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Metodologia Científica Profa. Dra. Kelly Tonello Eu acredito na intuição e na inspiração. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando a luz à evolução. Ela é, rigorosamente falando, um fator real na pesquisa científica (EINSTEIN, 2011) O quê é ciência? A Ciência é um conjunto de conhecimentos empíricos, teóricos e práticos sobre a natureza, produzido por uma comunidade global de pesquisadores fazendo uso do método científico, que dá ênfase à observação, explicação e predição de fenômenos reais do mundo através de experimentos. Galileu Galilei (1564 e 1642) • Criticava a "pseudofilosofia", na época representada pelos aristotélicos dogmáticos (em grande parte teólogos alheios à atitude e ao espírito filosófico-científico genuíno de Aristóteles), dizendo que “A tradição e a autoridade dos antigos sábios não são fontes de conhecimento científico” (advertência esta que, aliás, o próprio Aristóteles em sua "Dialética" já fizera, chamando a atenção para a necessidade de se antepor os fatos aos discursos) e que a única maneira de compreender a natureza é experimentando-a racionalmente; • Achava que fazer ciência é comprovar através da experiência; • Dizia que “o livro da natureza é escrito em caracteres matemáticos”; • Foi acusado, pelas autoridades, de ser inimigo da fé. Foi julgado pelo tribunal do santo ofício, a Inquisição. Ele reconheceu diante dos inquisidores que estava “errado”, para poder terminar suas pesquisas. Segundo a lenda, ele disse baixo: "Eppur si muove", ou, “mas ela anda”, ou seja, que a Terra não é um ponto fixo no centro do universo. A história de Galileu é um exemplo célebre de como a violação à liberdade de opinião das pessoas pode ser altamente prejudicial ao desenvolvimento das ciências. Nicolau Copérnico (1473 a 1543) Mostrou que o sol fica no centro do sistema, mas, achava que a órbita da terra era uma circunferência perfeita, o que era errado, mas, o alemão Kepler (1571 a 1630) o corrigiu, mostrando que a distância da terra e do sol é variável, em forma de elipse. Isaac Newton • Por trás de fenômenos aparentemente banais construiu a base de teorias revolucionárias; • Nasceu em 25 de dezembro de 1642, em Woolsthorpe, na Inglaterra; • Em 1661, com dezoito anos, ingressa na universidade de Cambridge, estudou matemática e filosofia; • Em 1668, depois de idealizar as leis de reflexão e refração de luz, construiu o primeiro telescópio reflexivo; • Em 1669, assume o cargo de professor de matemática na universidade de Cambridge; • Em 1672, é convidado para a Royal Society; • Em 1687, publica Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, o famoso Principia, em que descreve as leis da gravidade e dos movimentos; • Em 1696, é nomeado Guardião da Casa da Moeda; • Em 1705, foi nomeado Cavaleiro Celibatário pela rainha Anne; • Em 1727, morre, no dia 20 de março e é enterrado na abadia londrina de Westminster, na Inglaterra. René Descartes Viveu entre 1596 e 1650; Demonstrou como a matemática poderia ser utilizada para descrever as formas e as medidas dos corpos; Inventou a geometria analítica; Sua obra mais famosa chama-se “discurso sobre o método” (1636). Nela, Descartes procura nos convencer que o raciocínio matemático deveria servir de modelo para o pensamento filosófico e para todas as ciências; Uma das frases mais célebres da história do pensamento filosófico é: "Penso, logo existo". Ele acreditava que dessa verdade ninguém poderia duvidar. O raciocínio matemático é baseado, principalmente, na lógica dedutiva, em que nós partimos de uma verdade para encontrarmos outras verdades, ou seja, que uma verdade é consequência da outra. Johann Wolfgang von Goethe Alemanha, (1749-1832) Goethe é até hoje considerado o mais importante escritor alemão, cuja obra influenciou a literatura de todo o mundo * Grande poeta: Os sofrimentos do jovem Wether, Fausto * Reconhecimento como cientista: chegou a dar mais importância às suas investigações da natureza do que à criação literária MULHERES NA CIÊNCIA Mulher ensinando geometria. Ilustração de uma tradução medieval dos Elementos de Euclides, 1310). Fonte: Wikipedia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulheres_na_ci%C3%AAncia Na antiguidade.... O registro mais antigo de uma mulher cientista na história da ciência é o de Merit Ptah (2.700 a.C.); O