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Poluição e Resíduos Sólidos - WA1 e WA2

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Poluição e Resíduos Sólidos 
Apresentação da disciplina: 
A disciplina de Poluição e resíduos sólidos tem a finalidade de proporcionar aos alunos a 
oportunidade de compreender e identificar os problemas relacionados à poluição do ar e 
também aquela provocada pelos resíduos sólidos, bem como discutir a questão das 
endemias, cuja ocorrência está, na maioria dos casos, associada à degradação do meio 
ambiente provocada pela poluição. 
Objetivos: 
• Compreender a importância da poluição atmosférica no contexto da gestão da 
qualidade ambiental; 
• Proporcionar fontes de estudo para que o aluno possa desenvolver seu conhecimento 
a respeito da gestão dos resíduos sólidos; 
• Estudar as principais endemias e como estas podem afetar a qualidade do meio 
ambiente. 
Conteúdo Programático: 
UNIDADE I: Poluição do ar 
- Poluentes do ar 
- Propriedades dos gases e partículas 
- Legislação 
- Princípios de meteorologia e dispersão atmosférica 
- Problemas locais e globais de poluição do ar 
- Modelos de qualidade do ar 
- Monitoramento de emissões e da qualidade do ar 
- Métodos diretos e indiretos de controle da poluição atmosférica 
- Análise de sistemas de controle de poluentes atmosféricos. 
UNIDADE II: Resíduos sólidos e endemias 
- Resíduos: Conceitos gerais, origem e composição, classificação, quantidade e caracterização, 
técnicas de amostragem 
- Manejo dos resíduos e seu acondicionamento, coleta e transporte 
- Tratamento e formas de disposição final 
- Modelos de gerenciamento integrado de resíduos sólidos 
- Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
- Controle de insetos e roedores. Controle Ambiental de Endemias. 
Metodologia: 
Os conteúdos programáticos ofertados nesta disciplina serão desenvolvidos por meio das 
Teleaulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), Aula 
Atividade por Chat para aprofundamento e reflexão e Web Aulas que estarão disponíveis 
no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e 
atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades 
de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos 
independentes (autoestudo) além do Material didático da disciplina. 
 
