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Tecnologias Aplicadas ao Meio Ambiente Apresentação da disciplina: Olá, aluno(a), seja muito bem-vindo(a) a esta webaula da disciplina de Tecnologias Aplicadas ao Meio Ambiente! Você verá, nestas duas webaulas, as principais formas de tecnologias que podem ser empregadas para controle, redução e até eliminação de poluentes. Essas tecnologias podem servir de base para que quando você estiver no mercado de trabalho possa apresentar soluções ambientalmente corretas para os problemas ambientais que surgirem. Objetivos: Apresentar as principais tecnologias aplicadas ao meio ambiente; Conhecer algumas tecnologias utilizadas no cotidiano; Distinguir a diferença de cada tecnologia; Correlacionar as tecnologias estudadas com a vida profissional do aluno. Conteúdo Programático: Unidade 1 O que são tecnologias Tecnologias para remediação dos solos Biorremediação Fitorremediação Soil Flushing Soil Washing Estabilização e solidificação Tecnologias aplicadas para disposição final de resíduos sólidos Aterros Unidade 2 Tecnologias aplicadas para a disposição final de resíduos sólidos Biodigestão Compostagem Incineração Tecnologias para tratamento da água Tratamento biológico Tratamento físico Tratamento químico Tratamento mecânico Análise de custo de instalação, operação e manutenção Análise de manutenção Análise de operação Análise de viabilidade econômica, técnica e tecnológica Metodologia: Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão desenvolvidos por meio das teleaulas de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), aula-atividade por chat para aprofundamento e reflexão e webaulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão também realizadas atividades de acompanhamento tutorial, participação em Fórum, atividades práticas e estudos independentes (Portfólios), além do material impresso por disciplina. Avaliação Prevista: O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir à teleaula, participação no Fórum, produção de texto/trabalho no portfólio, realização de quatro avaliações virtuais, uma avaliação presencial embasada em todo o material didático, teleaula, webaula e livro da disciplina. Habilidades e competências Ao final de cada webaula espera-se que o aluno seja capaz de entender o significado e a aplicação de cada tecnologia apresentada em cada unidade de estudo. WEBAULA 1 Unidade 1 – 1 Tecnologias de Tratamento de Solos Olá, aluno(a), seja muito bem-vindo(a) a esta webaula! Você aprenderá sobre as principais tecnologias que são aplicadas para o tratamento e disposição de resíduos sólidos. Você perceberá que nesta webaula há vários links de sugestões de leitura que servirão para aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre o assunto abordado. Há também vídeos explicativos que servirão também para ajudar você a entender melhor o assunto exposto. Por isso, não deixe de ver e ler todo o material que foi preparado com muito carinho para você. Antes de iniciarmos a discussão sobre as tecnologias aplicadas ao tratamento dos solos, vamos primeiramente entender o que é tecnologia. Vamos lá? 1.1 O QUE SÃO TECNOLOGIAS De acordo com o dicionário online de Português, tecnologia é o “estudo dos instrumentos, processos e métodos empregados nos diversos ramos industriais”. Esta palavra deriva do grego techné, que significa fabricar, produzir, construir, e teuchos, que significa ferramenta, instrumento. Desta forma, a palavra tecnologia é uma junção do “termo tecno, do gregotechné, que é saber fazer, e logia, do grego logus, razão. Portanto, tecnologia significa a razão do saber fazer”, ou seja, é o estudo da técnica, da modificação e da transformação (VERASZTO, et al., 2008). Durante toda a história, a tecnologia se apresenta junto com a história das técnicas, a história do trabalho e da produção do ser humano. Interessante que, segundo Veraszto et al. (2008, p. 62): “A história da tecnologia e das técnicas não deve ser apenas entendida como uma descrição sucessiva dos artefatos descobertos por artífices e engenheiros, mas também o encadeamento das grandes circunstâncias sociais que ora favoreciam, ora prejudicavam o esforço humano em desenvolver seus artefatos e modificar o mundo ao seu redor, garantindo-lhes assim, melhores condições de vida”. Portanto, podemos entender que a tecnologia provocou um grande impacto na sociedade, pois proporcionou inovações que melhoraram o nível de vida do homem. Por outro lado, estas inovações geraram impactos ambientais significativos. Por este motivo, esta mesma tecnologia é utilizada hoje em dia para remediar o meio ambiente contaminado. Veremos alguns exemplos de tecnologias aplicadas ao meio ambiente, no decorrer desta webaula. 1.2 TECNOLOGIAS PARA REMEDIAÇÃO DOS SOLOS Segundo Barsano e Barbosa (2012, p. 83): “O solo é um dos elementos mais importantes da natureza, pois tem papel de gerar os recursos naturais que sustentam várias atividades humanas, além de ser fonte de reserva de nutrientes e sais minerais para a renovação e sustentação dos seres vivos, em especial micro-organismos e a vegetação, fundamentais para o ciclo da vida nos ecossistemas”. Naturalmente, o solo sofre degradação natural por meio da chuva, Sol, vento, etc., porém esta degradação é não agressiva; pelo contrário, é um processo lento, em que os seres vivos conseguem se adaptar às condições de mudança de forma adequada e gradual. Porém, o mesmo pode ser agredido de forma repentina, através de agentes poluidores, e este tipo de degradação causa sérias consequências (BARSANO; BARBOSA, 2012). Um exemplo deste tipo de degradação é o cultivo do solo realizado pelo homem no decorrer dos anos e que expandiu com o crescimento populacional. Este tipo de cultivo gerou condições que romperam os equilíbrios ecológicos, causando assim a redução da produtividade e fertilidade dos solos. Barsano e Barbosa (2012) pontuam outros tipos de degradação, e estes estão relacionados a: Erosão e desertificação dos solos: causado principalmente pela retirada da cobertura vegetal dos solos, que tem papel na renovação e preservação de nutrientes que são essenciais para a boa qualidade dos solos. Esta cobertura vegetal também protege o solo da exposição excessiva ao Sol. Contaminação do solo: causada principalmente pela disposição inadequada de diversos tipos de resíduos, que podem ser de origem agrícola, domiciliar ou industrial. Impactos industriais: causados por materiais tóxicos, como os defensivos agrícolas e outros produtos químicos, como ácidos, oxidantes, lubrificantes, materiais de limpeza etc. Produtos que possuem em seus componentes materiais tóxicos também são um problema, como as pilhas, baterias, lâmpadas fosforescentes e o lixo eletrônico. Outros impactos: qualquer tipo de resíduo descartado no solo traz prejuízo ao meio ambiente e pode agravar o nível de contaminação. Dentre outros tipos de resíduos contaminantes, destacamos os resíduos domiciliares, laboratoriais e hospitalares. Por estes diversos tipos de contaminação que podem ocorrer nos solos, o ser humano está em constante preocupação, buscando sempre novas maneiras de preservar e remediar o solo como fonte de seu sustento. As tecnologias utilizadas para remediação dos solos são: Biorremediação; Estabilização e solidificação; Fitorremediação; Soil Flushing; Soil Washing. Vamos aprender, a seguir, como é o funcionamento de cada tecnologia citada. 1.2.1 Biorremediação A biorremediação é a utilização de organismos vivos, como microrganismos,que serve para remover poluentes no ambiente. Mariano (2006) confirma que a biorremediação é baseada em processos em que ocorrem reações bioquímicas mediadas por microrganismos. Gaylarde, Bellinaso e Manfio (2005, p. 36) explicam que a “Biorremediação é um processo no qual organismos vivos, normalmente plantas e microrganismos, são utilizados tecnologicamente para remover e reduzir (remediar) poluentes no ambiente”. Este processo biológico é uma alternativa ecologicamente mais adequada e eficaz para o tratamento de áreas contaminadas, como solos, água subterrânea e superficial, resíduos industriais, aterros, efluentes industriais e outras áreas contaminadas, principalmente com materiais orgânicos e metais pesados de difícil degradação. Para que o processo de biorremediação ocorra com eficiência, os microrganismos devem ser capazes de degradar o poluente. Fatores ambientais de caráter físico, químico e biológico influenciam o processo de degradação de certo poluente. A estrutura química do poluente também influencia a ação de degradação dos microrganismos, por exemplo, alguns poluentes orgânicos, como os hidrocarbonetos de baixo peso molecular e os álcoois, são facilmente biodegradados. Em contrapartida, compostos xenobióticos (compostos químicos fabricados pelo homem), como os hidrocarbonetos halogenados, são resistentes à biodegradação. Existem também aqueles compostos que são mais difíceis ainda de se degradar, como os compostos ramificados e polinucleados (MARIANO, 2006). Sendo assim, para que este processo de biorremedição ocorra, alguns processos são realizados a fim de se conseguir uma biodegradação eficiente. A Embrapa Solos explica resumidamente em que é usado o processo de biorremediação. Acesse o link a seguir e confira! http://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=227&func=unid Link Leia o artigo a seguir acessando o link abaixo. Este explicará sobre os aspectos biológicos e técnicos da biorremediação de xenobióticos. Boa leitura! http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio34/biorremediacao_34.pdf Vídeo Assista ao vídeo disponível no link a seguir, que explicará o funcionamento da técnica de biorremediação. < http://www.youtube.com/watch?v=Td6hTIKsq2U > Questão para Reflexão Agora que já leu os artigos e assistiu ao vídeo, reflita se você conhece alguma atividade ou local em que poderá ser aplicada a técnica de biorremediação. 