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1487337674Guia+Básico+de+Contabilidade+para+Não+Contadores+ +eBook

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Guia Básico de 
Contabilidade 
para Não
Contadores
A BLB BRASIL
ESCOLA DE NEGÓCIOS
A BLB Brasil Escola de Negócios foi criada em 2015, a partir 
da consolidada experiência dos sócios da BLB Brasil Auditores 
e Consultores que, percebendo as atuais necessidades de 
executivos e empresas, viram a oportunidade de contribuírem 
de forma mais efetiva e focada na capacitação de profissionais. 
Com tradição em treinamentos, em mais de 12 anos seus 
profissionais já ministraram e convidaram especialistas parceiros 
para oferecer cursos e treinamentos de diversos temas, tendo 
capacitado mais de 5 mil profissionais das áreas contábil, 
tributária, fiscal e de gestão.
 
A BLB Brasil Escola de Negócios possui um portfólio 
abrangente com cursos nas áreas de Contabilidade, Tributos, 
Finanças, Gestão e Liderança, nos formatos eLearning, 
Apostilados, In Company e Presenciais. 
 
Ganha destaque a modalidade eLearning, que segue a tendência 
mundial de estudos a distância, metodologia pela qual é possível 
administrar tempo, aprendizado e mobilidade individualmente.
 
A BLB Brasil Escola de Negócios é credenciada como 
capacitadora do Programa de Educação Profisisonal 
Continuada (PEPC) junto ao Conselho Federal 
de Contabilidade (CFC).
 
Conheça os cursos da BLB Brasil Escola de Negócios 
e invista em sua carreira!
Visite nosso site: blbbrasilescoladenegocios.com.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O QUE É CONTABILIDADE?
O QUE É PATRIMÔNIO?
EXPLICANDO O BALANÇO PATRIMONIAL
APURANDO LUCROS E PREJUÍZOS PELO
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
ANÁLISE DE FLUXO DE CAIXA
O CAPITAL DE GIRO E SUA IMPORTÂNCIA
PRECIFICANDO PRODUTOS E SERVIÇOS
ATIVOS PERMANENTES, DEPRECIAÇÃO,
AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO
REGIMES TRIBUTÁRIOS
REGIMES CONTÁBEIS
A LINGUAGEM DOS NEGÓCIOS
SOBRE A BLB BRASIL ESCOLA DE NEGÓCIOS
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A contabilidade é um elemento fundamental na atividade econômica. 
Em uma economia moderna e complexa como a dos dias de hoje, temos 
sempre que escolher entre as melhores alternativas. Para isso, criamos 
um guia básico de contabilidade para não contadores. Uma vez que 
os recursos são escassos e o ambiente de negócios é cada vez mais 
competitivo, cenário no qual a contabilidade será a principal aliada.
Por isso, lembre-se: nenhuma empresa consegue operar bem sem uma 
boa gestão financeira. Então, sim, você precisa estar familiarizado com 
os principais conceitos ligados à contabilidade, mesmo que você não 
seja contador. Saber como estão os números e a situação interna de sua 
empresa e, mais do que isso, conseguir usar as informações fornecidas 
pelos documentos contábeis em seu favor é fundamental.
Este eBook é destinado àqueles profissionais que não possuem 
conhecimentos de contabilidade, mas que gostariam de saber mais 
sobre o tema. Com o guia básico de contabilidade para não contadores 
vamos fornecer uma visão prática dos conceitos contábeis mais 
fundamentais, desvendando as informações como balanço patrimonial, 
demonstração de resultados e do fluxo de caixa.
Mostraremos e detalharemos quais são as práticas mais comuns nesse 
universo e como avaliar a situação financeira e patrimonial da empresa 
da forma mais correta.
O QUE É CONTABILIDADE?
O QUE É
CONTABILIDADE?
A contabilidade pode ser definida como uma ciência que estuda a 
situação e as variações (qualitativas e quantitativas) ocorridas no 
conjunto de bens, direitos e obrigações de qualquer entidade (pessoa 
física ou jurídica).
