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Cultura da Pereira (Pyrus communis) Docente: Sandro Bezerra Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco Discentes: Diego Moura de A. Oliveira Maria J. Alves de Moura; Nayara Rose da C. Lopes. Victor Hugo de F. Guedes Vitória de S. Antão 2017 INTRODUÇÃO Família: Rosaceae. Gênero: Pyrus L. ALGUNS BENEFÍCIOS DA PÊRA Imunidade Previne doenças cardiovasculares Antioxidantes Energia INTRODUÇÃO Pyrus communis L., a Pyrus pyrifolia (Burm) Nak. e a híbrida. 20 espécies Brasil Importantes Oriental, asiática ou japonesa, textura crocante e sucosa com sabor peculiar, mas sem muito aroma. Pêra européia textura cremosa e sucosa com insuperável delicadeza de sabor e aroma. Temperaturas abaixo de 7,2 ° C Conhecida PR, e SC. e RS PR, SC. e RS, para algumas regiões da fronteira gaúcha e para a região de Curitiba, dentre outras INTRODUÇÃO A híbrida frutos firmes, com característica entre manteigosa e crocante, se adaptar melhor ao clima de inverno ameno do Brasil, além de ser mais rústica tem menor exigência em frio de 200 h a 400 h. RS e SP Principais diferenças entre pereiras europeias e asiáticas Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/pera/arvore/CONT000gjr2dp4r02wx5ok06wjwcxhmzj83v.html CLIMA Secos, frios no inverno, mas com boa soma de horas de calor no verão Cultivares européias Para boa quebra de dormência na primavera Cultivares asiáticas e as híbridas Variada gama de temperaturas e condições climáticas Geadas tardias podem comprometer as gemas, as flores e as frutas recém-formadas. + 900 horas de frio hibernal 200 a 800 horas de frio hibernal - tolerantes a baixas temperaturas primaveris. -1,7 ºC danificam os estigmas Luz no interior da planta é importante para formação de gemas florais -3,5 °C danificar as gemas Temperaturas Cultivares Européias 3 a 5 meses de armazenagem Packham´s Triumph Origem australiana Planta vigorosa e semi expansiva Polpa creme, muito firme, fina, suculenta, doce É suscetível à entomosporiose e à sarna Muito produtiva Fruta de tamanho médio a grande Epiderme delgada de cor amarelo-esverdeada Russeting média Aroma moderado e muito boa qualidade Cultivares Européias Polpa é branca, fina, firme, manteigosa, aromática William´s (=Bartlett) Origem Inglaterra Consumo in natura quanto para industrialização. Tamanho e vigor médios, de crescimento ereto Floresce em meados de outubro 3 a 4 meses armazenada em câmara fria. Epiderme delicada, delgada, lisa e de ótima qualidade. Moderadamente resistente à entomosporiose Produz frutas de tamanho médio a grande Cultivares Européias Red Bartlett –Mutação da ‘Bartlett’ Rocha Cultivares Asiáticas Polpa é branca, crocante, suculenta Nijisseiki Mais popular da cultivar japonesa Vigor médio em condições de pouco frio hibernal. Produtiva, de hábito ereto Fruta de tamanho médio a grande, de forma redondo-oblata Boa resistência à entomosporiose e à sarna. Baixo a médio teor de açúcar , boa qualidade Cultivares Asiáticas Ya-Li Origem chinesa Origem japonesa Housui Cultivares Híbridas A fruta é grande, de forma oblonga Triunfo Instituto Agronômico de Campinas Planta é vigorosa Produtiva e de rápido crescimento Polpa é firme, granulada, de sabor doce acidulado e de qualidade regular Película espessa, de cor verde, com pontuações Cultivares Híbridas Cascatense Lançada pela Embrapa Clima Temperado Suscetível à entomosporiose Vigor médio, produtiva, semi-aberta Fruta é piriforme, de tamanho médio Polpa é branca, de textura parcialmente manteigosa, suculenta Epiderme fina, coloração amarelo-esverdeada Aroma leve e de bom sabor Cultivares Híbridas Le Conte Obtidas nos Estados Unidos Carrick Cultivares Híbridas Kieffer Originada nos Estados Unidos POLINIZAÇÃO Testadas em cada local, pois o período de floração de cada cultivar depende muito de sua exigência em frio hibernal e do clima. Polinização cruzada Cultivar para a frutificação efetiva necessita Frutas sem sementes quando autopolinizadas Algumas produz partenocarpicamente produzem Produtividade e o tamanho das frutas são maiores quando polinizadoras são