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Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 69 Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes. Antes de estudarmos cada uma das modalidades de suspensão do crédito tributário, temos de associar ao assunto de hoje algo que vimos na aula sobre interpretação e integração da legislação tributária. Estudamos em aula anterior que a legislação tributária que disponha sobre suspensão do crédito tributário deve ser interpretada literalmente. Com essa aula, você será capaz de responder com maior segurança as questões sobre interpretação da legislação tributária. Nessa linha de entendimento, o art. 141 do CTN estabeleceu que o crédito tributário regularmente constituído só pode ter sua exigibilidade suspensa nos casos previstos no próprio CTN. Ademais, também deve ser destacado que o par. único do art. 151 assevera que a suspensão do crédito não implica dispensa de cumprimento das obrigações acessórias. Logo, ainda que não seja exigida do contribuinte a obrigação tributária principal, deve continuar cumprindo com as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária. Tanto as pessoas imunes ou isentas, como aquelas que venham a ter a exigibilidade do crédito tributário suspensa, devem continuar cumprindo com as obrigações acessórias. Guarde isso! Por fim, outro ponto relevante é a discussão acerca da possibilidade de o contribuinte tomar alguma medida, buscando a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, antes mesmo da sua constituição. Nesse caso, deve ser lembrado que o que se suspende é a exigibilidade do crédito tributário, e não o dever de lançar. Portanto, a autoridade constitui o crédito, mas fica impedida de realizar a cobrança do tributo ou penalidade. Isso é bem lógico, pois se o Fisco ficasse impedido de efetuar o lançamento, correria o risco de ser atingido pela decadência, perdendo o direito de constituir o crédito tributário. Guarde assim: Suspensão antes do lançamento Æ É possível constituir o lançamento, mas não pode ser feita a exigibilidade. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 69 Uma leitura do art. 152 do CTN permite inferir que há dois tipos de moratória: individual e geral. Em qualquer caso, é necessária a edição de lei. A moratória concedida em caráter individual ocorre quando o benefício é restrito a determinadas pessoas, que preencham os requisitos estabelecidos pela lei. Dessa forma, para que as pessoas gozem da moratória, é necessário que comprovem à autoridade administrativa que estão entre aquelas às quais a lei restringiu. Fica, então, a moratória concedida pelo despacho da autoridade. A moratória concedida em caráter geral, por outro lado, ocorre quando a lei generaliza os sujeitos passivos que serão beneficiados. Não há, portanto, necessidade de comprovação, nem despacho individual por parte da autoridade administrativa. Em relação à moratória geral, podemos dividi-la em dois tipos: moratória autônoma (ou autonômica) e moratória heterônoma. A moratória autônoma é aquela concedida pelo ente que detém a competência tributária para instituir o tributo objeto do benefício. Por exemplo: o Município de São Paulo concede moratória sobre o IPTU referente aos imóveis situados em seu território. A moratória heterônoma, por seu turno, é aquela concedida pela União, quanto aos tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Por exemplo: a União concede moratória sobre o IPTU referente aos imóveis situados no território do Município de São Paulo. Há forte controvérsia doutrinária sobre a moratória heterônoma, sob a alegação, em alguns casos, de que tal medida afetaria a autonomia dos entes federativos. Frise-se que não há registros de que a moratória heterônoma tenha sido concedida até hoje. Um dos motivos que podem ter levado à União não conceder a moratória heterênoma é a forte restrição contida no art. 152, I, b, o qual estabelece que se tal benefício for criado, deve ser concedido simultaneamente: x Aos tributos de competência da União (todos os que ela já instituiu); x Às obrigações de direito privado (contratos civis, empresariais e trabalhistas). Diante do exposto, percebe-se a natureza excepcionalíssima da moratória heterênoma. A União só utilizaria dessa moratória em situações de extrema relevância nacional. (QILP��YRFr�Mi�GHYH�HVWDU�VH�SHUJXQWDQGR��³e como eu faço na prova?´ Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 69 1.1.1 ± Requisitos para concessão da moratória e moratória parcelada No art. 153, o legislador estabeleceu os requisitos que devem estar contidos na lei que venha a conceder a moratória. Perceba que é uma norma direcionada ao legislador. Vejamos: Art. 153. A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual. Os requisitos se referem basicamente aos prazos, tributos a que se aplica, e condições e garantias em se tratando de concessão em caráter individual. Na concessão da moratória em caráter individual podem ser exigidas garantidas do sujeito passivo. 3HUFHED� TXH� QD� DOtQHD� ³E´�� GR� LQFLVR� ,,,�� IRL� PHQFLRQDGR� R� Q~PHUR� GH� prestações e seus vencimentos. Trata-se da moratória parcelada, que consiste na quitação da dívida tributária em parcelas. Alguns entendem que esse é o texto que permite a concessão do parcelamento, como suspensão do crédito tributário. No entanto, veja que o parcelamento foi inserido, em 2001, como uma modalidade autônoma de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, VI). Portanto, no inciso I, temos a previsão da moratória, e no inciso VI, a previsão do parcelamento. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 69 Destaque-se também que ao parcelamento aplicam-se as disposições do CTN, relativas à moratória. Tendo em vista a semelhança entre os dois institutos, faz muito sentido o legislador não repetir tudo o que disse em relação à moratória. Lembre-se do mnemônico MARIPA! Outro aspecto a ser estudado sobre o parcelamento é a previsão contida no § 3º do art. 155, do CTN, para que cada ente federativo venha criar uma ³VHJXQGD� OHL� HVSHFtILFD´� dispondo sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. O objetivo é criar meios diferenciados para que a empresa supere a crise econômico- financeira pela qual está passando. Desse modo, cada ente terá duas leis específicas, uma versando sobre as regras genéricas do parcelamento, e outra definindo regras especiais para o parcelamento da dívida tributária das empresas em recuperação judicial. Se, porventura, o ente não possuir a lei sobre o parcelamento dos débitos do devedor em recuperação judicial, prevê o § 4º, do art. 155, aplicam-se as regras genéricas de parcelamentodaquele ente, não podendo esta ter prazo de parcelamento inferior à lei específica sobre parcelamento em recuperação judicial. Vamos exemplificar: imaginemos que o Município de Curitiba não tenha editado lei específica sobre o parcelamento de crédito tributário para devedores em recuperação judicial. Considere também as seguintes informações: Prazo máximo de parcelamento da lei geral de parcelamento de Curitiba: 60 meses. Prazo máximo de parcelamento da lei geral de parcelamento da União: 48 meses. Prazo máximo de parcelamento da lei específica de parcelamento para devedores em recuperação judicial da União: 72 meses. Pergunta-se: qual o prazo deve ser aplicado ao parcelamento de tributo municipal, quando o devedor se encontra em recuperação judicial? 72 meses. 1.3 ± Reclamações e recursos no âmbito do processo administrativo fiscal Diante de lançamento efetuado com o qual não concorda, o sujeito passivo pode impugná-lo tanto na via administrativa como na via judicial. Ao optar pela via administrativa, o sujeito passivo goza de algumas vantagens, dentre as quais se destaca a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 69 Palavras que podem ser cobradas na prova como causas de suspensão do crédito tributário: impugnação, processo administrativo, reclamação e recursos administrativos. Como ainda será explicado, na via judicial, o mero ajuizamento da ação não suspende, por si só, a exigência do crédito tributário, sendo necessário que o sujeito passivo tome medidas como o depósito do montante exigido pelo fisco. Diferentemente, no âmbito administrativo, instaurado o processo administrativo, a exigência do crédito tributário fica suspensa. Vale salientar que, anteriormente, o STF possuía o entendimento de ser possível a exigência de depósito como condição de procedibilidade para recurso interposto em processo administrativo fiscal. Entretanto, esse entendimento mudou, culminando na edição da seguinte súmula vinculante: Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Ademais, cabe destacar que esse também é o entendimento do STJ: Súmula STJ 373 - É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo. Por fim, deve-se ter em mente que a suspensão do crédito tributária, em se tratando de instauração de processo administrativo fiscal, é temporária, ocorrendo apenas durante o litígio. Com a decisão administrativa final favorável ao sujeito passivo, o crédito tributário fica extinto (CTN, art. 156, IX). Por outro lado, se a decisão for desfavorável, o crédito volta a se tornar exigível. Vale ressaltar também que, no caso de decisão desfavorável ao sujeito passivo na órbita administrativa, sempre será possível ingressar com ação judicial, tendo em vista o princípio da inafastabilidade de jurisdição (CF/88, art. 5º, XXXV). Se a decisão final do processo administrativo for desfavorável ao contribuinte, este deverá arcar também com os encargos moratórios porventura devidos. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 69 1.4 ± Liminar em mandado de segurança ou liminares (ou tutela antecipada) em outras ações judiciais O CTN estabelece duas modalidades de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, originadas de decisões proferidas no âmbito do Poder Judiciário: x Concessão de medida liminar em mandado de segurança (Art. 151, IV); x Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação (Art. 151, V). Inicialmente, deve-se entender, a grosso modo, o que vem a ser o mandado de segurança. Trata-se de uma ação judicial, que tem por objetivo defender direito líquido e certo ameaçado, na seara do Direito Tributário, pela autoridade fiscal. O direito líquido e certo é aquele que pode ser provado sem a necessidade de produção de provas em juízo. Ocorre que em alguns casos, o juiz entende que deve ser tomada alguma medida contra o ato praticado pela autoridade fiscal, para que suspendê-lo até que se decida o mérito da ação judicial. Fica, então, concedida a medida liminar no mandado de segurança. Destaque-se que para a concessão da medida liminar são necessários dois requisitos essenciais: o perigo da demora ou periculum in mora e a relevância do fundamento ou fumus boni juris. Portanto, o juiz somente deve conceder liminar se ficar claro que o decorrer do tempo pode prejudicar a eficácia da ação, caso seja concedida no mérito da ação, e se houver fundamento relevante. Finalmente, concedida a liminar em sede de mandado de segurança, a exigibilidade do crédito tributário fica suspensa até a decisão. Isso não significa que o contribuinte deixará de pagar o tributo. Caso o juiz venha decidir que o ato da autoridade administrativa (lançamento, neste caso específico) não descumpriu a lei, o sujeito passivo deve pagar o tributo. Por outro lado, caso a decisão judicial final seja em favor do contribuinte, o crédito tributário fica extinto. Crédito tributário fica suspenso até a decisão final, que pode ser: Em favor do contribuinte: extingue-se o crédito tributário. Em favor da Fazenda Pública: volta a ser exigível. Um típico exemplo que justifica a concessão de medida liminar, deixando clara a existência do fumus bonis juris e do periculum in mora (vamos nos Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 69 intuito de discutir a legitimidade da cobrança que está sendo feita, nada impede que o fisco, durante o curso da ação, entre com outra ação de execução fiscal. Surgem, então, duas opções para o sujeito passivo: tentar obter liminar ou tutela antecipada (CTN, art. 151, IV e V) ou realizar o depósito do