1.2.2 Biorremediação “in situ” Este tipo de biorremediação é feito no próprio local, sem que seja necessário remover o material contaminado de lá. Ou seja, os próprios microrganismos presentes nos solos, muitas vezes, são capazes de degradar o material contaminado. Contudo, há casos em que é necessária a adição de nutrientes, desta forma, a biorremedição “in situ” pode ser realizada através dos processos de biorremediação intrínseca, bioestimulação e bioaumento (MARIANO, 2006). 1.2.3 Biorremediação intrínseca ou natural A biorremediação intrínseca ou natural ocorre pela ação dos microrganismos que naturalmente se encontram naquele local contaminado e que irão degradar ou diminuir a poluição do local em que se encontra a contaminação. Mariano, (2006, p. 18) explica sobre o processo de biorremediação intrínseca ou natural: “O processo que envolve as reações químicas promovidas por microrganismos é chamado de biorremediação intrínseca ou natural, cujo conceito básico é o uso da capacidade de microrganismos autóctones em degradar contaminantes que tenham sido derramados em subsuperfície sem qualquer interferência de tecnologias ativas de remediação (BORDEN et al., 1995). Dependendo das condições hidrogeológicas do local contaminado, a taxa da reação de biodegradação será mais rápida ou mais lenta, assim, a determinação da taxa de transformação é de grande importância para se prever até onde a pluma irá se deslocar. Quando a taxa de biodegradação for igual ou maior do que a taxa de deslocamento dos contaminantes, a pluma deixará de se deslocar e diminuirá de tamanho. Para controlar o processo de biodegradação, alguns indicadores são analisados, como o pH, temperatura e aceptores de elétrons, para verificar o grau de evolução de degradação do contaminante, assim como identificar o processo microbiológico de respiração (aeróbia ou anaeróbia). 1.2.4 Bioestimulação A bioestimulação é um processo em que os microrganismos são estimulados a degradar os poluentes através da adição de nutrientes como o fósforo e o nitrogênio, pois esses nutrientes servirão de alimento para esses microrganismos, sendo que esses nutrientes são melhores metabolizados na forma de sais, para o fósforo, sais de ortofosfato e polifosfato, e para o nitrogênio, sais de amônio (cloreto de amônio), sendo que essas formas são as mais utilizadas para se recuperar aquíferos. Existem locais em que fatores naturais limitam a biodegradação de poluentes, como altos níveis de concentração de poluentes, falta de oxigênio, pH desfavorável, deficiência em nutrientes minerais, baixa temperatura e umidade, por isso podem ser utilizadas técnicas que modificam as condições naturais para melhorar as atividades dos microrganismos ali presentes. A bioestimulação é um exemplo desta técnica. Para se utilizar o processo de bioestimulação, segundo Mariano (2006, p. 22-23), deve- se: demonstrar que existe no local contaminado uma população natural de microrganismos capazes de biodegradar os contaminantes presentes e que as condições ambientais são insuficientes para se obter altas taxas de atividade microbiológica dessa população. Medidas das propriedades físicas e químicas de amostras do local podem revelar as limitações físico-químicas para a atividade microbiológica, a qual pode então ser modelada para indicar os fatores críticos limitantes 1.2.5 Bioaumento A técnica do bioaumento é a inoculação do local contaminado com microrganismos selecionados para degradação do contaminante, ou seja, quando há uma deficiência na quantidade de microrganismos naquela localidade, é necessário o bioaumento, pois a quantidade ali presente não é suficiente para degradar o contaminante. Essa técnica é eficiente porque, através do crescimento microbiano, a biodegradação será acelerada ou estimulada, sendo que os microrganismos utilizados para o bioaumento, muitas vezes, são de produtos biotecnológicos comerciais (MARIANO, 2006). Alguns aspectos devem ser levados em consideração quando se deseja utilizar esta técnica de bioaumento. Mariano (2006, p. 26) destaca dois itens, são estes: - Aprovação do órgão ambiental: o produto biotecnológico, antes de sua utilização, deve ser identificado, caracterizado e testado em sua toxicidade e ecotoxicidade, bem como comprovada a sua eficiência e inocuidade ao ambiente. No Estado de São Paulo, a CETESB homologou norma técnica específica para esta avaliação (CETESB, 1994a), e no âmbito federal foi publicada uma legislação específica (BRASIL, LEIS, etc., 1995), constituindo a CTNBIO (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), que define os critérios para utilização de microrganismos geneticamente modificados. A Resolução Conama 314, de 2002, disciplina o registro de produtos com a finalidade de biorremediar solos afetados por vazamentos de petróleo e seus derivados. - Os microrganismos aplicados devem atuar em sinergismo com as espécies autóctones, sem interferir nos processos biogeoquímicos naturais. Desta forma, é necessário um estudo da área, do tipo de poluente, assim como dos tipos de microrganismos e quantidade que estão ali presentes. Só assim será possível verificar se o bioaumento poderá ser utilizado ou não. 1.2.6 Fitorremediação A fitorremediação é quando se utiliza plantas para retirar o contaminante do solo ou da água.Há certas espécies que necessitam de alguns elementos para seu desenvolvimento e crescimento. Um desses elementos são os metais pesados. Desta forma, quando o local está contaminado com certo tipo de metal, como o alumínio, por exemplo, a utilização de plantas que possuem em sua função a adsorção de alumínio naquele local contaminado é uma opção de descontaminação, pois aquele metal pesado servirá como fonte essencial para esta planta. Por isso que a fitorremediação é uma opção natural de descontaminação de locais poluídos, como os solos. Para que esta técnica seja eficiente, é necessário que a planta possua boa capacidade de adsorção, acelerada taxa de crescimento, fácil colheita e grande resistência ao poluente. 1.2.7 Soil flushing A técnica de soil flushing é quando se produz um fluxo de uma solução em subsolos que tem o objetivo de lavar, removendo assim contaminantes para determinadas áreas específicas. As soluções em que os solos são lavados dependerão das características químicas ou físicas do contaminante, mas geralmente utiliza-se água, ou água com aditivos, como ácidos com baixo pH, soluções alcalinas de alto pH e detergentes (NETO; SANTOS; GOMES, 2000). Estas soluções são utilizadas para que o contaminante se ligue na solução e possa ser removido, por exemplo, contaminantes que se dissolvem facilmente com água, a solução utilizada será a água; para remover soluções orgânicas e metais, utiliza-se uma mistura de água com ácido nítrico ou hipoclorito para remover estes contaminantes; fenóis e outros metais são removidos através de soluções básicas, que são misturas de água com hidróxido de sódio ou amônio; contaminantes oleosos são removidos através de soluções que contenham detergentes (surfactantes) ou emulsificantes, pois ajudam a misturar a substância que não se liga com a água e nem com o óleo (NETO; SANTOS; GOMES, 2000). 