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PrincipaisPragasAgroCapixaba PDF

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PRINCIPAIS PRAGASPRINCIPAIS PRAGAS 
 NA AGRICULTURA NA AGRICULTURA 
CAPIXABACAPIXABA 
QUAIS SÃO E QUAIS 
OS HOSPEDEIROS 
ANA PAULA LOSS 
THAIS ALMEIDA DO NASCIMENTO 
 
JULHO/2018 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 2 
APRESENTAÇÃO 
Neste documento, serão retratadas as principais pragas que 
causam danos econômicos na agricultura capixaba, como tam-
bém algumas das culturas predominantes no Espírito Santo. 
 
Este material foi elaborado com base em artigos científicos de 
órgãos agropecuários e em dados do governo do estado do 
Espírito Santo. 
 
Tem como objetivo servir de material didático (informativo), a 
respeito do que são pragas, quais são as principais pragas que 
atacam a agricultura do Estado, quais os sintomas e manejo 
mais adequado para as doenças e informar sobre as culturas 
que sofrem ataque dessas pragas que são: Cafeicultura, Ca-
cauicultura, Bananicultura e a Citricultura. 
 
 
 
 Ana Paula Loss 
 Thais Almeida do Nascimento Raphael Magalhães Gomes Moreira 
Licenciadas em Ciências Agrícolas Professor 
 
 
 
Colatina-ES, 04 de julho de 2018 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 29 
 
ESPIRITO SANTO. Portal do Governo do Estado do Espírito San-
to. Governo do Espírito Santo (Ed.). Citricultura é destaque no 
Espírito Santo. 2016. Disponível em: <http://antigo.es.gov.br/
Noticias/181518/citricultura -e-destaque-no-espirito-
santo.htm>. Acesso em: 26 jun. 2018. 
LEMOS, Walkymário de Paulo; VELOSO, Carlos Alberto Costa; 
RIBEIRO, Sydney Itauran (Comp.). Identificação e Controle das 
Principais Pragas em Pomares de Citros no Pará. 2004. Dispo-
nível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/
doc/696995/1/com.tec.119.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2018. 
 
PRADO, Simone de Souza; DORNELES JUNIOR, Joáz. Principais 
pragas do cafeeiro no contexto do manejo integrado de pra-
gas. 2015. Disponível em: <https://www.embrapa.br/en/
busca-de-noticias/-/noticia/6694669/artigo---principais-
pragas-do-cafeeiro-no-contexto-do-manejo-integrado-de-
pragas>. Acesso em: 26 jun. 2018). 
 
CRUZ, Orlando. PRAGAS DO CACAUEIRO. 2016. Disponível em: 
<http://www.orlandocruz.com.br/cacau_pragas.html>. Acesso 
em: 26 jun. 2016 
 
FANCELLI, Marilene. Pragas. Disponível em: <http://
www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia40/AG01/arvore/
AG01_36_41020068055.html>. Acesso em: 26 jun. 2018. 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 28 
INCAPER (Espirito Santo) (Ed.). Cafeicultura. Disponível em: 
<https://incaper.es.gov.br/cafeicultura>. Acesso em: 26 jun. 
2018. 
 
G1 ESPIRITO SANTO (Espirito Santo) (Ed.). Agricultor do ES con-
segue plantar cacau em regiões mais altas.Disponível em: 
<2017>. Acesso em: 26 jun. 2018. 
 
Governo do Espírito Santo. Polos de Fruticultura: Cacau. Dispo-
nível em: <https://incaper.es.gov.br/fruticultura-cacau>. Aces-
so em: 26 jun. 2018. 
 
(Ed.). Ceplac dispõe de tecnologia para a produção de cacau 
de elevada qualidade. 2010. Disponível em: <http://
www.ceplac.gov.br/restrito/lerNoticia.asp?id=1594>. Acesso 
em: 26 jun. 2018 
 
INCAPER (Espirito Santo) (Ed.). Polos de Fruticultura: Banana. 
Disponível em: <https://incaper.es.gov.br/fruticultura-
banana>. Acesso em: 26 jun. 2018. 
 
INCAPER (Espirito Santo). Governo do Espírito Santo 
(Ed.). Polos de Fruticultura: maracuja. Disponível em: <https://
incaper.es.gov.br/fruticultura-maracuja>. Acesso em: 26 jun. 
2018. 
 