Avaliação Prevista: 
O sistema de avaliação da disciplina compreende assistir a teleaula, participação no 
fórum, produções textuais interdisciplinares (Portfólio), realização de duas avaliações 
virtuais e avaliação presencial embasada no material didático, teleaulas, web aula e 
material complementar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WEBAULA 1 
Unidade 1 – Poluição do Ar e seu Controle 
Resumo: Nesta unidade estudaremos a poluição atmosférica por meio do conhecimento 
de seus principais poluentes, formas de dispersão, monitoramento e controle da 
qualidade do ar e também abordaremos a legislação pertinente ao tema. 
Palavras-chave: Poluição atmosférica, monitoramento, legislação. 
POLUENTES DO AR 
Introdução 
Quando falamos em poluição logo nos vem à mente a imagem de chaminés de alguma 
fábrica soltando fumaça no ar, ou ainda do lixo que entope os bueiros, tornam feias e 
insalubres nossas cidades. Dentre outras dezenas de imagens que nos remete ao tema 
poluição, estes são exemplos que ilustram o conceito que temos a respeito do assunto, 
ou seja, sempre que pensamos em poluição temos a ideia de algo visível, que nos causa 
a estranheza: “isto não deveria estar aqui”. 
Bem, esta não é uma concepção errada do que vem a ser a poluição, apenas é 
incompleta, pois em muitos casos a poluição pode ser imperceptível aos olhos, mas 
quando estamos expostos a ela podemos sentir seus efeitos, diretos ou indiretos, em 
nosso organismo. 
Com base nestas informações iniciais podemos estabelecer um conceito de poluição: 
“Qualquer substância ou energia que é introduzida no meio ambiente em quantidades 
que superam sua capacidade para absorvê-las ou processá-las, gerando acúmulos que 
causam a degradação ambiental promovendo prejuízos à saúde dos organismos que nele 
vivem”. Podemos ver que esta definição não está muito longe daquela que foi 
apresentada pela Política Nacional do Meio Ambiente: 
[...] degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou 
indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população, criem 
condições adversas às atividades socioeconômicas, afetem desfavoravelmente a biota, 
afetem condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente e lancem matérias ou energia 
em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos (BRASIL, 1981, p1.). 
Desta maneira percebemos que muitas vezes a poluição gerada por gases tóxicos pode 
não ser percebida, porém poderá ser letal. Daí a importância de estudarmos as formas 
de monitoramento da qualidade do ar, tanto nas imediações de uma área industrial 
quanto em locais mais distantes, mas que ainda possam ser afetados, visando conhecer 
as características do ar e estabelecer medidas para o controle da poluição atmosférica, 
sendo este um dos objetivos desta disciplina. 
Em outra unidade de estudo falaremos também sobre a poluição causada pelos resíduos 
sólidos e as estratégias para a gestão deste problema, abordando ainda a questão do 
controle de endemia cuja ocorrência, na maioria dos casos, está associada à poluição. 
A qualidade do ar 
Sabemos que o ar é essencial para a manutenção da vida nas suas mais diversas formas 
e, ainda, que nossa saúde, assim como a dos demais organismos, é diretamente afetada 
pela qualidade desse ar que respiramos. Portanto, não é difícil percebermos a 
importância de se realizar o controle da qualidade do ar, com vistas a garantir o bem 
estar da sociedade. E conforme destacado pelo Ministério do Meio Ambiente: 
Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não são tão visíveis comparados a 
outros fatores mais fáceis de serem identificados. Contudo, os estudos epidemiológicos 
têm demonstrado, correlações entre a exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos 
de morbidade e mortalidade, causadas por problemas respiratórios (asma, bronquite, 
enfisema pulmonar e câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo quando as 
concentrações dos poluentes na atmosfera não ultrapassam os padrões de qualidade do 
ar vigentes. As populações mais vulneráveis são as crianças, os idosos e as pessoas que 
já apresentam doenças respiratórias. (QUALIDADE..., 2013, p.1) 
Considerando-se o conceito de poluição trabalhado anteriormente, antes de iniciarmos 
nossa discussão a respeito de poluentes do ar, precisamos definir o que vem a ser “ar 
limpo” ou “ar puro”, como muitos definem o ar de ótima qualidade para se respirar. 
Bem, conforme veremos a seguir, definir ar puro não é uma tarefa tão simples assim, 
pois na natureza o ar é composto por uma mistura de substâncias que se modifica em 
qualidade e quantidade, conforme nossa posição no globo, considerando-se ainda que 
esta nunca será uma condição estável, uma vez que o ar está sempre em movimento. 
De qualquer forma, para que possamos estabelecer um referencial, devemos considerar 
uma composição básica conforme podemos verificar na Tabela 1. 
Tabela 1. Composição geral da atmosfera. 
Gases Constituinte 
Conteúdos 
(% por volume) 
Gases não 
variáveis 
Nitrogênio (N2) 78,084 
Oxigênio (O2) 20,948 
Argônio (Ar) 0,934 
Neônio (Ne) 1,818 x 10-3 
Hélio (He) 5,24 x 10-4 
Metano (CH4) 2 x 10-4 
Criptônio (Kr) 1,14 x 10-4 
Hidrogênio (H2) 0,5 x 10-4 
Xenônio (Xe) 0,087 x 10-4 
Gases 
variáveis 
Vapor de água (H2O) 0 a 7 
Dióxido de carbono (CO2) 0,033 
Ozônio (O3) 0 a 0,01 
Dióxido de enxofre (SO2) 0 a 0,0001 
Dióxido de nitrogênio (NO2) 0 a 0,000002 
Fonte: Adaptado de Vianello e Alves (1991, p.12). 
Tendo como base esta informação, podemos dizer que a adiçãode substâncias diferentes 
das que compõem o ar, em quantidades capazes de gerar efeitos adversos, deverão ser 
tratadas como poluentes do ar. A exemplo disso podemos citar os compostos de enxofre, 
lançados na atmosfera principalmente pela queima de combustíveis fósseis. Estes 
aumentam a acidez das chuvas, afetando o pH de rios e lagos e, portanto, 
indiscutivelmente podemos classificá-los como poluentes (VESILIND, 2011). Porém, 
conforme destaca o mesmo autor, ainda temos que considerar a origem destes 
compostos, pois podem ser lançados na atmosfera por fontes naturais, como é o caso 
dos compostos de enxofre presentes nos gases expelidos por vulcões e fontes termais. 
Sendo assim, não basta identificarmos se um determinado componente constitui-se de 
um poluente do ar, precisamos também conhecer qual a origem desta substância, 
podendo esta fonte estar próxima à área onde foi detectada ou a milhares de quilômetros 
de distância. Isto porque os poluentes trafegam na atmosfera levados pelos ventos, que 
podem transportá-los a distâncias continentais. 
“Estudo aponta contaminação de pinguins por pesticida DDT”: [...] pesquisadores ficaram surpresos por 
descobrirem que o nível de contaminação não diminuiu, embora o DDT esteja proibido desde a década de 
1970 para uso externo em diversos países. Em artigo na revista Environmental Science & Technology, 
Geisz e seus colegas lembraram que poluentes orgânicos como o DDT se acumulam e se tornam 
concentrados no ecossistema antártico. "Eles na verdade viajam pela atmosfera [...] em direção às regiões 
polares, por um processo de evaporação e posterior condensação em climas mais frios", explicou Geisz. 
Leia a reportagem na íntegra acessando o link: <http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-
aponta-contaminacao-de-pinguins-por-pesticida-ddt,170322,0.htm > 
Para que possamos compreender como um poluente atmosférico, emitido nos Estados 
Unidos pode afetar os pinguins na Antártida, devemos conhecer alguns elementos 
meteorológicos que afetam a dispersão de poluentes ao redor do globo terrestre. 
Princípios de meteorologia e dispersão atmosférica 
Devido às diferenças de temperatura e composição química, nossa atmosfera pode ser 
dividida em camadas, que possuem características próprias de comportamento. Desta 
forma, temos basicamente quatro camadas principais: a troposfera, estratosfera, 
mesosfera e a termosfera. 
A maior parte dos fenômenos atmosféricos acontece na troposfera, nela estão contidos 
80% do ar e sua espessura varia de 18 km no equador a 5 km nos polos. A temperatura 
na troposfera diminui à medida que aumenta a altitude. Acima da troposfera está a 
estratosfera, com um perfil de temperatura inverso ao da camada inferior, ou seja, à 
medida que aumentamos a altitude a temperatura se eleva nesta camada. Na 
estratosfera há pouca mistura entre os componentes, assim os poluentes que migram 
para esta camada podem permanecer lá por longos períodos. A estratosfera possui alta 
concentração de Ozônio, que é o gás responsável pela absorção da radiação ultravioleta 
de ondas curtas emitidas pelo sol (VESILIND, 2011). 
O ozônio estratosférico é produzido quando as moléculas de oxigênio interagem com a radiação UV emitida 
pelo Sol (3O2 + UV ¿ 2 O3). Esse filtro natural impede que 95% da radiação UV nociva chegue à superfície 
da Terra. A radiação UV realiza a filtragem do ozônio benéfico na baixa estratosfera, permitindo o 
desenvolvimento de formas de vida. Além disso, impede que muito do oxigênio na troposfera seja 
convertido em ozônio fotoquímico, um poluente do ar nocivo (GHODDOSI, 2011). 
Acima da estratosfera temos ainda duas camadas a Mesosfera e a Termosfera que juntas 
contêm apenas 0,1% do ar atmosférico. A mesosfera apresenta temperaturas abaixo de 
100oC negativos, sendo a parte inferior mais quente pela influência da estratosfera, seu 
limite com a termosfera encontra-se em torno de 80km. A termosfera por sua vez é a 
camada que apresenta as maiores temperaturas, em seu topo, que se situa a mais de 
640km algumas partículas de gás podem chegar a 2.500ºC (BRASIL, 2011). 
De forma geral os problemas com a poluição atmosférica acontecem na troposfera, onde 
os poluentes gerados por processos naturais ou antrópicos são transportados por ventos 
ou pelas correntes de ar. 
O vento é o movimento do ar em relação à superfície, na horizontal. Quando ocorre na 
vertical, esse movimento de ar é chamado de corrente, podendo ser ascendente ou 
descendente. Os ventos se originam do aquecimento diferenciado sobre as regiões mais 
aquecidas, ar atmosférico menos denso. Por sua vez, regiões mais frias, possuem sobre 
si, ar atmosférico mais denso. Essas diferenças ocasionam um caminhamento do ar mais 
denso em direção ao menos denso. 
A formação dos ventos se dá por vários processos que, de forma geral, são decorrentes 
dos gradientes de temperaturas entre regiões vizinhas. 
 Brisas de terra e de mar: a partir das 10h00 o vento sopra do mar para a terra e em sentido 
contrario durante a noite. Isto ocorre devido à terra se aquecer mais rapidamente que o mar 
(VIANELLO; ALVES, 1991). 
 Brisa de montanha e de vale: durante o dia as encostas de uma montanha se aquecem mais 
rapidamente que as áreas mais altas portanto o ar desloca-se para cima (presença de nuvens no 
topo), e durante a noite ocorre o inverso (VIANELLO; ALVES, 1991). 
 Ventos Foehn: São ventos fortes, secos e quentes, que sopra encosta abaixo das formações 
montanhosas de maior porte, em geral estão associados com o desvio sofrido pelo escoamento, ao 
cruzar as formações montanhosas (VIANELLO; ALVES, 1991). 
 
