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1 POLUIÇÃO, QUALIDADE, USO DA ÁGUA E RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E INDUSTRIAIS 2 Sumário NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 3 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. TIPOS DE POLUIÇÃO ......................................................................................... 10 2.1. POLUIÇÃO ELETRÔNICA ............................................................................... 10 2.2. POLUIÇÃO DE SOLOS ..................................................................................... 12 2.3. POLUIÇÃO DO AR ............................................................................................ 14 2.4. POLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS .............................................................. 15 2.5. EFLUENTES E FERTILIZANTES .................................................................... 17 2.6. POLUIÇÃO TÉRMICA ...................................................................................... 18 2.7. FONTES DIFUSAS ............................................................................................ 19 3. A QUALIDADE AMBIENTAL ............................................................................ 19 4. USO DA ÁGUA ..................................................................................................... 21 Figura 8: O uso da água ................................................................................................. 21 4.1. PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA ......................................................................... 22 4.1.1. AGRICULTURA ............................................................................................. 23 4.1.2. INDÚSTRIA .................................................................................................... 24 4.1.3. GERAÇÃO DE ENERGIA ............................................................................. 25 4.1.4. CONSUMO DOMÉSTICO ............................................................................. 26 5. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) ........................................................... 28 5.1. ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS ........................................................... 29 5.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .............................................. 32 5.3. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................... 33 6. RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS ................................................................. 35 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 41 3 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de em- presários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Gradua- ção e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua forma- ção contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, ci- entíficos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de for- ma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das ins- tituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 1. INTRODUÇÃO Figura 1: Poluição. Fonte: https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/571762/a-poluicao-ambiental-e-sua- agressividade Poluição é a introdução de substâncias ou energia de forma acidental ou intencional no meio ambiente, com consequências negativas para os seres vi- vos. A poluição passou a ser mais intensa a partir da Revolução Industrial que culminou no aumento da industrialização e urbanização. Atualmente, é considerada um grave problema ambiental. No Brasil, a poluição é enquadrada como crime, através da Lei n.º 6.938/81 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), o qual se ocupa da Política Nacional do Meio Ambiente. Qualidade é uma filosofia que tem por finalidade melhorar continuamen- te a produtividade em cada nível de operação e em cada área funcional de uma organização, utilizando-se todos os recursos financeiros e humanos dis- poníveis. O conceito de qualidade apresentado pelas principais autoridades da área, de acordo com Brocka (1994), são os seguintes: “Qualidade é a conformidade do produto às suas especificações” (Crosby, 1986). As necessidades devem ser especificadas, e a qualidade é 5 possível quando essas especificações são obedecidas sem ocorrência de de- feito. “Qualidade não significa luxúria. Qualidade é um grau previsível de uni- formidade e dependência, baixo custo, satisfação do mercado. Em outras pala- vras, qualidade é aquilo de que sempre o cliente necessita e quer. E desde que as necessidades e os desejos dos clientes estão sempre mudando, a solução para definir qualidade em termos do cliente é redefinir as especificações cons- tantemente” (Deming, 1994). “Qualidade é a correção dos problemas e de suas causas ao longo de toda a série de fatores relacionados com marketing, projetos, engenharia, pro- dução e manutenção, que exercem influência sobre a satisfação do usuário" (Feigenbaum, 1994). “Qualidade é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto' de qualidade” ou seja, quanto menos defeitos, melhor a qualidade” (Ishikawa, 1993). “Descreve a Qualidade em termos da perda gerada pelo produto na so- ciedade. Essa perda na sociedade pode ser desde o embarque do produto até o final da sua vida útil” (Taguchi, 1994). Para garantir-se a manutenção e o melhoramento da qualidade, o diag- nóstico deve ser objetivo, requerendo, por isso, indicadores cuja existência de- pende da disponibilidade de dados confiáveis e organizados. Indicadores são elementos que medem os níveis de eficiência e eficácia de uma organização; são relações matemáticas que medem, numericamente, atributos de um processo ou de seus resultados, com o objetivo de comparar- se esta medida com metas numéricas, pré-estabelecidas. A formalização e o acompanhamento de indicadores permitem a avalia- ção, por comparação, do desempenho histórico com o atual de uma organiza- ção; permite uma comparação com outras organizações, o que pode resultar em metas de melhoramentos. A superfície da Terra é coberta por 2/3 de água, 97,5% encontram-se em mares e oceanos e não prestam para a maioria das atividades agrícolas e consumo humano e animal, porque têm elevados teores de sal. A água doce corresponde por 2,5% do total disponível. 6 Desse total (2,5%), 68,9% correspondem às geleiras e calotas polares situadas em regiões montanhosas; 29,9% são águas subterrâneas; 0,9% com- põem a umidade do solo e pântanos e apenas 0,3% constitui a água doce ar- mazenada nos rios e lagos, efetivamente disponível para uso em diferentes atividades (Shiklomanov, 1998, citado por Tundisi, 2003). E, esse pouco que nos resta está cada vez mais poluído e em falta, principalmente nas grandes cidades. Isso se deve ao aumento da população mundial, que provocou o aumento das indústrias e lavouras e o desperdício nas irrigações. A escassez começa a dar sinais em regiões onde tinham quantidade em recursos hídricos, e a explicação para isso éo desperdício com exploração ex- cessiva, o assoreamento dos rios e poluição das fontes. Outro aspecto crítico do processo de deterioração causado pelo homem é a degradação da meio ambiente. A poluição incomoda, mesmo em países industrializados, onde vigoram legislações sobre a qualidade da água, pois, a impressão que se tem é que em todos os lugares as águas superficiais estão sendo poluídas com uma varieda- de assustadora de resíduos urbanos, industriais e agrícolas. O Brasil tem 28% da disponibilidade de água sul-americana e 12% das reservas mundiais. Na bacia Amazônica estão localizadas 72% da água em território brasileiro. O Rio Amazonas é o maior do mundo em volume de água, despeja 175 milhões por segundo no Oceano Atlântico. O país é privilegiado, no entanto, o crescimento populacional faz com que a escassez também nos atinja. Os recursos hídricos no Brasil foram utilizados além da sua capacidade de suporte tanto em quantidade como em qualidade devido ao crescimento demográfico e econômico do país. A expansão desordenada e a disponibilida- de restrita de recursos hídricos provocaram sérios problemas de gerenciamen- to da água. A água é vital para todos os aspectos de vida e exigem-se cuidados, conscientização e mudanças de atitude em relação a este mineral que existe há 3,9 bilhões de anos e que em poucas gerações o ser humano conseguiu comprometer a sua qualidade e quantidade. 