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Direitos Políticos - Aula 04 de Direito Constitucional para TRT 15ª Interior de SP

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Livro Eletrônico
Aula 04
Direito Constitucional p/ TRT 15ª Interior de SP (Técnico Judiciário - Área
Administrativa)
Professores: Equipe Ricardo e Nádia 01, Nádia Carolina, Ricardo Vale, Equipe Ricardo e
Nádia 02
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DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT 15A REGIÃO 
Teoria e Questões 
Aula 04 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 
!ULA 04 
DIREITOS  POLÍTICOS 
Sumário 
Direitos Políticos ............................................................................................................................. 2 
1‑ Conceitos Iniciais: ................................................................................................................... 2 
2‑ Direitos Políticos Positivos: ................................................................................................... 3 
3‑ Direitos Políticos Negativos: ............................................................................................... 10 
4‑ Princípio da anterioridade eleitoral: .................................................................................. 24 
Questões Comentadas .................................................................................................................. 25 
Lista de Questões ........................................................................................................................... 53 
Gabarito ........................................................................................................................................... 68 
 
Ol‡, amigos do EstratŽgia Concursos, tudo bem? 
Na aula de hoje, encerraremos o estudo dos direitos fundamentais. Falaremos 
sobre os direitos pol’ticos. 
Um grande abrao, 
N‡dia e Ricardo 
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Teoria e Questões 
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Direitos Pol’ticos 
1- Conceitos Iniciais: 
Para iniciarmos nosso estudo sobre os direitos pol’ticos, nada melhor que 
defini-los, n‹o Ž mesmo? 
Os direitos pol’ticos s‹o aqueles que garantem a participa‹o do povo no 
processo de condu‹o da vida pol’tica nacional. Segundo o Prof. 
Alexandre de Moraes, Òs‹o o conjunto de regras que disciplina as formas de 
atua‹o da soberania popularÓ.1 S‹o direitos relacionados ao exerc’cio da 
cidadania e, segundo Gilmar Mendes, formam a base do regime 
democr‡tico.2 
Os direitos pol’ticos s‹o, portanto, instrumentos de exerc’cio da soberania 
popular, caracter’stica dos regimes democr‡ticos. Esses regimes podem ser 
de trs diferentes tipos: 
a) Democracia direta: Ž aquela em que o povo exerce o poder 
diretamente, sem intermedi‡rios ou representantes; 
b) Democracia representativa ou indireta: Ž aquela em que o povo 
elege representantes3 que, em seu nome, governam o pa’s; 
c) Democracia semidireta ou participativa: Ž aquela em que o povo 
tanto exerce o poder diretamente quanto por meio de representantes. 
Trata-se de um sistema h’brido, com caracter’sticas tanto da 
democracia direta quanto da indireta. ƒ adotada no Brasil, que utiliza 
certos institutos t’picos da democracia semidireta, tais como o 
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis. 
A doutrina classifica os direitos pol’ticos em duas espŽcies: i) direitos pol’ticos 
positivos e; ii) direitos pol’ticos negativos. 
Os direitos pol’ticos positivos est‹o relacionados ˆ participa‹o ativa dos 
indiv’duos na vida pol’tica do Estado. S‹o direitos relacionados ao exerc’cio 
do sufr‡gio. Por outro lado, direitos pol’ticos negativos s‹o as normas que 
                                                        
1
  MORAES, Alexandre de. Constitui‹o do Brasil Interpretada e Legisla‹o 
Constitucional, 9» edi‹o. S‹o Paulo, Editora Atlas: 2010, pp. 538.  
2
    MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional, 10a edi‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 715. 
3 Na representa‹o, o representante exerce um mandato e n‹o fica vinculado ˆ vontade do 
povo (mandato livre), diferentemente do que ocorre no mandato imperativo, em que o 
representante se vincula ˆ vontade dos representados, sendo apenas um ve’culo de 
transmiss‹o desta. AlŽm disso, ele n‹o representa apenas os seus eleitores, mas toda a 
popula‹o de um territ—rio (mandato geral). 
 
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limitam o exerc’cio da cidadania, que impedem a participa‹o dos 
indiv’duos na vida pol’tica estatal. S‹o as inelegibilidades e as hip—teses de 
perda e suspens‹o dos direitos pol’ticos. 
 
2- Direitos Pol’ticos Positivos: 
Os direitos pol’ticos positivos, conforme j‡ afirmamos, est‹o relacionados ˆ 
participa‹o ativa dos indiv’duos na vida pol’tica do Estado. A essncia 
desses direitos Ž traduzida pelo art. 14, incisos I a III, CF/88. 
Art. 14. A soberania popular ser‡ exercida pelo sufr‡gio universal e pelo 
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
Os direitos pol’ticos positivos est‹o relacionados ao exerc’cio do sufr‡gio. Ao 
contr‡rio do que muitos pensam, sufr‡gio n‹o Ž sin™nimo de voto. O 
sufr‡gio Ž um direito pœblico e subjetivo. O voto Ž o instrumento para o 
exerc’cio do sufr‡gio. 
Direito de sufr‡gio Ž a capacidade de votar e de ser votado; em outras 
palavras, o sufr‡gio engloba a capacidade eleitoral ativa e a capacidade 
eleitoral passiva. A capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-
se como eleitor (alistabilidade) e o direito de votar; por sua vez, a capacidade 
eleitoral passiva representa o direito de ser votado e de se eleger para um 
cargo pœblico (elegibilidade). 
 