O deslocamento de poluentes pode também ocorrer verticalmente, isto devido ao 
aquecimento do ar junto à superfície do solo, que se torna menos denso e sobe. Este é 
um comportamento comum, que pode ser alterado quando a temperatura do ar na 
superfície do solo é mais fria que a da camada superior, com isto a troposfera atinge 
uma condição de estabilidade, ou seja, não há mais deslocamentos verticais uma vez 
que todo o ar quente está no alto e o ar frio em baixo. Esta condição caracteriza o 
fenômeno de inversão térmica, onde a estabilidade da troposfera impede que os 
poluentes gerados na camada de ar próxima à superfície do solo consigam ser dispersos 
pelas correntes de ar ascendentes. 
Poluentes do ar 
Os poluentes do ar constituem-se principalmente de material particulado e de gases. Em 
função de suas características físicas os particulados podem ser ainda divididos em 
poeira, vapor, névoa, fumaça, ou spray. 
A poeira é definida como as partículas sólidas que podem ser carregadas por gases e 
geradas pela manipulação de materiais (carvão, cinzas, cimento), ou pelo 
processamento direto de materiais como a madeira, ou ainda, resultantes de operação 
como o jateamento com areia. A poeira consiste de material particulado grosso, 
possuindo cerca de 100 mícrons de diâmetro (VESILIND, 2011). 
O mícron é uma unidade e medida utilizada para mensurar elementos de tamanho muito reduzido, assim: 
1 mícron (µ) equivale a 0,001 milímetros (mm) 
O Vapor é também uma partícula sólida, frequentemente um óxido metálico, formado 
pela condensação de vapores por sublimação, destilação, calcinação ou processo de 
reações químicas. As partículas nos vapores são bem pequenas com diâmetros de 0,03 
a 0,3 µ; Anévoa consiste de partículas líquidas formadas pela condensação de um vapor 
e talvez por uma reação química. Névoas possuem diâmetro que variam de 0,5 a 3,0 µ. 
A fumaça é feita de partículas sólidas formadas pela combustão incompleta de materiais 
carbonáceos. Suas partículas possuem diâmetro de 0,05 até aproximadamente 1,0 µ; 
Por fim, sprays são partículas líquidas formadas pela atomização de um líquido base e 
sedimentam sob o efeito da gravidade(VESILIND, 2011, p.276, grifo do autor). 
Os poluentes gasosos são constituídos pelas substâncias que em pressão e temperaturas 
normais encontram-se na forma de gases. Os gases poluentes mais comuns são 
representados na Tabela 2. 
Tabela 2. Poluentes gasosos mais comuns. 
Nome Fórmula Propriedades relevantes Significância como poluente do ar 
Dióxido de enxofre SO2 
Gás incolor, provoca asfixia intensa, 
forte odor, altamente solúvel em 
água formando ácido sulfuroso 
H2SO3 
Perigo para a propriedade, saúde e 
vegetação. 
Trióxido de enxofre SO3 
Solúvel em água, formando ácido 
sulfúrico H2SO4 
Altamente corrosivo. 
Ácido sulfúrico H2S 
Odor de ovo estragado em baixas 
concentrações, inodoro a altas 
concentrações 
Altamente venenoso. 
Óxido nitroso N2O 
Gás incolor, utilizado como gás de 
transporte em produtos aerossol 
Relativamente inerte; não produzido 
na combustão. 
Óxido nítrico NO Gás incolor 
Produzido em combustões a altas 
temperaturas e pressão; oxida para 
NO2. 
Dióxido de 
nitrogênio 
NO2 Gás de cor marrom alaranjada 
Principal componente na formação de 
névoa fotoquímica. 
Monóxido de 
carbono 
CO Incolor e inodoro 
Produto de combustões incompletas; 
venenoso. 
Dióxido de carbono CO2 Incolor e inodoro 
Formado durante combustões 
completas; gás do efeito estufa. 
Ozônio O3 Altamente reativo 
Perigo para vegetações e 
propriedade; produzido, 
principalmente, durante a formação 
de névoa fotoquímica. 
Hidrocarbonetos 
CxHy ou 
HC 
Diversas 
Emitido por automóveis e indústrias; 
formado na atmosfera. 
Metano CH4 Combustível, inodoro. Gás do efeito estufa. 
Clorofluorcarbo-
netos 
CFC 
Não reativo, excelentes 
propriedades térmicas 
Decompõe o ozônio na camada 
superior da atmosfera. 
Fonte: Vesilind (2011) 
Além destes as dioxinas e furanos também constituem importantes poluentes 
atmosféricos que atualmente fazem parte da lista de poluentes orgânicos persistentes 
(POP) da Convenção de Estocolmo, um tratado internacional que visa a eliminação 
segura destes poluentes e a limitação de sua produção e uso, do qual o Brasil é signatário 
(COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, 2012). 
LINK 
Para conhecer melhor estes dois poluentes acesse o link abaixo: 
< http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/Dioxinas-e-furanos.pdf > 
 
Na próxima web aula estudaremos os métodos de monitoramento da qualidade do ar e 
de controle da poluição atmosférica, e também conheceremos a legislação pertinente ao 
tema. 
WEBAULA 2 
GESTÃO DA QUALIDADE DO AR 
Os efeitos prejudiciais da poluição atmosférica são mais intensos nos centros urbanos e 
também nas cidades próximas. Nestes ambientes a população evidencia diariamente a 
importância da gestão da qualidade do ar, pois como atesta o Ministério do Meio 
Ambiente: 
A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à qualidade de vida das 
pessoas, mas também acarretam maiores gastos do Estado, decorrentes do aumento do 
número de atendimentos e internações hospitalares, além do uso de medicamentos, 
custos esses que poderiam ser evitados com a melhoria da qualidade do ar dos centros 
urbanos. A poluição de ar pode também afetar ainda a qualidade dos materiais 
(corrosão), do solo e das águas (chuvas ácidas), além de afetar a visibilidade 
(QUALIDADE..., 2013, p.1). 
Assim, buscando garantir que o desenvolvimento econômico ocorra de forma 
sustentável, também para os aspectos relacionados à poluição do ar, foi preciso 
estabelecer uma política pública para o controle das emissões atmosféricas, tendo como 
premissa ações que visam prevenir, combater e reduzir estas emissões. Este trabalho 
constitui-se então a gestão da qualidade do ar. 
Sabemos que é difícil conhecer, através da análise dos componentes do ar, quem são os 
responsáveis pelas emissões deste ou daquele poluente. Neste sentido, para o bom 
desempenho de um programa de gestão da qualidade do ar é preciso estabelecer o 
controle diretamente nas fontes de poluentes. Para garantir isto, foram estabelecidas 
normas legais, que têm como objetivo criar parâmetros de qualidade do ar e constituir 
procedimentos capazes de orientar os responsáveis pelas emissões a uma conduta 
adequada. 
Para o poder público federal a gestão da qualidade do ar está a cargo da Gerência de 
Qualidade do Ar (GQA), ligada ao Ministério do Meio Ambiente, sendo esta gerência 
criada com o propósito de formular as políticas e executar as ações no nível federal, com 
vistas a preservar e melhorar a qualidade do ar (QUALIDADE..., 2013). Além de apoiar 
os Estados na elaboração dos Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPVs) e dos 
Programas de Inspeção e Manutenção Veicular (conforme Resolução CONAMA 418/2009) 
o GQA também gerou outras ferramentas importantes para a gestão pública da qualidade 
do ar: 
 
 Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários; 
 Programa nacional de controle de qualidade do ar - PRONAR ; 
 Programa de controle de poluição do ar por veículos automotores PROCONVE; 
 Programa de controle da poluição do ar por motociclos e veículos similares – PROMOT. 
LINK 
Conheça melhor estes programas acessando os links abaixo: 
<http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/1o_Inventario_Nacional_de 
_Emissoes_Atmosfericas_por_Veiculos_Automotores_Rodoviarios.PDF > 
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/pronar_163.pdf > 
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/proconve_163.pdf > 
< http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/promot_163.pdf > 
Legislação 
Conforme discutimos anteriormente para que possamos direcionar a gestão da qualidade 
do ar precisamos contar com normas que auxiliem e embasem este trabalho, assim, a 
seguir apresentamos algumas normas legais criadas para este fim. 
Em primeiro ponto, para que possamos garantir a qualidade do ar precisamos de 
parâmetros que apontem suas características químicas desejáveis. A Organização 
Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu em 2005 padrões que variam em função do 
enfoque adotado. No Brasil estes padrões estão definidos na Resolução CONAMA 
003/1990, esta resolução complementa a CONAMA 005/1989 e é complementada pela 
CONAMA 008/1990. 
Outra iniciativa fundamental para garantir a qualidade do ar como um dos aspectos do 
desenvolvimento econômico sustentável foi a criação do Plano Nacional de Qualidade do 
Ar. Este foi concebido como um subsídio à 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental 
(CNSA), ocorrida 2009. No mesmo evento foi redigido também o documento 
“Compromisso pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental”, onde o Governo Federal 
assume a responsabilidade de trazer à reflexão as necessidades e desafios deste tema. 
Para conhecer os documentos citados no texto acesse os links abaixo: 
Resolução CONAMA 005/1989 – Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar: 
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=81 > 
Resolução CONAMA 003/1990 – Padrões de qualidade do ar: 
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100 > 
Resolução CONAMA 008/1990 – Limites de emissão: 
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=105 > 
Plano Nacional de Qualidade do Ar 
< http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/Subsidios%20ao%20Pronar.pdf > 
Compromisso Nacional pela Qualidade do Ar e Saúde Ambiental: 
<http://www.mma.gov.br/images/arquivo/80060/Compromisso%20pela%20 
Qualidade%20do%20Ar%20e%20Saude%20Ambiental.pdf > 
Resolução CONAMA 016/1995 - PROCONVE: 
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=105 > 
Além das já citadas, outras Normas e Leis vêm sendo criadas com o objetivo de 
estabelecer critérios para controle da qualidade do ar e de emissõesatmosféricas para 
os diversos setores e atividades. 
Se desejar você pode acessar uma publicação da biblioteca digital da Câmara dos Deputados que apresenta 
a Legislação Brasileira Sobre a Poluição do Ar. Para obtê-la clique no link abaixo: 
<http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/1542/legislacao_poluicao_ar_jose_pereira.pdf
?sequence=1 > 
Gestão da qualidade do ar 
Bem como vimos anteriormente para a gestão da qualidade precisamos conhecer os 
padrões de qualidade do ar estabelecido pela legislação. Assim, conforme a Resolução 
CONAMA 003/1990 temos: 
Art. 1º São padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos que, 
ultrapassadas, poderão afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem 
como ocasionar danos à ¿ora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.[...] 
Art. 2o Para os efeitos desta Resolução ¿cam estabelecidos os seguintes conceitos: I - 
Padrões Primários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes que, 
ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. II - Padrões Secundários de 
Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo 
efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à 
¿ora, aos materiais e ao meio ambiente em geral (CONSELHO NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE, 1990, p.1). 
Desta forma, o poder público deverá utilizar os padrões legais como metas mínimas para 
orientar a construção dos Planos Regionais de Controle de Poluição do Ar. 
Você conhece o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change)? 
Em português foi traduzido para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Este órgão foi 
criado pela Organização Meteorológica Mundial e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com 
o intuito de reunir informações importantes para a compreensão das mudanças climáticas. O Painel 
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPPC) é o órgão das Nações Unidas responsável por produzir 
informações científicas em três relatórios que são divulgados periodicamente desde 1988. Os relatórios 
são baseados na revisão de pesquisas de 2500 cientistas de todo o mundo. 
Uma etapa importante em qualquer trabalho que visa garantir o controle das emissões 
atmosféricas a fim de se atender aos padrões legais previamente estabelecidos, é o 
monitoramento dessas emissões e também da qualidade do ar. Considerando-se a 
natureza da poluição atmosférica ou ainda a área que ocupam podemos classificar as 
fontes de emissão de poluentes em duas categorias: as provenientes de fontes fixas e 
aquelas oriundas de fontes móveis (QUALIDADE..., 2013). 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente podemos assim definir as fontes fixas: 
São assim denominadas as fontes lançadas à atmosfera por um ponto específico, fixo, 
como uma chaminé, por exemplo. Dessa forma, as fontes fixas compreendem as que 
resultam dos processos produtivos industriais e dos processos de geração de energia, 
como é o caso das termelétricas. Esses processos liberam, para a atmosfera, uma série 
de substâncias, conforme as matérias-primas, insumos e combustíveis empregados, 
sendo que algumas delas podem apresentar elevada toxicidade, comprometendo a 
qualidade do ar, da água e do solo (COMPROMISSO..., 2009, p.6). 
Já as fontes móveis são aquelas caracterizadas por se dissiparem pela comunidade 
impossibilitando uma análise e monitoramento na base de cada fonte (QUALIDADE..., 
2013). 
Independente se a fonte emissora de poluentes é móvel ou estacionária o monitoramento 
deverá ser realizado por meio da medição de poluentes dispersos no ar. Para tanto vários 
são os métodos, considerando que temos diferentes formas de poluição (particulados e 
gases). Assim, para cada tipo de emissão ou de substância deve-se empregar o método 
mais indicado, a fim de se garantir que a medição seja adequada e, na medida do 
possível precisa. 
Os métodos para a medição de material particulado têm com princípio forçar a passagem 
do ar por determinada superfície porosa, onde o material particulado, que se encontrava 
em suspensão, fica retido nesta superfície. 
Os equipamentos para medição dos particulados são conhecidos como Amostradores de grande volume 
(Hi-vol). Em particular este equipamento funciona como um grande aspirador de pó que força mais de 
2000m3 de ar através de um filtro durante 24 horas. A análise realizada é gravimétrica, ou seja, o filtro é 
pesado antes e depois, e a diferença é a quantidade de particulado coletados. A concentração de 
particulados medida dessa forma é geralmente chamada de total de particulados suspensos (VESILIND, 
2011). 
Ainda com relação ao material particulado, outra medida muito empregada busca 
mensurar a quantidade de partículas inaláveis, ou seja, aquelas que poderão ser inaladas 
para dentro dos pulmões. Para esta medição é empregado um sistema de filtragem que 
busca separar as partículas com tamanho igual ou inferior a 0,3 µ, fração esta capaz de 
adentrar nos pulmões (VESILIND, 2011). 
E a medição dos poluentes gasosos, você sabe com é feita? 
O método mais tradicional para a medição de gases é a sua “captura” em solução aquosa. 
Esta técnica é feita borbulhando-se o ar dentro de uma substância que irá reagir 
quimicamente com o gás que se deseja identificar. 
Se houver reação química do gás com a substância, produzindo um terceiro composto, 
a determinação da quantidade de poluente do ar é feita indiretamente pela quantificação 
do terceiro composto formado. Este procedimento pode ser feito por titulação. 
Se houver mudança de cor, a solução é levada para análise da intensidade de cor 
(espectrofotometria), ou seja, quanto mais intensa for a cor na solução maior quantidade 
dos poluentes foi capturada. 
Como exemplo desta técnica citamos a medição do SO2. Quando borbulhado em peróxido 
de hidrogênio (água oxigenada) reage formando ácido sulfúrico, que pode ser 
quantificado por titulação, conforme reação abaixo: 
SO2 + H2O2 -> H2SO4 
IMPORTANTE 
Enquanto as unidades de medida dos particulados são microgramas por metro cúbico de ar (µg x m-3), a 
concentração de gases pode ser medida tanto em partes por milhão (ppm) como em microgramas por 
metro cúbico de ar (VESILIND, 2011, p.278). 
A medição da fumaça é realizada por meio da quantificação de sua densidade, para isto utiliza-
se a Escala de Ringelmann. Esta escala varia de 0 para a fumaça branca ou transparente a 5 
para a fumaça completamente preta ou opaca. 
Além destas técnicas, atualmente, podemos contar com a tecnologia para promover de forma 
mais eficiente a determinação de poluentes do ar tais como: 
 Determinação da concentração de monóxido de carbono por espectrofotometria de 
infravermelho não dispersivo (IVND) 
 Determinação do teor de dióxido de nitrogênio – Reação de Gress Saltzman 
 Analisadores automáticos para a determinação de: SO2, NOx, NO, NO2, CO, HC, O3 e 
particulados em suspensão; 
Mas fique atento! 
A escolha do método para análise da qualidade do ar deve atender as especificações e normas 
técnicas definidas pelos órgãos competentes (Ministério do Meio Ambiente, Secretarias Estaduais 
e Municipais de Meio Ambiente, Associação Brasileira de Normas técnicas e outros). 
Referências 
BRASIL. Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Atmosfera. Observatório Nacional. Rio de Janeiro, 
2011, 35 p. Disponível: <http://www.on.br/pequeno_cientista/conteudo/revista/pdf/atmosfera.pdf >. 
Acesso em: 20 ago. 2013. 
CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA 003, 1990. 
Dispõe sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR. Disponível em: 
< http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=100 >. Acesso em: 05 ago. 2013. 
BRASIL. Lei n. 6.938 de 31 de agosto de1981. Dispõe sobre a política nacional do meio ambiente e 
instituiu o sistema nacional do meio ambiente – SISNAMA. Disponível em: 
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=313>. Acesso em: 22 abr. 2009. 
COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL-CETESB Ficha de informação toxicológica: 
Dioxinas e Furanos. 2012. Disponível em: 
<http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/Dioxinas-e-furanos.pdf > Acesso em: 20/ 
ago. 2013. 
COMPROMISSO pela qualidade do ar e saúde ambiental. Ministério do Meio Ambiente. Brasília. 2009. 
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/163/_arquivos/compromisso2_163.pdf > Acesso 
em: 19/08/2013. 
QUALIDADE do ar. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/cidades-
sustentaveis/qualidade-do-ar >. Acesso em: 20 ago. 2013. 
GHODDOSI, S. M. Controle de poluição do ar. Indaial: Uniasselvi, 2011. 235p. 
VESILIND, P. A. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo. Cengage Learning. 2 ed. 2011. 438p. 
VIANELLO, R. L.; ALVES, A.R. Meteorologia básica e aplicações. Viçosa: UFV/Imprensa Universitária, 
1991. 449p. 
SUGESTÃO DE LEITURA 
ZABARENKO, D. Estudo aponta contaminação de pinguins por pesticida DDT.Estadão.com.br, 2008. 
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,estudo-aponta-contaminacao-de-pinguins-
por-pesticida-ddt,170322,0.htm >. Acesso em: 02 ago. 2013. 
Av1 - Gest. Ambiental - [dp] 
Poluição e Resíduos Sólidos 
1) Devido às diferenças de temperatura e composição química, a atmosfera 
pode ser dividida em camadas, que possuem características próprias de 
comportamento: troposfera, estratosfera, mesosfera e a termosfera. Em qual 
delas ocorre a maior parte dos fenômenos atmosféricos? 
a) Troposfera. 
 
