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gestao estrategica na seguranca publica a construcao de cenarios prospectivos para a realizacao de megaeventos

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GESTÃO ESTRATÉGICA NA SEGURANÇA PÚBLICA: A 
CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PROSPECTIVOS PARA A 
REALIZAÇÃO DE MEGAEVENTOS 
 
Gestão & Conhecimento, v. 7, n. 2, jul./dez. 2013: 181 - 202 
GESTÃO ESTRATÉGICA NA SEGURANÇA PÚBLICA: A CONSTRUÇÃO DE 
CENÁRIOS PROSPECTIVOS PARA A REALIZAÇÃO DE MEGAEVENTOS 
(STRATEGIC MANAGEMENT IN PUBLIC SECURITY: THE CONSTRUCTION OF SCENARIOS FOR 
PROSPECTIVE PERFORMANCE OF MEGA EVENTS) 
 
#1 - Dmitryev Cyreneu Da Silva 
Bacharel em Administração - UFRN 
E-mail: sirdmitryev@hotmail.com 
 
# 2 - Lucas Ambrósio Bezerra De Oliveira 
Mestre em Engenharia de Produção - UFRN 
Professora da Universidade Federal do Semi-Árido - UFERSA 
E-mail:lucasambro@gmail.com 
 
#3 – Jamil Ramsi Farkat Diógenes 
Mestrando em Engenharia de Produção– UFRN 
Pesquisador do Núcleo Aplicado à Gestão e Inovação – DEP/CT/UFRN 
E-mail:farkatt@gmail.com 
 
#4 – Fernanda Cristina Barbosa Pereira Queiroz 
Doutora em Engenharia de Produção - UFSC 
Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
E-mail: fernandacbpereira@gmail.com 
 
#5 – Marciano Furukava 
Doutor em Ciência e Engenharia de Materiais - UFRN 
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
E-mail:furuka2010@yahoo.com.br 
 
#6 - Jamerson Viegas Queiroz 
Doutor em Engenharia de Produção - UFSC 
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
E-mail: viegasqueiroz@gmail.com 
 
 RESUMO 
O propósito deste artigo é apresentar os resultados de uma pesquisa que abordou o método Global 
Business Network, como meio para elaboração de cenários prospectivos na área de segurança 
pública, com enfoque na promoção de Megaeventos como a Copa do Mundo de 2014. O trabalho 
consiste em um estudo de caso na área de segurança pública do Rio Grande do Norte (RN), sendo 
que os dados primários foram levantados a partir da aplicação da técnica de grupo focal, com os dois 
gestores da área de segurança pública do RN que tratam de Megaeventos. Foram projetados quatro 
cenários, partindo-se de um cenário em que ocorrem investimentos na segurança pública, até o 
cenário em que há baixo investimento. Pode-se dizer que o Rio Grande do Norte não está preparado 
para realizar um Megaevento hoje, no entanto caminha para uma melhora considerável em sua 
capacidade de gestão em Megaeventos. 
 
Palavras-chaves:Cenários Prospectivos; Gestão Estratégica; Matriz SWOT; Segurança Pública; 
Megaeventos. 
 
 
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA SEGURANÇA PÚBLICA: A 
CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PROSPECTIVOS PARA A 
REALIZAÇÃO DE MEGAEVENTOS 
 
Gestão & Conhecimento, v. 7, n. 2, jul./dez. 2013: 181 - 202 
ABSTRACT 
The objective of this paper is to present the results of a survey that addressed the method GBN - 
Global Business Network, as a means for building future scenarios in the area of public security, with 
a focus on preparation for events such as the FIFA world Cup 2014. The study, conducted in Rio 
Grande do Norte, designed four scenarios, ranging from a scenario in which investments in public 
safety occur until the scenario where there is low investment and increased violence. You could say 
that the work presented actions that may contribute to the planning of public safety for the conduct of 
events. 
 
Keywords: Prospective Scenarios; Strategic Management; SWOT Matrix; Public Safety; Mega 
events. 
 
 
 
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA SEGURANÇA PÚBLICA: A 
CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PROSPECTIVOS PARA A 
REALIZAÇÃO DE MEGAEVENTOS 
 
