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Cópia de Pré Projeto de TCC I (28novembro2015) (1)

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SERVIÇO SOCIAL
TEMA:
A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
SÃO PAULO - SP
MAIO / 2020
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SERVIÇO SOCIAL
ITAMARA GLEY BARBOSA DE LIMA
RM: 17898838
A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA 
DEDICATÓRIA
“Dedico este trabalho primeiramente а Deus , pоr ser o pilar da minha vida .
A minha linda filha por ter me aguentado nos meus momentos de angústia e estresse e a minha amada mãe por dedicar a vida aos filhos. 
SÃO PAULO - SP
MAIO / 2020
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SERVIÇO SOCIAL
ITAMARA GLEY BARBOSA DE LIMA
RM:17898838
A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Pré-projeto apresentado na orientação de Trabalho de Conclusão de Curso - I como requisito básico da disciplina de TCC-I do Curso de Serviço Social.
Orientador: Prof. Ma. Geni Emília de Souza
SÃO PAULO - SP
MAIO/ 2020
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................07
1.1 Objetivo geral..................................................................................14 
1.2 objetivos específicos.......................................................................14 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...............................................................15 
2.1 Contextualização da adolescência .................................................15 
2.2 Mães adolescentes e a Educação..................................................17 
2.3 Gravidez na adolescência e importância da família nessa questão.20 
2.4 A atuação do assistente social com adolescentes grávidas............21 
3 METODOLOGIA ................................................................................24 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................25 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA........................................................26 
 
RESUMO 
O objetivo é demonstrar que não existe um fator único que explique a causa da gravidez na adolescência, mas inúmeros fatores interconectados de natureza social, econômica e cultural, gerando diversos conflitos dentro do ambiente familiar. O estudo aborda, assim, um contexto gerada adolescência, causas da gravidez precoce e o papel da família. Também faz um enfoque sucinto sobre o serviço social e atuação destes profissionais para minimizar os conflitos e amparar as famílias, num esforço coletivo junto à comunidade, evitando assim, a reincidência da gravidez indesejada. A metodologia utilizada foi do tipo bibliográfica descritiva, com o método dedutivo, coleta dos dados através de pesquisa de campo com observações e entrevistas na cidade de Carapicuíba-SP, no bairro Savoy com adolescentes entre 13 e 19 anos. 
PALAVRAS CHAVE: Adolescência. Assistente Social. Gravidez precoce. 
ABSTRACT 
The demonstrate that there is no single factor that explains the 
cause of teenage pregnancy, but many factors interconnected social, economic 
and cultural, creating many conflicts within the family environment. The study 
addresses thus a general context of adolescence, causes of early pregnancy 
and the role of the family. It also makes a brief focus on service and social work 
professionals to minimize these conflicts and support families in a collaborative 
effort with the community, thus avoiding the recurrence of unwanted pregnancy. 
The methodology used was the type descriptive literature with the deductive 
method, data collection through field research with observations and interviews 
in the city of Carapicuiba-SP in the neighborhood Savoy with adolescents 
between 13 and 19 years. 
KEY WORDS: Adolescence. Social Worker. Early Pregnancy.
1. INTRODUÇÃO
 	
Para abordamos a gravidez na adolescência, faz-se necessário entender o contexto no qual estas adolescentes estão inseridas, dando enfoque primeiramente a família, a qual é a primeira instituição que os indivíduos em geral têm contato,é onde adquirem as primeiras experiências e é também o local onde iniciam os processos de aprendizagem. 
A adolescente que engravida passa por um momento crítico, cheio de 
incertezas e inseguranças quanto ao que fazer, algumas chegam a pensar se 
vão realmente continuar com a gravidez(aborto). Este é o conflito em que se encontra a adolescente no seio familiar. 