2) Os poluentes do ar constituem-se principalmente de material particulado e 
de gases. Em função de suas características físicas os particulados podem ser 
ainda divididos em: 
c) Poeira, vapor, névoa, fumaça, ou spray. 
 
3) Qual a maior fonte emissora de poluentes atmosféricos nos grandes centros 
urbanos? 
d) Veículos automotores. 
 
4) Considerando-se a natureza da poluição atmosférica ou ainda a área que 
ocupam podemos classificar as fontes de emissão de poluentes em duas 
categorias: as provenientes de fontes fixas e aquelas oriundas de fontes 
móveis. A legislação que regula a emissão de fontes móveis é: 
b) PROCONVE, PROMOT e PCPVs. 
 
5) O ozônio estratosférico é produzido quando as moléculas de oxigênio 
interagem com a radiação UV emitida pelo Sol. Esse filtro natural impede que 
95% da radiação UV nociva chegue à superfície da Terra. A radiação UV realiza 
a filtragem do ozônio benéfico na baixa estratosfera, permitindo o 
desenvolvimento de formas de vida. 
Em que condições o ozônio é considerado um poluente atmosférico. Assinale a 
resposta INCORRETA: 
b) Quando presente na estratosfera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WEBAULA 1 
Unidade 2 – O Controle das Endemias 
Resumo: Esta web aula aborda as principais características de algumas endemias no 
Brasil enfatizando sua forma de transmissão, os principais sintomas e tratamento da 
doença e aspectos relacionados à prevenção e controle. 
Palavras chave: Endemias, Controle e Prevenção. 
CONTROLE DE ENDEMIAS: DENGUE E FEBRE AMARELA 
Introdução 
Você sabe o que é uma endemia? 
É a ocorrência habitual de uma doença ou de um agente infeccioso em determinada área 
geográfica; pode significar, também, a prevalência usual de determinada doença nessa 
área (BRASIL, 1977). 
Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, a maioria delas parasitárias 
ou transmitidas por vetor, como "endemias", "grandes endemias" ou "endemias rurais" 
(SILVA, 2003). Essas doenças são: a malária, a febre amarela, a esquistossomose, as 
leishmanioses, as filarioses, a peste, a doença de Chagas, além do tracoma, da bouba, 
do bócio endêmico e de algumas helmintíases intestinais, principalmente a 
ancilostomíase (PESSOA, 1950). 
Nesta unidade serão apresentadas as principais características de algumas endemias. 
São elas: dengue, febre amarela, doença de Chagas, Angiostrongilíase 
meningoencefálica (causada pelo caramujo africano), Leishmaniose tegumentar 
americana e Malária. 
Dengue 
O que é? 
 