Todas as movimentações relativas a dinheiro e valores realizadas 
dentro de uma organização são registradas pela contabilidade, que 
resume os fatos em forma de balanços, demonstrativos e relatórios. Por 
meio desses dados são apresentados os resultados alcançados pela 
empresa, fornecendo uma ampla quantidade de informações úteis 
para as tomadas de decisões em seu comando, tanto dentro quanto 
fora da entidade.
Ou seja, é por meio do trabalho da contabilidade que o dono do 
patrimônio consegue controlar e planejar o futuro de seu negócio, 
certificando-se de que a empresa está de acordo com suas metas e 
decidindo qual providência tomar para atingir seus objetivos com mais 
eficiência.
O QUE É PATRIMÔNIO?
O QUE É
PATRIMÔNIO?
Patrimônio é como é conhecido o conjunto total de bens, direitos e 
obrigações ligados a uma pessoa física ou jurídica, abrangendo ao 
mesmo tempo tudo aquilo que se tem – bens e direitos – , e tudo 
aquilo que se deve – obrigações. Analisar a situação e as variações no 
patrimônio, bem como todos seus efeitos, é objeto de estudo principal 
da contabilidade.
Do ponto de vista da contabilidade, apenas são considerados direitos 
e obrigações que podem ser avaliados em algum valor mensurável, ou 
seja, que podem ser convertidos de alguma forma em moeda.
Os bens e direitos representam a parte positiva 
do patrimônio, que é chamada de ATIVO.
Já as obrigações constituem o lado negativo 
do patrimônio, denominado de PASSIVO.
Bens: tudo aquilo que possui valor econômico e que pode ser 
convertido em dinheiro, sendo utilizado dentro da entidade para 
desempenhar alguma função que vá ao encontro do objetivo principal 
de seu proprietário.
Direitos: são os recursos que a entidade tem direito a receber, mas ainda 
não estão sob posse da empresa. Todos são direitos que gerarão fluxo 
de capital dentro do patrimônio da empresa em um período futuro.
Obrigações: são os valores e dívidas a serem pagos para terceiros e 
fazem parte do passivo. Em uma negociação a prazo, por exemplo, a 
empresa passa a ter uma obrigação com o fornecedor, representada 
por uma conta a pagar equivalente ao valor da aquisição.
EXPLICANDO O
BALANÇO PATRIMONIAL
EXPLICANDO O
BALANÇO PATRIMONIAL
EXPLICANDO O
BALANÇO PATRIMONIAL
Os ativos são divididos em duas categorias: ativos circulantes e ativos 
não circulantes. Essa divisão é baseada na “liquidez” de cada item: 
quanto mais fácil for sua circulação e conversão em dinheiro, mais 
líquido o ativo será.
Com isso, podemos dizer que estão entre os ativos circulantes o dinheiro 
disponível em caixa, depósitos em conta corrente, duplicatas e contas 
a receber de clientes, promissórias, cheques, impostos a recuperar, 
investimentos de curto prazo, estoques, entre outros.
Já entre os ativos não circulantes, estão aqueles realizáveis em longo 
prazo (dívidas parceladas a receber e crédito junto a sócios, por exemplo), 
investimentos (participações, cotas, ações e outros investimentos 
de longo prazo), móveis e imóveis (terrenos, automóveis, prédios, 
equipamentos e tudo que componha a estrutura física da empresa) e 
os ativos intangíveis (marcas, patentes, processos, pontos de venda, 
pesquisas e afins).
ATIVOS
EXPLICANDO O
BALANÇO PATRIMONIAL
Para classificar os passivos da empresa também é utilizado o critério de 
liquidez, semelhante ao que acontece com os ativos. A divisão entre 
itens circulantes e não circulantes continua.
O primeiro inclui todas as dívidas e obrigações a serem pagas pela 
empresa a credores em um prazo igual ou menor do que um ano. Por 
isso, estão no passivo circulante os empréstimos de curto prazo, as 
contas a pagar a fornecedores, obrigações, financiamentos, salários de 
funcionários, sendo todos com prazo inferior a um ano.