Gestão & Conhecimento, v. 7, n. 2, jul./dez. 2013: 181 - 202 
 
1. INTRODUÇÃO 
Hodiernamente, na sociedade existem desafios que se apresentam como 
imprescindíveis ao sucesso da gestão pública. Estes desafios representam os 
vetores estratégicos que todo governante deve perseguir (saúde, educação, 
moradia, segurança e lazer), pois estes são pilares que sustentam uma nação, 
portanto deveres do estado e direito do cidadão (BRASIL, 2013). 
Segurança pública é uma das áreas de que a constituição brasileira trata 
como responsabilidade do Estado, tendo como objetivo maior o fomento de políticas 
públicas capazes de prevenir e combater a criminalidade; salvaguardar a 
manutenção da ordem pública, e oferecer suporte para que os cidadãos possam 
viver e conviver livre dos riscos a que estão expostos nos dias atuais (BRASIL, 
1988). 
Entretanto o cumprimento dessa responsabilidade vem sendo deixada a 
desejar pelo governo. Segundo dados do FBSP (2012) publicados no Anuário 
Brasileiro de Segurança Pública, em 2011 a união reduziu em 21,26% o volume de 
investimentos no setor em relação a 2010. Em face a isto o estudo da ONU 
(Organização das Nações Unidas), divulgado em 2011, coloca o Brasil na 26ª 
posição entre os países com as maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes, 
evidenciando a insegurança vivenciada nas cidades brasileiras (UOL, 2012). 
Nesse contexto, a segurança pública é uma das situações que tem 
preocupado a sociedade, fazendo-a questionar, em tempos de Megaeventos como 
Copa do Mundo, quanto é capacidade governamental em prover segurança aos 
usuários. 
Considerando a relevância e importância da Segurança Pública, somada às 
demandas emergentes face a Copa do Mundo de 2014, que terá como uma das 
cidades sede Natal, a capital do Rio Grande do Norte, este estudo consiste em um 
análise da gestão estratégica na área da segurança pública no estado, utilizando a 
metodologia de construção de cenários prospectivos. Busca-se portanto, responder 
o seguinte problema de pesquisa: quais estratégias de segurança pública devem ser 
utilizadas quando se realiza um megaevento no Rio Grande do Norte? Logo, 
objetiva-se, com este trabalho, a proposição de estratégias que possam contribuir 
para a melhoria da gestão estratégica para a Segurança Pública no RN. 
 
 
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CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PROSPECTIVOS PARA A 
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Para tanto, o presente trabalho contemplará um estudo de caso na área de 
segurança pública do RN com uma abordagem mais específica quanto a realizações 
desses megaeventos, através da construção de cenários prospectivos utilizando o 
método GBN – Global Business Network (Schwartz, 2003), com a finalidade de 
construir futuros prováveis que ajudarão o Governo a aprimorar as políticas públicas 
de segurança. 
O estudo é importante uma vez que lança luz nos debates de segurança 
pública e os megaeventos esportivos que serão realizados nos estados brasileiros. 
Além de ser importante para a gestão estratégica da área, uma vez que o estudo foi 
realizado com as duas organizações responsáveis por tal área: a Secretaria de 
Estado da Segurança Pública e da Defesa Social – SESED e a Secretaria 
Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos – SESGE. 
O artigo está dividido em cinco seções, em que a primeira seção trata da 
introdução, a segunda seção versa sobre a revisão literária, onde são apresentados 
os conceitos importantes para esta pesquisa, a terceiraseção apresenta os 
procedimentos metodológicos utilizados, a quarta seção traz os resultados do 
estudo, a quinta seção apresenta a conclusão e, em seguida, são relacionadas as 
referências utilizadas. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 Gestão e Planejamento Estratégico 
 
Mintzberg e Quinn (2001, p.20), definem estratégia como: “padrão ou plano 
que integra as principais metas, políticas e sequencias de ações de uma 
organização em um todo coerente”. Para os autores, uma estratégia bem formulada 
“auxilia a ordenar e alocar recursos de uma organização para uma postura singular 
viável”. 
Quanto a Gestão Estratégica, Ansoff e Edward (1993, p.553) conceitua como 
“um processo de gestão do relacionamento de uma empresa com seu ambiente.” 
Esta, envolve o planejamento estratégico, planejamento de potencialidades, ou seja, 
identifica os pontos fortes do presente que podem se transformar nos pontos fracos 
do futuro e vice-versa; faz parte também da gestão estratégica, a administração da 
 
 
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implantação das estratégias, ou seja, gerir as resistências durante a implantação das 
estratégias decorrentes do planejamento estratégico e ainda a administração das 
questões estratégicas, ou seja, dar respostas estratégicas, por meio da 
administração de eventos futuros. 
Drucker (1977) aponta que o planejamento estratégico é um processo 
contínuo, sistemático, organizado e capaz de prever o futuro, de maneira a tomar 
decisões que minimizem riscos. Dessa forma o planejamento estratégico tem como 
objetivo fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta que os municie de 
informações para a tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma proativa, 
antecipando-se às mudanças que ocorrem no mercado em que atuam. 
Maximiano (2007), afirma que planejar é tomar decisões sobre o futuro. 
Sendo o processo de planejamento uma ferramenta para administrar as relações 
com o futuro. O planejamento está relacionado aos níveis hierárquicos, ou seja, os 
níveis de decisão de uma organização, podendo ser: estratégico, tático ou 
operacional. 
O planejamento estratégico está relacionado com os objetivos de longo prazo 
e estratégias para alcançá-lo que afeta a empresa de uma forma geral. 
 
2.2. Análise SWOT 
Segundo Silva (2011) a análise SWOT é uma das ferramenta de confecção 
do planejamento estratégico de uma organização. O termo SWOT é uma sigla 
advinda do inglês, que significa: Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), 
Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). Esta análise foi desenvolvida 
durante as décadas de 1950 e 1960 por Kenneth Andrews e Roland Christensen, 
professores da Harvard Business School. 
Esta ferramenta tem como objetivo focalizar a combinação das forças e 
fraquezas da organização com as oportunidades e ameaças do mercado. Esta 
análise se divide em: Forças (pontos fortes) e Fraquezas (pontos fracos) referem-se 
ao ambiente interno da organização, passível de ser controlado. Por outro lado, 
Ameaças e Oportunidades tratam dos aspectos externo e "incontroláveis" para a 
organização. Analisando o ambiente interno e externo, leva-se em conta os pontos 
 