montante integral (CTN, art. 151, II). Como a concessão de uma liminar está condicionada à comprovação do perigo da demora e da relevância do fundamento, nem sempre resta outra saída para o sujeito passivo a não ser o depósito do montante integral. Cabe destacar que o depósito é facultativo, ou seja, mesmo que não efetue o depósito do montante integral, o sujeito passivo tem o direito de contestar o lançamento no Judiciário. A única diferença, neste caso, é que não haverá suspensão da exigibilidade do crédito. Vejamos o que diz a Súmula Vinculante 28 do STF: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. É interessante destacar que esta jurisprudência do STF tem por objetivo impedir a adoção do princípio solve et repete��TXH�VLJQLILFD�³SDJXH�H�GHSRLV� UHFODPH´��3RUWDQWR��REVHUYH�TXH�se o sujeito passivo desejar contestar a exigibilidade do crédito tributário, tem o direito de fazê-lo independentemente de depósito prévio. Ainda que a liminar seja concedida, o sujeito passivo pode efetuar o depósito, com o objetivo de impedir a fluência dos juros de mora, caso o crédito volte a ser exigível posteriormente, se a decisão de mérito for favorável à Fazenda Pública. Sobre o depósito integral, o STJ entende que para suspender o crédito tributário deve ser feito integralmente e em dinheiro: Súmula STJ 112 - O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. Até aí, tudo bem. Mas o que ocorre posteriormente, no final da decisão judicial? Sendo a decisão favorável à Fazenda Pública, ou seja, se o lançamento for legítimo, o depósitoé convertido em renda (ver CTN, art. 156, VI), e o crédito tributário é extinto. Nessa linha, de acordo com o STJ (EREsp 767.328/RS), em relação aos tributos lançados por Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 69 No Direito Tributário, os efeitos da mora ocorrem automaticamente (mora ex re). Vamos ver o que diz o art. 161 do CTN: Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. Repare que além dos juros de mora, o contribuinte também se sujeita ao pagamento de penalidades. Trata-se da multa moratória, que é a sanção pelo não cumprimento da obrigação tributária no tempo previsto na legislação tributária. Se a lei não definir a taxa que servirá de base para o cálculo dos juros de mora, estes serão calculados à taxa de 1% ao mês, conforme prevê o § 1º, do art. 161, do CTN. Nesse sentido, o STJ já decidiu que a taxa SELIC é composta da taxa de juros e da correção monetária, não podendo, portanto, ser cumulada com outro índice de correção: "(...) A taxa SELIC é composta de taxa de juros e taxa de correção monetária, não podendo ser cumulada com qualquer outro índice de correção. (...)" (STJ, REsp 447.690/PR, Segunda Turma, Rel. Min Eliana Calmon, Julgamento em 05/06/2003) 2.1.2 ± Consulta tributária A consulta tributária é um procedimento administrativo com o objetivo de que o contribuinte satisfaça suas dúvidas relativas à legislação tributária. Vamos repetir novamente o texto do art. 161 do CTN, acrescido do seu § 2º: Art. 161: (...): Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 69 Nosso foco neste momento está em verificar como é feita a restituição dos tributos indiretos. Vamos recorrer, como sempre, ao CTN: Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. Percebe-se, portanto, que a restituição somente será feita em duas situações: x Se o contribuinte de direito comprovar ter assumido o encardo do tributo, isto é, não o ter transferido; x Se o contribuinte de fato autorizar expressamente o contribuinte de direito a receber a restituição. Em síntese, o contribuinte de direito (quem efetuou o recolhimento) deve comprovar que não houve transferência do ônus tributário a terceiro. Se houver transferido, que o contribuinte de fato o autorize a pleitear a restituição. Caso contrário, não haverá restituição. O entendimento do STF tem seguido essa linha, conforme fica demonstrado na seguinte súmula: Súmula STF 546 - Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo. Deve-se destacar também que o entendimento do STJ (REsp 903.394/AL) é no sentido de que o contribuinte de fato não possui legitimidade para pleitear a restituição do que foi pago indevidamente, no que se refere aos tributos indiretos. Somente o contribuinte de direito pode pleitear a restituição de tributo indireto. 2.1.6 ± Restituição de juros e multas Ao pleitear a restituição do tributo pago indevidamente, o sujeito passivo também possui direito à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e da multa moratória paga a maior. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 69 desde o recolhimento indevido, não podendo ser cumulada com qualquer outro índice de juros ou atualização monetária. 2.1.8 ± Prazo para pleitear a restituição Você se lembra quando estudamos o art. 165 do CTN? Naquele momento, eu havia dito que os incisos desse artigo se referem, basicamente, a duas situações distintas: restituição sem instauração de litígio (incisos I e II) e restituição com instauração de litígio (inciso III). Pois bem, a partir de agora, estudaremos os prazos para pleitear a restituição nas duas situações. O que você deve saber, de antemão, é que o prazo é sempre de 5 anos, variando apenas o termo inicial da contagem desse prazo. Os incisos I e II do art. 165 do CTN querem dizer a mesma coisa. Podemos dizer que se referem as mais diversas situações que levam o contribuinte a realizar o pagamento indevidamente, com exceção da hipótese prevista no inciso III do mesmo artigo, referente ao pagamento indevido realizado no curso de processo administrativo ou judicial. Seguindo o raciocínio esposado acima, o art. 168, I, determina que o prazo para pleitear a restituição nas hipóteses tratadas nos incisos I e II do art. 165 é de 5 anos, contados da data da extinção do crédito tributário. Uma observação deve ser feita neste ponto: na sistemática do lançamento de ofício e por declaração, o pagamento extingue de imediato o crédito tributário. Contudo, no lançamento por homologação, não é bem assim que acontece. Quando o tributo é lançado por homologação, o sujeito