Estatuto Criança e Adolescente

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ECA 
 
Lei 8.069/90 
Parte Criminal 
 Diz-se respeito a: 
1. Crimes contra criança ou adolescentes 
2. Infrações administrativas 
3. Ato infracional 
 
 Crimes contra criança ou adolescente 
o Estes crimes vão do art. 225 ao 244-B. 
o Todos os crimes do ECA são de Ação Penal Pública incondicionada 
(art. 227). 
 
 Crime de Corrupção – art. 244-B: 
o Ex.: Caso Champinha (menor) – seqüestrou um menino e uma 
menina. Matou o menino, e estuprou a menina. O Criminoso não 
responde por corrupção, neste caso, pois, ele já estava corrompido. 
o Art. 244: Vender ou fornecer a criança ou adolescente fogos de 
estampido ou de artifício. 
Ex.: O pai pode cometer este crime no momento em que compra e 
entrega ao fi lho esta bombinha. 
o Art. 235: Descumprir injustificadamente prazo fixado na lei em 
beneficio de adolescente privado de liberdade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ex.: Prazo de internação é de 45 dias. Se o Juiz deixar o menor mais de 
45 dias, injustificadamente, ele pratica este crime. 
Obs.:O ECA revoga neste ponto a Lei de Abuso de Autoridade. 
 
Pornografia infantil – Art. 241ss 
 Conceito de Cena de Sexo (Art. 241-E): Compreende qualquer situação 
que envolva criança ou adolescente em atividade sexual explicita, real ou 
simulada, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança para fins 
primordialmente sexuais. 
Obs.: O grande equivoco da lei foi que se a adolescente estiver mostrando 
apenas o peito não configura, pois diz “órgãos genitais”. 
Art. 241-B – Possuir, adquirir, ou armazenar por qualquer meio foto, vídeo ou 
registro de cena de sexo explicito ou pornográfico. 
Art. 241-D – Crime do MSN: Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por 
qualquer meio de comunicação criança com fins de praticar ato libidinoso. 
Obs.: Não se aplica ao adolescentes. 
 
 
Infrações Administrativas 
 Arts. 245 a 258-B 
 Art. 247: Divulgar o nome completo do adolescente envolvido com ato 
infracional. A maior parte das infrações administrativas tem por pena a 
multa. 
 Art. 250: hospedar criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou 
responsável ou sem autorização escrita deles ou judiciária, em hotel, 
pensão, motel ou congênere. A sanção dela é multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 O Parágrafo primeiro diz que em caso de reincidência, sem prejuízo da 
multa, a autoridade determinara o fechamento do estabelecimento por 15 
dias. 
 Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 dias, o 
estabelecimento será definitivamente fechado. 
 Art. 254: Transmitir, através de radio ou televisão espetáculo em horário 
diverso do autorizado ou sem aviso de sua classificação. 
Obs.: A internet não entrou. 
 
 
Ato Infracional 
 Sistema de apuração de responsabilidade juvenil: Premissa (art. 2º) 
a. Criança: Até 12 anos incompletos. Não recebe medida 
socioeducativa. Somente recebe medida de proteção (art. 98) 
b. Adolescente: De 12 até 18 anos. Se tiver 18 anos, para fins penais 
comete crime. 
ATENÇÃO: O ECA pode ser aplicado ao maior de 18 e menor de 21 anos, em 
caráter excepcional, devendo haver expressa previsão legal. Somente 2 medidas 
podem ser aplicadas: 
a. Semi liberdade; 
b. Internação. 
 