 
. 
6 REFERÊNCIAS 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 3 
SUMÁRIO 
1. PRINCIPAIS CULTURAS CAPIXABAS.........................................5 
1.1 Cafeicultura........................................................................ 5 
1.2 Cacauicultura......................................................................6 
1.3 Bananicultura......................................................................7 
1.4 Citricultura...........................................................................8 
2. PRINCIPAIS PRAGAS NA CAFEICULTURA.................................9 
2.1 Broca do Café.....................................................................9 
2.1.1 Sintomas..................................................................10 
2.1.2 Manejo .....................................................................10 
2.1.3 Hospedeiros.............................................................11 
2.2 Bicho Mineiro...................................................................11 
2.2.1 Sintomas..................................................................13 
2.2.2 Manejo .....................................................................13 
2.2.3 Hospedeiros.............................................................14 
3. PRINCIPAIS PRAGAS NA CACAUICULTURA............................15 
3.1 Tripes................................................................................15 
3.1.1 Sintomas..................................................................16 
3.1.2 Manejo .....................................................................16 
3.1.3 Hospedeiros.............................................................17 
3.2 Formiga do enxerto..........................................................17 
3.2.1 Sintomas..................................................................18 
3.2.2 Manejo .....................................................................18 
3.2.3 Hospedeiros.............................................................18 
4. PRINCIPAIS PRAGAS NA BANANICULTURA............................19 
4.1 Broca do rizoma...............................................................19 
4.1.1 Sintomas..................................................................19 
4.1.2 Manejo .....................................................................20 
4.1.3 Hospedeiros.............................................................20 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 4 
4.2 Tripes da erupção do fruto..............................................21 
4.2.1 Sintomas..................................................................21 
4.2.2 Manejo ....................................................................22 
4.2.3 Hospedeiros.............................................................22 
5. PRINCIPAIS PRAGAS NA CITRICULTURA...............................23 
5.1 Ácaro da falsa ferrugem..................................................23 
5.1.1 Sintomas..................................................................23 
5.1.2 Manejo ....................................................................24 
5.1.3 Hospedeiros.............................................................24 
5.2 Minador dos citros...........................................................25 
5.2.1 Sintomas..................................................................25 
5.2.2 Manejo ....................................................................26 
5.2.3 Hospedeiros.............................................................27 
6. REFERÊNCIAS.........................................................................28 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 27 
 5.2.3 Hospedeiros 
 
Citrus aurantifolia, Citrus sp., Citrus aurantium, Citrus x paradi-
si, Cinnamomum verum, Jasminum sp.. 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 26 
 Em casos de infestações severas o crescimento do caule tam-
bém é prejudicado devido aos danos causados aos brotos. Os 
danosgeram de 20 a 100% de perdas de produtividade, de-
pendendo da intensidade da infestação. É possível que te-
nham até 7 larvas atacando uma única folha (Parra et al 
2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2.2 Manejo 
 
Controle biológico e químico. 
Controle biológico: A espécie possui diversos predadores e pa-
rasitoides, tanto nativos quanto exóticos. A vespa Ageniaspis 
citrícola se destaca por ser capaz de reduzir em até 95% a po-
pulação da praga. 
Controle químico: Uso de inseticida autorizados pelo Ministério 
da Agricultura. 
 
 Foto: UFRGS 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 5 
1 PRINCIPAIS CULTURAS DO ESPÍRITO SANTO 
1.1 CAFEICULTURA 
 
A cultura do café é a principal atividade agrícola do estado do 
Espírito Santo. Gerando em torno de 400 mil empregos diretos 
e indiretos e está presente em 60 mil propriedades agrícolas 
do Estado. Ao todo existem 131 mil famílias produtoras capixa-
bas (INCAPER, 2018). 
 
O Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café, com 
expressiva produção de Coffea arábica (arábica) e Coffea ca-
nephora (conilon). É responsável por 22% da produção brasi-
leira. Atualmente, existem 435 mil hectares em produção no 
Estado. A atividade cafeeira é responsável por 35% do Produto 
Interno Bruto (PIB) Agrícola capixaba (INCAPER, 2018). 
Fonte: incaper.es.gov.br/cafeicultura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Incaper (2017) 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 6 
1.2 CACAUICULTURA 
 
O cacau é uma fruta tropical usada como matéria prima princi-
palmente para a fabricação de chocolate (G1 ESPIRITO SANTO, 
2017). O cultivo do cacau (Cacauicultura), ocupa uma área de 
cultivo de 23.672 hectares no Espírito Santo, produzindo 
5.467 toneladas de amêndoas anualmente (INCAPER, 2018). 
 
 Segundo dados da Ceplac (2010) Comissão Executiva do Pla-
no da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a cacauicultura ocupa uma 
área aproximada de 23 mil hectares no Espírito Santo, sendo 
18 mil em sistema de cabruca (cultivo agro florestal). Linhares 
é o município que se destaca sendo o maior produtor estadual 
de cacau, com mais de 87% da área total (20,3 mil hectares). 
Fonte: Incaper (2017) 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 25 
5.2 Minador dos citros Phyllocnistis citrella 
 
Os ovos são bem pequenos. Medem de 0,2 a 0,3 mm. São de 
cor amarelada e opaca quando próximo a eclosão. O tamanho 
da larva varia entre 2 e 3 mm de comprimento, translúcidas, 
cor semelhante a das folhas Adultos são mariposas pequenas, 
de 4 mm de envergadura. São de cor branca brilhante com pe-
los escuros. As asas anteriores são estreitas com mancha pre-
ta na região apical (Parra et al 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2.1 Sintomas 
 
Devido a alimentação da larva, a área foliar é reduzida pela 
presença de galerias e manchas. As folhas não desenvolvem-
se normalmente, o crescimento é retardado, surgem áreas a-
trofiadas, e ficam com aspecto de amarrotadas. Devido aos 
danos as folhas acabam caindo, o que reduz a produtividade. 
 Foto: Alice Abela 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 24 
que os ácaros tendem a evitar a exposição direta a ela. Os fru-
tos não se desenvolvem e diminui a quantidade de suco nas 
frutas. Nas folhas surgem pequenas manchas escuras, segui-
das por bronzeamento (EMBRAPA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.2 Manejo 
 
Controle químico, com uso de produtos autorizados pelo Minis-
tério da Agricultura (EMBRAPA). 
 
 
5.1.3 Hospedeiros 
 
Citrus sinensis, Citrus limon, Citrus maxima, Citrus sp., Citrus 
aurantium, Fortunella sp., Citrus aurantiifolia, Clausena lansi-
um. 
Foto: https://www.agrolink.com.br/upload/problemas/Phyllocoptruta_oleivora56.jpg 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 7 
1.3 BANANICULTURA 
 
O cultivo da banana é um polo da fruticultura que tem grande 
importância social e econômica para o Espírito Santo, a área 
total cultivada é de 26.320 hectares sendo 90% dos municí-
pios capixabas (INCAPER, 2018). 
 
A bananeira é cultivada em 17 mil propriedades sendo a maio-
ria familiar, gerando em torno de 30 mil trabalhos diretos ou 
indiretos. No Espírito Santo predomina o subgrupo da banana 
prata com 80% de área cultivada (INCAPER, 2018). 
Foto: Arquivo/Incaper 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 8 
1.4 CITRICULTURA 
 
O Espírito Santo apresenta clima favorável para o cultivo de 
frutas cítricas. A maioria das propriedades que cultivam frutas 
cítricas é de mão de obra familiar, que baseia sua produção 
para cultivo in natura. 
 
No Estado, a produção de citros é fonte de geração de renda 
empregos e alimentos. Em 2015 esta atividade ocupava 
3.855 hectares tendo um volume de produção de 54.379 to-
neladas de frutos, gerando uma renda de R$ 67.679.010,00. 
Das frutas cítricas mais cultivadas em território capixaba es-
tão: laranja, mexerica ponkan e limão (ESPIRITO SANTO, 
2016). 
Fonte: Incaper (2016) 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 23 
5. PRINCIPAIS PRAGAS NA CITRICULTURA 
 