 
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fortes e pontos fracos e as ameaças e oportunidades, para basear para a 
formulação da Matriz SWOT (DAYCHOUW, 2010). 
2.3 Cenários Prospectivos 
Godet (1993), define cenário como sendo “o conjunto formado pela descrição 
coerente de uma situação futura e pelo encaminhamento dos acontecimentos que 
permitem passar da situação de origem à situação futura”. 
Já Schwartz (2003), afirma que, cenário é uma ferramenta para ajudar a 
adotar uma visão de longo prazo num mundo de grande incerteza. Cenário é uma 
ferramenta para ordenar as percepções de uma pessoa sobre ambientes futuros 
alternativos nos quais as consequências de sua decisão vão acontecer. Ou ainda, 
um conjunto de formas organizadas para sonharmos eficazmente sobre nosso 
futuro. De forma resumida, o autor define cenário como sendo “histórias do futuro”, 
histórias capazes de nos ajudar a reconhecer as mudanças de nosso ambiente e 
nos adaptar a elas. 
 Segundo Porter (1989) os cenários objetivam reduzir as chances de que ações 
adotadas para se lidar com um elemento de incerteza em uma indústria piorem 
involuntariamente a posição de uma empresa em relação a outras incertezas. 
Para Marcial e Grumbach (2005), um cenário completo é composto por seis 
componentes principais: um título, uma filosofia, variáveis, atores, cenas e 
trajetórias. 
O título é possuidor de uma carga tremenda, pois age como sua referência de 
um cenário específico, ele deve dar a ideia da lógica dos cenários, além de ser vivos 
e de fácil memorização. A filosofia sintetiza o movimento ou a direção fundamental 
do sistema considerado. As variáveis representam aspectos ou elementos 
relevantes do sistema ou contexto considerado, tendo em vista o objetivo do cenário. 
Os atores desempenham um papel importante no sistema, influenciando o 
comportamento das variáveis, com o objetivo de viabilizar seus projetos. A cena 
descreve como estão organizados ou vinculados entre si os atores e as variáveis 
naquele instante. E por último a trajetória é o percurso ou caminho seguido pelo 
sistema no horizonte de tempo considerado (SCHWARTZ, 2003). 
De acordo com Stollenwerk (1998) cenários classificam como globais, 
focalizados ou de projetos. Os cenários globais são desenvolvidos com o objetivo de 
 
 
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definir estratégias globais. Enfocam, em seu conteúdo, questões políticas, 
macroeconômicas, sociais e tecnológicas tanto nacionais quanto mundiais. Já os 
focalizados servem para definir estratégias regionais ou setoriais. E os cenários de 
projeto são desenvolvidos para tomada de decisão referente a investimentos que 
envolvam grande incerteza ou que exijam longo prazo de maturação. 
Marcial e Grumbach (2005), quanto à tipologia, confirma que os cenários 
podem ser classificados como exploratório e Normativo. Os cenários normativos são 
aqueles que configuram futuros desejados, e os cenários exploratórios caracterizam-
se por futuros possíveis ou prováveis do sistema considerado ou de seu contexto, 
mediante a simulação e o desenvolvimento de certas condições iniciais. 
A lógica da construção de cenários é estabelecer primeiro o futuro desejado 
para, depois, traçar as trajetórias para alcançá-lo. A função dos cenários não é 
acertar os eventos futuros, mas considerar as forças que podem direcionar o futuro 
por determinados caminhos, auxiliando os gestores a compreender a dinâmica do 
ambiente de negócios, reconhecer novas possibilidades, avaliar opções estratégicas 
e decisões de longo prazo (SHELL INTERNATIONAL,2001). 
2.3.1 Metodologia Global Business Network (GBN) 
A Global Business Network (GBN) é uma organização norte-americana, 
fundada em 1988 por Peter Schwartz, fortemente orientada a construção de 
cenários. Sua metodologia para desenvolvimento de cenários prospectivos baseia-
se em oito etapas. A metodologia leva em consideração os “modelos mentais” dos 
dirigentes, que corresponde a visão de mundo adquirida, contidas de preocupações 
e incertezas (MORITZ et al, 2008). Marcial e Grumbach (2005) definem como 
questão principal o que motivou a construção dos cenários alternativos. Essas 
questões podem ser levantadas através de entrevistas, análises e discussões que 
ocorrem durante o desenvolvimento do estudo de cenários. 
As etapas em questão são apontadas e descritas na tabela 1, a seguir. 
 
 
 
 
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Tabela 1: Fases e descrição das etapas que compõe o método descrito por Schwartz 
 
Etapa Descrição 
1 - Identificação da questão 
principal 
Identificar a questão principal, ou seja, definir a questão 
principal do estudo, com objetivo de dar um foco específico e 
aprofundado. 
2 - Identificação das principais 
forças do ambiente local 
(fatores-chave) 
Identificação das principais forças do ambiente, também 
chamadas de fatores-chave. Esses fatores são as principais 
forças que existem no ambiente próximo que estejam 
relacionadas com o ramo de negócio e com a questão principal. 
3 - Identificação das forças 
motrizes (macro ambiente) 
Identificação das forças motrizes, que estão ligadas ao macro 
ambiente que podem influenciar os fatores-chaves identificados 
anteriormente. Essas forças são os elementos que movem o 
enredo de um cenário. 
 
