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Argumentos Filosóficos Teológicos de uma Crença na Existência de Deus

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Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
2 
 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE UMA 
CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
Pinhais 
Junho de 2000 
 
 
Edição especial para distribuição gratuita pela Internet, através do site 
Letras Santas, com autorização do Autor. A reprodução no todo ou em 
parte deste livro, por qualquer meio, sem autorização do autor é 
expressamente proibido. 
O Autor gostaria de receber um e-mail de você com seus 
comentários e críticas sobre o livro. O Letras Santas também gostaria 
também de receber suas críticas e sugestões. Sua opinião é muito 
importante para o aprimoramento de nossas edições: 
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do seu e-mail. 
Se alguém suspeitar que algum material do acervo não obedeça à Lei 
de Direitos Autorais, pedimos: por favor, avise-nos pelo e-mail: 
letrassantas@hotmail.com para que possamos providenciar a regularização 
ou a retirada imediata do material do site. 
 
 
 
 
 
 
 
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Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 SUA EXISTÊNCIA NEGADA 
1.1 ATEÍSMO 
1.2 AGNOSTICISMO 
1.3 CETICISMO 
1.4 POLITEÍSMO 
1.5 PANTEÍSMO 
1.6 DUALISMO 
1.7 DEÍSMO 
 
2 EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS 
2.1 O COSMOS E O UNIVERSO 
2.2 O DESÍGNIO NO UNIVERSO 
2.3 A NATUREZA DO HOMEM 
2.4 O FATOR DA INTUIÇÃO 
2.5 A HISTÓRIA HUMANA 
2.6 O CONSENSO COMUM 
 
3 A LÓGICA DA TEOLOGIA 
 
CONCLUSÃO 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Falar em Deus é assunto bem extenso e de suma importância 
para o homem. Falar em Sua existência é ainda mais importante. O 
fato da existência ou não de Deus irá influenciar toda a vida de um 
homem. sua crença em relação a este fato levará a um estilo de vida 
determinado. Tudo dependerá de como ele vê ou até mesmo não vê 
a Deus. 
 
 O homem tem buscado de todas as formas possíveis chegar a 
algum conhecimento de Deus. todos em vão, por não passarem de 
filosofia humana e preceitos de homens. Sempre procura um meio 
para atingir a Deus, sendo que, na realidade, ele mesmo, não pode 
atingir a Deus. 
 
 Não existe nada de mais belo e de mais magnífico do que 
Deus. não há nada no mundo que se compare a grandeza do assunto. 
Talvez a maior questões que divide a humanidade, seja o fato de se 
crer ou de não crer na existência de Deus. 
 
 Quero atestar aqui, a existência de Deus. Ele realmente existe e 
está Vivo! Domina este mundo, pois tudo veio a existir por Seu 
intermédio. Através de um senso crítico, demonstro como se pode 
provar o fato de que Deus realmente existe. 
 
 Com Deus, há explicações para todos os eventos, todos os 
acontecimentos, todos os fatos, todas as circunstâncias. Sem Deus, 
um vazio, necessitando ser preenchido. 
 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
5 
 
1 - SUA EXISTÊNCIA NEGADA 
 
1.1 ATEÍSMO 
 
Doutrina que nega a existência do Deus Supremo ou quaisquer 
outros deuses. Consiste na negação absoluta de uma idéia da 
existência de Deus. Para eles, não há Deus. 
 
Algumas pessoas são ateus porque vivem sem Deus, se recusam 
explicitamente a pensar em Deus, ou em buscá-lo, ou em preocupar-
se com Ele. Estas pessoas vivem somente para si mesmos, por isso 
são ateus, não buscam a Deus. Até mesmo a própria tentativa da 
negação da existência de Deus é uma prova de que Ele exista, pois 
não é preciso, ou até mesmo necessário provar que algo não exista. 
Nesse caso, a coisa, ou algo, ou alguém, simplesmente não existe e 
ponto final. 
 
 
1.2 AGNOSTICISMO 
 
Posição metodológica que somente aceita uma afirmativa como 
verdadeira se esta tiver uma evidência lógica satisfatória. “Afirma”, 
que não sabemos e nem podemos saber se existe um deus. 
 
Teoria que diz que é impossível para o homem saber se Deus 
existe ou não. dizem que não se pode chegar a tal conhecimento. As 
pessoas que aceitam esta teoria são ensinadas a não ter fé em nada. 
Esta teoria se identifica modernamente com o Positivismo, que 
afirma que somente se pode aceitar como verdade aqueles fatos que 
possam ser observados ou experimentados, submetendo-os então ao 
exame e ou a estudos. Portanto, como a idéia de Deus não há como 
submetê-la a exames físicos, estes se recusam a ocuparem-se dela. 
 
1.3 CETICISMO 
 
Filosofia segundo a qual ninguém pode chegar a qualquer 
conhecimento indubitável. Duvida da existência de Deus, em maior 
ou menor grau que o agnosticismo. O ceticismo não nega, mas exige 
que se duvide da existência de Deus. Dizem que o verdadeiro 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
6 
conhecimento, se é que este existe, está além da capacidade do 
homem. 
 
