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pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== GRUPO MAGISTÉRIOCONCURSO PÚBLICO GRUPO MAGISTÉRIOCONCURSO PÚBLICO Reservado ao CEFET-RN LÍNGUA PORTUGUESA 14/MAIO/2006 ; Use apenas caneta esferográfica azul ou preta. ; Escreva o seu nome e o número do seu CPF no espaço indicado nesta folha. ; Confira, com máxima atenção, a prova, observando se há defeito(s) de encadernação e/ou impressão que venha(m) dificultar a sua leitura. ; Em havendo falhas, dirija-se ao fiscal responsável dentro do prazo destinado previamente. ; Assine esta folha e seu cartão de respostas. ; A prova terá duração máxima de quatro horas. Boa sorte! Reservado ao CEFET-RN LÍNGUA PORTUGUESA _ _ _._ _ _._ _ _-_ _ CPF Nome Assinatura www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA CEFET/RN – 2006 LÍNGUA PORTUGUESA 2 1. De acordo com Bronckart (1999), a utilização de uma língua efetua-se sob a forma de enunciados (orais e escritos) que são provenientes dos representantes de um outro domínio da atividade humana. Cada um desses domínios elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados que Bakhtin (1992) denomina gêneros do discurso. Sobre os gêneros, é correto afirmar que a) sua apropriação é um mecanismo fundamental de socialização e de inserção prática nas atividades comunicativas humanas. b) podem ser definidos exclusivamente por suas características lingüísticas. c) suas propriedades particulares são suficientes para defini-los e para diferenciá-los um dos outros. d) devem ser usados sempre no mesmo contexto lingüístico. 2. São exemplos de gêneros textuais que contestam e questionam: a) cartas de solicitação, reportagens e editoriais. b) ensaios, resenhas críticas e debates. c) diários, notícias e biografias. d) artigos científicos, regulamentos e romances. Texto 1 3. Analisando-se a tirinha (Texto 1), percebe-se que I- os personagens demonstram preocupação em usar o dialeto culto da língua. II- os personagens são defensores do meio ambiente. III- a leitura das imagens é indispensável à compreensão global do texto. IV- a linguagem utilizada está de acordo com o contexto. V- a seqüência injuntiva é dominante. As afirmativas corretas são: a) I, II e III. b) II, IV e V. c) II, III e IV. d) I, IV e V. Texto 2 www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA CEFET/RN – 2006 LÍNGUA PORTUGUESA 3 4. O humor da tirinha (Texto 2) ocorre, porque a) ocorreu omissão de uma informação importante. b) Chico Bento foi sincero com a professora. c) a professora perdoou a falha do aluno. d) percebe-se que houve permissividade na escola. 5. O trecho a seguir é uma fala do personagem Augusto Matraga na novela A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa: Texto 3 “Mal em mim não veja, meu patrão Nhô Augusto, mas todos no lugar estão falando que o senhor não possui mais nada, que perdeu suas fazendas e riquezas e que vai ficar pobre, no já-já... E estão conversando, o Major mais outros grandes, querendo pegar o senhor à traição. Estão espalhando... – o senhor dê o perdão p’r’a minha boca que eu só falo o que é preciso – estão dizendo que o senhor nunca respeitou filha dos outros nem mulher casada, e mais que é que nem cobra má, que quem vê tem de matar por obrigação... Estou lhe contando p’ra modo de o senhor não querer facilitar. Carece de arranjar outros companheiros bons pra o senhor não ir sozinho... Eu, não, porque sou medroso. Eu cá pouco presto... Mas, se o senhor mandar, também vou junto.” Quanto à variante lingüística presente no trecho, é correto afirmar que a) é inapropriada, pois se trata de um dialeto rural. b) serve para criar uma imagem desvirtuada do personagem. c) contém traços típicos da linguagem urbana, sem nenhuma mistura com outro linguajar. d) retrata fielmente o personagem, através da espontaneidade da linguagem regional. 6. De acordo com a Norma Culta, pontuação é um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as funções da sintaxe: gramaticais, entonacionais e semânticas.” (Bechara, 2003) Considerando essa conceituação, a alternativa pontuada conforme a Norma Culta é: a) Para que os professores, possam desenvolver os aspectos que apresentam maior dificuldade é necessário ensinar a língua de forma consciente, sem esconder a sua complexidade, demonstrando sua realidade fonêmica, pois os alunos devem “pensar” a língua na tentativa de desvincular a fala oral da representação escrita. b) Para que os professores possam desenvolver os aspectos que apresentam maior dificuldade, é necessário ensinar a língua de forma consciente, sem esconder a sua complexidade, demonstrando sua realidade fonêmica, pois os alunos devem “pensar” a língua na tentativa de desvincular a fala oral da representação escrita. c) Para que os professores possam desenvolver os aspectos que apresentam maior dificuldade, é necessário, ensinar a língua de forma consciente sem esconder, a sua complexidade, demonstrando sua realidade fonêmica, pois os alunos devem “pensar” a língua na tentativa de desvincular a fala oral da representação escrita. d) Para que os professores possam desenvolver os aspectos que apresentam maior dificuldade, é necessário ensinar a língua de forma consciente, sem esconder, a sua complexidade, demonstrando sua realidade fonêmica, pois, os alunos devem “pensar” a língua, na tentativa de desvincular, a fala oral da representação escrita. Texto 4 Educação, Linguagens e Tecnologias: as mudanças no mundo do trabalho e as relações entre conhecimento e método As formas de relação entre homem e conhecimento decorrentes das mudanças no mundo do trabalho Um dos principais impactos das mudanças ocorridas no mundo do trabalho sobre a educação é, sem dúvida, o estabelecimento de uma nova mediação entre homem e trabalho, que passa a ser exercida pelo conhecimento, compreendido enquanto produto e processo da práxis humana, síntese entre pensamento e ação, conteúdo e método, individual e coletivo. Dessa nova realidade decorre uma nova compreensão das relações entre educação e trabalho, na perspectiva dos processos de formação humana, que são absorvidas diferentemente pelos Estados Nacionais, através das políticas públicas. No caso do Brasil, elas incorporam as desigualdades como naturais e articulam-se organicamente como lógica do mercado no processo de acumulação flexível, reforçando a exclusão. (...) (Acácia Zeneida Kuenzer) 7. Considerando a coesão e a coerência do Texto 4, a palavra que, sublinhada, refere-se a a) um dos principais impactos das mudanças ocorridas no mundo do trabalho. b) mudanças ocorridas no mundo do trabalho sobre a educação. c) uma nova mediação entre homem e trabalho. d) educação. 8. O pronome elas, sublinhado no segundo parágrafo do Texto 4, refere-se às a) formas de relação entre homem e conhecimento. b) mudanças ocorridas no mundo do trabalho sobre a educação. c) relações entre educação e trabalho. d) políticas públicas. Texto 5 Perguntei para um menino de rua o que era a rua: “É um lugar cheio deporta. Mas todas estão fechadas e eu não posso entrar em nenhuma.” Padre Júlio Lancelloti1 9. No Texto 5, é correto afirmar que a fala do menino de rua a) descreve subjetivamente a realidade em que vive o enunciador. b) não tem coerência. c) narra a sua situação de marginalidade nas ruas. d) independe do tempo e do espaço em que se insere o enunciador. 1 Paulistano, 57 anos, ex-funcionário da Febem, um dos coordenadores do Movimento dos Moradores de Rua e da Pastoral do Menor na Zona Leste Paulistana. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA CEFET/RN – 2006 LÍNGUA PORTUGUESA 4 Texto 6 FOME O Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo. Lidera as exportações de laranja, cana-de-açúcar e café e é o segundo maior exportador de soja e de carnes de frango e suína. O país, no entanto, vive um paradoxo: uma parcela expressiva da população passa fome, a ponto de o presidente Lula da Silva ter anunciado em sua posse que uma das prioridades do governo é que cada brasileiro possa fazer três refeições por dia. Mas é a má distribuição de renda - e não a falta de alimentos – a maior causa da fome no Brasil. “Na Ásia e na África, há problemas de má distribuição de alimentos”, diz Gustavo Gordilho de Anda, subdiretor-geral para a América Latina e o Caribe da FAO, Organismo da ONU para a alimentação e a agricultura. “Já na América Latina o maior problema é a renda e a acumulação desigual de capital.” (Revista Superinteressante, maio, 2002.) 10. As seqüências textuais exercem um papel de destaque na organização infraestrutural dos gêneros textuais. No Texto 6, destacam-se, na produção do sentido do texto, duas seqüências textuais: a) a narrativa e a descritiva. b) a explicativa e a dialogal. c) a narrativa e a injuntiva. d) a descritiva e a argumentativa. 11. No enunciado: “O Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo.”, o termo sublinhado funciona sintaticamente como a) adjunto adverbial. b) complemento nominal. c) adjunto adnominal. d) objeto indireto. Texto 7 [...] A Bruzundanda tem carvão, mas não queima o seu nas fornalhas de suas locomotivas. Compra-o à Inglaterra, que o vende por um bom preço. Quando se pergunta aos sábios do país por que isso se dá, eles fazem um relatório deste tamanho e nada dizem. Falam em calorias, em teor de enxofre, em escórias, em grelhas, em fornalhas, em carvão americano, em briquettes, em camadas e nada explicam de todo. Os do povo, porém, concluem logo que o tal carvão de pedra da Bruzundanga não serve pra fornalhas, mas, com certeza, pode ser aproveitado como material de construção, por ser de pedra. O que se dá com o carvão, dá-se com outras riquezas de Bruzundanga. Elas existem, mas ninguém as conhece. O ouro, por exemplo, é tido como uma das fortunas da Bruzundanga, mas lá não corre uma moeda desse metal. Mesmo, nas montras dos cambistas, as que vemos são estrangeiras. Podem ser turcas, abexins, chinas, gregas, mas do país não há nenhuma. Contudo, todos afirmam que o país é a pátria do ouro. O povo da Bruzundanga é doce e crente, mais supersticioso do que crente, e entre as suas superstições está a do ouro. Ele nunca o viu, ele nunca sentiu o seu brilho fascinador, mas todo bruzundanguense está certo de que possui no seu quintal um filão de ouro. [...] (trecho da obra Os bruzundangas, de Lima Barreto) 12. A crônica de Lima Barreto (Texto 7) tem como objetivo: a) denunciar os problemas sociais e políticos do Brasil. b) descrever um país fictício para deleite do leitor. c) narrar detalhadamente a vida do povo de Bruzudanga. d) questionar as condições de vida do nordestino. Texto 8 [...] Projetar o futuro é temer ou desejar. Prever também pode ser identificar os desejos e interesses existentes agora; é reconhecer a possibilidade de que os melhores desejos sejam os desejos dominantes e, com isso, se transformem em realidade. Pensar o futuro atrai, desafia e engana. E mudar o futuro depende de mudar a maneira como se pensa o presente. O futuro começa hoje. Num passado recente, quando o sindicalismo parecia inteiramente tomado pela repressão militar, as greves no ABC paulista desafiaram a imaginação de sociólogos e a força policial do governo. No passado ainda mais recente, as campanhas da anistia, das eleições diretas, da Constituinte, do impeachment de Collor – todas elas mostraram o poder que tem o desejo de mudar a realidade. Não faltam argumentos para quem imagina o futuro como o presente piorado. Se o modelo Casa Grande & Senzala prevalecer, não haverá outro recurso senão viver numa prisão de ruas fechadas por seguranças privadas em bunkers residenciais. Nesse caso, o futuro brasileiro terá, pelo cinismo e pela indiferença, a sociedade que a África do Sul fez no passado pelo racismo e pela violência. E o outro lado? Se o futuro depender da explosão social dos