4 - Ranking (classificação) por 
importância e incerteza 
Elaborado para separar os elementos predeterminados das 
incertezas críticas. Esses elementos são aqueles que não 
dependem de qualquer cadeia de evento, ou seja, sua 
ocorrência parece certa, não importando o cenário. Sendo 
assim, os elementos predeterminados devem ser isolados, 
porque não são determinantes para a construção de cenários. 
5 - Seleção das lógicas dos 
cenários 
Esta seleção parte da análise do comportamento das variáveis 
classificadas como incertezas críticas, que devem ser 
posicionadas nos eixos ao longo dos quais os cenários serão 
descritos. 
6 - Descrição dos cenários Consiste em detalhar cada cenário. Os cenários devem ser 
descritos em forma narrativa, explicando-se detalhadamente 
como acontece a evolução durante o período de tempo 
preestabelecido. 
7 - Analise das implicações e 
opções 
Verifica em cada cenário, as implicações de cada decisão, as 
vulnerabilidades da organização e as oportunidades existentes. 
É preciso imaginar qual a situação da organização em cada um 
dos mundos descritos pelos cenários e identificar as decisões a 
tomar no caso de um determinado enredo ocorrer. 
8 - Seleção dos principais 
indicadores e sinalizadores 
Objetiva possibilitar um monitoramento contínuo das variáveis 
que poderão causar impacto na instituição e de nos seus 
possíveis comportamentos 
 
Fonte: Marcial e Grumbach, 2005. 
 
2.4 Segurança Pública 
A segurança pública é ação de responsabilidade permanente dos órgãos 
estatais bem como toda comunidade, com proposta de preservar os direitos a 
cidadania através da prevenção e controle de manifestações criminais e violentas 
(BRASIL, 1988; MJ, 2013; SENASP, 2013). 
Percebe-se, no conceito apresentado que um dos objetivos da segurança 
pública é prevenir e controlar manifestações da criminalidade e da violência. Assim, 
tal proposta requer entendimento das causas do crime e da violência. 
 
 
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De acordo com Skolnick (1998), historicamente, numerosos fatores 
influenciaram a taxa de criminalidade, mesmo assim, relutamos em apontar uma só 
justificativa para crescimentos ou declínios. Os pensadores liberais frequentemente 
apontam para “causas nas raízes” do crime: pobreza, desigualdade, desemprego e 
segregação racial; enquanto os conservadores ressaltam a “pobreza moral”, ou seja, 
a maternidade na adolescência, uso de drogas, moral frouxa, instabilidade familiar. 
Afirma ainda que existam poucos crimes de rua em vizinhanças abastadas, com 
estabilidade educacional e familiar. E que o crime é um jogo que se concentra mais 
entre os jovens, sobretudo do sexo masculino. 
Enquanto os criminalistas e os juristas discutem a respeito das causas para o 
crescimento da criminalidade, existe uma coisa a respeito da qual todos eles 
concordam, é que a “impunidade” caracteriza o sistema de justiça penal da América 
Latina. Sendo esta também uma das principais causas para o aumento da 
criminalidade (SALAS, 1998). 
Para prevenir e controlar manifestações da criminalidade e de violência, 
governos precisam fomentar políticas públicas voltadas a segurança, que trabalhem 
em base da prevenção ao crime, como é feito no Brasil através do plano de 
Integração e Acompanhamento dos Programas Sociais de Prevenção da Violência 
(PIAPS). A missão do PIAPS é de “promover a interação local e, portanto, o mútuo 
fortalecimento dos programas sociais implementados pelos governos federal, 
estadual e municipal, que, direta ou indiretamente, pudessem contribuir para a 
redução dos fatores, potencialmente, criminógenos.” (SOARES, 2007, p.84). 
Além de ações preventivas, é preciso utilizar de estratégias coercitivas que 
incluam uma polícia presente permanente nas comunidades. A prática do 
policiamento comunitário tem sido implantando em todo o mundo, essa estratégia 
tem como foco principal a cooperação entre as organizações policiais e a sociedade 
civil. Podendo ser educativa como: mediação de conflitos, ajuda solidária, educação 
de base, rodas de conversa sobre problemas sociais e sobre medidas de segurança. 
Como também pode ser técnica: criação de postos de policiamento, rondas a pé, 
vigilância sobre as ações e os criminosos (NEV, 2009). 
 
 
 
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Este trabalho buscou desenvolver um estudo na área da segurança pública 
do RN, através da construção de cenários prospectivos utilizando o método GBN – 
Global Business Network e a matriz SWOT. Portanto, trata-se de uma pesquisa, 
exploratória explicativa. (SEVERINO, 2007) 
Classifica-se também, segundo Vergara (2000, p.49), como estudo de caso 
por ser “circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma 
pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade 
ou mesmo um país”. 
O universo desta pesquisa compreendeu os gestores da área de Segurança 
Pública, Defesa Civil e para Grandes Eventos do Estado do Rio Grande do Norte, a 
saber:Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social – SESED e a 
Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos – SESGE. Devido à 
pouca disponibilidade desses gestores, optou-se por uma amostra não probabilística 
por tipicidade que segundo Vergara (2000, p. 51), “seleciona elementos que o 
pesquisador considere representativos da população-alvo.” Dessa forma a amostra 
representante da população alvo, compreende (02) dois gestores da área de 
segurança pública do Rio Grande do Norte. 
Os dados primários foram levantados a partir da aplicação da técnica de 
grupo focal, com os (02) dois gestores da área de segurança pública do Rio Grande 
do Norte que tratam de Megaeventos. Utilizando como questionário semiestruturado, 
as questões básicas propostas pelo Método de Schwartz, as quais consistem da 
identificação das principais forças do ambiente local (fatores-chave) e a identificação 
das forças motrizes (macroambiente). A coleta dos dados foi realizada em de 
novembro de 2012 no Centro Administrativo Estadual. Os dados secundários como 
tabelas e quadros foram obtidos através de análises dos dados estatísticos 
fornecidos pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social – 
SESED e através de trabalhos acadêmicos referentes a temática de estudo de 
cenários prospectivos. 
A primeira etapa, para desenvolver os cenários, foi o desenvolvimento da 
matriz swot da área da Segurança Pública do Rio Grande do Norte estabelecendo 
 