 
1.4 POLITEÍSMO 
 
Crença na existência de vários deuses. Religião em que há 
pluralidade de deuses. Geralmente essa crença em vários deuses é 
acompanhada de idolatria. 
 
 
1.5 PANTEÍSMO 
 
Doutrina que afirma que a totalidade do universo é um único 
deus; ele está imanente em tudo, e todas as coisas são deus, quer 
sejam boas, quer sejam más. Para eles, Deus é tudo e tudo é Deus. 
Esse modo de pensar faz do homem Deus, e Deus de homem. 
 
Segundo esta doutrina, todas as coisas são como pedaços de 
Deus, por exemplo: um pau, o sol, uma formiga, uma flor, uma 
pedra, uma árvore, um papel, o homem. Consideram a Deus como 
uma imensa folha de papel, que foi rasgada em milhões de 
pedacinhos. 
 
1.6 DUALISMO 
 
Teoria concernente a duas substâncias ou princípios distintos e 
irredutíveis, dividindo as substâncias individuais, classificações 
morais ou as entidades, como explicação possível do mundo e da 
vida. dois seres, um bom e um outro mal. 
 
 
1.7 DEÍSMO 
 
Teoria que diz que Deus é o princípio ou causa do mundo, 
infuso ou difuso na natureza, como o arquiteto do universo. Deus 
criou o mundo e o “abandonou” a própria sorte. Afirmam que Deus 
se encontra no mundo, pois Ele é o Criador deste, porém Ele não 
exerce qualquer tipo de domínio completo sobre ele. 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
8 
 
2 - EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
Os evolucionistas sugerem que o universo originou-se do nada. 
Vamos verificar, porém, que todo efeito tem uma causa. O desígnio 
evidente no universo deve apontar para uma Mente Suprema. A 
natureza do homem, com seus impulsos e aspirações, demonstra 
assinalar a existência de um Governador pessoal. A história humana 
dá evidências duma providência que governa sobre tudo. 
 
 
2.1 O COSMOS E O UNIVERSO 
 
As coisas existentes apontam para uma causa. Uma coisa nova 
deve ter tido uma causa antecedente e, portanto, adequada, e assim, 
até chegar-se a uma Causa Primeira, que não é um efeito, senão, a 
causa pura, não causada. “Há sinais dum desígnio inteligente em toda a 
natureza. [...] não pode haver poesia sem poeta. Não pode haver cântico sem 
cantor. Não pode haver leis sem legislador; e se o universo está sob o governo da 
lei, está ipso facto debaixo do autor da lei”.1 A criação nos traz o invisível 
ao alcance do visível. 
 
Se o universo originou-se do nada;a matéria é eterna; a matéria 
não é eterna, logo, o universo não originou-se do nada. A natureza 
por si só, não é capaz de originar-se a si mesma, ela não pode 
reproduzir-se, o que vem a verificarmos que a existência de um 
universo demanda a existência de um Criador, como sendo uma 
causa prévia e também eficiente. Cada efeito deve-se ter uma causa 
adequada. Daí, é dito que todo efeito tem uma causa. Portanto, deve 
haver uma Causa Primeira que criou o universo. No entanto, existe 
uma causa que é eterna. A matéria é uma coisa que fora criada, 
surgiu do nada pelo poder criador de uma Primeira Causa. 
 
Essa causa necessariamente tem e deve ser real, porque é 
impossível que o nada venha a produzir mais que o nada. Ex nihilo, 
nihil fit – do nada, nada pode surgir. “Afirmar que algo se fez existir é 
afirmar que agiu antes de existir, o que seria um absurdo. A não-existência não 
 
1 DARGAN, E. C. As Doutrinas da Nossa Fé: Breve compêndio sobre as Doutrinas Batistas. 4 ed. Rio de Janeiro, 
Guanabara: Casa Publicadora Batista, 1971, p.27. 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
9 
pode engendrar a existência”.2 Se não há nada que possa criar alguma 
coisa, isso permite, na verdade exige, que uma realidade não física 
seja a causa primeira. A probabilidade de alguma coisa física vir a 
existir do nada é zero, não se têm conhecimento de um só evento ou 
estado físico observado por outro meio que se tenha originado do 
nada. 
 
A razão humana argumenta que o universo deve ter tido um 
princípio. É sabido que todo efeito deve ter uma causa suficiente. 
Visto que o universo é um efeito, é indispensável que venha a ter 
uma causa. Uma pergunta que surge seria: Como é que o universo 
veio a existir? ou Qual a sua origem? Se todo efeito tem uma causa; o 
universo surgiu através de um efeito; logo, o universo deve ter uma 
Primeira Causa. Esta Primeira Causa tem de ser necessariamente um 
Criador. “Como se originou tudo isso? A pergunta é natural, pois as nossas 
mentes são constituídas de tal forma que esperam que todo efeito tenha uma 
causa. Logo, concluímos que o universo deve ter tido uma Primeira Causa, ou 
um Criador. ‘No princípio – Deus’ (Gn 1.1)”.3 
Relacionado a isso, notificamos que Deus, através de poder 
infinito, fez com que a matéria viesse a existência (Gn 1.1; Hb 11.1-
3). 
 
