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Poluição e Resíduos Sólidos Apresentação da disciplina: A disciplina de Poluição e resíduos sólidos tem a finalidade de proporcionar aos alunos a oportunidade de compreender e identificar os problemas relacionados à poluição do ar e também aquela provocada pelos resíduos sólidos, bem como discutir a questão das endemias, cuja ocorrência está, na maioria dos casos, associada à degradação do meio ambiente provocada pela poluição. Objetivos: • Compreender a importância da poluição atmosférica no contexto da gestão da qualidade ambiental; • Proporcionar fontes de estudo para que o aluno possa desenvolver seu conhecimento a respeito da gestão dos resíduos sólidos; • Estudar as principais endemias e como estas podem afetar a qualidade do meio ambiente. Conteúdo Programático: UNIDADE I: Poluição do ar - Poluentes do ar - Propriedades dos gases e partículas - Legislação - Princípios de meteorologia e dispersão atmosférica - Problemas locais e globais de poluição do ar - Modelos de qualidade do ar - Monitoramento de emissões e da qualidade do ar - Métodos diretos e indiretos de controle da poluição atmosférica - Análise de sistemas de controle de poluentes atmosféricos. UNIDADE II: Resíduos sólidos e endemias - Resíduos: Conceitos gerais, origem e composição, classificação, quantidade e caracterização, técnicas de amostragem - Manejo dos resíduos e seu acondicionamento, coleta e transporte - Tratamento e formas de disposição final - Modelos de gerenciamento integrado de resíduos sólidos - Política Nacional de Resíduos Sólidos. - Controle de insetos e roedores. Controle Ambiental de Endemias. Metodologia: Os conteúdos programáticos ofertados nesta disciplina serão desenvolvidos por meio das Teleaulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), Aula Atividade por Chat para aprofundamento e reflexão e Web Aulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos independentes (autoestudo) além do Material didático da disciplina. Avaliação Prevista: O sistema de avaliação da disciplina compreende assistir a teleaula, participação no fórum, produções textuais interdisciplinares (Portfólio), realização de duas avaliações virtuais e avaliação presencial embasada no material didático, teleaulas, web aula e material complementar. WEBAULA 1 Unidade 1 – Poluição do Ar e seu Controle Resumo: Nesta unidade estudaremos a poluição atmosférica por meio do conhecimento de seus principais poluentes, formas de dispersão, monitoramento e controle da qualidade do ar e também abordaremos a legislação pertinente ao tema. Palavras-chave: Poluição atmosférica, monitoramento, legislação. POLUENTES DO AR Introdução Quando falamos em poluição logo nos vem à mente a imagem de chaminés de alguma fábrica soltando fumaça no ar, ou ainda do lixo que entope os bueiros, tornam feias e insalubres nossas cidades. Dentre outras dezenas de imagens que nos remete ao tema poluição, estes são exemplos que ilustram o conceito que temos a respeito do assunto, ou seja, sempre que pensamos em poluição temos a ideia de algo visível, que nos causa a estranheza: “isto não deveria estar aqui”. Bem, esta não é uma concepção errada do que vem a ser a poluição, apenas é incompleta, pois em muitos casos a poluição pode ser imperceptível aos olhos, mas quando estamos expostos a ela podemos sentir seus efeitos, diretos ou indiretos, em nosso organismo. Com base nestas informações iniciais podemos estabelecer um conceito de poluição: “Qualquer substância ou energia que é introduzida no meio ambiente em quantidades que superam sua capacidade para absorvê-las ou processá-las, gerando acúmulos que causam a degradação ambiental promovendo prejuízos à saúde dos organismos que nele vivem”. Podemos ver que esta definição não está muito longe daquela que foi apresentada pela Política Nacional do Meio Ambiente: [...] degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população, criem condições adversas às atividades socioeconômicas, afetem desfavoravelmente a biota, afetem condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente e lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos (BRASIL, 1981, p1.). Desta maneira percebemos que muitas vezes a poluição gerada por gases tóxicos pode não ser percebida, porém poderá ser letal. Daí a importância de estudarmos as formas de monitoramento da qualidade do ar, tanto nas imediações de uma área industrial quanto em locais mais distantes, mas que ainda possam ser afetados, visando conhecer as características do ar e estabelecer medidas para o controle da poluição atmosférica, sendo este um dos objetivos desta disciplina. Em outra unidade de estudo falaremos também sobre a poluição causada pelos resíduos sólidos e as estratégias para a gestão deste problema, abordando ainda a questão do controle de endemia cuja ocorrência, na maioria dos casos, está associada à poluição. A qualidade do ar Sabemos que o ar é essencial para a manutenção da vida nas suas mais diversas formas e, ainda, que nossa saúde, assim como a dos demais organismos, é diretamente afetada pela qualidade desse ar que respiramos. Portanto, não é difícil percebermos a importância de se realizar o controle da qualidade do ar, com vistas a garantir o bem estar da sociedade. E conforme destacado pelo Ministério do Meio Ambiente: Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não são tão visíveis comparados a outros fatores mais fáceis de serem identificados. Contudo, os estudos epidemiológicos têm demonstrado, correlações entre a exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos de morbidade e mortalidade, causadas por problemas respiratórios (asma, bronquite, enfisema pulmonar e câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo quando as concentrações dos poluentes na atmosfera não ultrapassam os padrões de qualidade do ar vigentes. As populações mais vulneráveis são as crianças, os idosos e as pessoas que já apresentam doenças respiratórias. (QUALIDADE..., 2013, p.1) Considerando-se o conceito de poluição trabalhado anteriormente, antes de iniciarmos nossa discussão a respeito de poluentes do ar, precisamos definir o que vem a ser “ar limpo” ou “ar puro”, como muitos definem o ar de ótima qualidade para se respirar. Bem, conforme veremos a seguir, definir ar puro não é uma tarefa tão simples assim, pois na natureza o ar é composto por uma mistura de substâncias que se modifica em qualidade e quantidade, conforme nossa posição no globo, considerando-se ainda que esta nunca será uma condição estável, uma vez que o ar está sempre em movimento. De qualquer forma, para que possamos estabelecer um referencial, devemos considerar uma composição básica conforme podemos verificar na Tabela 1. Tabela 1. Composição geral da atmosfera. Gases Constituinte Conteúdos (% por volume) Gases não variáveis Nitrogênio (N2) 78,084 Oxigênio (O2) 20,948 Argônio (Ar) 0,934 Neônio (Ne) 1,818 x 10-3 Hélio (He) 5,24 x 10-4 Metano (CH4) 2 x 10-4 Criptônio (Kr) 1,14 x 10-4 Hidrogênio (H2) 0,5 x 10-4 Xenônio (Xe) 0,087 x 10-4 Gases