É uma doença febril aguda e de gravidade variável, caracterizada em sua forma clássica, 
por dores musculares e articulares intensas. Apresenta como agente um arbovírus do 
gênero Flavivírus da famíliaFlaviviridae, do qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-
2, DEN-3 e DEN-4. 
Saiba como ocorre a transmissão. 
A transmissão se dá pela picada do mosquito transmissor, cujos criadouros são locais 
com água limpa e parada, presentes principalmente em áreas urbanas. 
A dengue pode ser transmitida por duas espécies de mosquitos (Aëdes aegypti e Aëdes 
albopictus). 
Conheça os principais sintomas 
As infecções pelo vírus da dengue ocorrem desde a forma clássica (sintomática ou 
assintomática) à febre hemorrágica do dengue (FHD). 
Nas formas LEVES da doença, denominadas de DENGUE CLÁSSICA, considera-se doença 
de baixa letalidade, no entanto, incapacita temporariamente as pessoas para o trabalho. 
Nesta fase o paciente apresenta sintomas tais como: febre, cefaleia (dor de cabeça) 
intensa, dores musculares e nas articulações, prostração, náuseas, vômitos, dor nos 
olhos, diarreia e manchas vermelhas no corpo. 
Nas formas MODERADAS e GRAVES, denominadas DENGUE HEMORRÁGICA, além dos 
sintomas já mencionados, o paciente apresenta febre alta, com manifestações 
hemorrágicas, hepatomegalia e insuficiência circulatória. Dengue hemorrágica é uma 
forma grave de dengue, a letalidade é significativamente maior do que no caso de 
dengue clássica. 
Tratamento 
Não existe um tratamento específico para DENGUE, apenas tratamentos que aliviam os 
sintomas cabendo ao profissional de saúde indicar a ingestão de muito líquido e 
medicamentos sintomáticos, o paciente deve ser monitorado quanto ao surgimento de 
sintomas mais graves. 
Prevenção e controle 
A única maneira de se prevenir da doença é por meio do combate às larvas do mosquito 
transmissor da DENGUE, eliminando os focos de acúmulo de água em locais propícios 
para a criação do mosquito transmissor da doença. Portanto é essencial não deixar 
acumular água em embalagens tais como garrafas de refrigerante, latas, pneus, vasos 
de plantas, caixas d´água, tambores, cisternas, lixeiras, entre outros. Ainda não existe 
VACINA aprovada e liberada para a DENGUE, porém estudos estão sendo realizados para 
viabilizá-la. 
De acordo com manual de normas técnicas (BRASIL, 2001 p.66) devem ser adotadas as 
seguintes práticas para a prevenção da dengue: 
a) O armazenamento, coleta e disposição final dos resíduos sólidos, visando ao êxito no 
combate vetorial, compreendem três aspectos: a redução dos resíduos, acompanhada 
pela sua reciclagem ou reutilização, a coleta dos resíduos e a sua correta disposição final. 
b) O trabalho educativo com vistas a difundir junto à população noções acerca do 
saneamento domiciliar e do uso correto dos recipientes de armazenamento de água é 
também de fundamental importância. Recipientes como caixas d’água, tonéis e tanques, 
devem ser mantidos hermeticamente fechados, à prova de mosquitos. Caso isso não 
seja possível naquele momento, o agente deverá escovar as paredes internas do 
reservatório, com vistas à remoção de ovos por ventura aí existentes. 
c) Outros recipientes ou objetos existentes nos domicílios, peridomicílios e pontos 
estratégicos, devem merecer atenção dos agentes de saúde e dos moradores, pois 
podem servir de criadouros importantes para o Aedes aegypti. Por exemplo: 
 As calhas devem ser desobstruídas periodicamente emantidas com inclinação adequada para o 
escoamento da água. 
 Cavidades em muros, pedras, árvores, etc., devem ser tampadas com barro ou cimento, de modo 
a evitar que coletem água. 
 Fragmentos de vidros (gargalos e fundos de garrafas) fixados em cima de muros devem ser 
preenchidos com barro ou areia grossa. 
 As bromélias e outros vegetais que acumulam água entre as folhas devem ser eliminados. 
 As floreiras existentes nos cemitérios (ponto estratégico) devem ser furadas por baixo, ou 
preenchidas com areia grossa. 
Sabe-se que a participação comunitária é fundamental para o combate ao Aedes aegypti. 
O Programa de Erradicação do Aedes aegypti no Brasil (PEAa) propõe que o agente de 
endemias ou agente de saúde, trabalhe junto à comunidade. De acordo com o Manual 
de normas técnicas (BRASIL, 2001, p. 67). Na inspeção dos imóveis, o agente de saúde 
deve preocupar-se em realizar sua atividade junto com os moradores, orientando-o em 
relação a: 
 No caso de vasos de flores ou plantas, manter o prato que fica sob os vasos sempre seco, podendo 
utilizar, para isso, areia; 
 A água das jarras de flores deve ser trocada duas vezes por semana e a jarra bem lavada para 
eliminar os ovos de Aedes aegypti que possam estar aderidos às paredes. Esta recomendação é válida 
para áreas que não estejam sob tratamento focal; 
 O cultivo de plantas em vasos com água deve ser evitado, se possível enchendo-se o vaso com 
terra ou areia; 
 Toda vasilha de lata deve ser furada antes de ser descartada, para que não acumule água, sendo 
colocadas em lixeiras tampadas; 
 Todos os objetos que podem acumular água de chuva (copinhos plásticos, tampas de refrigerantes, 
cascas de coco) devem ser esvaziados e, se inservíveis, acondicionados em lixeira ou enterrados; 
 As garrafas vazias devem ser guardadas de cabeça para baixo em locais cobertos; 
 Os bebedouros de aves e animais devem ter sua água trocada pelo menos uma vez por semana, 
após serem lavados com escova; 
 Os pneus velhos devem ser furados para escoar a água de chuva e, se possível, guardados em 
local coberto. Se inservíveis, o melhor destino é o lixo; 
 Os poços, tambores e outros depósitos de água devem estar sempre tampados; 
 As caixas d'água e cisternas dos prédios devem ser limpas com frequência e mantidas cobertas; 
 As calhas e piscinas devem ser mantidas limpas; 
 O lixo não deve ser jogado em terrenos baldios; 
 Deve-se manter o lixo tampado. 
Febre amarela 
O que é? 
É uma doença febril aguda, de curta duração (cerca de 10 a 12 dias) causada pelo vírus 
da febre amarela e apresenta gravidade variável. Esta enfermidade apresenta duas 
formas de expressão, a urbana e a silvestre e ocorre na América do Sul e na África. 
Saiba como ocorre a transmissão 
A transmissão se dá pela picada de mosquito presente em áreas silvestres. A fêmea do 
mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite. Não existe 
a transmissão de uma pessoa para outra, nem a transmissão pelo contato com as 
secreções de uma pessoa doente nem mesmo por meio de fontes de água ou alimento. 
A febre amarela silvestre ocorre principalmente por intermédio de mosquitos do 
gênero Haemagogus.A pessoa uma vez infectada em área silvestre, quando retorna para 
a área urbana, pode servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti. Este também 
é vetor da dengue, e principal transmissor da febre amarela urbana. 
Saiba mais sobre a história da Febre Amarela acessando o link abaixo: 
< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela/historico.php > 
Conheça os principais sintomas. 
Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a 
picada do mosquito. 
Nas formas LEVES e MODERADAS da doença, o paciente apresenta: febre, dor de cabeça, 
calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) 
e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). 
Nas formas GRAVES, além dos sintomas acima citados, o paciente pode apresentar dores 
abdominais e diarreia, e ocorre o funcionamento inadequado de órgãos vitais como 
fígado e rins, podendo levar a redução do volume urinário até a ausência de urina na 
bexiga, até o coma. 
Assista ao vídeo Sintomas Febre Amarela, acessando o link abaixo: 
. 
Tratamento 
Não existe um tratamento específico para o vírus da FEBRE AMARELA, é apenas 
sintomático, cabendo ao profissional de saúde medicá-lo, o paciente deve permanecer 
em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando for o caso. O 
paciente deve ser monitorado, com vigilância sobre o aparecimento de sintomas mais 
graves. 
Prevenção e controle 
 