1.2.8 Soil washing Esta é uma tecnologia para lavagem de solos. Geralmente utiliza-se líquidos (geralmente água combinada com aditivos químicos) e um processo mecânico para “esfregar” os solos. Este processo remove contaminantes perigosos concentrados em menor volume. Contaminantes perigosos tendem a ligar quimicamente ou fisicamente com a argila ou silte, e estes, por sua vez, se ligam às partículas de cascalho. O processo de lavagem de solo separa as partículas finas do solo (silte e argila) do solo grosso (areia e cascalho). Ao final do processo, o menor volume de solo que contém as partículas de argila e silte, que estão contaminadas, pode ser tratado por outros métodos (como incineração ou biorremediação) ou eliminado de acordo com a legislação estadual e federal. O material limpo que possui o maior volume de terra não é tóxico e pode ser utilizado como material de enchimento (EPA, 1996). Neto, Santos e Gomes (2000, p. 41-42) explicam sobre este processo: contaminados são escavados, removidos do local original, tratados fisicamente na superfície e misturados com aditivos preparados para remover os contaminantes. Resumidamente, o processo separa as partículas finas (silte) das partículas grosseiras (areias). A separação granulométrica promove a redução no volume de solo contaminado, também reduz relativamente os custos de separação e minimização de resíduos requeridos por tratamento posterior. Geralmente os solos são constituídos de finas partículas (siltes e material argiloso) ou partículas grossas (areias e cascalhos), material orgânico, água e ar. Os contaminantes tendem a se ligar, quimicamente ou fisicamente, com argilas e material orgânico que, em seu turno, se ligam a areias e arenitos. Quando o solo contém grande quantidade de matéria orgânica e argila, os contaminantes se incorporam mais facilmente ao solo e movem-se com dificuldade. Processo inverso ocorre quando somente uma pequena quantidade de argila e matéria orgânica está presente. Podemos entender o processo de Soil Washing como processo que utiliza-se de água combinada com agentes químicos que serve para lavar os solos. Este processo também é combinado em um processo mecânico de compactação dos solos, que tem como objetivo remover os contaminantes perigosos que se ligam com as diversas frações dos solos, como a areia, argila, silte e partículas pedregosas. Esta remoção ocorre pela separação do solo fino contaminado (silte) das partículas mais grosseiras (cascalho, areia) que não estão contaminadas (NETO; SANTOS; GOMES, 2000). Vídeo O vídeo disponível no link a seguir mostrará um exemplo de como esta técnica de lavagem de solos pode ocorrer. < http://www.youtube.com/watch?v=9Hl6Chsg1vU > Um exemplo prático da utilização de plantas para descontaminação ambiental é apresentado no artigo a seguir. Acesse este link e leia o trabalho na íntegra. Boa leitura! http://www.revistas.ufg.br/index.php/pat/article/viewFile/17494/12490 Link Sobre o processo de fitorremediação, veja o link a seguir da Embrapa Solos. Lá é explicado como a fitorremediação pode ser utilizada para descontaminação ambiental. Boa leitura! http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2010/fitorremediacao-o-uso-de- plantas-para-descontaminacao-ambiental Agora que você leu os artigos e assistiu ao vídeo, reflita sobre como poderá atuar como futuro gestor ambiental na sua localidade, utilizando essas técnicas apresentadas. 1.2.9 Estabilização e solidificação Segundo Almeida et al. (2011, p. 1), esta técnica é uma alternativa para o tratamento de resíduos sólidos industriais. O processo consiste no encapsulamento do resíduo junto à matriz sólida, para que este se mantenha fixado na massa, em consequência da fusão com queima ou cimentação com aditivos quimicamente reativos entre os materiais envolvidos, evitando a lixiviação ou solubilização dos elementos constituintes do resíduo, considerados nocivos ao ambiente. Os resultados dessas interações são sólidos não perigosos ou menos perigosos que o resíduo original. A solidificação é quando o resíduo perigoso, que pode ser sólido ou pastoso, é misturado a uma massa como cimento, argila, cal para que ocorra a solidificação deste resíduo, melhorando sua característica física e estrutura. Já no processo de estabilização, os constituintes perigosos do resíduo são sofrem transformações por meio de reações químicas para que se mantenha a forma menos solúvel e menos tóxica. Essas reações em polímeros impermeáveis ou em cristais irão fixar elementos ou compostos tóxicos (CASTRO, 2010). Desta forma, podemos entender que a estabilização é uma técnica que converte o contaminante em formas menos tóxicas, ou seja, o potencial periculoso do resíduo é modificado e a solidificação é quando se encapsula o resíduo em um sólido. Este sólido pode ser tanto de partículas pequenas do resíduo como de partículas grandes, como grandes blocos ou contêiner. Este processo não envolve interação química entre o resíduo e o agente ligante, pode ocorrer somente uma ligação mecânica entre o resíduo e o bloco monolítico. Sendo assim, esta técnica de estabilização/solidificação imobiliza os constituintes tóxicos do resíduo, em que, através do encapsulamento ou adsorção, a forma físico-química do poluente é modificada, o que faz com que este produto final seja menos agressivo (SILVA, 2007). Este processo de estabilização/solidificação pode ocorrer com agentes ligantes inorgânicos e agentes orgânicos. Silva (2007) cita que dentre os agentes inorgânicas alguns exemplos são: cimento; material pozolônico. O material pozolônico é aquele que contém sílica reativa ou sílico-aluminosos que possuem baixíssima atividade aglomerante, porém podem formar produtos com capacidade cimentante quando finamente pulverizados e na presença de umidade. Este fato se dá por causada reação com o hidróxido de cálcio à temperatura ambiente. Já entre os agentes orgânicos temos: polímeros termoplásticos; termofixantes; asfalto; polietileno; poliésteres; polibutadieno; epóxido; ureia-formaldeído; gel acrilamida, encapsulações com poliolefinas e outros. 2 TECNOLOGIAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Veremos a seguir um exemplo de tecnologia que é utilizada para a disposição final de resíduos sólidos. Na webaula 2 continuaremos a aprender sobre outras tecnologias utilizadas para a disposição final de resíduos sólidos. 2.1 ATERROS Os aterros são uma forma de disposição de resíduos sólidos no solo. Para os resíduos sólidos urbanos há dois tipos de aterros, o controlado e o sanitário. Para os resíduos sólidos industriais, o aterro utilizado é o industrial. 2.2 ATERRO CONTROLADO O aterro controlado é um tipo de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo em que o lixo é depositado diretamente no solo e coberto por uma camada de terra. O lixo não ficará diretamente em contato com o ar, consequentemente diminuirão os riscos à saúde, pois não haverá proliferação de vetores de doenças, como as moscas, baratas, ratos, etc. Contudo, este tipo de disposição final gera impactos e compromete a qualidade dos solos e da água subterrânea, pois o lixo é disposto diretamente no solo, sem nenhum tipo de impermeabilização. Assim, o chorume, a água da chuva que percola o aterro e os materiais de fácil degradação escorrem diretamente para os solos e lençol freático, contaminando-o. Este tipo de disposição final de resíduos sólidos urbanos, embora utilizado por muitos municípios, não é adequado, porque coloca em risco a qualidade ambiental e a vida do ser humano. Vídeo Entenda melhor como é um sistema de aterro controlado, acessando o link a seguir. Este vídeo explica de uma forma bem detalhada como é o funcionamento de um aterro controlado. Confira! < http://www.youtube.com/watch?v=iigbby414uM > 2.3 ATERRO SANITÁRIO O aterro sanitário é um tipo de disposição final de resíduos sólidos urbanos que, diferentemente do aterro controlado, “permite o confinamento seguro em termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde pública” (IPT/CEMPRE, 2000). Ou seja, o lixo não será depositado diretamente no solo, mas sim em uma vala que possui um sistema de impermeabilização, desta forma o lixo não ficará em contato direto com o solo. A definição de aterro sanitário, segundo Tenório e Espinosa (2004, p. 176 apud ABNT), é a seguinte: Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza de princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-lo ao menor volume possível, cobrindo-o com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores, se for necessário. Devido ao baixo custo, segurança e simplicidade do aterro sanitário, ele é o mais aplicado no mundo. O lixo que estará neste tipo de aterro produzirá subprodutos normalmente, como o chorume, águas percoladas e gases. Esses subprodutos possuem sistemas de drenos específicos, em que a parte líquida será enviada para um sistema de tratamento e a parte gasosa para tubulações que estão conectadas a um transformador de gás em energia elétrica, desta forma, não há contaminação do solo ou água subterrânea. O chorume é o líquido preto resultante da decomposição do lixo, que é gerado a partir da água que compõe vários materiais, umidade natural do lixo e líquido gerado pelos microrganismos que decompõem a matéria orgânica. As águas percoladas são aquelas que se infiltraram no corpo físico do aterro e que são resultantes da água da chuva, lagoas vizinhas, de nascentes ou do próprio lençol freático (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). Link Acesse o link a seguir e veja a explicação, segundo a Cetesb, de algumas características de um aterro sanitário. < http://www.cetesb.sp.gov.br/mudancas-climaticas/biogas/Aterro%20Sanit%C3%A1rio/21- Aterro%20Sanit%C3%A1rio > Acesse o link a seguir e leia o Manual de operação de aterros sanitários, lá você encontrará explicações de como deve ser um aterro sanitário, assim como o controle que se deve ter para que não haja poluição ambiental. Boa leitura! <http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/Cartilha%20Opera%C3%A7%C3%A3o%20Ater ro%20Sanit%C3%A1rio%20CONDER.pdf 2.4 ATERRO INDUSTRIAL O aterro industrial é uma maneira adequada de disposição de resíduos sólidos industriais, pois são áreas planejadas. O solo possui impermeabilização para evitar o escoamento superficial e subterrâneo do chorume e de águas percoladas. Seu sistema é parecido com um aterro sanitário, porém a impermeabilização possui um sistema mais seguro, visto que os resíduos depositados serão de classe 1 ou 2. Link Entenda mais sobre o aterro