7 Uma das atividades do saneamento ambiental municipal é aquela que contempla a gestão e o gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos (GIRSU), tendo por objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenção da saúde, isto é, o bem-estar físico, social e mental da comunidade. Os termos gestão e gerenciamento, em geral, adquirem conotações distintas para grande parte dos técnicos que atuam na área de resíduos sólidos urbanos, embora possam ser empregados como sinônimos. O termo gestão é utilizado para de- finir decisões, ações e procedimentos adotados em nível estratégico (Lima, 2001), enquanto o gerenciamento visa à operação do sistema de limpeza ur- bana (Projeto BRA/922/017, 1996 apud Lima, 2001). Assim, por exemplo, pode-se afirmar que a prioridade dada à redução de resíduos ou a determinada tecnologia de destinação final é uma tomada de decisão em nível de gestão. Lembrando-se de que para viabilizar está tomada de decisão é imprescindível estabelecer as condições políticas, institucionais, legais, financeiras, sociais e ambientais necessárias. Por sua vez, os aspectos tecnológicos e operacionais relacionados a determinado programa de redução na fonte ou à implementação de um aterro de disposição de resíduos, o que envolve também os fatores administrativos, econômicos, sociais, entre outros, são de atribuição do gerenciador do sistema de limpeza urbana. O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos deve ser integrado, ou seja, deve englobar etapas articuladas entre si, desde a não geração até a dis- posição final, com atividades compatíveis com as dos demais sistemas do sa- neamento ambiental, sendo essencial a participação ativa e cooperativa do primeiro, segundo e terceiro setor, respectivamente, governo, iniciativa privada e sociedade civil organizada. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realiza- da pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2002), a popula- ção brasileira é de aproximadamente 170 milhões de habitantes, produzindo diariamente cerca de 126 mil toneladas de resíduos sólidos. Quanto à destina- ção final, os dados relativos às formas de disposição final de resíduos sólidos distribuídos de acordo com a população dos municípios, obtidos com a PNSB (IBGE, 2002) indicam que 63,6% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos sólidos em “lixões”, somente 13,8% informam que utilizam aterros sa- nitários e 18,4% dispõem seus resíduos em aterros controlados, totalizando 8 32,2 %. Os 5% dos entrevistados restantes não declaram o destino de seus resíduos. Verifica-se também que a destinação mais utilizada ainda é o depósito de resíduos sólidos a céu aberto na maioria dos municípios com população inferior a 10.000 habitantes, considerados de pequeno porte, correspondendo a cerca de 48% dos municípios brasileiros. Nesses municípios, 63,6% dos resí- duos sólidos coletados são depositados em lixões, enquanto 16,3% são enca- minhados para aterros controlados. O depósito de resíduos sólidos a céu aberto ou lixão é uma forma de deposição desordenada sem compactação ou cobertura dos resíduos, o que propicia a poluição do solo, ar e água, bem como a proliferação de vetores de doenças. Por sua vez, o aterro controlado é outra forma de deposição de resí- duo, tendo como único cuidado a cobertura dos resíduos com uma camada de solo ao final da jornada diária de trabalho com o objetivo de reduzir a prolifera- ção de vetores de doenças. A predominância dessas formas de destinação final pode ser explicada por vários fatores, tais como: falta de capacitação técnico-administrativa, baixa dotação orçamentária, pouca conscientização da população quanto aos pro- blemas ambientais ou mesmo falta de estrutura organizacional das instituições públicas envolvidas com a questão nos municípios, o que acaba refletindo na inexistência ou inadequação de planos de GIRSU. Para reverter essa situação, uma das ações possíveis é a busca de al- ternativas tecnológicas de disposição final sustentável, entendida como aquela que atente para as condições peculiares dos municípios de pequeno porte quanto às dimensões ambiental, sócio-cultural, política, econômica e financeira, e que, simultaneamente, seja integrada às demais etapas do GIRSU. Com este objetivo aborda-se neste capítulo o contexto do GIRSU no qual se insere a al- ternativa tecnológica para município de pequeno porte denominada ATERRO SUSTENTÁVEL. A concepção desta tecnologia, apresentada, busca: - O manejo ambientalmente adequado de resíduos sólidos urbanos; - A capacitação técnica das equipes responsáveis pelo projeto, opera- ção, monitoramento e encerramento do aterro; - A geração de emprego e renda; - Custos adequados à realidade sócio-econômica dos municípios; e 9 - O efetivo envolvimento dos atores políticos e institucionais e da popu- lação local. Uma das grandes preocupações da humanidade é a crescente geração de resíduos sólidos que necessitam de um destino final sustentável, técnico e ambientalmente adequado. Nos últimos anos, esses resíduos apresentam-se como um dos princi- pais problemas nas áreas urbanas, pois sua geração, descarte e disposição inadequados provocam diversos impactos ambientais, sociais, e econômico e de saúde pública (RTA, 2012). Ao longo dos tempos, especialmente a partir da Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, ocorreu uma crescente industrialização com ritmo acelerado e desenvolvimento de produtos diversificados, tendo-se como con- sequência o consumo desenfreado de recursos naturais e o aumento da gera- ção de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas com efei- tos adversos no meio ambiente (ROCHA, 2006). Esses controles devem estar contextualizados nas premissas de alcan- çar os critérios de sustentabilidade ambiental, visando o não comprometimento da qualidade do meio ambiente para as necessidades das gerações presente e futuras, encabeçando o manejo dos resíduos sólidos na ordem de prioridade da não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento de resíduos e disposição final adequada dos rejeitos (BRASIL,2010). Em seu Artigo 13, a Política Nacional de Resíduos Sólidos define resí- duos industriais como aqueles gerados nos processos produtivos e instalações industriais. Entre os resíduos industriais, inclui-se também grande quantidade de material perigoso, que necessita de tratamento especial devido ao seu altopotencial de impacto ambiental e à saúde. De acordo com a Resolução Conama no 313/2002, que dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais, a definição para resíduo sólido industrial é tudo o que resulte de atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semi sólido, gasoso – quando contido, e líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d’água, ou exijam para isto soluções técnicas ou economicamen- te inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta de- finição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles 10 gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição (Brasil, 2002). Os resíduos industriais apresentam composição variada, dependendo do pro- cesso industrial. Os resíduos gerados no ambiente industrial, cuja origem se assemelhe à dos resíduos sólidos urbanos (RSUs), de acordo com o Artigo 13 da Lei no 12.305/2010, podem ser coletados pelos serviços municipais de limpeza urba- na e/ou coleta de resíduos sólidos e ter o mesmo destino final que os RSUs. Normalmente, as grandes indústrias geradoras necessitam contratar empresas privadas para a coleta e destinação final destes resíduos, classificados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos como RSUs, pois, em alguns municípios, a coleta pública está limitada a uma determinada tonelagem (Abrelpe, 2005) 2. TIPOS DE POLUIÇÃO 2.1. POLUIÇÃO ELETRÔNICA Figura 2: Poluição Eletrônica. Fonte: https://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/veja-os-principais- danos-causados-pelo-lixo-eletronico-ao-meio-ambiente/ Poluição eletrônica ocorre pelo acúmulo de materiais eletrônicos, oriun- dos do descarte constante e mau armazenamento em um local sem nenhum tratamento prévio. Este tipo de poluição vem crescendo em virtude do alto con- sumo deste tipo de produto, muitas vezes aliado a facilidades econômicas de aquisição. O descarte excessivo é resultado de inovações tecnológicas cada vez mais aceleradas de modo a atender as mais diversas atividades do cotidia- no (FERREIRA e FERREIRA, 2008). 11 Há um tempo, não existia a preocupação com esses resíduos eletrôni- cos, sendo assim estes eram tratados como o nosso lixo comum, pois não se tinha ideia do prejuízo que estes poderiam trazer. A destinação inadequada destes resíduos começa pelo fato dos consumidores não estarem bem instruí- dos pelos fabricantes sobre o perigo do descarte de baterias no meio ambiente, bem como pela escassez de investimentos em campanhas de coleta seletiva e na disponibilização de mais lixeiras próprias para o descarte de pilhas e bateri- as, bem como de áreas adequadas para seu destino final (RIBEIRO e BESEN, 2008). “Destinação ambientalmente adequada: destinação que minimiza os ris- cos ao meio ambiente e adota procedimentos técnicos de coleta, recebimento, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final de acordo com a legis- lação ambiental vigente.” (CONAMA, Resolução n° 401/2008, cap. I, art. 2º, inciso IX ) As pilhas e baterias não representam todos os resíduos eletrônicos, sendo estes apenas uma pequena parte deste problema. Os computadores também contribuem para este tipo de poluição devido ao mesmo fato de cons- tante avanço tecnológico e a necessidade que o ser humano tem possuí-las. Com isso, gera a troca de peças por novas, consequentemente há aumento da quantidade de lixo eletrônico. Muitas pessoas imaginam que esses rejeitos ele- trônicos são apenas metal e plástico. Os metais utilizados em sua confecção são fatores tóxicos e frequentemente contaminantes do solo. Estas ligas metá- licas possuem na sua composição cádmio, mercúrio e arsênio que podem cau- sar problemas nos ossos, danos no cérebro e câncer no pulmão respectiva- mente (KASPER et al., 2009). De acordo com Ferreira e Ferreira (2008) uma placa eletrônica no perío- do de degradação gera 22mg/litro de cádmio (Cd) e 133 mg/litro de chumbo (Pb), enquanto que o homem suporta respectivamente, 0,5 mg/litro e 5 mg/litro desses elementos. Nos dias de hoje, 90% desses materiais pode ser reciclável, deles podem ser tiradas peças que serão de utilidade até mesmo para se mon- tar um novo aparelho, sendo que algumas empresas já oferecem esses servi- ços (FERREIRA e FERREIRA, 2008). Além das sucatas serem tão prejudiciais para meio ambiente, pois con- taminam o solo também ser podem ser tóxicas ao o ser humano, partindo do 12 princípio em que tudo pode ser degradado pelo meio ambiente principalmente pela ação do tempo, um ponto desfavorável é que estes materiais levam muito tempo, as pilhas, por exemplo, podem levar de 100 a 500 anos para se degra- dar por completas e com isso essas pilhas ficam por todo esse tempo poluído e contaminando solos e seres humanos que vivem do lixão para sobreviver. 