As reações das mães ao saber a notícia da gravidez de sua filha 
adolescente, para muitas são desfavoráveis por ser de pouca idade e não saber lidar com a situação, e ver os sonhos do futuro da filha mudando sem um 
planejamento. O município de Carapicuíba integra a Região Metropolitana do 
Estado de São Paulo, com extensão territorial de 34,9 Km2 e população média 
de 403.502 habitantes (SEADE, IBGE, 2009). É um dos municípios da região 
com maior número de migrantes nordestinos e ocupa a triste colocação de quinta cidade mais pobre desta região. Esta condição de pobreza e outras dificuldades sociais, levam seus habitantes a situações de vulnerabilidade social, de forma que os mais afetados, são as crianças e adolescentes.
Dentro dos mais variados problemas enfrentados pelas famílias do município, está, a gravidez na adolescência, devido à falta de políticas públicas, de diálogo na família e educação sexual, a fim de prevenir e diminuir os índices de gravidez indesejada. Nessa fase, o psicológico do adolescente trabalha com as relações entre sentimento, pensamento e ações, mas as informações sobre gravidez,prevenção e prazer não são decodificadas e incorporadas em sua vida (DIAS; GOMES, 2000).
 	Deste modo, a qualidade da atenção que é dada aos adolescentes repercute intensamente sobre suas vidas. Por isso, é importante da atuação do assistente social, na intervenção de políticas públicas sociais educativas que levem em conta a heterogeneidade própria da idade;desenvolvimento de políticas de atenção que aumentem o acesso a serviço de promoção à saúde reprodutiva, bem como, intermediação na implantação de políticas públicas intersetoriais que abram oportunidades para atividades produtivas, educativas e recreativas, para ocupar o tempo dos adolescentes. 
Do mesmo modo, promover o convívio harmonioso dos adolescentes com a família, auxiliando no fortalecimento da relação com a comunidade, evitando assim conflitos de ordem econômica, social e cultural, em prol do bem estar da coletividade. 
Este trabalho é de grande relevância para a sociedade e profissionais da área de saúde, em especial de serviço social, uma vez que ressalta as causas
do crescimento do número de adolescentes grávidas e seus sentimentos em 
relação a esse momento, que representa um problema social e também de 
saúde pública, devido às repercussões biológicas, psicológicas e sociais que 
podem ser acarretadas nesta faixa etária, bem como os conflitos gerados 
dentro da família e a atuação do assistente social nesta problemática.
 
Para autora Fonseca (2010, p. 142) relata que; 
Pode-se observar que a maioria das adolescentes e das mães mostrou reação desfavorável frente à notícia da gravidez, onze adolescentes afirmaram ter tido dificuldade em aceitar a gravidez, por julgarem que ainda eram muito novas para ser mãe e/ou por medo da reação dos pais e/ou ainda por medo das transformações corporais.
A participação da família é muito importante na etapa da adolescência, 
quando não acontece o envolvimento familiar orientando, os pais não aceitam o 
começo da vida sexual dos filhos e chegam não intervindo de maneira positiva 
nesta ocorrência, resultando na maternidade e paternidade antecipada 
(RIBEIRO, 2008). 
Dessa maneira fica evidente que após os sentimentos de desgosto, 
frustração, culpa e impotência pelo fato de uma gravidez indesejada ter 
acontecido dentro do lar, o impacto da notícia vai sendo deixado para trás e com 
o tempo a família passa a ser o principal suporte para a adolescente enfrentar
essa situação, contando sempre com o apoio, principalmente, dos pais nos
cuidados ao bebê . (SANTOS E OLIVEIRA, 2017, p.4).
A gravidez na adolescência é fator preocupante, correspondendo a 24,63% das internações obstétricas do Sistema Único de Saúdee tem havido ultimamente um aumento de incidência. Os dados estatísticos demonstram que cerca de 40% dos filhos de adolescentes foram fruto de gravidez indesejada. Segundo Resende (2013, pg. 141).
 
Para as autoras Silva e Tonete (2006); 
Em estudo sobre as percepções e práticas de adolescentes grávidas e suas famílias no tocante à gestação, evidenciou-se que quase metade dos familiares relatou mudanças na dinâmica familiar relacionadas à melhoria dos cuidados dispensados à jovem e melhor aceitação da gravidez, visto que, nesse contexto, a gestação na adolescência não era percebida como um problema e sim um objetivo a ser alcançado no projeto de vida.