Nenhum efeito se pode produzir sem uma causa. O homem e 
o universo são efeitos, portanto, devem ter tido uma causa, alguma 
coisa os originou. Baseados nisso, chegamos então a uma causa não 
causada, no caso Deus. “Para que alguma coisa exista, todas as condições 
necessárias para a sua existência tem de ser cumpridas. Nessa série de causas 
tem de haver ao menos um estado de existência que exista mas que não deriva a 
sua existência de alguma outra coisa. Ele é auto-existente, isto é, não foi 
causado”.4 
 
Quando uma casa é levantada, sabemos que por detrás dela está 
a figura de um construtor, alguém que planejou a execução da 
mesma, verificou os detalhes, fez os planos e finalmente a edificou. 
Uma casa prova necessariamente o fato de um construtor. 
Igualmente o universo prova o fato de um Criador. “Pois toda casa é 
 
2 CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. São Paulo p.127 
 
3 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1999, p.32. 
 
4 ZACHARIAS, Ravi. Pode o Homem Viver Sem Deus? São Paulo, SP.: Editora Mundo Cristão, 1997, p.248 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
10 
estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as cousas é Deus” 
(HB 3.4). 
 
A germinação de um feijão nos tem muito a ensinar. 
Verificamos o seu nascimento, seu crescimento, bem como o seu 
desenvolvimento. Isto pode ser visto da mesma forma em qualquer 
outra semente da mesma espécie. Paralelamente a isso a ordem na 
natureza segue um plano lógico. No universo, as coisas não 
acontecem como que por mero acaso ou por simples acidente. Cada 
fato, cada evento, tem um plano específico, arquitetado por uma 
Mente Sábio, previamente planejado e executado por um 
Construtor. Portanto, o Cosmos e o universo revelam o poder de 
Deus. Notavelmente, o universo fora criado e planejado por Deus 
para fins dignos. 
 
Podemos conhecer Deus ainda que não o vejamos em pessoa. Além 
disso, nem tudo que conhecemos podemos ver, mas sentimos, percebemos tudo 
que conhecemos. Conhecemos a dor e o amor porque os sentimos 
experimentamos e não porque o vemos. Por isso, a Bíblia diz: ‘Os céus 
proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos’ (Sl 
19.1)”5 Deus, por definição, é a Primeira Causa. Portanto, Deus deve 
existir. 
 
 
2.2 O DESÍGNIO NO UNIVERSO 
 
Imaginemos um relógio. Alguém o fez com certeza, não 
existiria do nada. Alguém vir a declarar que não existiu um 
engenheiro que construiu o relógio, e que este veio a existência de 
repente, seria o mesmo que ridicularizar a inteligência e a própria 
razão humana. É uma grande insensatez presumir que o universo 
apareceu ou “aconteceu”. 
 
“O exame dum relógio revela que ele leva os sinais de desígnio porque as 
diversas peças são reunidas com um propósito prévio. Elas são colocadas 
de tal modo que produzem movimentos e esses movimentos são regulados 
de tal maneira que marcam as horas. Disso inferimos duas coisas: 
primeiramente, que o relógio teve alguém que o fez, e em segundo lugar, 
 
5 HARLOW, R. E. Passos com Deus: Um guia seguro, que conduz o leitor a uma visão clara do plano de Deus para a sua 
vida. Cambuci, São Paulo: ELO Editora Musical & Literária, 1979. 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
11 
que o seu fabricante compreendeu a sua construção, e o projetou com o 
propósito de marcar as horas. Da mesma maneira, observamos o 
desígnio e a operação dum plano no mundo e, naturalmente, concluímos 
que houve alguém que o fez e que sabiamente o preparou para o 
propósito ao qual está servindo”.6 
 
 
Se o desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; existe 
um arquiteto; logo, o universo deve ser obra dum Arquiteto. Este 
arquiteto deve ser dotado de inteligência suficiente para explicar sua 
obra, da mesma forma que um relojoeiro explica a construção do seu 
relógio. A inteligência não se vê no relógio, mas no relojoeiro que o 
projetou. “Assim como um relógio indica um relojoeiro, as evidências do 
plano e propósito do mundo apontam para um Criador com propósito”.7 Nós 
não vemos o relojoeiro trabalhando, arquitetando o seu relógio, 
assim, da mesma forma, nós não vemos o Arquiteto que projetou 
este universo, mas mesmo assim sabemos que funciona. 
 
Existem leis no universo que invariavelmente são cumpridas. 
Como surgiram essas leis? Quem as estabeleceu? Isso implica 
necessariamente na presença de um legislador uma vez que existem 
leis. Pois sem lei, não há a necessidade de um legislador. 
 