Já na categoria de passivos não circulantes entram os valores em 
financiamentos de longo prazo, dívidas com fornecedores, empréstimos, 
contingências trabalhistas e todo tipo de pagamento de débitos 
planejado para ser feito em um prazo maior do que um ano.
PASSIVOS
EXPLICANDO O
BALANÇO PATRIMONIAL
Ao final, o resultado mostrará o patrimônio líquido, que será capital 
social da empresa e todas suas reservas, já estando abatidos os prejuízos 
acumulados e as ações pertencentes à tesouraria. O patrimônio líquido 
é composto pelo capital própriodos sócios investido inicialmente 
na empresa, bem como quaisquer lucros reinvestidos no negócio, e 
representa o valor patrimonial real da empresa.
Calculando os valores do balanço patrimonial e já tendo em mãos 
os valores dos ativos e passivos, é fácil chegar ao patrimônio líquido, 
simplesmente subtraindo o segundo dos primeiros. Ou seja:
Ativo – Passivo = Patrimônio líquido
ou
Ativo = (Passivo + Patrimônio líquido)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EXPLICANDO O
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVOS
Caixa: 11.000,00
Vendas a receber: 35.000,00
Estoque: 74.000,00
Matéria-prima: 20.000,00
Veículos: 70.000,00
TOTAL DO ATIVO: 210.000,00 
PASSIVOS 
Fornecedor 1: 4.000,00
Fornecedor 2: 4.000,00
Salários a pagar: 13.000,00
Provisões: 2.000,00
TOTAL DO PASSIVO: 23.000,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ATIVO – PASSIVO): 187.000,00
EXEMPLO RESUMIDO
APURANDO LUCROS E PREJUÍZOS
PELO DEMONSTRATIVO
DE RESULTADOS
APURANDO LUCROS E PREJUÍZOS 
PELO DEMONSTRATIVO DE 
RESULTADOS
A Demonstração do Resultado do Exercício, ou DRE, é uma peça contábil 
que tem por objetivo detalhar a formação do resultado de um exercício 
(lucro ou prejuízo), por meio da comparação das receitas com os custos 
e despesas de uma empresa.
Esse tipo de visão financeira oferecida pela DRE ajuda os gestores a terem 
uma opinião mais realista sobre quais decisões devem ser tomadas, 
levando-os a fazer provisões mais sensatas e mostrando, por exemplo, 
se existe viabilidade econômica para determinados investimentos.
Ela analisa o período estabelecido como exercício financeiro, definido 
como o tempo decorrido entre janeiro a dezembro de um ano (12 
meses). Entretanto, a DRE também pode ser elaborada mensalmente 
para fins de controle interno, e de três em três meses para fins de 
controle fiscal.
Como fazer uma DRE?
O processo de definição de uma DRE, assim como a ordem das 
informações que precisam constar em seu espaço, é estabelecido por 
lei. Elas precisam seguir exatamente uma estrutura já pré-estabelecida 
e reconhecida pelas normas de contabilidade.
Na primeira linha da demonstração é lançada a Receita Bruta de Vendas, 
ou seja, o valor de tudo que a empresa faturou durante o período 
analisado. Dessa receita são descontados os abatimentos, as devoluções 
de vendas, os descontos concedidos aos clientes e os impostos sobre 
as atividades comerciais.
O valor resultante será a Receita Líquida de Vendas da empresa, da 
qual é subtraído o custo total das mercadorias e dos serviços vendidos.
O resultado dessa conta será chamado de Lucro Bruto, do qual serão 
descontadas todas as despesas financeiras, operacionais, gerais e 
administrativas. Ao mesmo tempo são acrescentadas nessa parte 
outras receitas operacionais que a empresa possa ter tido no período.
Com isso, chega-se ao Lucro ou Prejuízo Operacional Líquido. A 
partir desse valor, serão deduzidos (ou acrescentados) os resultados 
operacionais, como despesas ou ganhos financeiros, as participações 
de cotistas da empresa, empregados, debenturistas administradores, 
partes beneficiárias, entre outros.
Com esse resultado chegamos ao Lucro Líquido do Exercício (LLE), 
resultado final de toda DRE.