de classe 1 e 2 acessando o link a seguir, que mostrará a você sobre um exemplo de aterro industrial. . Para construção de um aterro industrial é necessário seguir normas técnicas. De acordo com Gorigoitía (2011, p. 40): Um aterro industrial é um local destinado à disposição de resíduos sólidos oriundos de atividade industrial, cujo projeto, implantação e operação obedecem a critérios técnicos de proteção ao meio ambiente, atendendo às premissas 40 normalizadas nas Normas ABNT NBR 13896:1997, NBR 8419:1984, NBR 10157:1987, ABNT NBR 8418/84 (CETESB, 1985). Antes de sua implantação, é efetuada a escolha da área, segundo orientações da norma NBR 13896:1997, seguida do devido Estudo de Impacto Ambiental – EIA, Relatório de Impacto Ambiental – RIMA e, por fim, o licenciamento ambiental nas etapas: Licenciamento Prévio ou Preliminar – LP, Licenciamento para Instalação – LI e, quando concluída a implantação, o Licenciamento de Operação – LO. Vídeo Entenda como é a impermeabilização das células de um aterro industrial, assistindo ao vídeo disponível no link a seguir: . O tratamento dos líquidos lixiviados gerados em aterros é uma das maiores dificuldades no sistema de operação de um aterro para resíduos industriais, assim como a incompatibilidade e estabilidade entre resíduos. Por isso, todos os cuidados devem ser tomados no processo de implantação e operação do aterro, além de um tratamento adequado dos líquidos lixiviados antes de serem descartados no meio ambiente (GORIGOITÍA, 2011). Leia o artigo disponível no link a seguir, que explica sobre a importância de um aterro industrial, assim como seu funcionamento. Boa leitura! . Agora que você aprendeu os diferentes tipos de aterro que existem, reflita sobre qual o tipo de aterro utilizado em seu município para o descarte de resíduos sólidos urbanos. E os resíduos industriais, onde são destinados? Além dos aterros, há outras tecnologias que podem ser utilizadas para a disposição final de resíduos sólidos, como a biodigestão, compostagem e incineração. Estas tecnologias serão discutidas na próxima webaula. Quer aprender mais? Então nos encontremos lá! Para discutir Participe do Fórum da disciplina, ele é nosso canal de comunicação. Lá teremos a oportunidade de vivenciar a realidade e a opinião de todos os colegas espalhados pelo Brasil. Não deixe de participar, nos encontramos lá! ALMEIDA, Paulo H.S; TAVARES, Célia R. G; KAMINATA, Osvaldo T; FRANCO, Janaina M.ESTUDO SOBRE SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO DE LAVANDERIAS INDUSTRIAIS PARA FABRICAÇÃO DE BLOCOS CERÂMICOS ACÚSTICOS (RESSOADORES DE HELMHOLTZ). II Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. Londrina, 2011. Disponível em:< http://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2011/III-006.pdf >. Acesso em: 20 fev. 2014. BARSANO, Paulo R; BARBOSA, Rildo P. Meio Ambiente guia prático e didático. 1. ed. São Paulo: Érica, 2012. CASTRO, Thiago M. Solidificação/estabilização de lodo gerado no tratamento de efluente de lavanderia industrial têxtil em bloco cerâmicos acústicos e seu desempenho em câmara reverberante (Dissertação Mestrado). Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2010. Disponível em: < http://www.peu.uem.br/Discertacoes/Thiago.pdf >. Acesso em: 17 fev. 2014. Dicionário online de Português. Disponível em: < http://www.dicio.com.br/tecnologia/ >. Acesso em: 15 fev. 2014. EPA- United States Environmental protection Agency. 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Solidificação e estabilização de resíduos inorgânicos industriais: estudo da eficiência do processo e evidência de mecanismos de imobilização. (Tese Doutorado). UFSC, Florianópolis, 2007. Av1 - Gest. Ambiental Tecnologias Aplicadas ao Meio Ambiente 1) Os solos apresentam várias funções sendo importante considerar que ele abriga os recursos naturais que sustentam a vida no planeta, além disso, ele serve de fonte de nutrientes para as diversas formas de vida existentes. A respeito dos impactos da ação humana sobre a qualidade ambiental dos solos, analise as afirmativas a seguir: I- Erosão é um processo causado pela retirada da cobertura vegetal que, entre suas consequências, expõe o solo a radiação solar de forma excessiva. II- Impactos industriais causam contaminação ambiental nos solos, devido à toxicidade dos produtos químicos aos quais nele são inseridos, entre outros fatores. III- Contaminação do solo consiste na adequada disposição de diversos tipos de resíduos. Agora assinale a alternativa correta: b) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 2) A biorremediacão é um processo biológico, uma alternativa ecologicamente eficaz para o tratamento de áreas contaminadas, como solos, água subterrânea e superficial, entre outras áreas contaminadas, principalmente com materiais orgânicos e metais pesados de difícil degradação. A eficiência deste processo consiste em: c) Degradar compostos poluentes por meio de microrganismos, onde fatores ambientais podem influenciar o processo. 3) Analise as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F): (V) A fitorremediação é a técnica que utiliza plantas para retirar contaminantes do solo ou da água e que é baseada na necessidade de absorção de determinados elementos, como os metais tóxicos para seu crescimento. (F) A soil flushing é a técnicaque utiliza-se de microrganismos específicos para degradar compostos poluentes, removendo assim contaminantes para determinadas áreas específicas. (V) A soil washing é uma tecnologia para lavagem de solos. Geralmente utiliza-se líquidos e um processo mecânico para "esfregar" os solos, o qual remove contaminantes perigosos concentrados em menor volume. Agora, assinale a alternativa que corresponde respectivamente a sequência correta: a) V, F, V. 4) De acordo com a CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, "uma das técnicas mais antigas utilizadas pelo homem para descarte de seus resíduos, é o aterramento." Ela define esta técnica como sendo a compactação dos resíduos no solo, na forma de camadas que são periodicamente cobertas com terra ou outro material. Fonte: Aterro Sanitário – CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/mudancas- climaticas/biogas/Aterro%20Sanit%C3%A1rio/21-Aterro%20Sanit%C3%A1rio>. Acesso em: 22 Fev. 2015. De acordo com as características de aterro controlado e sanitário, analise as afirmativas a seguir: I- No aterro controlado, temos a disposição final de resíduos urbanos depositados diretamente no solo e coberto por apenas uma camada de terra. Este tipo de disposição final gera impactos e compromete a qualidade dos solos e da água subterrânea. II- O aterro sanitário permite o confinamento seguro em termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde pública, pois o lixo não será depositado diretamente no solo, mas sim em uma vala que possui um sistema de impermeabilização, desta forma o lixo não ficará em contato direto com o solo. III- No aterro sanitário, o lixo produzirá subprodutos normalmente, como o chorume, águas percoladas e gases, porém, esses subprodutos não possuem um sistema de tratamento específico e acabam contaminando o solo ou água subterrânea. Agora, assinale a alternativa correta: d) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 5) De acordo com a AmbServ, o aterro industrial "é a destinação final de resíduos perigosos, não reativos e não inflamáveis, com baixo teor de água. A solução, além de ser ambientalmente segura, tem baixo custo para o contratante", a respeito de aterros industriais, assinale a alternativa correta: Fonte: Aterro Industrial – AmbServ / Tratamento deresíduos. Disponível em: <http://www.ambserv.com.br/aterro-industrial/>. Acesso em 22 Fev. 2015. a) Seu sistema é parecido com um aterro sanitário, porém a impermeabilização possui um sistema mais seguro, visto que os resíduos depositados serão de classe 1 ou 2. WEBAULA 1 Unidade 2 – Tecnologias para solos e águas 1 TECNOLOGIAS PARA SOLOS E ÁGUAS Olá, aluno(a), seja muito bem-vindo(a) a esta webaula! Você aprenderá sobre as principais tecnologias que são aplicadas para a disposição final de resíduos sólidos, processos de tratamento da água e análise de custos. Você perceberá que nesta webaula há vários linksde sugestões de leitura que servirão para aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre o assunto abordado. Há também vídeos explicativos que servirão também para ajudar você a entender melhor o assunto exposto. Por isso, não deixe de ver e ler todo o material que foi preparado com muito carinho para você. 2 TECNOLOGIAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Na webaula 1 você aprendeu algumas tecnologias que podem ser empregadas para o tratamento de solos contaminados. Começou a aprender também sobre os diferentes sistemas de disposição final de resíduos sólidos, sabendo que para resíduos urbanos a disposição hoje utilizada são os aterros controlados e sanitários, sendo este último o mais apropriado, e para resíduos sólidos industriais, os aterros industriais. Vamos continuar a aprender outras formas de disposição de resíduos sólidos. 