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CURSO – Engenharia – 2o / 3o Semestres
PERÍODO – Fevereiro - Junho de 2007
INTRODUÇÃO
	Esta disciplina visa promover a iniciação à pesquisa científica, proporcionando informações relativas à conceituação de ciência e de seus objetivos, à relação da produção científica e o contexto histórico social e à fundamentação teórico-científica para a realização de trabalhos acadêmicos. Visa também fornecer instrumental básico para a realização adequada da pesquisa bibliográfica e organização de trabalhos pautados por princípios científicos. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
História da ciência e das universidades.
Conhecimento científico versus senso comum. Pesquisa teórica versus pesquisa empírica.
Os quatro tipos de conhecimento: popular, filosófico, religioso e científico
A determinação histórica na produção do conhecimento.
O papel da ciência na sociedade atual. A ciência e a pós-modernidade.
Iniciação à pesquisa científica.
Teorias. Métodos. 
Levantamento bibliográfico. Organização, funcionamento e uso da biblioteca. A busca nas fontes de informação: primária, secundária e terciária.
A Internet e o ciberespaço, novo plano de captação da informação. Fontes de informação: ��HYPERLINK "http://www.usp.br/sibi"�Sibi (USP), Portal Periódicos da CAPES , IBICT , SCIELO , Web of Science, Normas ABNT 
Introdução à estruturação do trabalho acadêmico.
BIBLIOGRAFIA DO CURSO
Básica
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência, São Paulo, Ars Poética, 1996.
Lakatos, E. Maria & Marconi, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1991.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1993.
Bibliografia Complementar
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico; elaboração de trabalhos na graduação.-6 edição-São Paulo: Atlas, 2003
CERVO, A. L. & Bervian, P. A. Metodologia Científica. São Paulo: Makron Books, 1996.
BASTOS, L.R.; PAIXÃO, L. ; FERNANDES, L. M. Manual para a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses e dissertações. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. 
CONTANDRIOPOULOS, A.P. e. al Saber preparar uma pesquisa, São Paulo: Hucitec & ABRASCO,1994. 
DEMO P. Introdução à metodologia da ciência, São Paulo: Atlas, 1991.
GIL, A. C. Projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1994.
MARCANTONIO, A. T. Elaboração e divulgação do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1993.
MINAYO, M.C.S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
MOREIRA, D. A. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002. 
SELLTIZ, WRIGTHSMAN, COOK. Métodos de pesquisa nas relações sociais. Vol2: Medidas na pesquisa social. São Paulo, EPU, 1987.
SIDMAN, M. Táticas de pesquisa científica. São Paulo: Editora Brasiliense, 1976. 
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 6ª edição. São Paulo, Cortez, 1994.
CHIZZOTI, A. A pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo, Ed. Cortez, 1995.
CRUZ NETO, O. O Trabalho de Campo como Descoberta e Criação. In MINAYO, M. C. S., Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 9.ª Ed. Petrópolis, Vozes, 2000, p. 51-66.
GOMES, R. A Análise de Dados em Pesquisa Qualitativa. In: MINAYO, M. C. S., Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 9.ª Ed. Petrópolis, Vozes, 2000, p 67-80.
DEMO P. Metodologia científica em ciências sociais, São Paulo: Atlas, 1989.
DESLANDES, S. F. A construção do Projeto de Pesquisa. In: MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 9.a. Ed. Petrópolis, Vozes, 2000 , p. 31-50.
HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. 6.a. Ed. Petrópolis, Vozes, 2000.
LUCKESI, C. C. Fazer universidade uma proposta metodológica. São Paulo: Editora Cortez, 1987.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 4.a. ed. São Paulo-Rio de Janeiro, Hucitec/Abrasco, 1996.
SOLOMON, DV. Como fazer uma monografia, 4. ed, São Paulo : Martins Fontes, 1996.
Textos da Internet
BRASIL, Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde. Resolução 196/1996 que dispões sobre o código de ética em pesquisa com seres humanos. http://conselho.saude.gov.br/docs/reso-196.doc
CARVALHO J.E.C, THIERS, V. O. e ZAVATARRO, H.A. Informações para a elaboração de projetos e relatórios científicos. São Paulo: CEPPE-UNIP. (www.unipobjetivo.br/websites /psicologia/ceppe/index.asp)
BRASIL, Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde. Resolução 196/1996. http://conselho.saude.gov.br/docs/reso-196.doc
Bases de Dados
BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇÕES (USP) http://www.teses.usp.br/
REVISTAS ELETRONICAS DE ACESSO GRATUITO -TEXTO COMPLETO (UNIFESP) http://www.unifesp.br/dis/bibliotecas
SCIENTIFIC ELETRONIC LIBRARY ONLINE - SCIELO Brasil www.scielo.br
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I – INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA
O que é pesquisa? 
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos. 
A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.
Ela sempre parte de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma resposta ou solução. Os três elementos são imprescindíveis, uma vez que uma solução poderá ocorrer somente quando algum problema levantado tenha sido trabalhado com instrumentos científicos e procedimentos adequados.
A pesquisa, porém, não é a única forma de obtenção de conhecimentos e descobertas. Outros meios de acesso ao saber que dispensam o uso de processos científicos, embora válidos, não podem ser enquadrados como tarefas de pesquisa. Um desses meios, aliás muito recomendável, é a consulta bibliográfica que se caracteriza por dirimir pequenas dúvidas, recorrendo a documentos.
Esta busca de esclarecimentos não é pesquisa porque envolve problemas e soluções menos significativos e dispensa o emprego de processos rigorosos. Além disso, o registro dos dados levantados não é exigido e, quando isso ocorre, se reduz à mera cópia.
O relatório dos resultados, de outra parte, é indispensável na pesquisa.
Conceito de pesquisa original: entende-se por trabalho científico original aquela pesquisa, de caráter inédito, que vise ampliar a fronteira do conhecimento, que busque estabelecer novas relações de causalidade para fatos e fenômenos conhecidos ou que apresente novas conquistas para o respectivo campo de conhecimento.
Trata-se, portanto, de uma pesquisa sobre um determinado assunto, levada a efeito, em parte ou em conjunto, pela primeira vez. São trabalhos desta natureza que, preferencialmente, concorrem para o progresso das ciências com novas descobertas.
A memória científica ou trabalho científico original será redigida de tal maneira que, a partir das indicações no texto, um pesquisador qualificado possa:
Reproduzir as experiências e obter os resultados descritos no trabalho com igual ou menor número de erros;
Repetir as observações e formar opinião sobre as conclusões do autor;
Verificar a exatidão das análises, induções e deduções, nas quais estão baseadas as descobertas do autor, usando como fonte as informações dadas no trabalho 
Por que se faz pesquisa?
A pesquisa, conforme a qualificação do investigador terá objetivos e resultados diferentes.
O estudante universitário que se inicia na pesquisa e o pesquisador profissional já amadurecido e integrado em uma equipe de investigação terão objetivos distintos, de acordo com a habilitação de cada um.
A pesquisa científica objetiva fundamentalmente contribuir para a evolução do conhecimento humano em todos os setores, da ciência pura, ou aplicada; da matemática ou da agricultura, da tecnologia ou da literatura. Ora, tais pesquisas são sistematicamente planejadas e levadas a efeito segundo critérios rigorosos de processamento de informações. Será chamada de pesquisa científica se sua realização for objeto de investigação planejada, desenvolvida eredigida conforma normas metodológicas consagradas pela ciência.
A pesquisa é feita por razões de ordem intelectual ou de ordem prática. As primeiras decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer. As últimas decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz. É um engano classificar as pesquisas em teóricas e aplicadas porque uma pesquisa pura pode fornecer conhecimentos passíveis de aplicação prática imediata e uma pesquisa sobre problemas práticos pode conduzir à descoberta de princípios científicos.
O objetivo dos iniciantes é a aprendizagem e o treino nas técnicas de investigação, refazendo os caminhos percorridos pelos pesquisadores. O resumo de assunto de uns segue a trilha dos trabalhos científicos originais dos outros.
Os trabalhos de graduação e pós-graduação, para serem considerados pesquisas científicas, devem produzir ciência, ou dela derivar, ou acompanhar seu modelo de tratamento. Melhor seria denominar os trabalhos de graduação de trabalhos de iniciação à ciência, passo necessário para se alcançar o estágio da pesquisa científica. 
A pesquisa não é algo elevado, sublime, difícil, e não deve ficar restrita às universidades (nem mesmo às pós-graduações) mas é uma prática cotidiana: uma forma de se relacionar com o conhecimento. 
Interesse e conhecimento
A base para o funcionamento da pesquisa é o interesse das pessoas que participam do processo. Quando as pessoas participam sem saber exatamente o que estão fazendo ali, a serventia do que aprendem é nula.
Na experiência da pesquisa deve-se partir do princípio de que cada um pode expressar quais são seus interesses, e esses interesses não serão desprezados: não existe um interesse válido e outro que não vale. O interesse por doenças não é mais legítimo do que o interesse por pagode.
	A pesquisa se inicia, portanto, através de um levantamento sobre o quê os alunos gostariam de saber, de estudar, sobre que problemáticas gostariam de atacar, que mistérios gostariam de desvendar. Começamos recortando as problemáticas que vão conduzir os trabalhos por um determinado período de tempo, criando, nas discussões em pequenos grupos e em grande grupo, o objeto da pesquisa.
 
