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Ens-CE-Tipo 1 QUESTIONÁRIO 1. Você cursou o ensino superior em universidade ou faculdade (A) pública, no estado de São Paulo. (B) particular, no estado de São Paulo. (C) pública, em outro estado. (D) particular, em outro estado. (E) parte em pública e parte em particular. ________________________________________________________________ 2. Além do curso superior de graduação, você (A) não fez outro curso de nível superior ou pós-graduação. (B) fez outro curso de nível superior. (C) fez curso de especialização. (D) fez pós-graduação, em nível de mestrado. (E) fez pós-graduação, em nível de doutorado. ________________________________________________________________ 3. Você participou de quantos treinamentos, cursos de capacitação e/ou orientação técnica? (A) Nenhum. (B) 1 a 3. (C) 4 a 6. (D) 6 a 8. (E) Mais de 8. Se respondeu nenhum, passe para a questão de número 5. ________________________________________________________________ 4. O último treinamento, curso de capacitação e/ou orientação técnica, do qual participou, aconteceu (A) no semestre anterior. (B) no ano anterior. (C) há dois anos. (D) há três anos. (E) há mais de três anos. ________________________________________________________________ 5. Seu tempo de experiência no cargo de Supervisor de Ensino é (A) nenhum. (B) de 1 a 3 anos. (C) de 3 a 6 anos. (D) de 6 a 8 anos. (E) de mais de 8 anos. ________________________________________________________________ 6. Além de Professor, você (A) não exerceu outra função na escola. (B) exerceu a função de Coordenador Pedagógico. (C) exerceu a função de Orientador Educacional. (D) exerceu a função de Diretor de Escola. (E) exerceu a função de Coordenador Pedagógico e/ou Orientador Educacional e/ou Diretor de Escola. ________________________________________________________________ 7. Qual é a sua situação funcional atual? (A) Professor da rede pública estadual. (B) Professor da rede particular ou municipal. (C) Diretor de Escola da rede estadual. (D) Diretor de Escola municipal ou estadual. (E) Não exerço nenhuma função, no momento. 1a Parte QUESTÕES OBJETIVAS 1. A garantia do direito à educação é certamente um dos requisitos para a diminuição das disparidades sociais existentes. De um lado, são inegáveis os avanços no plano formal; de outro lado, o cotidiano das escolas contradizem o ideal de uma educação de qualidade para todos. Este é um problema antigo da educação brasileira. Anísio Teixeira, há décadas, denunciava a distância entre valores proclamados e valores reais, indicando que (A) a má formação dos educadores constitui o principal entrave à realização da proposta educacional. (B) a falta de motivação dos alunos, e até uma certa hostilidade, representa o principal obstáculo à ação dos educadores. (C) a escola é, em si, uma instituição artificial e incompleta, sem recursos para realização de um projeto educacional. (D)) a duplicidade de objetivos educacionais decorre de uma sociedade dividida entre ricos e pobres. (E) a escola brasileira deveria ser inventada e não recriada, visto que a escola real é um prolongamento da escola européia. ________________________________________________________________ 2. Ao examinar alguns esforços de democratização do ensino em São Paulo, direcionados à ampliação das oportunidades educativas e à prática pedagógica, José Mário Pires Azanha afirma que: I. as posições e divergências se revelam nos esforços de realização histórica do ideal de uma educação democrática. II. as propostas e debates sobre educação democrática revelam que as controvérsias ideológicas se concentram no significado desse ideal. III. a extensão das oportunidades educacionais é, sobre- tudo, uma medida política que toma a educação como variável social. IV. a democratização da educação é um processo exterior à escola, que toma a educação como uma simples variável pedagógica. V. a qualidade de ensino é uma questão meramente pedagógica, podendo ser aferida apenas numa perspectiva técnica. As afirmativas coerentes com as idéias do Prof. Azanha são, APENAS, (A) I, II e III (B)) I e III (C) II, III e IV (D) III e IV (E) IV e V ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 3 3. "Em muitas sociedades é grave a crise da escola pública e a crescente fragmentação do sistema de ensino – grupos sociais, em geral os mais pobres, só têm acesso a determinadas escolas públicas, e outras faixas da população, de maior poder aquisitivo, freqüentam as melhores escolas públicas e escolas particulares consideradas de excelência." Segundo Vera Maria Candau, esta crescente diferenciação do sistema traduz também uma equação de menor a maior qualidade e visibiliza a tendência (A)) à inserção da educação na lógica do mercado, como um produto que se compra, segundo as possibilidades econômicas de cada um. (B) dos profissionais da educação a descomprometerem-se com uma escola de qualidade na rede pública, privilegiando seu trabalho na rede privada. (C) equivocada de procurar responsabilizar a falta da qualidade do ensino na formação dos educadores. (D) de responsabilização somente aos órgãos centrais da oferta de uma educação de qualidade a todos. (E) à atuação dos órgãos administrativos centrais no estabelecimento de políticas educacionais que priorizam o acesso e não a qualidade de ensino. ________________________________________________________________ 4. Para Paulo Freire, "Há uma incompatibilidade total entre o mundo humano da fala, da percepção, da inteligibilidade, da comunicabilidade, da ação, da observação, da comparação, da verificação, da busca, da escolha, da divisão, da ruptura, da ética e da possibilidade de sua transgressão e a (A) criticidade". (B) politicidade". (C)) neutralidade". (D) afetividade". (E) cientificidade". ________________________________________________________________ 5. O texto "Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro", interpretado em seu conjunto, mostra-nos a preocupação de Edgard Morin com (A) a culturada paz e sua construção por meio da educação. (B) a educação dos jovens, diante de um mundo repleto de incertezas e imprevistos que demandam o "conhecer como se conhece". (C) o racismo, a violência, o desprezo e a incompreensão entre os povos que demandam o "aprender a conviver". (D) a democracia, conquistada com muitas lutas, ao longo dos séculos e que se vê ameaçada pela falta de ética. (E)) a espécie humana, seu autoconhecimento, suas condi-ções de vida, sua convivência e sobrevivência. 6. Nos tempos modernos se buscou universalizar a Educação Escolar cuja característica central seria lidar com as questões do conhecimento e da formação de habilidades. A Educação, como formação humana, historicamente coube às famílias, às comunidades e às igrejas e ela foi perdendo a garantia de efetivação pela desintegração dessas instituições formadoras. A necessidade da formação humana, do sujeito ético, para o futuro da humanidade, subsumindo os conhecimentos e habilidades, leva Neidson Rodrigues a colocar a seguinte perspectiva: (A)) cada vez mais a Escola exercerá ou poderá exercer o papel de formadora dos seres humanos, alargando suas finalidades tradicionais de lidar com conhecimentos e habilidades. (B) novas instituições devem se constituir num futuro próximo, ocupando esta lacuna deixada pelas famílias, comunidades e igrejas. (C) as famílias, as comunidades e as igrejas apresentarão uma "reação de recuperação" frente às necessidades de formação humana para a sobrevivência da espécie. (D) as novas igrejas, de forte apelo comunitário e ritual populista dividirão a incumbência educacional das novas gerações com o percentual de famílias que permane- cerem estruturadas. (E) a escola assumirá progressivamente a formação humana, enquanto o desenvolvimento de conheci- mentos e habilidades consolidará um modelo autodidata, apoiado na revolução da informática. ________________________________________________________________ 7. Os desafios da virada do século apresentados a partir da pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, mostra-nos que "nos cinco primeiros anos da década de 90 ocorreu uma forte desaceleração da oferta de empregos em São Paulo (...) e que há três fatores principais que comprometem a possibilidade de absorção, pelo mercado de trabalho, da nova geração nos próximos anos: o baixo dinamismo da oferta de emprego no período recente; o envelhecimento da estrutura etária dos ocupados e a forte pressão exercida pela entrada da mulher de todas as idades no mercado de trabalho". Como conseqüência principal destes processos, a tendência mais provável a ser observada é (A) uma diminuição na geração de jovens desempregados e um aumento de postos de trabalho. (B)) a de crescentes níveis de inatividade entre os mais jovens, acompanhada por crescentes níveis de desemprego. (C) a de um mercado de trabalho mais dinâmico, com baixa oportunidade de emprego. (D) um aumento no número de mulheres empregadas e o conseqüente aumento de homens desempregados. (E) a substituição dos empregados mais experientes pelos jovens, por se constituírem mão de obra mais barata. 