2.1 BIODIGESTÃO A biodigestão é um processo biológico natural que ocorre na ausência de oxigênio, sendo chamada assim de processo de biodigestão anaeróbia, em que os microrganismos interagem e transformam compostos orgânicos complexos em produtos mais simples, como, por exemplo, o gás metano e dióxido de carbono, que podem ser utilizados como fonte de energia, além de produzir também biofertilizantes (ORRICO JUNIOR, 2007). Este tipo de processo é utilizado para degradação de resíduos orgânicos, como lodo de tratamento de esgoto, dejetos suínos e de outros animais. O processo de biodigestão ocorre dentro de um biodigestor, que é basicamente uma câmara fechada, sem a presença de oxigênio, na qual a biomassa (material orgânico composto por detritos de animais, por exemplo) é degradada por microrganismos (um grupo especial de bactérias), ocorrendo assim a liberação de biogás e produção de biofertilizante. O biogás gerado é composto basicamente de metano e dióxido de carbono, pode conter também pequenas quantidades de sulfeto de hidrogênio (ORRICO JUNIOR, 2007). As aplicações do biogás são inúmeras. Orrico Junior (2007, p. 5) cita algumas: [...] pode ser utilizado em diversas aplicações na propriedade rural, tais como em chocadeiras, incubadoras, geradores de energia elétrica, além do consumo doméstico (CAEEB, 1981). O uso do biogás traz ganhos econômicos devido à redução dos gastos com combustíveis, como também traz ganhos ambientais através da troca de um combustível não renovável por um renovável e redução da contribuição da atividade para o aquecimento global. O biofertilizante gerado também tem suas aplicações, pois é um produto rico em nutrientes, sendo possível utilizá-lo para adubação em solos, melhorando assim as características “químicas, físicas e biológicas dos solos; controle de pragas e doenças” (NETO, 2006). Link Aprenda mais sobre os biofertilizantes acessando o link a seguir: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agroenergia/arvore/CONT000fj1gh4ku 02wyiv802hvm3jd85f37c.html> Acesse o link a seguir e veja um exemplo de biodigestão. O artigo trata da biodigestão anaeróbia dos resíduos da produção avícola: cama de frangos e carcaças. Boa leitura! < http://www.scielo.br/pdf/eagri/v30n3/18.pdf > Vídeo Veja um exemplo prático de pessoas de propriedades rurais que utilizam o biodigestor para geração de gás e fertilizantes. < http://www.youtube.com/watch?v=C3fTQt0aPGM > Agora que você viu no vídeo que o biodigestor é uma alternativa simples no controle da poluição, reflita se em sua localidade é possível a utilização deste equipamento, tanto no meio rural como em aterros. 2.2 COMPOSTAGEM A compostagem é um processo de digestão aeróbia (com presença de oxigênio) dos resíduos sólidos orgânicos urbanos, ou seja, é a degradação biológica da matéria orgânica, contida em restos de animais e vegetais, gerando como produto final um composto orgânico que pode ser utilizado em solos como adubo. Um exemplo de compostagem é a utilização em solos de restos de vegetais e esterco animal para melhorar as características do solo. Esta é uma prática que há muito tempo é utilizada pelo meio rural. Pelo fato de os resíduos sólidos urbanos ou lixo domiciliar possuírem cerca de 50% de matéria orgânica, esta fração pode passar pelo processo de compostagem. Algumas vantagens da compostagem são apresentadas pelo IPT/CEMPRE (2000, p. 93): Redução de cerca de 50% do lixo destinado ao aterro; Economia de aterro; Aproveitamento agrícola da matéria orgânica; Reciclagem de nutrientes para o solo; Processo ambientalmente seguro; Eliminação de patógenos; Economia de tratamento de efluentes. Sendo assim, esta forma de disposição final é muito promissora, pois, além de reduzir os resíduos sólidos orgânicos, gera um material nutritivo que poderá ser utilizado novamente nos solos, que ao invés de contaminar irá beneficiar. Com relação ao produto final da compostagem, Tenório e Espinosa (2004, p. 184) explicam que: Não se pode considerar que o composto produzido é um adubo ou fertilizante, pois não possui a quantidade de macronutrientes exigida pelas especificações agrícolas. O composto geralmente contém uma quantidade total de nitrogênio (N), fósforo (F) e potássio (K) entre 1,5% a 2,5% do peso, enquanto um adubo deve ter no mínimo 24%, ou seja, uma diferença de doze vezes. Assim, o composto orgânico é usado como um condicionador de solo. Porém, este composto traz vantagens se utilizado na agricultura, dentre elas destacamos: Em períodos secos retém umidade no solo; Previne o solo contra erosão; Melhora as propriedades biológicas dos solos; Aumento da permeabilidade, favorecendo a presença de minhocas e besouros; Fornecimento de macronutrientes (fósforo, potássio e nitrogênio) e micronutrientes (ferro, zinco, manganês e cálcio). A utilização deste composto nos solos tem algumas restrições, pois pode aumentar o pH dos solos e pode haver a presença de metais pesados. Desta forma, não é recomendado para o cultivo de acidófilas (alface, feijão, cenoura, cebola, arbustos frutíferos, entre outras) (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). O processo de compostagem pode ocorrer de duas formas: método natural ou método acelerado. O método natural consiste em dispor em um pátio o material orgânico do lixo em pilhas de formato variável. Através de um equipamento apropriado, a aeração é feita para que o processo de decomposição biológica ocorra. Já o método acelerado consiste em forçar a aeração por tubulações ou colocar os resíduos dentro de reatores, avançando o sentido contrário da corrente de ar para posteriormente dispor em pilhas (IPT/CEMPRE, 2000). “No início da decomposição do material orgânico, desenvolvem-se microrganismos que apresentam uma fermentação ácida e o pH torna-se baixo, o que é favorável à retenção de amônia”, sendo que esses ácidos são consumidos na fase seguinte por outros microrganismos, elevando o pH. O pH mínimo do composto orgânico é 6,0 (IPT/CEMPRE, 2000). Para fins práticos, são dois os principais graus de decomposição do material submetido ao processo de compostagem: semicurado ou tecnicamente bioestabilizado e curado ou humificado. O primeiro indica que o compostojá pode ser empregado como fertilizante sem causar danos às plantas; o segundo indica que está completamente degradado e estabilizado, com qualidade apropriada para ser utilizado. (IPT/CEMPRE, 2000, p. 93). Vídeo A compostagem também pode ser feita em nossa própria residência, quer saber como? Assista ao vídeo disponível no link a seguir: < http://www.youtube.com/watch?v=FKGizjrR35U > O vídeo mostra como podemos fazer a compostagem de forma simples e vantajosa, pois além de reduzir o lixo que enviamos para os aterros, formamos um material (terra) que poderá ser comercializado. Agora que você assistiu ao vídeo, reflita: será que é possível eu fazer o processo de compostagem em minha casa e ensinar ao máximo de pessoas que conheço? 2.3 INCINERAÇÃO A incineração de resíduos é uma técnica antiga, em que o resíduo é submetido a um tratamento térmico, em altas temperaturas, ou seja, é queimado acima de 800ºC para redução do seu volume. Os gases de combustão devem, por dois segundos, se manter a 1200ºC, com excesso de ar e turbulência, a fim de converter totalmente os compostos orgânicos presentes nos resíduos em gás carbônico e água (IPT/CEMPRE, 2000). Atualmente, o processo de incineração tem como objetivo a eliminação de componentes tóxicos ou perigosos dos resíduos, como metais pesados, em que o processo de combustão gera como subprodutos escórias, gases e cinzas (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). No incinerador ocorrem reações de oxidação e decomposição dos resíduos, em que os produtos orgânicos, como as comidas, plásticos, tecidos que possuem em sua estrutura ligações entre carbono e hidrogênio, sofrem a combustão ou oxidação, liberando gás carbônico (CO2) e água. Segundo Tenório e Espinosa (2004, p. 189): A reação de combustão de produtos orgânicos normalmente libera calor, que é transferido para os gases e para o material sólido. Esse calor transferido para os gases pode ser aproveitado na saída do forno, usando-se trocadores de calor, e esse é o princípio para a reciclagem energética de resíduos (waste to energy). Independente do aproveitamento do potencial térmico das reações de oxidação da matéria orgânica, praticamente toda matéria orgânica sólida pode ser transformada em gases, dependendo das condições de incineração, portanto há uma efetiva redução do volume. Os produtos inorgânicos também podem se degradar termicamente formando gases e óxidos. Esses óxidos são de metais que se oxidaram total ou parcialmente, geralmente formam a escória que fica no reator. Outros compostos, como halogênios e alguns óxidos metálicos, são eliminados na forma de vapor, por possuírem alta pressão de vapor, porém se condensam no sistema de tratamento de gases, formando as cinzas (TENÓRIO; ESPINOSA, 2004). Link O texto disponível no link a seguir comenta as implicações sobre o processo de incineração de resíduos. Confira! < http://www2.camara.leg.br/responsabilidade- social/ecocamara/implicacoesincineracao.html > Leia o artigo disponível no link a seguir, que trata sobre os impactos da incineração na saúde humana. Boa leitura! <http://www.greenpeace.org.br/toxicos/pdf/sumario_exec_health.pdf> O quadro a seguir (Quadro 1) mostra as vantagens e desvantagens da incineração de resíduos. Quadro 1 - Vantagens e desvantagens do processo de incineração de resíduos Vantagens Desvantagens Redução drástica da massa e volume a ser descartado:a taxa de redução média em massa é de 70% e de volume, 90%. Custo elevado: a incineração possui altos custos de instalação e operação. Recuperação de energia:parte da energia contida nos resíduos pode ser recuperada para geração de energia elétrica e/ou vapor. Exigência de mão de olha qualificada: os processos de incineração exigem pessoal qualificado para garantir a qualidade da operação. Redução do impacto ambiental: redução da emissão de gás metano e contaminação de lençóis freáticos observados em aterros. Esterilização dos resíduos:a incineração destrói bactérias e vírus presentes nos resíduos. Destoxicação: produtos orgânicos tóxicos, como óleo ascarel e produtos aromáticos, podem ser destruídos. Presença de materiais nos resíduos que geram compostos tóxicos e corrosivos: alguns materiais, como pilhas, plásticos, liberam compostos tóxicos e ácidos que não podem ser eliminados, exigindo a instalação de sistemas de limpeza de gases. Fonte: adaptado de IPT/CEMPRE, 2000. 