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PRINCIPAIS PRAGASPRINCIPAIS PRAGAS NA AGRICULTURA NA AGRICULTURA CAPIXABACAPIXABA QUAIS SÃO E QUAIS OS HOSPEDEIROS ANA PAULA LOSS THAIS ALMEIDA DO NASCIMENTO JULHO/2018 P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 2 APRESENTAÇÃO Neste documento, serão retratadas as principais pragas que causam danos econômicos na agricultura capixaba, como tam- bém algumas das culturas predominantes no Espírito Santo. Este material foi elaborado com base em artigos científicos de órgãos agropecuários e em dados do governo do estado do Espírito Santo. Tem como objetivo servir de material didático (informativo), a respeito do que são pragas, quais são as principais pragas que atacam a agricultura do Estado, quais os sintomas e manejo mais adequado para as doenças e informar sobre as culturas que sofrem ataque dessas pragas que são: Cafeicultura, Ca- cauicultura, Bananicultura e a Citricultura. Ana Paula Loss Thais Almeida do Nascimento Raphael Magalhães Gomes Moreira Licenciadas em Ciências Agrícolas Professor Colatina-ES, 04 de julho de 2018 P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 29 ESPIRITO SANTO. Portal do Governo do Estado do Espírito San- to. Governo do Espírito Santo (Ed.). Citricultura é destaque no Espírito Santo. 2016. Disponível em: <http://antigo.es.gov.br/ Noticias/181518/citricultura -e-destaque-no-espirito- santo.htm>. Acesso em: 26 jun. 2018. LEMOS, Walkymário de Paulo; VELOSO, Carlos Alberto Costa; RIBEIRO, Sydney Itauran (Comp.). Identificação e Controle das Principais Pragas em Pomares de Citros no Pará. 2004. Dispo- nível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/ doc/696995/1/com.tec.119.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2018. PRADO, Simone de Souza; DORNELES JUNIOR, Joáz. Principais pragas do cafeeiro no contexto do manejo integrado de pra- gas. 2015. Disponível em: <https://www.embrapa.br/en/ busca-de-noticias/-/noticia/6694669/artigo---principais- pragas-do-cafeeiro-no-contexto-do-manejo-integrado-de- pragas>. Acesso em: 26 jun. 2018). CRUZ, Orlando. PRAGAS DO CACAUEIRO. 2016. Disponível em: <http://www.orlandocruz.com.br/cacau_pragas.html>. Acesso em: 26 jun. 2016 FANCELLI, Marilene. Pragas. Disponível em: <http:// www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia40/AG01/arvore/ AG01_36_41020068055.html>. Acesso em: 26 jun. 2018. P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 28 INCAPER (Espirito Santo) (Ed.). Cafeicultura. Disponível em: <https://incaper.es.gov.br/cafeicultura>. Acesso em: 26 jun. 2018. G1 ESPIRITO SANTO (Espirito Santo) (Ed.). Agricultor do ES con- segue plantar cacau em regiões mais altas.Disponível em: <2017>. Acesso em: 26 jun. 2018. Governo do Espírito Santo. Polos de Fruticultura: Cacau. Dispo- nível em: <https://incaper.es.gov.br/fruticultura-cacau>. Aces- so em: 26 jun. 2018. (Ed.). Ceplac dispõe de tecnologia para a produção de cacau de elevada qualidade. 2010. Disponível em: <http:// www.ceplac.gov.br/restrito/lerNoticia.asp?id=1594>. Acesso em: 26 jun. 2018 INCAPER (Espirito Santo) (Ed.). Polos de Fruticultura: Banana. Disponível em: <https://incaper.es.gov.br/fruticultura- banana>. Acesso em: 26 jun. 2018. INCAPER (Espirito Santo). Governo do Espírito Santo (Ed.). Polos de Fruticultura: maracuja. Disponível em: <https:// incaper.es.gov.br/fruticultura-maracuja>. Acesso em: 26 jun. 2018. . 6 REFERÊNCIAS P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 3 SUMÁRIO 1. PRINCIPAIS CULTURAS CAPIXABAS.........................................5 1.1 Cafeicultura........................................................................ 