4 ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 8. "Durante muito tempo a cultura escolar se configurou a partir da ênfase na questão da igualdade, o que significou, na prática, a afirmação da hegemonia da cultura ocidental européia e a ausência no currículo e em outras práticas presentes na escola de outras vozes, particularmente referidas às culturas originárias do continente, à cultura negra e de outros grupos marginalizados de nossas sociedades." Um grande desafio que se coloca para a reinvenção da escola, segundo Vera Maria Candau, (A) é a confirmação do professor para que ele possa realizar uma escolha acertada de conteúdos significativos que o mercado exige. (B) é o novo papel da supervisão e sua competência de orientar a escola. (C) está vinculado ao Conselho de Escola na organização administrativa da escola. (D) é a melhoria da qualidade que se dará a partir da reorganização curricular. (E)) se relaciona com a articulação entre igualdade e diferença. ________________________________________________________________ 9. Gimeno Sacristán afirma que "a cultura escolar é mais que conteúdos", distinguindo duas concepções de currículo: a visão formal concebida como "a mera especificação em um documento, tão exaustiva de todos objetivos, áreas, conteúdos ou grandes temas e tópicos concretos que devem ser tratados na sala de aula" e a visão que denomina de "currículo real". Segundo o autor, a análise do cotidiano escolar evidencia que o currículo real necessita (A) reconhecer o papel do conhecimento científico produzido pela sociedade. (B) trabalhar, sempre, a partir dos conhecimentos dos alunos e da comunidade escolar. (C)) ampliar o significado da cultura escolar e perceber o currículo como o cruzamento de práticas diversas. (D) possibilitar que o aluno aprenda habilidades e competências e não conhecimentos. (E) desenvolver nos alunos as múltiplas aprendizagens necessárias ao mundo atual. ________________________________________________________________ 10. "A gente se sente envergonhado quando vive num país que trata tão mal aqueles que se encarregam de educar nossos filhos." Fernando Hernández, ao citar a frase acima, explicita que não é possível recriar a escola se não se modificam (A) as relações de trabalho dos professores que são obrigados a realizarem reuniões com os pais de seus alunos para discutir a questão da aprendizagem. (B) a mentalidade acomodada e a falta de capacidade propositiva dos professores. (C) as formas preconceituosas dos professores receberem as crianças pobres nas escolas. (D)) o reconhecimento e as condições do trabalho dos professores. (E) o descaso do professor em relação à preparação de seu trabalho pedagógico e a falta de assiduidade. 11. Muitos são os canais que nos permitem entender a escola e os movimento de renovação pedagógica, mas sob a visão humanística traçada por Miguel Arroyo, o melhor caminho é (A) retomar a história da escola, de seus componentes e problemas. (B)) dialogar com professores e professoras, entender seu percurso e práticas. (C) estudar as políticas educacionais e as condições institucionais de ensino. (D) recolocar o que se aprende no centro das questões pedagógicas. (E) estudar a profissionalização do ofício de professor, suas competências e habilidades. ________________________________________________________________ 12. Para abordar o ofício de professor de modo mais concreto, Philippe Perrenoud faz uso de um inventário de competências que contribuem para redelinear a atividade docente. Reconhece que são múltiplos os significados atribuídos à noção de competência e esclarece que se orienta pelo significado de competência como (A) representação da realidade que construímos ao sabor de nossas experiências. (B) um conjunto de esquemas lógicos, resultante de um alto nível de abstração. (C) capacidade de implementação racional de conheci- mentos procedimentais. (D)) capacidade de mobilizar recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação. (E) um saber conhecer, saber fazer, saber conviver e um saber ser. ________________________________________________________________ 13. Maria Teresa Estrela – ao afirmar que, nos últimos trinta anos, a investigação sobre o ensino mostra que a profissão docente não pode se confinar a uma "pedagogia do dom natural" e que esta exige formação – pondera que temos que reconhecer que a formação dos professores tem subalternizado (A)) os aspectos relacionais aos conteúdos e à didática. (B) o papel do professor aos interesses dos alunos. (C) os conteúdos a uma metodologia libertadora. (D) a importância da competência técnica do professor a sua competência para avaliar os alunos. (E) o papel de instruirdo professor, tornando-o reprodutor de técnicas motivacionais. ________________________________________________________________ 14. Para a formação profissional do magistério, Muramoto distingue três níveis de formação: – o da classe social de origem; – o acadêmico ou escolar; – o do exercício da profissão. Defende que este último pode ser um nível privilegiado de formação desde que: (A) haja horários de trabalho pedagógico conjunto, contro- lado pela direção/coordenação para garantir que os professores tenham formação continuada. (B) haja convênios de formação continuada do sistema de ensino ou da escola, com boas universidades que lhes ofereçam cursos de atualização, com qualidade. (C) a formação inicial tenha sido consistente e sejam pagos salários compensadores aos professores para que os melhores não se evadam para outros campos de trabalho. (D) a cultura da classe social de origem dos professores não seja muito defasada em relação ao nível cultural, desejável de um professor. (E)) haja condições institucionais de diálogo entre pares e reflexão sobre o trabalho pedagógico em andamento, visando a reconstruí-lo. ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 5 15. Buscando soluções para garantir melhoras significativas nas escolas, Fullan e Hargreaves afirmam que uma "mudança educacional que não envolva os professores e que não tenha seu apoio costuma terminar como uma mudança para pior ou para nada". Há necessidade não só de um envolvimento dos professores, mas um tipo de envolvimento importante, que requer (A) colaboração confortável entre os professores, envol- vendo oferecimento de conselhos, troca de atividades e partilha de materiais. (B) mudança pessoal antes da mudança social, fundada na capacidade de estar só e na maturidade emocional do professor. (C)) maneiras de trabalho cooperativo que mobilizem o poder do grupo, e, ao mesmo tempo, fortaleçam o desenvol-vimento individual do professor. (D) elevadas expectativas, que os professores fixam para si próprios em um trabalho com limites poucos definidos. (E) atuação de professores totais, capazes de promoverem mudanças em qualquer contexto escolar. ________________________________________________________________ 16. Leila R. Iannone relata pesquisa realizada com uma experiência de avaliação institucional de uma escola que, na década de 60 havia obtido uma educação de qualidade, alicerçada num ideário compartilhado, mas que no decorrer das décadas seguintes ampliou muito o espaço físico e a clientela, e agora, estava enfrentando "perda de qualidade", "desorientação" e uma "sensação crescente de fracasso". A pesquisa revelou que isso se deveu a I. interrupção dos investimentos em formação contínua, a partir do crescimento vertiginoso da escola, subtraindo oportunidades de engajamento da equipe docente. II. falta de reflexão sobre o instituído e o instituinte (inovações) provocando entraves no processo de gestão. III. clareza dos novos objetivos institucionais e do "novo" discurso, acompanhado de ações pedagógicas corres- pondentes. IV. tentativa de homogeneização com vistas à qualidade, que acabou dividindo corpo docente e técnico. V. adoção de práticas de introdução de inovações próximas ao procedimento "tipo industrial", padronizador, e com gestão "de cima para baixo" e "do centro para a periferia". VI. intervenções democráticas de partilha de decisões e de tarefas que deram coesão ao corpo docente. Estão corretas APENAS as afirmativas (A)) I, II, IV e V (B) I, II, III e VI (C) II, III, IV e V (D) II, IV e V (E) I, III e VI 17. Terezinha A. Rios articula o conceito de competência com o de qualidade e argumenta que "a revolução tecnológica, a globalização da economia e da política, e os fenômenos sociais dela decorrentes trouxeram, ao campo da educação, novas provocações e inquietações" colocando para a Filosofia e a Didática, a necessidade de superação I. do atraso tecnológico de nossas práticas pedagógicas escolares por meio de equipamentos e treinamento dos docentes em Tecnologia da Informação. II. da fragmentação por meio de um diálogo dos saberes presentes na ação docente promovendo revisão didático-pedagógica fundamentada. III. da massificação decorrente da globalização por meio da percepção clara das diferenças e especificidades, para um trabalho coletivo e interdisciplinar. IV. da incompetência dos professores para alfabetizar, com investimentos na capacitação de alfabetizadores. V. de um embate entre a razão instrumental e o irracio- nalismo, por meio da descoberta e valorização da sensibilidade, articulando todas as capacidades dos indivíduos. Estão corretas APENAS as afirmativas (A) I, IV e V (B) I, III e IV (C) I, II e III (D) II, III e IV (E)) II, III e V ________________________________________________________________ 18. Sérgio Haddad e Maria Clara Di Pierro afirmam que "a nova LDB – Lei no 9.394/96 não tomou por base o projeto que fora objeto de negociações ao longo dos oito anos de tramitação da matéria (...). A seção dedicada à educação básica de jovens e adultos resultou curta e pouco inovadora: seus dois artigos reafirmam o direito dos jovens e adultos trabalhadores ao ensino básico e o dever do poder público em oferecê-lo gratuitamente na forma de cursos e exames supletivos". E, em 1995 iniciou-se uma reforma educacional, "sendo imple- mentada sob o imperativo de restrição do gasto público, tendo por objetivo descentralizar os encargos financeiros com a educação, racionalizando e redistribuindo o gasto público em favor do ensino fundamental obrigatório. Essas diretrizes de reforma educacional implicaram que o MEC mantivesse a educação básica de jovens e adultos na posição marginal que ela já ocupava nas políticas de âmbito nacional ..." O principal instrumento da reforma em questão foi (A) o artigo 60, do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal. (B) a aprovação de gastos públicos com a Educação Infantil. (C) a Lei no 10.172/2001 que estabelece o Plano Nacional de Educação – PNE. (D)) a Emenda Constitucional 14/96. (E) a elaboração de proposta que incorporou os gastos do Ensino Médio ao Ensino Fundamental. 