Ainda para Silva e Tonete (2006), a adolescência é a fase de transição entre a infância e a idade adulta, quando o desenvolvimento da sexualidade se reveste de fundamental importância para o crescimento do indivíduo em direção à sua identidade adulta, determinando sua autoestima, relações afetivas e inserção na estrutura social. 
Fonseca e Melchior relata que por não se informar sobre prevenção, as adolescentes se veem com uma gravidez precoce e também pelo companheiro não querer usar camisinha. 
O maior motivo da ocorrência de gravidez entre as adolescentes foi a falta de prevenção, justificada por diferentes apontamentos, tais como; pensavam que a gravidez não fosse ocorrer com elas ou porque o namorado não quis usar a camisinha. (Fonseca e Melchior, 2010, p. 139) 
No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade (artigo 2o), e, em casos excepcionais e quando disposto na lei, o estatuto é aplicável até os 21 anos de idade.
 
Cabe ainda assinalar que, no caso das estudantes adolescentes grávidas,a necessidade de proteção é ainda maior. A gravidez precoce frequentemente se associa a complicações obstétricas como anemia, ganho de peso insuficiente, hipertensão, infecção urinária, maior incidência de morte da mãe decorrente de complicações na gravidez, no parto ou no puerpério, e a graves prejuízos psicossociais, entre os quais, com significativa recorrência, o abandono escolar (BRASIL, 1975) .
Oyamada (2014, p. 41), descreve; 
Atualmente a cada ano, cerca de 16 milhões de mulheres entre 15 e 19 anos concebem uma criança, o que corresponde a cerca de 11% de todos os nascimentos mundialmente, sendo que uma em cada cinco meninas engravida até os 18 anos. Em 95% dos casos,os nascimentos ocorrem em países em desenvolvimento.
Até aproximadamente meados do século XX, a gestação na adolescência não era considerada uma questão de saúde pública, e também não recebia a atenção de pesquisadores como recebe hoje em dia. No Brasil, esse fenômeno tornou-se mais visível com o aumento da proporção de nascimentos em mães menores de 20 anos que se observou ao longo da década 90, quando os percentuais passaram de 16,38% em 1991 para 21,34% em 2000 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, 2002). 
Na falha a prevenção da gravidez precoce os profissionais de Serviço Social tem a questão vista muitas vezes pelos usuários como representantes do Estado, devem ter como resposta a intensificação da sua atuação na garantia dos direitos sociais e das políticas sociais destinadas às adolescentes grávidas,a fim de melhorar o acesso e garantir a qualidade do atendimento nas instituições que estão inseridos, principalmente no âmbito da saúde evitando assim a discriminação, o desrespeito e negligência com essas adolescentes. (CFESS,2008).
Estudos têm sugerido que o profissional de saúde como o Assistente 
Social que atua na atenção básica no seu campo de abrangência pode estar 
mais capacitado para apreensão do quadro de vulnerabilidades locais, inclusive 
compreender a dimensão concreta da vida do adolescente no processo saúde- 
doença, subsidiando a prática educativa de alcance coletivo em educação e em saúde e dando conta das várias formas de relação dos adolescentes nas esferas da vida nas cidades, da cultura, do trabalho, da instituição educacional, das relações familiares, da sexualidade, do lazer e da Constituição Brasileira (Ferrare col., 2008). 
Como podemos perceber, estruturar políticas públicas para atender à 
gravidez na adolescência é, em suma, atuar intersetorialmente, ou seja, 
considerando as implicações na saúde e na educação, com tudo o que está 
atrelado a cada uma dessas áreas. (Pariz, 2012)
De acordo com Silva e Tonete (2006, p.200) estima-se que, no Brasil, um 
milhão de adolescentes dão à luz a cada ano, o que corresponde a 20% do total e nascidos vivos. As estatísticas também comprovam que, a cada década, 
cresce o número de partos de meninas cada vez mais jovens em todo o mundo. 
