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LFG Online apresenta... LÍNGUA PORTUGUESA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Aula 11 – elementos coesivos Prof. Dr. Agnaldo Martino Coesão Interpretação de Texto Existem elementos linguísticos cuja função principal é a de estabelecer relações textuais, que são chamados de elementos de coesão textual. Interpretação de Texto Esses elementos linguísticos aparecem como auxiliadores na tessitura do texto, originando, assim, o fenômeno da coesão textual. Interpretação de Texto Ocorre a coesão textual quando a interpretação de algum elemento no discurso é dependente da de outro. Interpretação de Texto Um elemento pressupõe o outro, no sentido de que não pode ser efetivamente decodificado a não ser por recurso ao outro. Interpretação de Texto A coesão é uma relação semântica entre um elemento do texto e algum outro elemento que seja de extrema relevância para que se estabeleça a sua interpretação. Interpretação de Texto Trechos de obras de Machado de Assis Interpretação de Texto pronomes: A figura é poética, mas não é a da heroína do romance. [...] entrei para abraçar o meu antigo companheiro de estudos, que me recebeu alvoroçado e admirado. Depois da primeira expansão, apresentou-me ele à sua família, composta de mulher e uma filhinha, esta retrato daquela, e aquela retrato dos anjos. Interpretação de Texto verbos: Soares não desanimou o major. Disse que era natural acabar sua existência na política, e chegou a dizer que algumas vezes sonhara com uma cadeira no parlamento. – Pois eu verei se te posso arranjar isto – respondeu o tio. – O que é preciso é que estudes a ciência da política, a história do nosso parlamento e do nosso governo; e principalmente que continues a ser o que és hoje: um rapaz sério. Se bem o dizia o major, melhor o fazia Soares, que desde então meteu-se com os livros e lia com afinco as discussões das Câmaras. Interpretação de Texto advérbios: [A D. LUÍSA P..., EM JUIZ DE FORA] À MESMA Corte,10 de janeiro Isto é apenas um bilhetinho. Dou-lhe notícia de que vamos ter aqui uma representação familiar, como fazíamos no colégio. O dr. Alberto foi encarregado de escrever a comédia; afiançam-me que há de sair boa. Representa comigo a Carlota. Os homens são o primo Abreu, o Juca e o dr. Rodrigues. Ah! se você cá estivesse. RAQUEL Interpretação de Texto numeral: – Alves! – Moreira! Soltados esses dois gritos, os dois indivíduos, a quem pertenciam aqueles nomes, trocaram um formidável abraço, com palmadas nas costas, a despeito de se passar a cena na rua do Ouvidor, às duas horas da tarde. Abraçados e palmejados os dois amigos (eram evidentemente amigos) tornaram a exclamar: – Ora o Alves! – Ora o Moreira! [...] Ambos eles iam contentes e palreiros. Regulavam pela mesma idade, trinta a trinta e três anos; eram igualmente magros, não muito, e quase de igual altura. Interpretação de Texto repetição do mesmo item lexical: Matias sorriu manso e discreto, como devem sorrir os eclesiásticos e os diplomatas. Interpretação de Texto sinônimos: Decorreram algumas semanas. Uma noite, eram nove horas, estava em casa, quando ouviu rumor de vozes na escada; desceu logo do sótão, onde morava, ao primeiro andar, onde vivia um empregado do arsenal de guerra. Era este, que alguns homens conduziam, escada acima, ensanguentado. O preto que o servia, acudiu a abrir a porta; o homem gemia, as vozes eram confusas, a luz pouca. Deposto o ferido na cama, Garcia disse que era preciso chamar um médico. Interpretação de Texto expressões nominais definidas: Uma célebre Leontina Caveau, que se dizia viúva de um tal príncipe Alexis, súdito do tzar, foi ontem recolhida à prisão: A bela dama (era bela!) não contente de iludir alguns moços incautos, alapardou-se com todas as jóias de uma sua vizinha, mlle. B... A roubada queixou-se a tempo de impedir a fuga da pretendida princesa. Interpretação de Texto nomes genéricos: Não me admira, dizia um poeta antigo, que um homem case uma vez; admira-me que, depois de viúvo, torne a casar. Era um dia de procissão de Corpus Christi, que a igreja do Sacramento preparara com certo luxo. A rua do Sacramento, a do Hospício, o largo do Rocio estavam mais ou menos cheios de povo que aguardava o préstito religioso. Na janela de uma casa do Rocio, atulhada de gente como todas as janelas daquela rua, havia três moças, duas das quais pareciam irmãs, não só pela semelhança das feições, mais ainda pela identidade dos vestidos. Interpretação de Texto recorrência de termos: Z – Você está enganado. O Xavier? Esse Xavier há de ser outro. O Xavier nababo! Mas o Xavier que ali vai nunca teve mais de duzentos mil-réis mensais, é um homem poupado, sóbrio, deita-se com as galinhas, acorda com os galos, e não escreve cartas a namoradas, porque não as tem. Se alguma expede aos amigos é pelo correio. Não é mendigo, nunca foi nababo. Interpretação de Texto paralelismo: Na manhã de um sábado, 25 de abril, andava tudo em alvoroço em casa de José Lemos. Preparava-se o aparelho de jantar dos dias de festa, lavavam-se as escadas e os corredores, enchiam-se os leitões e os perus para serem assados no forno da padaria defronte; tudo era movimento; alguma coisa grande ia acontecer. Interpretação de Texto paráfrase: Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras. Interpretação de Texto sequenciação temporal: Bebeu o resto do elixir do pajé. No dia seguinte morreu. Interpretação de Texto Três causas diversas podem aconselhar o uso dos óculos. A primeira de todas é a debilidade do órgão visual, causa legítima, menos comum do que parece e mais vulgar do que deveria ser. Vê-se hoje um rapaz entrando na puberdade e já adornado com um par de óculos, não por gosto, senão por necessidade. A natureza conspira para estabelecer o reinado dos míopes. Interpretação de Texto Outra causa do uso destes auxílios da vista é a moda, o capricho, ou, como diz Rodrigues Lobo, a galantaria. O menos escritor exprime- se deste modo: “Assim é que até os óculos, que se inventaram para remediar defeitos da natureza, vi eu já alguns trazer por galantaria”. Efetivamente quem quiser passar por verdadeiro homem de tom deve trazer, não direi óculos fixos que é só próprio dos sábios e estadistas, mas estas famosas lunetas-pênseis, que são úteis, cômodas e graciosas, dão bom aspecto, fascinam as mulheres, servem para casos difíceis e duram muito. Interpretação de Texto Da terceira causa quem nos dá notícia é nem mais nem menos o gravíssimo Montesquieu. Diz ele “Os óculos fazem ver demonstrativamente que o homem que os traz é consumado nas ciências, por modo que um nariz ornado com eles deve ser tido sem contestação por nariz de um sábio”. Conclui-se disto que a natureza é uma causa secundária dos estragos da vista e que o desejo de parecer ou de brilhar produz o maior número dos casos em que é necessária a arte do Reis. Interpretação de Texto sequenciação por conexão: – Se eu não fosse àquele baile não conhecia esta mulher, não andava agora com estes cuidados, e tinha conjurado uma desgraça ou uma felicidade, porque ambas as coisas podem nascer deste encontro fortuito. Que será? Eis-me na dúvida de Hamlet. Devo ir à casa dela? A cortesia pede que vá. Devo ir; mas irei encouraçado contra tudo. É preciso romper com estas ideias, e continuar a vida tranquila que tenho tido. Interpretação de Texto
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