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Ação Rescisória

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DIREITO
AÇÃO RESCISÓRIA
 
GOIÂNIA-GO
2019
 
DIREITO
AÇÃO RESCISÓRIA
PROCESSO CIVIL IV
RUY ALVES DE SOUZA NETO
Explanação sobre Ação Rescisória com a finalidade de obtenção de crédito para a matéria de Processo Civil IV.
 
		GOIÂNIA-GO
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 	3
CAPÍTULO VII DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 	4
COMENTÁRIOS 	6
CONCLUSÃO 	11
BIBLIOGRAFIA 	12
INTRODUÇÃO
A ação rescisória trata-se de ação autônoma de impugnação que procura desconstruir uma sentença (acórdão) mérito já transitada em julgado, para que, em regra, novo julgamento da causa seja proferido.
É um sucedâneo recursal externo, é ação autônoma que instrumentaliza meio de impugnação que tem a ação de desconstituir a coisa julgada oriunda da decisão judicial transitada e julgada. Está previsto no artigo 485 e seguintes do CPC/73 e no artigo 966 e seguintes no CPC/2015.
A ação rescisória exige ser provocada através de uma petição ou processo de conhecimento, o juiz identifica seu procedimento: comum ou processual, sendo procedimento comum transitará em julgado se for de mérito, passando pelas fases, postulatória, ordinatória, probatória, decisória e recursal.
Desconstituir a coisa julgada é o objetivo da ação rescisória e, por isso, elemento central de sua definição. Tendo em vista esta característica, a ação rescisória conecta-se com o tema da segurança jurídica, pois, pendente de ação rescisória, a prestação jurisdicional ainda pode ser modificada.
Por este mesmo motivo, a ação rescisória tem traços em comum com o tema dos recursos. O objetivo deste estudo é mapear os principais temas relacionados com a ação rescisória no âmbito da jurisdição trabalhista, apresentando uma visão atualizada do tema, de acordo com as diretrizes traçadas pelo novo CPC (Lei nº 13.105/2015) e sua aplicação subsidiária/supletiva ao Processo do Trabalho. Na primeira parte, serão estudados o conceito e as principais características deste instituto. A seguir, serão analisadas as hipóteses de rescindibilidade, tais como previstas no art. 966 do CPC/2015. Após, será abordada a legitimidade e, em seguida, os requisitos formais, competência e procedimento.
 
Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Código de Processo Civil.
CAPÍTULO VII
DA AÇÃO RESCISÓRIA
Art. 966.  A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
§ 1º Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, sendo indispensável, em ambos os casos, que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado.
§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput, será rescindível a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:
I - nova propositura da demanda; ou
II - admissibilidade do recurso correspondente.
§ 3º A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão.
§ 4º Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.
§ 5º Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
§ 6º Quando a ação rescisória fundar-se na hipótese do § 5º deste artigo, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar, fundamentadamente, tratar-se de situação particularizada por hipótese fática distinta ou de questão jurídica não examinada, a impor outra solução jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Art. 967.  Têm legitimidade para propor a ação rescisória:
I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular;
II - o terceiro juridicamente interessado;
III - o Ministério Público:
a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção;
b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei;
c) em outros casos em que se imponha sua atuação;
IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção.
Parágrafo único.  Nas hipóteses do art. 178, o Ministério Público será intimado para intervir como fiscal da ordem jurídica quando não for parte.
Art. 968.  A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor:
I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo;
II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente.
§ 1o Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.
§ 2o O depósito previsto no inciso II do caput deste artigo não será superior a 1.000 (mil) salários-mínimos.
§ 3o Além dos casos previstos no art. 330, a petição inicial será indeferida quando não efetuado o depósito exigido pelo inciso II do caput deste artigo.
§ 4o Aplica-se à ação rescisória o disposto no art. 332.
§ 5o Reconhecida a incompetência do tribunal para julgar a ação rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão apontada como rescindenda:
I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do art. 966;
II - tiver sido substituída por decisão posterior.
§ 6o Na hipótese do § 5o, após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente.
Art. 969.  A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.
Art. 970.  O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum.
Art. 971.  Na ação rescisória, devolvidos os autos pelo relator, a secretaria do tribunal expedirá cópias do relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem o órgão competente para o julgamento.
Parágrafo único.  A escolha de relator recairá, sempre que possível, em juiz que não haja participado do julgamento rescindendo.
Art. 972.  Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator poderá delegar a competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) meses para a devolução dos autos.Art. 973.  Concluída a instrução, será aberta vista ao autor e ao réu para razões finais, sucessivamente, pelo prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Em seguida, os autos serão conclusos ao relator, procedendo-se ao julgamento pelo órgão competente.
Art. 974.  Julgando procedente o pedido, o tribunal rescindirá a decisão, proferirá, se for o caso, novo julgamento e determinará a restituição do depósito a que se refere o inciso II do art. 968.
Parágrafo único.  Considerando, por unanimidade, inadmissível ou improcedente o pedido, o tribunal determinará a reversão, em favor do réu, da importância do depósito, sem prejuízo do disposto no § 2o do art. 82.
Art. 975.  O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
§ 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense.
§ 2o Se fundada a ação no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
§ 3o Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão.
COMENTÁRIOS
Art. 966, I – Não é necessário que o magistrado tenha sido condenado por sentença transitado em julgado, tampouco depende de ação penal em curso. Assim, não é condição para a tipicidade dessa hipótese de rescisória aguardar a persecução criminal para ajuizamento da ação.
Os fatos podem ser provados no corpo da rescisória.
Art. 966, II – O juiz será impedido nas hipóteses do artigo 114 do CPC/15. O impedimento acarreta falta de pressupostos processual de validade (imparcialidade objetiva). Ressalta-se que a suspeição do juiz (art. 145 do CPC/15) não acarreta motivo para rescisória, pois o rol do art. 966 é taxativo e não comporta interpretação extensiva.
Art. 966, III – Se a parte vencedora impediu a atuação do vencido, influenciou equivocadamente o juiz afastando-o da verdade, o aturo induziu o réu a revelia ou dificultou a produção de uma prova, subtraiu documento dos autos. O dolo tem que ser fator determinante do resultado a que chegou o juiz no processo.
Art. 966, IV – A importância e a proteção que o ordenamento jurídico confere a coisa julgada justificam essa hipótese de rescindibilidade. Assim será rescindível a sentença que fez coisa julgada material, quando sobre o caso já havia outra coisa julgada material.
Art. 966, V – A rescindibilidade se dá em decorrência da violação do sentido atribuído a um texto normativo por via interpretativa, uma vez que a norma jurídica não se confunde com o texto, sendo a rigor o resultado da interpretação do texto de lei.
