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lingua portuguesa (2)

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GRUPO
MAGISTÉRIOCONCURSO PÚBLICO 
GRUPO
MAGISTÉRIOCONCURSO PÚBLICO 
 
Reservado ao CEFET-RN 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
14/MAIO/2006 
; Use apenas caneta esferográfica azul ou preta. 
; Escreva o seu nome e o número do seu CPF no espaço indicado nesta folha. 
; Confira, com máxima atenção, a prova, observando se há defeito(s) de encadernação e/ou impressão que 
venha(m) dificultar a sua leitura. 
; Em havendo falhas, dirija-se ao fiscal responsável dentro do prazo destinado previamente. 
; Assine esta folha e seu cartão de respostas. 
; A prova terá duração máxima de quatro horas. 
Boa sorte!
 
Reservado ao CEFET-RN 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
_ _ _._ _ _._ _ _-_ _ 
 
CPF 
Nome 
Assinatura 
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CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA 
CEFET/RN – 2006 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA 2 
1. De acordo com Bronckart (1999), a utilização de uma 
língua efetua-se sob a forma de enunciados (orais e 
escritos) que são provenientes dos representantes de 
um outro domínio da atividade humana. Cada um 
desses domínios elabora seus tipos relativamente 
estáveis de enunciados que Bakhtin (1992) denomina 
gêneros do discurso. Sobre os gêneros, é correto 
afirmar que 
a) sua apropriação é um mecanismo fundamental de 
socialização e de inserção prática nas atividades 
comunicativas humanas. 
b) podem ser definidos exclusivamente por suas 
características lingüísticas. 
c) suas propriedades particulares são suficientes 
para defini-los e para diferenciá-los um dos outros. 
d) devem ser usados sempre no mesmo contexto 
lingüístico. 
 
2. São exemplos de gêneros textuais que contestam e 
questionam: 
a) cartas de solicitação, reportagens e editoriais. 
b) ensaios, resenhas críticas e debates. 
c) diários, notícias e biografias. 
d) artigos científicos, regulamentos e romances. 
 
Texto 1 
 
3. Analisando-se a tirinha (Texto 1), percebe-se que 
I- os personagens demonstram preocupação em usar o dialeto culto da língua. 
II- os personagens são defensores do meio ambiente. 
III- a leitura das imagens é indispensável à compreensão global do texto. 
IV- a linguagem utilizada está de acordo com o contexto. 
V- a seqüência injuntiva é dominante. 
 
As afirmativas corretas são: 
a) I, II e III. 
b) II, IV e V. 
c) II, III e IV. 
d) I, IV e V. 
Texto 2 
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CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA 
CEFET/RN – 2006 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA 3 
4. O humor da tirinha (Texto 2) ocorre, porque 
a) ocorreu omissão de uma informação importante. 
b) Chico Bento foi sincero com a professora. 
c) a professora perdoou a falha do aluno. 
d) percebe-se que houve permissividade na escola. 
 
5. O trecho a seguir é uma fala do personagem Augusto 
Matraga na novela A Hora e a Vez de Augusto 
Matraga, de Guimarães Rosa: 
 
Texto 3 
“Mal em mim não veja, meu patrão Nhô Augusto, mas todos no 
lugar estão falando que o senhor não possui mais nada, que 
perdeu suas fazendas e riquezas e que vai ficar pobre, no já-já... 
E estão conversando, o Major mais outros grandes, querendo 
pegar o senhor à traição. Estão espalhando... – o senhor dê o 
perdão p’r’a minha boca que eu só falo o que é preciso – estão 
dizendo que o senhor nunca respeitou filha dos outros nem 
mulher casada, e mais que é que nem cobra má, que quem vê 
tem de matar por obrigação... Estou lhe contando p’ra modo de o 
senhor não querer facilitar. Carece de arranjar outros 
companheiros bons pra o senhor não ir sozinho... Eu, não, 
porque sou medroso. Eu cá pouco presto... Mas, se o senhor 
mandar, também vou junto.” 
 