 
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aquilo que é de responsabilidade da empresa, e o que é uma antecipação do futuro, 
ou seja, o que se pode traçar a respeito de possibilidades positivas ou negativas do 
macro ambiente econômico. A montagem dessa Matriz SWOT da área de 
Segurança Pública no RN, foi realizada com base nos níveis de impactos de um 
ponto fraco sobre uma ameaça ou oportunidade e o impacto de um ponto forte sobre 
uma ameaça ou oportunidade. Para tal, atribuiu-se em uma escala de impactos de 0 
a 5 em que para um impacto forte atribuiu-se 5 e quando não havia nenhum 
impacto, 0 
Posteriormente, foi utilizada a técnica de brainstorming com os gestores de 
segurança pública. 
4. RESULTADOS 
A matriz SWOT, informada na Figura 1, possibilitou vislumbrar os fatores de 
maior relevância para a escolha de estratégias adequadas para a área de 
Segurança Pública, a partir de uma avaliação crítica dos ambientes externo e interno 
da organização. Após a elaboração da Matriz SWOT, obteve-se uma matriz com 
quatro células, indicando a existência de problemas que podem ameaçar a 
sobrevivência, o crescimento, a manutenção e o desenvolvimento da área da 
segurança pública. 
Depois de analisar interna e externamente a área de segurança pública do 
RN através da Matriz Swot e de identificar as variáveis que mais causam impacto, é 
dada a hora de construir os cenários prospectivos para o objetivo proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 1: Matriz SWOT da área de Segurança Pública no RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autores, 2011. 
 
 
 
 
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CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS PROSPECTIVOS PARA A 
REALIZAÇÃO DE MEGAEVENTOS 
 
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Neste trabalho, a primeira etapa foi a definição da questão principal através 
das análises das entrevistas com os gestores da Segurança Pública do RN e de 
alguns índices de criminalidade no Rio Grande do Norte a partir do mapa da 
violência: Quais os cenários prospectivos da área de Segurança Pública do Rio 
Grande do Norte quanto à realização de Megaeventos e como a Secretaria de 
Segurança Pública poderá explorar favoravelmente essa situação? 
A segunda etapa consistiu na identificação das principais forças do ambiente 
localbuscando identificar os principais fatores chave que submetem negativa ou 
positivamente a questão principal. Os principais fatores que poderão influenciar essa 
área, como: Número reduzido de pessoal efetivo; Aumento do tráfico e consumo de 
drogas ilícitas no RN; Policiamento comunitário; Crescimento populacional; Salário 
Insuficiente dos Policiais Civis e Militares; Aumento da percepção de insegurança 
pela sociedade; Baixo uso de tecnologias da Informação e de imagens pelas polícias 
do RN; Imagem Negativa das polícias. 
Na etapa seguinte, identificação das forças motrizes, listam-se as forças 
motrizes do ambiente macro que influenciam diretamente os fatores-chave 
identificados anteriormente, é necessário fazer inter-relações entre os fatores-chave 
e as forças motrizes. As principais forças que poderão influenciar essa área são: 
Orçamento direcionado para a Segurança Pública; Força de vontade dos agentes de 
Segurança; Ineficiência do sistema político e judiciário; Polícia Cidadã -melhora da 
interação polícia/sociedade; Índice de criminalidade/violência; Uso de armas de fogo 
pela população; Baixa qualidade dos serviços básicos de: educação e saúde; 
Implementação de novas tecnologias. 
Na quarta etapa, buscou-se o desenvolvimento do ranking por importância e 
incerteza. Nesta etapa classificam-se as forças motrizes de acordo com seu o grau 
de importância e incerteza em relação ao ambiente futuro. Segundo Schwartz (2003) 
sugere deve-se selecionar duas variáveis, classificadas como mais incertas e mais 
importantes para facilitar a identificação da lógica dos cenários. O Ranking das 
Incertezas Críticas obtido é apresentado no Figura 4. Este ranking foi obtido, 
atribuído 1 (um) à variável com o menor grau de incerteza e 5 para a que possuir o 
maior grau de incerteza (escala de 1 a 5). Procedimento similar foi adotado para 
classificar as variáveis quanto ao grau de importância. 
 
 
 
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Tabela 2: Classificação segundo o grau de incerteza x importância 
Variável Incerteza Importância Forças Motrizes 
X1 – Orçamento direcionado para Segurança Pública 5 4 
X2 – Índice de criminalidade/violência 5 5 
X3 – Força de vontade dos agentes de Segurança. 4 4 
X4 – Policia Cidadã – melhora da integração polícia/sociedade 4 4 
X5 – Ineficiência do sistema político e judiciário 3 4 
X6 – Uso de armas de fogo pela população 3 3 
X7 – Baixa qualidade dos serviços básicos de educação e saúde. 2 4 
X8 – Implementação de novas tecnologias 1 5 
 
Fonte: Autores, 2012. 
 