 Obrigação de Reparar o dano – art. 116: não pensar apenas em dinheiro 
neste artigo. Ex: pichador de muro pode ser internado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Prestação de serviços a comunidade – art. 117: Não é trabalho forçado. 
Pois este é proibido. A Prestação máxima de 6 meses, por 8 horas 
semanais, preferencialmente aos sábados, domingos e feriados 
 Liberdade assistida – art. 118 e 119: prazo mínimo de 6 meses. 
 Semi-liberdade – art. 120: Pode ser utilizado como forma de progressão. 
 Internação – art. 121 ao 125: 
o Provisória: Prazo de 45 dias. 
o Definitiva: a partir da sentença. E não tem prazo determinado. 
Atenção: O cabimento (art. 122) está pautado no principio da brevidade 
e excepcionalidade. Dever ser por tempo curto e de maneira 
excepcional, quando: 
Se tratar de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou 
violência à pessoa: Prazo máximo de 3 anos, e é reavaliadas no 
máximo a cada 6 meses. 
Por reiteração no cometimento de outras infrações graves: Prazo 
máximo de 3 anos, e é reavaliadas no máximo a cada 6 meses. 
Por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente 
imposta (Sumula 265, STJ). Para isto é necessário a oitiva do menor 
infrator antes de decretar a regressão: Prazo máximo é de 3 meses. 
Obs.: Ler art. 124 do ECA (direitos do adolescente internado). 
 
Procedimento para Apuração de Ato Infracional – art. 171 a 190 
 Apreensão do adolescente em flagrante – art. 172 e 173  Encaminhado 
ao MP (art. 174 e 175)  Vai para o Promotor que pode: 
a. Arquivar; 
b. conceder remissão; 
c. Representar (art. 182) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Juiz recebe, quando representado  Audiência de apresentação* (art. 186) 
 Defesa prévia em 3 dias (art. 186, §3) Audiência em continuação (art. 
186, §4)  Sentença  Apelação em 10 dias(art. 198) – não tem efeito 
suspensivo. 
* Sumula 342, STJ. 
 
 
Princípios 
1. Proteção Integral: Toda criança e adolescente merecem integral proteção 
independentemente de estarem em situação de risco 
2. Prioridade Absoluta – art. 227, CR e art. 4º: 
a. Direito do “TITANIC” (crianças e mulheres se salvam primeiro) 
b. O governo deve pensar e executar políticas publicas 
preferencialmente na área da infância e da juventude. 
 
 
Conceito Criança e adolescente 
 Art. 2º do ECA criança é a pessoa com ate 12 anos incompletos, quem tem 
12 anos é adolescente. Pode aplicar o ECA em maiores de 18 e menores 
de 21 anos. 
ATENCAO: Garante a proteção ao jovem - E.C. 45, art. 227 da CF. 
 
 
Direitos Fundamentais 
 Direito à vida e à saúde – art. 8º e 10, §2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a. I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de 
prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; 
b. II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão 
plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de 
outras formas normatizadas pela autoridade administrativa 
competente; 
c. III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de 
anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar 
orientação aos pais; 
d. IV - fornecer declaração de nascimento onde constem 
necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento 
do neonato; 
e. V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a 
permanência junto à mãe. 
OBS: Insere-se na garantia do direito à vida e à saúde a 
comunicação obrigatória da suspeita de maus tratos – art. 13. 
 Direito à Liberdade – art. 16: 
a) I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, 
ressalvadas as restrições legais; 
b) II - opinião e expressão; 
c) III - crença e culto religioso; 
d) IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; 
e) V - participar da vida familiare comunitária, sem discriminação; 
f) VI - participar da vida política, na forma da lei; 
g) VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estado de Filiação 
 É um direito personalíssimo, imprescritível e indisponível. 
 Formas de Reconhecimento de Paternidade 
1. Voluntário 
2. Escrito 
a. Público 
b. Particular 
3. Ação judicial de investigação de paternidade: há presunção de 
paternidade caso o pai falte no procedimento de DNA. 
4. Procedimento administrativo de reconhecimento de paternidade (lei 
8.560/92): se o pai faltar não há nenhuma penalidade. 
Obs.: O reconhecimento é irretratável 
Atenção: O reconhecimento do filho morto somente poderá ser feito se 
este filho deixou descendentes. 
 No procedimento o pai pode: 
a. Reconhecer: Se o pai reconhece o filho ele não pode mais voltar atrás 
(ação negatória). Se for enganado, ele poderá promover ação negatória 
de paternidade. 
b. Pedir DNA 
 