De acordo com a doutrina, o sufr‡gio pode ser de dois tipos:4 
a) Universal: quando o direito de votar Ž concedido a todos os 
nacionais, independentemente de condi›es econ™micas, culturais, 
sociais ou outras condi›es especiais. Os critŽrios para se determinar a 
                                                        
4
  MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional, 10a edi‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 716. 
CAPACIDADE 
ELEITORAL 
ATIVA
CAPACIDADE 
ELEITORAL 
PASSIVA
SUFRÁGIO
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capacidade de votar e de ser votado s‹o n‹o-discriminat—rios. A 
Constitui‹o Federal de 1988 consagra o sufr‡gio universal, 
assegurando o direito de votar e de ser votado a todos os nacionais que 
cumpram requisitos de alistabilidade e de elegibilidade. 
b) Restrito (qualificativo): quando o direito de votar depende do 
preenchimento de algumas condi›es especiais, sendo atribu’do a 
apenas uma parcela dos nacionais. O sufr‡gio restrito podeser 
censit‡rio, quando depender do preenchimento de condi›es 
econ™micas (renda, bens, etc.) ou capacit‡rio, quando exigir que o 
indiv’duo apresente alguma caracter’stica especial (ser alfabetizado, por 
exemplo). 
Voltando ao art. 14, da CF/88, percebe-se que a CF/88 explica que a 
soberania popular ser‡ exercida pelo sufr‡gio universal e pelo voto 
direto e secreto e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e 
iniciativa popular de leis. 
O voto, como j‡ se disse, Ž o instrumento para o exerc’cio do sufr‡gio. A CF/88 
estabelece que este dever‡ ser direto, secreto, universal, peri—dico (art. 
60, ¤ 4¼, CF), obrigat—rio (art. 14, ¤ 1¼, I, CF) e com valor igual para 
todos (art. 14, caput). Dentre todas essas caracter’sticas, a œnica que n‹o Ž 
cl‡usula pŽtrea Ž a obrigatoriedade de voto, ou seja, Ž a œnica que pode 
ser abolida mediante emenda constitucional. 
E o que s‹o plebiscito e referendo? 
Tanto o plebiscito quanto o referendo s‹o formas de consulta ao povo sobre 
matŽria de grande relev‰ncia. A diferena entre esses institutos reside no 
momento da consulta. No plebiscito, a consulta se d‡ previamente ˆ edi‹o 
do ato legislativo ou administrativo; j‡ no referendo, a consulta popular 
ocorre posteriormente ˆ edi‹o do ato legislativo ou administrativo, 
cabendo ao povo ratificar (confirmar) ou rejeitar o ato.5 
Segundo Gilmar Mendes, Òno ordenamento jur’dico brasileiro, o sufr‡gio 
abrange o direito de voto, mas vai alŽm dele, ao permitir que os titulares 
exeram o poder por meio de participa‹o em plebiscitos, referendos e 
iniciativas popularesÓ.6 
 