Quanto à variante lingüística presente no trecho, é 
correto afirmar que 
a) é inapropriada, pois se trata de um dialeto rural. 
b) serve para criar uma imagem desvirtuada do 
personagem. 
c) contém traços típicos da linguagem urbana, sem 
nenhuma mistura com outro linguajar. 
d) retrata fielmente o personagem, através da 
espontaneidade da linguagem regional. 
 
6. De acordo com a Norma Culta, pontuação é um 
“sistema de reforço da escrita, constituído de sinais 
sintáticos, destinados a organizar as relações e a 
proporção das partes do discurso e das pausas orais e 
escritas. Estes sinais também participam de todas as 
funções da sintaxe: gramaticais, entonacionais e 
semânticas.” (Bechara, 2003) Considerando essa 
conceituação, a alternativa pontuada conforme a 
Norma Culta é: 
a) Para que os professores, possam desenvolver os 
aspectos que apresentam maior dificuldade é 
necessário ensinar a língua de forma consciente, 
sem esconder a sua complexidade, demonstrando 
sua realidade fonêmica, pois os alunos devem 
“pensar” a língua na tentativa de desvincular a fala 
oral da representação escrita. 
b) Para que os professores possam desenvolver os 
aspectos que apresentam maior dificuldade, é 
necessário ensinar a língua de forma consciente, 
sem esconder a sua complexidade, demonstrando 
sua realidade fonêmica, pois os alunos devem 
“pensar” a língua na tentativa de desvincular a fala 
oral da representação escrita. 
c) Para que os professores possam desenvolver os 
aspectos que apresentam maior dificuldade, é 
necessário, ensinar a língua de forma consciente 
sem esconder, a sua complexidade, 
demonstrando sua realidade fonêmica, pois os 
alunos devem “pensar” a língua na tentativa de 
desvincular a fala oral da representação escrita. 
d) Para que os professores possam desenvolver os 
aspectos que apresentam maior dificuldade, é 
necessário ensinar a língua de forma consciente, 
sem esconder, a sua complexidade, 
demonstrando sua realidade fonêmica, pois, os 
alunos devem “pensar” a língua, na tentativa de 
desvincular, a fala oral da representação escrita. 
 
Texto 4 
Educação, Linguagens e Tecnologias: as mudanças no mundo do 
trabalho e as relações entre conhecimento e método 
As formas de relação entre homem e conhecimento decorrentes das 
mudanças no mundo do trabalho 
 Um dos principais impactos das mudanças ocorridas no mundo 
do trabalho sobre a educação é, sem dúvida, o estabelecimento de uma 
nova mediação entre homem e trabalho, que passa a ser exercida pelo 
conhecimento, compreendido enquanto produto e processo da práxis 
humana, síntese entre pensamento e ação, conteúdo e método, 
individual e coletivo. 
 Dessa nova realidade decorre uma nova compreensão das 
relações entre educação e trabalho, na perspectiva dos processos de 
formação humana, que são absorvidas diferentemente pelos Estados 
Nacionais, através das políticas públicas. No caso do Brasil, elas 
incorporam as desigualdades como naturais e articulam-se 
organicamente como lógica do mercado no processo de acumulação 
flexível, reforçando a exclusão. (...) 
(Acácia Zeneida Kuenzer) 
7. Considerando a coesão e a coerência do Texto 4, a 
palavra que, sublinhada, refere-se a 
a) um dos principais impactos das mudanças 
ocorridas no mundo do trabalho. 
b) mudanças ocorridas no mundo do trabalho sobre 
a educação. 
c) uma nova mediação entre homem e trabalho. 
d) educação. 
 
8. O pronome elas, sublinhado no segundo parágrafo do 
Texto 4, refere-se às 
a) formas de relação entre homem e conhecimento. 
b) mudanças ocorridas no mundo do trabalho sobre 
a educação. 
c) relações entre educação e trabalho. 
d) políticas públicas. 
 