variáveis Vapor de água (H2O) 0 a 7 Dióxido de carbono (CO2) 0,033 Ozônio (O3) 0 a 0,01 Dióxido de enxofre (SO2) 0 a 0,0001 Dióxido de nitrogênio (NO2) 0 a 0,000002 Fonte: Adaptado de Vianello e Alves (1991, p.12). Tendo como base esta informação, podemos dizer que a adiçãode substâncias diferentes das que compõem o ar, em quantidades capazes de gerar efeitos adversos, deverão ser tratadas como poluentes do ar. A exemplo disso podemos citar os compostos de enxofre, lançados na atmosfera principalmente pela queima de combustíveis fósseis. Estes aumentam a acidez das chuvas, afetando o pH de rios e lagos e, portanto, indiscutivelmente podemos classificá-los como poluentes (VESILIND, 2011). Porém, conforme destaca o mesmo autor, ainda temos que considerar a origem destes compostos, pois podem ser lançados na atmosfera por fontes naturais, como é o caso dos compostos de enxofre presentes nos gases expelidos por vulcões e fontes termais. Sendo assim, não basta identificarmos se um determinado componente constitui-se de um poluente do ar, precisamos também conhecer qual a origem desta substância, podendo esta fonte estar próxima à área onde foi detectada ou a milhares de quilômetros de distância. Isto porque os poluentes trafegam na atmosfera levados pelos ventos, que podem transportá-los a distâncias continentais. “Estudo aponta contaminação de pinguins por pesticida DDT”: [...] pesquisadores ficaram surpresos por descobrirem que o nível de contaminação não diminuiu, embora o DDT esteja proibido desde a década de 1970 para uso externo em diversos países. Em artigo na revista Environmental Science & Technology, Geisz e seus colegas lembraram que poluentes orgânicos como o DDT se acumulam e se tornam concentrados no ecossistema antártico. "Eles na verdade viajam pela atmosfera [...] em direção às regiões polares, por um processo de evaporação e posterior condensação em climas mais frios", explicou Geisz. Leia a reportagem na íntegra acessando o link: <http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo- aponta-contaminacao-de-pinguins-por-pesticida-ddt,170322,0.htm > Para que possamos compreender como um poluente atmosférico, emitido nos Estados Unidos pode afetar os pinguins na Antártida, devemos conhecer alguns elementos meteorológicos que afetam a dispersão de poluentes ao redor do globo terrestre. Princípios de meteorologia e dispersão atmosférica Devido às diferenças de temperatura e composição química, nossa atmosfera pode ser dividida em camadas, que possuem características próprias de comportamento. Desta forma, temos basicamente quatro camadas principais: a troposfera, estratosfera, mesosfera e a termosfera. A maior parte dos fenômenos atmosféricos acontece na troposfera, nela estão contidos 80% do ar e sua espessura varia de 18 km no equador a 5 km nos polos. A temperatura na troposfera diminui à medida que aumenta a altitude. Acima da troposfera está a estratosfera, com um perfil de temperatura inverso ao da camada inferior, ou seja, à medida que aumentamos a altitude a temperatura se eleva nesta camada. Na estratosfera há pouca mistura entre os componentes, assim os poluentes que migram para esta camada podem permanecer lá por longos períodos. A estratosfera possui alta concentração de Ozônio, que é o gás responsável pela absorção da radiação ultravioleta de ondas curtas emitidas pelo sol (VESILIND, 2011). O ozônio estratosférico é produzido quando as moléculas de oxigênio interagem com a radiação UV emitida pelo Sol (3O2 + UV ¿ 2 O3). Esse filtro natural impede que 95% da radiação UV nociva chegue à superfície da Terra. A radiação UV realiza a filtragem do ozônio benéfico na baixa estratosfera, permitindo o desenvolvimento de formas de vida. Além disso, impede que muito do oxigênio na troposfera seja convertido em ozônio fotoquímico, um poluente do ar nocivo (GHODDOSI, 2011). Acima da estratosfera temos ainda duas camadas a Mesosfera e a Termosfera que juntas contêm apenas 0,1% do ar atmosférico. A mesosfera apresenta temperaturas abaixo de 100oC negativos, sendo a parte inferior mais quente pela influência da estratosfera, seu limite com a termosfera encontra-se em torno de 80km. A termosfera por sua vez é a camada que apresenta as maiores temperaturas, em seu topo, que se situa a mais de 640km algumas partículas de gás podem chegar a 2.500ºC (BRASIL, 2011). De forma geral os problemas com a poluição atmosférica acontecem na troposfera, onde os poluentes gerados por processos naturais ou antrópicos são transportados por ventos ou pelas correntes de ar. O vento é o movimento do ar em relação à superfície, na horizontal. Quando ocorre na vertical, esse movimento de ar é chamado de corrente, podendo ser ascendente ou descendente. Os ventos se originam do aquecimento diferenciado sobre as regiões mais aquecidas, ar atmosférico menos denso. Por sua vez, regiões mais frias, possuem sobre si, ar atmosférico mais denso. Essas diferenças ocasionam um caminhamento do ar mais denso em direção ao menos denso. A formação dos ventos se dá por vários processos que, de forma geral, são decorrentes dos gradientes de temperaturas entre regiões vizinhas. Brisas de terra e de mar: a partir das 10h00 o vento sopra do mar para a terra e em sentido contrario durante a noite. Isto ocorre devido à terra se aquecer mais rapidamente que o mar (VIANELLO; ALVES, 1991). Brisa de montanha e de vale: durante o dia as encostas de uma montanha se aquecem mais rapidamente que as áreas mais altas portanto o ar desloca-se para cima (presença de nuvens no topo), e durante a noite ocorre o inverso (VIANELLO; ALVES, 1991). Ventos Foehn: São ventos fortes, secos e quentes, que sopra encosta abaixo das formações montanhosas de maior porte, em geral estão associados com o desvio sofrido pelo escoamento, ao cruzar as formações montanhosas (VIANELLO; ALVES, 1991). O deslocamento de poluentes pode também ocorrer verticalmente, isto devido ao aquecimento do ar junto à superfície do solo, que se torna menos denso e sobe. Este é um comportamento comum, que pode ser alterado quando a temperatura do ar na superfície do solo é mais fria que a da camada superior, com isto a troposfera atinge uma condição de estabilidade, ou seja, não há mais deslocamentos verticais uma vez que todo o ar quente está no alto e o ar frio em baixo. Esta condição caracteriza o fenômeno de inversão térmica, onde a estabilidade da troposfera impede que os poluentes gerados na camada de ar próxima à superfície do solo consigam ser dispersos pelas correntes de ar ascendentes. Poluentes do ar Os poluentes do ar constituem-se principalmente de material particulado e de gases. Em função de suas características físicas os particulados podem ser ainda divididos em poeira, vapor, névoa, fumaça, ou spray. A poeira é definida como as partículas sólidas que podem ser carregadas por gases e geradas pela manipulação de materiais (carvão, cinzas, cimento), ou pelo processamento direto de materiais como a madeira, ou ainda, resultantes de operação como o jateamento com areia. A poeira consiste de