oprimidos? Aí é provável que o sistema atual também prevaleça. Não é à toa que ele tem antecedentes históricos. Sempre que preciso, a polícia torturou e matou, as Forças Armadas reprimiram sublevações contra a ordem da classe dominante, as Igrejas ensinaram resignação em vez de horror à injustiça. Deus alegrava a vida dos ricos. O diabo metia medo nos pobres. O brasileiro cordial, produto desse método, é aquele cidadão que ganha salário mínimo e brinca o Carnaval com alegria de fazer inveja ao turista. O Rio de Janeiro não é Los Angeles. Pode haver revolta. Mas é improvável que o caminho da mudança no Brasil seja aberto com explosões sociais. A energia que pode ser usada agora para fazer um futuro diferente está, aparententemente, em outras fontes de transformações. Porque há mudança no Brasil. Ela não corre, mas anda. Não corre, mas ocorre. Seus sinais estão, por exemplo, no melhoramento das cidades em plena crise da administração federal, no basta à corrupção e no movimento pela ética na política, na emergência de movimentos em favor da mulher, da criança ou da ecologia, no anti-racismo. São antídotos contra a cultura autoritária que sempre ditou a receita do desastre social. Eles estão na confluência de duas tendências. Parte da elite não quer viver no apartheid sul-africano. E, cada vez mais, os pobres querem sua cota de cidadania. Essa maré vai empurrando a democracia da sociedade para o Estado, de baixo para cima, dos movimentos sociais para os partidos e instituições políticas. É nela que eu hoje acredito. E, por causa dela, encontro-me outra vez com a velha questão que me levou à militância política: O que fazer com a miséria? Aceitá-la, a título de provisório? Não dá: aquilo que produz miséria simplesmente não pode ser aceito. A condenação ética da miséria é um ponto de partida. Para mim, o que era a luta contra o capitalismo para atacar a miséria passou a ser a luta contra a miséria para conquistar a democracia.(...) Quando eu era cristão e queria lutar contra a miséria, meu dia começava com um Padre-Nosso. Tinha fome de divindade. Hoje, ainda luto contra a miséria, mas meu dia começa com um Pão Nosso. Tenho fome de humanidade. (Herbert de Sousa (Betinho)- trecho de artigo intitulado Pão Nosso, publicado em 1990. Adaptado) 13. A seqüência predominante na construção do Texto 8 é denominada a) dialogal. b) narrativa. c) injuntiva. d) argumentativa. 14. O período: ”Num passado recente, quando o sindicalismo parecia inteiramente tomado pela repressão militar, as greves no ABC paulista desafiaram a imaginação de sociólogos e a força policial do governo.” é a) simples. b) composto por coordenação e por subordinação. c) composto apenas por coordenação.d) composto apenas por subordinação. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA CEFET/RN – 2006 LÍNGUA PORTUGUESA 5 15. A expressão o futuro foi sublinhada duas vezes no Texto 7 (Nesse caso, o futuro brasileiro... e Se o futuro depender...). Quanto à função sintática, é correto afirmar que a) no primeiro caso, futuro é adjunto adnominal e, no segundo caso, é núcleo do sujeito. b) no primeiro caso, futuro é núcleo do sujeito e, no segundo caso, também. c) no primeiro caso, futuro é adjunto adnominal e, no segundo caso, é adjunto adverbial. d) no primeiro caso, futuro é adjunto adnominal e, no segundo caso, também. 16. As formas corretas dos verbos sublinhados no trecho abaixo, no futuro do subjuntivo, respectivamente, são: “Quando eu era cristão e queria lutar contra a miséria, meu dia começava com um Padre-Nosso.” a) fui e quis. b) serei e quererei. c) fosse e quisesse. d) for e quiser. 17. Leia o trecho: “Seus sinais estão, por exemplo...” Considerando o sentido global do Texto 7, o referente do pronome sublinhado no trecho lido é a) outras fontes de transformações. b) explosões sociais. c) mudança no Brasil. d) antídotos contra a cultura autoritária. 18. Leia o período: “E, cada vez mais, os pobres querem sua cota de cidadania.” A única alternativa na qual a mudança da ordem sintática e da pontuação não muda o sentido original do trecho destacado é: a) E, cada vez mais os pobres, querem sua cota de cidadania. b) E os pobres querem, cada vez mais, sua cota de cidadania. c) E, cada vez, mais os pobres, querem sua cota de cidadania. d) E os pobres querem sua cota, cada vez mais, de cidadania. 19. No enunciado: “A condenação ética da miséria é um ponto de partida.”, identifica-se respectivamente a) um sujeito simples e um predicado nominal. b) um sujeito simples e um predicado verbal. c) um sujeito composto e um predicado nominal. d) um sujeito composto e um predicado verbal. 20. O Conflito entre matéria e espírito assim como a busca da síntese entre esses opostos é constante no ser humano e manifesta-se com maior ou menor intensidade em qualquer época, de forma individual ou coletiva. Do final do século XVI até aproximadamente a metade do século XVII, esse conflito se acentuou a tal ponto que se tornou a marca principal de um estilo de época, cujos temas mais freqüentes eram: I- idealização da mulher II- exaltação da natureza III- fugacidade da vida das coisas IV- morte V- erotismo VI- apelo à religião São corretas: a) I, II, III e IV. b) I, II, V e VI. c) II, III, IV e V. d) III, IV, V e VI. 21. Primeiro poeta brasileiro, conhecido como satírico, embora também tenha escrito poemas religiosos e líricos. Cultivou tanto o estilo cultista quanto o conceptista, apresentando jogos de palavras ao lado de raciocínios sutis, sempre com o uso abusivo de figuras de linguagem. A afirmação refere-se a a) Padre Antônio Vieira. b) Gregório de Matos Guerra. c) Bento Teixeira Pinto. d) Manuel Maria Barbosa du Bocage. 22. O seguinte trecho é de um dos sermões do Padre Antônio Vieira (1608-1697): “(...)Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelhos e olhos e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos.” A característica do estilo Barroco presente nesse trecho é a) o conceptismo. b) o cultismo. c) a presença de paradoxos. d) o uso de antíteses. 23. Em 1768, inaugura-se o estilo Árcade no Brasil, com a publicação de a) Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães. b) Camões, de Almeida Garret. c) Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa. d) Caramuru, de Santa Rita Durão. 24. Gonçalves de Magalhães escreveu: “Não se pode lisonjear muito o Brasil de dever a Portugal sua primeira educação, tão mesquinha foi ela que bem parece ter sido dada por mãos avaras e pobres. No começo do século atual, com as mudanças e reformas que tem experimentado o Brasil, novo aspecto apresenta a sua literatura. Uma só idéia absorve todos os pensamentos, uma idéia até então desconhecida; é a idéia de pátria; ela domina tudo, e tudo se faz por ela, ou em seu nome. Independência, liberdade, instituições sociais, reformas políticas, todas as criações necessárias em uma nova Nação, tais são os objetos que ocupam as inteligências, que atraem a atenção de todos, e os únicos que ao povo interessam.” A temática defendida no trecho é a) a busca do passado histórico. b) a religiosidade dos portugueses. c) a exaltação do sofrimento e da morte. d) a lusofobia e o nacionalismo. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA CEFET/RN – 2006 LÍNGUA PORTUGUESA 6 25. O estilo Romântico surgiu como uma reação ao Classisismo e à época do Iluminismo. A característica romântica que se opõe ao racionalismo dos iluministas é a) o subjetivismo. b) a religiosidade. c) o pessimismo. d) o nacionalismo. 26. Analisada em seu conjunto, a poesia Romântica brasileira pode ser distribuída em três fases, cujas características principais são, respectivamente: a) primeira fase: sofrimento alheio (dos escravos); segunda fase: mal-do-século; terceira fase: mal- do-século. b) primeira fase: mal-do-século; segunda fase: nacionalismo; terceira fase: sofrimento alheio (dos escravos). c) primeira fase: nacionalismo; segunda fase: mal- do-século; terceira fase: sofrimento alheio (dos escravos). d) primeira fase: nacionalismo; segunda fase: sofrimento alheio (dos escravos); terceira fase: nacionalismo. 