5 1.2 Cacauicultura......................................................................6 1.3 Bananicultura......................................................................7 1.4 Citricultura...........................................................................8 2. PRINCIPAIS PRAGAS NA CAFEICULTURA.................................9 2.1 Broca do Café.....................................................................9 2.1.1 Sintomas..................................................................10 2.1.2 Manejo .....................................................................10 2.1.3 Hospedeiros.............................................................11 2.2 Bicho Mineiro...................................................................11 2.2.1 Sintomas..................................................................13 2.2.2 Manejo .....................................................................13 2.2.3 Hospedeiros.............................................................14 3. PRINCIPAIS PRAGAS NA CACAUICULTURA............................15 3.1 Tripes................................................................................15 3.1.1 Sintomas..................................................................16 3.1.2 Manejo .....................................................................16 3.1.3 Hospedeiros.............................................................17 3.2 Formiga do enxerto..........................................................17 3.2.1 Sintomas..................................................................18 3.2.2 Manejo .....................................................................18 3.2.3 Hospedeiros.............................................................18 4. PRINCIPAIS PRAGAS NA BANANICULTURA............................19 4.1 Broca do rizoma...............................................................19 4.1.1 Sintomas..................................................................19 4.1.2 Manejo .....................................................................20 4.1.3 Hospedeiros.............................................................20 P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 4 4.2 Tripes da erupção do fruto..............................................21 4.2.1 Sintomas..................................................................21 4.2.2 Manejo ....................................................................22 4.2.3 Hospedeiros.............................................................22 5. PRINCIPAIS PRAGAS NA CITRICULTURA...............................23 5.1 Ácaro da falsa ferrugem..................................................23 5.1.1 Sintomas..................................................................23 5.1.2 Manejo ....................................................................24 5.1.3 Hospedeiros.............................................................24 5.2 Minador dos citros...........................................................25 5.2.1 Sintomas..................................................................25 5.2.2 Manejo ....................................................................26 5.2.3 Hospedeiros.............................................................27 6. REFERÊNCIAS.........................................................................28 P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 27 5.2.3 Hospedeiros Citrus aurantifolia, Citrus sp., Citrus aurantium, Citrus x paradi- si, Cinnamomum verum, Jasminum sp.. P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 26 Em casos de infestações severas o crescimento do caule tam- bém é prejudicado devido aos danos causados aos brotos. Os danosgeram de 20 a 100% de perdas de produtividade, de- pendendo da intensidade da infestação. É possível que te- nham até 7 larvas atacando uma única folha (Parra et al 2004). 