 Segundo Schwartz (2003), a montagem de um gráfico deincerteza x 
importância serve para auxiliar na identificação das variáveis mais relevantes e que 
devem ser utilizadas na composição da lógica dos cenários, como mostra o Gráfico 
1. 
Gráfico 1: Incerteza x Importância 
 
Fonte: Autores, 2012. 
 As variáveis X2 que corresponde ao Índice de criminalidade/violência 
crescente e X1 aorçamento direcionado para a Segurança Pública, foram 
classificadas como as mais incertas e as mais importantes, formando assim os eixos 
ortogonais da matriz que facilita a identificação da lógica dos cenários. 
Em face ao ranking de importância e incertezas, identificam-se as variáveis 
classificadas como mais incertas e mais importantes, compreendendo a seleção das 
 
 
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lógicas dos cenários. As variáveis mais incertas e mais importantes são: X2: Índice 
de criminalidade/violência; X1: Orçamento direcionado para a Segurança Pública. 
Estas variáveis são apresentadas a seguir de acordo com os limites de suas 
escalas: (1) Estagnação - Índice de criminalidade/violência - Crescimento; (2) Baixo - 
Orçamento direcionado para a Segurança Pública - Alto. Essas variáveis, colocadas 
em dois eixos, vão caracterizar a lógica dos cenários a serem construídos, conforme 
etapa 5 (figura 2). 
 
Figura 2: Eixos da lógica dos cenários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autores, 2012. 
 Depois de definir a lógica dos cenários e identificar os fatores-chave e 
as forças motrizes, elaboradas nas etapas anteriores. Parte-se para a parte 
principal, a etapa seis, que consiste no detalhamento dos cenários, onde é possível 
vislumbrar quais os possíveis estados da Segurança Pública do RN em relação à 
realização de Megaeventos. Este foi colocado na ordem de possibilidade segundo 
utilização do brainstorming com os gestores da segurança pública já citados e ainda 
analisando a matriz SWOT. 
Cenário 1 – “ORDEM”: Os gestores acreditam que, apesar da constatação do 
crescimento da violência em todas as regiões do Rio Grande do Norte, o 
 
 
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aumento significativo do orçamento para a segurança pública resultaria num 
aumento de agentes, melhoria nos equipamentos e melhora da estrutura geral da 
segurança pública fazendo com que os agentes de segurança pública estivessem 
preparados para agir como fosse necessário assegurando assim o bom andamento 
do evento, porém podendo haver algum infortúnio resultante do aumento da 
criminalidade. 
Cenário 2 – “SÍTIO”: Como o nome sugere, o estado de sítio seria o pior 
cenário apresentado no estudo que reflete o aumento da criminalidade e da 
violência, associado ao baixo investimento do Estado na segurança pública. Este 
cenário aponta para a falência do sistema de planejamento governamental, podendo 
levar o Estado a sérias crises de gestão com o consequente aumento do risco não 
só à realização de Megaeventos como também à qualidade de vida de seus 
habitantes. As estratégias a serem propostas apontam para a percepção da urgente 
do aumento do orçamento de forma a repor o tempo perdido e ações de urgência 
para o aumento da repressão da criminalidade com práticas como para o aumento 
do sistema de Inteligência e repressão ao tráfico de drogas e ainda o policiamento 
ostensivo nas áreas em que a mancha criminal mais crítica. 
Cenário 3 – “SUCESSO”: O aumento da verba para segurança pública aliada 
estagnação do crescimento da criminalidade no Rio Grande do Norte, constituem 
uma situação ideal que sejam realizados os Megaeventos e ainda trazer os legados 
sociais que esses Megaeventos trazem como no caso analisado a melhoria 
substancial na segurança pública. É importante a formulação de políticas públicas de 
Segurança, para dar a continuidade nos trabalhos posteriores e ainda para que esse 
maior aporte de verbas e de projetos de melhoria da qualidade vida dos habitantes 
possam reduzir a sensação de medo e de insegurança das pessoas. Os gestores 
pensam que adotando as medidas corretas tanto no campo operacional quanto no 
campo político o RN poderá conseguido reduzir de forma significativa os indicadores 
de criminalidade e realizar com sucesso qualquer Megaevento que por ventura 
venha surgir. 
Cenário 4 - “ATENÇÃO”: Estagnando tanto o crescimento da criminalidade e 
da violência no Rio Grande do Norte associado com a falta de investimento do poder 
público, esse cenário apresenta um quadro preocupante para os gestores. A 
estagnação do crescimento da criminalidade e da violência, em função da 
 
