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21 Resumo Processo Civil - Aula 21 (26.08.2011)_Arcênio Bauner

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Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Assuntos tratados: 
1º Horário. 
� Execução Extrajudicial/ Penhora/ Penhora de Imóvel/ Exceções à Lei 8.009/ 
Penhora de Faturamento de Empresa/ Meios de Expropriação/ Adjudicação/ 
Alienação Por Iniciativa Particular/ Alienação em Hasta Pública/ Usufruto de 
Bem/ Coisa Julgada/ Estágios de Formação da Coisa Julgada/ Eficácia Preclusiva 
da Coisa Julgada/ Regime Jurídico da Coisa Julgada/ Limite Objetivo/ Limite 
Subjetivo/ Coisa Julgada Erga Omnes 
2º Horário. 
� Coisa Julgada Ultra Partes/ Modo de Formação da Coisa Julgada/ Relativização 
da Coisa Julgada/ Ação Rescisória/ Fases da Rescisória/ Questão Preliminar/ 
Judicium Rescindens/ Judicium Rescisorium/ Casos Típicos de Ação Rescisória/ 
Competência para Rescisória 
 
1º Horário 
 
EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL 
 
1. Penhora 
1.1. Penhora de Imóvel 
Para a proteção da Lei 8.009, família corresponde a qualquer ocupação 
residencial de casa, até mesmo quando corresponda a um indivíduo. 
A proteção da Lei 8.009 abarcará imóvel de qualquer valor, 
independentemente de sua suntuosidade. A cindibilidade, entretanto, pode autorizar 
penhoras. 
Em havendo situação de pequeno negócio que sirva de residência a 
empresário, mesmo estando em nome da empresa, será protegido pela Lei 8.009 
(desconsideração da personalidade jurídica inversa). 
Quanto aos imóveis rurais, a Lei 8.009 protege a quem reside na sede do 
estabelecimento, garantindo um módulo rural (conceito variável) ao redor da 
edificação. 
 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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1.1.1. Exceções à Lei 8.009 
a. O fiador não tem proteção da lei 8.009. 
Observação: O novo CDC está sendo mudado. O projeto processual do CDC (da 
professora Ada Pellegrini), em trâmite, protege o fiador, derrogando a exceção da Lei 
8.009. 
b. Dívidas do imóvel podem gerar a sua penhora. 
c. Dívidas com empregados domésticos (são todos aqueles empregados da 
residência, para qualquer função). Ex: motoristas; seguranças; passadeira; faxineira; 
personal trainer em casa; limpador de piscina; etc. 
 
1.2. Penhora de Faturamento de Empresa 
Quanto à impugnação, considera-se garantido o juízo quando há penhora de 
faturamento, com a mera determinação do magistrado para tanto, intimada ao 
devedor, sem a necessidade de efetivas indisponibilizações financeiras. 
 
2. Meios de Expropriação 
2.1. Adjudicação 
A adjudicação, após 2007, se transforma de dação em pagamento em meio de 
expropriação (ato executório), sendo faculdade dos seguintes legitimados: 
a. Credor; 
b. Outros credores, que não o exequente, com direito real. São tidos como 
credores preferenciais; 
c. Outros credores que tenham penhorado bens em outros processos. 
d. Familiares do devedor (cônjuge; ascendente e descendente). 
Observação 1: Tratando-se de penhora de percentual societário, os outros 
sócios, excepcionalmente, poderão adjudicar para salvaguardar os affectio societatis. 
Observação 2: Sendo a proposta de mesma monta, o acolhimento se dará na 
seguinte ordem de preferência: 
a. Cônjuge; 
b. Descendente; 
c. Ascendente; 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
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d. Exequente; 
e. Credor Real; 
f. Credor de outras penhoras. 
Observação 3: Na penhora de cota da sociedade, quem tem preferência é o 
sócio, pela affectio societatis. 
A adjudicação poderá ocorrer até que outra alienação esteja completa. 
A adjudicação gera dois documentos alternativos: para imóvel, a carta de 
adjudicação; e para móvel, mandado de entrega do bem. 
No Substitutivo 1, voltará a ter adjudicação e remição para parentes. 
 