6 ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 19. Há uma expectativa de que as novas tecnologias trarão soluções rápidas aos problemas do ensino que as escolas enfrentam. José Manuel Moran afirma que as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo, estabelecendo novas pontes entre o presencial e o virtual, entre o estarmos juntos e o estarmos conectados à distância, mas que o nosso maior desafio para um ensino e uma educação de qualidade é (A) dotar as escolas de infra-estrutura adequada, com tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas. (B)) desenvolver práticas pedagógicas que integrem todas as dimensões de ser humano. (C) preparar intelectualmente os docentes para enfrentarem novas formas de ensinar e de aprender. (D) selecionar e divulgar informações necessárias à construção de conhecimentos que a escola considere significativos. (E) colocar as novas tecnologias de informação e comunicação a serviço da racionalização do pedagógico. ________________________________________________________________ 20. Mudanças econômicas e tecnológicas provocaram, a partir dos anos 80, em todo o planeta, um processo de revisão das funções tradicionalmente duais da educação secundária, buscando formar o aluno com um perfil mais condizente com as características da sociedade e da produção pós-industriais. As reformas decorrentes dessa revisão têm como caracte- rísticas comuns, nos termos do Parecer CNE/CEB no 15/98, (A) desespecialização da educação para o trabalho e padronização das propostas curriculares. (B) adoção de matrizes curriculares transdisciplinares e valorização dos temas transversais: trabalho, meioambiente e informática. (C)) desespecialização das modalidades profissionalizantes e integração progressiva do currículo e das instituições que cuidam das várias modalidades de ensino médio. (D) revalorização das especializações profissionais e reforço dos programas de formação continuada dos professores. (E) desespecialização das modalidades profissionalizantes e especialização dos professores e gestores de currículo. ________________________________________________________________ 21. Maria Aparecida Baccega analisa a presença e a força dos meios de comunicação, sobretudo a televisão que transforma acontecimentos em espetáculos e atinge muitas vezes em tempo real, sociedades que vivem tempos históricos e culturais díspares, divulgando idéias e valores, normas e regras, sob forma prescritiva, objetivando o apagamento das diferenças com explicações ideológicas sobre as desigualdades. E entende que cabe à Escola re-significar seu papel e (A) instalar progressivamente um aparelho de TV e vídeo em cada sala de aula, para incentivar os alunos a realizarem atividades para depois assistirem seus programas preferidos como prêmio. (B) utilizar largamente os programas televisivos na escola, pois neles as crianças prestam atenção e ao assisti-los não causam problemas de disciplina. (C) orientar os alunos, mas sobretudo os pais, indicando um elenco de programas educativos que eles deverão asisistir, fazendo cobrança disso com trabalhos escolares. (D) denunciar o caráter ideológico das mensagens televisivas aos conselhos de ética e ao Ministério Público, exigindo providências. (E)) desvelar como opera a ideologia, ensinando a ler as formas simbólicas que circulam na mídia, de modo a perceber como elas conformam a realidade. 22. De acordo com a bibliografia indicada, a análise das origens da supervisão na educação, desde o início de nossa história colonial, leva a constatar que a supervisão enquanto avaliação e controle institucional público, implicando a fiscalização, (A)) acompanhou o desenvolvimento da educação escolar e dos sistemas de ensino, nos termos da legislação maior, tendo recebido diversas nomenclaturas. (B) foi criada no governo militar de 1964 e funcionou até a Constituição Cidadã de 1988, quando foi derrubada pela democratização do ensino. (C) foi instituída como item da política de avaliação externa (SAEB, SARESP, ENEM) e tende a desaparecer com ela. (D) funcionou como "cabide de empregos" até a Ditadura Vargas (30-45), quando passou a ser provida por concursos públicos. (E) chegou com a instalação, no Brasil, do Reino Unido ao de Portugal, no século XIX, em moldes pós-jesuíticos. ________________________________________________________________ 23. Na história da Supervisão de Ensino em nível de sistema, no Estado de São Paulo, o movimento sindical dos professores assumiu em alguns momentos, papel formador e orientador da categoria, em relação aos projetos educativos em curso e em relação a sua atuação junto às escolas, o que fortaleceu o sindicato. Isto revela, dentre outros, que (A) há uma descaracterização geral das instituições na sociedade pós-moderna, prenunciando grandes transfor- mações em todo o universo institucional. (B) na prática, ocorrem desvios na atuação dos sindicatos, principalmente quando seus dirigentes têm pretensão político-eleitorais. (C)) os aspectos propriamente sindicais estão organicamente articulados com o cumprimento do papel profissional, na busca de garantir educação escolar de qualidade, para todos. (D) o conjunto dos supervisores deve cumprir suas obrigações profissionais junto às escolas, deixando as questões trabalhistas, sindicais e políticas para os colegas eleitos como dirigentes dos sindicatos. (E) os aspectos sindicais estão ligados aos do cumprimento das funções dos supervisores, mas não é função do sindicato cuidar disso. ________________________________________________________________ 24. "O professor passa, sem processo de ruptura, da experiência passiva como aluno ao comportamento ativo como professor, sem que lhe seja colocado, em muitos casos, o significado educativo, social e epistemológico do conhecimento que transmite ou faz seus alunos aprenderem. Passa de aluno receptor a consumidor acrítico de materiais didáticos e a transmissor com seus alunos." Gimeno Sacristán, em suas análises sobre as concepções epistemológicas do professor, comprovou que as posições pedagógicas frente a problemas relacionados com o ensino em geral e com os conteúdos do currículo, em professores em formação, (A)) relacionam-se com posições políticas e com as especialidades universitárias que cursaram. (B) são independentes da mentalidade, cultura global e atitudes dos professores. (C) não interferem na forma dos alunos interpretarem os conhecimentos assimilados. (D) relacionam-se com a capacidade de trabalho e a competência técnica dos professores. (E) relacionam-se com o comprometimento e com a capacidade intelectiva dos professores. ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 7 25. Paulo Afonso Ronca, no texto do Suplemento APASE, trabalha com alternância de cenas do descobrimento da América e dos dias atuais, instigando a reflexão sobre educação, sociedade e história da humanidade. Uma das mensagens principais do ensaio é que (A) caso os espanhóis não tivessem descoberto a América em 1492, e dizimado os índios, a Existência no Brasil hoje seria melhor. (B) a Existência, na América, enfrenta problemas terríveis, oriundos do tipo de colonização sofrida e agravados pela injusta distribuição de renda que é mistificada nos programas de televisão. (C) a Educação deve orientar a audiência seletiva dos programas de televisão e promover a crítica à corrupção política, à violência e à pornografia na internet. (D)) importa à Educação e sua Supervisão, pensar a Existência humana para melhorá-la, alargando a consciência em relação ao contexto histórico-social e político, e “escrevendo o texto do Novo Mundo”, com urgência e responsabilidade. (E) os que têm estudo de nível universitário são privilegiados e devem se sentir co-responsáveis pelas injustiças e violências que acontecem, dispondo-se a trabalhos comunitários para compensar e superar as desigualdades sociais que hoje atingem metade da população brasileira. ________________________________________________________________ 26. Celestino Alves da Silva Jr. destaca que, na história do sistema escolar brasileiro, a tríade Supervisão, Currículo e Avaliação tem sofrido revisões de seu significado, não só em cada um de seus três termos, mas também na relação entre eles. Enquanto se consolida ampla política governamental de avaliação educacional, a atual discussão sobre currículo é dinamizada por três idéias-força: a da autonomia da escola, a do projeto pedagógico e a do trabalho coletivo. Para o autor isto indica (A) um golpe fatal na supervisão que se desmoralizará por não estar preparada para a complexa tarefa de coordenar a elaboração do projeto educativo, resguardado o direito da autonomia pedagógica de cada unidade escolar. (B)) um novo desafio para a legitimidade da função supervisora, em termos de sua atuação na coordenação do trabalho coletivo para os processos de construção da autonomia da escola e de elaboração de seu projeto pedagógico. (C) um novo alento para a supervisão, pois ela se tornou imprescindível para viabilizar os procedimentos básicos ligados ao programa de avaliação de desempenho do aluno, tanto no nível nacional quanto no estadual. (D) um movimento passageiro, mais ao nível do discurso político, como conseqüência dos acordos internacionais e elemento necessariamente presente, quando das prestações de contas dos financiamentos externos. (E) um equívoco de encaminhamento dos termos da tríade, pois avaliação centralizadora é incompatível com projeto pedagógico e autonomia daescola. 