                                                        
5
 No Brasil, j‡ se utilizou o referendo por ocasi‹o da edi‹o da Lei n¼ 10.826/2003 (Estatuto 
do Desarmamento). Na ocasi‹o, 63,94% dos eleitores foram contra a proibi‹o da 
comercializa‹o de armas. O plebiscito tambŽm j‡ foi utilizado, no ano de 1993, para definir 
a forma de governo (repœblica ou monarquia) e o sistema de governo (parlamentarismo ou 
presidencialismo) a vigorar no Brasil. 
6
  MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional, 10a edi‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 715. 
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2.1- Capacidade eleitoral ativa: 
A capacidade eleitoral ativa Ž a aptid‹o do indiv’duo para exercer o direito 
de voto nas elei›es, plebiscitos e referendos. No Brasil, a capacidade eleitoral 
ativa Ž adquirida mediante a inscri‹o junto ˆ Justia Eleitoral; depende, 
portanto, do alistamento eleitoral, a pedido do interessado. ƒ com o 
alistamento que se adquire, portanto, a capacidade de votar. 
AlŽm da capacidade de votar, a qualidade de eleitor d‡ ao nacional a condi‹o 
de cidad‹o, tornando-o apto a exercer v‡rios outros direitos pol’ticos, como 
ajuizar a‹o popular ou participar da iniciativa popular de leis. Destaque-se, 
todavia, que o alistamento eleitoral, por si s—, n‹o Ž suficiente para que o 
indiv’duo possa exercer todos os direitos pol’ticos. Com o alistamento 
eleitoral, o cidad‹o garante seu direito de votar, mas n‹o o de ser votado, 
uma vez que o alistamento Ž apenas uma das condi›es de elegibilidade. 
Assim, para usufruir de todos os direitos pol’ticos, Ž necess‡rio o 
preenchimento de outras condi›es, que estudaremos mais ˆ frente. 
O alistamento eleitoral est‡ regulado pelo art. 14, CF/88. Nesse dispositivo, 
encontramos as situa›es em que o alistamento eleitoral Ž obrigat—rio, 
facultativo ou mesmo proibido. Vejamos: 
Art. 14............................................................................................ 
¤1¼ - O alistamento eleitoral e o voto s‹o: 
I - obrigat—rios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
¤ 2¼ - N‹o podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
per’odo do servio militar obrigat—rio, os conscritos. 
A Constitui‹o Federal determina que apenas brasileiros (natos ou 
naturalizados) poder‹o se alistar; os estrangeiros s‹o inalist‡veis e, 
portanto, n‹o podem votar e ser votados. Em outras palavras, os estrangeiros 
n‹o podem ser titulares da capacidade eleitoral ativa, tampouco da capacidade 
eleitoral passiva. Destaque-se que os portugueses equiparados, por 
receberem tratamento equivalente ao de brasileiro naturalizado, poder‹o se 
alistar como eleitores. 
O alistamento eleitoral tambŽm Ž vedado aos conscritos, durante o 
servio militar obrigat—rio. Para seu melhor entendimento (e memoriza‹o), 
esclareo que conscrito, em linhas gerais, Ž o brasileiro que comp›e a classe 
de nascidos entre 1¼ de janeiro e 31 de dezembro de um mesmo ano, 
chamada para a sele‹o, tendo em vista a presta‹o do servio militar inicial 
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obrigat—rio. AlŽm disso, o TSE considera conscritos os mŽdicos, dentistas, 
farmacuticos e veterin‡rios que prestam servio militar obrigat—rio.7 
O alistamento eleitoral Ž obrigat—rio para os maiores de 18 (dezoito) anos. 
Por outro lado, ser‡ facultativo para os analfabetos, os maiores de 70 
(setenta) anos e os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 
(dezoito) anos. A jurisprudncia do TSE considera que ter‹o direito a votar 
aqueles que, na data da elei‹o, tenham completado a idade m’nima de 16 
anos.8 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou posi‹o importante sobre o voto 
dos portadores de deficincia grave cuja natureza e situa‹o impossibilite 
ou torne extremamente oneroso o exerc’cio de suas obriga›es eleitorais. Ao 
analisar esse caso, o TSE observou que o legislador constituinte, ao 
estabelecer como facultativo o voto para os maiores de 70 anos, levou em 
considera‹o as prov‡veis limita›es f’sicas decorrentes da idade 
avanada. 
Ora, um portador de deficincia grave, como os tetraplŽgicos e os deficientes 
visuais podem se encontrar em situa‹o mais dificultosa do que a dos 
idosos. Em raz‹o disso, o TSE considerou que havia lacuna no texto 
constitucional (e n‹o um silncio eloquente!) e editou a Resolu‹o TSE n¼ 
21.920/2004, que disp›e que Òn‹o estar‡ sujeita a san‹o a pessoa 
portadora de deficincia que torne imposs’vel ou demasiadamente oneroso o 
cumprimento das obriga›es eleitorais, relativas ao alistamento e ao exerc’cio 
do votoÓ. Destaque-se, todavia, que a pr—pria Resolu‹o TSE n¼ 21.920/2004 
fez quest‹o de destacar que o alistamento eleitoral e o voto s‹o obrigat—rios 
para todas as pessoas portadores de deficincia. 
Outra quest‹o relevante analisada pelo TSE, que deu origem ˆ Resolu‹o no 
20.806/2001 diz respeito ˆ exigncia de comprova‹o de quita‹o do servio 
militar para fins de alistamento dos ind’genas. Constatando lacuna na 
legisla‹o, o Tribunal considerou que somente os ’ndios integrados 
(exclu’dos os isolados e os em via de integra‹o) seriam obrigados ˆ 
comprova‹o de quita‹o do servio militar para poderem se alistar. 9 
Esquematizando: 
                                                        
7 Resolu‹o do TSE no 15.850/89. 
8
 Resolu‹o TSE n¼ 14.371.  
9
 MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional, 10a edi‹o. S‹o Paulo, Saraiva: 2015, pp. 718. 
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(TRE-BA Ð 2017) O voto Ž obrigat—rio para o cidad‹o 
brasileiro naturalizado que seja analfabeto. 
Coment‡rios: 
O voto Ž facultativo para os analfabetos, sejam eles 
brasileiros natos ou brasileiros naturalizados. Quest‹o errada. 
(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Maria tenha 18 anos de 
idade completos e n‹o saiba escrever o seu pr—prio nome, 
sendo considerada como analfabeta. Nesse caso, o 
alistamento eleitoral de Maria Ž obrigat—rio. 
Coment‡rios: 
Para os analfabetos, o alistamento eleitoral Ž facultativo. 
Quest‹o errada. 
(FUB Ð 2015) Os direitos pol’ticos s‹o titularizados e 
livremente exercidos por todos os brasileiros e garantem a 
participa‹o na vida pol’tica e a influncia nas decis›es 
pœblicas. 
Coment‡rios: 
Nem todos os brasileiros s‹o titulares de direitos pol’ticos. 
Isso porque nem todos tm o direito de votar e de ser votado. 
Quest‹o errada. 
(PC / CE Ð 2015) O alistamento eleitoral e o voto s‹o 
obrigat—rios para os maiores de dezoito anos e facultativos 
para os analfabetos e os maiores de sessenta anos. 
ALISTAMENTO E 
VOTO 
OBRIGATÓRIOS
• MAIORES DE 18 ANOS
ALISTAMENTO E 
VOTO 
FACULTATIVOS
• ANALFABETOS;
• MAIORES DE SETENTA ANOS;
• MAIORES DE DEZESSEIS E MENORES DE DEZOITO 
ANOS.
ALISTAMENTO E 
VOTO 
VEDADOS
• ESTRANGEIROS
• DURANTE  O  SERVIÇO  MILITAR  OBRIGATÓRIO, 
CONSCRITOS.
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Coment‡rios: 
O alistamento eleitoral e o voto s‹o facultativos para os 
maiores de 70 (setenta) anos. A quest‹o falou em Òmaiores 
de sessenta anosÓ e, por isso, ficou errada. 
 
