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A madeira pode ser utilizada em vários elementos da construção civil podendo ser dividida em dois tipos de uso

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A madeira pode ser utilizada em vários elementos da construção civil podendo ser dividida em dois tipos de uso, para materiais secundários e primários.
O secundário é o uso da madeira pra ajudar em alguma outra finalidade. Por exemplo, na confecção da forma onde será lançado o concreto, pode ser usada como andaime, como escoras ou construções provisórias.
O primários é o uso da madeira em si como elemento estrutural, de vedação, acabamento ou esquadria.
Como existe várias espécies de madeira, a aplicação dela chega a ser quase ilimitada, pois com essa grande variedade existe madeiras de diferentes cores, resistência e textura.
As vantagens da madeira:
É obtida por um preço relativamente baixo
As reservas são renováveis, se a extração for feita com responsabilidade
Não é necessário material sofisticado para se trabalhar com ela
É um material que consegue resistir tanto a esforços de tração como a de compressão
Resiste excepcionalmente a esforços dinâmicos: sua resistência permite receber impactos que quebrariam outros materiais
É um bom isolante termo-acústico
As desvantagens da madeira:
É um material que por ser heterogêneo possui falhas no seu interior
É vulnerável a agentes externos e sua durabilidade, quando desprotegido, é limitada
É combustível
É muito sensível aos agentes atmosféricos, aumentando ou diminuindo de dimensões com as variações de umidade 
Possui limitação dimensional
Das propriedades da madeira temos:
Organolépiticas: propriedades capazes de impressionar os sentidos humanos
As propriedades físicas:
Massa específica – à medida que aumenta, elevam-se a resistência mecânica e a durabilidade, no contrário diminuem a permeabilidade à soluções preservastes. 
Umidade – a anatomia do xilema influencia no teor de água. Pode estar preenchendo vazios, sendo água livre ou de capilaridade. Num processo de secagem a saída de água se dá primeiro dos vazios celulares e dos vazios intercelulares e, em segundo lugar, das paredes celulares. 
Retratibilidade: é o fenômeno da redução das dimensões e do volume em função da perda das moléculas de água da parede celular. Ocorre diferentemente nas três direções (RTANG > RRAD > RAXIAL). Inchamento é o nome que se dá ao processo inverso à retração. Pode ocorrer defeitos de secagem devido às diferenças entre as retrações nas 3 direções, quando ocorre a secagem da madeira, esta pode apresentar rachaduras, empenamentos. 
Condutividade sonora: a propagação das ondas sonoras é reduzida ao entrar em choques com a superfície de madeira. Ou seja, tem uma boa capacidade de absorção do som, fazendo com que a madeira seja utilizada como material de revestimento. 
Isolamento elétrico: a madeira seca é isolante elétrica, sendo utilizada em cabos de ferramentas, por exemplo. 
Resistência ao Fogo: peças com espessura superior a 25mm são consumidas mais lentamente pelo fogo. Com espessura 50mm podem ser consideradas mais seguras que peças de aço. Com espessura abaixo de 20mm tornam-se elementos de alimento para incêndio. 
Condutividade térmica – devido a organização estrutural do tecido, que retém volumes de ar em seu interior, impede a transmissão de ondas de calor ou frio. 
A condutividade térmica depende do peso específico e teor de umidade. Quanto mais alto o peso específico e a umidade, maior será a capacidade da madeira de conduzir calor. 
Madeira seca e com umidade constante apresenta melhor desempenho como isolante. 
A propagação do calor na madeira é maior no sentido paralelo às fibras e menor no sentido perpendicular. 
Os coeficientes Condutividade Térmica K e Resistência Térmica R da madeira é superior a diversos materiais, na tabela a seguir mostraremos alguns tipos de materiais e seus respectivos coeficientes:
	Material 
	K 
	R 
	Tijolo 
	4,5 
	0,22 
	Concreto 
	7,5 
	0,13 
	Marmore 
	17 
	0,06 
	Aço 
	310 
	0,003 
	Alumínio 
	1400 
	0,0007 
	Isolantes (fibras de vidro) 
	0,2 a 0,3 
	3,3 a 5 
	Madeira Seca 
	0,4 a 1,2 
	0,8 a 2,528 
Vale ressaltar que o coeficiente da madeira é diretamente ligado a sua massa especifica.
Propriedades mecânicas: definem o comportamento da madeira quando submetida a esforços mecânicos.
Resistência à compressão axial – carga na direção paralela as fibras. 
Flexão estática – carga tangencialmente aos anéis de crescimento em uma amostra apoiada nos extremos. 
Resistência à tração – facilita a seleção de madeiras capazes de serem empregadas em treliças de telhados, cujas seções tornam-se reduzidas em função de ligações. 
Cisalhamento – resultante da separação das fibras, resultando num deslizamento de um plano sobre outro, devido a um esforço no sentido paralelo ou oblíquo as mesmas. 
Compressão perpendicular – carga aplicada sobre a peça de madeira a fim de verificar o valor máximo que a espécie suporta sem ser esmagada. 
Resistência à flexão dinâmica – capacidade da madeira de suportar esforços mecânicos de choque. 
Elasticidade – capacidade de apresentar deformação proporcional à intensidade de carga, e retornar à sua forma original. 
Dureza superficial – propriedade de resistir à penetração localizada, ao desgaste e abrasão. 
A madeira, como qualquer material, está sujeita a ação de diversos agentes e organismos que prejudicam o desempenho da mesma, por isso é necessário que a madeira passe por um tratamento prévio antes que ela seja usada.
Alguns tipos de madeiras e onde podem ser utilizadas:
	Formas 
	Pinho 
	Pinus, Cambará, Cedrinho, Compensados resinados 
	Cimbramento e escoramento 
	Pinho 
	Pinus e Eucaliptos 
	Soalhos e tacos 
	Ipê e Peroba 
	Tatajuba, Cupiúba, Angelim, Freijó, Andiroba, Jatobá, Sucupira, Caviúna, Aroeira, Maçaranduba 
	Esquadrias e portas maciças 
	Mogno, Cerejeira e Imbuia 
	Maçaranduba, Jatobá, Sucupira, Angelim vermelho, Andirona, Cabreúva vermelha, Angelim pedra, Angelim rajado 
	Vigas e peças estruturais 
	Peroba rosa e Maçaranduba 
	Canafístula, Copaíba, Andiroba, Angelim, Aroeira, Eucalipto, Jatobá, Castanheira 
Biografia
MORESCHI, João Carlos. Propriedades da madeira, 1ª edição departamento de engenharia e tecnologia florestal UFPR, fevereiro de 2005

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