Art. 966, VI – Falso é a desconformidade entre o efetivamente ocorrido e o fato atestado pela prova. Havendo falsidade, a sentença passou a ter outro fundamento, devendo, portanto, ter outro desfecho. A prova falsa deve ter nexo de causalidade com o resultado do processo, versando sobre toda falsidade de qualquer espécie probatória (testemunhal documental, pericial, etc).
Art. 966, VII – Constitui hipótese diferenciada de ação rescisória, pois não se trata de mera invalidade da decisão ou erro de julgamento, mas de verdadeira injustiça, pela não possibilidade/conhecimento de se utilizar de prova essencial a demonstração da juridicidade do direito.
Art. 966, VIII – Não se pode confundir erro de fato com erro material. Este não dá causa a rescisão poder ser alegado a qualquer momento até mesmo por embargos de declaração. Trata-se de considerar um fato como existente quando, na verdade, ele não ocorreu.
Art. 966, § 1º - Considera erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando considerar inexistente fato efetivamente ocorrido, e considera indispensável que o fato não represente ponto controvertido sobre o qual o juiz deveria ter se pronunciado. Isso porque, a ausência de manifestação sobre determinado fato permitiria a oposição de embargos declaratórios, porém, eventual preclusão quanto aos declaratórios, com consequente ausência de manifestação do magistrado, permitiria a propositura de nova demanda comum, e não o ajuizamento de rescisória.
Art. 966, § 2º - Permite a propositura da ação rescisória mesmo nos casos de decisão transitada em julgado que não tenha resolvido o mérito, desde que impeça a nova propositura da demanda ou a admissibilidade do recurso correspondente. A situação pode ocorrer, por exemplo, nos casos de decisões que não conheçam de recursos nos tribunais, ou ainda, as hipóteses de reconhecimento de perempção, litispendência ou coisa julgada, em que apesar do processo receber decisão terminativa, sem resolução do mérito, a parte não pode propor nova demanda idêntica com o intuito de obter a apreciação do mérito da causa.
Art. 966, § 3º - Estabelece que a ação rescisória possa ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão. Não se trata da positivação da coisa julgada progressiva, no sentido de reconhecer a possibilidade de rescisórias a partir da imutabilidade dos capítulos autônomos da decisão rescindenda, até porque, conforme os ditames do novo art. 975,([3]) o termo inicial para a propositura da ação seria o trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. Resta aparente a simplória pretensão legislativa de registrar a possibilidade de propositura da ação com base em um único capítulo da decisão, não havendo, portanto, a necessidade de fundamentação com fulcro nos demais capítulos do julgado.
Art. 966, § 4º - Estabelece que os atos de disposição de direitos praticados pelas partes ou por outros participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei.
Art. 967 - Tem legitimidade para propor ação rescisória, quem foi parte no processo, ou seu sucessor a título universal ou singular, terceiro juridicamente interessado, Ministério Público se não for ouvido no processo em que lhe era obrigatório a intervenção e quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei, e em outros casos em que se impunha a sua atuação.
Art. 968, I e II - A petição inicial deverá ser de acordo com artigo 319 CPC, cumular o pedido de rescisão da ação que é objeto da demanda e caucionar em juízo 5% do valor da causa que converterá em multa, caso, seja declarada inadmissível ou improcedente por unanimidade.
Art. 968, § 1º - A União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública. Estão expressamente dispensados do depósito prévio de cinco por cento. Porém, a dispensa do depósito prévio não os livram de pagar a multa ao final se a ação rescisória por eles proposta for, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente.
Art. 968, § 2º - O valor do depósito prévio jamais será superior ao equivalente a mil salários mínimos. A limitar o valor a ser depositado se baseia no princípio do acesso à justiça, evitando assim a impossibilidade da parte ingressar com a rescisória, devido ao alto valor da causa.
Art. 968, § 3º - O art. 330 prevê as hipóteses de indeferimento da petição inicial. A falta do depósito de cinco por cento também é causa de indeferimento.
Art. 968, § 4º - O art. 332 prevê as hipóteses de improcedência liminar do pedido, assim, o relator poderá julgar antecipadamente a ação rescisória, caso entenda cabível uma das hipóteses legais.
 Art. 968, § 5º - Regula uma distinta hipótese de emenda da petição inicial da ação rescisória, quando for reconhecida a incompetência do órgão julgador, com estabelecimento de contraditório complementar peloréu. Embora não haja previsão expressa, o prazo a ser concedido para emenda da inicial deverá ser de 15 dias, por aplicação analógica do artigo 321 (CPC/2015).
Art. 968, § 6º - Quando o autor propor a ação rescisória em juízo incompetente, o relator intimará o mesmo para que a emende, sob pena de indeferimento. Nesse caso, após a emenda apresentada pelo autor, o réu poderá complementar com suas razões de defesa.
Art. 969 - Respeitando as peculiaridades do caso concreto, pode-se admitir o requerimento de concessão de tutela provisória (de urgência ou de evidência) para suspensão dos efeitos da decisão original. Caso não haja a concessão da medida, a ação rescindenda será cumprida normalmente.