2.2. Alienação Por Iniciativa Particular 
Art. 685-C, CPC - Não realizada a adjudicação dos bens penhorados, o exeqüente 
poderá requerer sejam eles alienados por sua própria iniciativa ou por intermédio 
de corretor credenciado perante a autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 
11.382, de 2006). 
 § 1o O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de 
publicidade, o preço mínimo (art. 680), as condições de pagamento e as garantias, 
bem como, se for o caso, a comissão de corretagem. (Incluído pela Lei nº 11.382, 
de 2006). 
 § 2o A alienação será formalizada por termo nos autos, assinado pelo juiz, 
pelo exeqüente, pelo adquirente e, se for presente, pelo executado, expedindo-se 
carta de alienação do imóvel para o devido registro imobiliário, ou, se bem móvel, 
mandado de entrega ao adquirente. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 § 3o Os Tribunais poderão expedir provimentos detalhando o procedimento 
da alienação prevista neste artigo, inclusive com o concurso de meios eletrônicos, 
e dispondo sobre o credenciamento dos corretores, os quais deverão estar em 
exercício profissional por não menos de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 11.382, 
de 2006). 
Tal alienação, prevista no art. 685-C do CPC, possibilita duas alternativas: 
a. Credor se responsabiliza pela venda; 
b. Revendedores credenciados ao Judiciário responsabilizarem-se pela 
alienação; 
Em quaisquer dos casos o juiz fixará valor mínimo, condições de pagamento, 
prazo de venda, e condições de exibição e publicidade. 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
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2.3. Alienação em Hasta Pública 
A venda em hasta pública, via de regra, exige edital anterior, exceto para bens 
que não excedam 60 salários mínimos e desde que não sejam vendidos por valor 
menordo que o da avaliação. 
O art. 689-A do CPC cria a possibilidade de os Tribunais criarem sítios 
eletrônicos para leilão virtual, nos moldes do “Mercado Livre”. 
 Art. 689-A, CPC - O procedimento previsto nos arts. 686 a 689 poderá ser 
substituído, a requerimento do exeqüente, por alienação realizada por meio da 
rede mundial de computadores, com uso de páginas virtuais criadas pelos 
Tribunais ou por entidades públicas ou privadas em convênio com eles firmado. 
(Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 Parágrafo único. O Conselho da Justiça Federal e os Tribunais de Justiça, no 
âmbito das suas respectivas competências, regulamentarão esta modalidade de 
alienação, atendendo aos requisitos de ampla publicidade, autenticidade e 
segurança, com observância das regras estabelecidas na legislação sobre 
certificação digital. (Incluído pela Lei nº 11.382, de 2006). 
 
2.4. Usufruto de Bem 
É possível a pessoa que não resida em imóvel de sua propriedade utilizar-se do 
aluguel de outro bem para subsistência. Nesse caso, o imóvel seria impenhorável por 
força da Lei 8.009, entretanto, seria possível penhora de parcela ou totalidade de seus 
frutos por determinado período. 
Observação: As execuções com procedimento especial mantêm suas 
peculiaridades frente ao sistema da Lei 11.382, entretanto, no que forem silentes, 
adotam subsidiariamente o regramento. 
 
COISA JULGADA 
 
A coisa julgada, decorrente da segurança jurídica, é meio de pacificação social, 
impedindo rediscussões de demandas idênticas. 
 
 
 
 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
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1. Estágios de Formação da Coisa Julgada 
Tratando-se de coisa julgada formal, ela se edificará quando todos os capítulos 
de sentença não puderem mais ser discutidos dentro de determinado processo, não 
obstando discussões em demandas supervenientes. 
A coisa julgada material, por sua vez, demanda: 
a. Decisão de Mérito; 
b. Coisa Julgada Formal (preclusão máxima de todos os capítulos de sentença - 
coisa julgada progressiva) 
 
2. Eficácia Preclusiva da Coisa Julgada 
A coisa julgada só gerará eficácia preclusiva quanto ao conjunto de causa de 
pedir e pedido. 
Em demanda onde há, potencialmente, dano material e moral a ser pleiteado, 
havendo só pleito material, mesmo em procedência de mérito, não impedirá novo 
processo quanto ao moral não pleiteado. 
 