Essa fase é bastante conturbada, pois na maioria das vezes, em 
decorrência das descobertas das ideias opostas a dos pais e irmãos. Muitas 
alterações são percebidas na fisiologia do organismo, nos pensamentos e nas 
atitudes deles.
Na mesma lógica Fonseca (2010, p.134); 
Aponta que a maternidade, por sua vez, como fenômeno 
multidimensional, abarca inúmeras concepções biológicas, sociais e 
psicológicas e, assim como o conceito de adolescência, não é 
constituída por uma versão única, a gravidez na adolescência gera acontecimentos comprometedores como risco psicossocial que não se restringe aos fatores psicológicos ou sociais maternos, mas coloca em risco a vida do recém-nascido. 
E para os pesquisadores, um importante instrumento de crescimento 
profissional, uma vez que, proporciona a aplicação das técnicas e preceitos 
adquiridos na academia. 
1.1 Objetivo geral
Demonstrar que a gravidez na adolescência acima de tudo é um problema social e de saúde pública, e para reduzir os casos não depende apenas da educação familiar, mas de uma ação conjunta envolvendo parcerias entre governo, escola, família e a sociedade em geral. 
1.2 Objetivos específicos
 
➢ Descrever a adolescência e os problemas de uma gravidez não planejada; 
➢ Identificar a gravidez na adolescência como um problema social; 
➢ Apresentar a atuação do assistente social dentro desse contexto, como 
mediador entre o adolescente e os conflitos familiares. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA ADOLESCÊNCIA 
É comum, o início da adolescência coincidir com a puberdade. Embora se 
diferencie, por tratar-se não só de um fenômeno biológico, caracterizado por 
transformações físicas, mas por ser um fenômeno psicológico e social, específico da espécie humana (DADOORIAN, 2000). De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), artigo 2o, Lei No 8.069/90, adolescente é a pessoa que se encontra entre 12 e 18 anos de idade (BRASIL, 1990). 
Com este Estatuto as crianças e adolescentes passaram a serem vistos como adultos de direitos, e não como menores em situação de vulnerabilidade,abrangendo a toda e qualquer criança e adolescente, independente de raça sexo, e condição social (GODOI et al, 2009). No processo de reinserção na sociedade, o ECA, passa a garantir esse processo envolvendo de forma construtiva a família, sociedade e o poder público. 
A adolescência corresponde a um período do ciclo natural da vida que vem sofrendo 
alterações ao longo da história, seja quanto a localização dos indivíduos nos grupos, 
quanto às normas de condutas, fenômenos demográficos, que por vezes, também, tem 
afetado o comportamento dos jovens assim como progresso das ciências, como 
antropologia, sociologia, e psicologia que tem atribuído estudo quanto ao meio 
sociocultural do adolescente; apresentando características especiais em função das 
época sem que se delimita o estudo, do ambiente cultural , social e econômico. Cada 
geração é afetada com os problemas sociais da época (BRACONNIER e MARCELLI, 
2000, p.61). 
A palavra adolescente vem do latim “adolescere” que significa fazer-se “crescer na maturidade” (Muuss, 1976).
 Conforme a Organização Mundial de Saúde (2004), a adolescência compreende a faixa etáriados 10 anos aos 20 anos, uma fase marcada pelas mudanças do mundo infantil para o curioso mundo adulto,uma fase onde o jovem passa por diversas transformações psicológicas, sociais e sexuais. Já o autor Costa (1998, p.4), define a “adolescência como um segundo nascimento do indivíduo e atribui como tarefas básicas deste período da identidade pessoal e social”. Roberts (1988, p.22), acrescenta “é um período de tempo que envolve perdas e ganhos, que envolve a flutuação e o estabelecimento de novas maneiras de pertencer, e que envolve a aceitação de uma imagem do corpo em mudança, como resultado do início da puberdade”. 
É comum, o início de a adolescência coincidir com a puberdade. Embora se diferencie, por tratar-se não só de um fenômeno biológico, caracterizado por 
transformações físicas, mas por ser um fenômeno psicológico e social, específico da espécie humana (DADOORIAN, 2000). A adolescência é um período em que os jovens estão buscando a auto-afirmação e também sua identidade. Nesse momento é relevante o diálogo, a orientação, o conhecimento, a socialização para a sua formação. 