Se não há “mente no universo”, também não há mente em nós. Isto 
quer dizer que se uma mente não originou este mundo, se as leis que o 
governam hoje não foram ditadas com inteligência e propósito sábio, 
como é possível que nossas mentes tenham a capacidade de esquadrinhar, 
descobrir e compreender as ditas leis? [...] A harmonia em nosso modo 
de pensar e as leis da natureza apontam na direção de uma causa 
inteligente e dirigente. [...] A ordem no mundo e a ordem na nossa 
mente estão de acordo porque foram criadas, assim, pelo Deus Sábio.8 
 
O mundo foi feito por uma causa inteligente. Exemplos: o 
esterco dos animaisserve para adubar a terra, mostrando assim a 
inteligência na criação. O corpo humano, é algo fantástico, 
condizendo com um Criador Sábio, todas as suas partes se ajustam 
 
6 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1999, p.33. 
7 KEELEY, Robin. Fundamentos da Teologia Cristã. São Paulo, SP.: Editora Vida, 2000, p.92. 
8 TURNER, Donaldo D. A Doutrina de Deus. São Paulo, SP.: Instituto Bíblico Brasileiro por Correspondência, Curso A-
5. Editora Batista Regular, s/d., p.22. 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
12 
perfeitamente umas às outras e todas elas cooperam para o bom 
funcionamento do corpo humano. A perfeita assimetria do olho com 
a luz é uma prova de que houve um determinado propósito. 
“Qualquer coisa que mostre vestígios de desígnios deve ter sido traçada por 
algum ser inteligente. O universo mostra sinais de ordem e desígnio; portanto, 
deve haver um Planejador; e Deus, por definição, é o Criador e Planejador. 
Portanto, Deus existe”.9 
 
Se existe um plano; existe um planejador; existe um plano, 
logo, existe um planejador. 
 
1) Algumas coisas inegavelmente existem. 
2) A minha inexistência é possível. 
3) Qualquer coisa que tenha a possibilidade de não existir é 
corretamente levada a existir por outra. 
4) Não pode haver um retrocesso infinito das correntes causas da 
existência. 
5) Logo, uma primeira causa não causada da minha corrente existência 
existe. 
6) Esta causa não causada tem de ser infinita, imutável, todo-poderosa, 
onisciente e absolutamente perfeita. 
7) Este ser infinitamente perfeito é apropriadamente chamado “Deus”. 
8) Logo, Deus existe. 
9) Este Deus que existe é idêntico ao Deus descrito nas Escrituras 
cristãs. 
10) Logo, o Deus descrito na Bíblia existe.10 
 
 
Somos levados a confiar em nossos pensamentos e a ponderar 
na consideração de que o universo fora estabelecido com sabedoria e 
que, portanto, há propósitos racionais para sua existência; isso por 
sua vez, nos leva a verificar que por trás das leis sábias da natureza há 
um Legislador de infinita sabedoria, mantendo firmes Seus decretos. 
“Se as coisas materiais estão sujeitas a leis, foram colocadas debaixo delas pelo 
Criador, e assim aqueles processos maravilhosos que vemos na natureza são em 
si mesmos indicações admiráveis da mente e do poder divino”.11 
 
9 CHAPMAN, Colin. O Cristianismo no Banco dos Réus. São Paulo, SP.: Edições Vida Nova S/R., 1978, p.32. 
10 ZACHARIAS, Ravi. Pode o Homem Viver Sem Deus? São Paulo, SP.: Editora Mundo Cristão, 1997, p.247-248. 
11 DARGAN, E. C. As Doutrinas da Nossa Fé: Breve compêndio sobre as Doutrinas Batistas. 4 ed. Rio de Janeiro, 
Guanabara: Casa Publicadora Batista, 1971, p.28. 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
13 
 
A ordem e organização útil em um sistema evidenciam 
inteligência e propósito na causa que o originou; portanto, o 
universo tem uma causa inteligente e livre por ser caracterizado por 
ordem e organização útil. Podemos verificar em todas as coisas 
criadas a mão de um Criador. “O desenho revela o desenhista”, e 
portanto, a formação do mundo revela a existência de um Criador. 
 
 
2.3 A NATUREZA DO HOMEM 
 
A natureza moral e intelectual do homem evidencia também a 
existência de um Criador inteligente e moral. “Afirma que, quer as 
pessoas reconheçam, quer não, seu senso de moral valoriza pontos para a 
existência de um Criador pessoal, moral, que embutiu em nossa estrutura um 
senso de justiça e obrigação para com os outros”.12 O homem tem uma 
natureza moral que influi em tudo o que faz e pensa. 
 
Devido ao homem ser uma criatura moral, é evidente que ele 
verificará o que deve e o que não deve fazer. O que é certo e o que é 
errado. Se deveria fazer tal ou tal coisa. Isso demonstra a existência 
de um Criador Moral também. “O fato de o homem ter uma natureza 
moral argumenta a favor de ter tido por origem um Ser moral em grau mais 
elevado, senão infinito”.13 
 
O homem dispõe uma consciência, o que faz com que tenha 
natureza moral, por isso, sabe distinguir entre o bem e o mal. 
Naturalmente sabe que há um caminho justo em que deve 
prosseguir e um outro caminho em que deve se afastar, um caminho 
errado que não deve seguir. Instintivamente, então, o homem sabe 
que deve fazer o bem, quando, porém, não o faz é censurado por sua 
consciência a fazer o bem. Porém sempre caberá ao homem escolher 
entre obedecer a consciência em questões de certo e errado ou 
desobedecê-la. Essa voz que se dirige ao homem, só pode ser fruto 
de uma Mente Criadora Superior. 
 