A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença. A vacina 
é contraindicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico 
debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo. 
Onde se encontra a VACINA? 
A vacina é disponibilizada gratuitamente em postos de saúde de todos os municípios do 
país, na rede do Sistema Único de Saúde- SUS. 
Pessoas que farão viagens internacionais e não tomaram vacina 
antecipadamente podem ser impedidas de viajar por não estar em dia com a 
vacina. 
Saiba mais sobre as exigências para pessoas que realizarão viagens internacionais lendo o Guia de bolso 
da Saúde do Viajante, acessando o link: 
<http://www.anvisa.gov.br/sispaf/pdf/guia_de_saude_do_viajante.pdf> 
 Para a erradicação da febre amarela urbana assim como no caso da dengue é prioritário 
o monitoramento do Aedes aegypti. 
WEBAULA 2 
CONTROLE DE ENDEMIAS: DOENÇA DE CHAGAS, ANGIOSTRONGILÍASE 
MENINGOENCEFÁLICA HUMANA E ANGIOSTRONGILÍASE ABDOMINAL HUMANA 
(CAUSADAS PELO CARAMUJO AFRICANO), LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
AMERICANA E MALÁRIA. 
Doença de Chagas 
O que é? 
Doença de Chagas é uma doença infecciosa grave causada pelo protozoário 
parasita Trypanosoma cruzi, transmitida ao homem e a outros animais pelas fezes de 
um inseto (triatoma) conhecido por ¨bicho barbeiro¨. Esta doença foi descoberta por 
um cientista brasileiro chamado Carlos Chagas. 
Saiba como ocorre a transmissão. 
A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto. 
A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo 
barbeiro penetram pelo orifício originado por esta picada. 
A transmissão pode ocorrer também por transfusão de sangue contaminado e durante a 
gravidez da mãe para filho. 
Ainda, conforme informações da Secretaria de Vigilância em Saúde /Ministério da Saúde, 
a transmissão pode ocorrer também pela via oral, por meio da ingestão de alimentos 
contaminados pelo Trypanosoma cruzi. No Brasil foram registrados casos da infecção 
transmitida por via oral em pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí 
moído. 
Saiba mais sobre a prevenção da doença de Chagas acessando o link: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_prevencao_doenca_Chagas.pdf> 
Conheça os principais sintomas da doença de Chagas 
A doença de Chagas apresenta duas fases: aguda e crônica. A fase aguda pode 
apresentar sintomas moderados ou nenhum sintoma. Os principais sintomas nesta fase 
são: febre, mal estar; inchaço dos olhos e do local da picada do inseto. 
Passada a fase aguda, a doença pode entrar em remissão, em alguns casos a pessoa 
pode se dar conta que contraiu a doença somente muito tempo depois de ter sido 
infectada, neste momento aparecem outros sintomas, tais como: constipação; 
problemas digestivos; dor no abdômen e dificuldades para engolir. 
Tratamento 
Existe tratamento para a doença de Chagas, porém o medicamento funciona bem se a 
doença estiver no início. 
Como é o barbeiro? 
O “bicho barbeiro” vive em buracos e frestas de forros e paredes das casasde madeira 
ou de barro e também em galinheiros e pombais, em casca de troncos de árvores e 
embaixo de pedras. 
Prevenção e controle 
 As paredes e forros das casas devem ser lisos, sem buracos, brechas ou frestas; 
 Todos os lugares que possam servir de esconderijo para o barbeiro devem ser mantidos limpos 
(atrás dos quadros, camas, malas, lenhas, etc.); 
 Construa galinheiros, chiqueiros e pombais afastados das residências. 
Esquistossomose 
O que é? 
É a doença também conhecida como “barriga d’água”. Ela é causada por um parasita, 
chamadoSchistossoma mansoni, que tem no homem seu hospedeiro definitivo. 
Saiba como ocorre a transmissão. 
Este parasita necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários 
para desenvolver seu ciclo evolutivo. sua transmissão se dá pela liberação de ovos 
através das fezes do homem infectado. Quando em contato com a água, os ovos eclodem 
e libertam larvas, que se alojam em caramujos, dando continuidade ao ciclo e liberam 
novas larvas que infectam as águas e posteriormente os homens penetrando em sua 
pele ou mucosas. 
Conheça os principais sintomas. 
A doença se apresenta em duas fases uma aguda e outra crônica. 
Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, 
febre, tosse, diarreia, enjoos, vômitos, fraqueza e emagrecimento. 
Na fase crônica, geralmente a doença é assintomática, apresentando diarreia podendo 
alternar o quadro para prisão de ventre. A doença pode apresentar complicações 
provocando o aumento do fígado e baço, cirrose, hemorragias e ascite ou barriga d’água. 
Tratamento 
O tratamento da esquistossomose pode ser feito com medicamentos específicos que 
combatam oSchistossoma mansoni. 
Prevenção e controle 
Devem ser realizadas ações de prevenção através da educação sanitária, oferta de 
saneamento básico, controle dos caramujos e divulgação de informação sobre o modo 
de transmissão da doença são medidas essenciais para prevenção. 
Angiostrongilíase meningoencefálica humana e Angiostrongilíase abdominal 
humana (causadas pelo caramujo africano). 
Com a chegada do verão e do período de chuvas, aumenta a preocupação com o controle 
do caramujo africano, uma praga que afeta plantações e pode transmitir doenças. 
O que é? 
Como o próprio nome diz, é uma espécie originária da África, e foi introduzida 
clandestinamente no Brasil no ano de 1988, como alternativa ao cultivo do ¨escargô¨, 
mas acabou virando praga. 
Seu nome científico é Achatina fulica, molusco terrestre de grande porte. Sua concha 
mede entre 15 a 20 cm de altura e de 10 a 12 cm de comprimento, chegando a pesar 
200 g. Sua cor é cinza-escuro e a concha possui estrias e faixas castanhas. 
Além de ser uma praga agrícola também é um sério problema de Saúde Pública, pois é 
capaz de transmitir um verme nematoide ao homem, o Angiostrongylus, causador da 
Angiostrongilíase meningoencefálica humana, que afeta o sistema nervoso central com 
extrema gravidade. 
Saiba como ocorre a transmissão 
A transmissão ocorre através da ingestão de alimentos contaminados (alimentos que 
tiveram contato com o caramujo e que foram mal lavados) ou pelo contato direto com o 
molusco. 
Conheça os principais sintomas 
Os principais sintomas são: cefaleia, rigidez da nuca, formigamentos no corpo, paralisias 
temporárias e febre baixa. O verme pode alojar-se nos olhos, causando distúrbios visuais 
e até mesmo a cegueira. 
Pode também alojar-se no intestino, causando o comprometimento dos órgãos 
abdominais doença denominada Angiostrongilíase abdominal humana. 
Prevenção e controle 
O molusco costuma se desenvolver principalmente em terrenos baldios, terrenos com 
hortas e plantações e áreas em que exista o descarte inadequado de resíduos da 
construção civil (entulho). A medida de controle mais eficaz para o caramujo é a manual, 
realizando a coleta e a sua destruição individualmente. 
Quando se encontra um caramujo africano deve-se recolhê-lo, sempre com proteção nas 
mãos, utilizando uma luva descartável ou um saco plástico. O caramujo deve ser 
colocado em uma sacola ou recipiente e destinado a uma unidade básica de saúde ou 
secretaria de saúde. 
Alguns cuidados devem ser tomados visando a prevenção: 
 Não ingerir o molusco, em hipótese alguma; 
 Manter limpos os quintais das casas retirando todo o entulho e o mato, pois servem de criadouro 
para os caramujos; 
 Evitar a proliferação dos ovos do caramujo na terra a ser utilizada para o cultivo de plantas em 
vasos; 
 Os moluscos devem ser coletados sempre com proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou 
sacolas plásticas; 
 Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não 
afetam o molusco; 
 Frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados. 
Leishnmaniose tegumentar americana 
O que é? 
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma ferida também conhecida como 
úlcera de Bauru ou ferida brava, no Brasil. É considerada uma das afecções 
dermatológicas que merece mais atenção, apresenta registro de casos em todas as 
regiões brasileiras. 
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, 
causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete 
pele e mucosas. 
Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomineos, conhecidos popularmente, 
dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre 
outros. 
Saiba como ocorre a transmissão 
É transmitida pelo mosquito flebótomo. De 15 a 60 dias depois da picada aparece um 
carocinho com pus ao se romper, forma a ferida, que vai aumentando de tamanho até 
formar a úlcera. 
A transmissão ocorre através da picada de insetos transmissores infectados, Não há 
transmissão de pessoa para pessoa. 
O mosquito se contamina sugando animais (silvestres e domésticos) ou mesmo o homem 
doente. 
Conheça os principais sintomas 
Os principais sintomas são: obstrução nasal, eliminação de crostas, epistaxe, disfagia, 
odinofagia, rouquidão, dispneia e tosse. 
Sugere-se sempre examinar as mucosas dos pacientes, pois as lesões mucosas iniciais 
geralmente são assintomáticas. 
Os mais frequentes são: febre, náuseas, vômitos, hipopotassemia e flebite no local da 
infusão. 
Tratamento 
A Leishmania tem cura, desde que seguido o tratamento corretamente, quando não 
tratada, ou tratada de forma inadequada, ela pode incubar, e aparecer tempos depois 
nas cartilagens (nariz, lábios, garganta, etc...). 
Prevenção e controle 
 Telar portas e janelas. 
 As residências não devem ser construídas próximas a matas. 
 O alojamento de animais (chiqueiro, galinheiro, pombais) deve ser construído distante das 
residências. 
 Evite acessar a mata à noite. 
 Evite banhar-se em rios ou lagos próximos à mata, principalmente ao entardecer e à noite. 
Saiba sobre a Leishmaniose Tegumentar Americana, acessando o link: 
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_lta_2ed.pdf> 
Malária 
O que é? 
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cuja maior incidência ocorre nos países 
de clima tropical e subtropical. O vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um 
mosquito parecido com o pernilongo que se infecta ao sugar o sangue de um doente. 
Saiba como ocorre a transmissão 
A maioria dos casos de malária ocorre na Amazônia, pois a região apresenta clima e 
criadouros preferenciais para a proliferação do mosquito transmissor da malária. Sua 
transmissão ocorre por meio da picada da fêmea infectada do mosquito do 
gênero Anopheles. O ciclo da malária humana é homem (infectado) -anofelino – homem. 
O mosquito pica o homem com malária suga seu sangue com parasitas (plasmódios), no 
mosquito estes plasmódios se desenvolvem e se multiplicam, este ciclo se completaquando o mosquito infectado pica outro homem levando os parasitas de uma pessoa 
para outra. 
Existem muitos tipos de parasitas do gênero Plasmodium. Dos que infectam o homem, 
os mais conhecidos são: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. 
knowlesi, sendo que no Brasil, apenas as três primeiras espécies deste parasita estão 
presentes. A doença provocada pelo P.vivax é a mais comum. 
Conheça os principais sintomas 
Os sintomas mais comuns são: falta de apetite, dor de cabeça e no corpo, febre alta, 
calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, a pele fica 
amarelada e a pessoa sente muito cansaço. 
O período de incubação está relacionado ao tipo de malária, em geral o intervalo varia 
de 7 a 28 dias, podendo, contudo, chegar a vários meses em condições especiais da 
doença. 
Tratamento 
A malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz. Porém é necessário 
realizar o mais rápido possível a confirmação laboratorial da doença, pois o diagnóstico 
precoce e o tratamento adequado e oportuno da malária são atualmente as principais 
medidas para o controle desta doença. 
Prevenção e Controle 
 Uso de repelentes em adultos seguindo as recomendações do fabricante sobre o prazo para 
reaplicação do produto; 
 Uso de camisas com mangas longas, calças compridas; 
 Uso de telas tipo ¨mosquiteiro¨ nas portas e janelas; 
Ainda não existe vacina contra a malária, porém deve-se buscar a confirmação da doença o mais 
rápido possível para iniciar o tratamento da doença. 
 
