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Fabíola Kocemba Simbolismo no Brasil CONTEXTO Século XIX, contrapondo-se às escolas realistas; Origem francesa, tendo como mentores Charles Baudelaire (1821-1867) e Stéphane Mallarme (1842-1898); A designação “simbolismo” se deve à intenção principal de evocar a realidade, traduzindo-a em forma de símbolos e não descrevendo-a detalhadamente; início oficial do simbolismo: publicação de Broquéis e Missal, ambos em 1893, escritos por Cruz e Souza; “decadentismo” foi o primeiro nome do Simbolismo; “nefelibatas” é outra denominação do poeta simbolista. CARACTERÍSTICAS Antipositivista; Antinaturalista; Anticientificista; Poesia simbolista: cabia ao artista buscar, por meio de uma linguagem metafórica, a simbologia presente na vida; Revalorização da subjetividade; Preocupação com a forma do poema, como ocorria na escola parnasiana; Nega a explicação totalmente racional do mundo, sugerindo que a compreensão dele pelo ser humano deve ocorrer pelo estabelecimento de analogias sensoriais entre o mundo abstrato (sensações espirituais) e o mundo concreto (natureza), sendo a linguagem poética a intermediadora desse processo; Sinestesia: correspondência entre o sensorial e o mundo concreto, articula palavras ou expressões que remetem a diferentes sentidos (audição, visão, olfato). ÁREA TEMÁTICA Condição humana sofrida e oprimida; O sonho como condicionante para a libertação do homem; Os valores espirituais como solução do caos; Transcendência pelo onirismo e espiritualismo; Esoterismo, satanismo, goticismo; Os mistérios do mundo; O fascínio da morte e do desconhecido; Os contrastes entre o real e o irreal; O dualismo humano (matéria/espírito) Crepusculismo: sugestões vagas, indefiníveis, confusas; PLANO POÉTICO Preserva o formalismo e intelectualismo dos parnasianos: rima, métrica, vocabulário rico, nobre e invulgar; Recusa a materialidade do signo: palavras abstratas, vagas, etéreas. A linguagem busca a interioridade do EU; Aliteração: repetição de consoantes; sinestesia/sensorialismo; recupera a subjetividade romântica. AUTORES CRUZ E SOUZA (1861-1898) conflito matéria/espírito, tentando conciliar, por exemplo, o amor carnal e o espiritual, o que eleva o ser para além dos instintos; pessimismo; materialismo realista características simbolistas, por exemplo, a musicalidade; mistura das sensações, com o objetivo de se buscar a compreensão do que não é explícito, daquilo que está oculto e inacessível à razão. Os sentidos + explorados são a audição, isto é, a sonoridade das palavras, a visão, especialmente com um jogo de cores, em que predominam o branco e seus matizes, e do olfato, pelo despertar de odores os mais diversos; poesia densa, com recorrência temática do sofrimento, da humilhação a que uma pessoa, como o próprio autor, era submetida; erotismo; condição humana; Obras: Evocações (1898), Faróis (1900) e Últimos Sonetos (1905). ALPHONSUS DE GUIMARAENS Morte da noiva; Dor; Religiosidade; Paisagem; O inefável.
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