 
2.2 - Capacidade eleitoral passiva: 
A capacidade eleitoral passiva est‡ relacionada ao direito de ser votado, de 
ser eleito (elegibilidade). Para que o indiv’duo adquira capacidade eleitoral 
passiva, ele deve cumprir os requisitos constitucionais para a 
elegibilidade e, alŽm disso, n‹o incorrer em nenhuma das hip—teses de 
inelegibilidade, que s‹o impedimentos ˆ capacidade eleitoral passiva. 
E quais s‹o as condi›es (requisitos) de elegibilidade? 
A resposta est‡ no art.14, ¤3¼, CF/88: 
¤ 3¼ - S‹o condi›es de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domic’lio eleitoral na circunscri‹o; 
V - a filia‹o partid‡ria; 
VI - a idade m’nima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repœblica e 
Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
Como se percebe, a elegibilidade somente ser‡ poss’vel pelo cumprimento 
cumulativo de todos os requisitos acima relacionados. 
O inciso I exige como requisito para a elegibilidade a nacionalidade 
brasileira. Assim, os brasileiros natos ou naturalizados poder‹o ser eleitos 
a mandatos eletivos; os estrangeiros, por sua vez, n‹o poder‹o ser eleitos, 
ressalvados os portugueses equiparados, que recebem tratamento equivalente 
ao de brasileiro naturalizado. Cabe destacar, todavia, que h‡ certos cargos 
pol’ticos que s‹o privativos de brasileiros natos (art. 12, ¤ 3¼, CF/88). 
O inciso II menciona que o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos Ž condi‹o 
de elegibilidade. Os indiv’duos que incorrerem em alguma hip—tese de perda 
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ou suspens‹o de direitos pol’ticos n‹o ser‹o eleg’veis. Um exemplo de 
suspens‹o de direitos pol’ticos Ž a improbidade administrativa. 
O inciso III estabelece que o alistamento eleitoral Ž um requisito de 
elegibilidade. Nesse sentido, os inalist‡veis (estrangeiros e os conscritos) n‹o 
ser‹o eleg’veis, isto Ž, n‹o podem ser votados. Assim, percebe-se que a 
capacidade eleitoral passiva est‡ condicionada ao exerc’cio da capacidade 
eleitoral ativa. 
O inciso IV determina que o domic’lio eleitoral na circunscri‹o Ž requisito 
de elegibilidade. Assim, aquele que pretenda se candidatar deve ter seu 
domic’lio eleitoral no local no qual ir‡ concorrer ˆs elei›es. Exemplo: Joaquim 
pretende concorrer a Governador de Minas Gerais, logo, ele dever‡ ter seu 
t’tulo de eleitor naquele Estado. N‹o se pode confundir domic’lio eleitoral 
com domic’lio civil: Ž plenamente poss’vel que alguŽm resida em Bras’lia 
(domic’lio civil), mas seu t’tulo de eleitor seja de Belo Horizonte (domic’lio 
eleitoral). 
O inciso V trata da filia‹o partid‡ria como condi‹o de elegibilidade. Sobre 
esse ponto, vale destacar que, no Brasil, n‹o se admite a candidatura avulsa 
(candidatura desvinculada de partido pol’tico). 
Considerando-se que a filia‹o partid‡ria Ž uma condi‹o de elegibilidade, 
cabe-nos questionar o seguinte: haver‡ alguma repercuss‹o da desfilia‹o 
partid‡ria e da infidelidade partid‡ria (mudana de partido) sobre o mandato? 
Segundo o STF, em rela‹o aos parlamentares, a desfilia‹o e a 
infidelidade partid‡rias resultar‹o na perda do mandato, salvo justa 
causa (por exemplo, desvio de orienta‹o ideol—gica do partido). Todavia, 
segundo a Corte, essa regra n‹o se aplica aos candidatos eleitos pelo 
sistema majorit‡rio, sob pena de viola‹o da soberania popular e das 
escolhas feitas pelo eleitor.10 
Por œltimo, o inciso VI trata do requisito de idade m’nima, que deve ser 
considerada na data da posse. Vale a pena memorizar esse dispositivo, pois Ž 
bastante cobrado em prova! 
Esquematizando: 
                                                        
10
 ADI 5081 / DF, Rel. Min. Lu’s Roberto Barroso. Julg. 27.05.2015. 
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(PC / DF Ð 2015) A CF exige, como idade m’nima para 
exercer os cargos de senador e de deputado federal, que o 
candidato tenha, pelo menos, 21 anos de idade. 
Coment‡rios: 
A idade m’nima para que se possa exercer o cargo de 
Senador Ž de 35 (trinta e cinco) anos. Quest‹o errada. 
 
3- Direitos Pol’ticos Negativos: 
Os direitos pol’ticos negativos s‹o normas que limitam o exerc’cio do 
sufr‡gio, restringindo a participa‹o do indiv’duo na vida pol’tica do Estado. 
Podemos dividir os direitos pol’ticos negativos em duas espŽcies: i) as 
inelegibilidades e; ii) as hip—teses de perda e suspens‹o dos direitos 
pol’ticos. 
 