material particulado grosso, possuindo cerca de 100 mícrons de diâmetro (VESILIND, 2011). O mícron é uma unidade e medida utilizada para mensurar elementos de tamanho muito reduzido, assim: 1 mícron (µ) equivale a 0,001 milímetros (mm) O Vapor é também uma partícula sólida, frequentemente um óxido metálico, formado pela condensação de vapores por sublimação, destilação, calcinação ou processo de reações químicas. As partículas nos vapores são bem pequenas com diâmetros de 0,03 a 0,3 µ; Anévoa consiste de partículas líquidas formadas pela condensação de um vapor e talvez por uma reação química. Névoas possuem diâmetro que variam de 0,5 a 3,0 µ. A fumaça é feita de partículas sólidas formadas pela combustão incompleta de materiais carbonáceos. Suas partículas possuem diâmetro de 0,05 até aproximadamente 1,0 µ; Por fim, sprays são partículas líquidas formadas pela atomização de um líquido base e sedimentam sob o efeito da gravidade(VESILIND, 2011, p.276, grifo do autor). Os poluentes gasosos são constituídos pelas substâncias que em pressão e temperaturas normais encontram-se na forma de gases. Os gases poluentes mais comuns são representados na Tabela 2. Tabela 2. Poluentes gasosos mais comuns. Nome Fórmula Propriedades relevantes Significância como poluente do ar Dióxido de enxofre SO2 Gás incolor, provoca asfixia intensa, forte odor, altamente solúvel em água formando ácido sulfuroso H2SO3 Perigo para a propriedade, saúde e vegetação. Trióxido de enxofre SO3 Solúvel em água, formando ácido sulfúrico H2SO4 Altamente corrosivo. Ácido sulfúrico H2S Odor de ovo estragado em baixas concentrações, inodoro a altas concentrações Altamente venenoso. Óxido nitroso N2O Gás incolor, utilizado como gás de transporte em produtos aerossol Relativamente inerte; não produzido na combustão. Óxido nítrico NO Gás incolor Produzido em combustões a altas temperaturas e pressão; oxida para NO2. Dióxido de nitrogênio NO2 Gás de cor marrom alaranjada Principal componente na formação de névoa fotoquímica. Monóxido de carbono CO Incolor e inodoro Produto de combustões incompletas; venenoso. Dióxido de carbono CO2 Incolor e inodoro Formado durante combustões completas; gás do efeito estufa. Ozônio O3 Altamente reativo Perigo para vegetações e propriedade; produzido, principalmente, durante a formação de névoa fotoquímica. Hidrocarbonetos CxHy ou HC Diversas Emitido por automóveis e indústrias; formado na atmosfera. Metano CH4 Combustível, inodoro. Gás do efeito estufa. Clorofluorcarbo- netos CFC Não reativo, excelentes propriedades térmicas Decompõe o ozônio na camada superior da atmosfera. Fonte: Vesilind (2011) Além destes as dioxinas e furanos também constituem importantes poluentes atmosféricos que atualmente fazem parte da lista de poluentes orgânicos persistentes (POP) da Convenção de Estocolmo, um tratado internacional que visa a eliminação segura destes poluentes e a limitação de sua produção e uso, do qual o Brasil é signatário (COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, 2012). LINK Para conhecer melhor estes dois poluentes acesse o link abaixo: < http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/Dioxinas-e-furanos.pdf > Na próxima web aula estudaremos os métodos de monitoramento da qualidade do ar e de controle da poluição atmosférica, e também conheceremos a legislação pertinente ao tema. WEBAULA 2 GESTÃO DA QUALIDADE DO AR Os efeitos prejudiciais da poluição atmosférica são mais intensos nos centros urbanos e também nas cidades próximas. Nestes ambientes a população evidencia diariamente a importância da gestão da qualidade do ar, pois como atesta o Ministério do Meio Ambiente: A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à qualidade de vida das pessoas, mas também acarretam maiores gastos do Estado, decorrentes do aumento do número de atendimentos e internações hospitalares, além do uso de medicamentos, custos esses que poderiam ser evitados com a melhoria da qualidade do ar dos centros urbanos. A poluição de ar pode também afetar ainda a qualidade dos materiais (corrosão), do solo e das águas (chuvas ácidas), além de afetar a visibilidade (QUALIDADE..., 2013, p.1). Assim, buscando garantir que o desenvolvimento econômico ocorra de forma sustentável, também para os aspectos relacionados à poluição do ar, foi preciso estabelecer uma política pública para o controle das emissões atmosféricas, tendo como premissa ações que visam prevenir, combater e reduzir estas emissões. Este trabalho constitui-se então a gestão da qualidade do ar. Sabemos que é difícil conhecer, através da análise dos componentes do ar, quem são os responsáveis pelas emissões deste ou daquele poluente. Neste sentido, para o bom desempenho de um programa de gestão da qualidade do ar é preciso estabelecer o controle diretamente nas fontes de poluentes. Para garantir isto, foram estabelecidas normas legais, que têm como objetivo criar parâmetros de qualidade do ar e constituir procedimentos capazes de orientar os responsáveis pelas emissões a uma conduta adequada. Para o poder público federal a gestão da qualidade do ar está a cargo da Gerência de Qualidade do Ar (GQA), ligada ao Ministério do Meio Ambiente, sendo esta gerência criada com o propósito de formular as políticas e executar as ações no nível federal, com vistas a preservar e melhorar a qualidade do ar (QUALIDADE..., 2013). Além de apoiar os Estados na elaboração dos Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPVs) e dos Programas de Inspeção e Manutenção Veicular (conforme Resolução CONAMA 418/2009) o GQA também gerou outras ferramentas importantes para a gestão pública da qualidade do ar: Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários; Programa nacional de controle de qualidade do ar - PRONAR ; Programa de controle de poluição do ar por veículos automotores PROCONVE; Programa de controle da poluição do ar por motociclos e veículos similares – PROMOT. LINK Conheça melhor estes programas acessando os links abaixo: <http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/1o_Inventario_Nacional_de _Emissoes_Atmosfericas_por_Veiculos_Automotores_Rodoviarios.PDF > < http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/pronar_163.pdf > < http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/proconve_163.pdf > < http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/promot_163.pdf > Legislação Conforme discutimos anteriormente para que possamos direcionar a gestão da qualidade do ar precisamos contar com normas que auxiliem e embasem este trabalho, assim, a seguir apresentamos algumas normas legais criadas para este fim. Em primeiro ponto, para que possamos garantir a qualidade do ar precisamos de parâmetros que apontem suas características químicas desejáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu em 2005 padrões que variam em função do enfoque adotado. No Brasil estes padrões estão definidos na Resolução CONAMA 003/1990, esta resolução complementa a CONAMA 005/1989 e é complementada pela CONAMA 008/1990. Outra iniciativa fundamental para garantir a