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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA ROTEIRO DE AULAS MECÂNICA GERAL (21 exercícios e 21 exemplos) Professor Orlando Carlos Batista Damin ARMAZÉM 39 PORTO DE SANTOS As três Leis que fundaram a Física Moderna. Como qualquer história inglesa que se preze, também esta envolveu uma aposta. Cenário: uma taberna londrina, próxima a Royal Society. Época: 1684. Animada pelo álcool, uma discussão se instala entre três celebridades: o astrônomo Edmond Halley, o então presidente da Royal Society, Robert Hooke, e o ilustre arquiteto Christopher Wren. O assunto, como convém a intelectuais desse porte, é o movimento dos planetas ao redor do Sol. Halley diz que se pode calcular a força que mantém os planetas em órbita. Ela variaria com o inverso do quadrado da distância que os separa do Sol. Hooke argumenta que, se isso for verdade, será preciso demonstrar, a partir dai, todas as leis sobre o movimento planetário, descobertas por Kepler, algo que ele próprio está certo de poder fazer. Wren propõe então: quem resolver o problema recebera um prêmio simbó1ico de 40 xelins. A disputa estimula Halley a viajar a Cambridge, a procura do solitário Isaac Newton. Qual não é sua surpresa quando Newton lhe diz que, realmente, já havia considerado a possibilidade de que a força de atração variasse segundo o inverso do quadrado da distância. A partir dessa hipótese acrescenta: era possível deduzir matematicamente as órbitas dos planetas, estabelecidas por Kepler. E mais: tinha certeza disso porque fizera pessoalmente os cálculos, uns vinte anos antes, durante a peste de Londres, mas depois se desinteressara do assunto. A insistência de Halley o convenceu a retomar o estudo. Durante três anos, Newton trabalhou nas idéias esboçadas naquele "ano maravilhoso" de sua juventude. Quando finalmente publica suas conclusões, em 1687, está criada uma nova Física, simples e coerente. Sua base são as Três Leis sobre o movimento dos corpos, apresentadas no livro I dos Principia. Em linguagem atual, elas podem ser assim redigidas: 1) A menos que atue uma força externa, qualquer corpo tende a manter- se indefinidamente em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (Princípio da Inércia); 2) Caso uma força externa atue, a aceleração que o corpo recebe é proporcional a intensidade da força (Princípio Fundamental da Dinâmica); 3) Toda vez que um corpo recebe de outro uma força, ele também exerce sobre este uma força de mesma intensidade e direção, mas de sentido contrário (Princípio da Ação e Reação). A partir dessas três leis, Newton calculou a força centrípeta (de fora para dentro) necessária para fazer um corpo transformar seu movimento retilíneo uniforme em movimento circular. Depois chegou a sua famosa Lei da Gravitação Universal: cada partícula de matéria do Universo atrai qualquer outra com uma força proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa. Não se sabe se Newton recebeu os 40 xelins de Wren, mas seus Principia se tornaram o paradigma da Física clássica. Trecho extraído de um artigo publicado na Revista Superinteressante, ano 2, n.º 2, fev. 1988. UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE SSAANNTTAA CCEECCÍÍLLIIAA CCoooorrddeennaaççããoo ddee EEnnggeennhhaarriiaa MMeeccâânniiccaa CCUURRSSOO :: EENNGGEENNHHAARRIIAA IINNDDUUSSTTRRIIAALL MMEECCÂÂNNIICCAA DADOS SOBRE A DISCIPLINA CÓDIGO NOME Mecânica Geral CARGA HORÁRIA SEMESTRAL SEMESTRE ANO 68 h/a 3º 2º 1.- OBJETIVOS: 1.1- Fornecer aos alunos conhecimentos básicos na área de mecânica em geral; 1.2- Utilizar os conhecimentos nas disciplinas da área profissionalizante dos cursos de engenharia; 1.3- Adquirir noções sobre equilíbrio do corpo rígido, figuras planas, treliças planas e isostáticas. 2.- EMENTA: 2.1- Elementos para cálculo de figuras planas; 2.2- Estática dos Sólidos – Equilíbrio do Corpo Rígido; 2.3- Treliças Planas. 3.- CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Aula Descrição Referência Bibliográfica 01 Sistema de Forças; Momento de uma Força em relação ao Ponto; braço do Momento; Teorema de Varignon. 8.1, 8.2, 8.3 02 Mudança de Polo; Momento Axial. 8.1, 8.2, 8.3 e 9.1 03 Binário ou Conjugado; braço do Binário. Sistema Força-Conjugado. 8.1, 8.2, 8.3 e 9.4 04 Estática dos Sólidos; Equilíbrio do Corpo Rígido; Diagrama do Corpo Livre. 8.1, 8.2 e 9.2 05 Elementos de Transmissão de Forças e Vínculos. 8.1, 8.2 e 9.2 06 Estática dos Sistemas de Sólidos; Estruturas de Barras; Solicitações Internas e Externas. 8.1, 8.2 e 9.2 07 Estruturas Articuladas. Treliças Planas; Método dos Nós. 8.1, 8.2 e 9.2 08 Método das Seções e Processo de Ritter. 8.1, 8.2 e 9.2 09 Centro de Massa; Centróide; Baricentro de Áreas. 8.2 e 9.4 10 Momentos de Inércia; Teorema dos Eixos Paralelos – Steiner. 8.2 e 9.4 11 Produtos de Inércia - Translação (Teorema de Steiner). 8.2; 9.4 e 9.1 12 Rotação de Eixos, Momentos de Inércia. 8.1, 8.2, 9.4 e 9.1 13 Eixos Centrais de Inércia - Inércia Máxima e Mínima e Posição dos Eixos Centrais de Inércia. 8.2 e 9.4 4.- METODOLOGIA DE ENSINO: 4.1- Aulas expositivas 4.2- Exercícios em Sala de Aula e Internet 5.- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 5.1- Provas objetivas e subjetivas 5.2- Trabalhos individuais 6.- RECURSOS AUDIOVISUAIS UTILIZADOS: 6.1- Retroprojetor 6.2- Notas de Aulas, vídeos e animações na Internet http://www.unisanta.br/mecanica 7.- SALAS ESPECIAIS E LABORATÓRIOS UTILIZADOS: 7.1- Sala de Projeção 8.- BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 8.1. BEER, F.P. e JOHNSTON, R.E. e EISENBERG, E.R. Mecânica Vetorial para Engenheiros. Vol. Estática. Ed. MacGraw-Hill. 7ª edição. S. P. 2006. 8.2. NÓBREGA, J.C. Mecânica Geral. Vol. Estática. Ed. FEI. S.P. 1980. 8.3. MERIAM, J.L. e KRAIGE, L.G. Engenharia Mecânica. Vol. Estática. Ed. Livro Técnico Científico S.A. 5ª edição. R.J. 2004. 9.- BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 9.1- 9.1. HIBBELER, R.C. Mecânica para Engenharia. Vol. 1. São Paulo. Ed. Pearson Prentice Hall. 10ª edição. 2005. 9.2- GIACAGLIA, G.E.O. Mecânica Geral. Vol. 1. São Paulo. Livraria Nobel S/A. 1976. 9.3- KAMINSKI, P.C. Mecânica Geral para Engenheiros. Ed. Edgard Blücher Ltda. 1ª edição. 2000. S.P. 9.4- FRANÇA, L.N.F. e MATSUMURA, A.Z. Mecânica Geral. Vol. Estática. Ed. Edgard Blücher Ltda. 1ª edição. S.P. 2001. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: ESTÁTICA Módulo 1: Sistema de Forças. Momento Polar e braço do Momento; Teorema de Varignon; Mudança de Pólo; Momento Axial; Binário ou Conjugado, braço do binário, Sistema Força-Conjugado. Estática dos Sólidos. Elementos de Transmissão de Forças e Vínculos; Equilíbrio do Corpo Rígido. Diagrama do Corpo Livre; Estática dos Sistemas de Sólidos. Estruturas de barras. Solicitações Externas e Internas. Estruturas Articuladas. Treliças Isostáticas Planas – Equilíbrio do Nó. Método das Seções e Processo de Ritter. Módulo 2: Centro de Massa - Centróide. Características Geométricas de Figuras Planas. Baricentro. Momento de Inércia. Teorema dos Eixos Paralelos - Teorema de Steiner. Rotação de Eixos. Produtos de Inércia. Eixos Centrais de Inércia. Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 1 SISTEMA DE FORÇAS Força (F) (Nóbrega, 1980) e (Beer and Johnston,1991) “Força não tem definição, é um conceito primitivo ou intuitivo.” “Matematicamente a força éo vetor aplicado (P,F), caracterizado por módulo, direção e sentido (F ), bem como, ponto de aplicação(P).” Unidade de força é Newton (N). Da Geometria Analítica temos: X P F . (equação da reta) onde é um número real qualquer. (França e Matsumura, 2001) “Um conjunto de forças é chamado de um Sistema de Forças. Considerando um sistema de forças (Pi, F i), sendo i de 1 a “n” elementos, chama-se Resultante do sistema ao vetor:” R Fi F F F Fn i n 1 1 2 3 ... Aplicado a um sistema triortogonal de coordenadas, sendo: Fx, Fy, Fz os componentes escalares de R Z Y X o kFzjFyiFxR Unidade de Força N (Newton) Importante: 1kgf = 9,81 N P X F i j k Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 2 Momento Polar. (Mo) (Beer e Johnston, 1995) e (França e Matsumura, 2001) Dada a força (P,F ) e o ponto O (pólo), define-se momento polar ao vetor dado pelo seguinte produto vetorial: FOPM O )( Sentido do momento dado pela regra da mão direita Desenho esquemático: Regra da Mão Direita. Apoiando-se a mão direita fechada no plano definido pela força (P, F ) e o polo O , e abrindo-se a mão de modo que os quatro dedos indiquem o sentido da força (P, F ), o polegar indicará o sentido do Momento Polar Mo. Unidade do Momento: N.m (Newton x metro) Importante: 1 kgf = 9,81 N. Braço do Momento. Seja h a distância do Polo O à linha de ação da força e tomando-se o módulo do momento: senOPFM O Logo: |P - O|.sen = h Portanto: hFM O “Notar que Mo não se altera aplicando a força em qualquer ponto da sua linha de ação; de fato, sendo P e P’dois pontos da linha de ação temos:” h o P F P' M o F O P Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 3 identidade (P - O) = P - P’ + P’ - O Equação do momento: M o = (P-O) F, Logo:. FOPM FOPPP O )'( )'()'( FPP )'( é zero. “Para um sistema de forças quaisquer (Pi, Fi) o momento em relação ao ponto o é o vetor:” Mo Pi O i n Fi ( ) 1 Exemplo 1: (Nóbrega, 1980) Calcular: a) O momento da força (P, F ) relativo ao polo O = (0,0,0) b) O braço do momento h. Sendo F = 2i + 3j 4k (N) P = (2,1,3) m. Exercício 1 (Nóbrega, 1980) Para o sistema abaixo, constituído pelas forças (Pi, F i), calcular: a) A Resultante do Sistema de Forças; b) O momento do sistema relativo ao polo Q = (1, -2, 3) m; c) A reta paralela à Resultante, passando pelo ponto Q. Dados: P1 = (0,1,0) ; F 1=(2,1,0) P2 = (-2,0,1) ; F 2=(1,1,1) P3 = (3,2,1) ; F 3=(2,-2,3) P4 = (2,-1,2) ; F 4=(-3,1,-2) Exemplo 2: (Nóbrega, 1980) Verificar se as forças (P1 ; F 1) = [(-1,0,1) ; (j ,k )] e (P2 ; F 2) = [(-1,1,2) ; (j ,k )] têm a mesma linha de ação, justificar: Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 4 Exercício 2: (Kaminski, 2000) No sistema de vetores indicados na figura, determinar: a) A resultante R. b) O momento polar em relação a o. Sendo: OA OB OC m 3 |F1|= 1 N |F2|=|F3| = 18 N F1 F3 F2 X Y Z o A B C Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 5 Teorema de Varignon: (França e Matsumura, 2001) Ilustração do Livro “La Estructura” Autor: H. Werner Rosenthal “Forças concorrentes são forças que têm linhas de ação concorrentes em um mesmo ponto”. “O momento de um sistema de forças concorrentes, em relação a um pólo O qualquer, é igual ao momento, em relação a O, da resultante do sistema, aplicada no ponto A”. Sejam as forças (F i, A) Mo A O Fi A O Fi i n A O R i n ( ) ( ) ( ) 11 O cálculo do item b do exercício 2, ilustra bem este Teorema. O M o pode ser aplicado como: M o=(C-O)R Mo i j k i jN m 0 0 3 3 3 1 9 9 . Mudança de Polo: (França e Matsumura, 2001) “O momento de um sistema (Fi ; Pi) em geral varia com o polo. Sendo O e O’ dois pólos, tem-se:” M o=(Pi-O) Fi Mo’=(Pi-O’) Fi Subtraindo, membro a membro, as expressões acima: M o’- Mo=(Pi-O’)Fi - (Pi-O)Fi Logo: M o’- Mo=(Pi-O’)-(Pi-O)Fi M o’- Mo=(O-O’) Fi M o’ = Mo+ (O-O’) R M o’- Mo= (O-O’) Fi “chamada FÓRMULA DE MUDANÇA DE POLO” F3 F2 Fn F1 A O Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 6 ...que assim se enuncia: (Nóbrega, 1980) “O momento resultante do sistema em relação a um novo polo (O’) é igual ao momento resultante do sistema em relação ao polo antigo (O) mais o momento da resultante do sistema aplicado no polo antigo, em relação ao novo polo” Dessa fórmula conclui-se: Se R=0 , o momento do sistema independe do polo e o sistema é constituído por um conjunto de binários. Se Mo’=Mo , para qualquer polo o’ então R=0 Se R0 então Mo’=Mo se e somente se (O-O’) for paralelo a R Exercício 3 (Nóbrega, 1980) Dado o sistema de forças abaixo e o polo O, determinar: (unidades no S.I.) a) O momento do sistema relativo a O b) A resultante do sistema de forças; c) O momento do sistema relativo ao polo O’. P1=(0,1,0) ; F 1=(-1,1,0) P2=(2,0,1) ; F 2=(0,2,-3) P3=(3,0,0) ; F 3=(4,-1,1) P4=(2,-1,3) ; F 4=(0,1,2) O = (2,1,1) O’ = (1,-1,1) Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 7 Momento Axial. (Nóbrega, 1980) “Seja uma reta orientada (eixo) passando por O (polo) e u o versor do eixo. A projeção de Mo em u é o momento axial”. uMMu O Teorema. (Nóbrega, 1980) “O momento axial independe do polo tomado sobre o eixo”. Mu = M o x u Mu = (P-O) F x u identidade (P - O) = P - P’ + P’ - O Substituindo a identidade na fórmula anterior, temos: Mu = (P’-O) F x u + (P-P’) F x u = (P-P’) F x u Notar que: P’ e O pertencem ao eixo, logo (P’- O) F x u = 0 Esquema do momento axial: F P P’ O Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 8 “Seja o eixo Ou e a força (P,F) , o vetor F poderá ser decomposto em outros três”. Fa é Força axial (paralela a Ou ) Fr é Força radial (perpendicular a Ou ) Ft é Força transversal (ortogonal a Ou ) F = Fa + Fr + Ft “O momento axial é devido somente ao componente transversal da força”. Mu = (P-P’) F x u = (P-P’) (Fa + Fr + Ft )x u = (P-P’) Ft x u Fa e Fr não “giram”em torno do eixo O u. Logo:tFhMu h = (P - P’) Exemplo 3. (Nóbrega, 1980) Dados: F = 3j - k N. P = (-1,2,3) m Determinar: a) O momento axial de (P, F ) relativo ao eixo X = Q + .K, com Q = (0,1,2) m Desenhar esquema de forças. Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 9 Exercício 4: (P1 - 1º semestre de 2001 - Prof. Damin) Para o sistema de Forças Representado na Figura, sendo as coordenadas do Ponto P = (4,2,2) m, determinar: a) A resultante do sistema de força. b) O momento do sistema relativo ao polo O c) O momento do sistema relativo ao polo Q=(4,0,0)m. d) O momento do sistema em relação ao ponto P As respostas devem ser escritas no Sistema Internacional de Unidades. Solução: X Y Z P F 5 F 1 F 2 F 3 F 4 Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página n.º 10 Exercício 5 P2 -1º semestre de 1999 - Prof. Damin Um carro com problemas mecânicos necessita de uma força de 400 N para ser removido. Para essa remoção foram instalados dois cabos AB e AC, como ilustra a figura abaixo. Sabendo-se que a resultante das duas forças aplicadas em A têm a direção do eixo do carro, Calcule, a tração no cabo AC quando o ângulo = /4 Resumo do Sistema de Forças. Resultante : R É o vetor não aplicado iFR ( sendo i de 1 a “n” elementos) Que não é uma força. Momento Polar :Mo É a somatória dos momentos de cada força, calculados em relação a um mesmo polo O , é a resultante dos momentos. iFOPiM O )( ( sendo i de 1 a “n” elementos). Mudança de Polo: ROOMM OO )'( ' Momento Axial uiFOPiMu )( ( sendo i de 1 a “n” elementos). 30º C B A Unisanta - Mecânica Geral -Prof. Damin - Aula n.º_______Data:___/___/200_ Página n.º 11 SISTEMA DE FORÇAS BINÁRIO OU CONJUGADO (Nóbrega, 1980) (Kaminski, 2000) Forças opostas são aquelas representadas por vetores opostos não possuindo a mesma linha de ação. Ilustração do Livro “La Estructura” Autor: H. Werner Rosenthal Forças diretamente opostas são aquelas representadas por vetores opostos, possuindo a mesma linha de ação. “Binário é um sistema constituído por duas forças opostas (F1 = -F2). Notar que todo binário tem resultante nula.” R = Fi ou seja: R = -F 2 + F 2 “Portanto, o momento de um binário independe do polo”. M o’ = Mo + (O - O’) R Como R = 0 (vetor nulo) M o’ = Mo O momento do binário em relação a um polo O qualquer é dado por: M o = (P1 - O) F1 + (P2 - O) F2 , como F2 = -F1, temos: M o = (P1 - O) F1 + (O - P2) F1 ; Logo: M o = (P1 - P2) F1 ou Mo = (P2 - P1) F2 Notar que o vetor M o, assim obtido, é sempre ortogonal ao plano do binário. Unisanta - Mecânica Geral -Prof. Damin - Aula n.º_______Data:___/___/200_ Página n.º 12 Braço do Binário (Kaminski, 2000) Da figura ao lado, notar que a distância “d” é o braço do binário. M o = (P1 - P2) F1 |M o| = |P1 - P2|.|F 1|.sen ,sendo: d = |P1 - P2|.sen ou d = |M o| / |F 1| (Meriam e Kraige, 1999) “Um conjugado não se altera desde que a intensidade e a direção de seus vetores se mantenham constantes. Conseqüentemente, um dado conjunto não se alterará se os valores de F e d forem alterados de tal forma que o seu produto permaneça inalterado. Da mesma maneira, um conjugado não se altera se as forças forem aplicadas em planos paralelos”. Exemplo 4: (Meriam e Kraige, 1999) “O elemento estrutural rígido é submetido a um conjugado que consiste em duas forças de 100 N. Substitua esse conjugado por um conjugado equivalente que consiste em duas forças P e -P, cada uma com 400 N de intensidade. Determine o ângulo ”. F 2 F 1 M o M o M o 2F -2F Unisanta - Mecânica Geral -Prof. Damin - Aula n.º_______Data:___/___/200_ Página n.º 13 Sistema Força-Conjugado: (decomposição de uma força em uma força e um binário) (Meriam e Kraige, 1999) “O efeito de uma força que atua em um corpo, tem sido descrito em termos da tendência de empurrar ou puxar o corpo na direção da força, e da tendência de promover a rotação do corpo em torno de um eixo que não intercepte a linha de ação dessa força”. “A representação desses dois efeitos pode ser facilitada através da substituição de uma determinada força por uma força idêntica e paralela e por um conjugado que compensará a mudança do momento da força original”. Exemplo 5: (Meriam e Kraige, 1999) Substitua a força horizontal de 80 N, que atua em uma alavanca, por um sistema equivalente constituído de uma força em O e um conjugado. Comprimento da alavanca 9 m. F -F F F F 80N d 60º 9 m Unisanta - Mecânica Geral -Prof. Damin - Aula n.º_______Data:___/___/200_ Página n.º 14 Exercício 6: (Nóbrega, 1980) Substituir o conjugado e a força mostrados abaixo, por uma única força aplicada no ponto D. Localizar D determinando a distância b. D b 60N.m 300N 30º Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 15 ESTÁTICA DOS SÓLIDOS Postulados: (Nóbrega, 1980) 1. Se nenhuma força for aplicada a um sólido em equilíbrio, ele permanece em equilíbrio. 2. Aplicando uma única força a um sólido isolado em equilíbrio, ele não permanece em equilíbrio. 3. Aplicando a um sólido isolado em equilíbrio duas únicas forças não diretamente opostas, o sólido não permanece em equilíbrio. Equilíbrio dos Corpos Rígidos: (Beer e Johnston, 1995 e Kaminski, 2000) “Um corpo (sólido) está em equilíbrio se o sistema de forças atuante pode ser reduzido a um sistema equivalente a zero”. Condição Necessária: R Fi i n 1 Ausência de movimento de translação Mo Pi O Fi i n ( ) 1 Ausência de movimento de rotação 0 R e 0 O M Condições Suficientes: (Nóbrega, 1980) Se a resultante do sistema for diferente de zero e o momento polar for igual a zero, este sistema eqüivale a uma só força, e pelo segundo postulado, o sólido não permanece em equilíbrio. Se a resultante do sistema for igual a zero e momento polar for diferente de zero, este sistema eqüivale a um binário, e pelo terceiro postulado, o sólido não pode permanecer em equilíbrio. Se a resultante do sistema for diferente de zero e não existirem pontos O tais que o momento polar seja zero, o sistema eqüivale a duas forças reversas e o sólido não pode estar em equilíbrio. Para o Sistema Cartesiano: 0 kRzjRyiRxR 0 kMjMyiMxM O Onde; Mx, My e Mz são os momentos axiais dos respectivos eixos. As equações acima são denominadas equações fundamentais da estática Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 16 Corolários do Teorema Fundamental: (Nóbrega, 1980) Primeiro: “Se o sólido está em equilíbrio, o momento das forças aplicadas é zero relativamente a qualquer polo”. Segundo.“Se um sólido está em equilíbrio sujeito somente a duas forças, elas serão diretamente opostas”. Terceiro: “Se um sólido está em equilíbrio sujeito a três forças, estas terão linhas de ação concorrentes num ponto ou serão paralelas”. ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO DE FORÇA (Nóbrega, 1980) Fio: Só suporta tração. Pelo segundo postulado, sabe- se o sentido da força atuante no ponto atado às suas extremidades. O fio ideal não possui peso e é flexível. O fio dotado de peso é chamado de cabo, não sendo estudado neste trabalho. Barra sem peso: T T C C Suporta tração ou compressão. Polia: Tem por finalidade mudar a direção de atuação da força. T T Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 17 Ponto de Contato: No caso de inexistência de atrito, as forças que agem nas superfícies (lisas) de contato de dois sólidos, em relação a um plano imaginário, são perpendiculares às mesmas. A estática do ponto material é caso particular da Estática do Sólido. Exemplo 6: Uma esfera homogênea de 10 N de peso, é sustentada por um fio. Calcular a tração no fio e a reação aplicada pela parede sobre a esfera, sabendo que o ângulo formado pelo fio e a parede vertical é igual a /3. VÍNCULOS Graus de Liberdade: (Kaminski, 2000)(Beer e Johnston, 1995) São o número de parâmetros mínimos necessários para definir completamente a posição de um sistema. Um sistema composto por um corpo rígido no espaço tem seis graus de liberdade, sendo três de translação e três de rotação. “Vínculos são dispositivos colocados em um corpo rígido, cuja função é limitar ou impedir o movimento (translação ou rotação) desse sólido em determinadas direções, ou seja, são restrições aos graus de liberdade”. F F plano imaginário Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 18 TIPOS DE VÍNCULOS Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 19 Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 20 Diagrama do Corpo Livre: (Kaminski, 2000) Para solução de problemas de estática, a primeira etapa, e também uma das principais, é a construção do Diagrama do Corpo Livre. O diagrama consiste em uma representação esquemática mostrando os esforços que agem no Corpo Rígido. Para construir tal diagrama deve-se seguir alguns passos: 1. Isolar o sistema composto por um ou mais sólidos adequados ao estudo em questão. 2. Esquematizar o contorno do corpo com as suas dimensões. 3. Aplicar todas as forças de ação, ou seja, todas as forças e momentos aplicados sobre o sólido devem ser anotados com seus respectivos escalares, direções e pontos de aplicação no Diagrama de Corpo Livre. 4. No lugar dos Vínculos anotar os esforços (reações de apoio) correspondentes, tais como, direção, sentido e ponto de aplicação. Em muitos casos não há como prever o sentido da reação de apoio. Assim adota-se (hipótese para o cálculo das forças vinculares) um sentido qualquer. Ao se obter um escalar com índice negativo, deve-se entendê-lo como sentido invertido (contrário) ao sentido de força correto. Exemplo 7: A figura mostra o pau de carga AB, de comprimento igual a 9 m e peso desprezível, quando comparado com a carga P de 96 kN, aplicada no ponto B. Determinar: a) Intensidade da Tração no fio BC. b) Intensidade da tração no fio BD. c) Intensidade da força aplicada no pau de carga. Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 21 Exercício 7: (P3 - 1º semestre de 1999 - Prof. Damin) Uma força de 100 N é aplicada no suporte ABC, como ilustrado abaixo. Determine as reações vinculares no engastamento em A. 3 m 4 m Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 22 Exemplo 8: Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 23 Exercício 8: (Beer e Johnston, 1995) A barra AB está articulada em A e apoia-se, sem atrito, no ponto de contato em C. Determine as forças externas em A e C quando uma força vertical, com o sentido para baixo, de 170 N é aplicada em B. Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data: ___/____/______ Página n.º 24 Exercício 9: (TP3 do 2º semestre de 1999) A estrutura tubular soldada está apoiada no plano XAY através de uma rótula em A e suportada pelo anel, livremente, em B. Sob a ação da carga de 2 kN, a rotação em torno de uma linha desde A até B é evitada pelo cabo CD, e a estrutura é estável na posição mostrada. O peso da estrutura é desprezível se comparada com a força aplicada, determine: a) A tração no cabo. b) As reações de apoio no anel. c) As reações de apoio na articulação. T XB ZB YA ZA XA Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 34 ESTÁTICA DO SISTEMA DE SÓLIDOS. (Nóbrega, 1980) Definições. Ao sistema de sólidos denomina-se estrutura cuja finalidade é suportar ou transferir forças. Forças Internas. São aquelas em que a ação e reação, pertencem ao sistema. Forças Externas. • Quando a ação (ou reação) não pertencem ao sistema. • Para o cálculo das forças externas, o sistema pode ser considerado como um só corpo rígido, aplicando-lhe, então, as equações da Estática, a esta altura ele pode se apresentar hiperestático (n.º de incógnitas > n.º de equações). • Para o cálculo das forças internas, a estrutura é desmembrada e as equações da Estática são aplicadas a cada membro. Na passagem de um membro para outro deve ser observado cuidadosamente o Princípio da ação e reação, aqui o sistema todo pode se tornar isostático (n.º de incógnitas = n.º de equações). É conveniente começar o cálculo pela parte da qual se conheça o maior número de forças. Exemplo 9: (Nóbrega, 1980) Determinar as forças em cada barra. As barras, o fio e a polia são de pesos desprezíveis. Apoios C e B do tipo articulação. Solução: PP AA DDEE aa a CC BB a Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 35 Exemplo 10: (Merian e Kraig, 1999 - e - TP3 2º semestre de 1999) A estrutura desenhada abaixo é plana e suporta as cargas de 30 lb e 50 lb, observe que todas as dimensões lineares estão em polegadas, despreze o peso do pórtico e calcule as forças que atuam em todos os elementos da estrutura: Solução: Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 36 Exercício 10: Determine a força na barra BD e a reação vincular em C, sendo os apoios D e C articulações. Desenhe o Diagrama de Corpo Livre 60 kg60 kg BB DD CC AA 15 cm30 cm 20 cm AA 2 0 cm BB DD CC 15 cm30 cm Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data___/____/______ Página nº 37 Exercício 11 Determine as reações externas e as forças que atuam em cada barra. As barras têm pesos desprezíveis. EE 2 m BB DD CC 4 m 2 m 2 m 2 m AA 20 N 10 N Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 38 TRELIÇAS (Nóbrega, 1980) Treliça é a estrutura rígida formada por barras articuladas nas extremidades (nós). Treliças Simples. • No plano, são formadas a partir de um triângulo, adicionando-se duas barras para cada nó. • No espaço são formadas a partir de um tetraedro, adicionando-se três barras para cada nó. • Resolver uma treliça é determinar os esforços em cada barra. • Após a determinação dos esforços externos (reações vinculares ou de apoios) considerando a treliça como um sólido, calculam-se os esforços internos, em cada barra. Estaticidade: (Moliterno, 1995) Pelo exposto anteriormente. uma treliça plana pode sempre ser formada partindo de 3 barras articuladas nas suas extremidades, e, adicionando-se a estas. duas novas barras para cada nova articulação. Seja a Figura acima, admitindo o triângulo A com os nós ou vértices I, II e III, formado pelas barras 1. 