Texto 5 
Perguntei para um menino de rua o que era a rua: “É um lugar cheio deporta. Mas todas estão fechadas e eu não posso entrar em nenhuma.” 
Padre Júlio Lancelloti1 
9. No Texto 5, é correto afirmar que a fala do menino de 
rua 
a) descreve subjetivamente a realidade em que vive 
o enunciador. 
b) não tem coerência. 
c) narra a sua situação de marginalidade nas ruas. 
d) independe do tempo e do espaço em que se 
insere o enunciador. 
 
1 Paulistano, 57 anos, ex-funcionário da Febem, um dos coordenadores do Movimento dos 
Moradores de Rua e da Pastoral do Menor na Zona Leste Paulistana. 
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CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA 
CEFET/RN – 2006 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA 4 
Texto 6 
FOME 
 O Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo. 
Lidera as exportações de laranja, cana-de-açúcar e café e é o segundo 
maior exportador de soja e de carnes de frango e suína. O país, no 
entanto, vive um paradoxo: uma parcela expressiva da população passa 
fome, a ponto de o presidente Lula da Silva ter anunciado em sua posse 
que uma das prioridades do governo é que cada brasileiro possa fazer 
três refeições por dia. Mas é a má distribuição de renda - e não a falta de 
alimentos – a maior causa da fome no Brasil. “Na Ásia e na África, há 
problemas de má distribuição de alimentos”, diz Gustavo Gordilho de 
Anda, subdiretor-geral para a América Latina e o Caribe da FAO, 
Organismo da ONU para a alimentação e a agricultura. “Já na América 
Latina o maior problema é a renda e a acumulação desigual de capital.” 
(Revista Superinteressante, maio, 2002.) 
10. As seqüências textuais exercem um papel de 
destaque na organização infraestrutural dos gêneros 
textuais. No Texto 6, destacam-se, na produção do 
sentido do texto, duas seqüências textuais: 
a) a narrativa e a descritiva. 
b) a explicativa e a dialogal. 
c) a narrativa e a injuntiva. 
d) a descritiva e a argumentativa. 
 
11. No enunciado: “O Brasil é o quarto maior produtor de 
alimentos do mundo.”, o termo sublinhado funciona 
sintaticamente como 
a) adjunto adverbial. 
b) complemento nominal. 
c) adjunto adnominal. 
d) objeto indireto. 
 
Texto 7 
[...] A Bruzundanda tem carvão, mas não queima o seu nas 
fornalhas de suas locomotivas. Compra-o à Inglaterra, que o vende por 
um bom preço. Quando se pergunta aos sábios do país por que isso se 
dá, eles fazem um relatório deste tamanho e nada dizem. Falam em 
calorias, em teor de enxofre, em escórias, em grelhas, em fornalhas, em 
carvão americano, em briquettes, em camadas e nada explicam de todo. 
Os do povo, porém, concluem logo que o tal carvão de pedra da 
Bruzundanga não serve pra fornalhas, mas, com certeza, pode ser 
aproveitado como material de construção, por ser de pedra. 
 O que se dá com o carvão, dá-se com outras riquezas de 
Bruzundanga. Elas existem, mas ninguém as conhece. O ouro, por 
exemplo, é tido como uma das fortunas da Bruzundanga, mas lá não 
corre uma moeda desse metal. Mesmo, nas montras dos cambistas, as 
que vemos são estrangeiras. Podem ser turcas, abexins, chinas, gregas, 
mas do país não há nenhuma. Contudo, todos afirmam que o país é a 
pátria do ouro. 
 O povo da Bruzundanga é doce e crente, mais supersticioso 
do que crente, e entre as suas superstições está a do ouro. Ele nunca o 
viu, ele nunca sentiu o seu brilho fascinador, mas todo bruzundanguense 
está certo de que possui no seu quintal um filão de ouro. 
[...] 
(trecho da obra Os bruzundangas, de Lima Barreto) 
12. A crônica de Lima Barreto (Texto 7) tem como 
objetivo: 
a) denunciar os problemas sociais e políticos do 
Brasil. 
b) descrever um país fictício para deleite do leitor. 
c) narrar detalhadamente a vida do povo de 
Bruzudanga. 
d) questionar as condições de vida do nordestino. 
 