3 TECNOLOGIAS PARA TRATAMENTO DA ÁGUA Os órgãos públicos têm exigido cada vez mais o controle de poluentes ambientais, isso porque há interesse na saúde pública, desta forma há uma constante evolução no desenvolvimento de métodos para tratamento de águas residuárias. Assim, as agências de controle, tanto de nível estadual quanto federal, se esforçam para que o tratamento da água seja o mais eficiente possível, visando a qualidade da água superficial. O entendimento dos efeitos ambientais causados pelo despejo das águas e o conhecimento dos efeitos na saúde e no meio ambiente causados pelos poluentes presentes em águas residuárias foram resultados desses esforços, que auxiliaram em temas de proteção ao meio ambiente (BASSOI; GUAZELLI, 2004). Embora as inovações tecnológicas para tratamento da água estejam bem avançadas, é importante estudar e entender as diversas técnicas de tratamento de água, para que você possa buscar soluções adequadas para determinada água ou efluente ou corpo hídrico contaminado, assim como minimizar custos e adequar-se às realidades locais. Os processos de tratamento de água seguem diversas etapas visando a remoção de determinado poluente ou transformando-o em outras formas mais aceitáveis. Estas etapas são processos, ou seja, processos físicos, químicos e biológicos, que têm como objetivo a remoção de substâncias indesejáveis que alteram as características física, química ou biológica da água (BASSOI; GUAZELLI, 2004). Vídeo Quer aprender como ocorre o sistema de tratamento de efluente por meio físico, químico e biológico? Então assista ao vídeo disponível no link a seguir: < http://www.youtube.com/watch?v=7OyVxIPAvg4 > Link O texto disponível no link a seguir explica como ocorre o processo de tratamento de água. Confira! < http://www.saema.com.br/eta.html > Efluentes industriais passam por tratamento físico-químico para remoção de certos poluentes. Leia o artigo disponível no link a seguir, que explica como o efluente pode ser tratado pelo método físico-químico. Boa leitura! <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2009/anais/arquivos/RE_0142_1112_01.pdf> Desta forma, cada processo será responsável pela remoção de determinado poluente. Vejamos a seguir os diferentes tipos de processos ou tratamentos que podem ser realizados nas águas. Confira! 3.1 TRATAMENTO FÍSICO O tratamento ou processo físico são os “fenômenos físicos que ocorrem na remoção ou transformação de poluentes na água”. Este tipo de tratamento é utilizado para remoção das partículas sólidas em suspensão presentes na água. Pode ser utilizado também para homogeneizar um efluente (BASSOI; GUAZELLI, 2004). Desta forma, para remoção de determinado material sólido presente na água é necessário utilizar técnicas ou equipamentos específicos. O material sólido é separado em relação ao tamanho relativo das partículas, que após passar pelo processo de secagem, calcinação e filtração, são definidas as diversas frações desses sólidos, que podem ser: sólidos totais, em suspensão, dissolvidos, fixos e voláteis. Os sólidos em suspensão possuem composição inorgânica e suas partículas possuem diâmetro superior a 1,2 µm, enquanto os dissolvidos a composição é orgânica com partículas inferiores a 1,2 µm. Sólidos coloidais e sedimentáveissão subdivisões dos sólidos em suspensão. Os coloidais possuem diâmetro entre 0,001 e 1,2 µm e os sedimentáveis são aqueles que se separam da fase líquida pela diferença de densidade. Para cada remoção deste material sólido presente na água é necessária a utilização de técnicas de tratamento específicas. Para Bassoi e Guazelli (2004), os processos físicos utilizados envolvem unidades de tratamento, como: Grades de limpeza manual ou mecanizada: são utilizadas para remoção de sólidos grosseiros; Peneiras estáticas, vibratórias ou rotativas: são estabelecidas de acordo com as características e tamanho dos grãos dos sólidos a serem removidos; Caixas de areia simples ou aeradas: são utilizadas para remoção das partículas de areia, além de proteger as tubulações e o equipamento contra abrasão; Tanque de retenção de materiais flutuantes: são utilizados para remoção de gorduras, óleos e graxas ou outras substâncias que apresentarem densidade menor que a da água; Decantadores: removem sólidos sedimentáveis e em suspensão; Flotadores a ar dissolvido: são utilizados para arrastar os sólidos em suspensão para a superfície, este arraste é feito por meio de microbolhas de ar que são formadas a partir da despressurização do líquido no flotador; Leitos de secagem de lodo: são utilizados para remoção da água ou desidratar total ou parcialmente o lodo, que podem ser ao ar livre ou coberto. Estes leitos são utilizados para pequenos volumes de lodo; Filtros prensa e a vácuo e centrífugas: são utilizados para desidratação do lodo quando se tem grandes volumes; Filtros de areia: são utilizados para remoção de sólidos em suspensão, em baixa concentração; Adsorção em carvão ativado: é utilizado para remoção de sólidos dissolvidos tanto de natureza orgânica (cor) quanto inorgânica (metais pesados). 3.2 TRATAMENTO QUÍMICO O tratamento ou processo químico é quando se utiliza um agente químico para aumentar a eficiência na remoção de um elemento, ou quando este agente modifica estrutura ou estado da substância, ou altera suas características químicas. Bassoi e Guazelli (2004, p. 74) citam exemplos de processos químicos de tratamento de água residuária: A utilização do alumínio como núcleo de coagulação e floculação, a acidificação de um efluente visando a quebra de emulsão de certos óleos e graxas e o ajuste de pH de uma solução para a precipitação de metais na forma de óxidos e hidróxidos. Muitas vezes, o tratamento químico é utilizado juntamente com o processo físico ou biológico, e isso ocorre para melhor remoção do material a ser retirado da água. Por exemplo, os sólidos em suspensão coloidal e dissolvidos, muitas vezes, não são removidos por completo durante o tratamento físico, desta forma é necessário o tratamento químico, primeiro com a adição de um coagulante e/ou floculante que servirá para juntar as partículas sólidas muito pequenas em partículas maiores e assim ser retirada da água pelo tratamento físico, como a filtração. Este processo é chamado de tratamento físico-químico. Exemplos de tratamento físico-químico: Coagulação/floculação; Precipitação química; Oxidação; Neutralização ou correção de pH. O tratamento químico também pode ser conjugado a processos físicos e biológicos. Bassoi e Guazelli (2004, p. 75) citam exemplos desses processos: Ajuste de pH para condicionar o efluente ao tratamento biológico; Cloração para eliminação de organismos patogênicos; Adição de polieletrólitos como auxiliares de floculação; Oxidação de sulfetos com o O2 e H2O2. Portanto, podemos entender que o tratamento químico é quando utilizamos produtos químicos para remover ou acelerar reações. 