM GUILHERME JACOB KOZENEVSKAS IGOR CASTELLANI SANCHES ISABELA GONÇALVES DA SILVA JOÃO FELIPE SAGGIOMO AS FORÇAS POLICIAIS NO BRASIL Uma discussão sobre as questões éticas JUNDIAÍ 2019 BRUNO FELIPE BRYAN DA SILVA SCHMITD DANIELE FLAVIA PIRES DE ALMEIDA DANILO ORANIAN DOS SANTOS DIEGO ALVES DA ROCHA EVILIANE INACIO DA SILVA FERNANDA FREIRE DE AMORIM GUILHERME JACOB KOZENEVSKAS IGOR CASTELLANI SANCHES ISABELA GONÇALVES DA SILVA JOÃO FELIPE SAGGIOMO AS FORÇAS POLICIAIS NO BRASIL Uma discussão sobre as questões éticas Trabalho da disciplina de Instituições Jurídicas e Ética no curso de graduação em Direito da Universidade Paulista - UNIP Orientadora: Prof. Giovana Labigalini JUNDIAÍ 2019 � 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ………………….…………………………………………………… 4 2. POLÍCIA JUDICIÁRIA ………………………….………………………………….. 6 3. POLÍCIA CIVIL ………………………….…………….…………………………….. 7 4. POLÍCIA FEDERAL ……………………………………………………..…………. 10 5. POLÍCIA MILITAR …………………………………………………………..…….. 13 6. POLÍCIA ADMINISTRATIVA ……………………………..………………………. 15 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………………………..……. 18 � 4 1 INTRODUÇÃO Dentro de um Estado Democrático de Direito todos devem respeito à lei; torna-se necessária, portanto, a criação de uma ou várias instituições cujo papel principal seja assegurar a sua observância. Tendo em vista que a lei representa a manifestação da vontade geral, o Estado deve se organizar para impedir a sua violação, valendo-se, entre outras coisas, da previsão de sanções das mais diversas naturezas Cabe às polícias uma função extremamente relevante no controle social e no respeito às leis, o que, invariavelmente, repercute no direito fundamental à segurança pública. O Poder de Polícia, situado nos Poderes da Administração, é um instrumento do qual o Estado dispõe para a consecução, especificamente, da Segurança Nacional, sendo este entendido como interesse público. É exercido, na prática, quando o Estado impõe condições aos exercícios de alguns direitos individuais para a garantia da Ordem Segurança, Interesse, Saúde Pública, entre outros. Os atos decorrentes do Poder de Polícia, geralmente são considerados negativos, pois impõem aquilo que o indivíduo não pode fazer; tendo como fim, a supremacia do Interesse Público. Em outras palavras, o Poder de Polícia é um instrumento administrativo, que não representa um fim em si mesmo, mas meios para a seguridade de bens jurídicos fundamentais como: a vida, honra, liberdades, integridade física, patrimônio, entre outros. Toda vez que a Segurança Pública ou outras expressões similares – e.g. : Segurança Nacional, Ordem Pública, etc. - são colocadas em primeiro plano ou como fins e não instrumentos para assegurar outros bens jurídicos, descamba-se facilmente para o autoritarismo e a violação dos direitos fundamentais na conformação de um chamado “Estado Policial”. Como bem apreendido pelo teórico lusitano GUEDES VALENTE (2009, p. 94-95): “Quando lemos ou ouvimos falar de segurança, pensamos imediata e erroneamente, em coação, em restrição de direitos, de liberdades e garantias. São poucos os que pensam na segurança como um direito garantístico do exercício dos demais direitos, liberdades e garantias, i. e., como direito garantia. (…). A segurança como bem jurídico coletivo ou supra � 5 – individual não pode ser vista em uma perspectiva limitativa dos demais direitos fundamentais, mas, tão só e em uma visão humanista e humanizante, como garantia da liberdade física e psicológica para usufruto pleno dos demais direitos fundamentais. Face a esta realidade, impõe-se a criação de uma força colectiva – Polícia – capaz de promover e garantir, em níveis aceitáveis, a segurança dos cidadãos e dos seus bens, o que onera o Estado de direito democrático a consagrar aquela como sua tarefa fundamental.” � 6 2 POLÍCIA JUDICIÁRIA As atividades da Polícia Judiciária começam quando as ações preventivas falharam e o crime aconteceu. A partir de quando ela passa a desempenhar uma das funções dos órgãos de segurança do Estado, que é manter a segurança e a paz da coletividade. A Polícia Judiciária age de forma repressiva - após uma infração penal. Assim inicia- se a investigação visando a elucidação e identificação da autoria do delito. Esse processo é chamado de Persecução Penal - é o poder do Estado para apurar a autoria e materialidade dos crimes. A Persecução Penal tem