5.1 Ácaro da falsa ferrugem Phyllocoptruta oleivora 
 
Adultos medem cerca de 0,15 mm de comprimento, possuem 
cor entre amarelo claro (jovens) e pardo (adultos) e ocorrem 
em qualquer época do ano, principalmente, em condições de 
umidade e temperatura elevadas (período mais seco) 
(EMBRAPA 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1.1 Sintomas 
 
Os frutos de citros atacados ficam com aspecto áspero e com 
coloração ferruginosa. No local do ataque, surgem manchas de 
cor prateada em limões, marrom em laranjas maduras e pre-
tas em laranjas verdes. As manchas podem ocorrer mais em 
partes dos frutos em que há baixa incidência de luz solar, já 
 Foto: Fundecitrus 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.2 Manejo 
 
A retirada dos restos florais e a remoção do coração reduzem 
a população destes insetos. A aplicação de inseticidas via solo 
é citada na literatura como método de controle deste inseto. 
Recomenda-se a utilização de sacos impregnados com insetici-
da no momento da emissão do cacho, para reduzir os prejuí-
zos causados pelo tripes da erupção dos frutos (EMBRAPA). 
 
 
4.2.3 Hospedeiros 
 
Musa sp.. 
Foto: Adilson Lopes Lima - Embrapa Amapá 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 9 
2 PRINCIPAIS PRAGAS NA CAFEICULTURA 
Pragas são organismos que reduzem a produção das culturas 
e a qualidade dos produtos agrícolas ao atacá-las. 
2.1 Broca-do-café Hypothenemus hampei 
 
A broca – do – café é um inseto da ordem coleóptera e é uma 
das principais pragas que atacam a lavoura cafeeira, a broca 
em especial ataca os frutos em qualquer estádio de matura-
ção, esses insetos podem atacar sobre diversas influencias 
tais como clima. sombreamento, espaçamento e altitude, 
quando essa infestação chega num nível de 30% a qualidade 
do café é prejudicada (EMBRAPA 2015). 
 
Fonte: https://www.agrolink.com.br/upload/problemas/Hypothenemus_hampei61.jpg 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 10 
2.1.1 Sintomas 
O ataque da broca- do- café pode ser obsevado quando o fruto 
(em estado de maturação) apresentar um pequeno furo na re-
gião da coroa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O controle da broca docafé pode ser cultural, químico e bioló-
gico. 
 
Controle cultural: Consta de cuidados por ocasião da colheita, 
evitando-se a permanência de frutos na planta ou no solo, im-
pedindo assim, a sobrevivência da broca nos frutos remanes-
centes de café na entressafra (Veneziano, 1996). 
Fonte: http://www.agricultura.mg.gov.br/images/Img_Noticias/Broca%20do%20Cafe.jpg 
2.1.2 Manejo 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 21 
4.2 Tripes da erupção do fruto Frankliniella spp. 
 
A forma jovem apresenta cor branca ou amarela-clara e, assim 
como o adulto, é muito ativa. Os adultos apresentam coloração 
marrom-escura e são encontrados geralmente em flores jo-
vens abertas. Também podem ocorrer naquelas flores que es-
tão ainda protegidas pelas brácteas, alimentando-se nas brác-
teas e, algumas vezes, sobre frutos jovens (EMBRAPA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.2.1 Sintomas 
 
Os danos provocados por estes tripes manifestam-se nos fru-
tos em desenvolvimento, na forma de pontuações marrons e 
ásperas ao tato , o que reduz o seu valor comercial, mas não 
interfere na qualidade da fruta (EMBRAPA). 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.1.2 Manejo 
 
Destruição de indivíduos afetados. Utilização de plantas sau-
dáveis para plantio. Fazer descortiçamento do rizoma acompa-
nhado de tratamento térmico para eliminação de alta porcen-
tagem de ovos e larvas. Não replantar em solo afetado antes 
de realizar tratamento adequado. Utilização de iscas tóxicas 
atrativas com avaliação de técnico especializado. Controle quí-
mico, segundo as especificações do fabricante. O controle a-
través de inimigos naturais, como Beauveria bassiana, vem 
sendo estudado (FANCELLI, 2018). 
 
 
4.1.3 Hospedeiros 
 
Saccharum officinarum, Musa x paradisiaca, Musa textilis, Mu-
sa sp., Ensete ventricosum. 
 
Foto: Murilo Rodrigues de Arruda 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 11 
Controle químico: Com o aparecimento dos inseticidas orgâni-
cos sintéticos, os métodos de controle utilizados, durante mui-
tos anos contra a broca, foram sendo substituídos (Benassi, 
1989). Na maioria das vezes, o controle químico não é feito 
em toda a lavoura, mas está limitado a alguns talhões, já que 
a broca apresenta infestação desuniforme, não generalizada. 
 
Controle biológico: Na tentativa de controlar biologicamente a 
broca-do-café, foi introduzido, em 1929, no Estado de São 
Paulo, proveniente de Uganda, África, o microhimenóptero Pro-
rops nasuta Waterston, 1923 (Hymenoptera: Bethylidae) que 
recebeu o nome vulgar de vespa-de-uganda. Liberado em gran-
des quantidades, não só em São Paulo, mas também no sul de 
Minas, teve a princípio boa performance no controle da broca, 
porém não conseguiu estabelecer-se em condições naturais. 
Com o uso dos produtos químicos a multiplicação desse inimi-
go natural foi abandonada (Reis & Souza, 1998). 
 
2.1.3 Hospedeiros 
 
Coffea arabica, Coffea sp., Coffea canephora. 
 
2.2 Bicho-mineiro Perileucoptera coffeella 
 
A mariposa do bicho-mineiro é bem pequena, apresentando 
6,5 mm de envergadura, asas brancas na parte dorsal. Sua 
postura ocorre durante a noite, com média de 7 ovos. 
 
A ocorrência do bicho-mineiro está condicionada a diversos 
fatores. Entre esses fatores destacam-se as condições climáti- 
 
 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 12 
cas, sendo que a precipitação pluvial e a umidade relativa do 
ar influenciam negativamente na população da praga, ao con-
trário da temperatura, que exerce influência positiva 
(EMBRAPA 2015). 
Foto: CEPLAN 
Foto: Cristiano Soares de Oliveira 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 19 
4. PRINCIPAIS PRAGAS NA BANANICULTURA 
 
4.1 Broca-do-rizoma Cosmopolites sordidus 
 
É a principal praga que ataca a cultura da bananeira, conheci-
da também por moleque-da-bananeira. Na forma adulta, esse 
inseto é um besouro de cor preta (EMBRAPA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.1.1 Sintomas 
 
Murcha da planta, nanismo, redução do tamanho dos frutos, 
amarelecimento das folhas centrais, galerias internas nas raí-
zes e caules, morte de gemas apicais. Plantas jovens morrem 
rapidamente, já as plantas mais velhas ficam altas e esguias 
devido às raízes laterais que se desenvolvem. As plantas ficam 
mais suscetíveis ao tombamento quando atingidas pelo vento 
(Sant'Ana 1999) 
 Foto: Nilton Fritzons Sanches 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 18 
3.2.1 Sintomas 
 
Durante a alimentação, o inseto injeta toxinas na planta que 
provocam necroses e afundamentos, dando origem a pústulas 
conhecidas como bexigas, fazendo com que o fruto fique 
"bexigado". O ataque ocorre principalmente nos frutos jovens, 
provocando apodrecimento e queda prematura. Quando o ata-
que ocorre em frutos mais desenvolvidos, os mesmos apresen-
tam deformações e amêndoas de baixa qualidade. No caso de 
ataques severos, ocorre a paralisação do crescimento das bro-
tações terminais, as folhas novas secam, provocando a quei-
ma da planta. Além disso, os danos provocados pelo inseto 
favorecem o desenvolvimento de fungos nos frutos e ramos 
(Sanchez 2011). 
 
 
 
 
 
Deve-se realizar inspeções periodicamente, principalmente na 
época de lançamento e frutificação. 
Controle químico: Uso de produtos autorizados pelo Ministério 
da Agricultura. 
 
 
3.2.3 Hospedeiros 
 
Theobroma cacao. 
 