2.2. POLUIÇÃO DE SOLOS Figura 3: Poluição do solo. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_do_solo O solo além de ser um recurso ambiental renovável também participa essencialmente da Humanidade através da agricultura e pecuária através dos tempos. Embora o solo seja tão importante sua preservação nem sempre é observada, gerando os fenômenos de erosão e voçoroca que consomem e destroem o solo, impossibilitando as diversas atividades, bem como a própria manutenção humana. Diversos resíduos por suas características químicas po- dem contaminar o solo e o lençol freático, dispersando assim a poluição a grandes distâncias. A presença de materiais poluentes em lixões (que embora proibidos, ainda existem em nossas cidades) permite a exposição de “catadores de lixo” que nestas áreas retiram o seu sustento e podem adquirir diversas enfermida- des de cunho infecto parasitário, mas também ambiental por contaminação pe- los diversos materiais químicos aos quais se expõem durante sua atividade. Esse fato é agravado quando encontramos lixo orgânico misturado com mate- 13 riais hospitalares que além de veicular doença, podem causar acidentes por perfuro cortantes (CAVALCANTE e FRANCO, 2007). Lixões clandestinos também geram problemas para o meio ambiente e principalmente para o solo devido à produção do chorume, onde este é definido como resíduo líquido de elevada carga orgânica e forte coloração, produzido pela decomposição química e microbiológica dos resíduos sólidos depositados em um aterro. A atividade contaminante do chorume pode alcançar e contami- nar aquíferos (NOBREGA et al., 2009). O tratamento correto do chorume é a impermeabilização do solo com uma manta de polietileno de alta densidade (PEAD), criar valas por onde este poderia escorrer e mantendo-o armazenado em lagoas de tratamento. O trata- mento pode ser biológico como lagoas anaeróbias e de estabilização, trata- mento por oxidação que seria a queima e evaporação ou ainda poderia ser rea- lizado um tratamento químico com adição de substâncias ao chorume. Estes procedimentos são típicos de um aterro sanitário. A principal providência a ser tomada seria a melhor fiscalização aliada a multas mais rígidas contra os fun- dadores dos lixões clandestinos ou empresários que contratam esses serviços para não ter que custear uma empresa especializada no tratamento e no des- carte do seu lixo. A inobservância destes métodos acaba por descartar os resí- duos em qualquer ambiente colocando em risco a saúde das pessoas que mo- ram próximos a estes lixões ou em locais de proteção ambiental causando da- nos diretos ao meio ambiente (CESTESB, 2015; NOBREGA et al.; 2009; DAN- TAS e FERREIRA JUNIOR, 2012). Outra prática importante para a sociedade é a agricultura, mas esta também gera resíduos que poluem o solo podendo inutilizá-lo, ou seja, torna-lo impróprio para o plantio (BARREIRA e PHILIPPI JUNIOR, 2002). Os agrotóxicos são utilizados para proteger o plantio contra pragas,mas são muito inespecíficos e acabam por prejudicá-lo indiretamente, pois prejudi- cam o solo diretamente, e ainda possuem substâncias que podem alterar o pH do solo ou alterara solubilidade de algumas substâncias no mesmo (ALVES e OLIVEIRA-SILVA, 2003). Segundo a atual legislação, compete ao Ministério da Agricultura, Pecu- ária e Abastecimento realizar a variação de eficácia agronômica, ao Ministério da Saúde de executar a avaliação e classificação Toxicológica e ao Ministério 14 do Meio Ambiente avaliar e classificar o potencial de periculosidade ambiental. Já que os impactos gerados pelo uso destas substâncias variam de acordo com as propriedades físico-químicas dos produtos, bem como seu modo de aplicação. O tipo de ambiente com o qual o agrotóxico interage também é de- terminante para a mensuração da magnitude e gravidade de seu impacto na saúde humana e ambiental (RIBEIRO e CAMELLO, 2014). Existem várias maneiras de contaminação do solo por agrotóxicos. A contaminação direta é quando existe um vazamento, derramamento ou lança- mento direto no solo. Indiretamente ocorre pelo vento, lavagem das plantas por irrigação, pela água da chuva ou pela incorporação dos restos de biomassa dessas plantas no solo e ainda pela transferência da mesma para o solo, ab- sorvendo e transferindo essas substâncias (BARREIRA e PHILIPPI JUNIOR, 2002). Segundo Correia et al., 2007, a adsorção, responsável pela ligação dos agrotóxicos ao solo, influencia os processos de transporte por lixiviação, escor- rimento superficial e volatilização. Mostrando- se um grande problema, pois estes podem poluir tanto o ar quanto o solo e corpos d’água. 2.3. POLUIÇÃO DO AR Figura 3: Poluição do ar. Fonte: https://conhecimentocientifico.r7.com/o-que-e-poluicao-do-ar/ São considerados poluentes qualquer substancia que possa ser nociva ou imprópria a saúde, devido a sua concentração, ou até mesmo ser inconve- niente ao público ou a fauna e a flora ou ainda mesmo afetar diretamente a se- gurança (CETESB, 2015). 15 O ser humano inspira 10 mil litros de ar por dia consumindo 400 litros de oxigênio em média e este ar não possui qualquer tipo de tratamento diferente da água que recebe um tratamento prévio até chegar às casas, logo há a ne- cessidade do monitoramento da qualidade do ar (SOARES, 2004; CETESB, 2015). Comparando os modos de vida da cidade com a zona rural, notamos que as cidades possuem uma maior concentração de poluentes do ar devido à contribuição de poluentes produzidos por indústrias, grande fluxo de automó- veis se locomovendo pela cidade constantemente e pelas construções de no- vos empreendimentos que também contribuem demasiadamente para a polui- ção do ar (CARVALHO et al., 2013). Embora hoje em dia existam todos esses fatores mencionados anterior- mente na zona rural, ainda assim estão em menor proporção em comparação com a cidade (CARVALHO et al., 2013), um fator positivo para essas áreas são a presença de grandes áreas verdes que contribuem para diminuir da poluição do ar, mas atualmente muitas indústrias são levadas para lugares afastados dos grandes centros para evitar conflitos socioambientais, porque pessoas que vivem próximas a essas indústrias ficam mais suscetíveis a problemas respira- tórios, com isso gerando problemas judiciais contra essas indústrias (GOUVEIA et al., 2003). Atualmente devido à suscetibilidade de algumas pessoas a doenças respiratórias, passou-se a ter uma maior preocupação com a qualidade do ar. Sabe-se que o Brasil sediou a copa do mundo de 2014 e a FIFA exigiu o moni- toramento do ar nas cidades cede da copa do mundo, onde Rio de janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul (este possui relatórios diários) dando destaque para esta última, que já possuía na época um maior número de estações de monito- ramento (FIFA, 2011; VORMITTAG et al., 2014) 2.4. POLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS Figura 4: Poluição da água. 16 Fonte: https://www.infoescola.com/ecologia/poluicao-da-agua/ Poluição hídrica é qualquer alteração que indireta ou diretamente devi- do a adição de substância ou energia que altere as propriedades químicas e físicas da água inviabilizando a exploração dos seus benefícios (PRODANOFF, 2005). A água é considerada um dos bens naturais mais valiosos que existem, porque grande parte da água que temos disponíveis no mundo é salgada, mas para nosso consumo direto necessitamos de água doce, onde está representa uma pequena parte do total de água existente no planeta, logo se deve cuidar dessa pequena parte tão essencial para a existência dos seres vivos, mas isso não acontece, devido à ambição do ser humano, este não se preocupa com as consequências, esquecendo-se da importância desse bem (RODRIGUES e MOLINA, 2012). Além disso, a água potável do planeta está em grande escassez e esta é essencial para a existência da vida humana entre outros animais, uma vez que os seres humanos que não conseguem sobreviver mais de três dias sem