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Economia de Escala

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Economia de Escala 
Economia de Escala é um conceito econômico cujo significado é a possibilidade 
de reduzir o custo médio de um determinado produto pela diluição dos custos fixos em 
um número maior de unidades produzidas. Isso ocorre quando a expansão da 
capacidade de produção de uma empresa ou indústria provoca um aumento na 
quantidade total produzida sem um aumento proporcional no custo de produção. 
As economias de escala estão associadas a dois tipos de fontes, que são as 
economias de escala reais e pecuniárias. As economias de escala são ditas reais se o 
fator que as explica é a redução na quantidade de fatores produtivos utilizados quando 
há um aumento da produção. As economias de escala são ditas pecuniárias se o fator 
que as explica é uma redução no preço pago pelo insumo. Vale ressaltar que a 
redução de preços do insumo, e portanto, a obtenção de ganhos de economias de 
escala pecuniária por parte da empresa, reflete em geral ganho de economias de 
escala reais por parte do fornecedor, uma vez que quanto maior é a demanda da 
empresa por fatores produtivos, menores serão os custos para o fornecedor produzi-
los e fornecê-los. 
Existem quatro fontes principais de economia de escala reais que são: 
Ganhos de Especialização: observada ao nível de produto, é uma das mais 
tradicionais e explica-se de modo que com uma maior quantidade de produto, maior 
poderá ser a divisão do trabalho, e mais os trabalhadores e máquinas poderão se 
especializar. Os trabalhadores adquirirão pois maior habilidade em suas funções e, 
com máquinas especializadas, maior será a sua produtividade, gerando por 
conseguinte menores custos. 
Indivisibilidade Técnica: observada ao nível da planta produtiva, esta fonte de 
economia de escala se relaciona com o tamanho dos equipamentos industriais e suas 
possíveis subutilizações. Dessa forma, para cada tamanho de equipamento industrial 
é provável encontrar retornos crescentes decorrentes da maior utilização deste 
equipamento até o esgotamento de sua capacidade. 
Economias Geométricas: assim como a Indivisibilidade Técnica, essa fonte de 
economia de escala é também relacionada com o tamanho do equipamento industrial, 
sendo, portanto, observado também ao nível da planta produtiva e é bastante 
observada em indústrias de processo químico e metalúrgico. Isso ocorre uma vez que 
o produto destas unidades tende a ser proporcional ao volume da unidade, enquanto o 
custo associado à produção é proporcional à área da superfície das unidades 
processadoras. 
Economias relacionadas à lei dos grandes números: também se apresenta ao 
nível da planta e está associada à lei dos grandes números: quanto maior for o 
tamanho da planta produtiva, sendo, portanto, maior o número de máquinas utilizada, 
menores deverão ser, por exemplo, o staff de manutenção e o número de peças de 
reposição necessário. 
As fontes citadas acima são estáticas, entretanto, quando passamos a incorporar 
o tempo, isto é, a variação da quantidade de produto com o passar do tempo, o 
relevante passam a ser as fontes de economia de escala dinâmicas, cujas duas 
principais são: 
Economias de reinício: ocorre por exemplo em uma fábrica de automóveis, onde 
um mesmo equipamento produz por exemplo tanto o chassis quanto vários outros 
componentes, tais como portas, rodas e carroceria. O equipamento deve ser ajustado 
toda vez que muda o componente do carro que está sendo produzido, o que gera 
custos e tempo, sendo assim, quanto maior a produção, por mais tempo a máquina 
poderá operar com a mesma regulagem, diminuindo assim os custos associados à 
perda de tempo de reinicio da operação. 
Economias de aprendizado: quando um processo novo é iniciado, origina-se 
também um processo de aprendizado, que em geral, envolve um certo nível de 
tentativa e erro na produção das primeiras unidades, uma vez que novos métodos são 
estabelecidos e as pessoas são treinadas. Assim, os custos iniciais por unidade são 
geralmente altos. À medida que a produção aumenta, os trabalhadores se tornam 
mais rápidos e precisos em suas funções, as máquinas são adaptadas e os 
ajustamentos são feitos na direção do melhor sistema de produção, o que ocasiona a 
diminuição dos custos. 
Os fatores relatados anteriormente levam em conta que a planta produtiva da 
empresa produz apenas um tipo de produto. Ao analisar a possibilidade de uma 
produção conjunta surge o conceito de Economia de Escopo, que é quando o custo da 
produção de dois produtos conjuntamente é menor que o custo de produzi-los 
separadamente. Ou seja, algumas empresas conseguem reduzir seus custos médios 
com a diversificação de produtos. É possível identificar 3 fontes de economias de 
escopo: 
Existência de fatores comuns: esta primeira fonte é verificada quando utiliza-se 
um fator de produção adquirido para a produção de determinado bem, para a 
produção de outro posteriormente. 
Existência de reserva de capacidade: ocorre quando um ou mais insumos podem 
ser compartilhados para produzir vários produtos em função de seu processo 
produtivo. Se existe capacidade ociosa na planta instalada para a produção da 
principal linha de produto, a empresa tem um incentivo de para procurar outros 
produtos que possam utilizar a reserva de capacidade. 
Complementaridades tecnológicas e comerciais: pode gerar sinergias na 
produção de alguns bens e ocorre quando os produtos apresentam similaridades em 
termos de base técnica e/ou de mercado. A utilização de insumos comuns e 
propagandas com os produtos são importantes fontes deste tipo de economias de 
escopo. 
A Economia de Escala porém, não consegue aumentar o lucro da empresa 
indefinidamente. Esta característica é chamada de Deseconomias de Escala e é 
restringida pela Lei dos Rendimentos Decrescentes. Segundo essa lei, o produto 
marginal de um fator de produção reduzir-se-á conforme o aumento da quantidade 
utilizada desse fator. Isso equivale a dizer que quando se utilizam unidades adicionais 
de trabalho a produção total aumenta, mas a partir de um certo ponto, quando a planta 
opera com uma combinação ótima dos fatores fixo e variável, a produção marginal 
tende a decrescer devido a utilização de fatores menos eficientes para atender uma 
procura crescente. Em geral, existem dois fatores principais que podem gerar 
deseconomias de escalas: custos de transporte e deseconomias gerenciais. 
Enfim, economias de escala permitem ganhos econômicos valiosos se a empresa 
consegue operar a pleno vapor com sua capacidade instalada, permitindo reduzir os 
custos obtendo uma vantagem competitiva ou liderança em custos, principalmente se 
conseguir outras fontes de redução nos chamados custos variáveis. Assim, se o 
mercado tem demanda por um determinado produto se o mesmo tiver preço mais 
baixo, a estratégia de custos pode desalojar outros competidores do mercado ou 
reduzir sua participação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
KUPFER, David; HASENCLEVER, Lia. Economia Industrial. Fundamentos Teóricos e 
Práticas no Brasil. Rio de Janeiro, 2002 
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/economia-de-escala-afinal-que-
bicho-e-esse/105254/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_de_escala 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_dos_rendimentos_decrescentes

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