 
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constatada falta de investimento do Estado em segurança pública, poderá voltar a 
expandir tornando-se um relevante problema governamental. Se não houver uma 
política de incremento no orçamento voltado à segurança pública o curso natural de 
aumento da criminalidade devido aos diversos fatores sociais podem fazer com que 
medidas mais drásticas tenham que ser tomadas para que um Megaevento seja 
realizado 
Passada a fase de construção dos cenários, recorre-se à questão principal 
para verificar, conforme etapa sete, as implicações de cada cenário com base nas 
decisões, as vulnerabilidades e as oportunidades existentes. A avaliação procura 
identificar a solução mais adequada a ser tomada em cada cenário e também se as 
estratégias necessitam ser revisadas. Marcial e Grumback (2005) dizem que é 
preciso imaginar qual a situação da organização em cada um dos mundos descritos 
pelos cenários e identificar as decisões a tomar no caso de um determinado enredo 
ocorrer. 
Cenário 1 - “ORDEM”: No ambiente proposto há um crescimento tanto do 
orçamento para a segurança pública quanto da criminalidade e violência no RN. 
Neste cenário as decisões a serem tomadas têm impacto mediano, visto que esse 
cenário tem uma expectativa importante de ocorrer sendo ainda o de maior 
probabilidade, visto as prospecções analisadas. Neste cenário a Secretaria de 
Segurança Pública deve adotar as estratégias de: formulação de políticas para o 
melhor aproveitamento do capital investido, melhoria da capacidade de inteligência 
das polícias através do aumento de investimentos na área, aumentar a utilização de 
tecnologias da Informação e de imagens pelas polícias Civis e Militares possíveis 
com a implementação dos Centros de Comando de Controle; aumentar 
consideravelmente o efetivo de todos os agentes de segurança pública e intensificar 
o policiamento comunitário realizando as práticas de polícia-cidadã, melhorando a 
interação da polícia com a sociedade; e utilizar-se dos protocolos para unificar as 
ações em caso do efetivo aumento da criminalidade resulte em alguma ação 
criminosa grave. 
Cenário 2 - “SÍTIO”:Neste cenário de o aumento da criminalidadee violência 
aliado à falta de investimentos por parte do Estado, é o cenário mais catastrófico 
para a Secretaria de Segurança Pública do RN, podendo se observar que as 
decisões a serem implementadas têm um peso maior, pois apesar de não ser a mais 
 
 
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extensa a probabilidade de concretização das previsões é a que incorre em maiores 
prejuízos. As estratégias devem ser adotadas em caráter urgente principalmente no 
aumento do orçamento para que haja uma batalha efetiva contra o aumento da 
criminalidade. 
Cenário 3 - “SUCESSO”:O cenário de estagnação da criminalidade e violência 
e ainda aumento do orçamento destinado à segurança pública, constata-se que o 
conjunto de decisões a serem implementadas nessa suposição tem um impacto 
baixo, já que esse cenário tem uma expectativa menor de ocorrer, apesar de ser a 
situação ideal para a realização de Megaeventos. No cenário supracitado a 
Secretaria de Segurança Pública do RN deve formular políticas para o melhor 
aproveitamento do capital investido, ainda desenvolver projetos de prevenção contra 
violência/criminalidade e monitorar os índices de criminalidade, atuando de forma 
preventiva. 
Cenário 4 - “ATENÇÃO”: Em um ambiente de falência dos dois fatores, a 
estagnação da violência e o baixo orçamento destinado à segurança pública. As 
decisões a serem tomadas de caráter remoto, já que essa alternativa é a mais difícil 
de ocorrer em todos os cenários. Para este cenário as estratégias a serem adotadas 
deverão ser direcionadas para a manutenção do efetivo e soluções alternativas 
como o empenho em campanhas de conscientização da sociedade para que 
consiga manter estagnada a violência. Além disso, oferecer treinamentos e 
capacitação de forma barata para os agentes de segurança pública. 
A última etapa do processo de construção de cenários prospectivos (seleção 
dos principais indicadores e sinalizadores) tem como objetivo definir os indicadores, 
com base nos cenários já construídos, que possibilitem o monitoramento contínuo 
das variáveis que causam impacto na área da Segurança Pública do Rio Grande do 
Norte. Sendo os indicadores propostos: Número de apreensões de drogas; 
Crescimento do número de mandados cumpridos; Crescimento do número de 
prisões de criminosos em flagrante delito; Crescimento do número de condenações 
de criminosos; Redução dos índices de criminalidade em geral; Efetivo dos agentes 
de segurança pública pelo número de habitantes do estado; Investimentos em 
equipamentos; Investimentos em melhora dos sistemas de informação e inteligência; 
Redução da sensação de insegurança pela sociedade. 
 
 
 