A unidade de trabalho é a problemática
A pesquisa se alicerça sobre os interesses das pessoas e tem como unidade de trabalho a problemática e não, como muitas vezes se acredita o tema, ou o assunto. A grande armadilha da "pesquizinha" escolar (o que normalmente é chamado de pesquisa tradicionalmente na escola), que é outro nome para cópia, é achar que a pesquisa é feita sobre o tema. “Vamos pesquisar a formiga, ou o Brasil, ou vamos pesquisar Florianópolis”. Não é possível pesquisar temas, mas somente problemáticas: preciso ter perguntas para serem respondidas. Fazer pesquisa é responder a perguntas cujas respostas não tenho de antemão. Só que fazer perguntas não é tão fácil quanto parece. Fazer perguntas não é banal. Muita gente não sabe fazer perguntas, desenvolver as perguntas, associar conjuntos de perguntas de modo a formar problemáticas. Muitas pessoas têm dificuldades em entender determinadas questões porque não conseguem formular as perguntas adequadas sobre elas.
Desenvolver as problemáticas significa saber o quê nós queremos saber e perceber isso não se dá de imediato, já que o objeto é construído. O que nós queremos saber precisa ser construído da mesma forma que as respostas que queremos ou podemos dar a essas perguntas. Por isso, para determinar quais as problemáticas que vão ser pesquisadas durante um certo período, precisamos de tempo - algumas semanas, às vezes - de discussão e de construção do objeto de pesquisa que vai ser desenvolvido naquele período.
 O que conduz a pesquisa então não é o tema, não é o assunto. Enquanto acreditarmos que pesquisamos um tema, não faremos pesquisa. Por quê? Porque nós precisamos primeiro desenvolver as perguntas que queremos responder. Se não temos perguntas não temos como procurar respostas.
 
A construção do conhecimento precisa de centros focais
	As práticas escolares, em nossa escola tradicional, se caracterizam por serem fragmentárias, por não terem centro. O professor de matemática está fazendo uma coisa, o professor de português outra, as seqüências de matemática se sucedem sem que se veja um elo que ligue essas partes, elas não conduzem para um centro, não há um centro que aglutine o conhecimento transmitido ou apropriado na escola. A pesquisa fornece um centro ao redor do qual se organiza o conhecimento:é o ponto que aglutina o conhecimento, seu ponto focal. Sem um foco desse tipo, o que temos é uma imensa dispersão do campo, sem que seja possível nem ao aluno e nem ao professor compreender porque aqueles conteúdos aparecem naquela ordem, para que eles servem, como relacioná-los. 
Falar em centro ou em foco implica na possibilidade de estabelecer relações. Não há processo de amadurecimento ou crescimento intelectual sem o estabelecimento de relações e é aí que a pesquisa se torna fundamental: uma vez estabelecido um percurso a ser realizado, suas necessidades internas dão sentido e lugar às novas informações ou conhecimentos adquiridos. Isso significa dizer que a pesquisa produz um centro provisório. Cada pesquisa em realização ou realizada estabelece um centro, centro diferente do de outra pesquisa, porém um centro. Naquele momento em que a pesquisa está acontecendo existe um ponto focal para o qual o conhecimento faz sentido. Quando passamos de uma pesquisa a outra, mudamos o centro, esse centro se desloca para outro lugar.
Ao contrário de uma forma curricular baseada em grade de disciplinas, que mapeia regiões de conhecimento sem centro, a pesquisa fornece sempre, provisoriamente, centros de organização do conhecimento.
 
O princípio educativo da pesquisa é universal e universalizável.
A pesquisa - como meio de adquirir conhecimento e atuar no mundo, processo próprio do ser humano - não tem limitações técnicas: não tem limitações de idade dos participantes ou de grau de conhecimento prévio, mas é um processo universal e portanto universalizável enquanto prática educativa.. O sistema de trabalho baseado na pesquisa não pressupõe pré-requisitos, não trabalha com a perspectiva de que há seqüências únicas para se chegar ao conhecimento. 
Não precisamos começar por aqui para chegar lá, mas podemos começar por muitos lugares diferentes, conforme o grupo de interesses das pessoas com quem trabalhamos. Pesquisar é possível a todos, em todas as idades, em todos os níveis de conhecimento por que é próprio do ser humanos se fazer perguntas sobre o mundo e buscar respostas para essas perguntas.
 
Pesquisa é intercâmbio
Para que a pesquisa funcione como princípio educativo precisamos de uma antropologia própria, quer dizer, de uma visão particular do homem. Qual visão? A visão de que os alunos pesquisadores estão em busca de alguma coisa, em busca de conhecimento, do prazer e da potência que o conhecimento proporciona, em busca das chaves de compreensão do mundo que o conhecimento proporciona, em busca de poder agir, em busca de reconhecimento pessoal, emotivo, afetivo, eles estão ali em busca de sua própria humanização. 
A participação continuada nos processos de pesquisa altera muito profundamente as relações entre professores e alunos e a visão que cada um deles tem do outro. Em primeiro lugar, tira a absoluta centralidade da figura do professor. O processo é descentralizado: não é o professor (o único) que transmite conhecimento, mas a responsabilidade pela produção do conhecimento é de todos. Se aluno recebe responsabilidades, o que é absolutamente necessário para o funcionamento da pesquisa, ele também recebe a possibilidade de tomar decisões. O que se constrói no processo de pesquisa é um coletivo de trabalho, professor e alunos são um coletivo construindo uma pesquisa. Além disso, eles não estão sozinhos, mas vão procurar seus parceiros, vão procurar pessoas, instituições, apoios que podem enriquecer, que podem desdobrar, quepodem aprofundar as questões que eles têm levantado. 
Qual o conteúdo da pesquisa? 
	A pesquisa não se fixa em conteúdos pré-determinados, porque se a base para o trabalho é o interesse dos alunos e esse interesse deve ser perseguido para que o processo realmente mobilize esses alunos, liberando assim as forças necessárias para o processo de aprendizado, então o objeto da pesquisa vai variar de grupo para grupo. 
Na pesquisa não há possibilidade de se repetir, já que estão envolvidas pessoas diferentes, com interesses diferentes e que, por serem responsáveis pela construção do seu conhecimento, tomam decisões diferentes sobre como proceder em cada um dos momentos da construção desse conhecimento. A pesquisa realizada por um grupo não pode ser repetida por outro grupo sem, irremediavelmente, deixar de ser pesquisa. Cada processo, nesse sentido, é único.
 
Pesquisa e disciplinaridade
	A pesquisa não é disciplinar, mas transcende as fronteiras do que seriam as chamadas “disciplinas” - matemática, português, biologia, geografia. Essas áreas são formas cristalizadas da nossa tradição escolar (e da nossa tradição ocidental), mas não aprendemos ou atuamos com nosso conhecimento separando rigidamente os limites simples que as disciplinas procuram nos impor. Quando localizamos um conjunto de problemáticas e perseguimos honestamente a solução das questões envolvidas, o conhecimento gerado ou aprendido vai aparecendo em ordens diversas, em percursos e combinações próprias, sem as amarras das fronteiras das disciplinas tradicionais. 
As disciplinas são uma forma específica de organização do conhecimento que tem uma função didática em muitos casos, mas que não deve ser a chave organizadora dos percursos de construção do conhecimento na pesquisa, sob o risco de justamente desrespeitar os interesses dos participantes – que não se expressam nessa forma de organização dos conhecimentos - e de fragmentar os percursos em vários “pedaços” que não se comunicam entre si. 
 