Texto 8 
[...] 
Projetar o futuro é temer ou desejar. Prever também pode ser identificar 
os desejos e interesses existentes agora; é reconhecer a possibilidade de 
que os melhores desejos sejam os desejos dominantes e, com isso, se 
transformem em realidade. Pensar o futuro atrai, desafia e engana. E 
mudar o futuro depende de mudar a maneira como se pensa o presente. 
O futuro começa hoje. Num passado recente, quando o sindicalismo 
parecia inteiramente tomado pela repressão militar, as greves no ABC 
paulista desafiaram a imaginação de sociólogos e a força policial do 
governo. No passado ainda mais recente, as campanhas da anistia, das 
eleições diretas, da Constituinte, do impeachment de Collor – todas elas 
mostraram o poder que tem o desejo de mudar a realidade. 
Não faltam argumentos para quem imagina o futuro como o presente 
piorado. Se o modelo Casa Grande & Senzala prevalecer, não haverá 
outro recurso senão viver numa prisão de ruas fechadas por seguranças 
privadas em bunkers residenciais. Nesse caso, o futuro brasileiro terá, 
pelo cinismo e pela indiferença, a sociedade que a África do Sul fez no 
passado pelo racismo e pela violência. 
E o outro lado? Se o futuro depender da explosão social dos oprimidos? 
Aí é provável que o sistema atual também prevaleça. Não é à toa que ele 
tem antecedentes históricos. Sempre que preciso, a polícia torturou e 
matou, as Forças Armadas reprimiram sublevações contra a ordem da 
classe dominante, as Igrejas ensinaram resignação em vez de horror à 
injustiça. Deus alegrava a vida dos ricos. O diabo metia medo nos 
pobres. O brasileiro cordial, produto desse método, é aquele cidadão que 
ganha salário mínimo e brinca o Carnaval com alegria de fazer inveja ao 
turista. O Rio de Janeiro não é Los Angeles. 
Pode haver revolta. Mas é improvável que o caminho da mudança no 
Brasil seja aberto com explosões sociais. A energia que pode ser usada 
agora para fazer um futuro diferente está, aparententemente, em outras 
fontes de transformações. Porque há mudança no Brasil. Ela não corre, 
mas anda. Não corre, mas ocorre. 
Seus sinais estão, por exemplo, no melhoramento das cidades em plena 
crise da administração federal, no basta à corrupção e no movimento 
pela ética na política, na emergência de movimentos em favor da mulher, 
da criança ou da ecologia, no anti-racismo. São antídotos contra a cultura 
autoritária que sempre ditou a receita do desastre social. Eles estão na 
confluência de duas tendências. Parte da elite não quer viver no 
apartheid sul-africano. E, cada vez mais, os pobres querem sua cota de 
cidadania. Essa maré vai empurrando a democracia da sociedade para o 
Estado, de baixo para cima, dos movimentos sociais para os partidos e 
instituições políticas. É nela que eu hoje acredito. E, por causa dela, 
encontro-me outra vez com a velha questão que me levou à militância 
política: O que fazer com a miséria? Aceitá-la, a título de provisório? Não 
dá: aquilo que produz miséria simplesmente não pode ser aceito. A 
condenação ética da miséria é um ponto de partida. Para mim, o que era 
a luta contra o capitalismo para atacar a miséria passou a ser a luta 
contra a miséria para conquistar a democracia.(...) 
Quando eu era cristão e queria lutar contra a miséria, meu dia começava 
com um Padre-Nosso. Tinha fome de divindade. Hoje, ainda luto contra a 
miséria, mas meu dia começa com um Pão Nosso. Tenho fome de 
humanidade. 
(Herbert de Sousa (Betinho)- trecho de artigo intitulado Pão Nosso, 
publicado em 1990. Adaptado) 
13. A seqüência predominante na construção do Texto 8 é 
denominada 
a) dialogal. 
b) narrativa. 
c) injuntiva. 
d) argumentativa. 
 