qualidade do ar como um dos aspectos do desenvolvimento econômico sustentável foi a criação do Plano Nacional de Qualidade do Ar. Este foi concebido como um subsídio à 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), ocorrida 2009. No mesmo evento foi redigido também o documento “Compromisso pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental”, onde o Governo Federal assume a responsabilidade de trazer à reflexão as necessidades e desafios deste tema. Para conhecer os documentos citados no texto acesse os links abaixo: Resolução CONAMA 005/1989 – Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=81 > Resolução CONAMA 003/1990 – Padrões de qualidade do ar: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100 > Resolução CONAMA 008/1990 – Limites de emissão: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=105 > Plano Nacional de Qualidade do Ar < http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/Subsidios%20ao%20Pronar.pdf > Compromisso Nacional pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental: <http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/Compromisso%20pela%20 Qualidade%20do%20Ar%20e%20Saude%20Ambiental.pdf > Resolução CONAMA 016/1995 - PROCONVE: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=105 > Além das já citadas, outras Normas e Leis vêm sendo criadas com o objetivo de estabelecer critérios para controle da qualidade do ar e de emissõesatmosféricas para os diversos setores e atividades. Se desejar você pode acessar uma publicação da biblioteca digital da Câmara dos Deputados que apresenta a Legislação Brasileira Sobre a Poluição do Ar. Para obtê-la clique no link abaixo: <http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1542/legislacao_poluicao_ar_jose_pereira.pdf ?sequence=1 > Gestão da qualidade do ar Bem como vimos anteriormente para a gestão da qualidade precisamos conhecer os padrões de qualidade do ar estabelecido pela legislação. Assim, conforme a Resolução CONAMA 003/1990 temos: Art. 1º São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à ¿ora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.[...] Art. 2o Para os efeitos desta Resolução ¿cam estabelecidos os seguintes conceitos: I - Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. II - Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à ¿ora, aos materiais e ao meio ambiente em geral (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 1990, p.1). Desta forma, o poder público deverá utilizar os padrões legais como metas mínimas para orientar a construção dos Planos Regionais de Controle de Poluição do Ar. Você conhece o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change)? Em português foi traduzido para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Este órgão foi criado pela Organização Meteorológica Mundial e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com o intuito de reunir informações importantes para a compreensão das mudanças climáticas. O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPPC) é o órgão das Nações Unidas responsável por produzir informações científicas em três relatórios que são divulgados periodicamente desde 1988. Os relatórios são baseados na revisão de pesquisas de 2500 cientistas de todo o mundo. Uma etapa importante em qualquer trabalho que visa garantir o controle das emissões atmosféricas a fim de se atender aos padrões legais previamente estabelecidos, é o monitoramento dessas emissões e também da qualidade do ar. Considerando-se a natureza da poluição atmosférica ou ainda a área que ocupam podemos classificar as fontes de emissão de poluentes em duas categorias: as provenientes de fontes fixas e aquelas oriundas de fontes móveis (QUALIDADE..., 2013). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente podemos assim definir as fontes fixas: São assim denominadas as fontes lançadas à atmosfera por um ponto específico, fixo, como uma chaminé, por exemplo. Dessa forma, as fontes fixas compreendem as que resultam dos processos produtivos industriais e dos processos de geração de energia, como é o caso das termelétricas. Esses processos liberam, para a atmosfera, uma série de substâncias, conforme as matérias-primas, insumos e combustíveis empregados, sendo que algumas delas podem apresentar elevada toxicidade, comprometendo a qualidade do ar, da água e do solo (COMPROMISSO..., 2009, p.6). Já as fontes móveis são aquelas caracterizadas por se dissiparem pela comunidade impossibilitando uma análise e monitoramento na base de cada fonte (QUALIDADE..., 2013). Independente se a fonte emissora de poluentes é móvel ou estacionária o monitoramento deverá ser realizado por meio da medição de poluentes dispersos no ar. Para tanto vários são os métodos, considerando que temos diferentes formas de poluição (particulados e gases). Assim, para cada tipo de emissão ou de substância deve-se empregar o método mais indicado, a fim de se garantir que a medição seja adequada e, na medida do possível precisa. Os métodos para a medição de material particulado têm com princípio forçar a passagem do ar por determinada superfície porosa, onde o material particulado, que se encontrava em suspensão, fica retido nesta superfície. Os equipamentos para medição dos particulados são conhecidos como Amostradores de grande volume (Hi-vol). Em particular este equipamento funciona como um grande aspirador de pó que força mais de 2000m3 de ar através de um filtro durante 24 horas. A análise realizada é gravimétrica, ou seja, o filtro é pesado antes e depois, e a diferença é a quantidade de particulado coletados. A concentração de particulados medida dessa forma é geralmente chamada de total de particulados suspensos (VESILIND, 2011). Ainda com relação ao material particulado, outra medida muito empregada busca mensurar a quantidade de partículas inaláveis, ou seja, aquelas que poderão ser inaladas para dentro dos pulmões. Para esta medição é empregado um sistema de filtragem que busca separar as partículas com tamanho igual ou inferior a 0,3 µ, fração esta capaz de adentrar nos pulmões (VESILIND, 2011). E a medição dos poluentes gasosos, você sabe com é feita? O método mais tradicional para a medição de gases é a sua “captura” em solução aquosa. Esta técnica é feita borbulhando-se o ar dentro de uma substância que irá reagir quimicamente com o gás que se deseja identificar. Se houver reação química do gás com a substância, produzindo um terceiro composto, a determinação da quantidade de poluente do ar é feita indiretamente pela quantificação do terceiro composto formado. Este procedimento pode ser feito por titulação. Se houver mudança de cor, a solução é levada para análise da intensidade de cor (espectrofotometria), ou seja, quanto mais intensa for a cor na solução maior quantidade dos poluentes foi capturada. Como exemplo desta técnica citamos a medição do SO2. Quando borbulhado em peróxido de hidrogênio (água oxigenada) reage formando ácido sulfúrico, que pode ser quantificado por titulação, conforme reação abaixo: SO2 + H2O2 -> H2SO4 IMPORTANTE Enquanto