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Sistema do Complemento

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SISTEMA DO COMPLEMENTO
Conceitos importantes:
Anafilotoxina: são fragmentos (C3a, C4a ou C5a) que são produzidos durante as vias do sistema complemento. As anafilatoxinas se ligam aos receptores específicos da superfície celular e promovem a inflamação aguda através da estimulação da quimiotaxia neutrolítica e ativação dos mastócitos.
Quimiotaxia: É o processo que permite a migração dos neutrófilos e outros leucócitos aos locais de infecção ou inflamação no organismo. Entre a migração de leucócitos, existe também a diferenciação de Monócitos em macrófagos.
Convertase: “máquina” de converter e clivar proteína.
Lise osmótica: A lise é o processo de destruição ou dissolução da célula causada pela rotura da membrana plasmática, com a entrada de água.
MAC: Complexo de ataque à membrana. É formado pelas proteínas C5b, C6, C7, C8 e vários fragmentos de C9.
Opsonização: Facilitação da fagocitose, através das opsoninas.
O QUE É O COMPLEMENTO?
São 30 proteínas inativadas circulando na corrente sanguínea.
Faz a lise osmótica (“furo” na membrana celular do patógeno) de células infectadas e patógenos, e potencializa a resposta inflamatória.
A lise osmótica ocorre pelo MAC.
Em geral faz parte da imunidade inata, mas às vezes precisa da reação antígeno-anticorpo para ser ativado (caso da ativação clássica).
No sistema complemento, tudo é reaproveitado: as proteínas clivadas e não utilizadas diretamente no MAC, é utilizado para opsonizar e fazer quimiotaxia.
Existem 3 vias: clássica, alternativa e das lectinas.
VIA CLÁSSICA:
Precisa de um antígeno e um anticorpo para iniciar.
O anticorpo se liga no antígeno.
A primeira proteína a se ligar à fração constante do anticorpo IgM ou IgG (primeiros anticorpos a serem produzidos em uma resposta imune), é a C1q.
Isso gera a ativação dos fragmentos C1r e C1s, que viram máquinas de clivar proteínas C2 e C4.
O C2 entra em contato com o C1 e vira C2a e C2b, o mesmo ocorre com o C4, que vira C4a e C4b.
Geralmente os fragmentos “a” voltam para a corrente sanguínea, enquanto os fragmentos “b” permanecem na membrana, no entanto, na primeira clivagem, quem volta para a corrente sanguínea é o C4a e C2b, e o C2a e C4b ficam na membrana.
A junção do C4b com o C2a forma o C3 convertase, que é uma “máquina” de converter e clivar C3, formando C3a e C3b.
O C3a volta para a corrente sanguínea e o C3b fica na membrana, se juntando com o C4b e C2a, formando a fórmula C4bC2Ac3B.
Importante: Alguns C3b não se juntam a membrana, mas ficam espalhados sobre o patógeno, pois são potentes opsoninas.
Assim transformam-se em C5 convertase, que é uma “máquina” de converter e clivar C5, formando C5a e C5b.
C5a volta para a corrente sanguínea e C5b fica aderida à membrana, mas não se associa à C5 convertase (C4bC2aC3b).
A C5b atrai C6,C7,C8 e vários C9, que juntos formam um “tubo” chamado MAC, que iniciam a lise osmótica.
Importante: C3a e C5a são importantes anafilotoxinas, que atraem mastócitos e basófilos para o local infectado, para que liberem histamina, que provocará uma grande vasodilatação e permitir que mais células de defesa cheguem ao local da inflamação, além de facilitar a diapedese.
VIA ALTERNATIVA:
Ocorre na ausência de interação antígeno-anticorpo.
C3 é clivada naturalmente na circulação, sem precisar da interação realizada na via clássica.
Quando ele é clivado e não é utilizado (em casos de não haver inflamação), ele sofre hidrólise e é destruído.
Mas quando existe a presença de um patógeno na região, ele se liga com o Fator B.
O C3a volta para a corrente sanguínea e o C3b vai se associar ao Fator B.
O Fator B é clivado pelo Fator D em Ba e Bb.
Ba é eliminado e Bb fica associado com C3b, formando C3bBb, que é a C3 convertase da via alternativa.
Mais um C3b se associa, formando C3bBbC3b, que se convertem em C5 convertase, que é uma “máquina” de converter e clivar C5, formando C5a e C5b.
C5a volta para a corrente sanguínea e C5b fica aderida à membrana, mas não se associa à C5 convertase (C4bC2aC3b).
A C5b atrai C6,C7,C8 e vários C9, que juntos formam um “tubo” chamado MAC, que iniciam a lise osmótica.
VIA DAS LECTINAS
É iniciada pela ligação da lectina ligadora de manose na própria manose, que se encontra na superfície de fungos e bactérias.
Assim que a lectina ligadora da manose se liga à manose, ela cliva C2 e C4, virando C2a e C2b, e C4a e C4b.
Geralmente os fragmentos “a” voltam para a corrente sanguínea, enquanto os fragmentos “b” permanecem na membrana, no entanto, na primeira clivagem, quem volta para a corrente sanguínea é o C4a e C2b, e o C2a e C4b ficam na membrana.
A junção do C4b com o C2a forma o C3 convertase, que é uma “máquina” de converter e clivar C3, formando C3a e C3b.
O C3a volta para a corrente sanguínea e o C3b fica na membrana, se juntando com o C4b e C2a, formando a fórmula C4bC2Ac3B.
Importante: Alguns C3b não se juntam a membrana, mas ficam espalhados sobre o patógeno, pois são potentes opsoninas.
Assim transformam-se em C5 convertase, que é uma “máquina” de converter e clivar C5, formando C5a e C5b.
C5a volta para a corrente sanguínea e C5b fica aderida à membrana, mas não se associa à C5 convertase (C4bC2aC3b).
A C5b atrai C6,C7,C8 e vários C9, que juntos formam um “tubo” chamado MAC, que iniciam a lise osmótica.

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