fornecidas. Polinizadoras são cultivares que florescem no mesmo período e produzem polens viáveis em quantidade e compatíveis com a cultivar a ser polinizada Cultivares e as respectivas polinizadoras em condições edafoclimáticas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. SOLO, CALAGEM E ADUBAÇÃO SOLO, CALAGEM E ADUBAÇÃO Fósforo e potássio pode ser feita no período de dormência das plantas Adubação de pré-plantio Disponibilidade de nutrientes no solo para níveis compatíveis com a necessidade da cultura Adubação de manutenção Formulações simples e solúveis como uréia, superfosfato triplo ou simples e cloreto de potássio A reposição deve ser baseada nas análises do solo e foliar Aplicação total da adubação anual Recomenda-se aplicação da matéria orgânica 30 dias antes da brotação. PLANTIO As mudas devem ser plantadas em covas, tomando cuidado para que o ponto de enxertia fique a cerca de 10 cm acima do solo para evitar enraizamento da copa Plantio : junho a setembro Irrigar logo após o plantio Em regiões de baixo acúmulo de frio, coloca-se as mudas em câmara fria, por 30 a 45 dias, à temperatura de 2 ºC a 6 ºC, para melhorar a brotação das gemas laterais Índice de pegamento elevado O espaçamento varia de 4,5 m a 6 m entre filas e de 1,5 m a 3 m entre plantas Atualmente, são usados plantios de alta densidade PODA E CONDUÇÃO Formação do líder central até o quarto ano Existem dois tipos de poda: de formação e de frutificação. Realizada nos primeiros dois anos após o plantio No Brasil, a forma de líder central com seleção de 4 a 6 ramos laterais. As brotações nos primeiros 50 cm a partir do nível do solo devem ser eliminadas Formação Preparar a planta para a obtenção da maior produção possível, com qualidade PODA E CONDUÇÃO Os ramos em excesso devem ser eliminados, assim como os mal colocados, e que provocar sombreamento ou dificultando a penetração dos tratamentos fitossanitários. Quando as mudas iniciam a brotação, elas devem ser despontadas. Poda e a condução 3° e 4° ano O sistema de condução das cultivares asiáticas pode ser feito em latada PODA E CONDUÇÃO Faz a renovação dos órgãos de frutificação e retirar os ramos em posição vertical que causam sombreamento Como medida complementar à poda, recomenda-se o arqueamento dos ramos para induzir a formação de gemas florais e controlar o crescimento vegetativo. Poda de frutificação Planta em equilíbrio entre os crescimentos vegetativo e produtivo Evitar a retirada excessiva de ramos QUEBRA DE DORMÊNCIA As pereiras européias geralmente são de alta exigência em frio, como a ‘Packham´s Triumph’. Em regiões com frio insuficiente para induzir uma boa brotação das gemas Uso de produtos químicos A época de aplicação ocorre no inicio do inchamento das gemas Óleo mineral e a cianamida hidrogenada (dormex) Utilizados comercialmente em seu cultivo. IRRIGAÇÃO Pereira pode suportar períodos de redução hídrica durante a fase de crescimento vegetativo sem sofrer prejuízos, mas a falta de água perto do fim do florescimento e durante o crescimento rápido da fruta pode reduzir tanto o tamanho da fruta quanto a produtividade. Tensiômetro. Gotejamento e Microaspersão Formas de manejo da água mais práticas e mais recomendadas Tanque classe A Métodos de irrigação DOENÇAS FÚNGICAS Entomosporiose Diplocarpon mespili (Soruer) Sutton Fabraea maculata (Lév.) Atk Ataca folhas, ramos e frutos Provoca o desfolhamento Lesões que forma áreas de tecido morto. Desidratar os frutos DOENÇAS FÚNGICAS Sarna Venturria pirina Aderh e Venturia naschicola Tanaka & Yamamota Coloração das lesões nos frutos é semelhante à das folhasProvoca lesões circulares Visíveis na face inferior de coloração verde-oliva, aveludadas Frutos pequenos muito atacados acabam rachando CONTROLE DOEÇAS FÚNGICAS O controle deve ser iniciado durante a fase de repouso, no final do inverno, com fungicidas à base de cobre Após a brotação, durante a fase de crescimento vegetativo, recomenda-se o uso intercalado de fungicidas para evitar que a doença desenvolva algum tipo de resistência a eles DOENÇAS POR NEMATÓIDES + 100 espécies de nematóides foram relatados