27. Relacionando, nas colunas abaixo, os autores e suas respectivas obras da poesia Romântica brasileira, a seqüência correta é: (a) Álvares de Azevedo (b) Castro Alves (c) Cassimiro de Abreu (d) Fagundes Varela (e) Gonçalves Dias (f) Gonçalves de Magalhães ( ) Canção do Exílio ( ) Meus Oito Anos ( ) Lira dos Vinte Anos ( ) Suspiros Poéticos e Saudades ( ) Cântico do Calvário ( ) Navio Negreiro a) a, b, d, f, e, c b) e, c, a, f, d, b c) c, a, b, f, d, e d) f, d, a, c, e, b 28. Leia as seguintes assertivas sobre José de Alencar: I- É o escritor que melhor representa a tendência indianista na prosa romântica brasileira. II- Escreveu o romance A moreninha. III- Sua obra abrange os grandes temas da literatura romântica, incorporando quase todos os aspectos da realidade brasileira do seu tempo. IV- Procurou traçar um perfil do homem essencialmente brasileiro e de nossa realidade geográfica e política. São corretas: a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I, II e IV. d) I, III e IV. 29. “Foi no Romantismo que se definiu a nossa consciência histórica, ou mais especificamente, a consciência de nossa realidade e de nossos problemas políticos, sociais, econômicos e morais.” (Antônio Soares Amora) Isto explica o fato de a) ser necessário perceber-se o período Romântico junto ao processo de emancipação política brasileira. b) os autores do Romantismo brasileiro desejarem disfarçar o orgulho patriótico. c) buscar-se criar uma literatura brasileira inspirada na literatura portuguesa. d) tentar-se desmascarar o jogo das relações sociais, enfatizando o contraste entre essência e aparência. 30. “Aurélia é moça pobre, apaixonadapor Seixas. Torna- se herdeira de enorme fortuna e, despendendo um dote de cem contos de réis, “compra” Fenando Seixas, com quem se casa. Embora continue apaixonada por ele, Aurélia não permite que o casamento se consuma até que Fernando consiga devolver-lhe o dote. Confessa-lhe então seu amor.” O texto acima resume o enredo do romance de José de Alencar intitulado a) Senhora. b) Lucíola. c) A viuvinha. d) Sonhos d’ouro. 31. Em 1838, surge o Teatro Nacional, através de________________, com seu drama Antônio José ou O Poeta e a Inquisição, mas sua consolidação deve-se a _______________ e suas comédias de costumes. a) Joaquim Manoel de Macedo e José de Alencar. b) Martins Pena e José de Alencar. c) Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. d) Gonçalves de Magalhães e Martins Pena. 32. “Autor brasileiro de obra mais rica em quantidade, qualidade e variedade de espécies e gêneros literários. Foi cronista, crítico, dramaturgo, poeta, contista, novelista e romancista. Soube fundir dados particulares e marcantes da vida social brasileira do século XIX, em tom universal.(...) Fez inovações estéticas que ultrapassam o seu tempo e que só bem mais tarde foram retomadas pelos modernistas. É um dos prosadores mais significativos do Romantismo e o maior prosador do Realismo brasileiro; foi poeta do Romantismo e precursor do Parnasianismo e do Simbolismo.” O texto refere-se a a) Machado de Assis. b) Graciliano Ramos. c) Jorge Amado. d) João Guimarães Rosa. www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA CEFET/RN – 2006 LÍNGUA PORTUGUESA 7 33. São características fundamentais da literatura realista/naturalista: I- objetividade/compromisso com a verdade II- supervalorização do amor III- contemporaneidade IV- aceitação do mistério V- semelhança das personagens com o homem comum VI- temor diante da injustiça humana VII- condicionamento das personagens ao meio físico e social VIII- lei da causalidade A alternativa correta é: a) I, II, III, IV e V. b) I, III, V, VII e VIII. c) I, IV, V, VI e VII. d) II, IV, VI, VII e VIII. 34. Compare os seguintes fragmentos de poemas, pertencentes, respectivamente, a Cruz e Souza e a Carlos Drummond de Andrade: Sobre os poemas destacados, é correto afirmar que a) mostram visões opostas no que se refere à visão da palavra poética. b) são ambos exemplos da poesia simbolista brasileira. c) assemelham-se pelo fato de considerarem a palavra uma forma de retratar fielmente o mundo. d) aproximam-se no que diz respeito à concepção de poesia enquanto criação de um mundo novo pela e na linguagem. 