5.2.2 Manejo Controle biológico e químico. Controle biológico: A espécie possui diversos predadores e pa- rasitoides, tanto nativos quanto exóticos. A vespa Ageniaspis citrícola se destaca por ser capaz de reduzir em até 95% a po- pulação da praga. Controle químico: Uso de inseticida autorizados pelo Ministério da Agricultura. Foto: UFRGS P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 5 1 PRINCIPAIS CULTURAS DO ESPÍRITO SANTO 1.1 CAFEICULTURA A cultura do café é a principal atividade agrícola do estado do Espírito Santo. Gerando em torno de 400 mil empregos diretos e indiretos e está presente em 60 mil propriedades agrícolas do Estado. Ao todo existem 131 mil famílias produtoras capixa- bas (INCAPER, 2018). O Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café, com expressiva produção de Coffea arábica (arábica) e Coffea ca- nephora (conilon). É responsável por 22% da produção brasi- leira. Atualmente, existem 435 mil hectares em produção no Estado. A atividade cafeeira é responsável por 35% do Produto Interno Bruto (PIB) Agrícola capixaba (INCAPER, 2018). Fonte: incaper.es.gov.br/cafeicultura Fonte: Incaper (2017) P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 6 1.2 CACAUICULTURA O cacau é uma fruta tropical usada como matéria prima princi- palmente para a fabricação de chocolate (G1 ESPIRITO SANTO, 2017). O cultivo do cacau (Cacauicultura), ocupa uma área de cultivo de 23.672 hectares no Espírito Santo, produzindo 5.467 toneladas de amêndoas anualmente (INCAPER, 2018). Segundo dados da Ceplac (2010) Comissão Executiva do Pla- no da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a cacauicultura ocupa uma área aproximada de 23 mil hectares no Espírito Santo, sendo 18 mil em sistema de cabruca (cultivo agro florestal). Linhares é o município que se destaca sendo o maior produtor estadual de cacau, com mais de 87% da área total (20,3 mil hectares). Fonte: Incaper (2017) P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 25 5.2 Minador dos citros Phyllocnistis citrella Os ovos são bem pequenos. Medem de 0,2 a 0,3 mm. São de cor amarelada e opaca quando próximo a eclosão. O tamanho da larva varia entre 2 e 3 mm de comprimento, translúcidas, cor semelhante a das folhas Adultos são mariposas pequenas, de 4 mm de envergadura. São de cor branca brilhante com pe- los escuros. As asas anteriores são estreitas com mancha pre- ta na região apical (Parra et al 2004). 5.2.1 Sintomas Devido a alimentação da larva, a área foliar é reduzida pela presença de galerias e manchas. As folhas não desenvolvem- se normalmente, o crescimento é retardado, surgem áreas a- trofiadas, e ficam com aspecto de amarrotadas. Devido aos danos as folhas acabam caindo, o que reduz a produtividade. Foto: Alice Abela P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 24 que os ácaros tendem a evitar a exposição direta a ela. Os fru- tos não se desenvolvem e diminui a quantidade de suco nas frutas. Nas folhas surgem pequenas manchas escuras, segui- das por bronzeamento (EMBRAPA). 5.1.2 Manejo Controle químico, com uso de produtos autorizados pelo Minis- tério da Agricultura (EMBRAPA). 5.1.3 Hospedeiros Citrus sinensis, Citrus limon, Citrus maxima, Citrus sp., Citrus aurantium, Fortunella sp., Citrus aurantiifolia, Clausena lansi- um. Foto: https://www.agrolink.com.br/upload/problemas/Phyllocoptruta_oleivora56.jpg P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 7 1.3 BANANICULTURA O cultivo da banana é um polo da fruticultura que tem grande importância social e econômica para o Espírito Santo, a área total cultivada é de 26.320 hectares sendo 90% dos municí- pios capixabas (INCAPER, 2018). A bananeira é cultivada em 17 mil propriedades sendo a maio- ria familiar, gerando em torno de 30 mil trabalhos diretos ou indiretos. No Espírito Santo predomina o subgrupo da banana prata com 80% de área cultivada (INCAPER, 2018). Foto: Arquivo/Incaper P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 8 1.4 CITRICULTURA O Espírito Santo apresenta clima favorável para o cultivo de frutas cítricas. A maioria das propriedades que cultivam frutas cítricas é de mão de obra familiar, que baseia sua produção para cultivo in natura. No Estado, a produção de citros é fonte de geração de renda empregos e alimentos. Em 2015 esta atividade ocupava 3.855 hectares tendo um volume de produção de 54.379 to- neladas de frutos, gerando uma renda de R$ 67.679.010,00. Das frutas cítricas mais cultivadas em território capixaba es- tão: laranja, mexerica ponkan e limão (ESPIRITO SANTO, 2016). Fonte: Incaper (2016) P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 23 5. PRINCIPAIS PRAGAS NA CITRICULTURA 5.1 Ácaro da falsa ferrugem Phyllocoptruta oleivora Adultos medem cerca de 0,15 mm de comprimento, possuem cor entre amarelo claro (jovens) e pardo (adultos) e ocorrem em qualquer época do ano, principalmente, em condições de umidade e temperatura elevadas (período mais seco) (EMBRAPA 2004). 5.1.1 Sintomas Os frutos de citros atacados ficam com aspecto áspero e com coloração ferruginosa. No local do ataque, surgem manchas de cor prateada em limões, marrom em laranjas maduras e pre- tas em laranjas verdes. As manchas podem ocorrer mais em partes dos frutos em que há baixa incidência de luz solar, já Foto: Fundecitrus P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 22 4.2.2 Manejo A retirada dos restos florais e a remoção do coração reduzem a população destes insetos. A aplicação de inseticidas via solo é citada na literatura como método de controle deste inseto. Recomenda-se a utilização de sacos impregnados com insetici- da no momento da emissão do cacho, para reduzir os prejuí- zos causados pelo tripes da erupção dos frutos (EMBRAPA). 4.2.3 Hospedeiros Musa sp.. Foto: Adilson Lopes Lima - Embrapa Amapá P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 9 2 PRINCIPAIS PRAGAS NA CAFEICULTURA Pragas são organismos que reduzem a produção das culturas e a qualidade dos produtos agrícolas ao atacá-las. 2.1 Broca-do-café Hypothenemus hampei A broca – do – café é um inseto da ordem coleóptera e é uma das principais pragas que atacam a lavoura cafeeira, a broca em especial ataca os frutos em qualquer estádio de matura- ção, esses insetos podem atacar sobre diversas influencias tais como clima. sombreamento, espaçamento e altitude, quando essa infestação chega num nível de 30% a qualidade do café é prejudicada (EMBRAPA 2015). Fonte: https://www.agrolink.com.br/upload/problemas/Hypothenemus_hampei61.jpg P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 10 2.1.1 Sintomas O ataque da broca- do- café pode ser obsevado quando o fruto (em estado de maturação) apresentar um pequeno furo na re- gião da coroa. O controle da broca docafé pode ser cultural, químico e bioló- gico. Controle cultural: Consta de cuidados por ocasião da colheita, evitando-se a permanência de frutos na planta ou no solo, im- pedindo assim, a sobrevivência da broca nos frutos remanes- centes de café na entressafra (Veneziano, 1996). Fonte: http://www.agricultura.mg.gov.br/images/Img_Noticias/Broca%20do%20Cafe.jpg 2.1.2 Manejo P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 21 4.2 Tripes da erupção do fruto Frankliniella spp. A forma jovem apresenta cor branca ou amarela-clara e, assim como o adulto, é muito ativa. Os adultos apresentam coloração marrom-escura e são encontrados geralmente em flores jo- vens abertas. Também podem ocorrer naquelas flores que es- tão ainda protegidas pelas brácteas, alimentando-se nas brác- teas e, algumas vezes, sobre frutos jovens (EMBRAPA). 4.2.1 Sintomas Os danos provocados por estes tripes manifestam-se nos fru- tos em desenvolvimento, na forma de pontuações marrons e ásperas ao tato , o que reduz o seu valor comercial, mas não interfere na qualidade da fruta (EMBRAPA). P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 20 4.1.2 Manejo Destruição de indivíduos afetados. Utilização de plantas sau- dáveis para plantio. Fazer descortiçamento do rizoma acompa- nhado de tratamento térmico para eliminação de alta porcen- tagem de ovos e larvas. Não replantar em solo afetado antes de realizar tratamento adequado. Utilização de iscas tóxicas atrativas com avaliação de técnico especializado. Controle quí- mico, segundo as especificações do fabricante. O controle a- través de inimigos naturais, como Beauveria bassiana, vem sendo estudado (FANCELLI, 2018). 4.1.3 Hospedeiros Saccharum officinarum, Musa x paradisiaca, Musa textilis, Mu- sa sp., Ensete ventricosum. Foto: Murilo Rodrigues de Arruda P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 11 Controle químico: Com o aparecimento dos inseticidas orgâni- cos sintéticos, os métodos de controle utilizados, durante mui- tos anos contra a broca, foram sendo substituídos (Benassi, 1989). Na maioria das vezes, o controle químico não é feito em toda a lavoura, mas está limitado a alguns talhões, já que a broca apresenta infestação desuniforme, não generalizada. Controle biológico: Na tentativa de controlar biologicamente a broca-do-café, foi introduzido, em 1929, no Estado de São Paulo, proveniente de Uganda, África, o microhimenóptero Pro- rops nasuta Waterston, 1923 (Hymenoptera: Bethylidae) que recebeu o nome vulgar de vespa-de-uganda. Liberado em gran- des quantidades, não só em São Paulo, mas também no sul de Minas, teve a princípio boa performance no controle da broca, porém não conseguiu estabelecer-se em condições naturais. Com o uso dos produtos químicos a multiplicação desse inimi- go natural foi abandonada (Reis & Souza, 1998). 2.1.3 Hospedeiros Coffea arabica, Coffea sp., Coffea canephora. 2.2 Bicho-mineiro Perileucoptera coffeella A mariposa do bicho-mineiro é bem pequena, apresentando 6,5 mm de envergadura, asas brancas na parte dorsal. Sua postura ocorre durante a noite, com média de 7 ovos. A ocorrência do bicho-mineiro está condicionada a diversos fatores. Entre esses fatores destacam-se as condições climáti- P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 12 cas, sendo que a precipitação pluvial e a umidade relativa do ar influenciam negativamente na população da praga, ao con- trário da temperatura, que exerce influência positiva (EMBRAPA 2015). Foto: CEPLAN Foto: Cristiano Soares de Oliveira P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 19 4. PRINCIPAIS PRAGAS NA BANANICULTURA 4.1 Broca-do-rizoma Cosmopolites sordidus É a principal praga que ataca a cultura da bananeira, conheci- da também por moleque-da-bananeira. Na forma adulta, esse inseto é um besouro de cor preta (EMBRAPA). 4.1.1 Sintomas Murcha da planta, nanismo, redução do tamanho dos frutos, amarelecimento das folhas centrais, galerias internas nas raí- zes e caules, morte de gemas apicais. Plantas jovens morrem rapidamente, já as plantas mais velhas ficam altas e esguias devido às raízes laterais que se desenvolvem. As plantas ficam mais suscetíveis ao tombamento quando atingidas pelo vento (Sant'Ana 1999) Foto: Nilton Fritzons Sanches P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 18 3.2.1 Sintomas Durante a alimentação, o inseto injeta toxinas na planta que provocam necroses e afundamentos, dando origem a pústulas conhecidas como bexigas, fazendo com que o fruto fique "bexigado". O ataque ocorre principalmente nos frutos jovens, provocando apodrecimento e queda prematura. Quando o ata- que ocorre em frutos mais desenvolvidos, os mesmos apresen- tam deformações e amêndoas de baixa qualidade. No caso de ataques severos, ocorre a paralisação do crescimento das bro- tações terminais, as folhas novas secam, provocando a quei- ma da planta. Além disso, os danos provocados pelo inseto favorecem o desenvolvimento de fungos nos frutos e ramos (Sanchez 2011). Deve-se realizar inspeções periodicamente, principalmente na época de lançamento e frutificação. Controle químico: Uso de produtos autorizados pelo Ministério da Agricultura. 3.2.3 Hospedeiros Theobroma cacao. 