3.3 TRATAMENTO BIOLÓGICO O tratamento biológico pode ser definido como o processo que utiliza microrganismos aeróbios ou anaeróbios para degradar poluentes, na maioria das vezes, de origem orgânica, presentes na água, ou seja, são as bactérias, fungos ou protozoários que serão responsáveis pela degradação da matéria orgânica. “Os fenômenos inerentes à respiração e alimentação desses microrganismos são predominantes na transformação da matéria orgânica”, que pode estar na forma de “sólidos dissolvidos e em suspensão e em compostos simples como sais minerais, gás carbônico, água e outros” (BASSOI; GUAZELLI, 2004). Bassoi e Guazelli (2004, p. 75) citam os processos biológicos usuais: Lodos ativados: é quando se utiliza um sistema no qual uma massa biológica é colocada em contato com o efluente, em presença de oxigênio, em tanques de aeração. São agitados e aerados e após este procedimento o lodo é separado da parte líquida e enviado para um decantador, sendo que o mesmo pode retornar ao tanque de aeração ou ser descartado, quando em excesso. “A grande concentração de lodo biológico mantido em tanques de aeração permite que o processo de tratamento ocorra em um período de tempo curto, em comparação ao processo natural que ocorre em um corpo d’água”. Lagoas de estabilização facultativas e anaeróbias: são grandes tanques escavados no solo em que os efluentes são tratados por processos naturais controlados pela vazão, ajuste de pH e dosagem de nutrientes. Na parte superior das lagoas facultativas se desenvolvem algas e microrganismos aeróbios, que se encontram em uma simbiose. As algas são responsáveis pela fotossíntese, ou seja, consomem gás carbônico e liberam oxigênio, e os microrganismos oxidam a matéria orgânica, por meio do consumo de oxigênio e liberando gás carbônico. Na parte inferior, o processo aeróbico se desenvolve como numa lagoa anaeróbica, ou seja, sem oxigênio dissolvido. Lagoas aeradas: são as lagoas aeradas, com introdução de oxigênio por meio de um dispositivo, necessário para locais em que as algas não proliferam por causa da intensa agitação da massa líquida. Filtros biológicos: são tanques constituídos de pedras ou elementos plásticos onde se desenvolve uma fina camada de microrganismos aeróbios. A água irá percolar pelo filtro e terá a matéria orgânica adsorvida pelo filme ou massa biológica, na qual é estabilizada pelos microrganismos. Estes filtros são utilizados quando se deseja completar a remoção de matéria orgânica após o tratamento físico químico. Desta forma, podemos dizer que o tratamento biológico é um conjunto de tecnologias bem eficaz para redução de altas concentrações de matéria orgânica presentes em efluentes Vídeo Os filtros biológicos são utilizados para o tratamento da água. Veja uma forma simples de se fazer e utilizar o filtro biológico. Assista ao vídeo. < http://www.youtube.com/watch?v=jy1jAigAxrE > Qual o melhor tipo de microrganismo para o tratamento de efluentes? Leia o artigo disponível no link a seguir e descubra alguns grupos. < http://www.scielo.br/pdf/esa/v14n2/a06v14n2.pdf > Link Conheça os tipos de tratamento que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) possui. Veja o link a seguir: < http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=61 > Agora que você já leu os artigos e assistiu ao vídeo sobre os tipos de tratamento de água, reflita sobre em qual atividade de sua região poderia ser melhorado o sistema de tratamento de água por meio dos exemplos citados. 4 ANÁLISE DE CUSTO DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Quando se deseja monitorar, minimizar, eliminar os poluentes gerados pela atividade, alguns projetos são necessários para analisar se os gastos de instalação, operação e manutenção do sistema serão viáveis economicamente. Para colocar em prática determinada tecnologia voltada à redução de poluentes, é necessário o levantamento de todos os equipamentos que serão utilizados, mão de obra, depreciação do equipamento, assim como a manutenção que omesmo irá gerar. Podemos entender que o termo custo é definido como os gastos ou despesas utilizadas na produção de bens e serviços, ou seja, os materiais diretos ou indiretos necessários para a fabricação ou execução do serviço. Contudo, o custo não abrange somente os gastos com a produção, pode-se apurar o custo comercial, bancário, de transportes e demais atividades (MORGAN; ROSA, 2006). Sendo assim, os custos relacionados à instalação, manutenção e operação estão relacionados com os valores que serão gastos, assim como os insumos que serão utilizados para aplicação de determinada tecnologia. Exemplos de insumos: energia elétrica, trabalho humano, etc. Bornia (2010, apud SARAIVA, 2012, p. 28) cita um exemplo de custo relacionado à aquisição de um equipamento: Na compra de um equipamento, o gasto que a empresa terá com essa aquisição equivale ao valor total, do mesmo modo que a parcela da máquina empregada em um período dá origem a custos. Esse custo denomina-se como depreciação, significa a parte do equipamento que é consumida em um determinado período, ou seja, é o desgaste com o tempo do uso da máquina. Com isso, a depreciação expressa a perda de valor da máquina no período considerado. Este custo poderá ser embutido no custo da produção e, consequentemente, no custo do produto final. 4.1 ANÁLISE DE OPERAÇÃO Os custos operacionais são medidos e classificados em função da hora/máquina, sendo este o objeto de custeio, que, por sua vez, é classificado em direto ou indireto. Os custos diretos são aqueles gastos que estão diretamente relacionados com, por exemplo, o salário pago aos funcionários responsáveis na atividade de confecção do produto, já os indiretos são todos os outros custos que envolvem a produção de um produto, como materiais, salários, encargos, impostos, benefícios, depreciação, etc. (SOUZA; PIRES, 2009). O Quadro 2 exemplifica o que são os custos diretos e indiretos. Quadro 2 - Custos diretos e indiretos em relação a hora/máquina trabalhada Custos diretos Custos Indiretos Mão de obra. Mão de obra indireta. Materiais diretos: combustíveis, lubrificantes, etc. Transporte de pessoal. Custos gerais: Depreciação da máquina, seguro, peças de reposição, manutenção de terceiro, etc. Depreciação da estrutura do campo, Manutenção própria, administração. Fonte: Adaptado de Souza e Pires (2009) Estes custos podem ser fixos ou variáveis, ou seja, os custos fixos não se alteram em função das variações ocorridas dentro de intervalo, já os variáveis sofrem alterações na mesma proporção das variações de volume de trabalho (SOUZA; PIRES, 2009). Bornia (2010, apud SARAIVA, 2012, p. 30) explica os custos fixos e variáveis: Designa-se custo fixo para aqueles que não dependem da quantidade de atividades exercidas na empresa em curto prazo, isto é, são os custos que não alteram o volume de produção. Ao contrário disso, os custos variáveis estão diretamente atrelados à produção, ou seja, crescem com o aumento das atividades realizadas na empresa. Leia o artigo disponível no link a seguir a partir do item 5, páginas 117 a 131. A partir da página 117 você encontrará um exemplo prático dos custos diretos e indiretos de uma atividade de extração. < http://ciflorestas.com.br/arquivos/doc_colheita_extracao._14238.pdf > 4.2 ANÁLISE DE MANUTENÇÃO A produtividade depende do desempenho do equipamento, e se o mesmo estiver desgastado, com falta de manutenção ou manutenção ineficaz, afetará a produtividade. Não só a produtividade, mas a eficiência do sistema de tratamento de controle de poluição, que dependerá de um determinado equipamento, será afetada se o mesmo não tiver a manutenção adequada. Marcorin e Lima (2003, p. 37) comentam que: Pode-se dizer, portanto, que uma política inadequada de manutenção traz custos adicionais relacionados à falta de produtividade – desde as horas extras necessárias para cumprir a produção até perdas de contrato –, todos mensuráveis, além de outras perdas não mensuráveis, como o desgaste da imagem da empresa. Por isso que uma política de manutenção deve ser adequada, pois manterá a capacidade e a disponibilidade da máquina ou equipamento, evitando quebras e, quando ocorrerem falhas, as ações corretivas serão rápidas e eficazes. Os custos relacionados à manutenção vão desde “custos com mão de obra, ferramentas e instrumentos, material utilizado nos reparos, custo com subcontratação e outros referentes à instalação ocupada pela equipe de manutenção” (MARCORIN; LIMA, 2003). O link disponível a seguir levará você a ler um artigo sobre uma proposta de modelo para controle de custos de manutenção. Confira e boa leitura! < http://www.scielo.br/pdf/gp/v15n1/a13v15n1 >. 5 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA, TÉCNICA E TECNOLÓGICA A análise de viabilidade econômica se relaciona com as questões econômicas e as relações que as pessoas envolvidas no projeto vão estabelecer entre si, como as tarefas, os compromissos e responsabilidades que desenvolverão em conjunto. Segundo Kraychete (1997), para esta análise de viabilidade econômica é necessário primeiramente fazermos perguntas sobre o empreendimento que queremos montar. Relacionado à tecnologia, podemos fazer perguntas sobre o tipo de tecnologia que iremos adotar para controle de poluição (que pode ser um equipamento como um filtro, ou uma ETA). Estas perguntas estão relacionadas com: Investimentos Quanto iremos gastar? Como escolher os equipamentos? Quem de nós sabe onde e como comprá-los? Que instalações são necessárias? É preciso alguma instalação especial (exemplo: tanque, aquecedor, etc.)