2 e 3. Adicionando as barras 4 e 5. temos o triângulo B e a articulação ou nó IV, Do mesmo modo, adicionando as barras 6 e 7. temos o triângulo C e a articulação ou nó V. Procedendo nessa sucessão. formamos a treliça da Figura. Durante essa formação, observamos que são necessários 3 barras para os 3 primeiros nós, e cada nó seguinte mais duas barras. "Uma vez que este processo pode ser estendido indefinidamente, concluímos também que uma treliça plana pode sempre ser formada. partindo de 3 barras articuladas uma as outras nas suas extremidades. e, adicionadas a estas, duas novas barras, para cada nova articulação.'' Nessas Condições: Sendo b o número de barras (lados dos triângulos) e n número de nós (vértices dos triângulos) Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 39 Na formação da treliça temos: 3 barras = 3 nós triângulo A 5 barras = 4 nós triângulo A+B 7 barras = 5 nós triângulo A+B+C 11 barras = 7 nós treliça Exprimindo-se matematicamente, temos: ( ) 32 623 323 −×= −×+= −×+= nb nb nb Treliças Hipostáticas (Moliterno, 1995) Há também um caso que a treliça satisfaz a relação b = 2n - 3, mas é estaticamente indeterminada, pela falta de um painel triangular, portanto falha no esquema (desenho abaixo) torna-se hipostática. Métodos de Cálculo: Método dos Nós. Impõe-se o equilíbrio de cada nó, como é feito na Estática do Ponto, partindo-se do nó com menos incógnitas e passa-se ao nó seguinte através da barra pelo princípio da Ação e Reação. Para n nós, aplica-se o método (n-1) vezes. Este método é útil quando as barras não têm peso e não estão sujeitas à forças não entre as extremidades, pois nestes casos as forças suportadas pelas barras estão ao longo das mesmas. 17 =2 x 10 - 3 = 17 19 =2 x 11 - 3 = 19 Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 40 Método das Barras. Impõe-se o equilíbrio de cada barra e através das equações da Estática, determinam-se as forças nos nós. É o que deve ser aplicado quando a barra estiver sujeita à forças não axiais entre as extremidades ou a momentos. Para uma treliça no plano de n nós, sujeita à forças externas aplicadas somente nos nós, temos: 2n = b + 3 No espaço a relação se modifica para: 3n = b + 3 Método das Seções. (Moliterno, 1992 e Merian and Kraige, 1999) É outro método, derivado do método das barras, que consiste em: • Determinar as reações vinculares (apoios) da treliça e efetuar um corte que passe por 3 barras desconhecidas. • Admite-se que todas as barras sejam solicitadas à tração; assim, as barras submetidas à tração são positivas e as submetidas à compressão são negativas. • Calcular a soma das forças verticais e horizontais e a soma dos momentos das forças exteriores e nas barras em relação ao ponto de interseção de 2 (duas) forças desconhecidas. Impor condição de equilíbrio nas equações, ou seja, somatória nula. Exemplo 11: (Gieck, 1979) - Método das Seções: Processo de “Ritter”. Calcular a força na barra U2, da treliça desenhada abaixo: Efetuar corte X-X pelas barras O2 - D2 - U2. Escolher o Ponto C (ponto de interseção) das barras O2 e D2, como ponto de referência para cálculo dos momentos; assim, os momentos das forças das barras O2 e D2 são nulos. Solução: ΣΣΣΣ Mc = 0 + a.Fu2 + b.F2 - c.(FA - F1) = 0 Logo: Fu2 = {-b.F2 + c.(FA - F1)}/ a U1 D1 O1 U2 D2 O2 FB FA F5 F4 F3 F2 F1 c b C X X a Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 41 Análise das Forças nas Barras: As barras que constituem a estrutura, assim como, os nós, são submetidos a forças de tração e compressão. Dessa forma, quando se diz, que a força “traciona” a barra o mesmo acontece com o nó (Princípio da Ação e Reação). Observe os esquemas abaixo: Ilustrações do Livro La Estructura de H. Werner Rosenthal - Editora Blume. Espanha. 1975. Na primeira figura (esquerda) os nós estão sendo tracionados, logo a barra é tracionada. Na figura à direita os nós são comprimidos, portanto, a barra á comprimida. Na figura isolada (central) os nós são tracionados = barra tracionada. Exemplo 12: Calcular a Força em cada barra da treliça. Todas as barras têm comprimento igual a 1,5 m. 6 kN 4 kN Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 42 Exercício 12: Determine a força aplicada em cada elemento da treliça mostrada abaixo, e as reações vinculares em A e B, respectivamente apoio simples móvel (bilateral) e apoio fixo (articulação). 30º 2 kN BA 2m 2m 2m 1ª Lista de Exercícios de Mecânica Geral - Unisanta 0328 PROFESSORES: DAMIN- e FREITAS. Todos as hipóteses e justificativas devem ser apresentados na solução de cada exercício. Primeira Lista de Exercícios. 1.- Sabendo que em A atua uma força paralela ao eixo X, com sentido positivo e de módulo 4 N e que em B atua uma força paralela ao eixo Y, com sentido positivo e módulo 3 N. As coordenadas dos pontos A e B são, respectivamente, (-2,4,0) e (4,-6,0). Determine o momento resultante em relação à origem do sistema de coordenadas, e os momentos resultantes em relação aos eixos OX, OY, OZ. 2.- Sendo a força F= 2i - j + k (N) aplicada no ponto P=(1,-1,0)m. Determine o momento axial em relação ao eixo e ao qual pertencem o ponto Q=(-1,0,-1)m e tem direção paralela ao vetor força F1=(2,2,1) (N), calcule também o vetor componente de F na direção paralela ao eixo e. 3.- Observe a figura abaixo e determine: a) A força que pode substituir as duas forças aplicadas nos grifos e sua posição no esquema estrutural, de tal forma que, o sistema fique em equilíbrio. Autor: Meriam e Kraige, 1999. B A Origem 4.- Uma força de 200 N é aplicada na manete da alavanca, na direção mostrada. O mancal A é de escora e suporta também força axial (na direção longitudinal do eixo), enquanto o mancal B é radial e suporta carga radial (carga perpendicular ao eixo). Determine: a) A massa m que pode ser sustentada. b) As forças exercidas nos mancais. Suponha que nenhum mancal é capaz de suportar um momento em torno da linha perpendicular ao eixo.Autor: Meriam e Kraige, 1999. F1 F2 F3 p 5.- Cada uma das hélices de um navio de dois eixos desenvolve, em rotação plena, um empuxo (F) de 300 kN. Durante uma manobra do navio, um eixo é colocado em rotação plena para frente, enquanto outro é colocado em rotação plena no sentido inverso. Qual a força “P” que cada rebocador deve exercer na lateral do navio, para se opor ao efeito de rotação do navio provocado pelas hélices? Meriam e Kraige, 1999 – pág. 35. 6.- Determine a força P exercida pelo homem no fio para manter o caixote na posição mostrada na figura abaixo. Encontre, também, a tração T no fio superior (anterior à posição do gancho). adotar g=10m/s2 Baseado em Meriam e Kraige, 1999. 7.- Três cabos estão atados em "A", onde são aplicadas as forças P e Q, como mostra a figura. Sabendo que Q = 7,28kN e que a tração no cabo AD é zero, determinar: a-) O módulo e sentido de P. b-) A tração nos cabos AB e AC. A= B= y C= 7m D= 7m C E= B A 4m P 3m D Q z 4m 3m 12m 4m x E 8.