3.2.2 Manejo P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 13 2.2.1 Sintomas Os sintomas podem ser observados pela presença de folhas minadas nos cafeeiros. As minas construídas pelo inseto pos- suem bordas irregulares. No início, apresentam coloração a- marelo-pálido e posteriormente, com o rápido desenvolvimento do inseto, tornam-se pardas com o centro escuro, consequên- cia do depósito de dejetos. Os prejuízos ocorrem em conse- quência da redução da fotossíntese, causada pelo desenvolvi- mento das lesões e acentuada pela queda prematura de fo- lhas (CIBES e PEREZ, 1957; MAGALHÃES, 1964). O controle do bicho mineiro pode ser biológico ou químico. Controle biológico: O controle biológico natural, realizado por Foto: Erick Boa 2.2.2 Manejo P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 14 predadores e parasitos, é muitas vezes eficiente na redução populacional de L. coffeella abaixo do nível de dano econômi- co. A vespa é um predador muito importante para a lavoura do café (SOUZA, 1979 e SOUZA et al., 1980). Sobrevoam e procu- ram nas plantas as lesões onde se localizam as lagartas do L. coffeella, rasgam a epiderme com a mandíbula, retiram as la- gartas do local e as eliminam (SOUZA et al., 1980). Controle químico: Os inseticidas granulados sistêmicos têm se destacado pela eficiência no controle e pelo importante papel que exercem no manejo integrado de pragas. Eles se translo- cam pelo xilema da planta atingindo as folhas. Como são incor- porados ao solo, é importante a existência de umidade para sua melhor absorção pelas raízes. De acordo com a bibliografi- a, o período de carência destes produtos é de 110 a 160 dias dependendo da sua formulação, sendo que a época de aplica- ção e as dosagens podem variar de acordo com as situações climáticas da região em questão (RIGITANO, 1989). 2.2.3 Hospedeiros Coffeaarabica, Coffea sp. P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 17 3.1.3 Hospedeiros Persea americana, Theobroma cacao, Anacardium occidentale, Carica papaya, Mangifera indica, Swietenia mahagoni, Termi- nalia catappa, Gossypium sp., Coffea sp., Rubus sp., Areca ca- techu, Citrus sp., Litchi chinensis, Garcinia mangostana, Eu- calyptus sp., Annona sp., Codiaeum variegatum, Vitis sp., Euge- nia sp., Ficus sp., Psidium sp., Bixa orellana, Syzygium sp., Ter- minalia sp., Schinus terebinthifolius, Caesalpinia pulcherrima, Macadamis sp. 3.2 Formiga-de-enxerto Azteca paraensis bondarí Os adultos da espécie medem entre 6,5 e 13 mm de compri- mento, são de coloração castanho-escura e possuem manchas amareladas nas asas. Algumas das regiões do corpo são aver- melhadas, em especial a região do abdome. Na fase ninfal são de coloração alaranjada e tem a região torácica e os dois pri- meiros segmentos abdominais delimitados por duas faixas de coloração avermelhada ao redor do corpo (Sánchez 2011). Foto: CEPLAN P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 16 3.1.1 Sintomas Frequentemente encontrados na face inferior das folhas. As folhas apresentam manchas amarelas e cloróticas resultantes da alimentação do tripes. Posteriormente, essas manchas se tornam marrons. O ataque severo causa a queda das folhas. Quando esse ataque ocorre no início do desenvolvimento dos frutos, estes se apresentam murchos, secos e com as amên- doas reduzidas (ANDEF). Eliminação dos restos culturais, manutenção de áreas de refú- gio para inimigos naturais e aplicação de produtos registrados (ANDEF). Foto: www.agrolink.com.br/upload/problemas/Selenothrips_rubrocinctus52.jpg 3.1.2 Manejo P RI NC I PA I S P RAG A S N A AG RI CUL T U RA C AP I XABA PÁGINA 15 3. PRINCIPAIS PRAGAS NA CACAUICULTURA 3.1 Tripes Selenothrips rubrocinctus Os insetos adultos são pequenos, com no máximo 1 mm de comprimento. Possuem corpo alongado, de coloração amarelo- clara a marrom e asas franjadas. As fêmeas adultas colocam de 20 a 100 ovos nas partes mais tenras da planta (EMBRAPA 2014). Foto: Lyle Buss, University of Florida
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