A proposta da prevenção da gravidez na adolescência pode ser realizada de diversas maneiras. Uma delas é tentar retardar o início da experiência sexual, já no caso das adolescentes que iniciaram o intercurso sexual, é o uso de contraceptivos. Essas duas medidas, a educação sexual e a utilização de 
contraceptivos, são de caráter individual (PAUCAR, 2003).
 Vários estudos vêm demonstrando que nas últimas décadas os jovens estão iniciando as relações sexuais precocemente. A antecipação do início da vida sexual faz com que muitas adolescentes procurem métodos contraceptivos (BEMFAM, 1997). 
Em vista da grande necessidade de suprir a carência do diálogo entre as famílias, independente de classe social, vários projetos sociais são elaborados e executados em todo o país, na busca pelo enfrentamento da prevenção e orientação sexual para fins de minimizar a ocorrência do número de gravidez precoce entre adolescentes, acolhendo suas dúvidas e propiciando espaço de troca, livre de preconceitos e de julgamentos morais, de forma simples e desburocratizada, com atendimento espontâneo. 
Neste sentido, a assistência social vem de encontro com esses preceitos, pois ela compreende e consolida uma política setorial que possui campo próprio de intervenção e compromisso com a proteção social, que deve ser assegurada de forma universal na atenção às vulnerabilidades sociais, considerando as peculiaridades próprias dos ciclos de vida: “Assim, a assistência social tem especializações por segmentos etários, o que a coloca em diálogo com os direitos de crianças, adolescentes, jovens e idosos” (SPOSATI, 2004, p. 42). 
A atuação da escola também é primordial na prevenção da gravidez precoce. Nesta perspectiva, (BEMFAM,1997) propõe um programa de Saúde na escola, reunindo grupos de adolescentes para discussão de aspectos relacionados à saúde reprodutiva, com participação efetiva e diária de profissional de saúde. 
2.2 MÃES ADOLESCENTES E A EDUCAÇÃO 
Acho que quase todo mundo teve uma amiga ou colega que acabou engravidando durante o período de escola.Ou pelo menos tem alguém na família, uma vizinha ou algum conhecido cuja filha teve um bebê precocemente. Quando paramos para pensar, o tema até parece banal.
O Brasil tem hoje cerca de 2,5 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola --justamente a faixa etária em que a matrícula é obrigatória por lei. O número, que equivale à população de Brasília (DF), esconde um universo de desigualdades de classe social, gênero, raça e local de residência que afetam o acesso ao sistema de ensino. 
As meninas e adolescentes grávidas fazem parte desse grupo. Dados tabulados pelo Todos Pela Educação mostram que, dentre as meninas de 10 a 17 anos que deixaram de frequentar a sala de aula em 2015, 31,1% já tinham filhos --um total de 259.733 meninas-mães sem matrícula.Ou seja: temos esse contingente de garotas desempenhando o papel de mãe e arcando com a responsabilidade enorme de criar um filho, sendo que muitas ainda são crianças. É preciso lembrar que provavelmente a maioria dessas gestações não foram planejadas e podem ser consequência de violência sexual, abuso infantil ou casamentos precoces e forçados --comuns em regiões mais pobres do país. 
Os impactos de engravidar na adolescência são diversos. Pesquisas mostram o alto risco desse tipo de gravidez e a necessidade de um acompanhamento rigoroso que vise prevenir as possíveis complicações na hora do parto ou advindas de abortos espontâneos.Além de afetar a saúde, ter um filho precocemente pode mudar os rumos escolares e profissionais dessas meninas. Cuidar de um bebê e dar conta dos estudos é uma tarefa quase impossível para muitas delas. 
Os dados mostram que, atualmente, 57,2% das meninas entre 10 e 17 anos com filhos não trabalham nem estudam. A porcentagem vem regredindo na última década, já que em 2005 elas eram 61%. A título de comparação, entre as garotas da mesma faixa etária sem filhos, a maioria apenas estuda: 89%. 