14. O período: ”Num passado recente, quando o 
sindicalismo parecia inteiramente tomado pela 
repressão militar, as greves no ABC paulista 
desafiaram a imaginação de sociólogos e a força 
policial do governo.” é 
a) simples. 
b) composto por coordenação e por subordinação. 
c) composto apenas por coordenação.d) composto apenas por subordinação. 
 
 
 
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CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA 
CEFET/RN – 2006 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA 5 
15. A expressão o futuro foi sublinhada duas vezes no 
Texto 7 (Nesse caso, o futuro brasileiro... e Se o futuro 
depender...). Quanto à função sintática, é correto 
afirmar que 
a) no primeiro caso, futuro é adjunto adnominal e, no 
segundo caso, é núcleo do sujeito. 
b) no primeiro caso, futuro é núcleo do sujeito e, no 
segundo caso, também. 
c) no primeiro caso, futuro é adjunto adnominal e, no 
segundo caso, é adjunto adverbial. 
d) no primeiro caso, futuro é adjunto adnominal e, no 
segundo caso, também. 
 
16. As formas corretas dos verbos sublinhados no trecho 
abaixo, no futuro do subjuntivo, respectivamente, são: 
 “Quando eu era cristão e queria lutar contra a miséria, 
meu dia começava com um Padre-Nosso.” 
a) fui e quis. 
b) serei e quererei. 
c) fosse e quisesse. 
d) for e quiser. 
 
17. Leia o trecho: “Seus sinais estão, por exemplo...” 
Considerando o sentido global do Texto 7, o referente 
do pronome sublinhado no trecho lido é 
a) outras fontes de transformações. 
b) explosões sociais. 
c) mudança no Brasil. 
d) antídotos contra a cultura autoritária. 
 
18. Leia o período: “E, cada vez mais, os pobres querem 
sua cota de cidadania.” 
A única alternativa na qual a mudança da ordem 
sintática e da pontuação não muda o sentido original 
do trecho destacado é: 
a) E, cada vez mais os pobres, querem sua cota de 
cidadania. 
b) E os pobres querem, cada vez mais, sua cota de 
cidadania. 
c) E, cada vez, mais os pobres, querem sua cota de 
cidadania. 
d) E os pobres querem sua cota, cada vez mais, de 
cidadania. 
 
19. No enunciado: “A condenação ética da miséria é um 
ponto de partida.”, identifica-se respectivamente 
a) um sujeito simples e um predicado nominal. 
b) um sujeito simples e um predicado verbal. 
c) um sujeito composto e um predicado nominal. 
d) um sujeito composto e um predicado verbal. 
 
20. O Conflito entre matéria e espírito assim como a busca 
da síntese entre esses opostos é constante no ser 
humano e manifesta-se com maior ou menor 
intensidade em qualquer época, de forma individual ou 
coletiva. Do final do século XVI até aproximadamente 
a metade do século XVII, esse conflito se acentuou a 
tal ponto que se tornou a marca principal de um estilo 
de época, cujos temas mais freqüentes eram: 
 
I- idealização da mulher 
II- exaltação da natureza 
III- fugacidade da vida das coisas 
IV- morte 
V- erotismo 
VI- apelo à religião 
São corretas: 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II, V e VI. 
c) II, III, IV e V. 
d) III, IV, V e VI. 
 
21. Primeiro poeta brasileiro, conhecido como satírico, 
embora também tenha escrito poemas religiosos e 
líricos. Cultivou tanto o estilo cultista quanto o 
conceptista, apresentando jogos de palavras ao lado 
de raciocínios sutis, sempre com o uso abusivo de 
figuras de linguagem. A afirmação refere-se a 
a) Padre Antônio Vieira. 
b) Gregório de Matos Guerra. 
c) Bento Teixeira Pinto. 
d) Manuel Maria Barbosa du Bocage. 
 