em pereira Pratylenchus spp. Tylenchulus semipenetrans Meloidogyne spp. Longidorus macrosoma Evidências de Parasitismo Transmissão de viroses VIROSES Pear Stony Pit Virus- PSPV Virose de maior importância na cultura. Em cultivares sensíveis os sintomas inicia nos frutos são áreas verde-escuras, nas folhas aparece áreas cloróticas estreitas. Pear Ring Pattern Mosaic Virus- `PRPMV Sintomas anéis e linhas verde-claras e os frutos apresentam anéis esverdeados na época de maturação. Pear Vein Yellow Virus- PVYV Sintomas consistem em pequenas aéreas amarelo-claras junto as nervuras PRAGAS Cochonila- São-José Quadraspidiotus perniciosus Deformações, fendas ou a queda de frutos Considerada praga quarentenárias pelas maioria dos países importadores da fruta Danos diretos Danos indireto Remoção da seiva Dispêndio de energia Manchas vermelhas e permanentes em torno da cochonilha PRAGAS Os adultos da grafolita são mariposas pequenas de cor cinza-escura e com distintas manchas escuras nas asas No fruto penetram próximo à cavidade peduncular Grafolita O dano nos ramos só é significativo em plantas jovens (1 a 2 anos) Excrementos PRAGAS Cor amarelada, sendo o corpo amarelo mais escuro e as asas, transparentes, com manchas escuras. A larva, ao se alimentar da polpa do fruto, forma galerias, que se transformam em uma área úmida, em decomposição, de cor marrom. Mosca-das-frutas PRAGAS face inferior da folha, predominantemente junto à nervura central. Ácaro De cor vermelho escura, com pernas mais claras e longas, tem cerdas abundantes no dorso do corpo Removem os tecidos superficiais da folha, provocando o amarelecimento ao longo da nervura central e lateralmente COLHEITA Indicadores de maturação Estádio de maturação ideal As europeias não desenvolvem boa qualidade quando mantidas na planta até o completo amadurecimento As asiáticas são colhidas maduras e podem ser destinadas imediatamente ao consumo A colheita manualmente Redução na firmeza de polpa e no teor de amido, o aumento no teor de sólidos solúveis e a mudança na coloração da casca, de verde para verde-clara entre outros. COLHEITA Material utilizado na colheita Sacolas de lona com aro metálico Caixa de colheita e bins Escadas Transporte (Pomar – packing-house) Packing-House • Amostragem para avaliação da qualidade. • Recepção. • Seleção. • Classificação. • Embalagem. As principais operações realizadas em uma unidade de beneficiamento de pêras são: EMBALAGEM Instrução Normativa Conjunta Sarc / Anvisa / Inmetro nº 009 de 12/12/2002 Deve permitir o empilhamento em paletes 1m X 1,2m –retornáveis ou não As embalagens Caixas de madeira ou papelão de 10 kg Caixas de madeira ou papelão de 10 kg (PRÉ)-RESFRIAMENTO RÁPIDO Procedimento usado para remoção do calor do campo após a colheitas dos frutos, permitindo que a fruta atinja logo a temperatura definitiva de armazenamento. O tempo entre a colheita e o resfriamento não deve ser superior a 12 horas. Hidroresfriamento Resfriamento por ar frio forçado Métodos Resfriar os frutos com água fria, entre 0,5 °C e 1°C, mediante imersão ou duchas Produzir diferenças de pressão, originando corrente de que circular através dos paletes ou caixas 41 ARMAZENAMENTO Refrigerado Aumenta o período de vida útil. - 0,5 à -1,5 ºC Pêra européia Pêra asiática 0,5 à 1 ºC TRANSPORTE Terrestre Marítimo FISIOPATIAS E DANOS Alterações de caráter não parasitário alterando seu comportamento normal na maturação; Escaldadura Sintomas Externos Superficial Senescente Escurecimento apical Dano mecânico Fitotoxidades FISIOPATIAS E DANOS Sintomas Internos Desintegração da polpa Degradação pontiforme da polpa Sintomas é o escurecimento e abrandamento dos tecidos ao redor do coração da pêra ou desintegração da polpa Sintomas Internos e Externos Amadurecimento prematuro Congelamento Deficiência de Boro Vistriscença DOENÇAS PÓS-COLHEITA Podridão mole Rbyzopus stolonifer Mofo Azul Penicillium expansum Podridão por alternaria Alternaria spp. Obrigada (o) !! Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco Vitória de S. Antão 2017
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