3. Regime Jurídico da Coisa Julgada 
3.1. Limite Objetivo 
O limite objetivo representa o que ela abrange. 
Em regra, o dispositivo é o comando decisório que transita em julgado. 
Excepcionalmente, em países como a Alemanha, que adotam a transcendência dos 
motivos determinantes em decisões vinculantes, a motivação determinante também 
tem essa força. 
Em abril de 2010 o STF, por razões pragmáticas (evitar uma avalanche de 
reclamações), abandona a teoria tedesca referida. Logo, no Brasil, é o dispositivo que 
transita em julgado. 
 
3.2. Limite Subjetivo 
3.2.1. Coisa Julgada Erga Omnes 
Ocorre no controle concentrado e quanto a interesses difusos e individuais 
homogêneos. Pela impossibilidade de se determinar todos os lesados com exatidão, a 
coisa julgada estende-se a qualquer um que dela possa se beneficiar. 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
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Ex: Compra de alimento estragado. A eficácia da coisa julgada é potencial a 
quem possa aproveitá-la. Até consumidores potenciais podem pleitear indenização. 
 
2º Horário 
 
3.2.2. Coisa Julgada Ultra Partes 
A coisa julgada ultra partes ocorrerá nos interesses coletivos, estrito senso, 
beneficiando somente aqueles que ostentam a mesma relação jurídica base. 
Ex: empregados de uma empresa; alunos de um curso; filiados a um conselho 
profissional; etc. 
 
4. Modo de Formação da Coisa Julgada 
A regra é que a coisa julgada forme-se pro et contra, isto é, com autoridade, 
independentemente do sentido da decisão. 
Há duas exceções: 
a. Interesses Individuais Homogêneos. Quanto aos interesses em foco, a coisa 
julgada formar-se-á secundum eventum litis, isto é, só se imporá com autoridade se for 
procedente, mas operar-se-á in utilibus, isto é, somente para beneficiar o substituído. 
b. Em Demandas Coletivas, pleiteando interesses difusos e coletivos estrito 
senso, a coisa julgada formar-se-á, em regra, secundum eventum probationis, isto é, se 
imporá com autoridade, exceto em decisão que pelo art. 269 do CPC reconheça a 
ausência de prova. 
 
5. Relativização da Coisa Julgada 
O CPC de 1973 adotou a Teoria Clássica, estabelecendo que: 
a. A coisa julgada material seria, em regra, imutável; 
b. Sua relativização só ocorreria, como regra, pela rescisória (casos típicos do 
art. 485 do CPC e prazo decadencial de 2 anos); 
 Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
 II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
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 III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou 
de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
 IV - ofender a coisa julgada; 
 V - violar literal disposição de lei; 
 Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo 
criminal ou seja provada na própria ação rescisória; 
 Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência 
ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar 
pronunciamento favorável; 
 VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, 
em que se baseou a sentença; 
 IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; 
 § 1o Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando 
considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido. 
 § 2o É indispensável, num comonoutro caso, que não tenha havido 
controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato. 
c. Excepcionalmente, em processos com citação nula ou inexistente, admite 
ação declaratória de inexistência de trânsito em julgado, sem prazo extintivo. 
Lendo Paulo Otero, o professor Dinamarco, acolhido de 91 a 2007 pelo STJ, 
relativizava a coisa julgada: 
a. Por rescisória; 
b. Por questão essencial (Para Dinamarco, tal conceito abrange nulidades 
graves e injustiças). 
Para o Professor Carlos Valder do Nascimento, adotado pelo STJ de 2007 a 2010 
(Informativo 591 do STF), questão essencial permitiria a relativização de coisa julgada 
afora os casos de rescisória quando houvesse nulidade grave, através da ação 
declaratória de nulidade. 
No Informativo 591 do STF, em transcrição, o Ministro Celso de Mello entende 
pela adoção da Teoria Clássica, falando de coisa julgada inconstitucional, isto é, 
relativiza-se por rescisória, ou em citação nula, por declaratória de inexistência. 
A partir da decisão do STF, o STJ restringe-se a aplicar a Teoria Clássica, não 
enfrentando casos concretos que demandariam o conceito de questão essencial. 
Decisão do 1º semestre, Pleno do STF, concluiu, em caso de investigação de 
paternidade, pela ADOÇÃO DA TEORIA CLÁSSICA e PERMISSÃO DE UMA EXCEÇÃO 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
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 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 8 
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EXCEDENTE, qual seja: RELATIVIZAÇÃO DA COISA JULGADA PELA PONDERAÇÃO DE 
SEGURANÇA JURÍDICA X DIGNIDADE DE PESSOA HUMANA. 
Observação 1: A declaração de inexistência e nulidade pode surgir em um dos 
capítulos de sentença de uma ação coletiva. 
Observação 2: A modificação em trâmite do CPC proíbe tal mecanismo 
admitido pela jurisprudência do STJ. 
 