27. De acordo com os artigos 210 e 211 da CF/88 e com os artigos 8o, 9o, 10 e 11 da LDB, a qual nivel das esferas pú- blicas, considerando-se: I – União; II – Estados; III – Mu- nicípios, correspondem, respectivamente, às seguintes incum- bências: a. "oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental". b. "autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino". c. "assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio". d. "estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum". e. "elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios". I II III (A) a; e b c; d (B)) b; d c; e a (C) b; e a c; d (D) d; e a; b c (E) c; d b; e a ________________________________________________________________ 28. "Nas Histórias da Educação Infantil Brasileira, pode-se constatar que as creches se caracterizaram pelo atendimento às crianças mais novas e que surgiram como trabalho beneficente para o atendimento às populações de mais baixa renda (...) Já os jardins da infância e as pré-escolas voltaram- se para a faixa dos três ou quatro a seis anos e vincularam-se aos órgãos ou sistemas educacionais. No entanto, o fato de uma vincular-se a órgãos assistenciais e as outras duas vincularem-se à educação não implica afirmar que a primeira seria 'assistencial/assistencialista' e as demais educacionais." Moysés Kuhlmann Jr. afirma que todas as instituições de educação infantil sempre tiveram (e têm) um projeto educa- cional e que a distinção que se pode fazer é entre (A) um currículo educacional construído por um projeto profissional, com professores formados, e um projeto voluntário, com monitores leigos. (B) as especificidades exigidas pelas diferentes idades e seus desenvolvimento físico e mental. (C)) os programas voltados aos mais pobres e aqueles destinados às camadas médias ou mais abastadas da população brasileira. (D) as propostas de projetos conservadores e projetos progressistas. (E) programas elaborados por especialistas e programas organizados com e pela comunidade. 8 ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 29. O Projeto Pedagógico, se incorporado à prática dos educadores, pode constituir-se em ferramenta a serviço de uma escola aprendente e comprometida com uma educação de qualidade para todos. Nesta perspectiva, I. é um documento que define as intenções da escola, origem das grandes linhas para o Plano Escolar. II. é um ordenamento pedagógico, lógico e minucioso, elaborado para assegurar a continuidade do efetivo trabalho escolar. III. sua construção requer a organização da intencionalidade coletiva dos participantes sobre o que a escola vai fazer e como vai fazer. IV. é resultante de um conhecimento mínimo das condições existentes e um esforço de previsão das alterações possíveis. V. é um documento que diz respeito à execução das ações, e que vai se transformando no processo de implementação, após sistemáticas avaliações. As afirmativas coerentes com as idéias de Albuquerque, Fonseca e do Jornal da UDEMO/2002, são APENAS (A) III, IV e V (B) II, III e IV (C) II, III e V (D) I, II e III (E)) I, III e IV ________________________________________________________________ 30. O Plano Escolar orientado pela intenção de assegurar o acesso e a permanência com aprendizagens significativas para todos os alunos, deve privilegiar ações educativas que propiciem possibilidades e oportunidades de I. classificação dos alunos de acordo com seu desempenho, o que assegura a qualidade do processo e êxito dos resultados. II. uso das horas de trabalho pedagógico coletivo como recurso que permite o acompanhamento das ações propostas. III. interação entre as vivências dos alunos fora da escola e os conteúdos curriculares desenvolvidos em sala de aula e outros espaços da escola. IV. inserção das novas tecnologias nas práticas cotidianas de sala de aula, para assegurar a transmissão dos conteúdos mínimos. V. desenvolvimento de procedimentos pedagógicos e uso de recursos didáticos coerentes com objetivos pre- tendidos. As afirmativas coerentes com a proposta de Plano Escolar do enunciado são, APENAS, (A) I, II e III (B)) II, III e V (C) I, III e IV (D) II, IV e V (E) III, IV e V 31. Ao visitar uma escola, na semana do planejamento, você constata a continuidade da campanha de arrecadação de fundos para a Associação de Pais e Mestres, por meio dos vários e novos cartazes afixados nos murais. Analisa o balancete correspondente ao período da campanha e verifica um aumento significativo de contribuições nos últimos quatro meses. Procura o Diretor da Escola, destacando que essa campanha contraria o Decreto Estadual 12.938/78, visto que (A) as campanhas de arrecadação são proibidas em razão do caráter facultativo das contribuições dos sócios natos. (B) apela ao dever moral do sócio para, dentro de suas possibilidades, cooperar para a constituição do fundo financeiro da Associação. (C) os depósitos foram efetuados em conta vinculada à Associação, na mesma agência que a Prefeitura local mantém transações bancárias. (D)) coincide com o período regular de matrícula inicial e de rematrícula dos alunos já cadastrados no sistema. (E) o montante arrecadado indica a contribuição de alunos menores de 18 anos, e eles estão dispensados desse ônus. ________________________________________________________________ 32. A implantação da organização em ciclos exige segundo Sandra Zákia debates em torno das concepções e práticas de avaliação nas instituições escolares. No entanto, "é neces- sário observar que o horizonte da transformação da proposta é a construção de uma concepção do processo de (A)) aquisição e produção do conhecimento, que envolva a discussão sobre as finalidades da educação escolar." (B) planejamento de aulas com atividades mais significativas para os aluno." (C) disciplinamento escolar, que não obrigue o uso de avaliações classificatórias sistemáticas para se manter o controle dos alunos." (D) formação do professor, tornando-o apto a realizar a sua prática educativa, a partir de sólida formação teórico- prática." (E) organização administrativa da escola e, respectivamente de novo conceito de supervisão escolar." ________________________________________________________________ 33. O Conselho Estadual aprovou por unanimidade, a Indicação no 08/97, que dispõe sobre o regime de progressão continuada no sistema de ensino do Estado de São Paulo. Esta aprovação unânime aconteceu porque entenderam os conselheiros que esta Indicação I. atende às preocupações da nova LDB e reconhecem a complexidade e a amplitude das alterações propostas. II. permite às escolas a adoção de formas de progressão parcial ao longo dos ciclos, independente da seqüência do currículo. III. recomenda o amplo debate na rede e com a comunidade antes de sua efetiva implantação. IV. reconhece que a implantação da proposta depende, fundamentalmente, da competência pedagógica das escolas. Estão corretas APENAS as afirmativas (A) III e IV (B) II, III e IV (C) II e IV (D)) I e III (E) I, II, e III ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 9 34. Mere Abramowicz analisa a avaliação requerida pelo regime de progressão continuada e aponta aspectos que ela deve contemplar: I. análise do desempenho do aluno: abrangente, processual, dinâmica, crítica,criativa, cooperativa. II. ênfase no aspecto diagnóstico, informando aos pais os veredictos e encaminhando os alunos para processos de recuperação psicopedagógica externos. III. lugar de destaque para a escola no processo avaliativo: avaliação contextualizada num projeto de educação e sociedade. IV. opção por uma avaliação mais formativa com sentido mais interativo, qualitativo, compartilhado e dialógico. V. priorização da abordagem disciplinar, apoiando a avaliação na estrutura lógica dos campos conceituais dos componentes curriculares. VI. suporte institucional, clima aberto da instituição e presença de agentes de inovação. Estão corretas APENAS as afirmativas (A)) I, III, IV e VI (B) I, III, V e VI (C) II, III, IV e V (D) I, II, IV e V (E) III, IV, V e VI ________________________________________________________________ 35. A avaliação da aprendizagem na escola traduz um referencial teórico que envolve uma