água. Devem-se então preservar todos os corpos hídricos, uma vez que os ma- res são uma grande fonte de alimentos e também detentor de um ecossistema colossal, caso não ocorra esta preservação pode-se ocorrer a extinção de mi- lhares de espécies e assim causar danos irreparáveis a este ecossistema. Os corpos hídricos são diariamente contaminados por indústrias, descartes de produtos e entre outros (NASCIMENTO e HELLER, 2005). Um dos maiores problemas é o esgoto que em alguns lugares são des- pejados nos rios e mares sem nenhum tratamento prévio, com isso contami- 17 nando os corpos hídricos potáveis e os esgotando. Os esgotos domésticos contribuem para o aumento da matéria orgânica e consequentemente ocorre uma proliferação de algas e a diminuição de oxigênio na água causando a mor- tandade de peixes (NASCIMENTO e HELLER, 2005; BRUNO, 2006). Esgotos e o lixo jogado nos rios trazem doenças e podem favorecer en- chentes. Se os próprios moradores estiverem conscientes dos malefícios que isso pode trazer principalmente para eles próprios, estarão preparados para contribuir com a limpeza urbana e assim diminuir os riscos da poluição. Outro fator que contribui para a poluição de corpos hídricos é o uso de- masiado de pesticidas, onde estes em sua maioria são tóxicos, podendo ter atividade mutagênica, carcinogênica, teratogênica e mimetizadoras de hormô- nios. Além desses pesticidas serem utilizados em grandes regiões, o que con- sequentemente aumenta a área de poluição, o problema está na forma de dis- persão desse pesticida que é feito por irrigação ou são borrifados manualmente e depois este escoa pelo solo podendo chegar até corpos hídricos superficiais ou mesmo subterrâneos, como lençóis freáticos (BARREIRA e PHILIPPI JU- NIOR, 2002). 2.5. EFLUENTES E FERTILIZANTES Figura 5: Poluição por efluentes e fertilizantes. Fonte: https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-ambiental/bid/350779/conheca-os- danos-causados-pelos-efluentes-nao-tratados Os defensivos agrícolas ou fertilizantes afetam muito os corpos hídricos contaminando lençóis freáticos rios, lagos e solos, essa contaminação pode ser por despejo do resto da solução, limpeza dos recipientes ou dos acessórios utilizados em sua aplicação. O grande problema enfrentado com os fertilizantes 18 é a destinação de suas embalagens que é considerada como resíduo perigoso pois esses possuem substancias químicas que podem comprometer as formar de vidas no ambiente além de ser prejudicial a saúde da população principal- mente pelo desperdício nas aplicações levando a contaminação dos alimentos (BARREIRA e PHILIPPI JUNIOR, 2002). Na mesma vertente estão os efluentes que são definidos pela Resolu- ção CONAMA nº 430/2011(CONAMA, 2011) como “qualquer despejo líquido proveniente de diversas atividades ou processos”. Estes efluentes são princi-palmente gerados por indústrias. Mas para que sejam considerados efluentes contaminantes precisam conter compostos químicos ou espécies biológicas com a capacidade inviabilizar o consumo do corpo hídrico receptor, seja pela decomposição de matérias orgânicas que geram o consumo o consumo de oxigênio afetando a vida aquática e gerando condições desagradáveis. 2.6. POLUIÇÃO TÉRMICA Figura 6: Poluição Térmica. Fonte: https://souresiduozero.com.br/2017/08/entenda-o-que-e-e-pode-ser-considerado- poluicao-termica-e-como-afeta-o-meio-ambiente/ A alteração da temperatura também pode alterar as propriedades físicas biológicas e químicas da água sendo assim também sendo caracterizada como poluição podendo a solubilidade de gases, tensão superficial, metabolismo de organismos aquáticos e até mesmo causar migrações de peixes para regiões com maior concentração de oxigênio. O aquecimento dos efluentes é decorren- te principalmente das atividades das usinas termoelétricas independente do combustível fóssil (BRAGA et al.,2005). 19 2.7. FONTES DIFUSAS A poluição hídrica pode acontecer de forma pontual ou difusa, onde a pontual é uma alteração local, como exemplo podemos citar um duto coletor de esgoto não tratado desembocando em um corpo hídrico. Já poluição difusa acontece devido a lavagem da chuva sobre o solo rural ou urbano carreando diversos tipos de poluição para rios lagos e baias. A poluição difusa pode ter diversas origens como, resíduos orgânicos de animais resíduos de construção civil, combustíveis, graxas e óleos originados pelos veículos estes também desgastam o asfalto gerando mais resíduos, não podendo deixar de mencionar os resíduos orgânicos, (restos de alimentos) metais como zinco, cobre, chumbo e os poluentes do ar que se depositam sobre o solo (ELLIS, 1986 ; PRODA- NOFF, 2005). 3. A QUALIDADE AMBIENTAL Figura 7: Qualidade Ambiental. Fonte: https://prpg.ufg.br/p/25568-gestao-e-qualidade-ambiental A qualidade ambiental refere-se aos estudos das variações no meio eco- lógico e social, que afetam o bem-estar dos seres vivos, em especial dos seres humanos. Esse termo é utilizado para caracterizar as condições ambientais segundo normas e padrões pré-estabelecidos. Sua manutenção e a difusão de sua importância para a preservação da vida são extremamente relevantes na sociedade contemporânea. No Brasil o controle ambiental é implementado através de programas e ações que buscam reduzir o impacto negativo sobre os meios físicos, biológi- cos, sociais e econômicos, promovendo uma melhor qualidade de vida para a 20 população. O controle da qualidade ambiental brasileira é de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que vinculado ao Ministério do Meio Ambiente possui, entre outras funções, o dever de propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental. Entre os programas e projetos implementados com essa finalidade en- contram-se o Programa Boas Práticas de Laboratórios (BPL), o Programa de Recursos Hídricos, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Perigosos, o Projeto de Gerenciamento e Avaliação de Substâncias Químicas, o Programa Nacional do Gerenciamento Costeiro e o Projeto de Mineração e Meio Ambien- te. O BPL é um programa que visa o credenciamento de laboratórios que realizam estudos ambientais. Trata-se de um sistema da qualidade que diz respeito à organização e às condições sob as quais estudos em laboratórios e campo são planejados, realizados, monitorados, registrados, relatados e arqui- vados. o Programa de Recursos Hídricos, por sua vez, atua sob a forma de ações no monitoramento da qualidade da água no país. O Programa de Gerenciamento de Resíduos Perigosos tem como objeti- vo disciplinar em todo território nacional a produção, transporte, reaproveita- mento, comercialização, disposição final, importação para reciclagem e expor- tação desses resíduos, classificados como todos aqueles que, provenientes da indústria, são inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e passíveis de causar doenças. Já o Projeto de Gerenciamento e Avaliação de Substâncias Químicas visa realizar estudos e formular propostas e estratégias de estabelecimento de ações mais eficazes para o controle das fontes de contaminação ambiental de substâncias químicas, priorizando agrotóxicos, preservativos de madeira e pro- dutos químicos perigosos. Ao Programa Nacional do Gerenciamento Costeiro compete reduzir a progressiva deterioração do Meio Ambiente ao longo do litoral brasileiro. Para tanto, estabelece parâmetros técnicos e instrumentos que orientem o uso e a ocupação da Zona Costeira, promovendo um ambiente socialmente justo, eco- nômico e ecologicamente viável. Por fim, o Projeto de Mineração e Meio Ambi- https://biomania.com.br/artigo/meio-ambiente 21 ente visa estabelecer estratégias e proporcionar a realização das atividades de extração mineral, sem comprometer a qualidade ambiental, aplicando o concei- to de aproveitamento sustentado e integrado do recurso natural. 4. USO DA ÁGUA Figura 8: O uso da água Fonte: https://irriplan.com.br/servico/outorga-e-regularizacao-de-uso-de-agua A Lei 9.433 que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), definiu em seus fundamentos o uso múltiplo da água e a gestão descentralizada e partici- pativa, tendo como unidade de planejamento territorial a bacia hidrográfica. A “Lei das Águas”, portanto, incorpora a integração dos interesses dos diversos usos e usuários que competem entre si pela sua apropriação. Entretanto, ini- ciativas internacionais mais modernas, como a Diretiva Marco da Água, têm demonstrado que esses sistemas podem não ser suficientes para combater a grande deterioração dos cursos d‘água e os inevitáveis conflitos. Se na Europa a integração está acontecendo na direção do “bom estado ecológico das águas”, na Califórnia, o governo adotou uma política de gestão integrada de água e energia, uma vez que as medidas mais significativas para atender à demanda crescente de água incorrem em inevitável aumento na demanda por energia. Além de dispor da maior reserva hídrica superficial do planeta, cerca de 12%, o Brasil possui um dos maiores potenciais hidráulicos, porém não está em situação confortável em relação à disponibilidade hídrica e localização de suas demandas consultivas e não consultivas de água. De fato, algo em torno 22 de 90% da água se encontra nas bacias hidrográficas de baixa densidade de- mográfica dos rios Amazonas e Tocantins, no entanto cerca de 90% da popu- lação convive com o restante dos recursos hídricos. No Brasil, considerando os valores de vazão outorgada para fins consul- tivos, os três usos principais correspondem a quase 90% do total do país. Es- ses usos principais são a irrigação (67,2%), o abastecimento animal (11,1%) e o consumo industrial (9,5%). Figura 9: Total de água consumida no Brasil Fonte: ANA, 2017 A geração de energia hidrelétrica é um importante uso da água, entre- tanto, não é caracterizado como consumo. Em 2017, o Brasil possuía 1.335 empreendimentos hidrelétricos em operação, sendo 682 centrais de geração hidrelétrica (CGH), 432 pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e 221 usinas hidrelétricas (UHE) (ANA, 2018). Na fase de planejamento das hidrelétricas, são realizadas projeções do uso consultivo da água para o período de concessão, de forma a estimar a dis- ponibilidade de água no local do empreendimento e a energia a ser gerada, em consonância com as diretrizes e cenários do Plano Nacional de Recursos Hí- dricos (PNRH). Os Estudos de Impacto Ambiental também consideram vazões mínimas para manutenção de ambientes, espécies e processos ecológicos à jusante das usinas hidrelétricas. 