3.1- Inelegibilidades: 
A seguir, explicaremos em detalhes a respeito das inelegibilidades. Para cada 
regra, apresentaremos um exemplo, que permitir‡ com que voc entenda o 
que pode ser cobrado na prova. Quer um conselho? Foque nos exemplos 
apenas para entender as regras! N‹o fique divagando e criando inœmeros 
outros exemplos na sua cabea. Se voc o fizer, estar‡ perdendo tempo, pois 
as possibilidades de casos concretos tendem ao infinito!  Vamos l‡? 
C
O
N
D
IÇ
Õ
E
S
 D
E
 E
L
E
G
IB
IL
ID
AD
E
 NACIONALIDADE BRASILEIRA
PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS
ALISTAMENTO ELEITORAL
DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
IDADE MÍNIMA
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DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT 15A REGIÃO 
Teoria e Questões 
Aula 04 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 
As inelegibilidades constituem condi›es que obstam o exerc’cio da 
capacidade eleitoral passiva por um indiv’duo. A Constitui‹o Federal 
estabeleceu algumas hip—teses de inelegibilidade (art. 14, ¤¤ 4¼ ao 7¼), mas 
elas n‹o s‹o exaustivas. Isso porque a pr—pria Constitui‹o expressamente 
autoriza que lei complementar estabelea outras hip—teses de 
inelegibilidade. 
Podemos dividir as inelegibilidades em dois grandes grupos: 
a) inelegibilidades absolutas: S‹o regras que impedem a candidatura e, 
consequentemente, o exerc’cio de qualquer cargo pol’tico. Est‹o 
relacionadas a caracter’sticas pessoais do indiv’duo. As inelegibilidades 
absolutas foram taxativamente previstas pela Constitui‹o Federal, ou seja, 
n‹o podem ser criadas novas inelegibilidades absolutas pela legisla‹o 
infraconstitucional. 
Segundo o art. 14, ¤4¼, s‹o ineleg’veis os inalist‡veis e os analfabetos. 
Veja que os analfabetos, apesar de poderem votar (voto facultativo), n‹o 
podem ser votados. E que, entre os inalist‡veis, temos os estrangeiros e os 
conscritos, durante o per’odo do servio militar obrigat—rio. 
b) inelegibilidades relativas: S‹o regras que obstam a candidatura a 
certos cargos pol’ticos, em virtude de situa›es espec’ficas previstas na 
Constitui‹o ou em lei complementar. N‹o est‹o vinculadas ˆ condi‹o pessoal 
do indiv’duo e, por isso, n‹o resultam em impedimento categ—rico ao exerc’cio 
de qualquer cargo. Assim, o indiv’duo n‹o poder‡ se candidatar a 
determinados cargos, mas poder‡ concorrer a outros. 
As inelegibilidades relativas previstas na Constitui‹o podem ser de diferentes 
tipos: i) inelegibilidade relativa por motivos funcionais; ii) inelegibilidade 
relativa por motivo de casamento, parentesco ou afinidade (inelegibilidade 
reflexa); iii) inelegibilidade relativa ˆ condi‹o de militar. 
A inelegibilidade por motivos funcionais est‡ prevista no art. 14, ¤5¼, que 
disp›e que Òo Presidente da Repœblica, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substitu’do no 
curso dos mandatos poder‹o ser reeleitos para um œnico per’odo 
subsequenteÓ. Com base nessa regra, os Chefes do Poder Executivo 
(Presidente, Governador e Prefeito) somente podem cumprir dois mandatos 
consecutivos no mesmo cargo. 
Destaque-se que Ž plenamente poss’vel que alguŽm cumpra trs ou mais 
mandatos como Chefe do Poder Executivo, desde que estes n‹o sejam 
consecutivos. Assim, se o terceiro mandato vier alternado com o mandato de 
outra pessoa, n‹o haver‡ qualquer veda‹o ˆ elei‹o. Como exemplo, embora 
Lula tenha sido Presidente por dois mandatos consecutivos (2003 Ð 2006 e 
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2007-2010), n‹o haveria qualquer empecilho a que ele se candidatasse 
novamente a Presidente em 2018. 
A veda‹o ˆ reelei‹o para mais de um per’odo subsequente Ž regra que se 
imp›e somente ˆqueles que cumpram mandatos de Chefe do Poder 
Executivo. Os mandatos no Poder Legislativo n‹o seguem essa regra: Ž 
plenamente poss’vel que um Deputado ou Senador seja eleito para ilimitados 
mandatos sucessivos. 
Segundo o STF, o cidad‹o que j‡ exerceu dois mandatos consecutivos de 
prefeito, ou seja, foi eleito e reeleito, fica ineleg’vel para um terceiro 
mandato, ainda que seja em munic’pio diferente. Veda-se, com isso, a 
figura do Òprefeito itineranteÓ, que exerce mais de dois mandatos 
consecutivos em munic’pios distintos. De acordo com o Plen‡rio, tendo em 
vista a segurana jur’dica, esse entendimento deve ser aplicado a partir das 
elei›es de 2012 e, portanto, n‹o pode retroagir para alcanar o mandato de 
quem foi eleito dessa forma nas elei›es municipais anteriores11. 
H‡, ainda, outros entendimentos importantes sobre a inelegibilidade por 
motivos funcionais: 
1) O cidad‹o que j‡ foi Chefe do Poder Executivo por dois mandatos 
consecutivos n‹o poder‡, na elei‹o seguinte, se candidatar ao 
cargo de Vice. Exemplo: Lula foi Presidente da Repœblica por 2 
mandatos consecutivos (2003 Ð 2006 e 2007-2010). Nas elei›es de 
2010, ele n‹o poderia ter se candidatado a Vice de Dilma Rousseff. 
2) Os Vices (Vice-Presidente da Repœblica, Vice-Governador e Vice-
Prefeito) tambŽm s— poder‹o se reeleger, para o mesmo cargo, 
por um œnico per’odo subsequente. Exemplo: Michel Temer foi Vice-
Presidente no mandato 2011-2014, sendo reeleito para o mandato 
seguinte (2015-2018). No entanto, ele n‹o poder‡ se candidatar a um 
terceiro mandato consecutivo como Vice-Presidente. 
3) Os Vices, reeleitos ou n‹o, poder‹o se candidatar ao cargo do 
titular na elei‹o seguinte, mesmo que o tenham substitu’do no 
curso do mandato. 
Um caso importante, que inclusive chegou ao STF, foi o que envolveu o 
governo do estado de S‹o Paulo. M‡rio Covas foi eleito Governador de 
SP em 1994, tendo como Vice-Governador, Geraldo Alckmin. Em 1998, 
Covas Ž reeleito Governador e, novamente, Geraldo Alckmin Ž o seu 
Vice. AtŽ aqui, nenhum problema! Como j‡ vimos, Ž plenamente 
                                                        