? Consumo de energia e água Qual tipo de energia que as máquinas consomem (elétrica, vapor, óleo, lenha, ar)? Como saber a quantidade consumida por hora ou por quantidade produzida? Quanto de água é gasto por hora, dia, mês? Perguntas sobre legislação Há alguma lei trabalhista com relação à atividade exercida pelo operador da máquina? Há alguma legislação ambiental referente a este tipo de equipamento? Após as perguntas é necessário sabermos calcular os gastos, como a depreciação do equipamento, calcular a receita que vamos obter com a venda da nossa produção, somar todos os custos necessários para a operação deste equipamento (fixos e variáveis) e, após fazermos um cálculo para “verificar se a nossa receita menos as despesas resultam numa sobra, sendo que esta sobra deve ser suficiente para cobrir as despesas e fazermos uma reserva” (KRAYCHETE, 1997, p. 7), ou seja, embora todos os gastos que teremos com a aplicação de determinada tecnologia, no final de todo o processo deve dar lucro para que seja economicamente viável. Desta forma, é necessário obter todas as informações necessárias para que a análise possa ser confiável e assim avaliar e decidir sobre as implicações do projeto e a responsabilidade de cada um na atividade prevista (KRAYCHETE, 1997). Link Os links disponíveis a seguir mostrarão a você sobre maiores detalhes da análise de viabilidade econômica. O primeiro explica como se faz este estudo e o segundo fornece um exemplo prático de um sistema de compostagem. Confira! <http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/Conteudo/Analise-de- Viabilidade-Economica > < http://www.proamb.com.br/downloads/1swc0x.pdf > Para fazer: O Fórum da disciplina é o local onde podemos compartilhar experiências com outros colegas sobre o tema proposto. Não deixe de participar. Vamos lá, conto com a sua participação! BASSOI, Lineu, J; GUAZELLI, Milo R. Controle Ambiental da Água. In: PHILIPPI, JR A; ROMÉRO, Marcelo A; BRUNA, Gilda C. Curso de gestão ambiental. Barueri: Manole, 2004. IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Lixo Municipal: manual de gerenciamentointegrado. Coordenação: Maria Luiza Otero D’Almeida, André Vilhena. 2. ed. São Paulo:IPT/CEMPRE, 2000. KRAYCHETE, Gabriel. Como fazer um estudo de viabilidade econômica. Exposição realizada no primeiro dia da Consulta Economia Popular: Viabilidade e Alternativas, promovida pela CESE-CEADe. Salvador, 1997. Disponível em: < http://www.proppi.uff.br/turismo/sites/default/files/como_fazer_um_estudo_de_viabilidade_econPmica.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. MARCORIN, Wilson R; LIMA, Carlos R. C. Análise dos Custos de Manutenção e de Não manutenção de Equipamentos Produtivos. Revista de Ciência & Tecnologia, v. 11, nº 22, p. 35-42. jul./dez., 2003. Disponível em: < http://www.drb- assessoria.com.br/11Custodemanutencao.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. MORGAN, Beatriz F; ROSA, Mariana de S. Custos em empresas prestadoras de serviços: o conceito de objeto e a realidade das empresas. Contab. Vista & Rev., v. 17, n.4, p. 97-111, out/dez. 2006. Disponível em: < http://web.face.ufmg.br/face/revista/index.php/contabilidadevistaerevista/article/viewFile/314/307 >. Acesso em: 13 mar. 2014. NETO, Eoroclito A. T. Biofertilizantes: caracterização química, qualidade sanitária e eficiência em diferentes concentrações na agricultura da alface. (Dissertação Mestrado). Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. Disponível em: < http://www.iapar.br/arquivos/File/zip_pdf/biofert_neto_darolt06.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. ORRICO JUNIOR, Marco A. P. Biodigestão anaeróbia e compostagem de dejetos de suínos, com e sem separação de sólidos. (Dissertação Mestrado) Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Campus Jaboticabal. Jaboticabal, 2007. Disponível em: < http://www.fcav.unesp.br/download/pgtrabs/zoo/m/3346.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. SARAIVA, Naiele L. S. Análise de custos dos planos de manutenção de colheitadeiras STS John Deere. (Trabalho de Conclusão de Curso). Faculdade Horizontina. Horizontina, 2012. Disponível em: < http://www.fahor.com.br/publicacoes/TFC/EngPro/2012/Naiele_Larissa_Sieben_Saraiva.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. SOUZA, Marcos A. PIRES, Charline B. Colheita florestal: mensuração e análise dos custos incorridos na atividade mecanizada de extração. Custos e @gronegócio online - v. 5, n. 2 - Mai/Ago - 2009. Disponível em: < http://ciflorestas.com.br/arquivos/doc_colheita_extracao._14238.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. TENÓRIO, Jorge A. S; ESPINOSA, Denise C.R. Controle Ambiental de Resíduos. In: PHILIPPI, JR A; ROMÉRO, Marcelo A; BRUNA, Gilda C. Curso de gestão ambiental. Barueri: Manole, 2004. SUGESTÃO DE LEITURA ALVES, Francisco. Plano de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde PGRSS.Saneamento ambiental, v. 46, 5 p; 1997. Disponível em: < http://www.pbh.gov.br/smsa/hospitalmetropolitano/licitacao/pranchasememoriais/LICENCAS%20E%20APROVACOES/LICENCIAME NTO%20AMBIENTAL/PGRSS/FIO01-PGRSS-09.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. PEREIRA, Ana G.H. Mecanismo de desenvolvimento limpo aplicado a resíduos sólidos. Rio de Janeiro: IBAM, 2007. Disponível em: < http://www.ibam.org.br/media/arquivos/estudos/03-aterro_mdl_1.pdf >. Acesso em: 13 mar. 2014. VON SPERLING, Marcos. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias: introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos, v. 01. Minas Gerais: ABES, 1995. Av2 - Gest. Ambiental Tecnologias Aplicadas ao Meio Ambiente 1) Entre as várias formas existentes para disposição de resíduos, encontramos uma forma que se processa de forma natural, um processo biológico eficiente para tratamento de dejetos animais e resíduos sólidos urbanos. Este processo ocorre em ausência de oxigênio onde microrganismos interagem e transformam compostos orgânicos complexos em produtos mais simples, como o metano, um gás com elevado poder calorífico que pode ser utilizado para geração de energia e dióxido de carbono, além de produzir um biofertilizante de ótima qualidade. Assinale a alternativa que conceitua a técnica descrita acima: c) Biodigestão anaeróbica. 2) A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo e que pode ser utilizado como adubo de alta qualidade. Sobre este tema, analise as afirmativas a seguir a respeito das vantagens de se utilizar a compostagem. I- Redução de cerca de 50% do lixo destinado ao aterro, o que favorece a vida útil do mesmo, que resulta também em ganhos econômicos. II- II- Processo ambientalmente seguro, porém a técnica não garante a eliminação de patógenos. III- Reciclagem de nutrientes para o solo, através do aproveitamento do fertilizante produzido, rico em matéria orgânica, em atividades agrícolas. Fonte: Processo de Compostagem. Disponível em: <http://www.ib.usp.br/coletaseletiva/saudecoletiva/compostagem.htm>. Acesso em: 25 Fev. 2015. Agora assinale a alternativa correta: c) Somente as afirmativas I e III estão corretas. 3) A água residual, proveniente de processos industriais e esgoto urbano, necessita passar por uma série de processos para melhorar sua qualidade e assim, alcançar padrões de qualidade estipulados em legislação específica para lançamento no meio ambiente. A respeito das técnicas utilizadas no tratamento, analise as afirmativas a seguir: I- O tratamento biológico utiliza-se de microrganismos para remoção de partículas sólidas suspensas que servem como fonte de nutrientes, sendo um processo rápido e eficiente no tratamento de águas residuais. II- O tratamento físico consiste na remoção ou transformação dos poluentes presentes por meio de processos físicos, deste modo, utilizam-se de grades, peneiras, caixas de areia, entre outras técnicas físicas. III- O tratamento químico consiste na utilização de reagentes químicos ou reações químicas para remoção ou transformação de poluentes presentes, deste modo, pode-se utilizar os processos de coagulação e floculação, por exemplo. Agora, assinale a alternativa correta. d) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 4) Quando se deseja monitorar, minimizar, eliminar os poluentes gerados pela atividade, alguns projetos são necessários para analisar se os gastos de instalação, operação e manutenção do sistema serão viáveis economicamente. Deste modo, são necessários tempo, estudos e recursos para que no final, a alternativa proposta esteja de acordo com a visão ambiental da empresa e seu custeio mensal, não afetando de forma brusca a economia da empresa. Em relação aos procedimentos operacionais de máquinas e equipamentos, assinale a alternativa que apresenta uma forma custo indireto em relação a operação dos mesmos. b) Transporte de pessoal. 5) O principal elemento que justifica a existência de uma empresa é a geração de lucro. Para um projeto de desenvolvimento ser atrativo, é preciso que a quantidade de lucro gerado, o retorno do projeto, seja melhor do que aquele que a empresa poderia obter com outros investimentos, por exemplo, aplicando no mercado financeiro. Portanto, a essência da avaliação econômico-financeira é medir o retorno do projeto de maneira comparável com outros investimentos. Fonte: Portal de conhecimentos – Análise de viabilidade econômica. Disponível em: <http://www.portaldeconhecimentos.org.br/index.php/por/Conteudo/Analise-de-Viabilidade- Economica>. Acesso em: 27 Fev. 2015. Para análise de viabilidade econômica, técnica e tecnológica, analise as afirmativas a seguir a respeito das perguntas que devem ser respondidas para melhor alternativa de controle de poluição. I- Devemos nos perguntar quanto iremos gastar? Como podemos escolher os equipamentos? Quem de nós sabe onde e como comprá-los? Através destas perguntas conseguimos informações a
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