 
Família – art. 25 
 Existem 3 tipos: 
1. Natural – art. 25, caput; 
2. Extensa/ampliada – art. 25, parágrafo único: aquela que se estende 
para alem da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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parentes próximos. Tem que haver parentes próximos, convivência, 
afinidade e afetividade. 
3. Substituta – art. 28: 
a. Consentimento do menor/adolescente 
b. Previsto no art. 28, §1 e 2º. 
c. Para maiores de 12 anos é necessário o consentimento. 
d. Para menores de 12 anos – devem ser ouvidos, sempre que 
possível. 
e. Irmãos = Devem ser adotados preferencialmente juntos. 
f. Quilombolas e índios - art. 28, §6º 
 
 Exceção: 
o Guarda – artigos. 33 a 35: Em regra os pais biológicos não perdem 
contato com a criança ou adolescente. A guarda confere direitos 
previdenciários (art. 33, §3º). 
o Tutela: 
o Adoção – artigos 39 a 52: irrevogável. Para o estrangeiro, a única 
forma é a adoção. 
 
 Vedações 
a. Não pode se adotar por procuração. 
b. Irmãos não podem se adotar 
c. Ascendente não pode adotar 
Obs.: O tutor somente pode adotar o pupilo após prestar contas da tutela. 
 
 Idade Mínima do adotante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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o A idade mínima para se adotar é 18 anos. 
o Deve haver 16 anos, no mínimo, entre adotante e adotado. 
 
 Consentimento dos pais biológicos 
 
o Deve haver o consentimento dos pais biológicos. E estes podem 
reconsiderar o consentimento até a publicação da sentença. 
o Não vai precisar de consentimento se perdeu o poder familiar ou se 
não souber quem não é. 
 
 Modalidades de Adoção 
o Adoção conjunta somente por pessoas casadas ou que vivam em 
união estável. 
a. Casais que vivam em união estável homoafetiva: O ECA não 
menciona. Mas o STJ entende que pode. 
b. Adoção Unilateral: Um cônjuge adota o filho do outro (Padrasto 
adota a enteada, p.ex.). 
c. Adoção internacional: Considera-se adoção internacional aquela 
na qual a pessoa ou casal postulante é residente ou domiciliada 
fora do Brasil. 
Ex.: Gisele e Tom Brad (vivem nos USA). 
 
 Registro – art. 47 
o Pode haver mudança do prenome. E é indispensável o 
consentimento se a criança for maior de 12 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Origem Biológica – art. 48 
o O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao 
adotado menor de 18 anos, a seu pedido, assegurada orientação 
psicológica. 
 
 Estagio de Convivência – art. 46 
o A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou 
adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar. 
o Não existe prazo mínimo no caso de adoção nacional. Quando for 
internacional, o prazo mínimo é de 30 dias. 
o A simples guarda não autoriza a dispensa do estágio de convivência. 
 
 Autorização para Viajar 
o Viagem Nacional – art. 83: O adolescente não precisa de 
autorização, somente a criança. As exceções em que a criança não 
precisa está no art. 83. 
o Viagem Internacional – art. 84 
 
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PONTOS FUNDAMENTAIS 
 
 Adoção = diferença de no mínimo 16 anos entre adotado a adotante. 
 Ler artigos da LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. No que se refere a: 
o Guarda = artigos 33 / 35. 
o Tutela = artigos 36 / 38. 
o Adoção = artigos 39 / 52. 
o Medida preventiva 
o Medida Sócio educativa = 112 / 125. 
 Ler artigos = 16; 80; 81; 83; 84; 112; 121; 171; 189. 
 Prestação de serviço a comunidade = no máximo de 6 seis meses dentro 
de 8 oito horas semanais. 
 Liberdade assistida = mínimo de 6 seis meses. 
 Internação: (art. 121 / 125) 
o Em regra de no máximo 3 três anos, sem prazo determinado, sendo 
esta revista em no máximo a cada 6 seis meses, exceção art. 122 III 
+ p. 1º, sendo este de no máximo 3 três meses. 
o A internação antes da sentença pode ser determinada pelo prazo 
máximo de 45 quarenta e cinco dias.