 
12 KEELEY, Robin. Fundamentos da Teologia Cristã. São Paulo, SP.: Editora Vida, 2000, p.93. 
 
13 TURNER, Donaldo D. A Doutrina de Deus. São Paulo, SP.: Instituto Bíblico Brasileiro por Correspondência, Curso 
A-5. Editora Batista Regular, s/d., p.26. 
 
 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
14 
 
“Quando o senhor afirma que existe o mal, não está admitindo que 
existe o bem? Quando o senhor aceita a existência da bondade, está 
declarando uma lei moral com base na qual diferencia o bem e o mal. 
Mas quando o senhor admite uma lei moral, deve reconhecer que há um 
legislador moral. Isso, porém, o senhor está tentando desaprovar, não 
provar. Pois, se não existe legislador moral, não existe lei moral. Se não 
existe lei moral, não existe o bem. Se não existe o bem, não existe o 
mal”.14 
 
 
Se existe o conhecimento do bem e do mal; há um Legislador; 
existe o conhecimento do bem e do mal, logo, há um Legislador. 
Esse Legislador foi Quem idealizou uma norma de conduta para o 
homem e fez com que a natureza humana fosse capaz de 
compreender esse ideal. A criação destes conceitos de bem e mal, 
cabe a Deus, o Justo Legislador! 
 
Quando o homem sente fome, ele vai a busca daquilo que lhe 
pode saciar essa fome. Ele não está sendo enganado que está com 
fome, mas sua natureza humana realmente está sentindo a 
necessidade de alimento. Isso indica que há algo ou alguém que o 
possa satisfazer. Semelhantemente, a exclamação: “A minha alma 
tem sede de Deus” (Sl 42.2), é um grande argumento em favor da 
existência de Deus, pois, o fato é que a alma também não iria enganar 
o homem de algo que ela realmente não estivesse necessitando. O 
fato deste anseio da alma humana pelo seu Criador é prova da 
existência de Deus. 
 
Nas Escrituras Sagradas encontramos os eventos referentes ao 
Dilúvio, mostrando como Deus sabe governar moralmente as Suas 
criaturas; da mesma forma, a narrativa sobre a Torre de Babel, 
evidenciam o mesmo fato. Deus é um Governador Moral, que 
governa o ser, a criatura moral que Ele criou (Sl 32.1-5; 38.1-4; Mt 
27.3-5). 
 
 
2.4 O FATOR DA INTUIÇÃO 
 
 
14 ZACHARIAS, Ravi. Pode o Homem Viver Sem Deus? São Paulo, SP.: Editora Mundo Cristão, 1997, p.237 
Pr. Cleverson de Abreu Faria 
ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
15 
Nossos próprios pensamentos implicam em um Deus que 
pensa, ou seja, a própria idéia de Deus já é uma prova suficiente de 
Sua existência. É sugerido que todos os homens já tem a idéia de 
Deus intuitivamente, e daí também encontram a prova de sua 
existência; também mostra que Deus deve ser infinito e pessoal. 
Temos, em nossas mentes, a idéia de que existe um Ser 
infinitamente perfeito. Todo o reino da naturezamanifesta o 
desígnio do universo. No temos evidência de um propósito, de um 
desígnio, e este desígnio exige que exista um planejador, é claro que 
este desígnio ou propósito necessita de um planejador, se assim não 
fosse, não seria possível chamá-lo de desígnio. 
 
 
“A mente humana aceita as evidências dos argumentos “a posteriori” a 
favor de um Criador antecedente ao Universo, com potência suficiente 
para criar a matéria do nada, com a sabedoria necessária para governar e 
ordenar o universo; e com a santidade de justiça necessárias para dar ao 
homem sua consciência e moralidade; pois atribuímos ao Ser que tem 
tais atributos em grau sobre-humano a eternidade e a perfeição em todos 
os Seus atributos. Ainda que não possamos provar isto nosso mente nos 
leva a crer, mesmo sem raciocinar que Aquele que nos fez com 
sentimentos ou instinto de amar, de adorar, de pensar etc., revelou-nos 
também um Deus, como objeto infinito e perfeito, a Quem podemos 
adorar e com Quem podemos ter comunhão. Assim é que a mente 
humana atribui ao Criador o caráter de Deus e nos parece muito lógico 
fazê-lo, mesmo que não o demonstremos cientificamente”15 
 
 
 
Se alguma coisa hoje existe, logo, esse algo sempre existiu, 
porque é sabido que do nada, nada se origina. Isto é coerente com a 
realidade. Nós não podemos aceitar qualquer outra conclusão que 
esteja fora deste parâmetro, dar-se-á, portanto, que se algo existe, é 
porque existe necessariamente um Ser Eterno, no entanto, se há algo 
eterno, indubitavelmente este algo eterno é um Ser que tem 
existência em si mesmo, caso contrário não seria eterno, conclui-se, 
então que esse algo eterno não foi criado, é auto-existente. Este Ser 
eterno, deve ser um Ser onipotente, tendo por fim a capacidade de 
 
15 TURNER, Donaldo D. A Doutrina de Deus. São Paulo, SP.: Instituto Bíblico Brasileiro por Correspondência, Curso 
A-5. Editora Batista Regular, s/d., p.27. 
 