AÇÃO RESCISÓRIA 
 
A Ação Rescisória tem os seguintes requisitos: 
a. Objetiva rescindir decisão de mérito anterior transitada em julgado 
(esgotamento de todos os capítulos de sentença - coisa julgada material); 
b. Um dos casos típicos do art. 485 do CPC; 
 Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
 II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
 III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou 
de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
 IV - ofender a coisa julgada; 
 V - violar literal disposição de lei; 
 Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo 
criminal ou seja provada na própria ação rescisória; 
 Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência 
ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar 
pronunciamento favorável; 
 VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, 
em que se baseou a sentença; 
 IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; 
 § 1o Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando 
considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido. 
 § 2o É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido 
controvérsia, nem pronunciamento judicial sobre o fato. 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
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c. Caucionamento (garantia) de 5% do valor da pretensão (art. 488, II, CPC); 
 Art. 488, CPC - A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos 
essenciais do art. 282, devendo o autor: 
 I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento da 
causa; 
 II - depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a 
título de multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada 
inadmissível, ou improcedente. 
 Parágrafo único. Não se aplica o disposto no no II à União, ao Estado, ao 
Município e ao Ministério Público. 
Observe-se que esse requisito não é exigível para quem litiga com Justiça 
Gratuita. 
d. Decadência em dois anos, contados do trânsito em julgado. 
Observação 1: No prazo de dois anos, a parte deverá interpor a rescisória 
apresentando todos os litisconsortes necessários. Após o escoar do prazo, não se 
permite a correção do pólo passivo. 
Observação 2: No Substitutivo 1, o prazo decadencial é reduzido para um ano 
do trânsito em julgado. 
 
1. Fases da Rescisória 
1.1. Questão Preliminar 
Nesta fase, o juiz verificará os requisitos de admissibilidade da rescisória, 
conhecendo-a ou não. 
 
1.2. Judicium Rescindens 
É a decisão pela rescisão ou não do trânsito em julgado anterior (procedência 
positiva ou negativa). 
 
1.3. Judicium Rescisorium 
É a possibilidade de o Tribunal, após rescindir o julgado anterior, dar novo 
direcionamento jurídico à demanda (decisão direta em tribunal). 
 
 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
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2. Casos Típicos de Ação Rescisória 
O rol do art. 485 do CPC é exaustivo, isto é, afora as duas exceções de 
relativização trazidas (citação e ponderação de dignidade), se não tiver no dispositivo 
legal em referência, significa que o vício foi sanado pela sanatória geral. 
Passa-se à análise dos incisos do art. 485 do CPC. 
 
• Inciso I 
 Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
a. Os conceitos trazidos no inciso I são penais (art. 316; 317 e 319 do CP). 
b. A rescisão independe de condenação criminal. 
c. Se houver processo criminal, no entanto, a rescisória fica suspensa até a sua 
solução (Art. 110, CPC). 
Art. 110, CPC - Se o conhecimento da lide depender necessariamente da 
verificação da existência de fato delituoso, pode o juiz mandar sobrestar no 
andamento do processo até que se pronuncie a justiça criminal. 
 Parágrafo único. Se a ação penal não for exercida dentro de 30 (trinta) dias, 
contados da intimaçãodo despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste, 
decidindo o juiz cível a questão prejudicial. 
d. Somente relativiza-se pelos tipos, se a decisão não foi substituída por julgado 
posterior. 
e. Em julgamento colegiado, somente voto vencedor possibilita a rescisória. 
f. A rescisória, em foco, só vai até o juízo rescindens. 
 