- A lança do guindaste mostrado na figura está sujeita à ação de três forças coplanares. Substituir esse carregamento por uma força resultante equivalente, em coordenadas espaciais. Determinar onde a linha de ação intercepta a coluna AB e o braço BC. Y 3m 5m 3m B C 5 6m 4 3 250kN 175kN 60kN 5m X A Hibbeler, exercício resolvido na edição de 1999. 9.- A barra prismática e homogênea da figura, pesando 240N é mantida em "B" por uma articulação e em C pelo fio CD, onde C é o ponto médio da barra. Sabendo-se que a extremidade "A" da barra se apóia sobre a parede vertical lisa, determinar a tração no fio e as reações em A e em B. Z D 1,8m A C O B Y 2,4m 4m X 10.- As conexões em A, B,C, D são rótulas. Desprezando o peso dos membros, encontre a compressão P nas pernas BD e CD e a intensidade da Força em A. Exercício de Prova em 2006. Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 43 CENTRO DE MASSA - CENTRÓIDE. Beer e Johnston, 1995 Consideremos, como na figura abaixo, uma placa horizontal. Podemos dividir essa placa em i pequenos elementos. As coordenadas do primeiro elemento são denominadas x1 e y1, as do segundo elemento x2 e y2 etc. Sobre cada elemento age a ação da gravidade, obtemos assim as forças peso ∆P1, ∆P2 e ∆Pi, respectivamente. Essas forças estão orientadas em direção ao centro da terra; porém, para todas finalidades práticas, elas podem ser consideradas paralelas. Sua resultante é uma única força na mesma direção. O módulo P dessa força é obtido pela adição dos módulos dos pesos elementares. ΣFz → P = ∆P1+∆P2+...∆Pi ou seja: ΣΣFz →→ P = ∫∫dp PPZ X Y GG x yo PiPiZ X Y xi yio Momento Axial no eixo Y: ΣΣMy = x.P = ΣΣxi.∆∆Pi Momento Axial no eixo X: ΣΣMx = y.P = ΣΣyi.∆∆Pi Para obtermos as coordenadas do ponto G (baricentro), onde a força P deve ser aplicada, temos: ΣΣMy = xg.P = x1.∆∆P1 + x2.∆∆P2 + xi.∆∆Pi ΣΣMx = yg.P = y1.∆∆P1 + y2.∆∆P2 + yi.∆∆Pi Logo G, tem as coordenadas xg e yg, que são obtidas da forma: G = (xg ; yg ) xg = ∫∫xdp/∫∫dp yg = ∫∫ydp/∫∫dp Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 44 Exemplo 13: Uma laje de 5 x 7,5 m suporta cinco colunas que exercem sobre ela as forças indicadas na figura abaixo. Determine o módulo e o ponto de aplicação da única força equivalente às forças dadas 1 m 4 m 2 m 2,5 m 0,5 m 1,5 m 0,5 m 4 N 3 N 7,5 N 6 N 3,5 N Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 45 Baricentro - Centro De Gravidade de Figuras Planas: Analogamente podemos usar o mesmo raciocínio para superfícies planas. Trocando a força aplicada pela área, temos: (Murat, S.D.) Nomenclatura utilizada: (A.B.N.T.) Baricentro ou centro de gravidade = G. Eixos baricêntricos = XG e YG. Momentos Estáticos = Msx e Msy. Pontos do baricentro = xg e yg. Área da Figura Plana = A Admitindo a figura plana (acima) posicionada em relação a um par de eixos de referência (X e Y), pode-se definir seu baricentro, de coordenadas (x ; y), como sendo o único ponto da figura plana, que obedece simultaneamente a duas condições: xg = Msy/A yg = Msx/A Da definição acima, pode-se concluir, qualquer que seja a figura plana: Msy = xg.A Msx = yg.A Se a figura plana for composta por diversas figuras básicas, o resultado dos momentos estáticos são a soma algébrica dos momentos das figuras componentes, bem como, a área total da figura composta é a soma das áreas das figuras componentes. yg = yg1.A1+ yg2.A2+ ygi.Ai+ /A1+ A2+ Ai xg = xg1.A1+ xg2.A2+ xgi.Ai+ /A1+ A2+ Ai Nessas condições, qualquer que seja a figura plana, o cálculo de G = (xg ; yg), será: yg = ΣΣMsx(i)/ΣΣA(i) xg = ΣΣMsy(i)/ΣΣA(i) A dx dy dA=dx.dyxgi ygi Y XO Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 46 Demonstração, pela definição, do Cálculo do Baricentro: Para um Triângulo: Seja o triângulo retângulo, representado na figura ao lado Calcularemos sua área e momento estático, bem como, seu baricentro. A variação da figura em relação aos eixos serão: 0 < X < b - b.y/a 0 < Y < a Cálculo da Área: Área = ∫∫∫∫dx.dy = ∫∫dx. ∫∫dy = ∫∫(b - b.y/a)dy = b.∫∫dy - ∫∫b.y.dy/a = b.y(0 →→ a) - b.y2/2.a(0 →→ a) Área = b.a - b.a/2 = Área = b.a/2 Da definição de Momento Estático temos: Msy = ∫∫( A) x.dA Msx= ∫∫( A) y.dA Logo, os pontos de baricentro serão: G = (xg , yg). xg = Msy/A = (2/b.a)∫∫x.dx.dy = (2/b.a)∫x.dx.∫dy = (2/b.a)∫ (b-b.y/a)2/2.dy xg = (2/b.a)∫ (b2-2.b2.y/a +(b.y/2)2)/2.dy = (b2.a - b2.a + b2.a/3)/b.a = b2.a/3.b.a = xg = b/3 yg = Msx/A = (2/b.a)∫∫y.dy.dx = (2/b.a)∫dx.∫y.dy = (2/b.a)∫(b.y - b.y2/a).dy yg = (2/b.a).[(b.y2/2) - (b.y3/3.a)]0→a = (2/b.a).[(b.a2/2) - (b.a3/3.a)] = yg = (2.b.a2/2.b.a) - (b.a2.2/3.b.a) = a - 2.a/3 yg = a/3 Y b a dx dy X Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 47 BARICENTROS DE ALGUMAS FIGURAS BÁSICAS Figuras Áreas Baricentros Retângulo A = B.H G = (B/2 ; H/2) Triângulo Retângulo A = (B.H)/2 G = (B/3 ; H/3) Quarto de Círculo A = (pipi.R2)/4 G = (4.R/3.pipi ; 4.R/3.pipi) Semi Círculo A = (pipi.R2)/2 G = (0 ; 4.R/3.pipi) Círculo A = pipi.R2 G = (0 ; 0) (Miranda,2000) Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 48 Determinar o Baricentro das seguintes Figuras Compostas: (Almeida, 1993). Exemplo 14: (Resolvido) Baricentro: Área da figura composta = 28,27 +(13,5).2 = 55,27 cm2 ou 55,27 x 10-4 m2. G da figura composta: xg = 28,27.(-8/pi) + (13,5).(3).2/ 55,27 = 0,16 cm ou 0,16 x 10-2 m yg = 28,27.(8/pi) + 13,5.(4) + 13,5.(2)/ 55,27 = 2,77 x 10-2 m ou 2,77 cm Preliminares: Separar a figura principal (composta) em figuras planas simples. Calcular as áreas e posição dos baricentros de cada figuras em relação aos eixos de referência X e Y da figura principal. Quarto de Círculo: Área = pi.R2/4 = 28,27 x 10-4 m2 ou 28,27 cm2 xg = -4.R/3.pi = -8/pi yg = 4.R/3.pi = 8/pi Triângulo Superior: Área = B.H/2 = 9.3/2 = 13,5 cm2 xg = B/3 = 3 x 10-2 m ou 3 cm yg = (H/3) + 3 = (3/3) + 3 = 4 cm. Triângulo Inferior: Área = 13,5 cm2 ou 13,5 x 10-4 m2 xg = 3 cm yg = 2.H/3 = 2.3/3 = 2 cm 0u 2 x 10-2 m Exercício 13: (Resolver em Aula) Baricentro: Preliminares: Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____- Data ___/____/______ Página nº 49 Exercícios Propostos: (Para estudo). Calcular, para as figuras planas compostas abaixo, o baricentro posicionando os eixos nas figuras: Exercício 14: Resposta: G = (-0,69; 1,37) x 10-2 m Exercício 15: Resposta: G = (1,5; -1,91) cm Exercício 16: Resposta: G = (-0,137; -1,137) cm Exercício 17: Resposta: G = (1,53; 1,24) x 10-2 m Exercício 14:: Exercício 15: (Almeida, 1993) Exercício 16: Exercício 17: (Murat, S.D.) Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º ________ Data : _____/____/_____ Página nº 50 Momento De Inércia De Uma Figura Plana Definição: (Murat, S.D.) Seja uma figura plana qualquer, posicionada em relação a um par de eixos de referência. Define- se: dIx = y2.da dIy = x2.da Considerado momento de 2ª ordem, momento de 1ª ordem é o estático. Aplicando-se as definições acima para todos os da, e somando-os temos: Ix = (A) y2.da Iy = (A) x2.da Pela análise dimensional dessas definições, teremos como unidades para o MOMENTO DE INÉRCIA: m4, cm4, pol4, etc. Será adotada a unidade de m4 (metro a quarta). Exercício Aplicativo para Cálculo do Momento Inércia: Aplicar as definições acima para o Retângulo, posicionado em relação aos eixos, nas seguintes situações: Situação 1: Situação 2: Cálculo: Ix = (A) y2.da sendo da=B.dy Ix = (A) y2.B.dy Ix = B.