estudo da filosofia natural na Grécia Antiga era aberto às mulheres: Aglaonice, filósofa e astrônoma, previa eclipses lunares. Teano, pupila e esposa de Pitágoras da escola de Crotona, na qual estudavam muitas outras mulheres, foi matemática, física, astrônoma, filósofa, médica e psicóloga. Dentre seus trabalhos mais importantes estão o Teorema do Retângulo de Ouro, o Teorema da Proporção Áurea, a Teoria dos Números, a Construção do Universo, Cosmologia e a Vida de Pitágoras; Temistocleia, filósofa, matemática e alta profetisa de Delfos, foi mestra de Pitágoras e o introduziu aos princípios da ética; Durante o período da civilização babilônica (por volta de 1200 a.C.), duas perfumistas chamadas Tapputi-Belatekallim e -ninu (a primeira metade de seu nome é desconhecida) obtiveram essências de plantas usando procedimentos de extração e destilação. Se definirmos a química como o uso de equipamentos e processos químicos, então podemos identificar essas duas mulheres como as primeiras químicas; ...na antiguidade Há muitos registros de mulheres na alquimia, muitas das quais viveram em Alexandria por volta do século I ou II d.C., onde a tradição gnóstica valorizava as mulheres. A mais conhecida, Maria, a Judia, foi a inventora de vários equipamentos para uso na química, incluindo o banho-maria (em homenagem à Maria) e um tipo de alambique ou aparelho de destilação simples; Hipátia de Alexandria (370-415) - filha de Teão de Alexandria, acadêmico e diretor da Biblioteca de Alexandria foi uma professora reconhecida de astronomia, filosofia e matemática na Escola Neoplatônica. conhecida como a primeira mulher matemática na história por causa de suas grandes contribuições para essa ciência. Credita-se a Hipátia a escrita de três importantes tratados sobre geometria, álgebra, astronomia, bem como a invenção de um hidrômetro, de um astrolábio e um instrumento para destilar água. No entanto, sua vida frutífera foi interrompida prematuramente por cristãos fanáticos conhecidos como Parabalani, que a desnudaram, desmembraram-na e queimaram todas as partes do seu corpo. Diz-se que seu assassinato teve motivação político-religiosa. Alguns estudiosos mencionam que sua morte marcou o fim da participação ativa feminina na ciência por muitas centenas de anos. Europa medieval O princípio da Idade Média na Europa, também conhecida como a Idade das Trevas, foi marcado pela queda do Império Romano; A lenta ascensão da civilização ocidental ocorreu com os mosteiros e conventos que mantiveram vivas as habilidades de leitura e escrita, além da manutenção de cópias de manuscritos de estudiosos do passado; Nessa época, algumas abadessas contribuíram substancialmente para a pesquisa científica. Hildegard de Bingen (1098-1179), uma famosa filósofa e botânica, conhecida por seus prolíficos escritos em diversas áreas como medicina, botânica e história natural (1151-1158). Algumas de suas obras conhecidas são o Livro dos Méritos da Vida, o Livro dos Trabalhos Divinos e Medicina. Hildegard é também conhecida como exímia compositora, além de ter cunhado muito das ideias de gravitação universal, séculosantes de Newton. ...Europa medieval Outra famosa abadessa alemã foi Hroswitha de Gandersheim (935- 1000), a qual também encorajava as mulheres a serem intelectuais. No entanto, o crescimento do número e do poder das freiras não foi bem visto pela hierarquia clerical patriarcal e, assim, houve uma reação contra o avanço das mulheres. Tal reação impactou muitas ordens religiosas, que fecharam suas portas para as mulheres, excluindo-as da oportunidade de aprender a ler e escrever. Com isso, o mundo da ciência fechou mais uma vez suas portas para as mulheres. No início do século XI, surgiram as primeiras universidades. As mulheres foram, na maior parte, excluídas da educação universitária. No entanto, houveram algumas exceções. A Universidade italiana de Bolonha, por exemplo, permitiu que mulheres participassem de palestras desde seu início, em 1088. Na Itália, a atitude em relação à educação das mulheres na área da medicina parece ter sido mais liberal do que em outros lugares. A médica Trotula di Ruggiero supostamente ocupou uma cadeira na Faculdade de Medicina de Salerno, onde ministrou aulas a muitas mulheres da nobreza italiana, um seleto grupo por vezes referido como "as senhoras de Salerno". ...Europa medieval ...Europa