A ESTRUTURA DE UMA DRE
Receita Operacional Bruta
(-) Deduções da Receita Bruta
(-) Devoluções de vendas
(-) Descontos sobre vendas
(-) Impostos diretos sobre vendas (ICMS, PIS/COFINS, ISS)
(=) Receita Operacional Líquida
(-) Custos da mercadoria vendida ou serviços prestados
(=) Lucro Operacional Bruto
(-) Despesas operacionais
(-) Despesas comerciais
(-) Despesas administrativas
(+) Receitas operacionais
(=) Lucro operacional Líquido
(-) Despesas financeiras
(-) Despesas com sócios
(-) Despesas com participações
(+) Receitas financeiras
(=) Lucro Líquido do Exercício
MODELO EXEMPLIFICATIVO DE UMA
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
ANÁLISE DE FLUXO DE CAIXA
ANÁLISE DE FLUXO DE CAIXA
O fluxo de caixa, também conhecido como cash flow em inglês, é uma 
ferramenta de gestão que realiza o monitoramento das movimentações 
financeiras de uma empresa em um determinado período. Em outras 
palavras, o fluxo de caixa nada mais é do que o controle do que entra e do 
que sai de dinheiro do caixa de uma empresa durante uma faixa de tempo.
Por ser um instrumento de gestão, recomenda-se que o fluxo de caixa 
seja utilizado diariamente ou até mesmo imediatamente após qualquer 
movimentação financeira no caixa da empresa. Só assim será possível 
ter a noção exata do fluxo de capital que entra e que sai de sua empresa, 
mantendo o negócio de forma mais saudável.
Como fazer o fluxo de caixa da sua empresa
O primeiro passo para se organizar um fluxo de caixa simples é separar 
suas saídas e entradas de dinheiro em caixa em algumas categorias.
As saídas de caixa devem ser separadas entre pagamento de 
fornecedores, despesas administrativas (contas diversas) e pagamentos 
de impostos, parcelas de dívidas e investimentos, e registradas assim 
que forem realizadas.
Já as entradas de recursos, que devem vir basicamente por meio do 
faturamento com vendas, devem ficar uma categoria separada, ao lado. 
Com isso, basta somar o valor de tudo que entra e subtrair o valor de 
tudo que sai de dinheiro, encontrando assim o saldo total em relação 
ao período analisado. Importante lembrar que esse número deve bater 
com o valor do caixa e das contas bancárias.
O CAPITAL DE GIRO
E SUA IMPORTÂNCIA
O CAPITAL DE GIRO
E SUA IMPORTÂNCIA
Capital de giro é a quantia de dinheiro necessária para manter as 
operações da empresa funcionando. O capital de giro necessita ser 
monitorado e acompanhado permanentemente, pois está sempre sob 
o impacto das diversas mudanças sofridas pela empresa, como redução 
de vendas, aumento de despesas, necessidade de investimentos, 
aumento de custos, crescimento da inadimplência, entre outros.
Calculando e controlando seu capital de giro
Em primeiro lugar, é preciso definir quais são os custos fixos de sua 
empresa durante o período, como pagamento de funcionários, 
impostos, aluguel, energia, entre outros.
Depois, é preciso contabilizar todas as contas e valores a receber. 
Todo tipo de pagamento deve ser incluído, mensalmente, inclusive o 
número de parcelas em que ele será pago. Você deverá levar em conta 
também o valor médio de ativos guardados em estoque, de acordo 
com os meses de funcionamento da empresa.
Com isso, o valor do capital de giro corresponderá à seguinte fórmula:
Valor das contas a receber + Valor em estoque – Valor das contas a pagar
A diferença entre os custos e os ativos será o seu capital de giro, e 
em cima dele você definirá qual será a quantidade de vendas de seu 
produto ou serviço capaz de gerar uma receita que cubra todas essas 
despesas e ainda gere algum lucro suficiente.