passivo tem o dever de efetuar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, de sorte que a extinção definitiva do crédito tributário só ocorre com a homologação. Como sabemos que o prazo que a autoridade possui para homologar é de 5 anos, e que muitas vezes a homologação ocorre tacitamente (automática, após o curso do prazo quinquenal), na prática, o sujeito passivo teria o prazo de 10 anos para pleitear a restituição. Explique-se melhor: se a autoridade administrativa deixar ocorrer a homologação tácita, a extinção definitiva do crédito tributário ocorre 5 anos após a data do fato gerador. A partir daí, inicia-se a contagem do prazo para o contribuinte pleitear a restituição. Foi com base nesse raciocínio que o STJ VXVWHQWRX�D�WHVH�GRV�³���´� Contudo, com o advento da LC 118/05, foi estabelecida a seguinte regra: Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 69 julgamento desse recurso, o sujeito passivo obteve anulação da decisão anterior, obtendo decisão favorável. É nesse momento que se inicia a contagem do prazo de 5 anos para pleitear a restituição. Por último, ressalte-se que a contagem do prazo limite para pleitear a restituição não é afetada se o tributo, ou melhor, a lei instituidora do tributo for declarada inconstitucional. Guarde isso! 2.1.9 - Prazo para anular decisão administrativa denegatória Após a realização do pagamento indevido, o sujeito passivo pode pleitear a restituição tanto no âmbito administrativo como no Judiciário. Em qualquer caso, o prazo é de 5 anos. Havendo opção pela via administrativa, tendo obtido decisão final desfavorável, o contribuinte tem o direito de acionar o Poder Judiciário, com vistas a anular a decisão administrativa que denegou a restituição do tributo pago indevidamente. Vejamos o que diz o art. 169 do CTN: Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feitaao representante judicial da Fazenda Pública interessada. Repare que o dispositivo cria um evidente privilégio ao Fisco, devedor da ação de restituição proposta pelo sujeito passivo: o prazo exíguo de 2 anos. O dispositivo também prescreve que ocorre a interrupção do prazo prescricional pelo início da ação judicial, que ocorre com a distribuição da ação. Ademais, em vez de devolver o prazo integralmente, como é típico do fenômeno da interrupção, optou-se por recomeçar o prazo da metade, a partir da data da intimação (ou citação) feita ao representante judicial da Fazenda Pública. Trata-se de mais um privilégio, que impede que o prazo de 2 anos seja estendido. Destaque-se que se o prazo for interrompido com 2 meses, por exemplo, o seu curso não será reiniciado pela metade, já que não se pode reduzir o prazo, para torná-lo inferior a 2 anos. No caso exemplificado, será reiniciada a contagem de mais 1 ano e 10 meses. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 69 A regra se refere à prescrição intercorrente, que ocorre caso o processo judicial não se conclua no prazo fixado. É claro que esse prazo só se exaure se o autor da ação (sujeito passivo) for o responsável pela paralisação do processo. Embora possa parecer complexo, saiba que, nas questões objetivas, o assunto costuma ser cobrado pela literalidade do art. 169, o que torna a resolução das questões muito simples. 2.2 - Compensação A essência da compensação ocorre quando duas pessoas são devedoras e credoras uma da outra, simultaneamente. Por exemplo: Sebastião deve ao Município de Salvador R$ 250,00, e este deve a Sebastião R$ 100,00. As dívidas podem ser extintas até o montante em que se compensarem. No exemplo citado, Sebastião continuará devendo à Fazenda Municipal o valor de R$ 150,00. Nesse sentido, o art. 170 do CTN estabelece o seguinte: Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. De início, cumpre-nos destacar que o art. 170 traz apenas as regras gerais acerca do instituto da compensação. Os detalhes devem ser estabelecidos na lei do ente federativo com o qual o contribuinte deseja realizar a compensação. Nesse ponto, vale frisar: a compensação somente se faz possível se houver lei autorizativa, estipulando quais os créditos que podem ser compensados. Não é suficiente a previsão no CTN para realizar a compensação. Cada ente federativo deve editar lei versando sobre a matéria. Dito isso, vamos entender o dispositivo! Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 69 2.4 - Remissão A remissão é conceituada como o perdão da dívida. Por se tratar de benefício fiscal, deve ser regulada em lei específica, conforme estabelece o art. 150, § 6º, da CF/88. Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. Observe que o art. 172 do CTN traz regras direcionadas ao legislador. Ou seja, ao editar a lei específica concessora da remissão, o legislador deve seguir as diretrizes estabelecidas na norma acima. Uma observação a ser feita é que não há conflito entre o que está previsto no art. 108, § 2º, do CTN, com o art. 172, IV. Quando estudamos as técnicas de integração, vimos que o aplicador da lei não pode utilizar da equidade como forma de dispensa do pagamento de tributo devido. Diferentemente disso, o art. 172, IV, permite que o legislador conceda remissão, considerando as características pessoais o materiais do caso, com base na equidade. Destaque-se que a remissão pode se referir ao perdão tanto de tributo como de multas, desde que já tenha sido constituído o crédito tributário. Se, por outro lado, ainda não tiver havido o lançamento, o benefício será concedido sob a forma de isenção (para tributos) ou anistia (para multas), hipóteses de exclusão do crédito tributário, que são estudadas em tópico próprio. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 69 Se o crédito tributário está constituído = Remissão (tributo ou multa) Se o crédito tributário não está constituído = Isenção (tributo) ou Anistia (multa) Por fim, vamos relembrar do mnemônico MARIPA. Aplicam-se as regras da moratória concedida em caráter individual (CTN, art. 155) à remissão, quando também estiver sendo concedida individualmente. Vamos, então, relembrar como funciona: você deve saber que a remissão individual não gera direito adquirido. Por isso, em alguns casos, basta que o sujeito passivo comprove que faz parte do rol daqueles alcançados pela remissão. De qualquer modo, não estando satisfeitos os requisitos ou as condições, a remissão é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o crédito tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que houve dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar ilicitamente da remissão, haverá, ainda, imposição de penalidade. Cabe ressaltar também que há outra consequência, em se tratando da revogação da remissão: a contagem do prazo de prescrição. Se houve dolo ou simulação, o tempo decorrido entre a concessão da remissão e sua revogação não é contado para fins de prescrição. Por outro lado, se não houve dolo ou simulação, a revogação da remissão só pode ocorrer antes de findar o prazo prescricional. 2.5 - Decadência Sabe-se que, com a ocorrência do fato gerador, surge a obrigação tributária. No entanto, a dívida somente se torna exigível com o lançamento, que é o procedimento administrativo que constitui o crédito tributário. O prazo decadencial é justamente o prazo que a autoridade administrativa possui para promover o lançamento. No fim do prazo decadencial, ocorre a decadência. Já o prazo prescricional é aquele que a Fazenda Pública possui, após o lançamento definitivo do tributo, para promover a ação de execução fiscal, com o objetivo de satisfazer o crédito tributário. No fim do prazo prescricional, ocorre a prescrição. Veja, então, que, antes do lançamento corre prazo decadencial, e após o lançamento, prazo prescricional. Pode-se dizer, a grosso modo, que o lançamento é marco que divide o prazo decadencial do prazo prescricional. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 69 Nesse ponto do nosso estudo, alguns detalhes devem ser frisados: x Tanto o prazo decadencial como o prescricional são de 5 anos (adistinção ocorre na fixação do termo inicial de contagem); x Tanto a decadência como a prescrição são causas de extinção do crédito tributário (art. 156, V). x O lançamento é o marco que divide o prazo decadencial do prazo prescricional. Conforme o entendimento da jurisprudência e da doutrina, extinto o crédito, seja pela decadência ou pela prescrição, não há qualquer direito da Fazenda Pública em receber o crédito. Portanto, se o contribuinte paga crédito prescrito ou decaído, faz jus à restituição. Deve-se destacar que, de acordo com o art. 146, III, b, da CF/88, cabe à lei complementar dispor sobre normas gerais em matéria de prescrição e decadência tributárias. Sendo assim, não poderia, por exemplo, uma lei ordinária estabelecer prazos diferentes do que foi previsto no CTN (norma recepcionada com status de lei complementar). Foi nessa linha que a Súmula Vinculante nº 8 do STF declarou inconstitucionais os dispositivos que previam prazo decadencial e prescricional de 10 anos, contrariando o disposto no CTN. Além desse conhecimento básico acerca do instituto da decadência, é necessário conhecer as diferentes formas de contagem do prazo de 5 anos. Vamos, a partir deste momento, estudar cada uma delas. 2.5.1 ± Regra geral de contagem A regra geral de contagem do prazo decadencial está prevista no art. 173, I, do CTN. De acordo com esse dispositivo, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário (decadência) extingue-se em 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Em tese, o lançamento pode ser efetuado logo após a ocorrência do fato gerador. Portanto, o início da contagem do lapso temporal de 5 anos ocorre no dia 1º de janeiro do ano seguinte em relação à data de ocorrência do fato gerador. A título de exemplo, imagine que o fato gerador de determinado tributo ocorra no dia 10 de janeiro de 2014. Nesse caso, o prazo decadencial começa a ser contado a partir de 01 de janeiro de 2015. A decadência, então, se consome no dia 01 de janeiro de 2020, exatamente 5 anos depois. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 69 É muito importante que você perceba que, muito embora o prazo seja de 5 anos, as regras de contagem podem fazer com que o prazo chegue praticamente aos 6 anos, se o fato gerador tiver ocorrido no dia 01 de janeiro, por exemplo. Cumpre-nos destacar que a regra geral não se aplica aos tributos lançados por homologação. A contagem do prazo decadencial nos tributos em que se aplica tal modalidade de lançamento recebeu tratamento específico, o qual será estudado mais adiante. O prazo decadencial possui regras específicas para os tributos lançados por homologação. 2.5.2 ± Regra da antecipação da contagem A regra da antecipação da contagem do prazo decadencial está prevista no par. único do art. 173, do CTN, que estabelece o seguinte: Art. 173 - (...): Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Nós vimos que a regra geral é que o prazo decadencial seja contado a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, correto? Ocorre que, se nesse intervalo (entre a data do fato gerador e o primeiro dia do exercício seguinte) a autoridade fiscal notificar o sujeito passivo de alguma medida indispensável ao lançamento, como o início de um procedimento de fiscalização, por exemplo, haverá antecipação da contagem do prazo decadencial para a data em que o sujeito passivo toma ciência do termo de início de fiscalização. Se a notificação do início de procedimento fiscal ocorrer DSyV�R�³SULPHLUR�GLD�GR�H[HUFtFLR�VHJXLQWH´��não haverá impacto sobre o curso do prazo decadencial. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 69 Estando o crédito tributário prescrito, ao fim do prazo quinquenal previsto no CTN, o que ocorre se a Fazenda Pública ainda assim executar o sujeito passivo? Neste caso, vale a Súmula 409 do STJ, cuja redação é a seguinte: ³(P� execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser GHFUHWDGD�GH�RItFLR��DUW�����������GR�&3&��´ Veja que a prescrição será decretada de ofício pelo juiz, e isso pode se dar mesmo sem a oitiva da Fazenda Pública, conforme demonstra a jurisprudência do STJ, na ementa do julgamento do REsp 733.286-RS. Por fim, vale lembrar que o art. 146, III, b, da CF/88, determina que cabe à lei complementar definir normas gerais acerca da decadência e prescrição tributária. Portanto, somente outra lei complementar poderia alterar os prazos ou criar outras regras e restrições. 2.6.1 ± Interrupção do prazo prescricional O legislador do CTN estabeleceu algumas situações que interrompem o prazo prescricional. Interromper significa que o prazo é integralmente GHYROYLGR��FRQWDGR�GR�³]HUR´�QRYDPHQWH� Vejamos, então, o que diz o art. 174 do CTN: Art. 174 - (...): Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I ± pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. São quatro hipóteses de interrupção do prazo prescricional. Nas três primeiras, a interrupção é consequência de ato judicial. Apenas a última se refere à possibilidade de o ato ser realizado na órbita administrativa (extrajudicial). Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 69 inciso anterior, está contido entre os atos judiciais que constituam em mora o devedor. Por último, quando o art. 174, IV, mencionou ato do devedor, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito, não quis dizer nada além da conhecida confissão de dívida, que pode ocorrer tanto na esfera administrativa como na judicial. Imagine que a autoridade administrativa tenha realizado o lançamento de algum tributo e notificou o devedor. Considere ainda que o contribuinte manteve-se inerte, ou seja, não pagou nem impugnou o lançamento dentro do prazo previsto na legislação do respectivo ente federativo. Ocorrida a constituição definitiva do crédito tributário, tem início o prazo prescricional, para que se promova a ação de execução fiscal. Passados dois anos, o devedor solicita à Fazenda o parcelamento de referido débito. Obviamente, o sujeito passivo está nesse momento reconhecendo que possui uma dívida com o Fisco. Interrompe-se, então, a prescrição, fazendo com que o Fisco tenha novamente 5 anos para promover a execução fiscal. São exemplos típicos de confissão de dívida: pedido de parcelamento e pedido de compensação de débito. Por fim, é importante ressaltar que a consulta administrativa não é modo de interrupção de prescrição. Guarde muito bem isso, pois esse é o entendimento do STJ (EDcl no REsp 87.840/BA). 2.6.2 ± Suspensão do prazo prescricional Distintamente do que ocorre com a interrupção da prescrição, na suspensão, o prazo deixa de ser contado, até que se encerre a situação o que suspendeu. Após esse evento, continua-se o curso do prazo prescricional do ponto onde havia parado. Ou seja, não há devolução integral do prazo, mas apenas suspensão temporária.O CTN não dispôs expressamente sobre a suspensão da prescrição, mas a doutrina e a jurisprudência reconhecem hipóteses de prescrição, previstas indiretamente no CTN, em decorrência da lógica de aplicação dos dispositivos ali prescritos. Em primeiro lugar, vamos nos lembrar das hipóteses de suspensão do crédito tributário. Vimos que o que se suspende não é o direito de lançar, mas Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 69 x Suspende-se o prazo prescricional enquanto o crédito tiver sua exigibilidade suspensa, nos termos do art. 151 (moratória, depósito do montante integral, reclamações e recursos administrativos, liminares ou tutelas antecipadas e parcelamento). x Suspende-se o prazo prescricional quando a moratória for concedida individualmente, em decorrência de artifício doloso, até que ocorra a revogação do benefício. Tal regra também se aplica aos seguintes benefícios fiscais: anistia, remissão, isenção e parcelamento. x Suspende-se o prazo prescricional com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta se der primeiro. x Suspende-se por até um ano o prazo prescricional, quando não for localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, no curso do processo de execução fiscal. 2.7 ± Consignação em pagamento A consignação em pagamento tem tudo a ver com a forma de extinção ³SDJDPHQWR´�� WDQWR�p�TXH�R�SUySULR�&71�D� LQFOXLX�GHQWUR�GD�VHomR�TXH�FXLGD� daquela modalidade de extinção do crédito tributário. A ação de consignação em pagamento é movida no âmbito do Poder Judiciário, com o objetivo de que o sujeito passivo exerça o seu direito de pagar e quitar a obrigação tributária, quando se encontra impedido pelo próprio credor. ³&RPR� DVVLP�� SURIHVVRU"´� e� LVVR� PHVPR� R� TXH� YRFr� RXYLX�� SRGH� acontecer, entre outras situações possíveis, de o credor recusar o pagamento do tributo, condicionando-o ao pagamento de outra obrigação. Vamos ver as hipóteses que foram previstas no art. 164 do CTN: Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. § 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 69 A extinção do crédito tributário não ocorre com a ação de consignação em pagamento, mas sim quando estiver julgada procedente. Por último, deve ser salientada a distinção entre o depósito do montante integral e a ação de consignação em pagamento. Embora haja depósito do sujeito passivo em ambos os casos, o depósito do montante integral se refere a um ato isolado do sujeito passivo, podendo ocorrer tanto na via administrativa quando na judicial, com o objetivo de suspender o crédito tributário. Por outro lado, a ação de consignação em pagamento consiste em um processo judicial, cujo objetivo é exercer o direito de pagar o crédito que tenha sido obstado pelo Fisco ou que tenha suscitado dúvida quanto ao real credor. Neste caso, o objetivo é pagar e extinguir o crédito. Na consignação, o sujeito passivo quer pagar. No depósito, o sujeito passivo quer discutir ou evitar o débito. 2.8 ± Pagamento antecipado e a posterior homologação Na sistemática do lançamento por homologação, como já foi diversas vezes explicado no nosso curso, o sujeito passivo paga o tributo sem prévio exame da autoridade administrativa. Após pelo pagamento do sujeito passivo, a autoridade administrativa possui determinado prazo para atestar a correção do procedimento e do valor recolhido, e só então homologa a atividade do contribuinte. Nessa esteira, pode-se dizer a extinção definitiva do crédito tributário, no que se refere aos tributos lançados por homologação, apenas ocorre com a homologação do lançamento, ato que, como regra, pode levar até 5 anos, contados do fato gerador. Note bem que, embora a extinção do crédito só se dê com a homologação do lançamento, para fins de definição do prazo inicial para pleitear a restituição, a LC 118/05 estabeleceu que é considerado extinto na data do pagamento. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 69 O crédito lançado por homologação não é extinto na data do lançamento! Considera-se extinto apenas para fins de contagem de prazo para restituição. 2.9 ± Conversão do depósito em renda Com o depósito do montante integral, exigido pela Fazenda Pública, o sujeito passivo suspende a exigibilidade do crédito tributário. Havendo decisão em favor da Fazenda Pública, ocorre a conversão do depósito em renda do vencedor da ação. Portanto, o crédito que anteriormente estava com a exigibilidade suspensa, com a decisão definitiva torna-se extinto. 2.10 ± Decisão administrativa final Ao ser notificado do lançamento contra ele efetuado, o sujeito passivo, como já foi visto, possui duas opções: pagar ou impugnar o lançamento. Ao impugnar administrativamente o lançamento, o sujeito passivo dá início ao processo administrativo fiscal, seguindo as normas específicas do ente federativo que detém a competência tributária do tributo objeto de discussão. Se a decisão final no âmbito administrativo for favorável ao sujeito passivo, o crédito tributário fica definitivamente extinto, com base no art. 156, IX. ³(�VH�D�GHFLVmR�ILQDO�IRU�GHVIDYRUiYHO��SURIHVVRU"´� Nesse caso, cabe ao contribuinte pagar o crédito tributário ou ajuizar ação judicial para discutir no Poder Judiciário a legitimidade do lançamento contra ele efetuado. 2.11± Decisão judicial transitada em julgado Dando continuidade ao que foi dito no tópico anterior, caso o contribuinte recorra ao Judiciário para discutir a procedência do lançamento, é a decisão transitada em julgado (contra a qual não cabe recurso) que determinará se o crédito tributário subsistirá ou não. Caso a decisão seja favorável ao sujeito passivo, tem-se por extinto o crédito tributário. Se, por outro lado, a decisão for em favor da Fazenda Pública, não haverá outra opção ao sujeito passivo, senão o pagamento. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 69 2.12 ± Dação em pagamento em bens imóveis A dação em pagamento é instituto do direito privado, regulado pelos arts. 356 a 359 do Código Civil. Trata-se dH�³SDJDPHQWR´�HIHWXDGR�SRU�PHLR�GD� entrega de bem ou direito que não seja moeda. Na seara do Direito Tributário, a dação em pagamento somente passou a ser prevista como modalidade de extinção do crédito tributário com advento da LC 104/2001 . Destacamos que a extinção só pode ser feita com bens imóveis. É muito comum as questões de prova armarem verdadeiras pegadinhas para fazer o aluno bem preparado tropeçar por descuido na rápida leitura da questão. Portanto, tome muito cuidado com isso. Repita-se: BENS IMÓVEIS. 0DV�FRPR� IXQFLRQD� LVVR"�2�FRQWULEXLQWH�SRGH�³VDLU´� WUDQVIHULQGR� LPyYHO� para a Fazenda, como forma de quitar a obrigação tributária? Não é bem assim! Para que seja feita a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento em bens imóveis é necessárioque cada ente federado edite lei autorizativa para disciplinar como será feita essa transferência e em que hipóteses pode ser feita. A dação em pagamento depende de lei autorizativa, editada por cada esfera do Estado. Há quem entenda que a previsão da dação em pagamento como forma de extinção do crédito tributário tenha promovido a derrogação (revogação parcial) do art. 3º do CTN, que disciplina que o tributo deve ser uma prestação ³HP�PRHGD´� O raciocínio esposado não merece prosperar, haja vista que o próprio DUW����GR�&71�SHUPLWH�TXH�R�WULEXWR�SRGH�VHU�SUHVWDomR�³HP�PRHGD�ou cujo valor nela se possa exprimir´�� &RP� EDVH� QLVVR�� HX� WH� SHUJXQWR�� Rs bens imóveis inegavelmente podem ser expressos em moeda. É evidente que sim. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 60 de 69 A distinção básica entre os institutos gira em torno da obrigação que está sendo excluída. Se a obrigação excluída se refere a um tributo, temos um caso de isenção; se a obrigação excluída se referir a uma multa, temos a anistia. Nesse ponto, é importante citar o § 6º, do art. 150, da CF/88: Art. 150 - (...): § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. Concessão de subsídio, isenção, redução de base de cálculo, crédito presumido, anistia ou remissão deve ser feita somente por lei específica. Daí, podemos concluir que se o Município deseja isentar certo contribuinte do pagamento do IPTU, deve editar lei específica, que regule exclusivamente sobre a isenção ou sobre o IPTU. O mesmo raciocínio deve ser aplicado aos tributos federais e estaduais e também às multas (anistia). Feitas tais observações passemos ao estudo isolado da isenção e da anistia. 3.1 - Isenção Como foi visto, a isenção é a dispensa legal do pagamento de tributo devido, sendo considerada uma decisão política. Portanto, a isenção é um típico benefício ou incentivo fiscal. Lembre-se sempre de que a lei que concede isenção deve sempre ser específica. De início, o CTN (art. 176, caput) assevera que a isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. O que nos chama atenção nesse momento é a isenção prevista em contrato. O que vem a ser isso? Trata-se dos casos em que o ente federado celebra contrato, com o intuito de conceder incentivos fiscais para atrair empresas para o seu território. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 62 de 69 Se cair em prova que a isenção nunca é extensiva aos tributos que ainda não foram instituídos, está errado! Em relação à isenção, assim como ocorre com os demais incentivos fiscais, esta pode ser concedida em caráter individual ou em caráter geral. A isenção concedida em caráter individual ocorre quando o benefício é restrito a determinadas pessoas, que preencham os requisitos estabelecidos pela lei. Dessa forma, para que as pessoas gozem da moratória, é necessário que comprovem à autoridade administrativa que estão entre aquelas às quais a lei restringiu. Fica, então, a isenção efetivada pelo despacho da autoridade (CTN, art. 179, caput). Exemplo: Isenção de IPI concedida aos deficientes físicos. Deve comprovar que é deficiente. A isenção concedida em caráter geral, por outro lado, ocorre quando a lei generaliza os sujeitos passivos que serão beneficiados. Não há, portanto, necessidade de comprovação, nem despacho individual por parte da autoridade administrativa. Exemplo: Isenção de IPTU a todos os moradores do Município de Vitória da Conquista. Alcança todos proprietários de imóveis urbanos, independentemente de qualquer comprovação. No que se refere à isenção concedida em caráter individual, quando se tratar de tributos lançados por período certo de tempo, o despacho que efetivou a isenção deve ser renovado antes da expiração de cada período. Se não o for, cessam os efeitos da isenção a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção (CTN, art. 179, § 1º). Nesse momento, é importante relembrar do mnemônico MARIPA. Aplicam-se as regras da moratória concedida em caráter individual (CTN, art. 155) à isenção, quando também estiver sendo concedida individualmente. Vamos, então, relembrar como funciona: você deve saber que a isenção individual não gera direito adquirido. Por isso, em alguns casos, basta que o sujeito passivo comprove que faz parte do rol daqueles alcançados pela isenção. Em outros, no entanto, o sujeito passivo pode ter que comprovar que continua sendo alcançado pela lei, ou seja, continua isento. De qualquer modo, não estando satisfeitos os requisitos ou as condições, a isenção é revogada, ficando o sujeito passivo obrigado a pagar o Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 63 de 69 crédito tributário acrescido de juros de mora. Caso seja constatado que houve dolo ou simulação do beneficiado ou de terceiro para se beneficiar ilicitamente da isenção, haverá, ainda, imposição de penalidade. Cabe ressaltar também que há outra consequência, em se tratando da revogação da isenção: a contagem do prazo de prescrição. Se houve dolo ou simulação, o tempo decorrido entre a concessão da isenção e sua revogação não é contado para fins de prescrição. Por outro lado, se não houve dolo ou simulação, a revogação da isenção só pode ocorrer antes de findar o prazo prescricional. Por fim, vamos entender o que diz a texto do art. 178 do CTN, abaixo citado: Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. Nós vimos que a isenção decorre de opção política. Portanto, as isenções possuem caráter precário, permitindo que, a qualquer tempo, novas leis venham revogar as isenções anteriormente concedidas. Essa é a regra: precariedade. No entanto, as denominadas isenções onerosas não podem ser livremente suprimidas. As isenções onerosas são aquelas concedidas com prazo certo e em função de determinadas condições. As isenções possuem prazo certo quando a lei concessiva estabelece um período para fruição do benefício fiscal ( 5 anos, por exemplo). As isenções são concedidas em função de determinadas condições quando se exige do contribuinte uma contraprestação, como condição para que goze do incentivo fiscal (construção de uma escola, por exemplo). Nesse sentido, quem cumpre com as determinações da lei para gozar da isenção, possui direito adquirido ao benefício, ainda que a lei concessória venha a ser revogada. É nessa linha que o STF entendeu, ao editar a Súmula 544: Súmula STF 544 - Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas. Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 65 de 69 Da mesma forma que a isenção, o CTN também previu que a anistia pode ser concedida em caráter geral ou individual: Art. 181. A anistia pode ser concedida: I- em caráter geral; II - limitadamente: a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. Dessa forma, é possível que a anistia se restrinja às infrações relativas a GHWHUPLQDGR�WULEXWR��DOtQHD�³D´���FRPR�R�LPSRVWR�GH�UHQGD��7DPEpP�SRGHPRV� ter perdão de infrações até certo montante �DOtQHD� ³E´��� DFLPD� GR� TXDO� RV� infratores continuam obrigados a pagar. A anistia pode se limitar a determinada região do território do ente WULEXWDQWH� �DOtQHD�³F´��RX�PHVPR�ILFDU�FRQGLFLRQDGD�DR�SDJDPHQWR�GR� WULEXWR� dentro do prazo estabelecido pela lei ou pela autoridade administrativa se a ela D�OHL�DWULEXLU�WDO�GHYHU��DOtQHD�³G´�� Ainda no que concerne à anistia concedida individualmente, lembre-se que, da mesma forma como ocorre com a isenção, o perdão é concedido por meio de despacho da autoridade administrativa, devendo o interessado comprovar que preenche as condições legais, formulando o requerimento (CTN, art. 182). Lembra-se do mnemônico MARIPA? À anistia concedida individualmente aplicam-se as regras relativas à moratória (art. 155), quando concedida de forma semelhante. Vamos, novamente, relembrar? Volte ao art. 155 e faça nova leitura, adaptando, é claro, o texto à anistia. DICA DE PROVA: Para acertar as questões que cobram hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário, o mais simples é memorizar as modalidades de suspensão (MORDER e LIMPAR) e as de Direito Tributário para XXIII Exame da OAB Curso de Teoria e Questões Prof. Fábio Dutra- Aula 09 Prof. Fábio Dutra www.estrategiaconcursos.com.br Página 68 de 69 Alternativa B: Como se trata de isenção onerosa (por determinado período e em função de determinadas condições), o art. 178 impede que seja revogada ou modificada. Alternativa errada. Alternativa C: A isenção deve ser concedida mediante lei específica, conforme determina o art. 150, § 6º, da CF/88. Alternativa errada. Alternativa D: Conforme preceitua o art. 175, par. único, do CTN, a isenção não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. Alternativa correta. Gabarito: Letra D Chegamos ao final de mais uma aula! Um abraço e até a próxima! Prof. Fábio Dutra Email: fabiodutra08@gmail.com Facebook: http://www.facebook.com/ProfFabioDutra
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