medieval Apesar do sucesso de algumas mulheres, os preconceitos culturais contra sua educação e participação na ciência foram proeminentes na Idade Média. Por exemplo, São Tomás de Aquino, um erudito cristão, escreveu, referindo-se às mulheres: "Ela é mentalmente incapaz de manter uma posição de autoridade." https://pt.wikipedia.org/wiki/Mulheres_na_ci%C3%AAncia Revolução Científica (XVI – XVII) Maria Sibylla Merian (1647-1717) passou sua vida investigando a natureza. Aos treze anos de idade, Sibylla começou a criar lagartas e a estudar sua metamorfose em borboletas. Possuía um "Livro de Estudo" em que registrava suas pesquisas sobre a filosofia natural. Em sua primeira publicação, O Novo Livro das Flores, ela usou imagens para catalogar as vidas de plantas e insetos. Após a morte de seu marido, e seu breve período vivido em Siewert, Sibylla e sua filha viajaram para Paramaribo durante dois anos para observar insetos, pássaros, répteis e anfíbios. Ela então retornou a Amsterdã e publicou A metamorfose dos Insetos do Suriname, obra que "revelou aos europeus pela primeira vez a diversidade surpreendente da floresta tropical.“ Ela foi uma botânica e entomóloga conhecida por suas Ilustrações de plantas e insetos. Pouco comum para a época, ela viajou para a América do Sul, onde, com a ajuda das filhas, ilustrou a vida vegetal e animal dessa região. Revolução Científica (XVI – XVII) Segundo Jackson Spielvogel, "os cientistas do sexo masculino usaram a nova ciência para propagar a visão de que as mulheres eram por natureza inferiores e subordinadas aos homens e adequadas a desempenhar um papel doméstico como mães. A distribuição generalizada de livros assegurou a continuação dessas ideias ".[ Rosalind Franklin foi uma cristalógrafa, cujo trabalho ajudou a elucidar as estruturas delicadas do carvão, do grafite, do DNA e dos vírus. Em 1953, seu trabalho sobre a estrutura cristalográfica do DNA foi a base fundamental para que Watson e Crick formulassem o modelo da estrutura do DNA. Esses dois cientistas foram laureados com o Prêmio Nobel sem dar o devido crédito a Franklin, que havia morrido de câncer em 1958. Laura Maria Caterina Bassi (Bolonha, 31 de outubro de 1711 — 20 de fevereiro de 1778) foi uma cientista italiana e a primeira mulher a ensinar oficialmente em uma universidade na Europa. Foi nomeada professora de anatomia em 1731 na Universidade de Bolonha aos 20 anos de idade e foi eleita para a Academia do Instituto de Ciências em 1732, e no ano seguinte foi-lhe dada a cadeira de filosofia. Foi uma das figuras-chaves na introdução de ideias da física de Newton e da filosofia natural na Itália. Também realizou suas próprias experiências em todos os campos da física. Publicou 28 artigos, a grande maioria deles em física e hidráulica, embora não tenha escrito nenhum livro. Marie Skłodowska Curie (Varsóvia, 7 de novembro de 1867 — 4 de julho de 1934) Cientista polonesa com naturalização francesa que conduziu pesquisas pioneiras no ramo da radioatividade. Foi a primeira mulher a ser laureada com um Prémio Nobel (1903) e a primeira pessoa e única mulher a ganhar o prêmio duas vezes. em reconhecimento pelos seus serviços para o avanço da química, com o descobrimento dos elementos rádio e polônio Linus Pauling repetiu o feito, ganhando o Nobel de Química, em 1954 e o Nobel da Paz em 1962 e tornou-se a única personalidade a ter recebido dois Prémios Nobel não compartilhados. Por outro lado, Marie Curie foi a única pessoa a receber duas vezes o Prémio Nobel, em áreas científicas distintas * foi a primeira mulher a ser admitida como professora na Universidade de Paris. Entre 1901 e 2016, quarenta e oito mulheres receberam o Prêmio Nobel, das quais dezenove foram em física, química, fisiologia ou medicina Emily Roebling Mulheres na Engenharia Foi uma grande colaboradora de um dos maiores projetos de engenharia na história americana. Quando seu marido ficou doente em 1872, ela o sucedeu como engenheira-chefe durante a construção da ponte do Brooklyn, concluída em 1883. Primeira mulher a ser líder, alguns ainda se referem a ela como um exemplo de pioneirismo e independência. Ela não apenas desempenhou um papel fundamental na ligação de Manhattan para o Brooklyn, como também abriu novos caminhos para outras mulheres no caminho para a igualdade. http://engenhariae.com.br/editorial/colunas/5-mulheres-que-fizeram-diferenca-na-engenharia/ Hedy Lamarr Glamourosa atriz de Hollywood, Hedy Lamarr fez contribuições significativas em engenharia para redes sem fio que conhecemos hoje. Ela era uma famosa atriz de cinema da década de 1930, mas sendo bela e talentosa não foi o suficiente para ela, ela também era extremamente inteligente. Além de todas as suas realizações na indústria do cinema, Hedy inventou um sistema de comunicações de controle remoto para os militares dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. A Teoria de Lamarr serve essencialmente como base para a moderna tecnologia de comunicação que temos hoje, tais como Bluetooth e conexões de rede Wi-Fi. http://engenhariae.com.br/editorial/colunas/5-mulheres-que-fizeram-diferenca-na-engenharia/ Edith Clarke Em 1918, Edith Clarke tornou-se a primeira mulher a receber o diploma de engenharia elétrica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, MIT. Suas invenções fez uma grande diferença na história da engenharia elétrica, como a Clarke Calculator – um dispositivo usado para resolver problemas de linha de transmissão de energia elétrica. Trabalhou 2 anos para a General Electric. Em 1947, ela se tornou professora de engenharia elétrica na Universidade do Texas, fazendo dela a primeira professora de engenharia elétrica nos Estados Unidos http://engenhariae.com.br/editorial/colunas/5-mulheres-que-fizeram-diferenca-na-engenharia/ Martha Coston Aos 21 anos, encontrou-se viúva com quatro filhos para criar. O marido, um ex-cientista naval morreu deixando para trás apenas um esboço para chamas de pirotecnia em seu diário. Martha decidiu desenvolver a ideia que iria permitir que os navios se comunicassem a noite. Coston vendeu o sistema de sinalização para a Marinha dos EUA , e esse sistema ajudou a salvar vidas e ganhar muitas batalhas, que eventualmente, levou os governos daFrança, Itália, Dinamarca, Holanda e Haiti a adotá-lo também. http://engenhariae.com.br/editorial/colunas/5-mulheres-que-fizeram-diferenca-na-engenharia/ Stephanie Kwolek Enquanto trabalhava para a DuPont em 1960, Kwolek inventou o Kevlar, uma fibra ultra-forte e extremamente leve que ela chamou de “uma descoberta acidental.” Ela estava à procura de um material que poderia ser utilizado no reforço de pneus de automóveis, o que seria mais leve e mais eficiente que o metal. O polímero líquido cristalino que ela criou tornou-se o Kevlar, que é cinco vezes mais forte que o aço, extremamente leves, e amplamente utilizado hoje em dia em coletes à prova de balas e roupas esportivas, mas também em pneus para resistir a perfurações. Ela recebeu a National Medal of Technology em 1996 por suas realizações como uma cientista de pesquisa e foi nomeada para o National Women’s Hall of Fame em 2003. A American Chemical Society concedeu-lhe a Medalha Perkin em 1997. http://engenhariae.com.br/editorial/colunas/5-mulheres-que-fizeram-diferenca-na-engenharia/ ...e do quê precisamos para fazer ciência? organização, procedimento sistematizado, percepção crítica, pensamento hipotético, não ter preconceitos, capacidade de análise, padronização e possibilidades de medir, avaliar e mensurar. Todos esses atributos e procedimentos referem-se ao método científico. Mas, antes mesmo de pensarmos em etapas ou em como proceder para alcançar objetivos, é necessário que você se inspire Definição de Metodologia Científica “É o estudo ou conhecimento dos métodos utilizados para a realização de pesquisas científicas ou acadêmicas, que resultou na denominação da disciplina, que compõe o currículo dos cursos superiores” “É o elemento facilitador da produção de conhecimentos, capaz de auxiliar e entender os processos de buscas de respostas, ou seja, um meio para obtenção do conhecimento (UNI. IBIRAPUERA, 2000) Metodologia Científica É a disciplina que confere os caminhos necessários para o auto-aprendizado em que o aluno é sujeito do processo, aprendendo a pesquisar e a sistematizar o conhecimento obtido. A metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos a serem utilizados na obtenção do conhecimento. É a aplicação do método, através de processos e técnicas, que garante a legitimidade do saber obtido. Método: é o conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar um determinado fim. Metodologia: é o estudo crítico dos métodos. Ciência: é o conjunto de conhecimentos