concepção de educação e sociedade. A teoria é importante, sobretudo, porque (A) assegura o rigor científico às práticas de avaliação desenvolvidas no âmbito da escola. (B) constitui preceitos objetivos e indicador dos caracteres da aprendizagem do aluno. (C)) ajuda o professor a compreender o significado da avaliação e da realidade da sala de aula. (D) assegura qualidade à prática de avaliação, a despeito das condições de ensino. (E) representa um material a ser aplicado pelo professor no cotidiano da sala de aula. ________________________________________________________________ 36. Ao afirmar que a avaliação "deverá ser assumida como instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no processo de aprendizagem", Cipriano Luckesi explicita o entendimento de avaliação (A) como julgamento de valor referenciado em dados, o que permite ao professor classificar o aluno conforme seu desempenho escolar. (B) como julgamento referenciado em normas estabelecidas no regimento escolar, que permitirão ao professor identificar os avanços da aprendizagem do aluno. (C) com caráter formativo, centrado no ajuste contínuo da aprendizagem do aluno às práticas pedagógicas desenvolvidas em aula. (D) com função diagnóstica a serviço da aferição de notas durante o processo, o que subsidiará o professor na aferição da média final. (E)) com função diagnóstica, a serviço de uma pedagogia preocupada com a educação como mecanismo de transformação social. 37. Respondendo algumas perguntas, Charles Hadji nas suas conclusões provisórias, destaca que avaliação I. é uma operação de leitura orientada da realidade, é tomar partido. II. é pronunciar, incisivamente, julgamentos de valor sobre uma situação observada. III. é elemento chave da negociação didática e momento forte em um processo de regulação. IV. formativa é um combate diário, exige coragem para ousar falar e "julgar". V. busca a objetividade, mais do que a pertinência, dos julgamentos sobre aprendizagem. São idéias do autor APENAS as afirmativas (A) I, II e III (B)) I, III e IV (C) I, IV e V (D) II, III e V (E) II, IV e V ________________________________________________________________ 38. Ana Maria Saul analisa a questão da avaliação educacional, apontando seus diversos objetos e níveis de abrangência, as influências internacionais de doutrina pedagógica e de técnica e questiona a relação linear de que mudanças na avaliação levam à melhoria do processo ensino-aprendizagem, fetichizando a avaliação, tornando-a o centro da aula. Baseada nestas e em outras ponderações, a autora (A)) propõe que a avaliação pode ser uma "grande janela" pela qual podemos entrar e alterar as práticas cotidia- nas, o projeto pedagógico e a escola como um todo. (B) propõe a "pedagogia do exame" para incentivar a alunos e professores a melhorarem suas notas no SAEB, no SARESP e no ENEM. (C) conclui que a avaliação não é a questão mais importante do processo pedagógico e que só virou "fetiche" pela ação da mídia que espetaculiza a divulgação de avaliações em nível nacional. (D) propõe a avaliação como "centro da aula" para pressio- nar os alunos a se responsabilizarem, individualmente, por seus bons/maus resultados, prestando atenção, estudando, fazendo as tarefas solicitadas. (E) constata em pesquisas, dentro da escola atual, uma lógica avaliativa que se contrapõe à da ideologia individualista e conservadora que avalia o sucesso social, fora da escola. 10 ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 39. Para orientar a discussão e elaboração do calendário escolar de 2003, o Diretor da Escola e o Coordenador Pedagógico selecionam e organizam algumas informações sobre o ensino fundamental e médio, constantes da LDB, (Lei no 9.394/96), indicação CEE no 9/97 e Parecer CEE no 67/98, destacando que é necessário atender, dentre outras, as seguintes determi- nações: I. atividades de reforço e recuperação realizadas ao longo do ano letivo, de forma contínua e paralela, e, nos recessos ou férias escolares, de forma intensiva. II. carga horária diária, mínima, de quatro horas, excluindo o tempo de recreio e dos intervalos entre as aulas. III. considerar "hora", "hora-aula", "hora de efetivo trabalho escolar" com o mesmo significado, para viabilizar o curso noturno. IV. horas de planejamento, replanejamento e de avaliação final do trabalho escolar computadas na carga horária anual, mínima, de oitocentas horas. São determinações coerentes com os atos legais indicados, APENAS, (A) II, III e IV (B) II e IV (C) I, II e III (D)) I e III (E) I e IV ________________________________________________________________ 40. O Diretor de uma escola constata que, apesar de garantido o desenvolvimento das atividades de compensação de ausência a partir do segundo bimestre, vários alunos do ensino fundamental, de 11 a 15 anos, não atingiram freqüência mínima determinada pela legislação vigente. Faz uma reunião com os pais desses alunos e providencia a realização de novas atividades de compensação durante as férias de janeiro, mas verifica que a freqüência continua baixa, configurando-se casos de abandono. Imediatamente, o Diretor (A) considera que os pais são os responsáveis pela situação desses alunos. (B) aguarda o comparecimento desses alunos para que justifiquem suas faltas. (C)) encaminha ao Conselho Tutelar a relação dos alunos faltosos. (D) considera que já tomou as providências pedagógicas e legais cabíveis. (E) exime-se de outras iniciativas em razão do insignificante número de alunos faltosos. 41. Uma Diretora solicita a você orientações sobre matrícula no ensino fundamental, de um adolescente de 13 anos, sem escolaridade anterior. De imediato, você recomenda a leitura dos artigos 23 e 24 da LDB, mas antecipa, resumidamente, que ela deve (A) efetivar a matrícula inicial na 1a série, já que o adolescente nunca freqüentou regularmente uma escola. (B) comunicar ao responsável que o pedido de matrícula foi indeferido com base na idade do adolescente. (C) encaminhar o adolescente para um curso supletivo, oferecido em escola pública. (D) convocar o Conselho de Escola para deliberar sobre o "caso", assunto já previsto no seu Projeto Político Pedagógico. (E)) efetivar a matrícula na 1a, 2a ou na 5a série, após a avaliação do seu desenvolvimento e experiência. ________________________________________________________________ 42. O Conselho Tutelar, criado no âmbito dos Municípios, é um órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de (A) promover o desenvolvimento físico e emocional da criança e adolescente. (B) julgar os casos de discriminação e maus tratos à criança e adolescente. (C)) zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. (D) decidir sobrea guarda e adoção de crianças abandonadas. (E) dar prioridade ao atendimento às crianças de zero a seis anos. ________________________________________________________________ 43. A Deliberação CEE no 21/2001 dispõe sobre equivalência de estudos realizados no exterior em nível do ensino fundamental e médio. Assinale a alternativa que corresponde às determi- nações desta Deliberação. (A) Alunos provenientes do exterior são aqueles que tiveram sua escolaridade totalmente realizada fora do país, ou por um período superior a um ano. (B) Para declarar a equivalência de estudos em nível de conclusão, a Diretoria de Ensino deve fundamentar-se nas exigências do sistema brasileiro. (C) Os alunos que receberam documentos de conclusão de estudos no exterior estão dispensados da solicitação de equivalência desses estudos. (D) A unidade escolar, após análise da escolaridade do aluno e comparação com as exigências do sistema brasileiro, decidirá sobre a conclusão de curso. (E)) Os alunos do sistema brasileiro, que freqüentaram escola no exterior por um período de até dois anos, se pretendem prosseguir seus estudos, devem solicitar matrícula junto à unidade escolar. ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 11 44. A Unidade Escolar X está situada em bairro com forte demanda para o ensino médio. Trata-se de uma escola particular com o ensino fundamental autorizado e funcionando em dois turnos, manhã e tarde. O Diretor decide solicitar autorização de curso supletivo de nível médio, para iniciar suas atividades em fevereiro do próximo ano. Para tanto, encaminha, em outubro, o pedido ao órgão competente da Secretaria de Estado da Educação, acompanhado dos seguintes documentos, exigidos pela Deliberação no 1/99, artigo 6o: (A) Regimento Escolar com diretrizes para o Projeto Pedagógico e Termo de Responsabilidade, registrado em Cartório de Títulos e Documentos. (B) Relatório, Descrição sumária das instalações físicas e dos equipamentos e das Alterações do Regimento, julgadas necessárias pelo Supervisor de Ensino. (C) Relatório, Regimento Escolar com diretrizes para o Projeto Pedagógico e Termo de Responsabilidade, registrado em Cartório de Títulos e Documentos. (D)) Descrição sumária das instalações físicas específicas e dos equipamentos, Alterações Regimentais necessárias e Termo de Responsabilidade, registrado em Cartório de Títulos e Documentos. (E) Relatório, Regimento Escolar, Termo de Responsa- bilidade e Descrição sumária das salas de aula, labo- ratórios, dos equipamentos e demais instalações neces- sárias ao funcionamento do curso solicitado. ________________________________________________________________ 45. Uma supervisora, ao participar de uma reunião do conselho de classe de uma das escolas de seu setor, deparou-se com uma visão de disciplina como pré-requisito para o trabalho pedagógico escolar e entendida como comportamento ordeiro, indispensável para assimilar ensinamentos do professor em sala de aula. Concordando com Júlio G. Aquino, contrapôs, o entendimento da disciplina na escola como (A)) objetivo educacional e elemento da cidadania, intrínseco ao trabalho pedagógico escolar cuja realização depende muito do estatuto da relação professor-aluno ao abordar o conhecimento sistematizado. (B) uma resultante de ações paralelas às ações pedagógicas, disciplinadoras das vontades e dos corpos dos educandos no ambiente escolar, em investimentos sistemáticos e eficazes. (C) uma qualidade psicológica que revela o Complexo de Édipo bem resolvido, com introjeção da autoridade, num desenvolvimento saudável do relacionamento com as figuras do pai e da mãe. (D) um comportamento de personalidades fracas e submissas, incompatível com a cidadania, devendo a educação escolar incentivar a indisciplina como resistência. (E) sonho impossível, dadas as condições das famílias contemporâneas, desestruturadas e incapazes de impor limites a seus filhos e passar-lhes valores tais como o respeito às autoridades. 