as unidades de medida dos particulados são microgramas por metro cúbico de ar (µg x m-3), a concentração de gases pode ser medida tanto em partes por milhão (ppm) como em microgramas por metro cúbico de ar (VESILIND, 2011, p.278). A medição da fumaça é realizada por meio da quantificação de sua densidade, para isto utiliza- se a Escala de Ringelmann. Esta escala varia de 0 para a fumaça branca ou transparente a 5 para a fumaça completamente preta ou opaca. Além destas técnicas, atualmente, podemos contar com a tecnologia para promover de forma mais eficiente a determinação de poluentes do ar tais como: Determinação da concentração de monóxido de carbono por espectrofotometria de infravermelho não dispersivo (IVND) Determinação do teor de dióxido de nitrogênio – Reação de Gress Saltzman Analisadores automáticos para a determinação de: SO2, NOx, NO, NO2, CO, HC, O3 e particulados em suspensão; Mas fique atento! A escolha do método para análise da qualidade do ar deve atender as especificações e normas técnicas definidas pelos órgãos competentes (Ministério do Meio Ambiente, Secretarias Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, Associação Brasileira de Normas técnicas e outros). Referências BRASIL. Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Atmosfera. Observatório Nacional. Rio de Janeiro, 2011, 35 p. Disponível: <http://www.on.br/pequeno_cientista/conteudo/revista/pdf/atmosfera.pdf >. Acesso em: 20 ago. 2013. CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA 003, 1990. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100 >. Acesso em: 05 ago. 2013. BRASIL. Lei n. 6.938 de 31 de agosto de1981. Dispõe sobre a política nacional do meio ambiente e instituiu o sistema nacional do meio ambiente – SISNAMA. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=313>. Acesso em: 22 abr. 2009. COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL-CETESB Ficha de informação toxicológica: Dioxinas e Furanos. 2012. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/Dioxinas-e-furanos.pdf > Acesso em: 20/ ago. 2013. COMPROMISSO pela qualidade do ar e saúde ambiental. Ministério do Meio Ambiente. Brasília. 2009. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/compromisso2_163.pdf > Acesso em: 19/08/2013. QUALIDADE do ar. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades- sustentaveis/qualidade-do-ar >. Acesso em: 20 ago. 2013. GHODDOSI, S. M. Controle de poluição do ar. Indaial: Uniasselvi, 2011. 235p. VESILIND, P. A. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo. Cengage Learning. 2 ed. 2011. 438p. VIANELLO, R. L.; ALVES, A.R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV/Imprensa Universitária, 1991. 449p. SUGESTÃO DE LEITURA ZABARENKO, D. Estudo aponta contaminação de pinguins por pesticida DDT.Estadão.com.br, 2008. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-aponta-contaminacao-de-pinguins- por-pesticida-ddt,170322,0.htm >. Acesso em: 02 ago. 2013. Av1 - Gest. Ambiental - [dp] Poluição e Resíduos Sólidos 1) Devido às diferenças de temperatura e composição química, a atmosfera pode ser dividida em camadas, que possuem características próprias de comportamento: troposfera, estratosfera, mesosfera e a termosfera. Em qual delas ocorre a maior parte dos fenômenos atmosféricos? a) Troposfera. 2) Os poluentes do ar constituem-se principalmente de material particulado e de gases. Em função de suas características físicas os particulados podem ser ainda divididos em: c) Poeira, vapor, névoa, fumaça, ou spray. 3) Qual a maior fonte emissora de poluentes atmosféricos nos grandes centros urbanos? d) Veículos automotores. 4) Considerando-se a natureza da poluição atmosférica ou ainda a área que ocupam podemos classificar as fontes de emissão de poluentes em duas categorias: as provenientes de fontes fixas e aquelas oriundas de fontes móveis. A legislação que regula a emissão de fontes móveis é: b) PROCONVE, PROMOT e PCPVs. 5) O ozônio estratosférico é produzido quando as moléculas de oxigênio interagem com a radiação UV emitida pelo Sol. Esse filtro natural impede que 95% da radiação UV nociva chegue à superfície da Terra. A radiação UV realiza a filtragem do ozônio benéfico na baixa estratosfera, permitindo o desenvolvimento de formas de vida. Em que condições o ozônio é considerado um poluente atmosférico. Assinale a resposta INCORRETA: b) Quando presente na estratosfera. WEBAULA 1 Unidade 2 – O Controle das Endemias Resumo: Esta web aula aborda as principais características de algumas endemias no Brasil enfatizando sua forma de transmissão, os principais sintomas e tratamento da doença e aspectos relacionados à prevenção e controle. Palavras chave: Endemias, Controle e Prevenção. CONTROLE DE ENDEMIAS: DENGUE E FEBRE AMARELA Introdução Você sabe o que é uma endemia? É a ocorrência habitual de uma doença ou de um agente infeccioso em determinada área geográfica; pode significar, também, a prevalência usual de determinada doença nessa área (BRASIL, 1977). Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, a maioria delas parasitárias ou transmitidas por vetor, como "endemias", "grandes endemias" ou "endemias rurais" (SILVA, 2003). Essas doenças são: a malária, a febre amarela, a esquistossomose, as leishmanioses, as filarioses, a peste, a doença de Chagas, além do tracoma, da bouba, do bócio endêmico e de algumas helmintíases intestinais, principalmente a ancilostomíase (PESSOA, 1950). Nesta unidade serão apresentadas as principais características de algumas endemias. São elas: dengue, febre amarela, doença de Chagas, Angiostrongilíase meningoencefálica (causada pelo caramujo africano), Leishmaniose tegumentar americana e Malária. Dengue O que é? É uma doença febril aguda e de gravidade variável, caracterizada em sua forma clássica, por dores musculares e articulares intensas. Apresenta como agente um arbovírus do gênero Flavivírus da famíliaFlaviviridae, do qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN- 2, DEN-3 e DEN-4. Saiba como ocorre a transmissão. A transmissão se dá pela picada do mosquito transmissor, cujos criadouros são locais com água limpa e parada, presentes principalmente em áreas urbanas. A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aëdes aegypti e Aëdes albopictus). Conheça os principais sintomas As infecções pelo vírus da dengue ocorrem desde a forma clássica (sintomática ou assintomática) à febre hemorrágica do dengue (FHD). Nas formas LEVES da doença, denominadas de DENGUE CLÁSSICA, considera-se doença de baixa letalidade, no entanto, incapacita temporariamente as pessoas para o trabalho. Nesta fase o paciente apresenta sintomas tais como: febre, cefaleia (dor de cabeça) intensa, dores musculares e nas articulações, prostração, náuseas, vômitos, dor nos olhos, diarreia e manchas vermelhas no corpo. Nas formas MODERADAS e GRAVES, denominadas DENGUE HEMORRÁGICA, além dos sintomas já mencionados, o paciente apresenta febre alta, com manifestações hemorrágicas, hepatomegalia e insuficiência circulatória. Dengue hemorrágica é uma forma grave de