(y3/3)0H Ix = (B.H3)/3 Logo: Iy = (H.B3)/3 Cálculo: Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º ________ Data : _____/____/_____ Página nº 51 Considerações: Apesar de ser usado um par de eixos de referência (X e Y), o cálculo do Momento de Inércia (Ieixo) é feito em relação a cada um deles separadamente, Podendo os eixos serem quaisquer ou baricêntricos. De acordo com a distribuição da área da figura plana ao redor do eixo de referência, o Momento de Inércia sempre resultará um número positivo. Se, o eixo de referência for um eixo de simetria, o eixo será baricêntrico. O inverso não é verdadeiro. À medida que o eixo de referência se afasta do baricentro da figura plana, o resultado do momento de inércia, em relação ao eixo de referência, aumenta. Nomenclatura Utilizada: Baricentro = G Coordenadas de baricentro = xg e yg Eixos de Referência = X e Y Eixos baricêntricos = XG e YG Momentos de Inércia para os eixos de referência = IX e IY Momentos de Inércia para os eixos baricêntricos = IXG e IYG Área da figura plana = A Área infinitesimal = dA Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º ________ Data : _____/____/_____ Página nº 52 MOMENTOS DE INÉRCIA DAS FIGURAS BÁSICAS Figuras Áreas Mom. de Inércia Retângulo A = B.H Ix = B.H3/3 Iy = H.B3/3 Ixg = B.H3/12 Iyg = H.B3/12 Triângulo Retângulo A = (B.H)/2 Ix = B.H3/12 Iy = H.B3/12 Ixg = B.H3/36 Iyg = H.B3/36 Quarto de Círculo A = (.R2)/4 Ix = .R4/16 Iy = .R4/16 Iyg = Ixg = Ix - A.(yg)2 Iyg = Ixg = 0,055.R4 Semi Círculo A = (.R2)/2 Ix = .R4/8 Iyg = Iy = .R4/8 Ixg = Ix - A.(yg)2 Ixg = 0,1098.R4 Círculo A = .R2 Iyg = Ixg = Ix = Iy Ixg = .R4/4 (Miranda, 2000) Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º ________ Data : _____/____/_____ Página nº 53 TEOREMA DE STEINER Teorema da Translação de Eixos Definição:(Murat, S.D.) O momento de Inércia de uma Figura plana, em relação a um eixo qualquer, é igual à soma do momento de inércia da figura, em relação ao seu eixo baricêntrico paralelo ao eixo qualquer, com o produto da distância ao quadrado entre os eixos, pela área da figura. I = I + d2.Afig Demonstração: Utilizaremos os resultados obtidos no cálculo do momento de inércia do retângulo para demonstrarmos este teorema: Ou seja: IX - IXG = ? Solução: Ix = B.H3/3 Ixg = B.H3/12 Logo: [B.H3/3] - [B.H3/12] = [(4B.H3) - (B.H3)]/12 Desta Forma: IX - IXG = B.H3/4 Reparar que, o valor encontrado pode ser decomposto em: B.H3/4 = (H2/4).( B.H) B.H3/4 = (yg)2.( A) Analogamente: IX = IXG + (yg)2.( A) IY = IYG + (xg)2.( A) Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º ________ Data : _____/____/_____ Página nº 54 Determinar os Momentos de Inércia das seguintes Figuras Compostas: (P1 - 1º semestre, 1998) Exemplo 15: Resposta: IX ; IY ; IXG ; IYG Exemplo 16: Resposta: IX ; IY ; IXG ; IYG 9 cm 3 cm 2 cm 7 cm 3 cm Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º ________ Data : _____/____/_____ Página nº 55 Determinar os Momentos de Inércia das seguintes Figuras Compostas: Exemplo 17: Da aula anterior temos: Área da Figura 1 (4º círculo) = 28,27 cm2 Área da Figura 2 (triângulo) = 13,5 cm2. Coordenada yg2 = 4 cm Área da Figura 3 (triângulo) = 13,5 cm2. Coordenada yg3 = 2 cm Coordenadas do Baricentro: G = (xg ; yg) G = (0,16 ; 2,77) cm. Área da Figura Total (AT)= 55,27 cm2. Resposta: Cálculo de IX: IX = IX1 + [IXG2 + A2.(yg2)2] + [IXG3 + A3.(yg3)2] = IX = .(6)4/16 + [9.(3)3/36 + 13,5.(4)2] + [9.(3)3/36 + 13,5.(2)2] = 537,97 cm4. Cálculo de IXG (aplicando Steiner), temos: IXG = IX - AT.(yg)2 = IXG = 537,97 - 55,27.(2,77)2 = 113,89 cm4. Cálculo de IY: (as figuras tocam o eixo Y) IY = IY1 + IY2 + IY3 = IY = .(6)4/16 + 3.(9)3/12 + 3.(9)3/12 = IY = 618, 96 cm4. Cálculo de IYG (aplicando Steiner), temos: IYG = IY - AT.(xg)2 = IYG = 618, 96 - 55,27.(0,16)2 = IYG = 617, 54 cm4. Exemplo 18 Resposta: 3 2 1 Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º ________ Data : _____/____/_____ Página nº 56 Exercício 18: Calcular, para a figura plana abaixo, o Baricentro e os Momentos de Inércia para os eixos de referência (X eY), bem como, para os eixos baricêntricos. Posicionar o Ponto de Baricentro (G) na figura, indicando suas coordenadas no desenho e a posição dos eixos baricêntricos. Utilizar as unidades no Sistema Internacional. Solução: 3 x 10-2 m 5 x 10-2 m X Y Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 57 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS FIGURAS PLANAS. Produto de Inércia de uma Figura Plana, em relação a Eixos de Referências: Definição:(Murat, S.D.) Seja uma figura plana qualquer(fig.1), posicionada em relação a um par de eixos de referência. Define-se: dIxy = x.y.da Aplicando-se as definições acima para todos os da, e somando-os temos: Ixy = (A) x.y.da Pela análise dimensional dessas definições, teremos como unidades para o PRODUTO DE INÉRCIA : m4, cm4, pol4, etc. Será adotada a unidade de m4 (metro a quarta). Exercício Aplicativo para Cáculo de Produto de Inércia: Aplicar as definições acima para o Retângulo, posicionado em relação aos eixos, nas seguintes situações: Situação 1: Situação 2: Cálculo: da = dx.dy dIxy = x.y.da Ixy = (A)x.y.da Integrando a equação, fica: Ixy = (A)x.dx. (A)y.dy Ixy = (x2/2)0B. (y2/2)0H Logo: Ixy = (B2. H2)/4 Cálculo: Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 58 Considerações: O Produto de Inércia é calculado simultaneamente em relação ao par de eixos de referência. De acordo com a distribuição da área da figura plana ao redor dos eixos de referência, o Produto de Inércia poderá resultar em um número positivo, negativo ou nulo. O Teorema de Steiner também é válido para o Produto de Inércia. Se, pelo menosum eixo de referência for eixo de simetria, o Produto de Inércia resultará nulo. O resultado do Produto de Inércia de uma figura composta, em relação a um par de eixos, é igual à soma dos Produtos de Inércia das Figuras Planas, componentes da figura composta, em relação ao mesmo par de eixos. Nomenclatura utilizada: (A.B.N.T.) Baricentro ou centro de gravidade = G. Eixos de referência = X e Y. Eixos baricêntricos = XG e YG. Produtos de Inércia = Ixy e Ixgyg. Pontos do baricentro = xg e yg. Área da Figura Plana = A Teorema de Steiner Aplicado ao Produto de Inércia: (Murat, S.D.) Admitindo a figura plana (fig.1) posicionada em relação a um par de eixos de referência (X e Y), pode-se definir seu Produto de Inércia, de coordenadas (x ; y), como sendo que, obedece simultaneamente a duas condições: Ixy = Ixgyg+A.