46. A "Classe de Aceleração" é uma das medidas adotadas pela Secretaria de Estado da Educação para recuperar a trajetória de aluno em situação de defasagem idade-série, garantindo- lhe a aquisição das ferramentas que o ajudem no processo de compreensão do mundo, de participação social e de construção de uma nova realidade. Essas ferramentas constituem o núcleo privilegiado para a revisão do que seria indispensável ao aluno para a sua reintegração no percurso regular do Ensino Fundamental. Para essa retomada, será preciso I. conhecer os alunos em suas semelhanças e especificidades, para organizar formas de trabalho que possam atendê-los, em grupos ou individualmente. II. construir um novo projeto pedagógico, com novos conteúdos e recursos didáticos, para atender as características próprias desses alunos. III. priorizar princípios e delinear um padrão metodológico favorável à mobilização de interesses e de participação desses alunos no processo de ensino-aprendizagem. IV. detalhar pontos de chegada, especificando os conteúdos e as diferentes dimensões ou níveis de aquisição. V. rever as expectativas que representam aquisições possíveis de serem alcançadas pelos alunos em geral, para adequá-las às características desse grupo. A alternativa que contém apenas afirmativas constantes das orientações gerais da Secretaria de Educação sobre a Proposta "Classe de Aceleração" é (A) I, II e V (B)) I, III e IV (C) I, III e V (D) II, III e IV (E) II, IV e V ________________________________________________________________ 47. Para a Educação Profissional de Nível Técnico, normatizada pelo Artigos 39 a 42, da LDB (Lei no 9.349/96) e pelo Parecer CNE-CEB no 16/99, I. há três níveis de educação profissional: básico, técnico e tecnológico e o nível técnico se destina a propor- cionar habilitação profissional a alunos matriculados ou egressos do ensino médio. II. atualmente habilitação profissional tem um sentido: habilitação técnica de nível médio. Não há mais habilitações parciais e plenas: ou é habilitado ou não é. Desaparecem, portanto, as figuras do auxiliar técnico e da habilitação parcial. III. a estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade são valores orientadores da educação básica, mas não são seguidos pela educação profissional que tem seus valores e diretrizes específicos. IV. a educação profissional deve contextualizar competên- cias, colocando-se a prática como metodologia que põe em ação o aprendizado e supõe o desenvolvimento de atividades tais como estudos de caso, projetos, estágios e exercício profissional efetivo. V. o planejamento de novos cursos deve ser feito pelo Diretor e Coordenadores, apoiados em procedimentos que vêm dando certo em outras escolas. Novas diretrizes e participação de docentes recém admitidos põem em risco o patamar de sucesso já alcançado. Estão corretas APENAS as afirmativas (A)) I, II e IV (B) I, II e III (C) II, III e IV (D) II, III e V (E) III, IV e V 12 ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 48. Um supervisor visita pela primeira vez a escola indígena localizada no interior de uma aldeia guarani, que faz parte de seu setor. Depara-se com práticas bilingües, calendário próprio e um professor que lhe pede orientação para a construção do currículo que está elaborando com a comunidade e providências para a regularização da escola, solicitando-lhe, ainda, um exemplar do Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI). Nesta situação, (A) a legislação educacional atual dá amparo para a situação mencionada, com exceção da participação da comunidade indígena na elaboração do currículo, pois eles são leigos. (B) há irregularidades pois, o ensino tem que ser em língua portuguesa e o calendário deve ser o mesmo para todas as escolas. Apenas o RCNEI está nas normas legais. (C) o supervisor não deve visitar a escola indígena,porque ela não faz parte do sistema; e a grande diversidade permitida a ela, legalmente, acaba tumultuando o setor, que pode reivindicar esta flexibilidade curricular e de organização escolar. (D) a situação escolar está de acordo com o Parecer CNE 14/99 e a Resolução CNE/CEB 03/99, com exceção das práticas bilíngües, pois estas podem ameaçar a unidade nacional. (E)) do ponto de vista das normas legais, não há nada irregular e o Supervisor deve recorrer ao Conselho Estadual de Educação para a regularização da escola e ao Governo Federal, para orientações técnicas e distribuição de materiais. ________________________________________________________________ 49. Lourdes Marcelino Machado discutindo a gestão da Unidade Escolar, no artigo "Quem embala a escola" defende que (A) a gestão governamental é a instância com poder para "embalar" a escola, tanto no sentido de "empacotá-la" ou de "adormecê-la" quanto no de "fazê-la andar", autonomamente. (B) o Diretor é quem "embala" a escola, no sentido de ajudá- la a andar, valendo-se do poder de persuasão que sua posição hierárquica na estrutura burocrática escolar permite. (C)) a Direção é que pode, com partilha de poder, "embalar" a escola, criando administrativamente as condições necessárias para a ação educativa desenvolver-se. (D) a adoção de comissões, colegiados e conselhos é o único caminho democrático para que a escola deslanche, pegue o "embalo". (E) a autogestão é o caminho mais adequado, com colegiados diretivos anuais, em rodízio, eleitos em assembléias de pais, professores, funcionários e alunos, pois ninguém tem que "embalar" a escola. 50. Uma mãe procurou o Ministério Público, alegando não ter encontrado vaga em creche pública para matricular sua filha de três anos de idade. Baseada na LDB (Lei no 9.394/96). Esta mãe (A) não conseguiu a vaga, porque a LDB preconiza que o Poder Municipal assuma o dever de oferecer prioritariamente a Educação Infantil, como direito, a crianças de 4 a 6 anos, deixando as creches, aos cuidados de entidades comunitárias e assistenciais. (B) não conseguiu a vaga, porque a LDB preconiza que os municípios incentivem a iniciativa privada a cuidar das creches e pré-escolas, fiscalizando e orientando seu funcionamento, para que possam garantir a universalização do Ensino Fundamental. (C) conseguiu a vaga, porque a LDB estabelece a Educação Infantil como 1a etapa da Educação Básica a ser oferecida prioritariamente nas regiões metropolitanas, onde as mães trabalham fora, numa alta porcentagem, para garantir o desenvolvimento educacional e a saúde das crianças. (D)) conseguiu a vaga, porque a LDB estabelece a Educação Infantil como 1a etapa da Educação Básica, a ser oferecida gratuitamente como direito do cidadão e dever do Estado, a crianças de 0 a 3 anos em creches e a crianças de 4 a 6 anos em pré- escolas, visando ao seu desenvolvimento integral. (E) conseguiu a vaga, porque a LDB estabelece a obrigatoriedade da Educação Infantil, como 1a etapa da Educação Básica, ficando os Estados responsáveis por assegurar a gratuidade das pré-escolas e creches. ________________________________________________________________ 51. "Como posso atender os alunos com dificuldades visuais e auditivas de minha sala de aula, se não entendo nada desse assunto e tenho mais 34 alunos para ensinar? O discurso da inclusão não pode ser tomado a sério quando se pede para trabalhar sem nenhum suporte de trabalho para os pro- fessores, que têm que 'ser abertos' e sempre entenderem as dificuldades dos alunos." Este desabafo, de uma professora da rede estadual de ensino, pode ser discutido à luz das normas fixadas na Deliberação CEE no 5/2000, quando esta explicita que o trabalho pedagógico com alunos que apresentam neces- sidades educacionais especiais nas classes comuns deve envolver I. materiais didáticos auxiliares e mobiliário adequado nas salas de ensino comum. II. acompanhamento e reforço contínuo por parte do professor da classe. III. trabalho suplementar com professor especialista, quando for o caso. IV. acompanhamento contínuo por parte da coordenação pedagógica da escola ao professor e devida formação específica em horário determinado. Estão corretas APENAS as afirmativas (A)) I, II e III (B) I, III e IV (C) II, III e IV (D) I e II (E) III e IV ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 13 52. Segundo a Deliberação CEE no 9/1999 � que institui a modalidade de Educação de Jovens e Adultos com atendi- mento individualizado e presença flexível e fixa normas para autorização de cursos no sistema de ensino do Estado de São Paulo � as autorizações para funcionamento desses cursos se darão desde que observadas as seguintes exigências: I. apresentar proposta pedagógica e programa de ensino elaborados com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, Médio ou Educação Profissional de Nível Técnico. II. comprovar condições físicas e uso de metodologias que permitam atendimento individualizado. III. comprovar experiência educacional de cursos presenciais de Educação de Jovens e Adultos. IV. atender às normas relativas aos procedimentos de avaliação no processo e final. Estão corretas APENAS as afirmativas (A) I, II e III (B) II e IV (C) I e IV (D) II e III (E)) I, II e IV ________________________________________________________________ 53. De acordo com a Deliberação CEE no 9/2000, os cursos presenciais correspondentes aos quatro últimos anos de escolaridade do ensino fundamental terão a duração mínima de 1.600 horas de efetivo trabalho escolar e os cursos presenciais correspondentes ao ensino médio terão a duração mínima de 1.200 horas de efetivo trabalho escolar. As idades mínimas para a matrícula inicial nesses cursos, são, respectivamente: (A) 13 anos completos e 15 anos completos. (B)) 14 anos completos e 17 anos completos. (C) 14 anos completos e 18 anos completos. (D) 14 anos completos e 19 anos completos. (E) 17 anos completos e 21 anos completos. ________________________________________________________________ 54. De acordo com a Deliberação CEE no 11/1998, que dispõe sobre o funcionamento de cursos de Educação à Distância e de Presença Flexível no Estado de São Paulo, os cursos ministrados sob a forma de educação à distância serão organizados em regime especial, com (A) adoção de um número mínimo de aulas presenciais de forma combinada a um processo de auto-aprendizagem. (B) flexibilidade curricular e metodológica, não sendo exigido fundamentar-se nos parâmetros curriculares nacionais. (C)) flexibilidade de requisitos para admissão, horário e duração. (D) tempo parcial de estudos individualizados, contabilizando 60% da carga horária do curso. (E) adoção de um sistema de auto-avaliação, a partir de material didático próprio e adequado. 55. A concepção de preparação para o trabalho, que fundamenta o Artigo 35 da LDB, de acordo com o Parecer CNE no 15/98 – CEB, I. aponta para a superação da dualidade do ensino mé- dio: formação de todos, para todos os tipos de trabalho. II. enfatiza a preparação para profissões de prestígio no mercado de trabalho, incentivando os jovens. III. valoriza a capacidade de continuar aprendendo para ajustar-se às mudanças nas demandas do mercado de trabalho. IV. valoriza a formação inicial escolar do profissional, pois é ela que provê a teoria que será aplicada futuramente. V. enfatiza os aspectos pragmáticos do currículo encorajando os jovens ao trabalho, para diminuir a pressão por vagas na universidade. VI. entende a preparação para o trabalho como fortemente dependente da capacidade de aprendizagem e vinculada ao currículo como um todo. Estão corretas APENAS as afirmativas (A) I, IV e V (B)) I, III e VI (C) II, III e V (D) IV, V e VI (E) III, IV e VI ________________________________________________________________56. Um grupo de religiosos apresentou uma reclamação à Diretoria Regional de Ensino contra uma escola estadual, alegando que as aulas de ensino religioso haviam sido colocadas fora do período escolar, no sábado pela manhã. Inicialmente, procuraram o Conselho da Escola que manteve esta organização, alegando a autonomia da escola na realização do seu projeto pedagógico. Nos termos da legislação atual (Deliberação CEE no 16/2001), a Supervisora de Ensino orientou a escola no sentido destas aulas serem (A) organizadas pelo Conselho de cada escola. (B) realizadas fora do horário regular de aula, nos finais de semana. (C) acrescidas apenas no último ano do ensino fundamental. (D)) acrescidas à carga mínima anual existente. (E) incorporadas nas 800 horas letivas anuais, de forma interligada aos temas transversais dos PCNs. 14 ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 57. Um município fez um concurso público de provas e títulos visando selecionar professores para as quatro séries iniciais do ensino fundamental. Exigiu, como pré-requisito para o ingresso no cargo, diploma de nível superior em Pedagogia. Uma candidata aprovada entrou com ação na Justiça, contestando a exigência de formação de nível superior. Ela tem chance de ganhar a ação, porque a LDB (Lei no 9.394/96), no Título VI, "Dos Profissionais da Educação" (A) exige a progressão funcional nos sistemas, nos termos estatutários, no inciso IV, do Artigo 67, e estabelece como critério a avaliação de desempenho e não a titulação. (B) nada diz sobre a formação dos profissionais de ensino e nem sobre seu plano de carreira. (C)) estabelece, no Artigo 62, que a formação de docentes para a Educação Básica dar-se-á em nível superior, mas admite a formação em nível médio como mínima, para professores da Educação Infantil e das quatro séries iniciais do Ensino Fundamental. (D) é omissa quanto à exigência da formação dos docentes, só explicitando a formação dos 'especialistas' para atua- rem na direção, supervisão e orientação da educação. (E) exige, no Artigo 67, concurso de ingresso por provas e títulos, independente da exigência do nível de formação docente, só para os sistemas estaduais, ficando omissa quanto aos sistemas municipais. ________________________________________________________________ 58. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), para as 5as a 8as séries do Ensino Fundamental, são estruturados por Áreas. Cada um apresenta caracterização da área, objetivos gerais da área e para os ciclos; conteúdos da área e por ciclo, critérios de avaliação e orientações didáticas. Além disso, incluem questões sociais na forma de temas transversais. I. Os temas transversais podem se constituir em novas disciplinas com avaliações de desempenho, organiza- das curricularmente de forma seriada ou por ciclos. II. Os critérios de escolha dos temas transversais foram: urgência social, abrangência nacional, possibilidade de ensino e aprendizagem no ensino fundamental e favorecimento da compreensão da realidade e a participação social. III. Além da indicação dos temas transversais gerais: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde e Orientação Social, há abertura para inclusão de temas locais. IV. O tema transversal Ética é chamado "transversal dos transversais" e seus conteúdos são: Respeito mútuo, Justiça, Diálogo, Solidariedade. V. Transversalidade e interdisciplinaridade são sinônimos, na orientação curricular dos parâmetros. VI. A Transversalidade, quando adotada como modalidade curricular, pode substituir disciplinas do núcleo comum. Quanto a esses temas, são corretas APENAS as afirmativas (A) I, IV, V e VI (B) I, II e III (C) I, III e IV (D)) II, III e IV (E) III, IV, V e VI 59. Foi identificada numa comunidade, a existência de 112 jovens e adultos maiores de 18 anos de idade, com escolaridade inferior ao Ciclo II do Ensino Fundamental. A escola estadual local, única na área, não priorizou este atendimento, alegando que há pressão da demanda escolar para a continuidade de estudos de seus alunos em nível médio. A escola pública mais perto dista mais de 2 km. A Supervisora de Ensino da escola sugere priorização do atendimento aos jovens e adultos no ensino fundamental nesta escola, porque I. a Constituição Federal garante o Ensino Fundamental a todos os brasileiros, independente da idade considerada. II. os dados estatísticos sobre o analfabetismo e a baixa escolaridade traduzem e justificam baixo desenvol- vimento nacional. III. a política educacional tem priorizado o Ensino Fundamental aos jovens e adultos, em detrimento aos de menor idade. IV. a não-oferta do ensino obrigatório, ou sua oferta irre- gular importa em responsabilidade da autoridade com- petente, no caso, também da Supervisora de Ensino. V. é muito difícil para os jovens e adultos conseguirem emprego, sem estarem matriculados numa escola fundamental. VI. o acesso ao Ensino Fundamental é direito público subjetivo, e como tal, não pode ser negado. De acordo com a legislação, estão corretas APENAS as afir- mativas (A) II, V e VI (B) II, IV e VI (C) II, III e IV (D) I, III e V (E)) I, IV e VI ________________________________________________________________ 60. Considerando a LDB (Lei no 9.394/96), a respeito da Educação de Jovens e Adultos, e o Parecer CNE 11/2000, sobre as respectivas Diretrizes Curriculares, assinale a alternativa que reúne APENAS as afirmações corretas. I. Jovens e adultos que não tiveram acesso aos estudos ou à continuidade deles em idade própria, perdem o direito à educação básica. II. Os cursos e exames supletivos, nos termos da Lei, asseguram oportunidades educacionais apropriadas e habilitam ao prosseguimento de estudos, em caráter regular. III. A ausência de escolarização justifica classificar analfabetos ou iletrados como incultos e "desqua- lificados" profissionalmente, na sociedade tecnológica e do conhecimento. IV. A educação de jovens e adultos permite