dengue, a letalidade é significativamente maior do que no caso de dengue clássica. Tratamento Não existe um tratamento específico para DENGUE, apenas tratamentos que aliviam os sintomas cabendo ao profissional de saúde indicar a ingestão de muito líquido e medicamentos sintomáticos, o paciente deve ser monitorado quanto ao surgimento de sintomas mais graves. Prevenção e controle A única maneira de se prevenir da doença é por meio do combate às larvas do mosquito transmissor da DENGUE, eliminando os focos de acúmulo de água em locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Portanto é essencial não deixar acumular água em embalagens tais como garrafas de refrigerante, latas, pneus, vasos de plantas, caixas d´água, tambores, cisternas, lixeiras, entre outros. Ainda não existe VACINA aprovada e liberada para a DENGUE, porém estudos estão sendo realizados para viabilizá-la. De acordo com manual de normas técnicas (BRASIL, 2001 p.66) devem ser adotadas as seguintes práticas para a prevenção da dengue: a) O armazenamento, coleta e disposição final dos resíduos sólidos, visando ao êxito no combate vetorial, compreendem três aspectos: a redução dos resíduos, acompanhada pela sua reciclagem ou reutilização, a coleta dos resíduos e a sua correta disposição final. b) O trabalho educativo com vistas a difundir junto à população noções acerca do saneamento domiciliar e do uso correto dos recipientes de armazenamento de água é também de fundamental importância. Recipientes como caixas d’água, tonéis e tanques, devem ser mantidos hermeticamente fechados, à prova de mosquitos. Caso isso não seja possível naquele momento, o agente deverá escovar as paredes internas do reservatório, com vistas à remoção de ovos por ventura aí existentes. c) Outros recipientes ou objetos existentes nos domicílios, peridomicílios e pontos estratégicos, devem merecer atenção dos agentes de saúde e dos moradores, pois podem servir de criadouros importantes para o Aedes aegypti. Por exemplo: As calhas devem ser desobstruídas periodicamente emantidas com inclinação adequada para o escoamento da água. Cavidades em muros, pedras, árvores, etc., devem ser tampadas com barro ou cimento, de modo a evitar que coletem água. Fragmentos de vidros (gargalos e fundos de garrafas) fixados em cima de muros devem ser preenchidos com barro ou areia grossa. As bromélias e outros vegetais que acumulam água entre as folhas devem ser eliminados. As floreiras existentes nos cemitérios (ponto estratégico) devem ser furadas por baixo, ou preenchidas com areia grossa. Sabe-se que a participação comunitária é fundamental para o combate ao Aedes aegypti. O Programa de Erradicação do Aedes aegypti no Brasil (PEAa) propõe que o agente de endemias ou agente de saúde, trabalhe junto à comunidade. De acordo com o Manual de normas técnicas (BRASIL, 2001, p. 67). Na inspeção dos imóveis, o agente de saúde deve preocupar-se em realizar sua atividade junto com os moradores, orientando-o em relação a: No caso de vasos de flores ou plantas, manter o prato que fica sob os vasos sempre seco, podendo utilizar, para isso, areia; A água das jarras de flores deve ser trocada duas vezes por semana e a jarra bem lavada para eliminar os ovos de Aedes aegypti que possam estar aderidos às paredes. Esta recomendação é válida para áreas que não estejam sob tratamento focal; O cultivo de plantas em vasos com água deve ser evitado, se possível enchendo-se o vaso com terra ou areia; Toda vasilha de lata deve ser furada antes de ser descartada, para que não acumule água, sendo colocadas em lixeiras tampadas; Todos os objetos que podem acumular água de chuva (copinhos plásticos, tampas de refrigerantes, cascas de coco) devem ser esvaziados e, se inservíveis, acondicionados em lixeira ou enterrados; As garrafas vazias devem ser guardadas de cabeça para baixo em locais cobertos; Os bebedouros de aves e animais devem ter sua água trocada pelo menos uma vez por semana, após serem lavados com escova; Os pneus velhos devem ser furados para escoar a água de chuva e, se possível, guardados em local coberto. Se inservíveis, o melhor destino é o lixo; Os poços, tambores e outros depósitos de água devem estar sempre tampados; As caixas d'água e cisternas dos prédios devem ser limpas com frequência e mantidas cobertas; As calhas e piscinas devem ser mantidas limpas; O lixo não deve ser jogado em terrenos baldios; Deve-se manter o lixo tampado. Febre amarela O que é? É uma doença febril aguda, de curta duração (cerca de 10 a 12 dias) causada pelo vírus da febre amarela e apresenta gravidade variável. Esta enfermidade apresenta duas formas de expressão, a urbana e a silvestre e ocorre na América do Sul e na África. Saiba como ocorre a transmissão A transmissão se dá pela picada de mosquito presente em áreas silvestres. A fêmea do mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite. Não existe a transmissão de uma pessoa para outra, nem a transmissão pelo contato com as secreções de uma pessoa doente nem mesmo por meio de fontes de água ou alimento. A febre amarela silvestre ocorre principalmente por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus.A pessoa uma vez infectada em área silvestre, quando retorna para a área urbana, pode servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti. Este também é vetor da dengue, e principal transmissor da febre amarela urbana. Saiba mais sobre a história da Febre Amarela acessando o link abaixo: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela/historico.php > Conheça os principais sintomas. Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito. Nas formas LEVES e MODERADAS da doença, o paciente apresenta: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). Nas formas GRAVES, além dos sintomas acima citados, o paciente pode apresentar dores abdominais e diarreia, e ocorre o funcionamento inadequado de órgãos vitais como fígado e rins, podendo levar a redução do volume urinário até a ausência de urina na bexiga, até o coma. Assista ao vídeo Sintomas Febre Amarela, acessando o link abaixo: . Tratamento Não existe um tratamento específico para o vírus da FEBRE AMARELA, é apenas sintomático, cabendo ao profissional de saúde medicá-lo, o paciente deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando for o caso. O paciente deve ser monitorado, com vigilância sobre o aparecimento de sintomas mais graves. Prevenção e controle A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença. A vacina é contraindicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo. Onde se encontra a VACINA? A vacina é disponibilizada gratuitamente em postos de saúde de todos os municípios do país, na rede do Sistema Único de Saúde- SUS. Pessoas que farão viagens internacionais e não tomaram vacina antecipadamente podem ser impedidas de viajar por não estar em dia com a vacina. Saiba mais sobre as exigências para pessoas que realizarão viagens internacionais lendo o Guia de bolso da Saúde do Viajante, acessando o link: <http://www.anvisa.gov.br/sispaf/pdf/guia_de_saude_do_viajante.pdf> Para