11 RE 637485/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 1¼.8.2012. (RE-637485) 
 
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poss’vel dois mandatos consecutivos no mesmo cargo do Poder 
Executivo. 
Em 2001, no curso do segundo mandato, Covas veio a falecer, 
ocorrendo a vac‰ncia do cargo de Governador. Alckmin assume como 
Governador em definitivo e completa o mandato de seu antecessor. Em 
2002, Alckmin se candidata a um novo mandato como Governador e Ž 
eleito. A pergunta que se faz, ent‹o, Ž a seguinte: estaria Alckmin 
cumprindo um terceiro mandato consecutivo? 
A polmica chegou ao STF, que entendeu que Alckmin poderia, sim, 
assumir o mandato de Governador nesse novo mandato. Isso 
porque os Vices, reeleitos ou n‹o, poder‹o se candidatar ao cargo do 
titular na elei‹o seguinte, mesmo que o tenham substitu’do no curso 
do mandato. 
E se o Presidente, Governador ou Prefeito quiser se candidatar a outro cargo, 
diferente de Chefe do Poder Executivo? Poder‡ faz-lo? 
Sim, poder‡. No entanto, o art. 14, ¤ 6¼, CF/88 determina que Òpara 
concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repœblica, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos 
mandatos atŽ seis meses antes do pleito.Ó Essa Ž a famosa 
Òdesincompatibiliza‹oÓ, que busca impedir que o Chefe do Poder Executivo se 
utilize da Òm‡quina pœblicaÓ para se eleger a um outro cargo. 
Cabe destacar que a desincompatibiliza‹o n‹o Ž necess‡ria quando o 
Chefe do Poder Executivo v‡ concorrer ˆ reelei‹o. S— cabe falar em 
desincompatibiliza‹o quando o Chefe do Poder Executivo se candidata a um 
novo cargo. Seria o caso, por exemplo, em que um Governador deseja se 
candidatar a Senador nas pr—ximas elei›es. Para faz-lo, ele precisar‡ 
renunciar ao cargo de Governador 6 meses antes do pleito eleitoral. 
E os Vices?Precisam se desincompatibilizar? 
O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poder‹o concorrer 
normalmente a outros cargos, preservando seus mandatos, desde que 
nos seis meses anteriores ao pleito n‹o tenham sucedido ou 
substitu’do o titular. 
S— para lembrar: a sucess‹o ocorre quando alguŽm (geralmente o Vice do 
Chefe do Executivo) ocupa o lugar do Chefe do Executivo atŽ o final de seu 
mandato, passando a ocupar o seu cargo. ƒ o que acontece se, por exemplo, o 
Presidente da Repœblica renunciar. O Vice-Presidente (em regra) passar‡ a 
ocupar o cargo do Chefe do Executivo. J‡ na substitui‹o, o Vice (ou outra 
pessoa) ocupa o cargo do Chefe do Executivo apenas temporariamente. ƒ o 
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que acontece quando o Presidente da Repœblica viaja para o exterior, por 
exemplo. 
O STF admite a candidatura de ex-prefeito de Òmunic’pio m‹eÓ que, 
renunciando seis meses antes da elei‹o, candidata-se a prefeito do 
Òmunic’pio-filhoÓ, desmembrado do munic’pio-m‹e. Observe que, nesse 
caso, a desincompatibiliza‹o Ž necess‡ria. Lembre-se apenas de que n‹o ser‡ 
admitido o exerc’cio de mais de 2 (dois) mandatos em munic’pios distintos ou, 
ent‹o, estar’amos diante da figura do Òprefeito-itineranteÓ, n‹o autorizada pelo 
STF. 
A inelegibilidade reflexa (por motivo de casamento, parentesco ou 
afinidade) est‡ prevista no art. 14, ¤ 7¼, CF/88. Leva esse nome porque ela 
resulta do fato de que uma pessoa, ao ocupar um cargo de Chefe do Poder 
Executivo, afeta a elegibilidade de terceiros (seu c™njuge, parentes e 
afins). 
Enfatize-se que somente s‹o afetados por essa hip—tese de inelegibilidade o 
c™njuge, parentes e afins de titular de cargo de Chefe do Poder Executivo; o 
fato de alguŽm ser titular de cargo do Poder Legislativo n‹o traz qualquer 
implica‹o ˆ elegibilidade de terceiros. Assim, se Jo‹ozinho ocupa o cargo de 
Senador, seu c™njuge, parentes e afins poder‹o se candidatar normalmente, a 
qualquer cargo pol’tico. 
Vejamos, agora, o exato conteœdo da inelegibilidade reflexa: 
¤ 7¼ - S‹o ineleg’veis, no territ—rio de jurisdi‹o do titular, o c™njuge e os 
parentes consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou por ado‹o, do 
Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou Territ—rio, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitu’do dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se j‡ titular de mandato eletivo e candidato ˆ 
reelei‹o. 
A inelegibilidade reflexa alcana somente o territ—rio de jurisdi‹o do 
titular do cargo do Poder Executivo. Assim, suponha que JosŽ seja Prefeito de 
S‹o Jo‹o del-Rei (MG). Seu c™njuge, parentes e afins, atŽ o 2¼ grau, ou por 
ado‹o, n‹o poder‹o se candidatar, nas pr—ximas elei›es, a qualquer 
cargo dentro do territ—rio de S‹o Jo‹o del-Rei (MG). N‹o poder‹o, 
portanto, se candidatar a Vereador. Entretanto, o c™njuge, parentes e afins, 
atŽ o 2¼ grau, ou por ado‹o de JosŽ poder‹o se candidatar, 
normalmente, a um cargo eletivo que extrapole o territ—rio de S‹o 
Jo‹o del-Rei (MG). Poder‹o, por exemplo, se candidatar a Governador de 
Minas Gerais, Senador, Deputado Federal. 
Assim, temos que: 
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a) O c™njuge, parentes e afins, atŽ o segundo grau, ou por ado‹o de 
