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* Henderson Fürst hendersonfurst@gmail.com @henderson_furst * Princípios do Direito do Trabalho Princípio protetor Princípio da irrenunciabilidade Princípio da continuidade da relação de emprego Princípio da primazia da realidade Princípio da razoabilidade Princípio da boa-fé * 1. Princípio Protetor Atenuar a desigualdade entre o trabalhador e o empregador “in dubio pro operário”: na dúvida, à favor do trabalhador (Art. 373, NCPC, 818 da CLT) Norma mais favorável ao trabalhador Condição mais benéfica: uma condição de trabalho não pode ser substituída por outra menos vantajosa na mesma relação de emprego (art. 468 da CLT, Súmula 51, I, do TST) * 2. Princípio da irrenunciabilidade Os direitos trabalhistas não são renunciáveis (art. 9.º da CLT) O empregado não pode abrir mão de seus direitos nem negociá-los livremente. No caso de direitos adquiridos por via consensual (sindicato) é possível negociar desde que não haja proibição legal, vício de consentimento ou prejuízo para o empregado (art. 468 da CLT) * 3. Princípio da continuidade da relação de emprego Os contratos de trabalho devem ter uma validade por tempo indeterminado, assegurando-se ao máximo para o trabalhador a possibilidade de permanecer no emprego Só pode haver rescisão em caso justificado Alterações na estrutura jurídica da empresa não impactam nos direitos adquiridos do empregado (arts. 10 e 448 da CLT) Indeterminação dos prazos do contrato de trabalho (443, CLT) Presunções favoráveis ao trabalhador, como no caso do abandono de emprego (Súmu, 212, TST) * 4. Princípio da primazia da realidade No caso de discordância entre o que ocorre de fato e o que está nos documentos, prevalecerá o que acontece de fato Para o direito do trabalho, os documentos são válidos desde que estejam em sintonia com a realidade diária do contrato individual de trabalho * 5. Princípio da razoabilidade Deve-se partir do pressuposto de que o ser humano, em suas relações trabalhistas, procede conforme a razão do homem comum. Ex.: Como o salário é necessário para a subsistência do ser humano, não é razoável que se abandone o emprego sem motivo, razão pela qual precisa ser evidenciado (Súm 212 TST) Não é razoável que o trabalhador deixe sua condição de empregado e no dia seguinte passe a ser considerado cooperado * 6. Princípio da Boa-fé Consiste na afirmação de que as partes na relação de emprego devem agir com lealdade, cumprindo honestamente as obrigações assumidas. Aspecto negativo: Não lesar a ninguém Aspecto positivo: agir de maneira ativa na execução da obrigação prometida, respeitando os direitos da outra parte e de terceiros * 7. Princípio da Igualdade A lei não deve ser fonte de privilégios ou perseguições, mas um instrumento que regula a vida em sociedade, tratando de forma equitativa todos os cidadãos. Na busca da justiça, nem sempre é possível aplicar a lei de forma igualitária Exemplos: art. 7.º, XXX, XXXI, XXXII, XXXIV, da CF; Art. 5.º e 461 da CLT
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