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EXERCÍCIOS LITERATURA_ROMANTISMO II

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Exercícios de literatura: Romantismo Prof. Charles A. Soares	 nome: _____________________________________________________ _____/____/ 2015.
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1- (UEL/PR) A questão refere-se ao poema a seguir.
Leito de folhas verdes
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“Por que tardas, Jatir, que tanto a custo
À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas
Já nos cimos do bosque rumoreja. 
Eu sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso Tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma! 
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala. 
Brilha a lua no céu, brilham estrelas, 
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d'alva 
Um só giro do sol, não mais, vegeta: 
Eu sou aquela flor que espera ainda 
Doce raio do sol que me dê vida. 
Sejam vales ou montes, lagos ou terra, 
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite, 
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A Arazóia na cinta me apertaram.
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala! 
Não me escutas, Jatir! Nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! Lá rompe o sol! Do leito inútil 
A brisa da manhã sacuda as folhas!” (DIAS, Antônio G. Poesias completas. RJ: Saraiva, 1957. p. 505-506.)
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Sobre o poema anterior, considere as afirmativas a seguir.
I. 	As marcas românticas do poema ficam evidentes na exaltação da atitude heróica do índio, sempre disposto a partir para as batalhas grandiosas, ainda que tenha que ficar longe da amada. II. 	Apresenta traços em comum com as cantigas de amigo trovadorescas, a saber: o sujeito lírico é feminino e canta a ausência do amado, que está distante.				 III. 	Em todo o poema a transformação da natureza revela a passagem das horas, marcando com isso a angústia do sujeito lírico pela espera de seu amado, a exemplo do que ocorre com os versos “Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco” e “Do tamarindo a flor jaz entreaberta”. IV. 	É possível observar, no poema, a ocorrência de momentos marcados pela ilusão da chegada do amado, como em “Eu sob a copa da mangueira altiva/Nosso leito gentil cobri zelosa”; e, por fim, um momento de clara desilusão: “Tupã! Lá rompe o sol! Do leito inútil/A brisa da manhã sacuda as folhas!” Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II.	b) I e III.	c) II e IV.	d) I, III e IV.	e) II, III e IV.
2. (Mackenzie/SP) No poema I-Juca-Pirama, um velho timbira conta a história de um índio tupi, prisioneiro de sua tribo, que, na iminência de ser sacrificado, pede clemência pelo fato de seu pai, cego, o estar aguardando na floresta. Assim, consegue a liberdade. Ao saber que seu filho chorara diante da morte, o pai o amaldiçoa e volta com ele à tribo inimiga, onde, repentinamente, é ouvido o grito de guerra do jovem que se põe a lutar contra todos. Demonstrada sua bravura, é reconhecido como guerreiro ilustre e acolhido novamente pelo pai, que chora lágrimas “que não desonram”.
Leia alguns versos desse poema de Gonçalves Dias.
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01 “Tu, cobarde, meu filho não és.” 
02 Isto dizendo, o miserando velho
03 A quem Tupã tamanha dor, tal fado
04 Já nos confins da vida reservara,
05 Vai com trêmulo pé, com as mãos já frias
06 Da sua noite escura as densas trevas
07 Palpando. — Alarma! Alarma! — O velho pára. 
08 O grito que escutou é voz do filho, 
09 Voz de guerra que ouviu já tantas vezes
10 Noutra quadra melhor.
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Nos versos transcritos, 
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a) 	A fala do pai renegando o filho antecede a descrição da figura do ancião, cuja fraqueza moral (caracterizada nos versos 03 e 04) é atribuída à súplica indigna do filho.	 b) 	A caracterização dos indígenas é feita não só pela voz que está narrando os fatos, como também pelo discurso direto das próprias personagens.			 c) 	O segmento Vai com trêmulo pé, com as mãos já frias/Da sua noite escura as densas trevas/Palpando constitui uma metáfora da morte do ancião.				 d) 	Ocorrem duas distintas formas de se citarem palavras, mas as aspas denotam também que a fala é autoritária e agressiva.					 e) 	Tem-se um exemplo de poema lírico, no qual o eu que se expressa, falando sempre de si mesmo, comunica a intensa dor.