4.1. PRINCIPAIS USOS DA ÁGUA No mundotodo e no Brasil, a agricultura é o maior consumidor de água. Estima-se que 69 % das águas consumidas no mundo são dedicadas à agricul- tura, 23 % à indústria, e 8 % ao abastecimento da população. 23 Figura 10: Uso da água Fonte: http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/agua-uso-e- problemas.html 4.1.1. AGRICULTURA Figura 11: Uso de água na agricultura. Fonte: http://www.farmnews.com.br/historias/agua-na-agricultura/ A agricultura irrigada é a que mais desvia água do meio ambiente para a produção de alimentos. A produção agrícola no Brasil utiliza 72% da água e é o setor que mais desperdiça devido a perdas por evaporação, pelo vento ou irrigações mal exe- cutadas e falta de controle do agricultor na quantidade usada em lavouras e no processamento dos produtos. Os impactos recaem sobre o ecossistema, já que lençóis freáticos e rios sofrem com a falta de chuvas e correm o risco de secar ao longo dos anos. Segundo levantamento feito pelo Sistema Nacional de Informações so- bre o Saneamento (Snis), do Ministério das Cidades, cada brasileiro consome 150 litros de água diariamente, um consumo anual de 10,4 trilhões de litros no país. Desse total, pouco mais de 7 trilhões são destinados para a agricultura, sendo 3 trilhões de água desperdiçado. O Paraná representa aproximadamente 25% da produção nacional de grãos e 8% da produção pecuária e cerca de 1,7 milhões dos 10,5 milhões de seus habitantes vivem no meio rural. Os números demonstram o tamanho da importância do campo na economia paranaense. http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/agua-uso-e-problemas.html http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/agua-uso-e-problemas.html 24 Estima-se que para garantir as demandas de alimentos, a área irrigada deve crescer entre 20 % e 30 % até o ano 2025 (Nunes, 2009). Segundo Relatório Mundial das Nações sobre Desenvolvimento de Re- cursos Hídricos (2012) estima-se que me 2050 o mundo necessite de 70% a mais de alimento. Isto poderá refletir em um aumento de 19% na água utilizada pela agricultura. Algumas práticas podem ser executadas pelos para evitar o desperdício de água na agricultura. Uma técnica de irrigação que tende a crescer é a cha- mada de gotejamento (mangueiras direcionam as gotas de água às raízes das plantas). Simulações de irrigação que levam em conta o regime de chuva e necessidades de plantas evitam que água seja usada aleatoriamente. O uso de sensores e drones podem ajudar a identificar o melhor mo- mento para irrigar é uma tecnologia importante ainda pouco usada. Há também projetos para utilizar água de esgoto semitratado para uso na agricultura. 4.1.2. INDÚSTRIA Figura 12: Uso de água na indústria. Fonte: https://centrallimp.com.br/como-reduzir-o-consumo-de-agua-e-energia-na- industria/ Nas indústrias, dependendo do processo industrial, a água pode ser tan- to matéria-prima, sendo incorporada, portanto, ao produto final, como um auxi- liar na preparação de matérias-primas, fluido de transporte, fluido de aqueci- mento e/ou refrigeração ou nos processos de limpeza de equipamentos, etc. Os padrões de qualidade da água dependem de como ela será aplicada, po- dendo ser mais rigorosos, como no caso de indústrias alimentícias e farmacêu- ticas, ou menos rigorosos, como no caso de sistemas de refrigeração (MI- ERZWA & HESPANHOL, 2005). 25 A água pode de carregar resíduos tóxicos, como metais pesados e res- tos de materiais em decomposição resultantes de processos industriais. Esti- ma- se que nas águas se acumulem de 300 mil a 500 mil toneladas de dejetos provenientes das indústrias a cada ano. A água contaminada lançada ao mar pode provocar a morte dos peixes. Mesmo sobrevivendo, podem acumular substancias tóxicas no seu organismo que causam doenças, se forem ingeridos por humanos. Os altos custos da água industrial, associados às demandas crescentes, têm levado as indústrias a avaliar as possibilidades internas de reuso e a con- siderar ofertas das companhias de saneamento para a compra de efluentes tratados, a preços inferiores aos da água potável dos sistemas públicos de abastecimento. Um abastecimento industrial a custos razoáveis consiste na “água de utilidade”, produzida através de tratamento de efluentes secundários e distribuídas por adutoras que servem um grupamento significativo de indús- trias (HESPANHOL, 2003). Figura 13: Uso de água na indústria. Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/meio-ambiente- agua-consumo-sustentabilidade-industriaagropecuaria-561812.shtml 4.1.3. GERAÇÃO DE ENERGIA Figura 14: Usina Hidroelétrica. Fonte: https://autossustentavel.com/2017/07/hidreletrica.html 26 O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de energia hidroelétrica, precedido apenas pelo Canadá (1°) e Estados Unidos (2°) (Organização das Nações Unidas). As usinas hidrelétricas respondem por 90% da produção de energia no país. Para produzir a energia hidrelétrica é necessário integrar a vazão do rio, a quantidade de água disponível em determinado período de tempo e os des- níveis do relevo, sejam eles naturais, como as quedas d’água, ou criados artifi- cialmente (Agência Nacional de Energia Elétrica). É preciso adotar critérios de construção e localização das hidrelétricas para minimizar os impactos negativos ao meio ambiente. As usinas de grande porte têm alto custo e podem causar um grande impacto ambiental nas regiões onde são instaladas, pois tendem a alagar áreas extensas com sérios reflexos sobre ecossistemas e sobre a população do local. 4.1.4. CONSUMO DOMÉSTICO Figura 15: Consumo de água doméstico. Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=55827 Antes de chegar às torneiras da casas, a água passa por estações de tratamento para se tornar potável e ser adequada para o consumo humano; ela deve apresentar características microbiológicas, físicas, químicas e radioativas que atendam a um padrão de potabilidade estabelecido. Após o tratamento, a água passa por análises laboratoriais para garantir uma distribuição com qualidade. O tratamento de água é fundamental para a saúde pública. Nos países da America Latina os sistemas de abastecimento de água tem se estendido até lugares mais afastados, mas existe muito a ser feito. Na América Latina e Caribe, em 2000, 78 milhões de pessoas não ti- nham acesso a água encanada e 117 milhões de pessoas não eram atendidas 27 por esgotamento sanitário, respectivamente 15% e 22% da população total desta região e a cada ano, mais de cinco milhões de pessoas morrem de al- guma doença associada à água, ambiente doméstico sem higiene e falta de sistemas de esgotamento sanitário (Organização Mundial de Saúde). A descarga sem nenhum tratamento de esgoto domiciliar em rios e re- presa que abastecem as cidades e irrigações é um grave problema para a qua- lidade de água. No Brasil, cerca de 60 milhões de brasileiros (9,6 milhões de domicílios urbanos) não são atendidos pela rede de coleta de esgoto e, destes, aproxi- madamente 15 milhões (3,4 milhões de domicílios) não têm acesso à água en- canada. Ainda mais alarmante é a informação de que, quando coletado, ape- nas 25% do esgoto são tratados, sendo o restante despejado “in natura”, ou seja, sem nenhum tipo de tratamento, nos rios ou no mar (Ministério das Cida- des). Como resultado, 65% das internações no país são por causa de doenças transmitidas pela água. Outro problema é o consumo exagerado de produtos de limpeza na hora de limpar as casas. Os detergentes, por exemplo, costuma conter fosfatos, nu- trientes que causam o enriquecimento de rios e lagos, provocando um proces- so denominado eutrofização, com efeitos como o aumento da produtividade primária, ou seja, o crescimento acelerado de algas (florações).Estas “flora- ções” de algas consomem o oxigênio da água durante o período noturno, po- dendo causar mortandades de peixes e outros organismos aquáticos por asfi- xia. Algumas espécies de algas podem também produzir toxinas. Quanto mais poluída a água, mais produtos químicos serão usados para torná-la potável para o consumo humano. A solução é diminuir a quantidade de nutrientes jogadas nos rios com tratamentos de esgoto. Em casa, a água é usada em quantidades maiores que o necessário pa- ra manter-nos vivos. Precisamos dela para cozinhar, tomar banho, limpar, es- covar os dentes, eliminar resíduos pelo esgoto, lavar roupas etc. O desperdício no Brasil é muito grande e estima-se que 70% são causa- dos pelo mau uso da água nas casas. A escassez é um problema mundial e muitos ainda não se deram conta e continuam a lavar os seus carros e calça- das com a mangueira ou jatos d’água, escovando os dentes com a torneira aberta, tomando banhos com longas durações, etc. Há outros que jogam resí- 28 duos e lixos nos lagos, riachos e rios, contribuindo para a poluição generaliza- da e ameaçando o meio ambiente. Algumas dicas podem ser executadas para economizar água nas casas, como substituir a mangueira pela vassoura na hora de limpar ou trocá-la por um balde quando for lavar o carro, demorar menos tempo no banho, usar o regador ao molhar as plantas e flores do jardim e não deixar a torneira aberta ao escovar os dentes ou quando faz a barba. 5. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) Figura 16: Resíduos sólidos urbanos. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Res%C3%ADduos_s%C3%B3lidos_urbanos Segundo a norma brasileira NBR 10004, de 1987 – Resíduos sólidos – classificação, resíduos sólidos são: “aqueles resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comerci- al, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equi- pamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líqui- dos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economi- camente inviáveis em face a melhor tecnologia disponível”. Essa definição torna evidente a diversidade e complexidade dos resí- duos sólidos. Os resíduos sólidos de origem urbana (RSU) compreendem aqueles produzidos pelas inúmeras atividades desenvolvidas em áreas com aglomerações humanas do município, abrangendo resíduos de várias origens, como residencial, comercial, de estabelecimentos de saúde, industriais, da lim- peza pública (varrição, capina, poda e outros), da construção civil e, finalmente, 29 os agrícolas. Dentre os vários RSU gerados, são normalmente encaminhados para a disposição em aterros sob responsabilidade do poder municipal os resí- duos de origem domiciliar ou aqueles com características similares, como os comerciais, e os resíduos da limpeza pública. No caso dos resíduos comerciais, estes podem ser aceitos para coleta e disposição no aterro desde que autorizado pelas instituições responsáveis pelo GIRSU. Ressalta-se que o gerenciamento de resíduos de origem não domicili- ar, como é por exemplo, os resíduos de serviço de saúde ou da construção civil, são igualmente de responsabilidade do gerador, estando sujeitos a legis- lação específica vigente. A composição dos RSU domésticos é bastante diver- sificada, compreendendo desde restos de alimentos, papéis, plásticos, metais e vidro até componentes considerados perigosos por serem prejudiciais ao meio ambiente e à saúde pública. 5.1. ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS Além da Constituição Federal, o Brasil já dispõe de uma legislação am- pla (leis, decretos, portarias, etc.) que, por si só, não tem conseguido equacio- nar o problema do GIRSU. A falta de diretrizes claras, de sincronismo entre as fases que compõem o sistema de gerenciamento e de integração dos diversos órgãos envolvidos com a elaboração e aplicação das leis possibilitam a exis- tência de algumas lacunas e ambiguidades, dificultando o seu cumprimento. Nas diferentes esferas governamentais, ainda são iniciativas recentes ou inexistem leis específicas de Políticas de Gestão de Resíduos Sólidos que es- tabeleçam objetivos, diretrizes e instrumentos em consonância com as caracte- rísticas sociais, econômicas e culturais de Estados e municípios. Alguns dos principais instrumentos legais e normativos de interesse para o tema são cita- dos e comentados brevemente. A Constituição Federal, promulgada em 1988, estabelece em seu artigo 23, inciso VI, que “compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer das suas forma”. No artigo 24, estabelece a competência da União, dos Estados e do Distrito Federal em legislar concorrentemente sobre “(...) proteção do meio ambiente e controle da poluição” (inciso VI) e, no artigo 30, incisos I e II, esta- belece que cabe ainda ao poder público municipal “legislar sobre os assuntos 30 de interesse local e suplementar a legislação federal e a estadual no que cou- ber”. A Lei Federal no 6.938, de 31/8/81, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, institui a sistemática de Avaliação de Impacto Ambiental para atividades modificadoras ou potencialmente modificadoras da qualidade ambiental, com a criação da Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). A AIA é formada por um conjunto de procedimentos que visam assegurar que se realize exame sistemático dos potenciais impactos ambientais de uma atividade e de suas alternativas. Também no âmbito da Lei no 6.938/81 ficam instituídas as licenças a serem obtidas ao longo da existência das atividades modificadoras ou potencialmente modificadoras da qualidade ambiental (IPT/Cempre, 2000). A Lei de Crimes Ambientais (Brasil, no 9605 de fevereiro de 1998) dis- põe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e ativi- dades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Em seu artigo 54, parágrafo 2o , inciso V, penaliza o lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamen- tos. No parágrafo 3o do mesmo artigo, a lei penaliza quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreparável. Outras legislações federais de interesse são: • Resolução Conama no 005, de 31 de março de 1993 – Dispõe sobre o tratamento de resíduos gerados em estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos e terminais ferroviários e rodoviários. • Lei ordinária 787, de 1997 – Dispõe sobre o Programa de Pre- venção de Contaminação por Resíduos Tóxicos, a ser promovido por empresas fabricantes de lâmpadas fluorescentes, de vapor de mercúrio, vapor de sódio e luz mista e dá outras providências. • Resolução Conama no 237, de 19 de dezembro de 1997 – Esta- belece norma geral sobre licenciamento ambiental, competências, listas de atividades sujeitas a licenciamento, etc. • Resolução Conama no 257, de 30 de junho de 1999 – Define cri- térios de gerenciamento para destinação final ambientalmente adequada de pilhas e baterias, conforme especifica. • Resolução Conama no 283/2001 – Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. Esta resolu- ção visa aprimorar, atualizar e complementar os procedimentos contidos na Resolução Conama n.05/93 e estender as exigências às demais atividades que geram resíduos de serviços de saúde. 31 Da normalização técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são citadas somente algumas mais específicas ao tema tratado: • NBR 7039, de 1987 – Pilhas e acumuladores elétricos –Termino- logia. • NBR 7500, de 1994 – Símbolos de riscos e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. • NBR 7501, de 1989 – Transporte de produtos perigosos – Termi- nologia. • NBR 9190, de 1993 – Sacos plásticos – Classificação. • NBR 9191, de 1993 – Sacos plásticos – Especificação. • NBR 9800, de 1987 – Critérios para lançamento de efluentes lí- quidos industriais no sistema coletor público de esgoto sanitário – Procedimento. • NBR 10004, de 1987 – Resíduos sólidos – Classificação. • NBR 10005 – Lixiviação de resíduos. NBR 10006 – Solubiliza- ção de resíduos. NBR 10007 – Amostragem de resíduos. • NBR 11174, de 1990 – Armazenamento de resíduos classe II, não-inertes, e III, inertes – Procedimentos. NBR 12245, de 1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimen- tos. • NBR 12807, de 1993 – Resíduos de serviço de saúde – Termino- logia. • NBR 12808, de 1993 – Resíduos de serviço de saúde – Classifi- cação. • NBR 12809, de 1993 – Manuseio de resíduos de serviço de saú- de – Procedimento. NBR 13055, de 1993 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo – Determinação da capacidade volumé- trica. • NBR 13221, de 1994 – Transporte de resíduos – Procedimento. • NBR 13463, de 1995 – Coleta de resíduos sólidos – Classifica- ção. • NBR 8419, de 1992 – Apresentação de projetos de aterros sanitá- rios de resíduos sólidos urbanos. 32 • NBR 13896, de 1997 – Aterros de Resíduos não Perigosos – Cri- térios para Projeto, Implantação e Operação. Deve-se ressaltar que, até o momento, não há legislação específica so- bre o procedimento de licenciamento ambiental ou da ABNT para aterros de disposição de resíduos em município de pequeno porte. Esta falta de regula- mentação faz com que alguns órgãos ambientais questionem a adoção de tec- nologias como a do aterro sustentável, que, apoiado em métodos científicos, apresente a simplificação de alguma etapa clássica de dimensionamento ou de operação sem implicar a redução da eficácia da solução. 5.