22. O seguinte trecho é de um dos sermões do Padre 
Antônio Vieira (1608-1697): 
“(...)Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: 
olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por 
falta de olhos; se tem espelhos e olhos e é de noite, não se pode ver 
por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister 
olhos.” 
A característica do estilo Barroco presente nesse 
trecho é 
a) o conceptismo. 
b) o cultismo. 
c) a presença de paradoxos. 
d) o uso de antíteses. 
 
23. Em 1768, inaugura-se o estilo Árcade no Brasil, com a 
publicação de 
a) Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de 
Magalhães. 
b) Camões, de Almeida Garret. 
c) Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa. 
d) Caramuru, de Santa Rita Durão. 
 
24. Gonçalves de Magalhães escreveu: 
“Não se pode lisonjear muito o Brasil de dever a Portugal sua primeira 
educação, tão mesquinha foi ela que bem parece ter sido dada por mãos 
avaras e pobres. No começo do século atual, com as mudanças e 
reformas que tem experimentado o Brasil, novo aspecto apresenta a sua 
literatura. Uma só idéia absorve todos os pensamentos, uma idéia até 
então desconhecida; é a idéia de pátria; ela domina tudo, e tudo se faz 
por ela, ou em seu nome. Independência, liberdade, instituições sociais, 
reformas políticas, todas as criações necessárias em uma nova Nação, 
tais são os objetos que ocupam as inteligências, que atraem a atenção 
de todos, e os únicos que ao povo interessam.” 
 
A temática defendida no trecho é 
a) a busca do passado histórico. 
b) a religiosidade dos portugueses. 
c) a exaltação do sofrimento e da morte. 
d) a lusofobia e o nacionalismo. 
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CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA 
CEFET/RN – 2006 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA 6 
 
25. O estilo Romântico surgiu como uma reação ao 
Classisismo e à época do Iluminismo. A característica 
romântica que se opõe ao racionalismo dos iluministas 
é 
a) o subjetivismo. 
b) a religiosidade. 
c) o pessimismo. 
d) o nacionalismo. 
 
26. Analisada em seu conjunto, a poesia Romântica 
brasileira pode ser distribuída em três fases, cujas 
características principais são, respectivamente: 
a) primeira fase: sofrimento alheio (dos escravos); 
segunda fase: mal-do-século; terceira fase: mal-
do-século. 
b) primeira fase: mal-do-século; segunda fase: 
nacionalismo; terceira fase: sofrimento alheio (dos 
escravos). 
c) primeira fase: nacionalismo; segunda fase: mal-
do-século; terceira fase: sofrimento alheio (dos 
escravos). 
d) primeira fase: nacionalismo; segunda fase: 
sofrimento alheio (dos escravos); terceira fase: 
nacionalismo. 
 
27. Relacionando, nas colunas abaixo, os autores e suas 
respectivas obras da poesia Romântica brasileira, a 
seqüência correta é: 
 
(a) Álvares de Azevedo 
(b) Castro Alves 
(c) Cassimiro de Abreu 
(d) Fagundes Varela 
(e) Gonçalves Dias 
(f) Gonçalves de 
Magalhães 
 
( ) Canção do Exílio 
( ) Meus Oito Anos 
( ) Lira dos Vinte Anos 
( ) Suspiros Poéticos e 
Saudades 
( ) Cântico do Calvário 
( ) Navio Negreiro 
 
a) a, b, d, f, e, c 
b) e, c, a, f, d, b 
c) c, a, b, f, d, e 
d) f, d, a, c, e, b 
 
28. Leia as seguintes assertivas sobre José de Alencar: 
I- É o escritor que melhor representa a tendência 
indianista na prosa romântica brasileira. 
II- Escreveu o romance A moreninha. 
III- Sua obra abrange os grandes temas da literatura 
romântica, incorporando quase todos os aspectos 
da realidade brasileira do seu tempo. 
IV- Procurou traçar um perfil do homem 
essencialmente brasileiro e de nossa realidade 
geográfica e política. 
 