Excluídas da escola e com um ou já mais filhos para cuidar, essas garotas ajudam a dar continuidade a um ciclo de desigualdades inúmeras, com ênfase na socioeconômica. 
Um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável por questões 
populacionais, mostrou no ano passado como a idade de 10 anos é uma das 
mais importantes no que tange ao desenvolvimento das meninas, já que se 
trata da entrada na adolescência --um período de vulnerabilidade, que deveria 
ser cercado de cuidados com a saúde e o bem-estar físico e psicológico. 
A organização, cujo lema é “Criando um mundo onde cada gravidez seja desejada, cada parto seja seguro e o potencial de cada jovem seja realizado”, ainda mostra que 62 milhões de meninas adolescentes estão fora da escola em todo o mundo. De acordo com a entidade, “quando uma menina deixa de ser matriculada ou é tirada da escola, seus direitos são violados e suas opções de futuro reduzidas”. 
Também não podemos nos esquecer da necessidade de discutir esse tema nas escolas. A informação é a base da prevenção. Muitos pré-adolescentes não têm esse tipo de diálogo em casa, o que torna a escola o único local capaz de tirar dúvidas sobre esse tema. 
Além da prevenção, precisamos fazer com que essas meninas que engravidaram voltem ao sistema de ensino, para que completem os estudos e tenham uma vida digna. A volta de uma mãe adolescente aos estudos depende de políticas intersetoriais que amarrem educação, saúde e serviço social em um tripé bem consolidado no que tange à assistência da jovem e do bebê.
2.3 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NESSA QUESTÃO 
De acordo informações de especialistas na área da saúde, a gravidez é um período de vida da mulher, no qual ocorrem profundas transformações endócrinas, somáticas e psicológicas que repercutem em sua vida. Essas mudanças ocorrem da mesma maneira durante a adolescência, o que de acordo com alguns autores favorece o agravamento da crise comum a mbas as fases do desenvolvimento, pois alegam que gravidez e adolescência são períodos críticos de vida (BUENO, 2008). 
A mudança do corpo é radical com a gestação, e exige também mudanças no relacionamento entre as pessoas como no ambiente em que se vive (DIAS; GOMES, 2000). Por isso, o apoio familiar é essencial nesta fase, embora em alguns casos os conflitos familiares tendem a aumentar neste período, principalmente nas classes sociais mais baixa. 
A gravidez é um momento de transformação e de reorganização familiar. É neste momento que as adolescentes se preparam para o cuidado de uma nova vida, e assim, tomar decisões e atitudes para melhorar suas vidas, dentro do seu contexto e influenciar mudanças na família. 
Por isso,se faz necessário a efetivação e o apoio de órgãos públicos para ajudar as famílias, com política de proteção integral às crianças e aos 
adolescentes, como o Estatuto da Criança e do Adolescente –ECA, Lei No. 
8069, que entrou em vigor no ano de 1990. Este Estatuto dispõe sobre a 
proteção integral à criança e ao adolescente (Art. 1o) e prevê como dever da 
família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
(BRASIL, 1990). 
Quando a adolescente se vê grávida, ela passa por uma situação de conflitos emocionais e psicológicos. É importante nesse momento o apoio da família para que ela possa desde esse momento já pensar em planejar sua vida sexual, repensar sua vida escolar e profissional e desenvolver sua autoestima para poder viver plenamente a sua gravidez. O apoio e a compreensão dos pais nesta situação, não só auxiliará a adolescente a vencer seus conflitos interiores, mas como também a auxiliará na gestação para o recebimento da criança. 	Uma atitude adequada dos pais poderá proporcionar à filha adolescente uma retomada em sua vida social com êxito após a gestação.
2.4 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL COM ADOLESCENTES GRÁVIDAS 
O Serviço Social surgiu, no Brasil, na década de 1930 e, desde sua origem até a contemporaneidade, se molda à realidade cultural, econômica, política e social do país, por meio de ações coletivas. A família está inserida no 
enfrentamento das questões sociais provenientes de toda relação de conflito 
entre trabalho e capital, bem como da trajetória social imbuída no processo de 
evolução da sociedade contemporânea. O serviço social intervém através da 
família quando estes não conseguem cumprir seu papel social, ou não 
conseguem fazer valer seus direitos como cidadãos, sendo um elo para o 
enfrentamento da questão a ser trabalhada pelo assistente social.