A pesquisa na graduação 
Ao final da graduação muitos cursos exigem uma monografia, que neste caso é a revisão bibliográfica, ou revisão da literatura específica do curso. É mais um trabalho de assimilação de conteúdos, de confecção de fichamentos� e, sobretudo, de reflexão. É, propriamente, uma pesquisa bibliográfica, o que não exclui capacidade investigativa de conclusões ou afirmações dos autores consultados.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é outro nome que se dá às monografias apresentadas ao final dos cursos de graduação. Também recebe o nome de Trabalho de Graduação Interdisciplinar (TGI) e Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização e/ou Aperfeiçoamento (cursos de lato sensu). A Norma NBR 14724:2002 assim define esse tipo de trabalho acadêmico: “Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador.”
	Inicia-se um trabalho de pesquisa monográfica após a elaboração de um projeto de pesquisa e este serve para definir e delinear o que será realizado na monografia.
	A exigência de um trabalho de pesquisa, como a monografia, no final de um curso universitário, deveria ser obrigatória em todos os cursos e Universidades, pois fazer uma monografia pode ser útil em muitos sentidos.
Aprender a pôr ordem nas próprias idéias e ordenar dados
Elaborar um trabalho é como exercitar a memória, resgatando conceitos e experiências apreendidos ao longo do curso;
É uma experiência de trabalho metódico; construir um objeto que, como princípio, possa também servir aos outros. (VICTORIANO e GARCIA, 1996, p.14)
A monografia, geralmente, é o primeiro trabalho de pesquisa realizado pelo aluno e por esta razão não é obrigatório que o tema seja original, mas é necessário que o estudante saiba trabalhar de maneira aprofundada a bibliografia e os recursos metodológicos existentes com rigor científico.
Em muitas vezes, a monografia de final de curso apresentada pelo alunos, acaba se transformando em um projeto para ingressar no mestrado ou em um caminho para despertar a vontade de seguir uma carreira acadêmica como pesquisador ou professor universitário. Em todos estes casos, é importante que se realize um bom trabalho de pesquisa, pois ele poderá servir como referência a outros pesquisadores.
Originalmente, a intenção deste trabalho é dar suporte técnico e metodológico para aqueles que estão vivendo esta fase de produção de uma monografia.
A pesquisa na pós-graduação
Os cursos de pós-graduação lato sensu destinam-se à especialização e qualificação técnico-profissional, bem como a atualização ou aprofundamento de temas científicos e acadêmicos na área do Direito. As atividades de pós-graduação lato sensu diferem da pós-graduação stricto senso pelo fato que esta última centra sua ação na pesquisa e na produção acadêmica. Enquanto o título obtido para os cursos de lato sensu é o de especialista, o programa de pós-graduação stricto sensu oferece a titulação de mestre e doutor.
Na monografia para a obtenção do grau de mestre (ou dissertação de mestrado), além da revisão da literatura, é preciso dominar o conhecimento do método de pesquisa e informar a metodologia utilizada na pesquisa. É um trabalho de confecção de fichamentos e reflexão; embora não haja preocupação em apresentar novidades quanto às descobertas, o pesquisador expõe novas formas de ver uma realidade já conhecida. A apresentação de um ponto de vista pessoal é de rigor. Deve o trabalho revelar capacidade metodológico e de sistematização das informações, bem como domínio das técnicas de pesquisa.
O conceito de monografia para outros autores;
“O termo monografia designa um tipo especial de trabalho científico cuja abordagem se reduz a um único assunto, a um único problema, com um tratamento especificado. O trabalho monográfico caracteriza-se mais pela unicidade e delimitação do tema e pela profundidade do tratamento que por sua eventual extensão, generalidade ou valor didático” (SEVERINO, 1993, p.100)
“Trata-se, (...) de um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina” (LAKATOS, 1992, p. 151)
	Podemos dizer que trata-se de um trabalho mais elaborado que deve observar e acumular observações; organizar essas informações e observações; procurar as relações e regularidades que podem haver entre elas; indagar sobre os seus porquês; utilizar de forma inteligente as leituras e experiências para comprovação; comunicar aos demais seus resultados.
Finalmente, na monografia para a obtenção do grau de doutor (ou tese), são elementos fundamentais: a revisão da literatura, a metodologia utilizada, o rigor da argumentação e apresentação de provas, a profundidade das idéias, o avanço dos estudos na área. 
PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS - OUTROS GÊNEROS TEXTUAIS
Artigo científico: trata de problemas científicos, embora de extensão relativamente pequena. Apresenta o resultado de estudos e pesquisas. Em geral é publicado em revistas, jornais ou outro periódico especializado.
Eles permitem que as experiências sejam repetidas.
Estruturalmente, são compostos de: título do trabalho, autor, credenciais do autor, local das atividades; sinopse (resumo em português e em uma língua estrangeira, de preferência, em inglês); corpo do artigo (introdução, desenvolvimento e conclusão); parte referencial (referências bibliográficas, como notas de rodapé ou de final de capítulo, bibliografia, que é a lista dos livros consultados ou relativos ao assunto, apêndice, anexos, agradecimentos, data.)
Quanto ao conteúdo, os artigos científicos apresentam em geral abordagens atuais; às vezes, temas novos. Devem versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta.
Seu conteúdo pode ser muitovariado, como, por exemplo, discorrer sobre um estudo pessoal, oferecer soluções para posições controvertidas.
Sua redação leva em conta o público a que se destina. Deve ser claro, conciso e objetivo. A linguagem será gramaticalmente correta, precisa, coerente, simples e, preferentemente, em terceira pessoa. Evitar adjetivos inúteis, repetições, explicações desnecessárias e o título deve corresponder ao conteúdo.
São motivos para a elaboração de um artigo científico: existência de aspectos de uma assunto que não foram estudados suficientemente ou o foram superficialmente, necessidade de esclarecer uma questão antiga; inexistência de um livro sobre o assunto; aparecimento de um erro.
Comunicação científica: define-se como a informação que se apresenta em congressos, simpósios, reuniões, academias, sociedades científicas. Em tais encontros, são expostos os resultados realizados.
Um texto é considerado científico quando propaga informações científicas novas.
A comunicação científica em geral é limitada em sua extensão. As exposições em congressos são breves, ocupando tempo de 10 a 20 minutos. O tema será, sem dúvida, atual. E, antes que a profundidade da análise, busca-se a fundamentação da exposição. 
Em geral as comunicações não permitem a reprodução da experiência realizada e levam em consideração os seguintes elementos: finalidade, informações, estrutura, linguagem, abordagem.
A abordagem é a forma como o pesquisador interpreta uma situação, a forma como trata os problemas abordados, a posição que toma diante de determinada situação.
	Os tipos de comunicação mais comuns são: estudos breves sobre aspectos da ciência; sugestões de solução de problemas; apreciação ou interpretação de obras; recensão (resenha) de um texto.
	Estrutura: folha de rosto (nome do congresso, local da reunião, data, patrocinador, título do trabalho, nome do autor, credenciais), sinopse; introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.
O autor deverá estar apto a responder às questões que serão formuladas. As apresentações das comunicações geralmente se revestem de certa formalidade, daí o aparato gráfico, o uso da modalidade formal da linguagem, a rigidez gramatical e o estilo impessoal.
Ensaio: exposição metódica dos estudos realizados e das conclusões originais a que se chegou após apurado exame de um assunto.
Há ensaios informais e formais. O informal é marcado pela liberdade criadora e pela emoção. O formal caracteriza-se pela seriedade dos objetivos e lógica do texto. É breve, deixa de lado a polêmica e o tom enfático, faz uso da primeira pessoa. Além disso, o ensaio é problematizador, antidogmático e nele devem sobressair o espírito crítico do autor e a originalidade.
Informe científico: relato escrito que divulga os resultados parciais ou totais de pesquisa. É o mais breve dos trabalhos científicos, pois se restringe à descrição dos resultados alcançados pela pesquisa. 
Deve ser escrito de forma que possa ser compreendido e as experiências repetidas, se for de interesse do investigador.
Paper: síntese de pensamentos aplicados a um tema específico. Esta síntese deverá ser original e reconhecer a fonte do material utilizado. Em português, a palavra corresponde a ensaio, mas este nome não encontrou acolhida entre os pesquisadores.
O termo, embora controvertido, é um documento que se baseia em pesquisa bibliográfica e em descobertas pessoais. Se o autor apenas compilou informações sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto de seu trabalho será um relatório.
O paper difere de um relatório sobretudo porque se espera de quem o escreve uma avaliação ou interpretação de fatos ou das informações que foram recolhidas. Num paper, espera-se (lembre-se de que paper é um ensaio) o desenvolvimento de um ponto de vista acerca de um tema, uma tomada de posição definida e a expressão dos pensamentos de forma original. Deve reconhecer as fontes que foram utilizadas.
O paper não é (a) um resumo de um artigo ou livro, (b) idéias de outras pessoas, repetidas não criticamente, (c) uma série de citações, não importa se habilmente postas juntas; (d)opinião pessoal não evidenciada, não demonstrada; (e) cópia do trabalho de outra pessoa sem reconhece-la, quer o trabalho seja ou não publicado, profissional ou amador: isto é plágio.
Cinco passos para a realização de um paper: escolher um assunto, estabelecer limites precisos para ele, eleger uma perspectiva sob a qual você tratará o tema (sociológico, psicológico, químico, físico, matemático, filosófico, histórico, geográfico), apresentar o problema que estará resolvendo e construir uma hipótese de trabalho (antecipação de uma resposta para o problema). Diga o objetivo de seu paper e desenvolva suas idéias apoiando-se em fontes dignas de crédito. Após defender seu ponto de vista, demonstre-o apresentando provas e conclua. Siga a estrutura da comunicação científica.
No meio acadêmico, paper vem sendo empregado com um sentido genérico; pode referir-se não só a uma comunicação científica, mas também a texto de um simpósio, mesa-redonda e mesmo a um artigo científico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. São Paulo : Atlas, 1993. 
OLIVEIRA, G. M. http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=233 HYPERLINK "http://www.ipol.org.br/imprimir.php?cod=233" \t "_blank" ��A pesquisa como princípio educativo: construção coletiva de um modelo de trabalho[S.I.] 
MEDEIROS, J.B. Redação científica. 2ed. São Paulo : Atlas, 1996. 
CERVO, A.L. e BERVIAN, P.A. Metodologia Científica. 5a ed. São Paulo: Ed. Prentice Hall, 2002, pp. 63 – 64
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VIII – TEORIAS E MÉTODOS
"Fatos são os dados do mundo. Teorias são estruturas de idéias que explicam e interpretam os fatos." - Stephen Jay Gould 
O método científico: A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos” (Gil, 1999, p.26) para que seus objetivos sejam atingidos: os métodos científicos.
Os cientistas criam, então, um conjunto de teorias baseadas nesses estudos e observações, e essas teorias são sujeitadas a uma seleção natural, até que se chegue a uma explicação satisfatória para os fatos observados. Essa teoria deve ser consistente com os fatos. Deve poder prever que, em condições e situações idênticas, os resultados esperados devem se repetir. Qualquer pessoa, tendo acesso aos experimentos, deve poder obter os mesmos resultados independentemente.  
Métodos científicos são impessoais e objetivos. Explicações metafísicas são subjetivas, baseadas em experiências pessoais e em paixões. 
É importante que o cientista saiba, dentre estas hipóteses ou conjecturas que está valorizando, quais efetivamente estão assumindo o caráter de hipóteses científicas (provisórias ou definitivas) a comporem os núcleos das teorias que estuda. Diremos então que uma hipótese será tanto mais científica quanto mais sujeitar-se à experimentação, seja através de testes diretos, seja através de testes às teorias a que a hipótese dá suporte.
A boa teoria nem sempre é aquela a respeitar os paradigmas vigentes. Pelo contrário, boas teorias são aquelas dotadas de um certo caráter revolucionário a contestar "verdades" até então aceitas como tais.
É importante que o teorizador conheça as hipóteses presentes em outras teorias relacionadas à sua, sejam elas compatíveis ou não.
O que apóia uma teoria científica, sem dúvida, é a experimentação. Mas a experimentação, por si só, ou falseia ou corrobora uma hipótese e/ou uma teoria. 
O que torna o conhecimento científico distinto dos demais é que tem como característica fundamental a sua verificabilidade.
Para que um conhecimento possa ser considerado científico, torna-se necessário identificar as operações mentais e técnicas que possibilitam a sua verificação. Ou, em outras palavras, determinar o método que possibilitou chegar a esse conhecimento.
	