• Inciso II 
 Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
a. Somente o impedimento autoriza a rescisória, com base no art. 134 do CPC, 
não abrangendo a suspeição. 
Art. 134, CPC - É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso 
ou voluntário: 
 Processo Civil 
Data: 26/08/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 11 
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 I - de que for parte; 
 II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, 
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como 
testemunha; 
 III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido 
sentença ou decisão; 
 IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge 
ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha 
colateral até o segundo grau; 
 V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, 
em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; 
 VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, 
parte na causa. 
 Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o 
advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao 
advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz. 
Observação: Dinamarco sustenta que, onde há suspeição não admitida haveria 
prevaricação. 
b. Só a incompetência absoluta relativiza a coisa julgada; a relativa, claramente, 
se prorroga. 
c. Neste inciso, vai-se até o juízo rescindens. Não se vai até o rescisorium sob 
pena de supressão de instância. 
 
• Inciso III 
 Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou 
de colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
a. Dolo é qualquer artimanha que uma parte utilize a fim de prejudicar o pólo 
contrário. Ex: Subornar o advogado da parte contrária. 
b. Colusão é o processo simulado, isto é, acordo de vontades entre autor e réu 
para fraudar, prejudicar terceiros. 
 
 
 Processo Civil 
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• Inciso IV 
Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 IV - ofender a coisa julgada; 
 
• Inciso V 
Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 V - violar literal disposição de lei; 
a. A lei tratada neste inciso é aquela em sentido amplo. 
b. Deve ser a decisão que reconhece comando e , sem interpretá-la, ou filtrá-la 
pela constituição, o desconsidera. 
c. Segundo a súmula 343 do STF, mudança de interpretação não autoriza tal 
rescisória. 
Súmula 343 do STF - Não cabe ação rescisória por ofensa a literal dispositivo de lei, 
quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação 
controvertida nos tribunais. 
d. É posição consolidada que, se o STF muda interpretação constitucional, não 
incide o óbice da súmula 343, permitindo-se rescisória por erro de direito, no prazo de 
2 anos do trânsito em julgado. 
 
• Inciso VI 
Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 Vl - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo 
criminal ou seja provada na própria ação rescisória; 
a. A falsidade é ideológica ou material. 
b. A prova deve ser indispensável para a conclusão processual civil. 
c. Não é necessária condenação criminal. 
 
 
 
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• Inciso VII 
Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 Vll - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência 
ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de Ihe assegurar 
pronunciamento favorável; 
a. A rescisória deve se alicerçar em documento que já existia quando do 
trânsito em julgado, mas não era disponível à parte. 
b. O documento deve ser importante, o bastante, para ensejar uma nova 
conclusão jurídica direta pelo tribunal. 
 
• Inciso VIII 
Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, 
em que se baseou a sentença; 
a. O inciso VIII foi redigido com base no direito civil português, devendo ser lido 
da seguinte forma: “houver fundamento para invalidar confissão, reconhecimento do 
pedido, renúncia ou transação”. 
b. A sentença a ser rescindida deve ter como base, determinante, o ato viciado. 
 
• Inciso IX 
Art. 485, CPC - A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida 
quando: 
 IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa; 
a. O erro de fato é a admissão de fato inexistente ou inadmissão de existente. 
b. Apurável por simples exame do processo. 
c. Essencial à conclusão obtida. 
d. Não pode ter havido controvérsia judicial no processo que está sendo 
rescindido acerca da existência ou não do fato. 
 
 
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3. Competência para a Rescisória 
A competência para rescisória será sempre do último tribunal que emitiu 
conclusão de mérito no processo, assim, a última Corte que conhecer de recurso será a 
competente para rescisória. 
Se o processo transitar em julgado em primeira instância, a rescisória será de 
competência da Corte que receberia eventual recurso.

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