 
A intervenção profissional deve buscar o amadurecimento da família atendida, proporcionando a todos os indivíduos interligados, noções da importância do agir e pensar como cidadão de direitos. 
O papel do assistente social frente às relações e questões sociais enfrentadas pelas famílias deve estar associado na luta pela emancipação social e individual, pelos direitos sociais, desenvolvimento da autonomia, e pelo reconhecimento individual como sujeitos sociais, despertando nos usuários o 
olhar crítico de como se encontram e como podem melhorar, através do 
exercício de cidadania (SILVA, 2009). 
Neste sentido os autores Boza, Ferreira e Barboza (2010, p.168) salientam que: 
O serviço social deve atuar nas demandas, buscando a emancipação e o autodesenvolvimento da família atendida. Certamente que para isso utiliza vários instrumentos, dos serviços para isso, porém, ele deverá buscar meios para que a família supere a situação e consiga cumpri sua função social junto a seus membros e a sociedade. O objeto de intervenção profissional não é a família e sim as necessidades sociais, como um enfrentamento a questão maior.
Conforme explicita a autora Mioto (2000): os serviços de atendimento voltados à família precisam ser articulados de forma a trabalhar a família como um todo, engajando valores e reforçando a capacidade dessas famílias, independente de sua condição social, de se reerguer como estrutura familiar, 
possibilitando uma nova readaptação. Também ressalta que as ações públicas 
estão concentradas sobre famílias que falharam no provimento de condições de sobrevivência, de suporte afetivo e de socialização de suas crianças e 
adolescentes. A falência é entendida como resultado da incapacidade das 
próprias famílias. Portanto, as ações que lhes são destinadas têm o objetivo de 
torná-las aptas para que elas voltem a cumprir seu papel sem comprometer a 
estabilidade social. 
Neste sentido, projetos sociais procuram profissionais de diversos setores, como da saúde, educação e social, pois a vida dimensional do adolescente é interligada a essas áreas em geral. O adolescente tem seu convívio social dividido entre a família, escola e amigos; em virtude da grande socialização que abrange a vida dos jovens é de suma importância à parceria dos profissionais em múltiplas áreas, a soma desses trabalhos é que irão nortear o futuro desses jovens amanhã. 
Numa visão geral o profissional de serviço social tem plena aptidão no enfrentamento dessas questões sociais, através do olhar crítico e do amplo estudo acerca da família e suas relações sociais no contexto histórico, contribuindo positivamente frente às intervenções necessárias aos eixos discutidos em relação aos problemas enfrentados pelos adolescentes. Para Boza, Ferreira e Barboza (2010, p.154) “o assistente social é capaz de identificar as problemáticas, analisá-las e propor saídas para as problemáticas detectadas”. 	
Por isso, o assistente social deve conhecer os programas assistências disponível para cada região, para auxiliar na participação, viabilizando alternativas para as famílias, uma vez que existem programas desenvolvidos na comunidade por associações, ONGs, prefeitura e pelo governo Federal como a Portaria do Ministério da Saúde no 980/GM de 21/12/1989, o Programa de Saúde do 
Adolescente (PROSAD), é voltado para os adolescentes de ambos os sexos e faixa etária entre 10 e 19 anos e é focado na política de promoção à saúde respeitadas.
METODOLOGIA
O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica, do tipo descritiva e 
dedutiva sobre o tema. Segundo Gil (2002) pesquisa bibliográfica é a pesquisa 
desenvolvida a partir de material já elaborado, com base em artigos científicos, 
tese, livros, manuais e sites oficiais de domínio público. No intuito de demonstrar 
a gravidade e complexidade que envolve a gravidez na adolescência e os 
conflitos familiares no Brasil e em especial no município de Carapicuíba - SP, no 
savoy “Bairro” ocupado ilegalmente (Invasão de terra), onde não tem 
saneamento básico, não tem asfalto, os barracos não têm piso, a energia elétrica 
é clandestina, ou seja, pobreza ao extremo. 