duas fases: a fase administrativa ou inquisitiva, onde ocorre o inquérito policial e são angariadas as provas, elementos e informações e também onde é apontada a autoria ou sua suspeita; a segunda fase é a processual, onde é instaurada a ação penal, ocorre a defesa e as sanções penais cabíveis. A Polícia Judiciária se incumbe de buscar e reunir os elementos probatórios para subsidiar a ação do Ministério Público. Assim, os resultados da investigação são enviados ao MP, onde o Promotor de Justiça fará a análise para verificar se existem indícios satisfatórios da autoria e da materialidade delitiva. Em caso positivo, é o Ministério Público quem vai oferecer a denúncia ao Poder Judiciário e instaurar a ação penal. Completando o ciclo, a Polícia Judiciária também atua auxiliando o Poder Judiciário nas ações demandadas, como cumprir mandados e sentenças. Essa função de Polícia Judiciaria é exercida a nível nacional pela Polícia Federal e a nível estadual pelas Polícias civis, conforme o artigo 144, § 1º, Inc. IV e 4º da Constituição Federal de 1988, como adiante se vê: Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. � 7 § 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 3 POLÍCIA CIVIL A Polícia Civil e uma instituição que tem por finalidade o desenvolvimento das atividades administrativas e da polícia judiciária. A Polícia Civil tem seu início em 1841, tendo como chefe de polícia, o conselheiro Rodrigo Antônio Monteiro de Barros. Em 1842 surge o cargo de delegado de polícia através da Lei nº 261, de 03 de dezembro, regulamentada pelo decreto nº 120, de 31 de janeiro, na qual modificou o código de processo criminal, de forma que estabelecia um poder policial mais eficiente e centralizado no território brasileiro. A atual academia de polícia, na qual ingressam os novos aspirantes a polícia judiciária do estado de São Paulo se denomina “Dr. Coriolano Nogueira Cobra” na qual se realiza a entrada através de concursos públicos para movimento de vagas para carreiras policiais, tanto efetivos quanto temporários, das classes administrativas da Polícia Civil, e de despachantes policiais. Os cargos das Polícia Civil: • Agente: atua como investigador de campo, efetua prisões e condução de viaturas; • Agente de telecomunicações: tem como finalidade a operação das rapios. Ou seja responsável pela comunicação externa e interna; • Auxiliar de Papiloscopista: é o profissional responsável pela preparação demateriais para a coleta, armazenamento e identificação de impressões digitais; � 8 • Auxiliar de necropsia: presta assistência ao medico legista durante autopsia; • Desenhista e fotógrafo: trabalha no instituto de criminalística; • Investigador: realiza pesquisas e investiga crimes, cumpre mandados e diligências além de buscas e apreensões, participa na gestão de dados e informações; • Escrivão: responsável pela parte burocrática, documenta e acompanha o desenvolvimentos de processos policiais; • Perito: ordena e elabora e perícias criminalísticas tanto fora quanto dentro do laboratório de crimes de qualquer natureza; • Médico legista: É necessário ser medico para prestar o concurso que tem como finalidade a responsabilidade de ajudar na resolução de crimes, nos quais cabem a competência de realizar o exame de corpo de delito em vitimas vivas ou mortas; • Delegado: são responsáveis por todas as ocorrências policiais registradas em sua área de competência. Sua função é investigar e reprimir a criminalidade, também lida com o atendimento ao público. A Polícia Civil é responsável pela investigação de crimes e sua autoria, elaboração de Boletins de Ocorrência de qualquer natureza, expedição de cédula de identidade, de atestado de antecedentes criminais e de residência, bem como de registro de porte de arma de fogo e de alvarás de produtos controlados, entre outros.A atividade investigativa é sigilosa e requer o conhecimento de métodos, técnicas e tecnologias especificas, além do conhecimento jurídico necessário para evitar arbitrariedades e violação de direitos, sendo tudo materializado através de um Inquérito Policial. Após a apuração e elucidação do crime, o Inquérito Policial é encaminhado ao Poder Judiciário, a fim de que o criminoso seja devidamente responsabilizado, devendo a pena ser proporcional ao crime praticado. Compete também à Polícia Civil, como resultado final das investigações e do processo