3. (UFPE)
“Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá / As aves que aqui gorjeiam / não gorjeiam como lá”
Do poema Canção do Exílio, do romântico Gonçalves Dias, resultou uma série de paráfrases e paródias de poemas que cantam as saudades da terra. Uma delas foi a de Chico Buarque, da qual se apresenta um fragmento a seguir:
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Sabiá
“Vou voltar ainda vou voltar para meu lugar
E é ainda lá que eu hei de ouvir cantar uma sabiá...
Vou deitar á sombra de uma palmeira que já não há
Colher a flor que já não dá...”
Considerando as semelhanças e diferenças entre os dois poemas, assinale a alternativa incorreta.
a) 	O primeiro poema, representando o Romantismo, apresenta uma visão otimista da pujança da natureza brasileira, enquanto o segundo, representando o Modernismo, atualiza criticamente o dito e expressa a consciência pessimista das carências e da destruição da natureza na terra natal.											 b) 	Gonçalves Dias descreve a sua terra com formas verbais no tempo presente; Chico Buarque o faz numa tensão entre o futuro e o presente, que se mostra negativo.	 c) 	Em ambos os poemas, o advérbio lá refere-se a um lugar de que estão distantes as vozes eu poético.										 d) 	A musicalidade dos versos, a rima, a métrica o sentimento de perda que compõem a poesia saudosista do Romantismo são retomados nos versos de Chico Buarque.		 e) 	Assim como o texto atual, os versos do poeta maranhense fazem apologia da infância, dos amores vividos e das belezas naturais de seu país, preservadas pela ação dos nativos.
4. (PUC-RS) Para responder à questão, ler o texto que segue.
Canção do Exílio
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“Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite — 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá. 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que eu desfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.”�
Para responder à questão, analisar as afirmativas que seguem, sobre o texto.
I. 	Através do texto, o poeta realiza uma viagem introspectiva a sua terra natal idéia reforçada pelo emprego do verbo “cismar”.II. 	A exaltação à pátria perdida se dá pela referência a elementos culturais. III. 	“Cá” e “lá” expressam o local do exílio e o Brasil, respectivamente. IV. 	O pessimismo do poeta, característica determinante do Romantismo, expressa-se pela saudade da sua terra.
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Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas
A) a I e a II, apenas.		B) a I e a III, apenas.		C) a II e a IV, apenas.	 D) a III e a IV, apenas.		E) a I, a II, a III e a IV.
5. (Unifap)	Leia os textos a seguir: Seus olhos
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“Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
        De vivo luzir, 
Estrela incertas, que as águas dormentes
        Do mar vão ferir; 
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, 
        Têm meiga expressão, 
Mais doce que a brisa, — mais doce que o nauta 
De noite cantando, — mais doce que a frauta 
        Quebrando a solidão, 
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros, 
        De vivo luzir, 
São meigos infantes, gentis, engraçados 
        Brincando a sorrir.”
(Gonçalves Dias)�
Índia
�
“Índia seus cabelos nos ombros caídos
negros como a noite que não tem luar 
seus lábios de rosa para mim sorrindo
e a doce meiguice desse seu olhar 
Índia da pele morena, 
sua boca pequena eu 
quero beijar 
Índia, sangue tupi, tem o cheiro da flor 
Vem, que eu quero te dar 
Todo meu grande amor 
Quando eu for embora para bem distante 
e chegar a hora de dizer adeus 
Fica nos meus braços só mais um instante 
deixa os meus lábios se unirem aos seus 
Índia levarei saudade da felicidade que você me deu
Índia, a sua imagem 
sempre comigo vai 
Dentro do meu coração, flor do meu Paraguai. (J. A.Flores, M. O. Guerreiros e José Fortuna.)�
Ao confrontarmos os dois textos, é possível afirmar que
(A) 	Somente no primeiro texto percebe-se o apego às coisas da natureza, traço que marcou a produção literária da segunda metade do século XIX.			 (B)	 Nos dois textos verifica-se a idealização da mulher, uma das características que marcou a produção romântica nacional.							 (C)	 Os dois excertos narram o lamento de uma mestiça desprezada tanto pelos índios como pelos brancos.					 (D)	 Nos dois textos percebe-se a presença do amor platônico que faz o eu-lírico sofrer. (E)	 Nos dois textos destaca-se a idealização do índio, aspecto importante para a estética romântica.
