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Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 1 1 Prof. Eng. Luiz Gustavo Laval MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND luiz.gustavo@imed.edu.br CIMENTO PORTLAND DEFINIÇÃO: É o produto obtido pela pulverização de clínquer constituído essencialmente de silicatos hidráulicos de cálcio, com uma certa proporção de sulfato de cálcio natural, contendo, eventualmente, adições de certas substâncias que modificam suas propriedades ou facilitam seu emprego. CLÍNQUER: Produto de natureza granulosa, resultante da calcinação de uma mistura de materiais (silicato hidráulico de cálcio, sulfato de cálcio), conduzida até a temperatura de sua fusão insipiente. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 2 CIMENTO PORTLAND HISTÓRICO: É O SEGUNDO MATERIAL MAIS UTILIZADO PELO HOMEM. � 1756 – Engº John Smeaton – procurava um aglomerante que endurecesse na presença de água, para facilitar o trabalho de reconstrução do farol de Eddystone, na Inglaterra. Verificou que mistura calcinada de calcário e argila tornava-se, depois de seca, tão resistente quanto as pedras utilizadas nas construções. � 1818 – Frances Louis Vicat – obtém resultados semelhantes aos de Smeaton, pela mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do cimento artificial. Louis Vicat CIMENTO PORTLAND HISTÓRICO: � 1824 – Um pedreiro inglês, Joseph Aspdin - patenteou a descoberta, batizando de cimento Portland, em referência a um tipo de pedra muito usada em construções na região de Portland, Inglaterra. No pedido de patente constava que o calcário era moído com argila, em meio úmido, até transformar-se em pó. A água era evaporada e os blocos da mistura seca eram calcinados em fornos e depois moídos bem finos. Ilha Britânica de Portland Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 3 CIMENTO PORTLAND CONSTITUINTES: Os constituintes fundamentais do CP são: • Cal (CaO); • Sílica (SiO2); • Alumina (Al2O3); • Óxido de Ferro (Fe2O3); • Magnésia (MgO) – pequena porção; • Anidrido Sulfúrico (SO3) – pequena porcentagem – retardador do tempo de pega; • Constituintes menores (óxido de sódio, de potássio e de titânio). CIMENTO PORTLAND CONSTITUINTES: Ex. Matérias Primas na fabricação do CP Cia Cimento Rio Branco (Grupo Votorantin): • 90,0 % de Calcário; • 9,50 % de Argila; • 0,50 % de Minério de Ferro. Mina de calcário Mina de argila Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 4 CIMENTO PORTLAND VÍDEO FABRICAÇÃO DO CIMENTO ITAMBÉ: http://www.youtube.com/watch?v=eRzFsrHMxv4 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MINERAÇÃO: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 5 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MINERAÇÃO: O CALCÁRIO é a principal matéria- prima na fabricação do cimento O desmonte do calcário na jazida é feito com explosivos. O material resultante é transportado em caminhões “fora de estrada” até a instalação de britagem. Ja zi da de c a lc ár io Tr a n s po rt e de c a lc ár io CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MINERAÇÃO: A ARGILA é matéria-prima essencial na fabricação do cimento, extraídas nas jazidas, passam pelo processo de desagregação através de rolos que rodam em sentido contrário, destruindo assim os torrões. Jazida de Argila Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 6 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MINERAÇÃO: O MINÉRIO DE FERRO é usado na fabricação do cimento, como corretivo. O mais comumente usado é a hematita (Fe2O3), por ser o mineral de ferro mais abundante e importante comercialmente. Minério de Ferro CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MINERAÇÃO: A AREIA é utilizada na fabricação do cimento como matéria prima corretiva, quando ocorre uma deficiência no teor de SiO2. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 7 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MOAGEM À CRU: CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MOAGEM À CRU: O calcário, a argila, a areia e o minério de ferro são moídos e transformados em um pó fino denominado de FARINHA CRUA. Moinho de Bolas Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 8 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: CLINQUERIZAÇÃO: CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: CLINQUERIZAÇÃO: A FARINHA CRUA é enviada aos silos de homogeneização que lhe garantem a uniformidade. Depois da homogeneização a farinha é lançada na torre de ciclones onde acontece uma troca de calor com o ar quente produzido pelo forno, fazendo com que a farinha já entre no forno pré-aquecida. Torre de Ciclone Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 9 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: CLINQUERIZAÇÃO: O CLÍNQUER ao sair do forno a 1450ºC vai para o resfriador que através do choque térmico, baixando a temperatura do clínquer para +/- 120ºC, acontece assim a cristalização dos cristais de maneira a consolidar as reações químicas ocorridas no forno. Resfriador do Clínquer CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: CLINQUERIZAÇÃO: C2S (Belita): • Hidratação lenta • Resistência nas idades maiores • Desprendimento de calor baixo C3S (Ferrita): • Hidratação rápida • Coloração do cimento • Baixa resistência mecânica C3A (Aluminato): • Hidratação muito rápida • Responsável pelas primeiras reações • Desprendimento de calor alto C3S (Alita): • Hidratação rápida • Resistência nas primeiras idades • Desprendimento de calor médio Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 10 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MOAGEM DO CIMENTO: CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MOAGEM DO CIMENTO: Na moagem final, o gesso é misturado ao clínquer e aos aditivos (filler, escória ou pozolana) resultando no tipo de cimento desejado. Pozolana – cinza volante do processo de queima industrial ou cinzas vulcânicas. Moinho de Bolas Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 11 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MOAGEM DO CIMENTO: O GESSO é o sulfato de cálcio, que tem a finalidade de controlar o tempo de pega (endurecimento) do cimento após a adição de água. O FILLER CALCÁRIO é um pó de calcário, proporciona um efeito esponja, preenche os poros do clínquer contribuindo com a trabalhabilidade do concreto e argamassa. Gesso Filler Calcário CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: MOAGEM DO CIMENTO: A ESCÓRIA DE ALTO FORNO é um resíduo resultante da produção de ferro gusa em altos fornos, proporciona maior resistência à ataques químicos e redução do calor de hidratação. A POZOLANA pode ser natural ou artificial, dando ao cimento maior resistência ao ataque de sulfatos e redução do calor de hidratação. Escória de alto forno Pozolana artificial Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 12 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: EXPEDIÇÃO: CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: EXPEDIÇÃO: Depois de todo o processo de fabricação o cimento é armazenado nos silos. O SILO MULTICÂMERA tem capacidade para armazenar diferentes tipos de cimento. Silo multi câmera Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 13 CIMENTO PORTLAND PROCESSO DE FABRICAÇÃO: EXPEDIÇÃO: ENSACADO: O cimento é inserido automaticamente nos sacos através da ensacadeira, onde depois é expedido em pallets. GRANEL: O produto é estocado nos silos de cimento, de onde é expedido a granel, através dos caminhõesgraneleiros que t em capacidade média d e 27 ton. Paletizadora Autopac-carregamento palletizado Ensacadeira automática CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES FÍSICAS: As propriedades físicas são consideradas sob três aspectos: � Produto em condição natural (pó); � Mistura do cimento e água (pasta); � Mistura da pasta com agregados padronizados (argamassa); DENSIDADE (absoluta=3,15; aparente=1,5): Utilizada nos cálculos de consumo do produto na dosagem com base nos volumes específicos. Nas pastas de cimento, a densidade pode variar com o tempo, aumentando durante o processo de hidratação (fenômeno da retração), podendo chegar em 24 horas: • 7,0mm/m nas pastas; • 4,5mm/m nas argamassas; • 2,0mm/m nos concretos com 350Kg de cimento/m³. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 14 CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES FÍSICAS: FINURA: Tamanho dos grãos do produto apresenta o valor da superfície específica (soma das superfícies dos grãos em 1g de produto). É o fator que determina a velocidade da hidratação da argamassa. • + fino = > Resistência; < Exsudação; > Impermeabilidade; melhor trabalhabilidade e coesão do concreto. EXSUDAÇÃO: Separação natural e espontânea da água na mistura, ocasionado principalmente pelas densidades diferentes dos materiais constituintes que, por mais que estejam bem misturados existe uma tendência dos materiais mais pesados descerem e os mais leves subirem. Esse fenômeno é extremamente prejudicial ao concreto, pois ao se deslocar à superfície da mistura a água percorre caminhos dentro da pasta aumentando a permeabilidade, e reduzindo a resistência do concreto. CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES FÍSICAS: FINURA: Verificado através dos processos: • Turbímetro de Wagner (onde é medido o tempo de precipitação dos grãos em suspensão no querosene; • Permeâmetro de Blaine (tempo de percolação de determinado volume de ar através dos vazios intergranulares). Material retido na peneira 200 (75 micra): � Cimento Portland comum < 15%; � Cimento Portland de alta resistência inicial < 6%. LEITURA COMPLEMENTAR: Processos de verificação de finura dos grãos, páginas 40-42, BAUER, L. A. F. Materiais de Construção – Volume 1. Editora LTC, 5º Edição. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 15 CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES FÍSICAS: TEMPO DE PEGA: É o momento em que a pasta adquire certa consistência que a torna imprópria para o trabalho (Bauer, 2000). Os grãos de cimento, durante o processo de hidratação, vão aglutinando-se por efeito da floculação, constituindo um esqueleto sólido responsável pela estabilidade da estrutura. Em seguida, as subsequentes idades conduz ao endurecimento responsável pela aquisição permanente das características do produto acabado e resistência mecânica. A determinação do tempo de pega é realizada através do uso do aparelho de Vicat, onde mede-se à resistência à penetração na pasta de cimento. CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES FÍSICAS: TEMPO DE PEGA: A pega e o endurecimento são dois aspectos do mesmo processo de hidratação do cimento, vistos em períodos diferentes. O fim da pega significa que a pasta não pode mais ser manuseada e, terminada essa fase, inicia o endurecimento. Apesar de no fim da pega a pasta já ter alguma resistência, é durante o endurecimento que os ganhos de resistência são significativos. O período de pega é geralmente superior à 1 hora após o inicio da mistura, podendo sem acelerado (aditivo cloreto de sódio ou silicato de sódio) ou retardado (açucares ordinários, celulose, etc.) dependendo da sua aplicação, operações de manuseio, transporte, lançamento e adensamento Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 16 CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES FÍSICAS: RESISTÊNCIA: É determinada através da ruptura à compressão dos corpos-de- prova. Os valores variam de acordo com: � Tipo de cimento; � Tempo de maturação; � Tipo e qualidade dos agregados; � Aditivos; � Mão-de-obra; CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES QUÍMICAS: Estão diretamente ligadas ao processo de endurecimento por hidratação. Trata-se de um processo complexo, que se desenvolve através da dissolução da água, precipitações de cristais e gel com hidrólises e hidratações dos componentes do cimento. Adição do gesso retarda o tempo de pega do cimento possibilitando a trabalhabilidade do material. Isso ocorre devido a solubilidade dos aluminatos anidros serem extremamente baixas As reações químicas no clinquer pulverizado são realmente rápidas. O aluminato tricálcico é considerado o responsável pelo início imediato do processo de endurecimento. Nessa condições o material é inútil para o construtor. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 17 CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES QUÍMICAS: ESTÁGIOS DA HIDRATAÇÃO DO CP: ESTAGIO I: Em contato com a água ocorre uma rápida dissolução dos grãos do cimento. Sobem as concentrações de álcalis solúveis, Ca2+, SO4 2 e íons OH em solução, resultando em um pH de 12 a13. ESTAGIO II: Os íons Ca2+, SO4 2 e íons OH reagem com os silicatos e aluminatos para formar gel de C-S-H e etringita, formando uma barreira em torno dos grãos de cimento não hidratados, retardando novas hidratações, permitindo um período de trabalhabilidade durante o qual o concreto deve ser lançado e assentado. ESTAGIO III:: Durante o Estágio II a concentração de íons Ca2+ continua a aumentar, reiniciando lentamente a hidratação dos grãos de cimento atrás da barreira. Com a supersaturação de Ca2+, seguida da precipitação de Ca(OH)2 ocorre uma rápida hidratação dos grãos de cimento gerando gel de C-S-H e etringita. A formação de gel de C-S-H e o intertravamento das partículas promovem a pega e o endurecimento. CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES QUÍMICAS: ESTABILIDADE: É uma característica ligada à ocorrência eventual de indesejáveis expansões volumétricas posteriores ao endurecimento do concreto e resulta da hidratação de cal e magnésia livre na argamassa. A criação de tensões internas resultantes, resultantes desta expansão, cria tensões internas que conduzem a microfissuração do concreto, podendo terminar na desagregação mois ou menos completa do material. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 18 CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES QUÍMICAS: CALOR DE HIDRATAÇÃO: Durante o processo de endurecimento do cimento, considerável quantidade de calor se desenvolve nas reações de hidratação. A elevação de temperatura, resultante nas obras volumosas, conduz ao aparecimento de trincas de contração ao fim do resfriamento da massa. � Calor de hidratação do CP comum 85 – 100 cal/g; � Calor de hidratação do CP com baixo calor de hidratação 60 – 80 cal/g; CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES QUÍMICAS: CALOR DE HIDRATAÇÃO: Este assunto será debatido no conteúdo referente ao endurecimento do concreto. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 19 CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES QUÍMICAS: RESISTÊNCIA AOS AGENTES AGRESSIVOS: Concretos em contato com a água e com a terra podem sofrer fenômenos de agressividade (devido a presença de substâncias químicas susceptíveis a reações com certos constituintes do cimento). � Águas Puras – atacam o cimento hidratado por dissolução da cal; � Águas Ácidas (água da chuva com CO2) – dissolução da cal (baixa concentração – obstrui os poros – alta concentração – exaustão da cal); � Água do Mar – Possuem numerosos sais em solução (sulfato de cálcio, sulfato de magnésio, cloreto de sódio). Cloreto de sódio aumenta a solubilidade da cal. CIMENTO PORTLAND PROPRIEDADES QUÍMICAS: REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO: É a formação de produtos gelatinosos acompanhada de grande expansão de volume pela combinação dos alcális do cimento com a sílica ativa finamentedividida, eventualmente presente nos agregados. � Fenômeno pouco estudado; � Riscos de redução no tempo de durabilidade do concreto; Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 20 CIMENTO PORTLAND CLASSIFICAÇÃO: Os cimentos forma originalmente fabricados segundo as especificações dos consumidores. 1904 – as primeiras especificações da ASTM foram introduzidas – fabricação de alguns tipos de cimento; Em cada país, a indústria produz os cimentos padronizados pelo organismo normalizador nacional e alguns fora de normas, mas sempre um número limitado de tipos. CIMENTO PORTLAND CLASSIFICAÇÃO: Quanto à resistência à compressão: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 21 CIMENTO PORTLAND COMPOSIÇÃO DOS CIMENTOS PORTLAND: CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 22 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 23 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 24 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 25 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: Cimento Portland CP (RS) - (Resistente a sulfatos - NBR 5737): Os cimentos - CP I, II, III, IV ou V-ARI podem ser resistentes aos sulfatos, atendendo pelo menos uma das condições: � Teor de C3A do clínquer e teor de adições carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa; � Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto-forno, em massa; � Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em massa; � Cimentos com antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos. CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 26 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 27 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 28 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) - NBR 13116: Designado por siglas e classes de seu tipo, acrescidas de BC, geram até 260 J/g aos 3 dias e até 300 J/g aos 7 dias de hidratação (podem ser qualquer um dos tipos básicos). � Ex: CP III-32 BC ou CP IV-32 BC Retarda o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento. Ensaio NBR 12006 - Determinação do Calor de Hidratação pelo Método da Garrafa de Langavant. CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 29 CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND: CIMENTO PORTLAND ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM: O cimento é um aglomerante hidráulico que reage quando exposto à umidade, independente da quantidade de água que estiver disponível no ambiente. Dessa forma: � evite o contato do cimento com a água antes do uso (estocado em local seco, coberto e fechado, protegido da chuva, afastado do chão, do piso e das paredes externas ou úmidas); � não deixe-o estocado por mais de 3 meses, a contar de sua data de fabricação.; � cuide com o armazenamento sobre lajes (excesso de peso pode acarretar colapso na estrutura) Os sacos de cimento não garantem a impermeabilidade necessária do cimento. Com o inicio da hidratação, aparecem nódulos que não se desmancham com a pressão dos dedos – pode ser usado, após peneiramento, porém somente em serviços secundários (argamassas, pavimentos secundários, etc.). Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 30 CIMENTO PORTLAND ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM: � prepare pilhas apoiadas sobre tablados de madeira, montados a pelo menos 30 cm do chão ou do piso. As pilhas não devem conter mais do que 10 sacos – 3t/m² (excepcionalmente pilhas com 15 sacos); � utilize os sacos conforme a ordem de chegada no depósito; � mantenha corredores de acesso com largura = 1,2m entre as pilhas e afastamento mínimo de 30cm das paredes; � sinalize na parede com faixas as alturas máximas de empilhamento; CIMENTO PORTLAND CIMENTO POZOLÂMICO: As pozolanas são substâncias siliciosas e aluminosas que sozinhos não possuem a propriedade de aglomerar outros materiais entre si, mas quando misturados a outro aglomerante e na presença de umidade reagem, formando compostos cimentícios. Exemplos de pozolanas: cinzas vulcânicas, algumas rochas ígneas, argilas calcinadas, cinzas volantes, entre outras. Deixada de lado por anos, a utilização das pozolanas no CP vem se intensificando atualmente. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 31 CIMENTO PORTLAND CIMENTO POZOLÂMICO: Deixada de lado por anos, a utilização das pozolanas no CP vem se intensificando atualmente. A adição de pozolanas no CP: � retardam o ganho de resistência mecânica; � reduzem o calor de hidratação; � melhoram a trabalhabilidade; � minimiza a permeabilidade do concreto; � diminuem ocorrência das reações álcali-agregado. CIMENTO PORTLAND CIMENTO ALUMINOSO: Resultado da fundição de calcário (CaCO3) e bauxita (Al2O3), (teor bauxíta inferior a 30%), moída misturadas, em fornos de alta temperatura, resfriado, britado e moído. Características: � tempo de pega lento (> 2h); � cura rápida (em 24horas resistência superiores a 45 MPa); � preço elevado (produto importado); � emprego delicado(elevadíssimo calor de hidratação); � produz argamassas com alta resistência ao calor (até 1200ºC) – sendo sua principal aplicação (cimento refratário); � alta resistência a abrasão e corrosão; � endurecimento normal em temperaturas baixas; Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 32 CIMENTO PORTLAND CIMENTO ALUMINOSO: APLICAÇÕES: � concretos refratários; � rápida cura e altas resistências iniciais e finais; � pisos para tráfego após 6 horas; � chumbamentos; � reparo em cabeça de protensão, 24h pode protender, (CP=7 dias); � concretagens junto ao mar (para aproveitar maré baixa); � pré-moldados para uso imediato; � rejuntamento e assentamento de tijolos refratários; � mistura ao cimento Portland (acelerar endurecimento). CIMENTO PORTLAND CIMENTO NATURAL: Produto resultante do cozimento de calcários argilosos (teor argila + - 25%) e tempo de cozimento à temperatura < 1000oC. � Apresenta tempo de pega rápida, atribuída a presença do � teor mais elevado de aluminato de cálcio. � Resistência dos cimentos naturais é baixa, (50% do CP), devido a composição do calcário não uniforme. � Uso inexistente no Brasil onde deixou de ser fabricado. Na França e na Alemanha é empregado em condutos (esgotos, água, vedação de fugas e veios de água); nos EUA é empregado em pavimentação de estradas de rodagem. Materiais de Construção II - CIMENTO PORTLAND Engº Luiz Gustavo Laval 33 CIMENTO PORTLAND NORMAS: � NBR 7215:1996 – Determinação da Classe do Cimento Portland; � NBR 5732:1991 – Cimento Portland Comum; � NBR 11578:1997 – Cimento Portland Composto; � NBR 5735:1991 – Cimento Portland de Alto-forno; � NBR 5736:1999 – Cimento Portland Pozolânico; � NBR 5733:1991 – Cimento Portland de Alta Resistência Inicial;� NBR 5737:1992 – Cimento Portland Resistente à Sulfatos; � NBR 13116:1994 – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação; � NBR 12989:1993 – Cimento Portland Branco; � NBR 12653:2014 – Materiais pozolânicos — Requisitos CIMENTO PORTLAND BIBLIOGRAFIA: � BAUER, L. A. F. Materiais de Construção – Volume 1. Editora LTC, 5º Edição; SITES INTERESSANTES : � http://www.abcp.org.br/ � http://www.cimento.org/ � http://www.cimentoitambe.com.br/cimentos/ � http://www.votorantim-cimentos.com.br/
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