Prefeito n‹o poder‹o se candidatar a nenhum cargo dentro daquele 
Munic’pio (Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito). 
b) O c™njuge, parentes e afins, atŽ o segundo grau, ou por ado‹o de 
Governador n‹o poder‹o se candidatar a nenhum cargo dentro daquele 
Estado. Isso inclui os cargos de Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito (de 
qualquer dos Munic’pios daquele estado), bem como os cargos de 
Deputado Federal, Deputado Estadual e Senador, por aquele estado. 
c) O c™njuge, parentes e afins, atŽ o segundo grau, ou por ado‹o de 
Presidente n‹o poder‹o se candidatar a nenhum cargo eletivo no Pa’s. 
Segundo o STF, a inelegibilidade reflexa alcana tambŽm aqueles que tenham 
constitu’do uni‹o est‡vel com o Chefe do Poder Executivo, inclusive no 
caso de uni›es homoafetivas. 
A dissolu‹o do casamento, quando ocorrida durante o mandato, n‹o 
afasta a inelegibilidade reflexa. ƒ o que determina o STF na Sœmula 
Vinculante n¼ 18: 
ÒA dissolu‹o da sociedade ou do v’nculo conjugal, no curso do 
mandato, n‹o afasta a inelegibilidade prevista no ¤ 7¼, do artigo 14 da 
Constitui‹o FederalÓ. 
Ainda da jurisprudncia do STF, extra’mos que, caso um munic’pio seja 
desmembrado, o parente do prefeito do Òmunic’pio-m‹eÓ Ž afetado pela 
inelegibilidade reflexa quanto ao Òmunic’pio-filhoÓ, n‹o podendo 
candidatar-se ˆ Prefeitura deste, por exemplo. 
Ao lermos o art. 14, ¤7¼, percebemos, em sua parte final, que h‡ uma 
exce‹o ˆ regra da inelegibilidade reflexa: Òsalvo se j‡ titular de mandato 
eletivo e candidato ˆ reelei‹oÓ. Mas o que isso significa? 
Significa que a inelegibilidade reflexa n‹o se aplica caso o c™njuge, 
parente ou afim j‡ possua mandato eletivo; nessa situa‹o, ser‡ poss’vel 
que estes se candidatem ˆ reelei‹o, mesmo se ocuparem cargos dentro da 
circunscri‹o do Chefe do Executivo. 
Imagine, por exemplo, que Jo‹o das Couves seja prefeito do Munic’pio de S‹o 
Jo‹o del-Rei (MG). Nas pr—ximas elei›es, seu irm‹o se elege Governador de 
Minas Gerais. Pergunta-se, ent‹o: Jo‹o das Couves poder‡ se candidatar ˆ 
reelei‹o no Munic’pio de S‹o Jo‹o del-Rei? 
Sim, poder‡. Jo‹o das Couves n‹o ser‡ afetado pela inelegibilidade reflexa, 
uma vez que ele j‡ era titular de mandato eletivo e, agora, Ž candidato ˆ 
reelei‹o. 
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Destaca-se, aqui, importante entendimento do Tribunal Superior Eleitoral 
(TSE). Entende a Corte que se o Chefe do Executivo renunciar seis meses 
antes da elei‹o, seu c™njuge, parentes ou afins atŽ o segundo grau 
poder‹o candidatar-se a todos os cargos eletivos da circunscri‹o, 
desde que ele pr—prio pudesse concorrer ˆ reelei‹o. Isso Ž v‡lido para o 
pr—prio cargo do titular. 
Suponha, por exemplo, que Alfredo seja Governador de Minas Gerais, 
cumprindo o seu primeiro mandato. Na pr—xima elei‹o, ele poderia se 
reeleger (seria o segundo mandato consecutivo de Governador). Em virtude da 
inelegibilidade reflexa, sua esposa, Maria, n‹o poderia se candidatar a nenhum 
cargo eletivo em Minas Gerais. Entretanto, caso Alfredo renuncie seis meses 
antes da elei‹o, Maria poder‡ candidatar-se ao cargo de Governadora. Isso 
somente ser‡ poss’vel porque Alfredo poderia concorrer ˆ reelei‹o. 
Existe, ainda, a inelegibilidade relativa ˆ condi‹o de militar, a qual est‡ 
prevista no art. 14, ¤8¼, CF/88: 
¤8¼ - O militar alist‡vel Ž eleg’vel, atendidas as seguintes condi›es: 
I - se contar menos de dez anos de servio, dever‡ afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de servio ser‡ agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da diploma‹o, para a 
inatividade. 
Analisando o dispositivo supracitado, percebe-se que apenas s‹o eleg’veis os 
militares que forem alist‡veis; nesse sentido, percebe-se que os conscritos 
(aqueles que cumprem o servio militarobrigat—rio), por n‹o serem alist‡veis, 
n‹o ser‹o eleg’veis. 
Entretanto, para que o militar seja eleg’vel, ele deve cumprir certas condi›es, 
que variam segundo o seu tempo de servio. Se o militar contar menos de 
10 anos de servio, ele dever‡ afastar-se definitivamente da atividade, 
desligando-se de sua corpora‹o. Por outro lado, caso o militar contar mais de 
10 anos de servio, ele ser‡ agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passar‡ automaticamente, no ato da diploma‹o para a inatividade. Perceba 
que, nesse caso, o militar se conservar‡ ativo atŽ a diploma‹o. 
Sabe-se que uma das condi›es de elegibilidade Ž a filia‹o partid‡ria. ƒ 
aqui que surge um problema relacionado ˆ condi‹o de militar: o art. 143, 
¤3¼, V, a Constitui‹o veda a filia‹o do militar a partido pol’tico. Em 
tese, isso poderia impedir os militares de se candidatarem. PorŽm, o TSE, 
diante dessa situa‹o, determinou que, caso o militar venha a candidatar-se, a 
ausncia de prŽvia filia‹o partid‡ria (uma das condi›es de elegibilidade) 
ser‡ suprida pelo registro da candidatura apresentada pelo partido pol’tico 
e autorizada pelo candidato. 
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Esquematizando: 
 