São corretas: 
a) I, II e III. 
b) II, III e IV. 
c) I, II e IV. 
d) I, III e IV. 
29. “Foi no Romantismo que se definiu a nossa 
consciência histórica, ou mais especificamente, a 
consciência de nossa realidade e de nossos 
problemas políticos, sociais, econômicos e morais.” 
 (Antônio Soares Amora) 
Isto explica o fato de 
a) ser necessário perceber-se o período Romântico 
junto ao processo de emancipação política 
brasileira. 
b) os autores do Romantismo brasileiro desejarem 
disfarçar o orgulho patriótico. 
c) buscar-se criar uma literatura brasileira inspirada 
na literatura portuguesa. 
d) tentar-se desmascarar o jogo das relações sociais, 
enfatizando o contraste entre essência e 
aparência. 
 
30. “Aurélia é moça pobre, apaixonadapor Seixas. Torna-
se herdeira de enorme fortuna e, despendendo um 
dote de cem contos de réis, “compra” Fenando Seixas, 
com quem se casa. Embora continue apaixonada por 
ele, Aurélia não permite que o casamento se consuma 
até que Fernando consiga devolver-lhe o dote. 
Confessa-lhe então seu amor.” 
O texto acima resume o enredo do romance de José 
de Alencar intitulado 
a) Senhora. 
b) Lucíola. 
c) A viuvinha. 
d) Sonhos d’ouro. 
 
31. Em 1838, surge o Teatro Nacional, através 
de________________, com seu drama Antônio José 
ou O Poeta e a Inquisição, mas sua consolidação 
deve-se a _______________ e suas comédias de 
costumes. 
a) Joaquim Manoel de Macedo e José de Alencar. 
b) Martins Pena e José de Alencar. 
c) Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. 
d) Gonçalves de Magalhães e Martins Pena. 
 
32. “Autor brasileiro de obra mais rica em quantidade, 
qualidade e variedade de espécies e gêneros 
literários. Foi cronista, crítico, dramaturgo, poeta, 
contista, novelista e romancista. Soube fundir dados 
particulares e marcantes da vida social brasileira do 
século XIX, em tom universal.(...) Fez inovações 
estéticas que ultrapassam o seu tempo e que só bem 
mais tarde foram retomadas pelos modernistas. É um 
dos prosadores mais significativos do Romantismo e o 
maior prosador do Realismo brasileiro; foi poeta do 
Romantismo e precursor do Parnasianismo e do 
Simbolismo.” O texto refere-se a 
a) Machado de Assis. 
b) Graciliano Ramos. 
c) Jorge Amado. 
d) João Guimarães Rosa. 
 
 
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CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA 
CEFET/RN – 2006 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA 7 
33. São características fundamentais da literatura 
realista/naturalista: 
I- objetividade/compromisso com a verdade 
II- supervalorização do amor 
III- contemporaneidade 
IV- aceitação do mistério 
V- semelhança das personagens com o homem 
comum 
VI- temor diante da injustiça humana 
VII- condicionamento das personagens ao meio físico 
e social 
VIII- lei da causalidade 
 
A alternativa correta é: 
a) I, II, III, IV e V. 
b) I, III, V, VII e VIII. 
c) I, IV, V, VI e VII. 
d) II, IV, VI, VII e VIII. 
 
 
 
34. Compare os seguintes fragmentos de poemas, 
pertencentes, respectivamente, a Cruz e Souza e a 
Carlos Drummond de Andrade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre os poemas destacados, é correto afirmar que 
a) mostram visões opostas no que se refere à visão 
da palavra poética. 
b) são ambos exemplos da poesia simbolista 
brasileira. 
c) assemelham-se pelo fato de considerarem a 
palavra uma forma de retratar fielmente o mundo. 
d) aproximam-se no que diz respeito à concepção de 
poesia enquanto criação de um mundo novo pela 
e na linguagem. 
 