35. A obra em que Lima Barreto inventa o patriota ingênuo que luta até o fim da vida para restabelecer as tradições mais legítimas denomina-se a) Recordações do escrivão Isaías Caminha. b) Coisas do Reino do Jambom. c) Histórias e Sonhos. d) Triste fim de Policarpo Quaresma. 36. Leia o seguinte trecho: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastêmicos do litoral. A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempenho, a estatura das organizações atléticas.(...) Entretanto toda essa aparência de cansaço ilude. (...)” O trecho lido faz parte da obra __________________ de ____________________, considerada referência obrigatória para os estudiosos do Pré-Modernismo brasileiro. a) Urupês, de Monteiro Lobato. b) Fogo Morto, de José Lins do Rego. c) Os Sertões, de Euclides da Cunha. d) Vidas Secas, de Graciliano Ramos. 37. Embora não tenha participado diretamente da Semana de Arte Moderna, teve um de seus poemas (Os sapos) lido numa das noites da Semana, visando ridicularizar o conservadorismo parnasiano. Trata-se de a) Oswald de Andrade. b) Manuel Bandeira. c) Ronald de Carvalho. d) Mário Quintana. 38. Identifique, na estrofe do poema de Oswald de Andrade, as características da primeira fase do Modernismo brasileiro: I- humorismo, busca de expressões mais coloquiais II- eliminação de sinais de pontuação e nexos sintáticos III- uso do verso livre IV- gosto pela paródia São corretas; a) I , II e III b) I, III e IV c) II, III e IV d) II , III e IV “Busca palavras límpidas e castas, Novas e raras, de clarões radiosos, Dentre as ondas mais pródigas, mais vastas dos sentimentos mais maravilhosos busca também palavras velhas, busca, limpa-as, dá-lhes o brilho necessário e então verás que cada qual corusca com dobrado fulgor extraordinário.” “Minha vida, nossas vidas Formam um só diamante Aprendi novas palavras E tornei outras mais belas. Eu preparo uma canção Que faça acordar os homens E adormecer as crianças.” “Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos aqui Não cantam como os de lá” www.pciconcursos.com.br pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6YThlNDo5ZjAx:RnJpLCAyOSBNYXIgMjAxOSAxMTozNjo1MyAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO – LÍNGUA PORTUGUESA CEFET/RN – 2006 LÍNGUA PORTUGUESA 8 39. ______________ foi a primeira grande realização da prosa modernista. A obra rompe com esquemas tradicionais da narrativa; é construída através de fragmentos justapostos, de blocos que rompem com a seqüência discursiva e de capítulos-relâmpagos, assemelhando-se à justaposição das imagens cinematográficas, o que possibilita uma leitura linear da história e deixa a cargo do leitor a recomposição da narrativa. Seu autor foi _____________________. a) Macunaíma, Mário de Andrade b) Paulicéia Desvairada, Mário de Andrade c) Memórias Sentimentais de João Miramar, Oswald de Andrade d) Pau-Brasil, Oswald de Andrade 40. A segunda fase do Modernismo no Brasil é marcada pelo Regionalismo, cuja maior preocupação foi denunciar os problemas sociais do Nordeste, resultantes do deslocamento do eixo econômico e cultural para o Sul e da decadência da indústria açucareira. A obra que inaugura oficialmente essa fase é ____________ de _____________. a) A bagaceira, de José Américo de Almeida b) O sertanejo, de José de Alencar. c) O cabeleira, de Franklin Távora d) O Quinze, de Raquel de Queirós www.pciconcursos.com.br
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