O procedimento metodológico adotado durante a aplicação da entrevista é 
fundamentado nos textos de Demo (1987) e de Minayo (2001), que orientam o 
pesquisador para os passos que deve seguir para a aplicação de uma pesquisa 
do tipo quantitativa, mas de análise de conteúdo qualitativa, como é o caso da 
pesquisa aqui apresentada, que se caracteriza como quanti-qualitativo, pois 
orienta para utilização de entrevistas ou observações sistematizadas, permitindo 
assim, mensurar opiniões, reações, sensações, hábitos e atitudes de um 
universo pesquisado ou público alvo. É um instrumento bastante utilizado pelo 
Serviço Social, pois é por meio deste que se estabelece o vínculo entre entrevistador e entrevistado, a entrevista é um importante instrumento e 
devemos realiza-lá em condições ambientais adequadas, que garanta a sua 
natureza confidencial e com prazo suficiente para repeti-lá quantas vezes forem 
necessárias (FÁVERO, 2005).
 Já as análises e interpretações dos dados foram organizadas conforme os objetivos do artigo, no intuito de analisar e sumariar as observações, de forma que estas permitam respostas à problemática da pesquisa. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A adolescência é um período de intensas mudanças, o psicológico do indivíduo trabalha com relações entre sentimento, pensamento e ações, é uma fase pela qual o jovem experimenta vários conflitos no âmbito externo e interno, como de aceitação pessoal e social dentro do meio do qual está inserido, por isso, este momento é essencial o apoio da família, a fim de evitar a gravidez indesejada, uma vez que este problema não é só dos países pobres, os Estados Unidos por exemplo, país desenvolvido também tem altos índices de fecundidade na adolescência. E são no trato destas questões que o Serviço Social aponta novas reflexões acerca do papel da família na construção de identidade dos adolescentes, no planejamento e execução de programas e projetos sociais voltados para a educação sexual, prevenção e orientação frente à gravidez precoce eos conflitos que são gerados em torno desta problemática, 
impactando drasticamente na formação dos adolescentes, uma vez que, são excluídos do convívio social, abandonam a escola, são obrigados a trabalhar sem qualidade e incentivo a uma profissão, para garantir a satisfação pessoal e ao mesmo tempo o sustento da família. 
O presente trabalho buscou compreender o que leva os adolescentes entre e 19 anos de idade a ficarem grávidas precocemente, onde se constatou que os adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social e econômica são os que mais sofrem com a gravidez precoce, em consequência surgem a evasão escolar e os conflitos no seio familiar que se agravam de acordo com a classe econômica, social e cultural, pois as famílias carentes têm baixa escolaridade, jornadas de trabalho indefinida, por que não tem um emprego estável e dificuldades a programas sociais.
 A gravidez na adolescência tem aberto muitas discussões na Secretaria de Atenção à Saúde. Contribuindo para esta percepção, a literatura tem apontado caminhos para nortear a construção de estratégias de prevenção e atenção à gravidez, deixando clara a necessidade não só de ampliar o acesso a serviços especializados, como também a importância de se utilizar um processo educativo de forma contextualizada com os conhecimentos e realidades pertinentes a cada local a fim de promover o desenvolvimento dos recursos próprios do contexto familiar e social em que se encontram. 
A Maioria das adolescentes teve apoio dos familiares, o que contribui para aumentar sua autoestima, diante desse fato, não se pode deixar de apontar a importância da sociedade, da família, dos profissionais da saúde e das políticas sociais propiciam meios para que os adolescentes possam sentir-se mais seguros e valorizados, encontrando possibilidades de vislumbrar seus sonhos e desejos.
 Os dados do Ministério da Saúde ainda revelam que, apesar da maior difusão de informações sobre o assunto, cerca de 45% a 60% dos adolescentes brasileiros inicia a vida sexual sem nenhum método contraceptivo. 
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