BRASIL. Conceitos e definições em saúde. Secretaria Nacional de ações básicas de saúde. Ministério da 
Saúde. Brasília 1977. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0117conceitos.pdf >. 
Acesso em: ago. 2013. 
BRASIL. Dengue: instruções para pessoal de combate ao vetor: manual de normas técnicas. 3. ed., rev. 
- Brasília: Ministério da Saúde: Fundação Nacional de Saúde, 2001. 
PESSOA, S.B. Problemas brasileiros de higiene rural. São Paulo: Renascença, 1950. 
SILVA, L. J. O controle SAS endemias no Brasil e sua história. Cienc. Cult., São Paulo, v. 55, n. 1. 
jan./mar. 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Av2 - Gest. Ambiental - [dp] 
Poluição e Resíduos Sólidos 
1) Analise as afirmativas sobre a Doença de Chagas e responda: 
I) Doença de chagas é uma doença infecciosa grave causada pelo protozoário 
parasita Schistossoma mansoni 
II) A Doença de Chagas é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto. 
III) Doença de chagas é uma doença infecciosa grave causada pelo mosquito Aedes 
aegypti 
d) Nenhuma das afirmativas está correta
 
2) Sobre o Caramujo Africano é CORRETO afirmar: 
I) O caramujo africano pode ser coletado diretamente com a mão sem proteção pois não 
há risco de penetração na pele. 
II) O Caramujo africano costuma se desenvolver em terrenos baldios, terrenos com 
hortas e plantações e áreas em que exista o descarte inadequado de resíduos da 
construção civil ( entulho). 
III) O caramujo africano é uma espécie originária do Brasil, além de ser uma praga 
agrícola também é um sério problema de Saúde Pública. 
b) Apenas a afirmativa II está correta
 
3) Sobre as orientações para prevenção da dengue é CORRETO afirmar 
I. Os bebedouros de aves e animais não precisam ter sua água trocada pois os recipientes 
ficam limpos por conterem somente água. 
II. Todos os objetos que podem acumular água de chuva devem ser esvaziados e, se 
inservíveis, devem ser acondicionados em lixeiras; 
III. Os pneus velhos devem ser furados para escoar a água de chuva e, se possível, 
guardados em local coberto. 
d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
 
4) Sobre a DENGUE pode-se afirmar: 
I. A transmissão se dá pelo protozoário parasita Schistossoma mansoni. 
II. É uma doença febril aguda e de gravidade variável, caracterizada em sua forma 
clássica, por dores musculares e articulares intensas. 
III. Apresenta como agente um arbovírus do gênero Flavivírus da família Flaviviridae, do 
qual existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. 
d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
 
5) Sobre a malária é CORRETO afirmar: 
I.A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cuja maior incidência ocorre em locais 
com incidência de clima frio. 
II.O vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo 
que se infecta ao sugar o sangue de um doente. 
III.A maioria dos casos de malária ocorre no Rio Grande do Sul, pois a região apresenta 
clima e criadouros preferenciais para a proliferação do mosquito transmissor da malária. 
IV.Os sintomas mais comuns são falta de apetite, dor de cabeça e no corpo, febre alta, 
calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, a pele fica 
amarelada e a pessoa sente muito cansaço. 
a) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas

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