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5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
Propor estratégias vencedoras que possam contribuir para a melhoria da 
gestão estratégica para a segurança pública no RN foi o objetivo geral do trabalho, e 
para respondê-lo procurou-se identificar as correlações e os impactos das variáveis 
ambientais externas da matriz SWOT (representadas pelas ameaças e 
oportunidades) sobre as variáveis internas (apresentadas na matriz SWOT pelas 
forças e fraquezas). Conhecendo essas variáveis, foram elaborados cenários 
prospectivos que projetam o futuro da segurança pública no contexto da gestão 
estratégica para a realização de Megaeventos no estado do Rio Grande do Norte. 
A análise SWOT apontou problemas que podem ameaçar os fatores das 
ações estratégicas (a sobrevivência, a manutenção, o crescimento e o 
desenvolvimento) a serem adotadas para que se consiga realizar um Megaevento 
com o melhor dos cenários prospectivos construídos (Cenário 3 – SUCESSO). 
Com os resultados oriundos das pesquisas e entrevistas, pode-se concluir 
que em face da segurança pública o Rio Grande do Norte não está preparado para 
realizar um Megaevento hoje, no entanto caminha para uma melhora considerável 
em sua capacidade de gestão em Megaeventos e uma conscientização do poder 
público da importância do investimento na segurança pública que fazem com que os 
cenários sejam mais favoráveis e aprazíveis à sociedade e que estudos estratégicos 
sejam realizados por parte do poder público para que permitam melhorar o 
conhecimento sobre a área, representa um novo desafio para um estado com tanto 
potencial para a realização de Megaeventos como o RN sendo assim ao mesmo 
tempo uma contribuição relevante para a consolidação da gestão pública no estado. 
Problemas relacionados à falta de investimento, área de inteligência e de 
polícia técnica fraca, que é um das melhores armas para lidar com o 
desenvolvimento tecnológico utilizado pela criminalidade, associado ao baixo efetivo 
e pouca valorização dos agentes de segurança pública relacionada à ausência de 
uma política de recursos humanos que contemplem não somente a questão salarial, 
mas também uma completa política de valorização e desenvolvimento dos recursos 
humanos, além do baixo uso de equipamentos operacionais atualizados são fatores 
que poderão dificultar a realização do melhor cenário prospectivo, chamado no 
estudo elaborado de Cenário 3 – SUCESSO. 
 
 
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Hodiernamente a utilização de cenários prospectivos é para todos os 
pesquisadores um fator imprescindível, contribuindo de forma decisiva para melhorar 
o conhecimento das questões relacionadas com o futuro e permitem antecipação e a 
melhoria do processo estratégico por parte dos gestores. 
Partindo desse pressuposto este trabalho representa uma contribuição às 
práticas estratégicas gerenciais no âmbito público em busca da vantagem 
competitiva da gestão pública de segurança pública. Ao que cabe a aplicação de 
modelos teóricos o presente trabalho pode contribuir para a implantação desses 
modelos teóricos no âmbito da administração pública no estado do Rio Grande do 
Norte. 
Face às conclusões e a partir dos resultados obtidos, busca-se apresentar 
algumas recomendações para a execução de estratégias vencedoras que 
contribuam para a consecução dos cenários prospectivos elaborados. 1 - Aplicar os 
resultados obtidos pela análise SWOT como fomento para a efetuação das ações 
estratégicas necessárias para alcançar os objetivos propostos; 2 - Executar ações 
estratégicas a fim de superar as fraquezas identificadas pela análise SWOT; 3 - 
Empregar a potencialidade das forças internas como instrumento de neutralização 
das ameaças e aproveitamento das oportunidades identificadas na análise SWOT; 
4- Melhorar o processo de aprendizagem da análise do ambiente, por parte dos 
gestores, buscando utilizar ferramentas de prospecção para melhorar o 
monitoramento e gestão das ameaças e oportunidades originadas da incerteza 
ambiental crescente; 5 - O desenvolvimento de outros estudosque contemplem a 
metodologia de prospecção e as perspectivas de transformação que podem ser 
reveladas com o emprego desta metodologia no âmbito da segurança pública; 6 - 
Implantar ferramentas de decisão estratégica, a partir da modelagem de cenários 
prospectivos, apoiadas pela Tecnologia da Informação, utilizando-se de métodos 
estatísticos para formulação de planos de ação e 7 - Habilitar os gestores nas 
competências de construção de cenários prospectivos. 
 
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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração.São Paulo: 
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	1. INTRODUÇÃO
	Hodiernamente, na sociedade existem desafios que se apresentam como imprescindíveis ao sucesso da gestão pública. Estes desafios representam os vetores estratégicos que todo governante deve perseguir (saúde, educação, moradia, segurança e lazer), pois...
	Segurança pública é uma das áreas de que a constituição brasileira trata como responsabilidade do Estado, tendo como objetivo maior o fomento de políticas públicas capazes de prevenir e combater a criminalidade; salvaguardar a manutenção da ordem públ...
	Entretanto o cumprimento dessa responsabilidade vem sendo deixada a desejar pelo governo. Segundo dados do FBSP (2012) publicados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2011 a união reduziu em 21,26% o volume de investimentos no setor em relaç...
	Nesse contexto, a segurança pública é uma das situações que tem preocupado a sociedade, fazendo-a questionar, em tempos de Megaeventos como Copa do Mundo, quanto é capacidade governamental em prover segurança aos usuários.
	Considerando a relevância e importância da Segurança Pública, somada às demandas emergentes face a Copa do Mundo de 2014, que terá como uma das cidades sede Natal, a capital do Rio Grande do Norte, este estudo consiste em um análise da gestão estratég...
	Para tanto, o presente trabalho contemplará um estudo de caso na área de segurança pública do RN com uma abordagem mais específica quanto a realizações desses megaeventos, através da construção de cenários prospectivos utilizando o método GBN – Global...
	O estudo é importante uma vez que lança luz nos debates de segurança pública e os megaeventos esportivos que serão realizados nos estados brasileiros. Além de ser importante para a gestão estratégica da área, uma vez que o estudo foi realizado com as ...
	O artigo está dividido em cinco seções, em que a primeira seção trata da introdução, a segunda seção versa sobre a revisão literária, onde são apresentados os conceitos importantes para esta pesquisa, a terceira seção apresenta os procedimentos metodo...
	2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	2.3 Cenários Prospectivos
	2.4 Segurança Pública
	3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	4. RESULTADOS
	5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

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