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS Há vários tipos de classificação dos resíduos sólidos que se baseiam em determinadas características ou propriedades identificadas. A classificação é relevante para a escolha da estratégia de gerenciamento mais viável. A norma NBR 10004, de 1987 trata da classificação de resíduos sólidos quanto a sua periculosidade, ou seja, característica apresentada pelo resíduo em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, que podem repre- sentar potencial de risco à saúde pública e ao meio ambiente. De acordo com sua periculosidade os resíduos sólidos podem ser enquadrados como: ✓ Classe I – resíduos perigosos. São aqueles que apresentam periculosidade, conforme definido anteri- ormente, ou uma das características seguintes: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade. ✓ Classe II – não inertes. São aqueles que não se enquadram na classe I ou III. Os resíduos clas- se II podem ter as seguintes propriedades: combustibilidade, biodegradabilida- de ou solubilidade em água. ✓ Classe III- inertes. São aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem ris- cos à saúde e ao meio ambiente. Além disso, quando amostrados de forma representativa, segundo a norma NBR 10007, e submetidos a um contato está- tico ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, 33 conforme teste de solubilização segundo a norma NBR 10006, não têm ne- nhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos pa- drões de potabilidade da água, conforme listagem nº 8, constante do Anexo H da NBR 10004, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. 5.3. CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS As características quali-quantitativas dos resíduos sólidos podem variar em função de vários aspectos, como os sociais, econômicos, culturais, geográ- ficos e climáticos, ou seja, os mesmos fatores que também diferenciam as co- munidades entre si. Em relação aos aspectos biológicos, os resíduos orgânicos podem ser metabolizados por vários microrganismos decompositores, como fungos e bactérias, aeróbios e/ou anaeróbios, cujo desenvolvimento dependerá das condições ambientais existentes. Além desses microrganismos, os resí- duos sólidos contaminados com dejetos humanos e de animais domésticos, os resíduos de serviços de saúde e os lodos de estação de tratamento de esgoto podem ser fontes de microrganismos patogênicos. No entanto, ainda são es- cassos os estudos que avaliam a ocorrência desses microrganismos. O conhecimento das características químicas possibilita a seleção de processos de tratamento e técnicas de disposição final. Algumas das caracte- rísticas básicas de interesse são: poder calorífico, pH, composição química (ni- trogênio, fósforo, potássio, enxofre e carbono) e relação teor de carbo- no/nitrogênio, sólidos totais fixos, sólidos voláteis e teor de umidade. Por outro lado, no que se refere ao planejamento e dimensionamento de todas as etapas do GIRSU, também é útil conhecer a densidade aparente dos resíduos, isto é, a relação entre massa e volume, como também sua compressividade, propor- ção de redução em volume dos resíduos sólidos. A determinação da composição gravimétrica dos resíduos é outro dado essencial. No caso dos resíduos de origem domiciliar e comercial, normalmente dispostos em aterros, os componentes comumente discriminados na composi- ção gravimétrica são: matéria orgânica putrescível, metais ferrosos, metais não ferrosos, papel, papelão, plásticos, trapos, vidro, borracha, couro, madeira, en- tre outros. Na literatura são apresentados diferentes métodos para realizar a composição gravimétrica dos resíduos sólidos, a maior parte com base no 34 quarteamento da amostra, conforme a NBR 10007/ ABNT (1987). O método utilizado nas pesquisas abordadas neste livro é o descrito por Pessin (2002). Nesse método escolhe-se a procedência do veículo ou veículos coletores de acordo com critérios de representatividade. Os resíduos coletados são descar- regados no solo. Procede-se então ao rompimento do maior número sacos de resíduos, sendo coletadas quantidades em cinco pontos, uma no topo e quatro nas laterais do monte de resíduos, de modo a preencher quatro tonéis de 200 litros cada. Os tonéis preenchidos são despejados sobre uma lona plástica, iniciando-se a mistura e o quarteamento da amostra, ou seja, a divisão em qua- tro partes do total de 800 litros de resíduos dispostos. Duas das partes obtidas pelo quarteamento, e localizadas em posição diametralmente opostas são des- cartadas. Repete-se o quarteamento obtendo-se uma amostra final de 200 li- tros ou de 100 kg. Nessa amostra realizam-se a separação e a pesagem dos materiais por componentes presentes na mesma. Os componentes são diferenciados nas seguintes categorias: matéria orgânica putrescível; plástico; papel/papelão; vi- dro; metal ferroso; metal não ferroso; pano, trapo, couro e borracha; madeira; contaminante biológico e contaminante químico; pedra, terra e cerâmica; e di- versos. Deve-se sempre explicitar o teor de umidade presente, uma vez que o peso dos resíduos orgânicos é determinado em condição úmida. Na Tabela 1, apresentam-se exemplos de materiais que podem compor cada categoria, ob- servando-se a grande diversidade de materiais. Tabela 1: Exemplos básicos de cada categoria de resíduos sólidos urbanos. 35 Fonte: http://limpezapublica.com.br/textos/livroprosab.pdf Além dos aspectos qualitativos é necessário determinar a quantidade de resíduos produzidos por dia (ton/dia; m3/dia) e a produção per capita (ton/hab.dia), dados a serem empregados nas fases de planejamento e dimen- sionamento do GIRSU. A quantidade exata de resíduos gerados é de difícilde- terminação pelo fato de esta sofrer interferências do armazenamento, da reuti- lização ou reciclagem e do descarte em locais clandestinos, que acabam por desviar parte do fluxo de materiais antes do descarte dos resíduos por seu ge- rador em local de domínio público, ou seja, aquele onde a responsabilidade pelos resíduos passa a ser do poder público. Em razão dessas interferências, na prática, determina-se a quantidade de resíduos sólidos coletados. A quantidade de resíduos coletada pode ser obtida com base em dados já existentes fornecidos pelo setor responsável da Prefeitura Municipal ou em- pregando-se métodos estimativos baseados na expectativa de crescimento populacional, na produção per capita de resíduos sólidos e no crescimento da demanda dos serviços de limpeza urbana. Outra forma de obter essa informa- ção é por meio de levantamentos de campo. Estes podem adotar diferentes procedimentos, como, a seleção de domicílios por classes sócio-econômicas e a subsequente pesagem das quantidades coletadas ou a seleção de áreas de coleta representativas, obtendo-se a carga transportada por cada veículo cole- tor em cada viagem realizada ou ainda medindo-se por cubagem os resíduos coletados a cada viagem. Em qualquer uma dessas alternativas deve-se esta- belecer o período de amostragem e a época do ano em que será efetuada e realizar o tratamento estatístico cabível dos dados obtidos. 6. RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS Figura 17: Resíduos sólidos industriais 36 Fonte: https://www.verzani.com.br/blog/residuos-industriais/ No Brasil, de acordo com a PNRS, a destinação dos resíduos industriais é obrigação do gerador. Se o gerador é o responsável pelo tratamento e pela destinação final dos resíduos, ele pode executar este papel por si próprio – tra- tamento interno – ou contratar serviços de empresas especializadas – trata- mento externo. No entanto, há uma dificuldade para o alcance dos objetivos instituídos pelo poder público, por meio do instrumento legal que representa os interesses da sociedade: nesta relação o contratante ou executor do serviço de tratamen- to e destinação adequada dos resíduos é o próprio gerador, mas o usuário des- te serviço, que sentirá as consequências de um tratamento ineficiente ou da disposição inadequada de resíduos, é a sociedade. Portanto, a questão do tra- tamento e da destinação dos resíduos industriais envolve interesses privados e públicos, uma vez que os investimentos e a responsabilidade legal são priva- dos e o risco ambiental é público e de toda a sociedade (Abetre, 2006). Ainda que o poder público especifique os padrões de qualidade no ge- renciamento de resíduos, quem o está controlando na prática é o próprio gera- dor, na condição de executor ou contratante. Neste aspecto, é interessante sa- lientar que existe a obrigatoriedade de o poder público fiscalizar este gerenci- amento, sendo que esta fiscalização é especialmente importante porque a qua- lidade dos serviços de tratamento de resíduos não afeta diretamente a qualida- de do produto do gerador. Adicionalmente, nem sempre a qualidade dos servi- ços é uma prioridade para o gerador, ou torna a empresa de tratamento de re- síduos mais competitiva (Abetre, 2006). 