(x.y) Ixgyg = Ixy -A.(x.y) Da definição acima, pode-se concluir, qualquer que seja a figura plana: Ixy = Ixgyg+A.(xg.yg) Se a figura plana for composta por diversas figuras básicas, o resultado do Produto de Inércia será a soma algébrica dos Produtos de Inércia das figuras componentes: Ixy = Ixy1 + Ixy2 + Ixy3 +...........+ Ixyn Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 59 Referência de Sinais para Produtos de Inércia: (Murat, S.D.) 1º e 3º quadrantesIxy > 0 2º e 4º quadrantesIxy < 0 Veja no desenho esquemático abaixo, notar a posição dos pontos (x ; y) em relação a origem do sistema de eixos. Y - x x y y 0 X -y -y -x x Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 60 PRODUTOS DE INÉRCIA DE ALGUMAS FIGURAS BÁSICAS Figuras Áreas Produto de Inércia Retângulo A = B.H Ixgyg = zero Ixy = B2.H2/4 Triângulo Retângulo A = (B.H)/2 Ixgyg = - B2.H2/72 Ixy = B2.H2/24 Quarto de Círculo A = (.R2)/4 Ixgyg = - 0,0165.R4 Ixy = R4/8 Semi Círculo A = (.R2)/2 Ixgyg = zero Ixy = zero Círculo A = .R2 Ixgyg = zero Ixy = zero (Miranda, 2000) Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º_____ - Data ___/____/______ Página nº 61 Exercícios e Exemplos: Determinar, os momentos de inércia em relação aos Eixos Baricêntricos, bem como, os Produtos de Inércia em relação aos Eixos Baricêntricos, das seguintes figuras: Exemplo 19: Resposta: G = ( -4,12 cm ; 1,35 cm) Ixg = 8,41 cm4 e Iyg = 14,68 cm4 Ixgyg = -3,35 x 10-8 m4 Exercício 19: Resposta: G = ( 2,5566 cm ; 6,6886 cm) Ixg = 327,97 cm4 e Iyg = 97,71 cm4 Ixgyg = 103,09 x 10-8 m4 3x10-2m 3x10-2m Y X 6 cm 3 cm 3 cm Y Y Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 62 CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS FIGURAS PLANAS. Rotação de Eixos (Nóbrega, 1980)(Almeida,1993) Determinemos os momentos e produtos de inércia em relação a novos eixos rodados OU e OV, aos momentos e produtos de inércia em relação aos eixos primitivos OX e OY e o ângulo de giro . Da figura temos: u = x.cos + y.sen v = -x.sen + y.cos O momento de inércia em relação ao eixo OU é: IU = v2dA Substituindo a equação da coordenada v em IU, temos: IU = (-x.sen + y.cos)2.dA portanto: IU = cos2.y2.dA +sen2.x2.dA - 2.sen.cos.x.y.dA onde: IU = Ix. cos2 + Iy. sen2 - 2.sen.cos.Ixy lembrar que: sen2 = 2.sen.cos Logo: IU = Ix. cos2 + Iy. sen2 - sen2.Ixy Analogamente: IV = Ix. sen2 + Iy. cos2 + sen2.Ixy O cálculo do Produto de Inércia IUV, será: IUV = (Ix - Iy).sen.cos +Ixy.cos2. Simplificando a equação: IUV = (Ix - Iy).sen2/2 +Ixy.cos2. Somando as equações IU e IV temos: IU + IV = Ix + Iy Válido também para os eixos baricêntricos. Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 63 Exemplo 20: (Prova RM1, 1997) Calcule o momento de inércia em relação ao eixo A (IA). Resposta: IA = 92,44x10-8 m4 Exercício 20: (Lista de mecânica geral, 1998) Calcular o momento de inércia para o eixo AA da figura: Resposta: Ix = 28,33 cm4 Iy = 200,21 cm4 Ixy = -64,14 cm4 IA = 101,34 cm4 120º 3 cm 3 cm 45º Y X 6 x 10-2 m Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 64 Eixos Centrais de Inércia (Demonstração) (Nóbrega, 1980) Da equação da rotação de eixos IU, utilizaremos para os eixos baricêntricos: IU = Ixg.cos2 + Iyg.sen2 - Ixgyg.sen2 Das relações trigonométricas sen2 = (1 - cos2)/2 e cos2 = (1 + cos2)/2 A equação de IU transforma-se: IU = {(Ixg +Iyg)/2} + {[(Ixg - Iyg).cos2]/2} - Ixgyg.sen2 Eixos Centrais de Inércia são eixos em relação ao quais os momentos de inércia são máximos e mínimos (momentos principais de inércia). Aplicando a derivada em função de , determinaremos os extremos. dIU/d = (Iyg - Ixg).sen2 - 2.Ixgyg.cos2 = 0 onde: tg2 = 2.Ixgyg/(Iyg-Ixg) Dessa equação de obtêm: 22 - 21 = e 2 - 1 = /2 Portanto duas direções perpendiculares entre si. Substituindo a equação de tg2 na equação de IU obtêm-se os valores extremos: I = [(Ixg + Iyg)/2] + [(Ixg - Iyg).cos2/2] - [(2.Ixgyg.cos2)/(Iyg - Ixg)] onde: I = [(Ixg + Iyg)/2] - {[(Ixg - Iyg)2 + 4.Ixgyg2]/2.(Iyg - Ixg)}.cos2 mas: cos2 = 1/(1+tg2)1/2 = (Iyg-Ixg)/[(Iyg-Ixg)2+4.Ixgyg2]1/2 Substituindo na equação anterior: I = [(Ixg+Iyg)/2]{[(Ixg-Iyg)2+4.Ixgyg2]/2.[(Iyg-Ixg)2+4.Ixgyg2]1/2 Logo: I (máx.) = [(Ixg+Iyg)/2]+{[(Ixg-Iyg)/2]2+Ixgyg2}1/2 I (mín.) = [(Ixg+Iyg)/2]-{[(Ixg-Iyg)/2]2+Ixgyg2}1/2 Para as direções principais têm-se, substituindo a equação de tg2 na equação de IUV: IUV = {[(Ixg-Iyg)/2].[2.Ixgyg/(Iyg-Ixg)].cos2}+Ixgyg.cos2 Logo: IUV = zero Portanto, em relação aos eixos principais, o produto de inércia é nulo, ou seja, os eixos principais são tais que resulta o produto de inércia o valor zero. Sendo assim, todo eixo de simetria ser eixo principal de inércia; a recíproca não é verdadeira. Logo: Imáx+Imín = Ixg+Iyg Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 65 Eixos Centrais de Inércia (formulário) Dada a figura plana: (Murat, S.D.) O Momento de Inércia Iu , ver definição no capítulo Rotação de Eixos, é variável em função de , atingindo um valor máximo I1 e mínimo I2, para 1 e 2 respectivamente. Como demonstrado anteriormente, apresentaremos os valores dos Momentos de Inércia I1 e I2 e a posição em relação ao eixo baricêntrico XG, calculados da seguinte forma: I1 = IXG + IYG + (IXG - IYG) 2 + (IXGYG)2 2 4 I2 = IXG + IYG - (IXG - IYG) 2 + (IXGYG)2 2 4 Posição dos Eixos Centrais 1 e 2 : tg1 = IXG - I1 1 = arctg IXG - I1 IXGYG IXGYG tg2 = IXG - I2 2 = arctg IXG - I2 IXGYG IXGYG XG Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 66 Relações Importantes: I1 + I2 = IXG + IYG 2 + 1 = 90º Sendo esta somatória em módulo, porque, ora 1 ou 2 pode ser negativo I1,2 = Zero (0) O Produto de Inércia dos Eixos Centrais de Inércia será Zero. 2 1 XG 21 Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 67 Exercício 21: ( P1 - 1º semestre, 1998) A figura abaixo representa uma chapa de aço de apoio de uma coluna. Calcular, os momentos de máxima e mínima inércia. São conhecidos: a) O diâmetro dos círculos são de 1” = 2,54 x 10-2 m. b) A medida de c = 5 x 10-2 m. • As respostas devem ser escritas no Sistema Internacional de Unidades. Cálculo do Ponto de Baricentro: G = ( 0 ; 15 x 10-2) m Cálculo da Área da figura: A = 579,73 x 10-4 m². Cálculo do Produto de Inércia Ixgyg: Ixgyg = 0 (zero). Cálculo de Ixg: Ixg = 42.964,998 x 10-8 m4 Importante Ixg é igual ao Momento Máximo de Inércia I1 Visto que, 1 = 0 (zero) e 2 = 90º Logo Iyg é igual ao Momento Mínimo de Inércia I2 Cálculo de Iyg: Iyg = 19.485,12 x 10-8 m4 c c 5 x 10-2 m 5 x 10-2 m 20 x 10-2 m c c Y X Unisanta - Mecânica Geral - Prof. Damin - Aula n.º _____ - Data ___/____/______ Página nº 68 Exemplo 21: (Almeida, 1993) Calcular os momentos de máxima e mínima inércia da figura abaixo, posicione estes eixos. 3 cm Y X 3 cm 9 cm 9 cm
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