criminal, o cumprimento dos mandados de prisões expedidos em desfavor daqueles que foram judicialmente condenados. Em última análise, a Polícia Civil preocupa-se com a elucidação � 9 dos crimes que ocorrem em nossa sociedade, colaborando diretamente com a defesa dos direitos fundamentais do cidadão. A condução da investigação criminal e cabível ao delegado a supervisão por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei MISSÃO: Exercer as funções de polícia judiciária e a investigação criminal, como instituição permanente, essencial à justiça e à segurança pública, promovendo a solução ou composição de conflitos e garantindo o bem estar coletivo e o respeito à dignidade da pessoa humana. VISÃO: Ser referência nacional e internacional como instituição policial democrática, jurídica, autônoma, imparcial, eficiente e eficaz, indispensável à tutela dos direitos e garantias fundamentais. VALORES: Legalidade: as ações praticadas encontram na lei sua determinação, por vezes de maneira específica, outras genéricas. A legalidade confere liberdade limitada e relativa para consecução dos atos. Ética: os integrantes devem se comportar conforme o que seja bom, orientando-se sempre pela escolha do melhor caminho, a fim de que se possam alcançar os resultados esperados ou necessários, salvaguardando o bem comum. Inovação: caracteriza-se pela plena proteção aos interesses difusos por meio do uso sustentável de recursos e da tolerância às diferenças sociais. Eficiência: caracteriza-se pela necessidade de atuação de forma idônea, econômica e satisfatória na realização de sua missão. Excelência Gerencial: caracteriza-se pela contínua avaliação, inovação e melhoria da gestão, por meio das funções planejamento-organização-direção e controle que resultem na otimização de resultados, seja do emprego de recursos, seja dos processos, produtos e serviços. � 10 4 POLÍCIA FEDERAL Polícia Federal tem origem na Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil, criada por D. João VI em 10 de maio de 1808, para a qual foi designado o Desembargador e Ouvidor Paulo Fernandes Viana para o cargo de Intendente-Geral de Polícia da Corte. Com o Decreto-Lei no. 6.378, de 28 de março de 1944, a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, que funcionava na Cidade do Rio de Janeiro/RJ, então capital da República, no Governo de Getúlio Vargas, foi transformada em Departamento Federal de Segurança Pública – DFSP, diretamente subordinada ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores. De acordo com o referido Decreto-Lei, ao DFSP incumbiam os serviços de polícia e segurança pública no Distrito Federal e, em âmbito nacional, os de polícia marítima, aérea e segurança de fronteiras. Estabeleceu-se, também, que as Secretarias ou Departamentos de Segurança e Chefaturas de Polícia dos Estados receberiam orientação do DFSP a respeito de assuntos de ordem política e social, relacionados com a segurança pública do país. Somente em 1964, com a mudança operada no pensamento político da Nação, prosperou a ideia da manutenção do Departamento Federal de Segurança Pública com capacidade de atuação em todo o território nacional, o que veio a se tornar realidade com a sanção da Lei no. 4.483, de 16 de novembro de 1964, reorganizando o então DFSP, com efetivo cunho federal. A Lei no. 4.483/64 conferiu ao órgão atuação em todo o território nacional, relacionando suas atribuições nas alíneas “a” a “p” do art. 1o., conforme transcrito abaixo: Art. 1o. Ao Departamento Federal de Segurança Pública - DFSP, com sede no Distrito Federal, diretamente subordinado ao Ministério da Justiça e Negócios Interiores, dirigido por um Diretor-Geral, nomeado em comissão e da livre escolha do Presidente da República, compete, em todo território nacional: a) a superintendência dos serviços de polícia marítima, aérea e de fronteira; b) a fiscalização nas fronteiras terrestres e na orla marítima; c) a apuração, com a cooperação dos órgãos competentes do Ministério da Fazenda e em colaboração com as autoridades dos Estados, dos ilícitos penais praticados em detrimentos de � 11 bens, serviços ou interesses da União; d) a apuração, em colaboração com as autoridades dos Estados, dos crimes que, por sua natureza, características ou amplitude, transcendam o âmbito de uma unidade federada ou que, em virtude de tratados ou convenções internacionais, o Brasil se obrigou a reprimir; e) a investigação e apuração, em colaboração com as autoridades dos Estados, de crimes praticados contra agentes federais, no exercício de suas funções; f) a censura de diversões públicas, em especial, a referente a filmes cinematográficos, quando transponham o âmbito de um Estado; g) a execução, em colaboração com as autoridades dos Estados, de medidas tendentes a assegurar a incolumidade física do Presidente da República, de diplomatas e visitantes oficiais estrangeiros, bem como dos demais representantes dos Poderes da República, quando em missão oficial; h) a coordenação e a interligação, no país, dos serviços de identificação dactiloscópica, civil e criminal; i) a formação, o treinamento e a especialização profissional de seu pessoal e, quando solicitado, de integrantes das Polícias dos Estados, Distritos Federal e Territórios; j) a prestação de assistência técnica e científica, de natureza policial, aos Estados, Distrito Federal e Territórios, quando solicitada; l) a cooperação, no país, com os serviços policiais relacionados com a criminalidade internacional ou interestadual; m) a supervisão e a colaboração no policiamento das rodovias federais; n) a execução de outros serviços de policiamento atribuídos à União, de conformidade com a legislaçãoem vigor; o) a apuração dos crimes nas condições previstas no art. 5o. do Código Penal, quando solicitado pelas autoridades estaduais ou ocorrer interesse da União; por determinação do Ministro de Estado da Justiça; p) a apuração dos crimes contra a vida ou contra comunidades silvícolas no país, em colaboração com o Serviço de Proteção aos Índios. Em 21 de julho de 1977 foi inaugurado o atual Edifício Sede do Departamento de Polícia Federal, localizado no SAS, Quadra 6, lotes 9 e 10, em Brasília/DF. � 12 A atual Constituição Federal, promulgada em 1988, manteve a denominação do DPF apenas como Polícia Federal, designada como órgão de segurança pública no art. 144, inciso I, tendo suas atribuições previstas no § 1o. do mesmo artigo. Apesar de a Constituição Federal 1988 denominar o órgão como Polícia Federal e o Decreto no. 6.061, de 15 de março de 2007, posicioná-lo hierarquicamente ao lado das demais secretarias do Ministério da Justiça, ainda é corrente a denominação Policia Federal. Os cargos da Polícia Federal dividem-se em: 1 – Delegado de Polícia Federal - Requisitos: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior de bacharel em Direito, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação e exige 3 (três) anos de atividade jurídica ou policial, comprovados no ato da posse. Atribuições: instaurar e presidir procedimentos policiais de investigação, orientar e comandar a execução de investigações relacionadas com a prevenção e repressão de ilícitos penais, participar do planejamento de operações de segurança e investigações, supervisionar e executar missões de caráter sigiloso, participar da execução das medidas de segurança orgânica, bem como desempenhar outras atividades, semelhantes ou destinadas a apoiar o Órgão na consecução dos seus fins. 2 – Perito Criminal Federal: realizar exames periciais em locais de infração penal, realizar exames em instrumentos utilizados, ou presumivelmente utilizados, na prática de infrações penais, proceder pesquisas de interesse do serviço, coletar dados e informações necessários à complementação dos exames periciais, participar da execução das medidas de segurança orgânica e zelar pelo cumprimento das mesmas, desempenhar outras atividades que visem apoiar técnica e administrativamente as metas da Instituição Policial, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas. 3 – Escrivão de Polícia Federal: dar cumprimento às formalidades processuais, lavrar termos, autos e mandados, observando os prazos necessários ao preparo, à ultimação e à remessa de procedimentos policiais de investigação; acompanhar a autoridade policial, sempre que determinado, em diligências policiais, dirigir veículos policiais; cumprir medidas de segurança orgânica; atuar nos procedimentos policiais de investigação; desempenhar outras � 13 atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas. 4 – Agente de Polícia Federal: executar investigações e operações policiais na prevenção e na repressão a ilícitos penais, dirigir veículos policiais, cumprir medidas de segurança orgânica, desempenhar outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas. 5 – Papiloscopista Policial Federal: executar, orientar, supervisionar e fiscalizar os trabalhos papiloscópicos de coleta, análise, classificação, subclassificação, pesquisa, arquivamento e perícias, bem como assistir à autoridade policial e desenvolver estudos na área de papiloscopia, dirigir veículos policiais, cumprir medidas de segurança orgânica, desempenhar outras atividades de natureza policial e administrativa, bem como executar outras tarefas que lhe forem atribuídas. 5. POLÍCIA MILITAR A Áreas de atuação da Polícia Militar dividem-se em: •Policiamento de Área: Consiste em um comando no qual os profissionais atuam em todas as áreas de policiamento, sendo essas, rádio- patrulha (responsável pelo atendimento das emergências advindas do 190) ronda escolar, que realiza policiamento comunitário voltado para as áreas escolares e policiamento comunitário que tem como objetivo proteger a sociedade com bases móveis. •Comando de policiamento de trânsito: O CPTran é designado a fiscalizar e promover s educação no trânsito, para que as normas dessa área sejam cumpridas. •Polícia Militar Rodoviária: Os policiais rodoviários, além de exercerem função na área criminal, exercem também um papel importante na preservação da ordem nas rodovias estaduais, incluindo atendimento de ocorrências, acidentes de trânsito e fiscalização. Além de serem responsáveis pela fiscalização (motoristas alcoolizados ou portadores de substâncias ilícitas) � 14 •Grupo de Ações Táticas Especiais: As principais atividades exercidas por essa divisão estão: ocorrências com vítimas, suicídios armados, ocorrência com artefato explosivo, gerenciamento de crise, há também áreas específicas como o esquadrão antibomba, quem atua em ocorrências com reféns e treinamento são a equipe tática. •Programa Policiamento com motocicletas: Fundado pela alta complexidade no trânsito e para maior rapidez no atendimento, nelas também, a baixa velocidade de deslocamento, provocado pelo excesso de veículos favorece a ocorrência de delitos cujo modus operandi tem a motocicleta como meio de transporte. •Rondas ostensivas Tobias Aguiar: A Rota é uma força tática que trabalha com o policiamento monitorizado, exercendo funções como batalhão de choque e atualmente o batalhão investe na integridade do estado, operando no controle de distúrbios civis. •Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM): Atende as chamadas feitas pelo telefone 190. Fazem apuração de ocorrências e enviam informações para o setor responsável pelo despacho da viatura, além de repassar dados e fazer acompanhamento pelo rádio. Também monitoram câmeras localizadas em pontos estratégicos. •Comando de Operações Especiais (COE): Trabalha atuando em locais de difícil acesso, que envolve resgate e salvamentos, bem como busca de criminosos. Também atua em regiões com alto índice de violência. No tangente às questões éticas, o Órgão essencial de todo regime democrático de direito, a corregedoria de polícia tem como objetivo corrigir as más ações policiais. É através dela que se faz a justiça no âmbito da corporação e se alcança o judiciário nos crimes praticados pelos seus membros. No comando da corregedoria temos o corregedor de polícia, um policial da corporação escolhido e subordinado ao comandante da polícia militar ou ao chefe da polícia civil. Ele é encarregado de realizar o juízo legal da polícia, ou seja, ser a polícia da polícia, combatendo os excessos, e prezando pela manutenção das leis pela corporação e acima de tudo, conservando a imagem da polícia como uma Instituição séria. As instituições policiais costumam manter mecanismos formais e informais próprios para realizar o controle de sua atuação e evitar os abusos. Já as polícias militares e as polícias civis � 15 possuem, cada qual, um órgão interno, a corregedoria. Os autores das queixas podem ser a própria vítima ou testemunha, o comandante, delegado, ministério público, ouvidoria de polícia, disque-denúncia ou meios de comunicação. As denúncias feitas ao ministério público, defensoria pública ou à ordem dos advogados do Brasil, envolvendo abuso policial são encaminhadas para a corregedoria para a devida apuração. 6 POLÍCIA ADMINISTRATIVA A polícia administrativa é considerada pelos doutrinadores do direito administrativo como agente do estado que temo poder de agir preventivamente com objetivo impedir a conduta antissocial individual visando o bem coletivo. Ela é exercida pelos variados órgãos da Administração Pública. Antes de explanarmos o tema polícia administrativa, é necessário entender o poder de policia e a quem compete tal poder. A Lei nº 5.172, de 25/10/1966, comumente chamada de Código Tributário Nacional, em seu artigo 78, o conceito legal do que se entende por “poder de polícia” dentro do ordenamento jurídico interno. Art. 78 -“considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”. Percebe-se que o Art. 78 da CTN, norteia o poder de polícia como atividade exercida pela a administração pública; mas no parágrafo único visa regular o seu exercício, como se � 16 pode observar: “quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder”. Vemos então, que o poder de policia não é exercido apenas por agentes policias tradicionais (Federal, Civil, Militar e Guarda Municipal), e sim por membros da Administração Publica que atuam em nos mais variados setores tais como segurança, saúde, transito entre outros, desde que sejam qualificados para exercer a ocupação que foi designados. O membro da Administração Publica tem a função de fiscalizar prevenir e coibir a infração conforme as leis locais, exemplo um Fiscal de Comercio que usa do seu poder de policia ao ir a um estabelecimento e exige a apresentação do alvará de funcionamento do referido estabelecimento. Naquele o momento o fiscal arbitra do seu poder de policia, concedido pelo poder publico para fiscalizar e se certificar que tal estabelecimento esta funcionando de acordo com as legislações locais. O conceito de poder de policia no séc. XVIII era visto como uma atividade estatal que limitava o direito individual do indivíduo em beneficio da segurança, porem com a evolução da sociedade o direito brasileiro enxerga o poder de policia como atividade do estado que consiste em limitar o exercício dos direitos individuais em prol do interesse público. Atos do Estado que visam o atendimento da lei administrativa, são funções da polícia administrativas. Podemos elencar como policia administrativas Policiais Rodoviários Federais, Policiais Ferroviários Federais, Policiais Militares e Guardas Municipais que atuam na prevenção dos ilícitos, fiscalizando com base nas leis. Devido essa ação, doutrinadores classificam a Policia Administrativa como preventiva, pois agem para evitar o ilícito. Mas podemos considerar policia administrativa, membros da administração publica capacitado para exercer a atividade na qual foi designado, no que tangem as fiscalização e preservação da ordem publica. Costuma-se apontar como atributos como poder de policia a discricionariedade (liberdade dada para agir e tomar decisões dentro dos limites da lei), auto-executoriedade (executar suas decisões sem precisar da autorização previa do poder judiciário) e � 17 coercibilidade (autoriza o uso da força física para seu cumprimento como a condução forçada de testemunha e despejo do imóvel mediante a arrombamento). O órgão só adotado para evitar ameaças reais ou prováveis de perturbações ao interesse publico, desde que não viole direito de quem quer que seja, direitos esses que estão na constituição federal. � 18 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Código de Processo Penal (1941). Código de Processo Penal: promulgado em 3 de outubro de 1941. Disponível em: www.presidencia.gov.br. Acesso em: 11 março 2019. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: www.presidencia.gov.br. Acesso em: 12 março 2019. POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Missão, Visão e Valores. 2019. Disponível em www.policiacivil.sp.gov.br. Acesso em 11 março 2019. GIANINI, Juliana. METROPOLO, Ana Paula. A necessária reabilitação da ética no exercicio da atividade de polícia judiciária. 2016. Disponível em: http://www.indexlaw.org/ index.php/revistapoliticiajudiciaria/article/viewFile/528/525. Acesso em 13 março 2019. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Legislação. 2019. Disponível em: http://www.policiamilitar.sp.gov.br. Acesso em 13 março 2019. DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 31 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018. ALENTE, Manuel Monteiro Guedes. Teoria Geral do Direito Policial. 2 ed. Coimbra: Almedina, 2009.
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