Art. 970 - Na ação rescisória o réu será citado para apresentar sua resposta, sob pena de ser considerado revel. Todavia, nesse caso não se aplica os efeitos da revelia. O prazo é judicial, ou seja, o relator tem a discricionariedade de fixar qual será o prazo, dentro do limite permitido pelo CPC.
Art. 971 - Por questões de lógica o primeiro pedido analisado é o de rescisão da decisão impugnada (juízo rescindendo) e somente no caso de acolhimento desse pedido passa ao julgamento do pedido de novo julgamento (juízo rescisório).
Art. 972 - Ao receber a inicial, não sendo causa de julgamento antecipado, o juiz determinará a citação do réu. Este, então, terá de 15 a 30 dias, conforme prazo estabelecido em juízo, para oferecer resposta. O processo, em seguida, observará os ritos do procedimento comum. Conforme o artigo 972 do Novo CPC “se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator poderá delegar a competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) meses para a devolução dos autos”.
Art. 973 - Após a manifestação finais ocorre o julgamento da ação rescisória, cujo procedimento verifica-se nos termos dos regimentos internos dos tribunais superiores e das normas de organização judiciaria estaduais e dos regimentos internos dos tribunais de segundo grau de jurisdição.
Art. 974 - O legislador retificou uma falha literal do artigo 494 do CPC/1973 que é a expressão “julgando procedente a ação”, pela expressão adequada “julgando procedente o pedido”, com isso ele quer mostrar que o “pedido” se remete as hipóteses processuais, a apreciação do mérito e “ação” remete ao direito público, abstrato, subjetivo e autônomo do cidadão.
Art. 975 - Mantém o prazo de dois anos para a propositura da ação rescisória, deixando nítido que o termo inicial desse prazo é o trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. A previsão é de grande relevância a fim de evitar discussões a respeito da eficácia ex tunc ou ex nunc da decisão que inadmite o recurso, consagrando-se legislativamente o entendimento de que mesmo a decisão que inadmite o recurso deve ser considerada para fins de determinação do trânsito em julgado.
Art. 975, § 1º - A natureza desse prazo, que continua a ser decadencial, o art. 975, § 1.º, consagra o entendimento de que o prazo se prorroga até o primeiro dia útil imediatamente subsequente ao prazo de dois anos quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. Nos 625/760 termos do art. 969 do Novo CPC, a propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória.
Art. 975, § 2º - A competência para processar a ação rescisória contra capítulo de decisão deverá considerar o órgão jurisdicional que proferiu o capítulo rescindendo”. Apesar de a regra do termo inicial do prazo da ação rescisória ser o trânsito em julgado da última decisão proferida no processo, há duas exceções. Quando fundada na hipótese prevista no inciso VII do art. 966, o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de cinco anos, contado do trânsito em julgado da última decisão pronunciada no processo (art. 975, § 2.º).
Art. 975, § 3º - Quando o fundamento for a simulação ou a colusão das partes, o prazo começa a contar para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão (art. 975, § 3.º). 
CONCLUSÃO
A ação rescisória é uma ação que pode ser proposta após o trânsito e julgado da sentença do processo Civil, o trânsito e julgado acontece quando não cabe mais recurso, por causa de um vício ou um defeito muito grave do processo. Ação rescisória tem o objetivo de anular o processo anterior e permitir um novo julgamento da causa.
Ação rescisória permite a anulação (rescisão) do processo anterior que é chamado de JUÍZO RESCIDENTE e o novo julgamento da causa que é chamado de JUÍZO RESCISÓRIO.
As hipóteses de cabimento da ação rescisória são previstas de forma taxativa e quase todas estão no artigo 966 CPC. E como regra geral só é possível ajuizar ação rescisória contra sentença de mérito.
A primeira hipótese diz a respeito à decisão que impede o ajuizamento de uma nova ação, e a segunda hipótese do parágrafo 2 do artigo 966 do CPC é a decisão de um tribunal que impede a admissibilidade de um recurso.
Ação rescisória e de competência funcional dos tribunais, mas ela não e promovida junto ao primeiro grau de jurisdição, ela é proposta nos tribunais. Nesse sentido a ação rescisória é diferente de outra ação que se propõe depois do trânsito e julgado que é ação chamado de QUERELA NULLITATIS que é uma ação declaratória de inexistência ou de nulidade do processo por inexistência ou por nulidade de citação, é uma ação que é promovida junto ao primeiro grau de jurisdição.
De acordo com artigo 975 do CPC o prazo para o ajuizamento da ação rescisória é de 2 anos contados a partir do trânsito e julgado da sentença ou da decisão interlocutória de mérito. 
 
BIBLIOGRAFIA
- Daniel Amorim Assumpção Neves. MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, Volume ‘Único’. Editora jus PODIVM.
- Marcus Vinicius Rios Gonçalves. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ESQUEMATIZADO, Edição 8 . Editoria jusBrasil.
- Angélica Arruda Alvim. COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, Volume 3. Editora Saraiva.
- Hélio do Valle Pereira. MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, Edição nº2. Editora jus.
- Ney Alves Veras. A PRÁTICA DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, Edição nº2. Editora Saraiva 
 
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