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UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
16 
vir a criar qualquer outra coisa que deseja. O que existe por si é 
eterno; tem todas as perfeições em grau infinito; é Pessoa e é Deus. 
Assim podemos compreender a frase: “Existo, portanto Deus existe”. 
“Se a idéia existe, então a própria coisa deve existir; a idéia deve corresponder a 
algo que está ali, fora de minha mente. Portanto, Deus deve existir”.16 
Notemos, no entanto, que se algo existe agora, algo sempre existiu. 
 
 
“Se algo existe agora, devemos afirmar uma dentre três coisas a respeito 
disso. Ou ele é eterno, criado por algo que é eterno, ou autocriado. Você 
pode pensar em quaisquer outras alternativas? Qual das três tem sido 
mais frequentemente oferecida como uma alternativa por aqueles que não 
admitem a existência de Deus? A resposta óbvia é a terceira. Se dermos 
a primeira ou a segunda objeção, já teremos afirmado que algo é eterno 
(seja um mundo eterno ou um criador eterno). Só a terceira alternativa 
nos livra do algo auto-existente e eterno”.17 
 
 
2.5 A HISTÓRIA HUMANA 
 
“A marcha dos eventos da história universal fornece evidência de um 
poder e duma providência dominantes. Toda a história bíblica foi usada para 
revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios 
humanos”.18 
 
Na história da humanidade, notamos o surgimento de grandes 
nações, bem como o seu declínio da mesma forma. O 
engrandecimento de uma nação se dera ao fato de que temera a Deus 
e observara-lhe os preceitos; o seu declínio se dera pelo fato de 
afastar-se das leis morais do Legislador, a desobediência trouxe o 
desaparecimento do poderio que muitas nações tiveram no passado, 
como exemplo, cito: Babilônia, Grécia, Roma, etc. A maneira pela 
qual Deus trata com as nações, ou com indivíduos sugere sua ativa 
presença nos negócios realizados pela natureza humana. A 
transformação de vidas pelo poder do cristianismo é um bom 
 
16 CHAPMAN, Colin. O Cristianismo no Banco dos Réus. São Paulo, SP.: Edições Vida Nova S/R., 1978, p.32. 
17 SPROUL, R. C. Razão para Crer: Uma resposta às objeções comuns ao cristianismo. São Paulo, SP.: Editora Mundo 
Cristão, 1986, p.76. 
 
18 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1999, p.36. 
 
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UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
17 
exemplo. Pessoas que estavam escravizadas ao pecado, agora vivem 
vidas exemplares. 
 
 
2.6 O CONSENSO COMUM 
 
Todas as nações têm uma crença num Ser Sobrenatural a Quem 
oram e a Quem adoram. O homem, por causa de sua constituição, 
em tempos de calamidade, de aflição, de angústia, de desespero, de 
grande perigo, ou perante a morte, sem sequer pensar em suas ações, 
busca a um Ser Sobrenatural, ora a Ele, porque é uma criatura 
dependente, reconhece a existência de um Ser Supremo, a Quem, 
por meio de sua consciência, reconhece como Seu Criador e a Ele 
recorre instintivamente. 
“Em qualquer lugar onde se fale uma língua humana, por mais inculta 
e pobre que seja, nela sempre aparecerá um nome: Deus. Ora, essa idéia da 
existência do Criador espalhada na consciência de todos os povos leva a concluir 
que um sentimento comum a todos os seres humanos não pode ser falso”.19 
 
A crença na existência de Deus é praticamente tão difundida 
quanto a própria raça humana. Alguns podem objetar a isso dizendo 
que certas raças não crêem em Deus. Ora, quanto a isso, dizemos 
que uma exceção não vem a inutilizar a regra. Por exemplo. Há 
várias pessoas cegas no mundo, mas isso não prova que todas as 
pessoas são cegas. Se todas as pessoas sabem ler; não existem 
analfabetos; mas, analfabetos existem, logo, todas as pessoas não 
sabem ler. Agora, isso não significa que todos o são. Como alguém 
um dia já disse: “o fato de que certas nações não conhecerem sequer 
a tabuada de multiplicação, não afetará de modo nenhum a 
aritmética”. O mundo não fora criado sem se deixar perceber certos 
sinais, ou evidências ou mesmo sugestões, que apontam para as obras 
de um Criador Supremo (Rm 1.19-21). 
 
O simples fato de existir a idolatria, ou seja, a adoração de algo, 
ou alguém ou de deuses, já é fator indicador que o homem procura 
algo para prestar culto. O homem certamente possui uma natureza 
religiosa e por isso procura um objeto para dirigir sua adoração. 
 
 
19 COSTA, Jefferson Magno. Provas da Existência de Deus. São Paulo, SP.: Editora Vida, 1995, p.32. 
 
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18 
“Esta crença universal em Deus é prova de quê? É prova de que a 
natureza do homem é de tal maneira constituída que é capaz de 
compreender e apreciar essa idéia, como o expressou certo escritor: “O 
homem é incuravelmente religioso”, que no sentido mais amplo inclui: 
(1) A aceitação do fato da existência dum ser acima das forças da 
natureza. (2) Um sentimento de dependência de Deus como quem 
domina o destino do homem; este sentimento é despertado pelo 
pensamento de sua própria debilidade e pequenez e pela magnitude do 
universo. (3) A convicção de que se pode efetuar uma união amistosa e 
que nesta união ele, o homem, achará segurança e felicidade. Desta 
maneira vemos que o homem, por natureza, é constituído para crer na 
existência de Deus, para confiar na sua bondade, e para adorar em sua 
presença”.20 
 
 
A crença na existência de um Ser Supremo é intuitiva, desde os 
tempos mais remotos, há no coração do homem tal idéia, é uma 
verdade primária que a mente aceita primeiro, sem levar a cabo o 
processo pelo qual chegou a esta crença. 
 
 
 “Deus tomoua iniciativa, ao longo da História, de comunicar-se com o 
homem. Sua revelação mais completa foi Sua penetração na história da 
humanidade na pessoa de Jesus Cristo. Aqui, em termos de 
personalidade humana que nós podemos entender, Ele viveu entre nós. 
Se eu quisesse comunicar o meu amor a uma colônia de formigas, como 
poderia fazê-lo da maneira mais eficiente? Indubitavelmente o melhor 
seria tornar-me uma formiga. Somente desta forma a minha existência e 
a minha personalidade poderiam ser transmitidas completa e 
eficientemente. [...] A melhor e a mais clara resposta à pergunta como 
sabemos que Deus existe é que Ele nos visitou. Os outros indícios são 
meras pistas ou sugestões. O que as confirma concludentemente é o 
nascimento, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo”.21 
 
 
 
 
20 Ibid., p.38 
21 LITTLE, Paul E. Você Pode Explicar Sua Fé? A fé cristã não deve ser cega. 4ª ed. São Paulo, SP.: Editora Mundo 
Cristão, 1990, p.27. 
 
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19 
Podemos verificar a existência de Deus por meio também de 
Sua presença nas vidas de homens e mulheres. O indivíduo que crê, 
que deposita sua confiança em Jesus Cristo, passa por uma profunda 
transformação interior, o que é também evidenciado na sociedade. 
“A razão pela qual sabemos que Deus existe é porque Ele nos disse e a nós Se 
revelou... Deus não só existe, mas Ele também nos comunicou este fato. Ele 
nos contou sobre quem Ele é, como Ele é e qual o Seu plano para o planeta 
Terra. Ele revelou essas coisas à humanidade através da Bíblia”.22 O ser 
humano pode revelar seus pensamentos a quem ele quiser, isso pode 
ser feito através da palavra oral ou mesmo da escrita, ou até por 
gestos e ações. O Ser Supremo não poderia fazer o mesmo? Sim, e 
isso Ele o fez, Ele Se revelou por meio da Bíblia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 MCDOWELL, Josh. STEWART, Don. Respostas Àquelas Perguntas: O que os céticos perguntam sobre a fé cristã. 
São Paulo: Editora Candeia, 1997, p.83. 
 
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20 
 
3 - A LÓGICA DA TEOLOGIA 
 
Quando um homem diz: “Eu conheço o presidente”, ele não 
quer dizer: “Eu sei que o presidente existe”, porque isso se 
subentende na sua declaração. Da mesma maneira os escritores 
bíblicos nos dizem que conhecem a Deus e essas declarações 
significam a sua existência.23 As Escrituras não procuram provar a 
existência de Deus, elas simplesmente tratam como que a existência 
de Deus é um fato inerentemente irrefutável. As Escrituras iniciam 
com Deus: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). As 
Escrituras não tratam de provar a existência de Deus mediante provas 
formais. Ele O atesta como fato auto-evidente e como crença natural 
do homem. As Escrituras declaram o fato de Deus e chamam o 
homem a aventurar-se na fé. “O que se chega a Deus, creia que há 
Deus”, é o ponto inicial na relação entre o homem e Deus. O Deus 
da Bíblia é auto-existente e eterno. Deus criou o mundo do nada 
(Gn 1.1; veja Sl 104.5-9; 19.1; Jó 38.4,5; Is 40.12; 45.18; Rm 1.19,20; 
Hb 11.3). 
 