37 Nesse sentido, as grandes empresas, que teriam capacidade econômi- ca, mas ainda não gerenciam de maneira plenamente adequada os seus resí- duos, dependem de imposição do poder público para a execução da solução técnica adequada, com a rapidez necessária. Iniciativas voluntárias de recuperação de áreas contaminadas por resí- duos sólidos, bem como acordos judiciais envolvendo a autodeclaração dos passivos2 e os projetos de recuperação, também podem ser estimulados pelo governo. Em alguns países, a solução proposta para casos de despejos clan- destinos ou muito antigos, cujos responsáveis pelo passivo ambiental são des- conhecidos, foi a obtenção de recursos públicos advindos da criação de fundos específicos. Nas situações de responsáveis identificados, mas sem capacidade econômica – o caso de pequenas e médias empresas – o conceito de consór- cios estabelecidos na PNRS para o tratamento de RSUs pode servir como uma forma de remediar a situação, sobretudo quando as empresas constituem ar- ranjos produtivos locais – APLs (Abetre, 2006). Cadeias produtivas podem se unir em uma condição vantajosa para aumentar a eficiência individual das empresas, simplificar e agilizar os proces- sos, com controle mútuo e efeito multiplicador. Parcerias entre empresas de pequeno porte com indústrias de grande porte também podem ser estabeleci- das, com vistas à recuperação de áreas degradadas. Na visão das grandes empresas, o principal fator para induzir as pe- quenas e médias geradoras a adotar práticas adequadas de tratamento e dis- posição de resíduos é a fiscalização. Os custos de tratamento e disposição são um obstáculo e muitas empresas deste porte não tem conhecimento técnico do assunto. Outro entrave para as pequenas e médias empresas geradoras de resíduos é a distância das unidades de tratamento, que, em geral, estão locali- zadas nas proximidades de grandes centros e polos industriais. O custo do transporte de resíduos gerados por empresas de pequeno e médio porte, situadas distantes de unidades de tratamento pode ser mais ele- vado que o custo do tratamento em si, considerando a quantidade relativamen- te baixa de resíduos a serem tratados. Neste sentido, o transporte é apontado como elo crítico na cadeia de serviços relacionados aos resíduos industriais (PwC, 2006). 38 O gerenciamento adequado dos resíduos sólidos não depende apenas de tecnologia, recursos humanos ou financeiros, mas está relacionado também à conduta empresarial adotada e disseminada pelos dirigentes, sendo uma questão de gestão institucional, determinada pela combinação de dois fatores: atitude – valores – e comportamento – ações e omissões (PwC, 2006). Nesse sentido, os principais fatores apontados pela Confederação Naci- onal das Indústrias como barreiras para o gerenciamento dos resíduos sólidos no Brasil são (CNI, 2011): • Ausência da diferenciação dos resíduos dos coprodutos. Estes são materiais requalificados por processos ou operações de valorização para os quais há utilização técnica, ambiental e economicamente viável, não sendo dispostos no meio ambiente; • Carência de base de dados disponíveis, em nível nacional, em relação à geração, ao tratamento e à disposição final dos resíduos industriais, a fim de subsidiar o planejamento de ações de gerenciamento dos resíduos sólidos; • Insuficiência de locais licenciados para tratamento e disposição final de resíduos sólidos industriais; • Dificuldades de financiamento para aquisição de equipamentos, insta- lação de sistemas de tratamento de resíduos, por exemplo, aterros, incinerado- res, usinas de reciclagem; e • Altos custos atrelados à logística do processo, sobretudo quando se considera a logística reversa. A Política Nacional de Resíduos Sólidos preconiza que a coleta seletiva deve ser realizada prioritariamente por cooperativas de catadores, abrindo oportunidades de negócios sustentáveis, com aumento de renda e trabalho para os catadores e lucros para os empreendedores, por intermédio da reinser- ção dos resíduos em uma nova cadeia de valor e da reengenharia do processo produtivo. O comércio de resíduos industriais movimenta em torno de R$ 250 milhões por ano no Brasil, mas tem potencial para chegar a R$ 1 bilhão por ano (Ribeiro e Morelli, 2009). Vale ressaltar que a recuperação de energia de resíduo de processo de- ve ser realizada somente após o esgotamento do reaproveitamento dos resí- duos na reciclagem, ou seja, seria uma forma de tratamento dos rejeitos oriun- dos de uma prévia reciclagem. De acordo com a PNRS, a reciclagem não é 39 considerada um tipo de tratamento, mas simuma etapa na gestão e no geren- ciamento dos resíduos sólidos – Artigo 9o da Lei no 12.305/2010 (Brasil, 2010a). Os programas de reciclagem possibilitam reduzir substancialmente o vo- lume dos resíduos a serem tratados ou dispostos e permitem a recuperação de valores neles contidos, mesmo considerando as suas limitações. A coleta de resíduos para reciclagem pressupõe um mercado de recicláveis. Assim como em relação aos RSUs, os processos de reciclagem dos RSIs também demandam o cumprimento de etapas para a implementação de um programa de coleta seletiva, que incluem: • Coleta e segregação dos materiais: etapa que requer ênfase em trei- namento e conscientização da mão de obra; • Valoração dos materiais: etapa que consiste no melhoramento da qua- lidade do resíduo para facilitar o seu transporte e manuseio, por exemplo, mo- agem, para sucata metálica e alumínio; uso de prensa enfardadeira, para gar- rafas e frascos de vidro; uso de moinho triturador; e • Destinação dos materiais: reinserção dos materiais no ciclo produtivo. A valorização dos resíduos também permite a extração de materiais que podem ser comercializados ou utilizados na geração de energia. A implantação de tecnologias com estes objetivos reduz custos e o volume de resíduos a se- rem dispostos, bem como os custos de produção. Entre os resíduos que ofere- cem maior potencial de valorização, destacam-se os metais, óleos, solventes, alguns minerais não metálicos e carvões ativados. Esta valorização, quando bem administrada, permite que o resíduo de uma empresa seja utilizado como matéria-prima para outra. A recuperação tem como objetivo adquirir frações ou algumas substân- cias que possam ser aproveitadas no processo produtivo. Os metais constitu- em bons exemplos de recuperação a partir de seus resíduos. Outra possibili- dade é o reaproveitamento da energia calorífica contida em um resíduo, trans- formando-a em eletricidade ou vapor, para a utilização pela própria fonte gera- dora ou venda a terceiros. É uma prática utilizada comumente em indústrias que possuem caldeiras (Tocchetto, 2009). O tratamento térmico de resíduos inclui a incineração (combustão em presença de oxigênio), a gaseificação (combustão parcial com deficiência de 40 oxigênio) e a pirólise (combustão em baixa concentração de oxigênio). Estes tratamentos têm como objetivos a destruição dos componentes orgânicos e a redução do volume de resíduos a serem encaminhados para a disposição final. A técnica de coprocessamento envolve a incorporação de resíduos no proces- so de fabricação de clínquer (matéria-prima para fabricação do cimento), resul- tando na destruição térmica eficiente e segura, sob o ponto de vista operacio- nal e ambiental. O coprocessamento também pode ser aplicado em fornos si- derúrgicos, caldeiras e fornos industriais, desde que compatibilizados ao tipo de resíduo a ser queimado (Tocchetto, 2009). A PNRS distingue resíduos sólidos de rejeitos e de acordo com estes conceitos distintos é relevante destacar que o uso de RSIs como novos insu- mos para um processo produtivo demanda uma prévia caracterização dos no- vos produtos, quanto a sua estabilidade no ambiente. A realização de proces- sos que envolvem a produção de asfalto, telhas e cimento, entre outros produ- tos considerados incorporadores de resíduos devem observar normas da As- sociação Brasileira de Normas Técnicas, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Conselho Nacional de Meio Ambiente, entre outras. Em relação aos aterros para a disposição final de resíduos, os aterros industriais requerem projeto e execução elaborados, em razão dos tipos de materiais que receberão, especialmente quando se trata de resíduos perigo- sos. Os resíduos destinados aos aterros devem possuir no máximo 70% de umidade, ser estáveis, pouco solúveis e não voláteis. Os ácidos, as bases for- tes, os materiais inflamáveis, explosivos e resíduos radioativos não podem ser dispostos em aterros industriais, a menos que sejam empregadas técnicas es- peciais de pré-tratamento, a exemplo de estabilização, encapsulamento, solidi- ficação e vitrificação. Várias normas técnicas estão disponíveis para dar suporte à construção e à manutenção de aterros industriais e gerenciamento de resíduos. A NBR 10.157 (ABNT, 1987) estabelece os critérios técnicos para construção de aterro para resíduos perigosos. É importante salientar que nos aterros e nas valas não há eliminação do passivo, apenas o seu controle, de maneira que a vida útil de um aterro deve ser prolongada, por meio de soluções que minimizem os resíduos. 41 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANA. AGÊNCIA NACIONAL DE AGUAS. WBCSD. World Business Council for Sustainable Development. CEBDS. Centro Empresarial Brasileiro Para o Desenvolvimento Sustentável. No Rumo da Mudança. Fatos e Tendências. Água. 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