precisos e metodologicamente ordenados em relação a um determinado domínio do saber. • Pesquisa: é a atividade de investigação capaz de produzir um conhecimento novo ou sintetizar o que já se sabe a respeito de um determinado assunto ou área. Metodologia Científica Metodologia científica Vc se recorda de aplicar algum método para realizar algo no seu cotidiano? Dessa forma, vale ressaltar que explicações sistemáticas que podem ser testadas, validadas e reproduzidas são um dos alicerces do conhecimento sedimentado na ciência, e elas se estabelecem como resultado da investigação científica. Por isso, o método está intimamente ligado à ciência. Conhecimento ⚫ Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. ⚫ O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. ⚫ Somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; ⚫ Somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; ⚫ Somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos Formas de conhecimento Popular (ou Empírico); Filosófico; Religioso (ou Teológico); Técnico-Científico. Na ciência, o conhecimento é geralmente transmitido por escritos técnicos que obedecem uma organização e forma pré-estabelecidas. Método científico https://sumaapologetica.com/2015/05/17/305/ Conhecimento Popular (senso comum) “... resulta de repetidas experiências casuais de erro e acerto, sem observação metódica, nem verificação sistemática. Pode também resultar de simples transmissão de geração para geração e, assim, fazer parte das tradições de uma coletividade” (Galliano, 1986). “... É o modo comum, espontâneo, pré-crítico de conhecer. É o conhecimento do povo que atinge os fatos sem lhes inquirir as causas” (Ruiz, 1993). Conhecimento Popular (senso comum) É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas. Exemplo: A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar. Conhecimento Filosófico É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. Exemplo: "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche) Conhecimento Religioso Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc. Conhecimento Científico ⚫ “É o conhecimento produzido pela investigação científica. Surge não apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de origem prática da vida diária, característica esta do conhecimento ordinário, mas do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas através de provas”. (KOCHE, 1984) Conhecimento Científico É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico: - É racional e objetivo. - Atém-se aos fatos. - Transcende aos fatos. - É analítico. - Requer exatidão e clareza. - É comunicável. - É verificável. - Depende de investigação metódica. - Busca e aplica leis. - É explicativo. - Pode fazer predições. - É aberto. - É útil Conhecimento Científico Exemplo... Descobrir uma vacina que evite uma doença; Descobrir como se dá a formação da madeira; etc.. FILOSÓFICO RELIGIOSO OU TEOLÓGICO Fundamenta-se em hipóteses que não podem ser submetidas à observação. • Não é verificável, pois as hipóteses não podem ser nem confirmadas nem refutadas. • É racional, já que os enunciados têm correlação lógica. • É sistemático, pois hipóteses e enunciados representam uma realidade coerente. • É infalível e exato, pois seus postulados e hipóteses não são submetidos a teste de observação ou experimentação. • Fundamenta-se em doutrinas que contêm pressupostos sagrados. • É inspiracional, pois as doutrinas são reveladas pela divindade. • É infalível, pois adota pressupostos indiscutíveis e exatos. • É sistemático, pois o conhecimento organizado do mundo é obra do criador divino. • Não é verificável, pois o que é revelado implica uma atitude de fé. Baseia-se no uso darazão pura para questionar os problemas humanos e para discernir sobre certo e errado. Baseia-se em verdades que são infalíveis e indiscutíveis por revelarem o sobrenatural . Fonte: Vianello, 2017; MARCONI; LAKATOS, 2010. Não se caracteriza pela investigação, satisfaz-se com o imediato; É subjetividade e submete o conhecimento adquirido (através da observação ocasional) a superstições, fé, dogmas, ou seja, constrói uma realidade espontânea. Constrói a sua realidade com base na observação sistemática através de instrumentos, fatos, na experimentação e, sobretudo na razão, ou seja, refere-se a um sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico.