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AÇÃO EDUCATIVA SOBRE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA (2)

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AÇÃO EDUCATIVA SOBRE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
¹Joice Beltrão Pamplona Carvalho; ² Josilene da Costa Teixeira; ³Luana do Carmo da Silva Pereira;4Cleidiane Medeiros Araújo; 5Keize Luna; 6 Ana Cláudia Aranha Coelho;7Maicon de Araujo Nogueira. 
1,2,3,4,5,6Graduandas de Enfermagem da Universidade da Amazônia; 4Mestre em Mestrado Profissional em Ensino em Saúde na Amazônia, Universidade do Estado do Pará
1.Introdução:A adolescência é um complexo período da vida do ser humano que se caracteriza num processo ao qual o indivíduo passa por diversas transformações sociais, psicológicas, anatômicas e hormonais que, juntamente com as novas experiências vivenciadas, definem a construção da personalidade de um futuro adulto, contribuindo para seu padrão comportamental e valores pessoais que se estabelecerão durante toda a vida. A preocupação com as altas taxas de gravidez na adolescência é fator presente nos meios de comunicação e acadêmicos, por se tratar de uma questão que não pode ser observada na sociedade apenas como um problema individual entre as adolescentes grávidas, ou de suas famílias, mas envolve um contexto de saúde pública, e que demanda providências do poder governamental. A gravidez na adolescência, habitualmente, é considerada de risco, perigosa, inapropriada e inadequada para os interesses dos jovens, particularmente por afetar preferencialmente meninas que vivem na pobreza, em países pouco desenvolvidos. De acordo com estudos, os percentuais de gravidez na adolescência apresentam-se maiores nos municípios de maior incidência de condições sociais de baixa renda, com menor PIB (Produto Interno Bruto), nível de escolaridade na adolescência e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o que insere o problema em um contexto de vulnerabilidade social, ao qual é necessário que haja maior disseminação de informações acerca do tema em questão. 2.Objetivo: Realizar uma ação educativa sobre gravidez na adolescência em uma escola pública localizada em Belém do Pará. 3.Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa e de campo que foi realizada em uma escola pública de ensino fundamental e médio, em Belém do Pará. Foram inclusos 20 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, com faixa etária entre 14 a 17 anos. A ação foi em forma de palestra expositiva com a utilização de tecnologias como slides, notebook e data show, além de permitir a interação com o público através de perguntas e respostas de questionamentos interrogados pelos próprios estudantes sobre sexualidade. Terá como embasamento teórico dados retirados por meio digital, PubMed, ScieLo, LILACS e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), compreendendo ao período de 2015 a 2019. 4. Resultados e Discussão:A gravidez na adolescência é uma situação de risco psicossocial que pode ser reconhecida como um problema para os jovens que iniciam uma família não intencionada. O problema afeta, especialmente, a biografia da juventude gerando uma quebra na possibilidade de elaborar um projeto de vida estável, para tanto é essencial que profissionais de saúde realizem atividades que transmitam informações relacionadas aos riscos que uma gravidez precoce e indesejada pode causar na vida desses adolescentes que muitas vezes não tem preparo físico, emocional, psicológico e familiar para lidar com essa situações e em muitos casos precisam deixar de estudar, acarretando em diversos transtornosà sua vida, além da vulnerabilidade para contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).A apresentação da ação no ambiente escolar, foi de extrema, podendo ser observada grande carência entre os estudantes em relação ao entendimento de assuntos que para acadêmicos e profissionais da saúde são normais. Notou-se interesse entre os alunos, principalmente do sexo feminino que contribuíram de forma interativa, expondo seus medos de conversar com seus familiares e acabam procurando ajuda com amigos que na maioria das vezes possuem poucas informações reais acerca dessa problemática, essa falta de diálogo com pai e mãe ou com pessoas que conhecem a respeito do assunto e lhes mostrem as informações corretas, acabam por elevar os riscos de práticas de sexo não seguro, acarretando em gravidez precoce entre outros riscos inerentes à tal prática. 5. Conclusão: A gratificação do grupo de poder participar dessa experiência motivou a continuar incentivando ações voltadas para assuntos sobre saúde, e com isso,expandir o conhecimento entre a população que mais precisa e contribuir de forma significante com o crescimento intelectual da comunidade. Vale ressaltar que os profissionais da área de saúde que atendem adolescentes atuam mais com os problemas como, gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, violência sexual, aborto inseguro, dificuldades de relacionamentos, e acabam não enfocando tanto em sua prevenção, por isso é necessário a formação de profissionais que atuem tanto na saúde, como na educação, para que os jovens se tornem conhecedores e disseminadores de informações, e que estigmas sejam quebrados, e como consequência da promoção da formação de adolescentes mais conscientes, pode-se reduzir riscos referentes à práticas sexuais não seguras.
Palavras-chave: Gravidez na adolescência; Saúde pública; Enfermagem.
Referências: 
BARBOSA, Andra Aparecida Dionízio et al. Representações da gravidez precoce para adolescentes assistidos pela estratégia saúde da família. Renome, v. 5, n. 1, p. 57-73, 2016.
OLIVEIRA, Maria Joana Pires de; LANZA, Leni Boghossiam. Educação em saúde: doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 20, n. 3, p. 138-141, 2018.
SERRA, Claudiana Batalha. Educação em sexualidade na escola: um projeto com adolescentes. 2018. Tese de Doutorado.
WILDEMBERG FIEDLER, Milla; ARAÚJO, Alisson; CAETANO DE SOUZA, Márcia Christina. A prevenção da gravidez na adolescência na visão de adolescentes. Texto & Contexto Enfermagem, v. 24, n. 1, 2015.

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