OS MÉTODOS CIENTÍFICOS NAS CONCEPÇÕES ATUAIS
Qualquer que seja o método científico, esse campo da investigação deve cumprir estas etapas:
descobrimentodo problema ou lacuna em um conjunto de conhecimento;
colocação precisa do problema ou, ainda a recolocação de um velho problema à luz de novos conhecimentos;
procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes do problema 9dados empíricos, teorias, aparelhos de medição, técnica de medição, etc.)
tentativa de uma solução (exata ou aproximada do problema com o auxílio de instrumento conceitual ou empírico disponível);
investigação da conseqüência da solução obtida;
prova (comprovação da solução, isto é, confronto da solução com a totalidade das teorias e das informações empíricas pertinentes);
correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta.
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O MÉTODO
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ESCOLHENDO O PERCURSO METODOLÓGICO
O percurso metodológico se refere ao caminho trilhado para que se atinja os objetivos definidos. Aqui cabe explicitar os instrumentos a serem utilizados na investigação e as fontes de pesquisa.
Método significa o caminho para chegar a um fim, enquanto logos indica estudo sistemático, investigação. Assim, no sentido etimológico, metodologia significa o estudo dos caminhos a serem seguidos, incluindo aí os procedimentos escolhidos.
Entendida como o caminho e o instrumental próprios para abordar aspectos do real, a metodologia inclui concepções teóricas, técnicas de pesquisa e a criatividade do pesquisador. 
Os métodos são classificados em dois grandes grupos: os que proporcionam as bases lógicas da investigação científica (ou métodos de abordagem) e o dos que esclarecem acerca dos procedimentos técnicos que poderão ser utilizados (ou métodos de procedimento).
Métodos que proporcionam as bases lógicas da investigação
Método Dedutivo: a dedução é o caminho das conseqüências, pois uma cadeia de raciocínio em conexão descendente, isto é, do geral para o particular, leva à conclusão. 
Método Indutivo: Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. 
Método hipotético-dedutivo: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldades expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências que deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese, no método hipótetico-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la
Método dialético: Hegel (1770-1831) apresenta a dialética como um movimento histórico do espírito em direção à autoconsciência. Didaticamente essa teoria é apresentada como consistindo de tese [posição] que produz sua antítese [oposição]. A união dessas duas produz a síntese [composição] que é uma nova tese que produzirá sua antítese. 
Método fenomenológico: Husserl foi seu criador e não foi concebido para ser dedutivo, nem empírico, consistindo na descrição do fenômeno, tal como ele se apresenta, sem reduzi-lo a algo que não aparece. Considera como fundamental a relação. Epistemologicamente, opõe-se à visão de sujeito e objeto isolados, passando a considerá-los como correlacionados, já que a consciência é sempre intencional.
2. Métodos que indicam os meios técnicos de investigação
Os métodos de procedimentos não são exclusivos entre si, mas devem adequar-se a cada área de pesquisa e relacionando-se mas com as etapas do trabalho.
Método Experimental
Método Observacional
Método Comparativo
Método Estatístico
Método Clínico
Método Monográfico
TIPOS DE PESQUISA 
	Tipos de pesquisas segundo os objetivos
	Tipos de pesquisas segundo os procedimentos de coleta
	Tipos de pesquisas segundo as fontes de informação
	Tipos de pesquisas segundo a natureza dos dados
	Tipos de pesquisas segundo seus fins
	explotarória
descritiva
explicativa
	experimental
levantamento
estudo de caso
bibliográfica
documental
participantiva
	campo
laboratório
bibliográfica
documental
	quantitativa
qualitativa
	pura
aplicada
Tipos de pesquisas segundo os objetivos
A pesquisa explotarória: caracteriza-se pelo desenvolvimento e esclarecimento de idéias, com objetivo de oferecer uma visão panorâmica, uma primeira aproximação a um determinado fenômeno que é pouco explorado. 
Geralmente querem saber o que está acontecendo, fazem perguntas, avaliam o problema sob uma nova luz. Geralmente, mas não necessariamente são qualitativas. Permitem uma primeira aproximação de um problema para criar familiaridade.Esse tipo de pesquisa também é denominado pesquisa de base, pois oferece dados elementares que dão suporte para a realização de estudos mais aprofundados sobre o tema.
Em geral é feita com pesquisa bibliográfica + entrevistas.
A pesquisa descritiva objetiva escrever as características de um objeto de estudo. Dentre esse tipo de pesquisa estão as que atualizam as características de um grupo social, nível de atendimento do sistema educacional, como também aquelas que pretendem descobrir a existência de relações entre variáveis. Nesse caso, a pesquisa não está interessada no porquê, nas fontes do fenômeno; preocupa-se em apresentar suas características.
Apresenta as características conhecidas e componentes do fato/fenômeno ou problema escolhido. Faz observações sistemáticas e a varredura de todo o universo.
Só descreve? Não é tarefa simples, pois busca as razões que existem nas coisas. Por exemplo, um estudo que pretende demonstrar como grupos populares se apropriam e reelaboram o saber da ciência médica, enriquecendo-o. Permite a visualização desse processo de resignificação por parte dos pobres. Como o objetivo da pesquisa estava relacionado com a explicitação desse movimento de apropriação/reelaboração por parte dos grupos populares, eleger o tipo de pesquisa descritiva foi a opção mais acertada.
A pesquisa explicativa pretende identificar os fatores que contribuem para ocorrência e o desenvolvimento de um determinado fenômeno. Buscam-se aqui as fontes, as razões das coisas. Note bem: no geral, a pesquisa explicativa convive muito bem com os tipos de pesquisa colocados anteriormente.
Visam criar uma teoria aceitável a respeito de um fato/fenômeno/problema. Ocupa-se com os porquês de um fato/fenômeno/problema. Faz a identificação de fatores de ocorrência ou maneiras da ocorrência. Aprofundam o conhecimento da realidade para além das aparências. Geram as informações mais importantes das várias ciências.
Tipos de pesquisas segundo os procedimentos de coleta
Pesquisa experimental é aquela que se refere à manipulação controlada de eventos, de modo a produzir observações que confirmam ou rejeitam uma ou mais teorias ou hipóteses rivais. Ocorre num meio especialmente criado para estudar os objetos da pesquisa.
Qualquer espaço dedicado ao trabalho experimental é um laboratório.
É possível fazer pessoas de “cobaias” em experimento de laboratório sem que elas percebam (custo: alguma decepção). Ex.: testes feitos em ambientes com diferente decoração.
Ex. testar conhecimento palativo de homens e mulheres diante de situações controladas. 
Experimentar é colocar questões à natureza e o método experimental é contrastado com a aceitação passiva daquilo que ocorre ao longo das observações. 
O método é característico da ciência natural moderna. 
Deve ter validade interna (quando um estudo estabelece que uma variável de fato causa o efeito encontrado) Ex. As mulheres do grupo representam o grupo?
Deve ter validade externa (quanto as decobertas podem ser generalizadas da amostra para alguma população alvo?) Ex. As mulheres do grupo representam todas as mulheres?
Comparação de três métodos de ensinar leitura:
-leitura emparelhada clássica (criança e pai ou mãe lêem juntos em voz alta, até que criança leia sozinha e pai ou mãe apenas escute– leitura relaxada; havendo erro, depois de 5 segundos, o pai ou mãe retoma)
-Só leitura emparelhada 
-Só leitura relaxada 
Grupo: 		Melhoria em 9 semanas desvio padrão
Clássica				9,13%			4,44%
Emparelhada			5,53%			6,29%
Relaxada 				5,20%			5,71%
Controle				5,93%			5,48%
Pesquisa de campo: tipo de pesquisa que pretende buscar a informação diretamente com a população pesquisada. A pesquisa de campo é aquela que exige do pesquisador um encontro mais direto. Nesse caso, o pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre – ou ocorreu – e reunir um conjunto de informações a serem documentadas. Muitas pesquisas utilizam esse procedimento, sobretudo aquelas que possuem um caráter exploratório ou descritivo.
Estudo de caso Pesquisa participativa: os tipos de pesquisa que propõem a efetiva participação da população pesquisada no processo de geração de conhecimento, que é considerado um processo formativo. Nessa modalidade estão incluídas pesquisas participantes, a pesquisa-ação (quando uma pesquisa empírica é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes da situação estão envolvidos de modo cooperativo)
Levantamento: um levantamento de dados primários (anteriormente inexistentes) em uma situação real. (ex. através de entrevistas).
Estudo de Caso: ou médodo monográfico: é o tipo de pesquisa que privilegia um caso particular, uma unidade significativa, considerada suficiente para análise de um fenômeno. É importante destacar que, no geral, o estudo de caso, ao realizar um exame minucioso de uma experiência, objetiva colaborar na tomada de decisões sobre o problema estudado, indicando as possibilidades para sua modificação.
Consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. Foi criado por Le Play, que o empregou para estudar famílias operárias na Europa. Pode abranger o conjunto das atividades de um grupo social particular, como no exemplo das cooperativas e do grupo indígena. São exemplos desse tipo de estudo: monografias regionais, as rurais, as de aldeia e até as urbanas.
Tipos de pesquisas segundo as fontes de informação 
Nessa classificação, os tipos de pesquisa são agrupados segundo a natureza das fontes utilizadas. No geral, são contemplados quatro tipos de pesquisa, que já tratamos anteriormente: de campo, experimental, bibliográfica e documental.
Tipos de pesquisas segundo a natureza dos dados
Quantitativa: explanação das causas, por meio de medidas objetivas, testando hipóteses, utilizando-se basicamente da estatíticas. Nas pesquisas sociais utilizam instrumentos estruturados (questionários). Seu objetivo é mensurar e permitir o teste de hipóteses, já que os resultados são mais concretos e, conseqüentemente, menos passíveis de erros de interpretação. 
Qualitativa preocupa-se com a compreensão, com a interpretação de fenômenos que não se pode quantificar, como por exemplo, sentimentos, crenças, valores. 
As pesquisas qualitativas são exploratórias, ou seja estimulam os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. São usadas quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação. Parte de questionamentos como: “Qual conceito novo de produto deveria ser criado em uma determinada categoria?”e “Qual é o melhor posicionamento de comunicação para esse produto?”, por exemplo.
Tipos de pesquisas segundo seus fins
A pesquisa pura, básica ou teórica é aquela que não tem por finalidade a utilização prática, mas contribui para o avanço do conhecimento da teoria estudada. Já a pesquisa aplicada ou prática deve ser desenvolvida com vistas a sua utilização.
EXERCÍCIOS 
Formule um problema que possa ser pesquisado mediante a utilização do método experimental.
Analise relatórios de pesquisa e procure identificar os métodos utilizados em seu desenvolvimento.
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IX. Levantamento bibliográfico. Organização, funcionamento e uso da biblioteca. 
	A pesquisa bibliográfica e habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas. Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos críticos, monografias não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os alunos realizarão pesquisas de laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que todos, sem exceção, para elaborar os diversos trabalhos solicitados, deverão empreender pesquisas bibliográficas.
O USO DA BIBLIOTECA
Toda biblioteca oferece três fichários básicos:
Fichário de autores (organizadas por ordem alfabética do último sobrenome)
Fichário de títulos ou de obras (também em ordem alfabética, mas não considera o artigo)
Fichário de assuntos (muito útil principalmente quando não se tem a indicação de uma bibliografia específica para determinado trabalho).
Os serviços disponíveis abrangem a consulta, o empréstimo de livros e há também o Comut (Programa de Comutação Bibliográfica) com a finalidade de promover intercâmbio entre bibliotecas. Através deste serviço as bibliotecas providenciar cópias de artigos (nacionais ou internacionais) dos periódicos que não possuem em seu acervo, mediante pagamento do serviço.
X. A busca nas fontes de informação: primária, secundária e terciária.
Chegando à biblioteca, como identificar as fontes bibliográficas indispensáveis para a elaboração de um trabalho?
Procurando nos fichários de assuntos, obras e autores
Geralmente revistas e periódicos e anais trazem uma lista das obras publicadas em determinadas áreas
Editoras publicam catálogos de livros e revistas
Abstracts (resumos) de trabalhos publicados, encontrados nos periódicos
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
Livros de leitura corrente: obras de literatura, obras de divulgação, científica , técnica e de vulgarização (escrita para leigos)
Livros de referência: dicionários, enciclopédias e anuários 
Periódicos: jornais e revistas que apresentam as publicações recentes de cada área do conhecimento
Impressos diversos: publicações do governo, boletins informativos de empresas ou institutos de pesquisa, estatutos de entidades diversas, etc.
Obras de estudo: tratados, manuais, monografias, teses, dissertações, ensaios, conferências, antologias, etc.
FONTES PRIMÁRIAS DE INFORMAÇÃO
São obras ou textos originais, material ainda não trabalhado, sobre determinado assunto. As fontes primárias dão origem a outras obras, que vão formar a literatura ampla sobre aquele determinado assunto.
Exemplos: documentos fotográficos, recursos audiovisuais (programas radiofônicos ou televisivos), desenhos, pinturas, músicas, esculturas, objetos de arte em geral.
Também são fontes primárias os documentos constantes dos arquivos públicos e parlamentares, dados estatísticos, autobiografias e diários, relato de viagens e de visitas a instituições, ect.
Numa pesquisa, os questionários e entrevistas são fontes primárias.
FONTES SECUNDÁRIAS DE INFORMAÇÃO
Referem-se a determinadas fontes primárias, isto é, são constituídas pela literatura originada de determinadas fontes primárias e constituem-se em fontes das pesquisas bibliografias.
Bibliografia, portanto, é o conjunto de obras escritas para esclarecer fontes primárias, analisa-las, divulgá-las ou estabelecê-las.
A diferença fundamental entre elas consiste em que as fontes primárias são constituídas de textos originais, com informações de primeira mão; as fontes secundárias constituem-se da literatura a respeitode fontes primárias, isto é, de obras que interpretam e analisam fontes primárias.]Uma mesma obra considerada fonte primária para determinado assunto pode ser secundária para outro. Por exemplo as obras de Platão e de Santo Agostinho serão fontes para o tema “Influências da concepção platônica sobre a origem das idéias na teoria agostiniana da ciência divina”; contudo, serão classificadas como bibliografia (ou fontes secundárias, ou obras de consulta) para o tema “Fundamento racional da ética”, isto porque, quando se procede a um levantamento bibliográfico, além das obras que oferecem os subsídios para o assunto tratado, são consultadas outras, que a ele se referem, a fim de proporcionar esclarecimentos mais amplos ou embasamento teórico do trabalho.
Outro exemplo: se um autor (ex. Nietzsche) escrever um artigo e um pesquisador usá-lo para apoiar seus argumentos, este artigo será uma fonte secundária. Mas ele estivesse escrevendo a biografia de Nietzsche, o artigo seria uma fonte primária.
FONTES TERCIÁRIAS DE INFORMAÇÃO
São livros e artigos baseados em fontes secundárias, nas pesquisas de outros. As fontes terciárias sintetizam e explicam a um público popular a pesquisa feita em uma certa área, ou simplesmente reafirmam o que outros disseram. As fontes terciárias podem ser úteis nas fases iniciais de sua pesquisa, mas representam um suporte fraco para seu argumento porque costumam simplificar e generalizar demais, quase nunca são atualizadas e normalmente são tratadas com desconfiança pelos especialistas. 
XI. A Internet e o ciberespaço, novo plano de captação da informação. Fontes de informação: ��HYPERLINK "http://www.usp.br/sibi"�Sibi (USP), Portal Periódicos da CAPES , IBICT , SCIELO , Web of Science
As informações existentes na Internet são, em enorme quantidade e variedade, pulverizadas em milhões de computadores espalhados pelo mundo todo e organizadas em arquivos eletrônicos. Esses arquivos, quando agrupados em um computador acessível pela rede, chamam-se site, e o site é referenciado a um endereço nessa rede o URL (Uniform resouce Locator). 
Entre os programas de navegação mais conhecidos estão o Nestape Comunicator, da Nescapae Communications e o Internet Explorer da Microsof.
USANDO SITES DE BUSCA
São a forma mais objetiva e imediata de procurar por uma informação. O ideal é usar metabuscadores, que enviam a consulta para outros buscadores.
Exemplos de metabuscadores acadêmicos: IBICT (nacional), SCIRUS e Google Scholar (internacionais) 
PESQUISA EM SITES ESPECÍFICOS
Os interessados em estudos e trabalhos acadêmicos podem poupar tempo consultado sites diretamente relacionados à área de interesse. Diversas instituições públicas e privadas, incluindo as de ensino superior, têm armazenada e disponível para consulta uma base de dados da produção intelectual e do acervo de documentos. Também pode-se encontrar um farto material para universitários e pesquisadores em sites de publicações científicas que mantêm uma versão eletrônica, bem como em bancos de dados de órgãos do governo, não necessariamente ligados ao ensino e pesquisa.
	Site
	Endereço (URL)
	Descrição
	Sibi (USP)
	www.usp.br/sibi
	Sistema de bibliotecas da USP
	SBU
	www.unicamp.br/bc 
	Sistema de bibliotecas da Unicamp – banco de dados bibliográficos
	Portal CAPES
	www.periodicos.capes.gov.br
	Portal de periódicos da CAPES
	IBICT
	www.ibict.br
	Instituto Brasileiro de Informação 
em Ciência e Tecnologia
	SCIELO
	www.scielo.com
	Catálogo de periódicos e revistas científicas
	Web of Science*
	Acessível apenas a partir de universidades conveniadas
	Banco de Dados de referências bibliográficas do Institute for Scientific Information (ISI), que contém informações sobre a produção
científica produzida no mundo a partir de 1974.
	Intercom
	intercom.org.br/intercom
	Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
	Edubase
	www.bibli.fae.unicamp.br/edubase.htm
	Dados em Educação, artigos, monografias, pesquisas
	Biblioteca Pública na Internet - EUA
	www.ipl.org/ref/
	Enciclopédias, dicionários, Atlas, em todas as áreas
	Biblioteca Nacional
	www.bn.br
	
	Bibliotecas com catálogos on-line
	www.cg.org.br/gt/gtbv/catalogos.htm
	
	Ciência e Tecnologia, nacional e internacional
	redeantares.ibict.com
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANDRADE, M. M. Inrodução à Metodologia do Trabalho Científico, SP: Atlas, 2001, capítulo 3.
BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. ampliada. São Paulo : MAKRON, 2000. 
BOOTH, W. C., COLOMB, G. G. & WILLIAMS, J. M. A arte da pesquisa, SP: Martins Fontes, 2000, pp. 85 a 96
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
Para estimulá-lo na tomada de contato com a biblioteca, explique como ter acesso aos três fichários básicos da biblioteca deste campus e copie duas fichas de cada um deles.
Usando um metabuscador, localize 10 bibliotecas virtuais
Faça uma pesquisa na internet e localize obras de um assunto de seu interesse.
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XII - NORMAS ABNT 
I – NBR 14724:2005: APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS
ESTRUTURA DE UM TRABALHO 
	Estrutura
	Elemento
	Pré-textuais
	capa 
lombada*
folha de rosto *
errata *
folha de aprovação 
dedicatória (s) *
agradecimento(s)*
epígrafe *
resumo em língua portuguesa 
resumo em língua estrangeira
lista de ilustrações *
lista de tabelas *
lista de abreviações e siglas *
sumário 
	Textuais
	introdução 
desenvolvimento
conclusão 
	Pós-textuais
	referências
glossário *
apêndice(s)*
anexo(s)*
índice(s)*
(*) - Elementos adicionados de acordo com as necessidades (opcionais). O demais elementos são obrigatórios. 
1 - Capa 
      Deve conter: 
      - Instituição onde o trabalho foi executado (opcional) 
      - Nome do autor 
      - Título (e subtítulo, se houver) do trabalho 
      - Se houver mais de um volume, a especificação do respectivo volume 
      - Local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado
 - ano de depósito (da entrega) 
OBSERVAÇÃO: A Associação Brasileira de Normas Técnicas não determina a disposição destes dados na folha. Esta distribuição deve ser definida pelo professor ou pela Instituição, para uniformização de seus trabalhos acadêmicos. 
	
INSTITUIÇÃO, INSTITUTO OU FACULDADE
DEPARTAMENTO
NOME DO AUTOR
TÍTULO DA OBRA
LOCAL/DATA
Modelo de uma Capa
2 - Folha de Rosto 
 
	
Nome do autor(es) 
Título 
Subtítulo (se houver)
Natureza e Objetivo: Exemplo. 
Monografia apresentada como
exigência parcial para a obtenção do título de mestre à comissão julgadora da Universidade -----, sob orientação do professor
-------
LOCAL, MÊS, ANO
Modelo de uma Folha de Rosto
 3- Formato
Papel
A4 (210 x 297 cm) 
De cor branca 
Sem molduras e ornamentos 
Somente o anverso da folha deve ser utilizado
Fonte
De cor preta 
De tipo Times New Roman 
	
	Tamanho da fonte
	No corpo do texto
	12
	Nas citações de + 3 linhas
	10
	Nas notas de rodapé
	10
	Na paginação
	10
	Nas legendas de tabelas, ilustrações e figuras
	10
Margens
	
	Tamanho da margem
	Esquerda
	3 cm
	Superior
	3 cm
	Direita
	2 cm
	Inferior
	2 cm
Nas citações longas, destacadas do texto: recuo de 4 cm da margem esquerda
Espaçamento entre linhas
	
	Espaçamento
	No corpo do texto
	1,5
	Nas citações longas, nas notas, nas referências, nas legendas
	simples
	Na folha de rosto e na ficha catalográfica
	simples
No final do texto, as referências devem ser separadas entre si por espaço duplo.
Os títulos das subseções devem ser separados por dois espaços duplos.
Parágrafo
Adentramento de 5 toques de espaço ou 0,5 cm.
Alinhamento justificado à esquerda e à direita, no corpo do texto.
Alinhamento à esquerda nos títulos com indicativo numérico.
Alinhamento centralizado nos títulos sem indicativo numérico.
Paginação e numeração de páginas
A contagem do número de páginas começa na folha de rosto (inclusive). Todas as folhas, àexceção da capa, serão contadas. Nem todas, porém, serão numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual e o números das páginas (em algarismos arábicos) devem vir no canto superior direito, a 2 cm da borda superior.
Os números de páginas não devem ser grafados nos elementos pré-textuais e na primeira página de cada capítulo.
As páginas dos apêndices e anexos devem ser numeradas em seqüência à numeração do texto principal.
II – NBR 10.520/2002 CITAÇÕES
As citações podem aparecer:
a) no texto;
b) em notas de rodapé.
1 - Citação direta, literal, textual ou transcrição
a) Citação Direta Curta (com menos de 3 linhas) - Deve ser feita na continuação do texto, entre aspas. 
Ex.:       Maria Ortiz, moradora da Ladeira do Pelourinho, em Salvador, que de sua janela jogou água fervendo nos invasores holandeses, incentivando os homens a continuarem a luta. Detalhe pitoresco é que na hora do almoço, enquanto os maridos comiam, as mulheres lutavam em seu lugar. Este fato levou os europeus a acreditarem que "o baiano ao meio dia vira mulher" (MOTT, 1988, p. 13). 
Obs.: MOTT - autor que faz a citação. 
        1988 - o ano de publicação da obra deste autor na bibliografia. 
        p. 13 - refere-se ao número da página onde o autor fez a citação (NBR 10520). 
b) - Citação Direta Longa (com 3 linhas ou mais) - As margens são recuadas à direita em 4 cm, em espaço um (1) (O texto deve ser digitado em espaço 1,5), com a letra menor que a utilizada no texto e sem aspas (NBR 10520, item 4.4). 
Ex.:       Além disso, a qualidade do ensino fornecido era duvidosa, uma vez que as mulheres que o ministravam não estavam preparadas para exercer tal função. 
A maior dificuldade de aplicação da lei de 1827 residiu no provimento das cadeiras das escolas femininas. Não obstante sobressaírem as mulheres no ensino das prendas domésticas, as poucas que se apresentavam para reger uma classe dominavam tão mal aquilo que deveriam ensinar que não logravam êxito em transmitir seus exíguos conhecimentos. Se os próprios homens, aos quais o acesso à instrução era muito mais fácil, se revelavam incapazes de ministrar o ensino de primeiras letras, lastimável era o nível do ensino nas escolas femininas, cujas mestras estiveram sempre mais ou menos marginalizadas do saber (Saffioti, 197, p. 193). 
     2 - Citação indireta ou livre (paráfrase)
      É feita quando se recupera apenas o conteúdo do texto citado. Neste caso, não se usam aspas. Quando o nome do autor ou o título da obra citada forem mencionados na sentença, apenas a data é acrescentada entre parênteses.
Ex.: 
      Em síntese, segundo Freud (1974), a idéia de Deus nasceu da necessidade do homem de tornar tolerável seu desamparo diante da natureza e do Destino (morte).
     3 - Citação de Citação 
É feita quando não se teve acesso direto à obra. Neste caso usa-se a expressão latina “apud” (citado por) seguida do sobrenome do autor da obra efetivamente consultada. 
Ex.: 
      “O trabalho anual de uma nação é o fundo primitivo que fornece ao consumo anual todas as coisas necessárias e cômodas à vida; e essas coisas são sempre ou o produto imediato desse trabalho ou compradas de outras nações com esse produto.” (ADAM SMITH, 1843, p. 1 apud FOUCAULT, 1995, p. 236). 
Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários, ênfase ou destaques, do
seguinte modo:
supressões: [...]
Exemplo:
 “A partir do final do século XIX [...] o ato [da leitura] era percebido como meramente instrumental: através da aprendizagem da decodificação do texto, as palavras ‘saltariam’ do texto para a mente do leitor, como na metáfora da cera mole”.
interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]
Exemplo:
“A partir do final do século XIX e até bem pouco tempo atrás, o ato [da leitura] era percebido como meramente instrumental: através da aprendizagem da decodificação do texto, as palavras ‘saltariam’ do texto para a mente do leitor, como na metáfora da cera mole”.
ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico: pode-se sublinhar palavras ou trechos de uma citação, mesmo não estando assim o original, porém é necessário indicar com a expressão “grifo nosso” imediatamente após a citação.
Exemplo:
"[...] para que não tenha lugar a producção de degenerados, quer physicos quer Moraes, misérias, verdadeiras ameaças à sociedade." (SOUTO, 1916, p. 46, grifo nosso).
�
II – NBR 6023/2002 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referência é o “[ . . . ] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte.
Consultar a ABNT específica para elaboração de referências: NBR 6023/2002.
Incluir na lista apenas as fontes que efetivamente foram utilizadas para a elaboração do trabalho.
Pode-se separar os documentos bibliográficos de outros tipos de fonte (discos, filmes, fitas, etc.), recebendo o título de FONTES CONSULTADAS.
Pode-se incluir, também, uma BIBLIOGRAFIA RECOMEDADA onde são indicadas outras referências para aprofundamento do assunto.
As referências devem ser listadas em ordem alfabética única de autor(es) e/ou título(s). Em casos específicos, podem ser numeradas e arranjadas por assunto, autor ou correspondendo ao sistema numérico adotados nas citações
Substituir o nome do autor de várias obras referenciadas sucessivamente por um traço equivalente a 6 (seis) toques e ponto (______.), nas referências seguintes à primeira.
As referências devem aparecer, sempre, alinhadas somente à margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas entre si por espaço duplo.
Os elementos da referência devem ser obtidos na folha de rosto, no próprio capítulo ou artigo e, se possível, em outras fontes equivalentes.
 
	FORMAS DE ENTRADA NAS REFERÊNCIAS
SEGUNDO A NBR 6023/2002
	ENTRADA
	EXEMPLOS
	Um autor
	CASTRO, Cláudio de Moura.
	Dois autores
	CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino.
	Três autores
	ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene; CALVO
HERNANDEZ, Ivone.
	Mais de três autores
	RIBEIRO, Ângela Lage et al.
	Organizador, compilador, etc.
	D'ANTOLA, Arlette (Org.).
	Entidade coletiva
	UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente.
BRASIL. Ministério da Educação.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO (RS).
	Eventos (congressos, conferências, encontros...)
	CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, 6., 1995, Porto Alegre.
	Referência Legislativa (leis, decretos, portarias...)
	BRASIL. Constituição, 1988. 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
	Título (autoria não determinada)
	AVALIAÇÃO da Universidade, Poder e Democracia.
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	DOCUMENTOS CONSIDERADOS NO TODO
	Livro
	SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Nota de tradução.* Edição.** Local: Editora, ano de publicação. nº de pág. (opcional) (Série) (opcional)
Ex.: 
WEISS, Donald. Como Escrever com Facilidade. São Paulo: Círculo do Livro, 1992.
	Periódico
	TÍTULO DA PUBLICAÇÃO. Local: editor, ano do primeiro volume e do último, se a publicação terminou. Periodicidade (opcional). Notas especiais (títulos anteriores, ISSN etc.) (opcional). 
Ex. : 
EDUCAÇÃO & REALIDADE. Porto Alegre: UFRGS/FACED, 1975-
	Entrevista
	ENTREVISTADO. Título. Local: data. Nota da Entrevista.
Ex. : 
CRUZ, Joaquim. A Estratégia para Vencer. Pisa: Veja, São Paulo, v. 20, n. 37, p. 5-8, 14 set. 1988. Entrevista concedida a J.A. Dias Lopes. 
	Dissertação e Tese
	SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Local: Instituição, ano. nº de pág. ou vol. Indicação de Dissertação ou tese, nome do curso ou programa da faculdade e universidade, local e ano da defesa.
Ex.: 
OTT, Margot Bertolucci. Tendências Ideológicas no Ensino de Primeiro Grau. Porto Alegre: UFRGS, 1983. 214 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,1983.
	Evento (congresso, conferência, encontro...)
	NOME DO EVENTO, nº do evento, ano, local. Título. Local: Editor, ano de publicação. nº de pág. (opcional) 
Ex. : 
SEMINÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 3., 1993, Brasília. Anais. Brasília: MEC, 1994. 300 p.
	Documento eletrônico
	SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Local: ano. Nº de pág. ou vol. (Série) (se houver) Disponível em: <http://...> Acesso em: dia mês(abreviado) ano.
Ex. : 
MELLO, Luiz Antonio. A Onda Maldita: como nasceu a Fluminense FM. Niterói: Arte & Ofício, 1992. Disponível em: <http://www.actech.com.br/aondamaldita/ creditos.html> Acesso em: 13 out. 1997. 
	DOCUMENTOS CONSIDERADOS NO TODO
	Dicionário e Enciclopédia
	SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Edição. (se houver) Local: Editora, data. Nº de páginas ou vol. (opcional) 
Ex. : 
FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p. 
ou
ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1995. 20 v.
	Programa de Televisão e Rádio 
	TEMA. Nome do Programa. Cidade: nome da TV ou Rádio, data da apresentação do programa. Nota especificando o tipo de programa (rádio ou TV)
Ex. : 
UM MUNDO ANIMAL. Nosso Universo. Rio de Janeiro, GNT, 4 de agosto de 2000. Programa de TV.
	CD-ROM
	AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, data. Tipo de mídia.
Ex. : 
ALMANAQUE Abril: sua fonte de pesquisa. São Paulo: Abril, 1998. 1 CD-ROM
	E-MAIL (não é recomendado seu uso como fonte científica ou técnica de pesquisa pelo seu caráter efêmero, informal e interpessoal)
	NOME do remetente. Assunto. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por <Endereço eletrônico> em data de recebimento.
Ex.: 
BIBLIOTECA CENTRAL DA UFRGS. Alerta. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por <bibfaced@edu.ufrgs.br> em 18 jul. 2000.
	*Tradução: quando for documento traduzido, colocar a expressão ‘Tradução por’ ou ‘Tradução de’ seguida do nome do tradutor, logo após o título da obra. 
**Edição: indicar, a partir da segunda edição, logo após o título da obra, em algarismo arábico seguido de espaço e da abreviatura da palavra edição. Ex.: 2. ed., 2. ed. rev.
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	PARTES DE DOCUMENTOS
	DESCRIÇÃO
	ELEMENTOS E EXEMPLOS
	Capítulos de livro:
a) autoria diferente da autoria do livro no todo 
 
b) autoria igual à autoria da obra no todo 
	SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título. In: SOBRENOME, Prenome (autor da obra no todo). Título. Local: Editora, ano. Pág. inicial e final. 
Ex. :
SCHWARTZMAN, Simon. Como a Universidade Está se Pensando? In: PEREIRA, Antonio Gomes (Org.). Para Onde Vai a Universidade Brasileira? Fortaleza: UFC, 1983. P. 29-45.
ou
CECCIM, Ricardo Burg. Exclusão e Alteridade: de uma nota de imprensa a uma nota sobre a deficiência mental. In: EDUCAÇÃO e Exclusão: abordagens sócio-antropológicas em educação especial. Porto Alegre: Mediação, 1997. P. 21-49.
SOBRENOME, Prenome. Título (do capítulo) In: ______. Título (do livro no todo) Local: Editora, ano. Cap nº (se houver), página inicial e final.
Ex. :
GADOTTI, Moacir. A Paixão de Conhecer o Mundo. In: ______. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo: Atlas, 1987. Cap. 5, p. 58-73. 
	Artigo de revista
	SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do periódico, local, volume, fascículo, página inicial e final, mês e ano. 
Ex. :
SAVIANI, Demerval. A Universidade e a Problemática da Educação e Cultura. Educação Brasileira, Brasília, v. 1, n. 3, p. 35-58, maio/ago. 1979. 
	Artigo de jornal
	SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do jornal, local, dia, mês e ano. Título do caderno, seção ou suplemento, página inical e final. 
Ex. :
AZEVEDO, Dermi. Sarney Convida Igrejas Cristãs para Diálogo sobre o Pacto. Folha de São Paulo, São Paulo, 22 out. 1985. Caderno econômico, p. 13.
ou
SOBRENOME, Prenome. Título do artigo. Título do jornal, local, página inicial e final, dia, mês e ano.
LEAL, L. N. MP Fiscaliza com Autonomia Total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999. 
	PARTES DE DOCUMENTOS
	DESCRIÇÃO
	ELEMENTOS E EXEMPLOS
	Fascículo de periódico
a) com título específico
b) sem título específico 
	TÍTULO DO PERIÓDICO. Título do fascículo, Suplemento ou nº especial. Local: Editor, nº do volume, nº do fascículo, mês e ano. nº de pág (opcional). Tema de fascículo: título específico 
Ex. :
EDUCAÇÃO & REALIDADE. Currículo. Porto Alegre: UFRGS/FACED, v. 26, n. 2, jul./dez. 2001. Tema do fascículo: Pedagogia, docência e cultura. 
TÍTULO DO PERÓDICO. Local: Editor, nº do Volume, nº do fascículo, mês e ano. nº de pág (opcional).
Ex. :
CIÊNCIA HOJE. São Paulo: SBPC, v. 5, n. 27, nov./dez. 1995.
	Trabalho apresentado em congresso
	SOBRENOME, Prenome (autor do trabalho). Título: subtítulo. In: NOME DO CONGRESSO, nº. ano, local de realização. Título (da obra no todo). Local de publicação: Editora, ano. Páginas inicial e final do trabalho. 
Ex.:
MOREIRA, A. F. B. Multiculturalismo, Currículo e Formação de Professores. In: SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA, 2., 1998, Santa Cruz do Sul. Anais... Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1998. P. 15-30.
ou
SOBRENOME, Prenome (autor do trabalho). Título: subtítulo. Ano. Trabalho apresentado ao nº do evento (se houver), nome, cidade e ano.
Ex.:
MALAGRINO, w. et al. Estudos Preliminares sobre o Efeito... 1985. Trabalho apresentado ao 13. Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, Maceió, 1985.
	Legislação publicada em Diário Oficial
	JURISDIÇÃO. Lei nº ....., data completa. Ementa. Nome da publicação, local, volume, fascículo e data da publicação. Nome do caderno, página inicial e final. 
Ex.: 
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, v. 134, n. 248, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27834-27841.
 
 
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XIII- Introdução à estruturação do trabalho acadêmico.
Todo trabalho científico deve obedecer normas internacionais de apresentação e como tal a monografia , para que seja reconhecida como um trabalho acadêmico, deve seguir algumas normas de apresentação e alguns parâmetros redacionais.
Seguindo a padronização da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desde a capa até a última página do trabalho, existem procedimentos que devem ser realizados.
Os trabalhos devem apresentar os seguintes itens:
ESTRUTURA DE UM TRABALHO 
	Estrutura
	Elemento
	Pré-textuais
	capa 
lombada*
folha de rosto *
errata *
folha de aprovação 
dedicatória (s) *
agradecimento(s)*
epígrafe *
resumo em língua portuguesa 
resumo em língua estrangeira
lista de ilustrações *
lista de tabelas *
lista de abreviações e siglas *
sumário 
	Textuais
	introdução 
desenvolvimento
conclusão 
	Pós-textuais
	referências
glossário *
apêndice(s)*
anexo(s)*
índice(s)*
(*) - Elementos adicionados de acordo com as necessidades (opcionais). O demais elementos são obrigatórios. 
Sumário: é uma listagem das principais divisões, seções, capítulos e outras partes de um documento. Ele reflete sua organização interna, ou seja, sua estrutura tópica geral. Cada seção ou parte indicada no sumário deve vir acompanhada do número da página correspondente.
Resumo: É comum obrigatório inserir, antes do texto principal, em página prória, um breve resumo do assunto abordado no texto para que o leito já se familiariza com seu tema.
O TEXTO
A redação do texto deve ser realizada numa linguagem científica , informativa e técnica, expressando impessoalidade, objetividade e modéstia. De acordo com Umberto Eco (1983, p. 117 a 120 ) algumas regras úteis devem ser lembradas para facilitar a redação do texto:
“Abra parágrafos com freqüência para arejar o texto
Comece a redigir o trabalho pela parte em que você se sente mais seguro
Não use reticências, pontos de exclamação nem faça ironias
Defina sempre um termo ao usá-lo pela primeira vez
Evite o pronome pessoal, recorrendo a expressões mais impessoais
Não useartigo antes de nomes próprios
Não “aportuguese” os nomes próprio estrangeiros”
Basicamente uma monografia é composta de Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Vejamos cada um deles.
1. Introdução
A introdução tem como objetivo dar a informação necessária para que seja entendido o assunto de que trata a monografia.
Uma introdução deve ser bastante objetiva, sintetizando o tema ou assunto de que trata a monografia, os objetivos 9a finalidade do trabalho e da pesquisa), sua justificativa (a importância de tratar-se desse assunto) e suas partes (é hábito no final da introdução, em seu último parágrafo, explicitar as partes do trabalho, ou seja, dizer como ele irá se desenvolver após a introdução. Pode-se fazer também uma rápida referência a trabalhos anteriores realizados sobre o mesmo assunto.
Observação: De modo geral a redação de uma “introdução” é mais facilmente realizável após a conclusão do trabalho, pois teremos uma melhor visão do conjunto.
2. Desenvolvimento
Esse é o item mais extenso e importante do trabalho, pois contém todo o desenvolvimento do assunto, com suas partes principais e subdivisões (capítulos). É a fundamentação lógica do trabalho de pesquisa, cuja finalidade é demonstrar suas principais idéias.
Segundo LAKATOS ( 1992) no desenvolvimento, podem-se levar em consideração três fases ou estágios: explicação, discussão e demonstração.
Explicação “é o ato pelo qual se faz explícito o implícito, claro o escuro, simples o complexo”(apud Asti Vera, 1979, p. 169). Explicar é apresentar o sentido de uma noção, é analisar e compreender, procurando suprimir o ambíguo ou obscuro.
Discussão é o exame, argumentação e a explicação da pesquisa: explica, discute, fundamenta e enuncia as proposições.
Demonstração é a dedução lógica do trabalho; implica o exercício do raciocínio. Demonstra que as proposições, para atingirem o objetivo formal do trabalho e não se afastarem do tema, devem obedecer a uma seqüência lógica .
É importante que, no desenvolvimento do trabalho, o autor demonstre os conhecimentos que adquiriu ao realizar seu levantamento bibliográfico, utilizando-se das anotações feitas e dos resumos. Aqui o autor do trabalho fará a chamada “Revisão de literatura”, nome dado ao levantamento da literatura básica sobre o assunto ou tema do trabalho, resumindo os resultados de estudos feitos por outros autores que consultou. Deve apresentar, de forma cronológica, a evolução do tema na literatura especializada, partindo dos autores mais antigos para os mais modernos. Se o trabalho necessitar também de uma parte de análise de dados, ou seja, se não for trabalho apenas teórico, tanto a parte de descrição de métodos de coleta de dados, como a de descrição dos dados e a análise dos mesmo fazem parte do desenvolvimento e devem ser separados em capítulos ou subtópicos. O desenvolvimento de um trabalho científico ou acadêmico pode, portanto, comportar várias partes: revisão de literatura; descrição dos métodos de coleta e de análise de dados; descrição dos resultados, discussão e análise dos resultados.
3.Conclusão
Trata-se da síntese final do trabalho. A conclusão deve estar em harmonia com tudo o que foi anteriormente relatado no trabalho. Deve voltar um pouco ao tema inicial e às justificativas dadas na introdução. Se houver hipóteses levantadas na introdução ela deve também ser retomada na conclusão, analisada, discutida e criticada à luz dos levantados e relatados no desenvolvimento. A conclusão deverá sobretudo sintetizar os resultados já relatados no desenvolvimento e aprecia-los racionalmente, avaliando a importância dos dados obtidos ou dos estudos feitos, as conseqüências desses dados ou desses estudos para a ciência ou para uma área específica de estudos acadêmicos, sua importância prática para as organizações ou para a vida das pessoas, etc. A conclusão deve, além de oferecer uma apreciação geral e racional sobre os estudos realizados no trabalho acadêmico ou na pesquisa realizada, apresentar uma apreciação crítica e até pessoal do mesmo. Na conclusão, o autor deve apresentar os problemas de natureza acadêmica que encontrou ao realizar a pesquisa (por exemplo, insuficiência de dados, de bibliografia a respeito do assunto, falta de uma literatura mais moderna e mais abrangente, dificuldade na aplicação de teorias demasiadamente teóricas e pouco práticas, contradições encontradas etc.)
EM RESUMO: A pesquisa é um processo que será apresentado como problema e hipótese (introdução) demonstrando os dados coletados (desenvolvimento) chegando à comprovação ou rejeição da hipótese ( conclusão).
4. Bibliografia
Aqui devem estar relacionadas todas as publicações utilizadas ao longo da elaboração do trabalho (livros, jornais, revistas, impressos, folhetos, etc).
A referência bibliográfica obedece a normas estabelecidas (ABNT NBR 6023, de 1989) e que devem ser obrigatoriamente seguidas ( ver próximo capítulo )
5. Anexos
São informações complementares da monografia, e que se constituem de modo geral em cópias de documentos, legislação, panfleto, cartaz, desenhos, etc. que possuem a utilidade de ilustrar partes do trabalho contribuindo para a fundamentação da pesquisa.
Não se trata de material elaborado pelo autor (ou autores) da Monografia.
Os anexos devem ser citados ao longo do trabalho entre parênteses, com numeração em algarismo romano.
Exemplo: (anexo I), (anexo II).
6. Apêndices
Diferentemente dos anexos, tratam-se de material produzido pelo autor (ou autores) da Monografia e que tem a função de completar o desenvolvimento do trabalho.
Podem ser questionários, entrevistas, fotos realizadas pelos autores da monografia e que auxiliam na fundamentação do trabalho.
O “apêndice” deve ser citado ao longo do texto entre parênteses, com numeração em algarismo romano.
Exemplo: (Apêndice I), (Apêndice II)
7. Glossário
Trata-se da explicitação, em ordem alfabética, dos termos específicos e/ou técnicos, contidos no trabalho.
8. Índice Remissivo de assuntos e/ou autores
	Lista de palavras-chaves, em ordem alfabética, com a indicação das diferentes páginas. É uma maneira de auxiliar o leitor a localizar os diversos temas tratados no trabalho, assim como as referências aos autores.
EXERCÍCIO
Faça a conclusão solicitada para o trabalho em grupo.
Formulá-lo em forma de pergunta
Elaborar uma hipótese
Analisar os dados disponíveis
Formular a hipótese tendo consciência de sua natureza provisória
Prever suas implicações lógicas
Verificar a Hipótese
Analisar, avaliar e interpretar os dados em relação à hipótese
Invalidar, confirmar ou modificar a hipótese
Traçar um esquema de explicação significativo
Quando possível generalizar a conclusão
Decidir sobre novos dados necessários
Recolhê-los
Concluir
Propor e definir um problema
Torná-lo significativo e delimitá-lo
Conscientizar-se de um problema
� Fichamento: resumo crítico da bibliografia consultada

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