confirmar competências por eles adquiridas na educação extra- escolar e na própria vida. V. Os maiores de 19 anos de idade deverão ter atendimento, preferencialmente, em telessalas. VI. Os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvi- mento do Ensino Fundamental e Valorização do Magis- tério (FUNDEF) não podem ser aplicados nos cursos de alfabetização de Jovens e Adultos, à Distância. (A) III e V (B)) II e IV (C) IV e VI (D) I, V e VI (E) I, II e III ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 15 61. I. Princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum. II. Princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. III. Princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade, e da diversidade de manifestações artísticas e culturais. O conjunto de enunciados acima deverão se constituir em diretrizes curriculares nacionais para (A) a educação profissional. (B) o ensino fundamental. (C)) a educação infantil. (D) o ensino médio. (E) as escolas comunitárias e filantrópicas. ________________________________________________________________ 62. "A gente passa a roupa, pega a roupinha mais bonitinha que a gente tem, quando chega lá é discriminado." Felícia R. Madeira, ao analisar a questão da violência nas escolas, argumenta sobre a dificuldade que os professores têm de entender o jovem pobre, dificuldade esta permeada pelo preconceito, que tem como referência um imaginário construído sobre o "jovem ideal pobre" versus o "jovem real". Para a autora, é como se os professores dissessem: (A)) "Sabemos tratar com adolescentes, mas pobres não têm direito à adolescência." (B) "Quando os desejos de consumo das camadas de baixo não se realizam, o caminho do tráfico e das transgressões fica mais atraente." (C) "É difíciluma família que briga pela cachaça, pelo cobertor, entender a escola. Estudar para quê?" (D) "Falta interesse porque faltam valores morais que estes jovens não têm em casa." (E) "É, não tem jeito, esse aí tem que ir trabalhar, porque não dá para os estudos." ________________________________________________________________ 63. Para Francisco Imbernón, se quisermos falar de qualidade de ensino, temos de analisar o que mudou nestes últimos vinte anos e que repercute na formação e no ensino. Uma das seis mudanças que o autor seleciona é: (A) O possível se torna impossível e podemos pressentir que as mais ricas possibilidades humanas permanecem ainda impossíveis de se realizar. Saibamos, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo improvável. (B) O princípio da incerteza lógica, pois nem a contradição é sinal de falsidade, nem a não-contradição é sinal de verdade. (C) A necessidade de interpretar a realidade, antes de reconhecer onde está o realismo. (D) A despolitização da política, que se autodissolve na administração, na técnica (especialização), na economia, no pensamento quantificante (sondagens, estatísticas). (E)) A mudança do condutivismo para o cognitivismo que levou a ver a formação não tanto como atualização, mas como criação de espaços de participação e reflexão. 64. Para saber agir eficazmente quando confrontados com situações embaraçosas, ou mesmo ameaçadoras, e não se deixar encerrar em um raciocínio defensivo, os atores sociais devem aceitar que se reponham em discussão os valores, as normas e os mitos e também as rotinas que embasam suas estratégias de ação. É o que Monica Gather Thurler chama de aprendizagem em dupla espiral que, em outras palavras, quer dizer (A) "tropas": grupo de atores que procuram lutar contra a arbitrariedade do poder central, permanecendo incapa- zes de aliarem-se entre si. (B) órgão de auto-regulação: cria um referencial de competências profissionais que define os conteúdos e objetivos de formação contínua. (C) aprendizagem interativa: proporciona os meios para que a associação profissional encaminhe as lutas sindicais. (D)) reflexão em ação: remete à capacidade de questioná- las e, se necessário, modificá-las. (E) manutenção do status quo: a estabilidade dentro dos sistemas escolares é percebida como penhor de credibilidade e qualidade. ________________________________________________________________ 65. "A dificuldade de se identificarem como co-participantes da organização da escola em ciclos é reforçada entre os educadores, agora com um agravante: a convicção de que políticas de correção do fluxo escolar como essa, que recebem o aval e o incentivo dos organismos multilaterais, ao darem ênfase à autonomia da escola, tendem a considerar a instituição e, por conseguinte, os seus professores como os principais responsáveis pelo sucesso ou fracasso dos alunos dentro dos cânones preconizados." De acordo com as análises de Elba S. de Sá Barretto e Eleny Mitrulis, os educadores acreditam, ainda, que este sistema de organização (A) possibilita a implementação de métodos e processos pedagógicos mais ativos e descompromissados com a cultura escolar tradicional. (B)) isenta as demais instâncias do sistema de se comprometerem com mudanças mais profundas na estrutura e funcionamento do ensino. (C) gera um grau de satisfação alto entre os envolvidos, favorecendo a probabilidade de sucesso na sua implementação e enraizamento. (D) só tem como objetivo o aumento positivo das estatísticas educacionais, traduzindo um clima de falso otimismo das relações escolares. (E) tende a se expandir, haja visto que hoje já se tem a adesão de 68% de escolas e de alunos matriculados em redes estaduais de ensino. ________________________________________________________________ 66. "Os alunos não aprendem porque os professores são fracos" ou "os professores não conseguem ensinar porque os alunos são fracos" são pretextos, para Luiz Carlos de Menezes, que se combinam numa situação perversa na qual a escola não funciona por ser (A) desorganizada e burocrática. (B) uma instituição superada historicamente. (C) elitista e preconceituosa com os pobres. (D) uma instituição que não exige qualidade na ação pedagógica. (E)) imprópria e anacrônica. 16 ESPS-B02-Sup. Ens-CE-Tipo 1 67. Para a aquisição da estabilidade dos servidores, são condições: I. nomeação para exercer cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. II. nomeação para exercer cargo em comissão, em função de confiança, após cinco anos consecutivos ou dez, interpolados. III. três anos de efetivo exercício no cargo. IV. dois anos de efetivo exercício no cargo. V. avaliação especial de desempenho, por Comissão ins- tituída para essa finalidade. VI. assiduidade, não tendo ultrapassado, nos dois primei- ros anos, dez faltas injustificadas. VII. comprovação, mediante processo administrativo, da excelência de seu desempenho. VIII. haver denúncia por ato ilícito nos três primeiros anos de exercício do cargo. IX. não existe mais a figura da estabilidade aos fun- cionários públicos, a partir da Emenda Constitucional no 19/98, tendo sido substituída pelo direito à indeni- zação por tempo de serviço. Está correto o que se afirma em (A)) I, III e V (B) II, IV e V (C) I, III ,V e VIII (D) II, VI e VII (E) IX ________________________________________________________________ 68. Um Diretor de Escola assumiu o cargo de Supervisor de Ensino aos 60 (sessenta) anos de idade e, após três anos de exercício neste cargo, resolveu requerer sua aposentadoria, pois havia completado 30 (trinta) anos de serviço, dos quais 20 (vinte) em funções de magistério, no ensino fundamental. Você o preveniu de que ele não conseguiria se aposentar (A) nem com os vencimentos do último cargo, nem com aposentadoria integral, considerado o cargo de Diretor de Escola, porque não cumpria as exigências do tempo de serviço, nas duas situações. (B) porque não havia cumprido 35 (trinta e cinco) anos de serviços públicos, mesmo contabilizando o tempo de exercício nas funções de magistério. (C)) com os vencimentos do último cargo, porque não havia cumprido o prazo legal de cinco anos no mesmo cargo, nem o tempo legal de exercício nas funções do magistério, para fazer jus aos 30 anos de efetivo exercício. (D) porque não havia cumprido a exigência constitucional (EC no 20/98) de 10 (dez) anos de efetivo exercício no cargo, no qual se dará a aposentadoria. (E) porque o tempo exercido fora do serviço público não conta, na mesma proporção, para fins de aposentadoria. 69. Direitos sociais são direitos que compõem a cidadania e, como tal, todos têm direito a eles. Educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados são, portanto, direitos sociais. A alternativa correta, em relação à afirmação acima, é sim, (A) só faltando acrescentar a cultura e o desporto. (B) com exceção da assistência aos desamparados, que é prevista como dever da assistência social a quem dela necessitar. (C) com exceção do lazer, cuja oferta é sugerida na Constituição Federal para tornar a vida mais agradável, mas não como direito social. (D)) todos eles. (E) só faltando acrescentar "meio ambiente ecologicamente equilibrado", nos termos da Emenda Constitucional no19/98. ________________________________________________________________ 70. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei maior, mediante (A) garantia dos direitos sociais. (B)) plebiscito, referendo, iniciativa popular. (C) participação em Conselhos Deliberativos. (D) adoção da descentralização administrativa. (E) pleno exercício dos direitos políticos. ________________________________________________________________