 
“Não há, realmente, nenhum elemento de sublimidade já existente ou 
mesmo concebível na Natureza, que ultrapasse a idéia de Deus. 
Portanto, a proposição de que há um Deus, não tem nada igual, 
nenhum competidor; ela permanece sozinha em grandeza, sem rivais e 
inacessível; e se a sua sublimidade não prova a sua veracidade, ela pelo 
menos a torna digna de pesquisa, impondo uma tarefa de peso ao 
incrédulo; pois se for falsa, não é apenas o mais sublime dos erros, mas é 
um erro mais sublime que a própria verdade, sim, mais nobre e mais 
edificante do que qualquer verdade que a Natureza possa apresentar às 
nossas contemplações. Se isto for um paradoxo, sua solução é uma tarefa 
que cabe àqueles que negam a existência de Deus”.24 
 
 
 
Para todos os fins, a Bíblia dá a reconhecer a Existência de 
Deus. Ela afirma que os homens são por isso indesculpáveis (Rm 
 
23 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1999, p.31. 
 
24 CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. São Paulo, SP.: Imprensa Batista Regular, 1986, p.122, Citando 
William Cook 
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UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
21 
1.19-21). O fato, é que a capacidade natural do homem permite-lhe 
reconhecer a existência de Deus por meio da Criação. 
 
O universo é uma prova da existência de Deus, foi Ele Quem o 
criou (Sl 19.1; Gn 1.1). Como este universo foi criado por Deus, 
evidencia também que Ele é o Seu Planejador, o Arquiteto (Rm 
1.18-20; Jo 1.3). O homem foi criado por Deus, ele é um ser moral e 
inteligente, possui uma consciência que chama por Deus, logo, o 
Criador, no caso Deus, também deve ser um Ser moral (At 17.29; Pv 
3.19; Sl 104.24; Jr 10.12,13; Sl 94.9,10; 135.6,7; At 14.15-17). Para ser 
Criador, Deus é auto-existente em Si mesmo (Ex 3.14; 6.3), 
portanto, é Eterno (Gn 21.33; Sl 90.2; 102.27; 2Pe 3.8). 
 
O homem é um ser criado por Deus (Gn 1.27; 2.4-25). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22 
 
CONCLUSÃO 
 
 É maravilhoso verificarmos que a despeito de tantos ataques 
que enfrentamos sobre a existência de Deus, há provas que são 
irrefutáveis para uma crença no Ser Supremo. Deus têm Se revelado 
por meio de muitas maneiras e a Sua existência é visto em cada fato 
que ocorre neste universo. 
 
 A existência de Deus corrobora para a existência deste 
universo. Se não existisse um Deus, um Ser Supremo, este mundo, o 
universo, estaria em um caos total. Não teria ninguém que pudesse 
controlar as suas leis e mesmo regê-las. 
 
 O fato da existência de Deus é demonstrado por meio da Sua 
criação, da Consciência e Intuição do homem, pela vida do próprio 
homem, pelas leis morais e absolutas que existem, pela distinção do 
bem e do mal, pela história, pela crença universal de um Ser 
Supremo, pelo testemunho da Palavra de Deus, as Escrituras 
Sagradas, pela Vida Terrena de Jesus Cristo, o Deus Homem. 
 
 
 
 
 
 
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ARGUMENTOS FILOSÓFICOS TEOLÓGICOS DE 
UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
23 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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Atualizada. São Paulo, SP.: Editora Mundo Cristão, 1991. 
 
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. São Paulo, SP.: 
Imprensa Batista Regular, 1986. 
 
CHAMPLIN, Russell N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e 
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SP.: Edições Vida Nova S/R., 1978. 
 
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Uma perspectiva cristã. 2 ed. São Paulo, SP.: Edições, Vida Nova, 
1996. 
 
HARLOW, R. E. Passos com Deus: Um guia seguro, que conduz o 
leitor a uma visão clara do plano de Deus para a sua vida. 
Cambuci, São Paulo: ELO Editora Musical & Literária, 1979. 
 
KEELEY, Robin. Fundamentos da Teologia Cristã. São Paulo, SP.: 
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cega. 4ª ed. São Paulo, SP.: EditoraMundo Cristão, 1990. 
 
MCDOWELL, Josh. STEWART, Don. Respostas Àquelas 
Perguntas: O que os céticos perguntam sobre a fé cristã. São 
Paulo: Editora Candeia, 1997. 
 
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UMA CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE DEUS 
 
 
24 
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Editora Vida, 1999. 
 
SPROUL, R. C. Razão para Crer: Uma resposta às objeções comuns 
ao cristianismo. São Paulo, SP.: Editora Mundo Cristão, 1986. 
 
THIESSEN, Henry Clarence. Palestras Introdutórias à Teologia 
Sistemática. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1987. 
 
TURNER, Donaldo D. A Doutrina de Deus. São Paulo, SP.: 
Instituto Bíblico Brasileiro por Correspondência, Curso A-5. 
Editora Batista Regular, s/d. 
 
ZACHARIAS, Ravi. Pode o Homem Viver Sem Deus? São Paulo, 
SP.: Editora Mundo Cristão, 1997. 
 
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