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Marabá
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"Eu vivo sozinha; ninguém me procura! 
Acaso feitura 
Não sou de Tupá? 
Se algum dentre os homens de mim não se esconde
— “Tu és”, me responde, 
“Tu és Marabá!”
Meus olhos são garços, são cor das safiras, 
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; 
Imitam as nuvens de um céu anilado, 
As cores imitam das vagas do mar!
Se algum dos guerreiros não foge a meus passos: 
— 'Teus olhos são garços', 
Responde anojado, 'mas és Marabá: 
'Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, 
'Uns olhos fulgentes, 
'Bem pretos, retintos, não cor d' anajá!'
É alvo meu rosto da alvura dos lírios, 
Da cor das areias batidas do mar; 
As aves mais brancas, as conchas mais puras 
Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.
Se ainda me escuta meus agros delírios: 
— ' És alva de lírios', 
Sorrindo responde, 'mas és Marabá: 
'Quero antes um rosto de jambo corado, 
'Um rosto crestado 
'Do sol do deserto, não flor de cajá.'
Meu colo de leve se encurva engraçado, 
Como hástea pendente do cáctus em flor; 
Mimosa, indolente, resvalo no prado, 
Como um soluçado suspiro de amor! 
— 'Eu amo a estatura flexível, ligeira, 
Qual duma palmeira', 
Então me respondem; 'tu és Marabá: 
Quero antes o colo da ema orgulhosa, 
Que pisa vaidosa, 
Que as flóreas campinas governa, onde está.'
Meus loiros cabelos em ondas se anelam, 
O oiro mais puro não tem seu fulgor; 
As brisas nos bosques de os ver se enamoram, 
De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem : — Teus longos cabelos, 
'São loiros, são belos, 
Mas são anelados; tu és Marabá; 
Quero antes cabelos bem lisos, corridos, 
Cabelos compridos, 
Não cor d'oiro fino, nem cor d'anajá.'
E as doces palavras que eu tinha cá dentro 
A quem nas direi? 
O ramo d'acácia na fronte de um homem 
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazóia 
Me desprenderá: 
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha, 
Que sou Marabá!"				(Gonçalves Dias)�
6. (UNIRIO/RJ) Após leitura, análise e interpretação do poema Marabá, algumas afirmações como as seguintes podem ser feitas, com exceção de uma. Indique-a.
a) 	O poema se inicia com uma pergunta de ordem religiosa e termina com uma consideração de aspecto sensual.				 b) 	O poema é um profundo lamento construído com base na estrutura dialética, apresentando-se argumentação e contra argumentação.				 c) 	Ocorre interlocução registrada em discurso direto, estrutura que enfatiza assim o desprezo preconceituoso dado à Marabá.			 d) 	A ocorrência de figuras de linguagem e o emprego da primeira pessoa marcam, respectivamente, as funções da linguagem poética e emotiva.				 e) 	Marabá é poema representante da primeira fase que cultua o aspecto físico da mulher.
7. (UNIRIO/RJ) A unidade dramática vivenciada pelo eu-lírico no poema Marabá concentra-se em
a) Tristeza e compreensão.	b) Aflição e frustração.	c) Amargura e comedimento. d) Indignação e passividade.	e) Decepção e aceitação.
8. (UFAC-2007)A poesia Romântica desenvolveu-se em três gerações: Nacionalista ou Indianista, do Mal-do-século e Condoreira. O Indianismo de nossos poetas românticos é:
a) 	um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da Capitania de São Vicente.			 b) 	um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.				 c) 	uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação de bravura, heroísmo e de todas as qualidades morais superiores. d) 	uma forma de apresentar o índio em toda a usa realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça do Brasil. e) 	um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em nada difere do modelo europeu.
ROMANTISMO	GABARITO		1E 2B 3E 4B 5B 6E 7B 8C

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