a erradicação da febre amarela urbana assim como no caso da dengue é prioritário o monitoramento do Aedes aegypti. WEBAULA 2 CONTROLE DE ENDEMIAS: DOENÇA DE CHAGAS, ANGIOSTRONGILÍASE MENINGOENCEFÁLICA HUMANA E ANGIOSTRONGILÍASE ABDOMINAL HUMANA (CAUSADAS PELO CARAMUJO AFRICANO), LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA E MALÁRIA. Doença de Chagas O que é? Doença de Chagas é uma doença infecciosa grave causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi, transmitida ao homem e a outros animais pelas fezes de um inseto (triatoma) conhecido por ¨bicho barbeiro¨. Esta doença foi descoberta por um cientista brasileiro chamado Carlos Chagas. Saiba como ocorre a transmissão. A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto. A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício originado por esta picada. A transmissão pode ocorrer também por transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez da mãe para filho. Ainda, conforme informações da Secretaria de Vigilância em Saúde /Ministério da Saúde, a transmissão pode ocorrer também pela via oral, por meio da ingestão de alimentos contaminados pelo Trypanosoma cruzi. No Brasil foram registrados casos da infecção transmitida por via oral em pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído. Saiba mais sobre a prevenção da doença de Chagas acessando o link: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_prevencao_doenca_Chagas.pdf> Conheça os principais sintomas da doença de Chagas A doença de Chagas apresenta duas fases: aguda e crônica. A fase aguda pode apresentar sintomas moderados ou nenhum sintoma. Os principais sintomas nesta fase são: febre, mal estar; inchaço dos olhos e do local da picada do inseto. Passada a fase aguda, a doença pode entrar em remissão, em alguns casos a pessoa pode se dar conta que contraiu a doença somente muito tempo depois de ter sido infectada, neste momento aparecem outros sintomas, tais como: constipação; problemas digestivos; dor no abdômen e dificuldades para engolir. Tratamento Existe tratamento para a doença de Chagas, porém o medicamento funciona bem se a doença estiver no início. Como é o barbeiro? O “bicho barbeiro” vive em buracos e frestas de forros e paredes das casasde madeira ou de barro e também em galinheiros e pombais, em casca de troncos de árvores e embaixo de pedras. Prevenção e controle As paredes e forros das casas devem ser lisos, sem buracos, brechas ou frestas; Todos os lugares que possam servir de esconderijo para o barbeiro devem ser mantidos limpos (atrás dos quadros, camas, malas, lenhas, etc.); Construa galinheiros, chiqueiros e pombais afastados das residências. Esquistossomose O que é? É a doença também conhecida como “barriga d’água”. Ela é causada por um parasita, chamadoSchistossoma mansoni, que tem no homem seu hospedeiro definitivo. Saiba como ocorre a transmissão. Este parasita necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo. sua transmissão se dá pela liberação de ovos através das fezes do homem infectado. Quando em contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas, que se alojam em caramujos, dando continuidade ao ciclo e liberam novas larvas que infectam as águas e posteriormente os homens penetrando em sua pele ou mucosas. Conheça os principais sintomas. A doença se apresenta em duas fases uma aguda e outra crônica. Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, tosse, diarreia, enjoos, vômitos, fraqueza e emagrecimento. Na fase crônica, geralmente a doença é assintomática, apresentando diarreia podendo alternar o quadro para prisão de ventre. A doença pode apresentar complicações provocando o aumento do fígado e baço, cirrose, hemorragias e ascite ou barriga d’água. Tratamento O tratamento da esquistossomose pode ser feito com medicamentos específicos que combatam oSchistossoma mansoni. Prevenção e controle Devem ser realizadas ações de prevenção através da educação sanitária, oferta de saneamento básico, controle dos caramujos e divulgação de informação sobre o modo de transmissão da doença são medidas essenciais para prevenção. Angiostrongilíase meningoencefálica humana e Angiostrongilíase abdominal humana (causadas pelo caramujo africano). Com a chegada do verão e do período de chuvas, aumenta a preocupação com o controle do caramujo africano, uma praga que afeta plantações e pode transmitir doenças. O que é? Como o próprio nome diz, é uma espécie originária da África, e foi introduzida clandestinamente no Brasil no ano de 1988, como alternativa ao cultivo do ¨escargô¨, mas acabou virando praga. Seu nome científico é Achatina fulica, molusco terrestre de grande porte. Sua concha mede entre 15 a 20 cm de altura e de 10 a 12 cm de comprimento, chegando a pesar 200 g. Sua cor é cinza-escuro e a concha possui estrias e faixas castanhas. Além de ser uma praga agrícola também é um sério problema de Saúde Pública, pois é capaz de transmitir um verme nematoide ao homem, o Angiostrongylus, causador da Angiostrongilíase meningoencefálica humana, que afeta o sistema nervoso central com extrema gravidade. Saiba como ocorre a transmissão A transmissão ocorre através da ingestão de alimentos contaminados (alimentos que tiveram contato com o caramujo e que foram mal lavados) ou pelo contato direto com o molusco. Conheça os principais sintomas Os principais sintomas são: cefaleia, rigidez da nuca, formigamentos no corpo, paralisias temporárias e febre baixa. O verme pode alojar-se nos olhos, causando distúrbios visuais e até mesmo a cegueira. Pode também alojar-se no intestino, causando o comprometimento dos órgãos abdominais doença denominada Angiostrongilíase abdominal humana. Prevenção e controle O molusco costuma se desenvolver principalmente em terrenos baldios, terrenos com hortas e plantações e áreas em que exista o descarte inadequado de resíduos da construção civil (entulho). A medida de controle mais eficaz para o caramujo é a manual, realizando a coleta e a sua destruição individualmente. Quando se encontra um caramujo africano deve-se recolhê-lo, sempre com proteção nas mãos, utilizando uma luva descartável ou um saco plástico. O caramujo deve ser colocado em uma sacola ou recipiente e destinado a uma unidade básica de saúde ou secretaria de saúde. Alguns cuidados devem ser tomados visando a prevenção: Não ingerir o molusco, em hipótese alguma; Manter limpos os quintais das casas retirando todo o entulho e o mato, pois servem de criadouro para os caramujos; Evitar a proliferação dos ovos do caramujo na terra a ser utilizada para o cultivo de plantas em vasos; Os moluscos devem ser coletados sempre com proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas; Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco; Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. Leishnmaniose tegumentar americana O que é? A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma ferida também conhecida como úlcera de Bauru ou ferida brava, no Brasil. É considerada uma das afecções dermatológicas que merece mais atenção, apresenta