PRECIFICANDO
PRODUTOS E SERVIÇOS
PRECIFICANDO
PRODUTOS E SERVIÇOS
A precificação de um produto ou serviço a ser oferecido pela empresa 
deve estar, antes de tudo, situada dentro da realidade contábil da 
empresa. O valor cobrado pelo produto precisa ser suficientemente alto 
para proporcionar lucro para a empresa que o produz, mas ao mesmo 
tempo não pode ser tão alto ao ponto de deixar de ser atrativo para os 
clientes e desestimular as compras.
Determinando contabilmente o preço de um produto
Por meio de uma análise dos custos de produção, distribuição, 
comercialização e divulgação do produto, é definido o seu markup, que 
incluirá a margem de lucro que se pretende atingir e será adicionado 
ao custo primário do item. Esse é o método mais básico para definição 
de preços e, por isso, é o mais recomendado e seguro de ser utilizado.
PRECIFICANDO
PRODUTOS E SERVIÇOS
Como calcular o markup?
O preço de venda deve ser suficiente para cobrir todos os custos, 
despesas e impostos, além de gerar um lucro na venda para manter a 
empresaativa. Desta forma podemos simplificar a estrutura do markup, 
onde o preço é igual a somatória de todos os elementos inclusive o 
lucro desejado:
PV = Custos + Impostos + Despesas + Lucro
Para fazer o cálculo do preço de venda é utilizado o markup divisor e o 
markup multiplicador. Vamos aprender a calculá-los separadamente e 
com exemplos para facilitar na hora de aplicar no seu dia a dia.
Vamos usar algumas siglas para fazer os cálculos, fique atento:
PV – Preço de Venda
PC – Preço de Custo
CTV – Custo Total da Venda
MKD – Markup Divisor
MKM – Markup Multiplicador
PRECIFICANDO
PRODUTOS E SERVIÇOS
Markup divisor
Vamos exemplificar primeiramente a fórmula do markup divisor.
- Custo unitário total para se fabricar o produto = R$ 8,00
- Componentes de despesas da empresa:
Despesas gerais e administrativas = 10% da receita
Comissões dos vendedores = 5% do preço de venda
Tributos incidentes sobre o preço de venda = 20% do preço de venda
- Margem de lucro desejada: 5% do preço de venda 
Nesse momento é somado todas as despesas e impostos ao seu 
percentual de lucro, que na nossa somatória deu 40%, gerando o Custo 
Total da Venda. Com o resultado obtido do CTV, podemos então fazer 
o cálculo do markup divisor a partir da fórmula:
MKD = (PV – CTV)/100
O Preço de Venda deve ser considerado 100%. Vamos exemplificar:
MKD = (100 – 40,00) /100
MKD = 60 /100
-----------------------------------
MKD = 0,6
PRECIFICANDO
PRODUTOS E SERVIÇOS
Usando o índice do markup divisor, podemos calcular o valor de venda 
do produto:
PV = PC/MKD
PV = R$ 8,00/0,6
-----------------------
PV = R$ 13,33
O valor para garantir o preço de todos os custos, impostos, comissão 
e ainda gerar lucro de 5% em cima do produto será R$ 13,33, ou se 
arredondarmos, R$ 13,50. Com essa fórmula já podemos gerar o preço 
de venda, porém essa mesma precisaria ser feita sempre para cada 
produto.
Para desenvolvermos uma fórmula mais rápida para obtenção 
do markup, precisamos ainda de mais uma fórmula, a do markup 
multiplicador.
Markup multiplicador
O markup multiplicador, além de nos dar o valor de venda do produto, 
facilita a fórmula de cálculo para demais produtos.
Porém, para isso, precisamos já ter definido o valor do markup divisor.
PRECIFICANDO
PRODUTOS E SERVIÇOS
Para calcular o markup multiplicador, utilizamos a seguinte fórmula:
MKM = 1/MKD
MKM = 1/0,6
------------------------
MKM = 1,666667
Assim, calculamos o preço de venda da seguinte forma:
PV = PC x MKM
PV = R$ 8,00 x 1,666667
---------------------------------
PV = R$ 13,33
O nosso preço de venda seria R$ 13,33, o mesmo valor que alcançamos 
com a conta do markup divisor.
ATIVOS PERMANENTES,
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO
E EXAUSTÃO
ATIVOS PERMANENTES,
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO
E EXAUSTÃO
O grupo de contas do ativo permanente é relacionado aos recursos 
aplicados em bens ou direitos de permanência duradoura, não 
necessariamente ligados ao produto final da empresa, mas sim ao seu 
funcionamento e manutenção. Esse tipo de classificação foi extinta no 
Brasil em 2008, passando o ativo permanente a integrar o grupo de ativo 
não circulante. O ativo permanente era formado por tipos de ativos 
diferentes como investimentos, ativo imobilizado, ativo intangível e 
ativo diferido.
Ao entender o que são os ativos permanentes, é necessário compreender 
também que nenhum ativo dura para sempre, e que os bens adquiridos 
pela empresa perdem seu valor com o passar do tempo. O tempo de 
vida de cada item antes de precisar ser descartado e substituído por 
um novo vai variar de acordo com vários fatores.
A esse fenômeno damos o nome de depreciação, amortização ou 
exaustão, dependendo do tipo de ativo. Eles devem ser contabilizados 
nos balanços da empresa, tendo seu valor reduzido proporcionalmente 
ao seu tempo de uso ainda restante. Vejamos a definição dos mesmos 
na página seguinte.
ATIVOS PERMANENTES,
DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO
E EXAUSTÃO
É a redução do valor dos ativos tangíveis (físicos) provocada pelo desgaste, 
tempo de uso, ação natural ou obsolescência.
Alguns exemplos de ativos que sofrem depreciação são: edifícios, 
equipamentos, móveis, máquinas, veículos, imóveis, aparelhos e utensílios.
É a redução do valor dos ativos intangíveis (não físicos), seja por duração de 
prazo limitado ou expiração de uso legal.
São exemplos de ativos que sofrem amortização as marcas, patentes, 
softwares, licenças, direitos autorais, know-how, processos e uso de 
tecnologias.
Trata-se da redução do valor do ativo pela exploração de seus recursos 
naturais esgotáveis.
Sofrem os efeitos da exaustão ativos como florestas, jazidas minerais, 
reservas de petróleo, campos e pastagens, plantações, e qualquer tipo de 
recurso natural que possa se esgotar ou se tornar improdutivo.
DEPRECIAÇÃO
AMORTIZAÇÃO
EXAUSTÃO
REGIMES TRIBUTÁRIOS
REGIMES
TRIBUTÁRIOS
Um dos elementos mais importantes para a vida de uma empresa é 
sua contabilidade tributária. Uma opção mal feita nesse momento 
pode ocasionar o pagamento de um valor inadequado em tributos, 
comprometendo a saúde financeira do negócio, e, em situações mais 
extremas, podendo até gerar problemas fiscais com a Receita Federal.
De acordo com a legislação vigente, a apuração dos impostos e a 
adoção dos critérios tributários pode ser feita por três regimes, todos 
com suas vantagens e desvantagens:
Lucro Real
O Lucro Real traz o cálculo exato de quanto sua empresa ganhou ao 
longo do ano, descontando-se as despesas. Ou seja, para se apurar 
quanto deverá ser pago em impostos, a empresa precisa saber 
exatamente qual foi o seu lucro, para usá-lo como a base de cálculo do 
Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(CSLL), apurados pela pessoa jurídica e acrescido de ajustes (positivos 
e negativos) requeridos pela legislação fiscal.
No Lucro Real, o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição 
para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são determinados 
por meio do regime não cumulativo. Ou seja, podem ser creditados 
os valores das aquisições realizadas para compensação tributária, de 
acordo com os parâmetros legais. Há algumas exceção de atividades 
que mesmo optantes pelo Lucro Real sujeitam-se ao regime cumulativo 
do PIS e da COFINS, nos termos da legislação.
REGIMES
TRIBUTÁRIOS
Lucro Presumido
No Lucro Presumido realiza-se uma tributação mais simplificada. Em 
linhas gerais, esse tipo de regime se baseia em lucro “estimado” a partir 
de padrões percentuais aplicados sobre a receita da empresa para 
realizar sua tributação. Por isso, por não se tratar do lucro contábil 
efetivo, mas sim por uma mera aproximação fiscal, ele é denominado 
de presumido.