 
 
 
3.2.2 Manejo 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 13 
2.2.1 Sintomas 
 
Os sintomas podem ser observados pela presença de folhas 
minadas nos cafeeiros. As minas construídas pelo inseto pos-
suem bordas irregulares. No início, apresentam coloração a-
marelo-pálido e posteriormente, com o rápido desenvolvimento 
do inseto, tornam-se pardas com o centro escuro, consequên-
cia do depósito de dejetos. Os prejuízos ocorrem em conse-
quência da redução da fotossíntese, causada pelo desenvolvi-
mento das lesões e acentuada pela queda prematura de fo-
lhas (CIBES e PEREZ, 1957; MAGALHÃES, 1964). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O controle do bicho mineiro pode ser biológico ou químico. 
Controle biológico: O controle biológico natural, realizado por 
Foto: Erick Boa 
2.2.2 Manejo 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 14 
predadores e parasitos, é muitas vezes eficiente na redução 
populacional de L. coffeella abaixo do nível de dano econômi-
co. A vespa é um predador muito importante para a lavoura do 
café (SOUZA, 1979 e SOUZA et al., 1980). Sobrevoam e procu-
ram nas plantas as lesões onde se localizam as lagartas do L. 
coffeella, rasgam a epiderme com a mandíbula, retiram as la-
gartas do local e as eliminam (SOUZA et al., 1980). 
 
Controle químico: Os inseticidas granulados sistêmicos têm se 
destacado pela eficiência no controle e pelo importante papel 
que exercem no manejo integrado de pragas. Eles se translo-
cam pelo xilema da planta atingindo as folhas. Como são incor-
porados ao solo, é importante a existência de umidade para 
sua melhor absorção pelas raízes. De acordo com a bibliografi-
a, o período de carência destes produtos é de 110 a 160 dias 
dependendo da sua formulação, sendo que a época de aplica-
ção e as dosagens podem variar de acordo com as situações 
climáticas da região em questão (RIGITANO, 1989). 
 
 
2.2.3 Hospedeiros 
 
Coffeaarabica, Coffea sp. 
 
 
 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 17 
3.1.3 Hospedeiros 
 
Persea americana, Theobroma cacao, Anacardium occidentale, 
Carica papaya, Mangifera indica, Swietenia mahagoni, Termi-
nalia catappa, Gossypium sp., Coffea sp., Rubus sp., Areca ca-
techu, Citrus sp., Litchi chinensis, Garcinia mangostana, Eu-
calyptus sp., Annona sp., Codiaeum variegatum, Vitis sp., Euge-
nia sp., Ficus sp., Psidium sp., Bixa orellana, Syzygium sp., Ter-
minalia sp., Schinus terebinthifolius, Caesalpinia pulcherrima, 
Macadamis sp. 
 
 
3.2 Formiga-de-enxerto Azteca paraensis bondarí 
 
Os adultos da espécie medem entre 6,5 e 13 mm de compri-
mento, são de coloração castanho-escura e possuem manchas 
amareladas nas asas. Algumas das regiões do corpo são aver-
melhadas, em especial a região do abdome. Na fase ninfal são 
de coloração alaranjada e tem a região torácica e os dois pri-
meiros segmentos abdominais delimitados por duas faixas de 
coloração avermelhada ao redor do corpo (Sánchez 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto: CEPLAN 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 16 
3.1.1 Sintomas 
 
Frequentemente encontrados na face inferior das folhas. As 
folhas apresentam manchas amarelas e cloróticas resultantes 
da alimentação do tripes. Posteriormente, essas manchas se 
tornam marrons. O ataque severo causa a queda das folhas. 
Quando esse ataque ocorre no início do desenvolvimento dos 
frutos, estes se apresentam murchos, secos e com as amên-
doas reduzidas (ANDEF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eliminação dos restos culturais, manutenção de áreas de refú-
gio para inimigos naturais e aplicação de produtos registrados 
(ANDEF). 
Foto: www.agrolink.com.br/upload/problemas/Selenothrips_rubrocinctus52.jpg 
3.1.2 Manejo 
P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 15 
3. PRINCIPAIS PRAGAS NA CACAUICULTURA 
 
3.1 Tripes Selenothrips rubrocinctus 
 
Os insetos adultos são pequenos, com no máximo 1 mm de 
comprimento. Possuem corpo alongado, de coloração amarelo-
clara a marrom e asas franjadas. As fêmeas adultas colocam 
de 20 a 100 ovos nas partes mais tenras da planta (EMBRAPA 
2014). 
 
 
Foto: Lyle Buss, University of Florida

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