35. A obra em que Lima Barreto inventa o patriota ingênuo 
que luta até o fim da vida para restabelecer as 
tradições mais legítimas denomina-se 
a) Recordações do escrivão Isaías Caminha. 
b) Coisas do Reino do Jambom. 
c) Histórias e Sonhos. 
d) Triste fim de Policarpo Quaresma. 
 
36. Leia o seguinte trecho: 
 
 “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o 
raquitismo exaustivo dos mestiços neurastêmicos do litoral. 
 A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, 
revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempenho, a 
estatura das organizações atléticas.(...) 
 Entretanto toda essa aparência de cansaço ilude. (...)” 
 
O trecho lido faz parte da obra __________________ 
de ____________________, considerada referência 
obrigatória para os estudiosos do Pré-Modernismo 
brasileiro. 
 
a) Urupês, de Monteiro Lobato. 
b) Fogo Morto, de José Lins do Rego. 
c) Os Sertões, de Euclides da Cunha. 
d) Vidas Secas, de Graciliano Ramos. 
 
37. Embora não tenha participado diretamente da Semana 
de Arte Moderna, teve um de seus poemas (Os sapos) 
lido numa das noites da Semana, visando ridicularizar 
o conservadorismo parnasiano. Trata-se de 
 
a) Oswald de Andrade. 
b) Manuel Bandeira. 
c) Ronald de Carvalho. 
d) Mário Quintana. 
 
38. Identifique, na estrofe do poema de Oswald de 
Andrade, as características da primeira fase do 
Modernismo brasileiro: 
 
 
 
 
 
 
I- humorismo, busca de expressões mais coloquiais 
II- eliminação de sinais de pontuação e nexos 
sintáticos 
III- uso do verso livre 
IV- gosto pela paródia 
 
São corretas; 
a) I , II e III 
b) I, III e IV 
c) II, III e IV 
d) II , III e IV 
 
“Busca palavras límpidas e castas, 
Novas e raras, de clarões radiosos, 
Dentre as ondas mais pródigas, mais vastas 
dos sentimentos mais maravilhosos 
 
busca também palavras velhas, busca, 
limpa-as, dá-lhes o brilho necessário 
e então verás que cada qual corusca 
com dobrado fulgor extraordinário.” 
“Minha vida, nossas vidas 
Formam um só diamante 
Aprendi novas palavras 
E tornei outras mais belas. 
 
Eu preparo uma canção 
Que faça acordar os homens 
E adormecer as crianças.” 
“Minha terra tem palmares 
Onde gorjeia o mar 
Os passarinhos aqui 
Não cantam como os de lá” 
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CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA 
CEFET/RN – 2006 
 
 LÍNGUA PORTUGUESA 8 
39. ______________ foi a primeira grande realização da 
prosa modernista. A obra rompe com esquemas 
tradicionais da narrativa; é construída através de 
fragmentos justapostos, de blocos que rompem com a 
seqüência discursiva e de capítulos-relâmpagos, 
assemelhando-se à justaposição das imagens 
cinematográficas, o que possibilita uma leitura linear 
da história e deixa a cargo do leitor a recomposição da 
narrativa. Seu autor foi _____________________. 
a) Macunaíma, Mário de Andrade 
b) Paulicéia Desvairada, Mário de Andrade 
c) Memórias Sentimentais de João Miramar, Oswald 
de Andrade 
d) Pau-Brasil, Oswald de Andrade 
 
40. A segunda fase do Modernismo no Brasil é marcada 
pelo Regionalismo, cuja maior preocupação foi 
denunciar os problemas sociais do Nordeste, 
resultantes do deslocamento do eixo econômico e 
cultural para o Sul e da decadência da indústria 
açucareira. A obra que inaugura oficialmente essa 
fase é ____________ de _____________. 
a) A bagaceira, de José Américo de Almeida 
b) O sertanejo, de José de Alencar. 
c) O cabeleira, de Franklin Távora 
d) O Quinze, de Raquel de Queirós 
 
 
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