As empresas optantes pelo Lucro Presumido não podem aproveitar os 
créditos gerados por PIS e COFINS, por não se enquadrarem no sistema 
não cumulativo. Porém elas têm a vantagem de poder recolher ambas as 
contribuições com alíquotas mais baixas do que aquelas do Lucro Real.
Simples Nacional
No regime tributário Simples Nacional, cálculo e recolhimento de 
tributos (IR, CSLL, PIS, COFINS e outros) são simplificados e mais fáceis 
de pagar. Porém, nem todas as pessoas jurídicas podem optar pelo 
Simples, pois ele é um sistema especial dedicado a beneficiar apenas 
as micro e pequenas empresas. Apenas podem participar desse regime 
empresas que faturem menos que R$ 4.800.000 por ano.
REGIMES CONTÁBEIS
REGIMES
CONTÁBEIS
Regimes contábeis são os critérios adotados para o registro do valor 
das despesas e receitas da entidade, para serem apurados em um 
determinado período contábil. São três os regimes contábeis existentes:
Regime de caixa
Quando se registra a movimentação pelas datas exatas de recebimento 
do ativo e pagamento das transações.
Regime decompetência
Quando se apura a transação pela data em que a movimentação foi 
gerada, independentemente se seu pagamento ou recebimento já foi 
efetivamente realizado.
Regime misto
Utiliza do regime de competência para registrar suas contas com 
despesas e do regime de caixa para contabilizar as receitas para 
apuração do resultado.
Com o alinhamento da legislação brasileira às Normas Internacionais 
de Contabilidade (IFRS), hoje em dia entende-se que tanto a receita 
quanto a despesa devem seguir sempre o regime de competência. Já 
o regime misto é o modelo adotado para o setor público brasileiro, por 
possibilitar a conservação das receitas e a postergação das despesas.
A CONTABILIDADE
É A LINGUAGEM DOS NEGÓCIOS
A LINGUAGEM
DOS NEGÓCIOS
É principalmente por meio da Contabilidade que são traçadas metas, 
avaliados desempenhos e mensurados resultados dentro de um 
negócio.
Por isso, conhecer bem os recursos que a contabilidade oferece beneficia 
a vida de qualquer profissional, facilitando a tomada de decisões sobre 
investimentos, desenvolvimento de produtos, campanhas de vendas e 
diversas outras ações que ajudam a alavancar uma empresa.
Nos dias atuais, quando se faz cada vez mais necessário o constante 
aperfeiçoamento para enfrentar a concorrência do mercado, o bom 
profissional tem sempre que se qualificar e compreender não só sobre 
sua área de atuação, mas sim de todo o negócio da empresa. Portanto, 
entender mais sobre contabilidade com o Guia Básico de Contabilidade 
para não Contadores é essencial, não só para quem trabalha diretamente 
na área, mas sim por todos os profissionais envolvidos no negócio.
Agora que você já tem 
mais conhecimentos sobre 
contabilidade básica, 
conheça nosso curso de
CONTABILIDADE E FINANÇAS 
PARA NÃO CONTADORES
ACESSAR
AVISO LEGAIS
Este eBook foi escrito e preparado em termos gerais e, portanto, não deve ser utiliza-
do para cobrir situações específicas.
A aplicação dos princípios apresentados depende das circunstâncias particulares en-
volvidas. Recomendamos que assistência profissional seja obtida antes da decisão de 
adotar ou não uma ação devido a qualquer dos conteúdos desta apresentação. 
A BLB Brasil Auditores e Consultores terá o prazer de assessorar os leitores sobre a apli-
cação dos princípios apresentados neste documento em suas circunstâncias específi-
cas; e não será responsável por nenhuma reivindicação, passivo ou despesa ocasiona-
da a qualquer pessoa que decidir adotar ou não uma ação devido ao conteúdo aqui 
descrito.
Todos os direitos são reservados, nenhuma parte desse eBook poderá ser repro-
duzida ou alterada de qualquer forma sem o consentimento prévio dos autores. 
Esse conteúdo não poderá ser comercializado.
A
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