registro de casos em todas as regiões brasileiras. A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomineos, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros. Saiba como ocorre a transmissão É transmitida pelo mosquito flebótomo. De 15 a 60 dias depois da picada aparece um carocinho com pus ao se romper, forma a ferida, que vai aumentando de tamanho até formar a úlcera. A transmissão ocorre através da picada de insetos transmissores infectados, Não há transmissão de pessoa para pessoa. O mosquito se contamina sugando animais (silvestres e domésticos) ou mesmo o homem doente. Conheça os principais sintomas Os principais sintomas são: obstrução nasal, eliminação de crostas, epistaxe, disfagia, odinofagia, rouquidão, dispneia e tosse. Sugere-se sempre examinar as mucosas dos pacientes, pois as lesões mucosas iniciais geralmente são assintomáticas. Os mais frequentes são: febre, náuseas, vômitos, hipopotassemia e flebite no local da infusão. Tratamento A Leishmania tem cura, desde que seguido o tratamento corretamente, quando não tratada, ou tratada de forma inadequada, ela pode incubar, e aparecer tempos depois nas cartilagens (nariz, lábios, garganta, etc...). Prevenção e controle Telar portas e janelas. As residências não devem ser construídas próximas a matas. O alojamento de animais (chiqueiro, galinheiro, pombais) deve ser construído distante das residências. Evite acessar a mata à noite. Evite banhar-se em rios ou lagos próximos à mata, principalmente ao entardecer e à noite. Saiba sobre a Leishmaniose Tegumentar Americana, acessando o link: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_lta_2ed.pdf> Malária O que é? A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cuja maior incidência ocorre nos países de clima tropical e subtropical. O vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que se infecta ao sugar o sangue de um doente. Saiba como ocorre a transmissão A maioria dos casos de malária ocorre na Amazônia, pois a região apresenta clima e criadouros preferenciais para a proliferação do mosquito transmissor da malária. Sua transmissão ocorre por meio da picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles. O ciclo da malária humana é homem (infectado) -anofelino – homem. O mosquito pica o homem com malária suga seu sangue com parasitas (plasmódios), no mosquito estes plasmódios se desenvolvem e se multiplicam, este ciclo se completaquando o mosquito infectado pica outro homem levando os parasitas de uma pessoa para outra. Existem muitos tipos de parasitas do gênero Plasmodium. Dos que infectam o homem, os mais conhecidos são: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi, sendo que no Brasil, apenas as três primeiras espécies deste parasita estão presentes. A doença provocada pelo P.vivax é a mais comum. Conheça os principais sintomas Os sintomas mais comuns são: falta de apetite, dor de cabeça e no corpo, febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, a pele fica amarelada e a pessoa sente muito cansaço. O período de incubação está relacionado ao tipo de malária, em geral o intervalo varia de 7 a 28 dias, podendo, contudo, chegar a vários meses em condições especiais da doença. Tratamento A malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz. Porém é necessário realizar o mais rápido possível a confirmação laboratorial da doença, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado e oportuno da malária são atualmente as principais medidas para o controle desta doença. Prevenção e Controle Uso de repelentes em adultos seguindo as recomendações do fabricante sobre o prazo para reaplicação do produto; Uso de camisas com mangas longas, calças compridas; Uso de telas tipo ¨mosquiteiro¨ nas portas e janelas; Ainda não existe vacina contra a malária, porém deve-se buscar a confirmação da doença o mais rápido possível para iniciar o tratamento da doença. BRASIL. Conceitos e definições em saúde. Secretaria Nacional de ações básicas de saúde. Ministério da Saúde. Brasília 1977. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0117conceitos.pdf >. Acesso em: ago. 2013. BRASIL. Dengue: instruções para pessoal de combate ao vetor: manual de normas técnicas. 3. ed., rev. - Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 2001. PESSOA, S.B. Problemas brasileiros de higiene rural. São Paulo: Renascença, 1950. SILVA, L. J. O controle SAS endemias no Brasil e sua história. Cienc. Cult., São Paulo, v. 55, n. 1. jan./mar. 2003. Av2 - Gest. Ambiental - [dp] Poluição e Resíduos Sólidos 1) Analise as afirmativas sobre a Doença de Chagas e responda: I) Doença de chagas é uma doença infecciosa grave causada pelo protozoário parasita Schistossoma mansoni II) A Doença de Chagas é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto. III) Doença de chagas é uma doença infecciosa grave causada pelo mosquito Aedes aegypti d) Nenhuma das afirmativas está correta 2) Sobre o Caramujo Africano é CORRETO afirmar: I) O caramujo africano pode ser coletado diretamente com a mão sem proteção pois não há risco de penetração na pele. II) O Caramujo africano costuma se desenvolver em terrenos baldios, terrenos com hortas e plantações e áreas em que exista o descarte inadequado de resíduos da construção civil ( entulho). III) O caramujo africano é uma espécie originária do Brasil, além de ser uma praga agrícola também é um sério problema de Saúde Pública. b) Apenas a afirmativa II está correta 3) Sobre as orientações para prevenção da dengue é CORRETO afirmar I. Os bebedouros de aves e animais não precisam ter sua água trocada pois os recipientes ficam limpos por conterem somente água. II. Todos os objetos que podem acumular água de chuva devem ser esvaziados e, se inservíveis, devem ser acondicionados em lixeiras; III. Os pneus velhos devem ser furados para escoar a água de chuva e, se possível, guardados em local coberto. d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas 4) Sobre a DENGUE pode-se afirmar: I. A transmissão se dá pelo protozoário parasita Schistossoma mansoni. II. É uma doença febril aguda e de gravidade variável, caracterizada em sua forma clássica, por dores musculares e articulares intensas. III. Apresenta como agente um arbovírus do gênero Flavivírus da família Flaviviridae, do qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas 5) Sobre a malária é CORRETO afirmar: I.A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cuja maior incidência ocorre em locais com incidência de clima frio. II.O vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que se infecta ao sugar o sangue de um doente. III.A maioria dos casos de malária ocorre no Rio Grande do Sul, pois a região apresenta clima e criadouros preferenciais para a proliferação do mosquito transmissor da malária. IV.Os sintomas mais comuns são falta de apetite, dor de cabeça e no corpo, febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, a pele fica amarelada e a pessoa sente muito cansaço. a) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
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