 
Como j‡ mencionamos anteriormente, a Constitui‹o prev que lei 
complementar nacional poder‡ criar outras hip—teses de inelegibilidade 
relativa. Veja o que disp›e o ¤9¼ do art. 14 da CF/88: 
¤ 9¼ Lei complementar estabelecer‡ outros casos de inelegibilidade e os 
prazos de sua cessa‹o, a fim de proteger a probidade administrativa, a 
moralidade para exerc’cio de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das elei›es contra a influncia do 
poder econ™mico ou o abuso do exerc’cio de fun‹o, cargo ou emprego na 
administra‹o direta ou indireta. 
Note que eu falei em lei complementar (LC) nacional. Qual a diferena 
entre uma lei nacional e uma lei federal? Guarde isso: a nacional abrange 
todos os entes federados (Uni‹o, Estados, Distrito Federal e Munic’pios). ƒ o 
caso do C—digo Penal, por exemplo. J‡ a federal, abrange somente a Uni‹o. 
Exemplo: Lei 8.112/1990, que institui o Regime Jur’dico dos Servidores 
Pœblicos Civis da Uni‹o, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das 
funda›es pœblicas federais. 
Embora nada tenha sido dito, uma emenda constitucional tambŽm pode 
criar novas hip—teses de inelegibilidade relativa. Outros atos normativos, 
jamais! Com base no ¤9¼ do art. 14 da Constitui‹o, foi elaborada a LC no 
64/1990, que estabeleceu casos de inelegibilidade e determinou outras 
providncias. Essa lei sofreu altera‹o pela Lei Complementar no 135/2010, a 
ÒLei da Ficha LimpaÓ, que previu novas hip—teses de inelegibilidade. 
O MILITAR ALISTÁVEL 
É ELEGÍVEL 
ATENDIDAS AS 
SEGUINTES 
CONDIÇÕES...
CASO TENHA MENOS DE 10 
ANOS DE SERVIÇO
DEVERÁ AFASTAR‑SE DA 
ATIVIDADE.
CASO TENHA MAIS DE 10 
ANOS DE SERVIÇO
SERÁ AGREGADO PELA 
AUTORIDADE SUPERIOR E, 
SE ELEITO, PASSARÁ 
AUTOMATICAMENTE, NO 
ATO DA DIPLOMAÇÃO, 
PARA A INATIVIDADE.
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Os dispositivos a seguir s‹o cobrados em sua literalidade: 
¤10 - O mandato eletivo poder‡ ser impugnado ante a Justia Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diploma‹o, instru’da a a‹o com provas de 
abuso do poder econ™mico, corrup‹o ou fraude. 
¤ 11 - A a‹o de impugna‹o de mandato tramitar‡ em segredo de justia, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temer‡ria ou de manifesta m‡-fŽ. 
O ¤10 traz um prazo para a a‹o de impugna‹o do mandato eletivo (15 
dias ap—s a diploma‹o) e as causas para a a‹o (abuso do poder 
econ™mico, corrup‹o ou fraude). O ¤11 determina que a a‹o tramitar‡ em 
segredo de justia (exce‹o ˆ publicidade dos atos processuais) e prev a 
puni‹o para o autor que agir de m‡-fŽ. 
 
(TRE-BA Ð 2017) ƒ ineleg’vel para cargo de vereador ex-
c™njuge de governador do estado, ainda que se trate de 
reelei‹o e a dissolu‹o do v’nculo conjugal tenha ocorrido 
antes do in’cio do mandato de governador. 
Coment‡rios: 
IN
E
L
E
G
IB
IL
ID
A
D
E
S
ABSOLUTAS
INALISTÁVEIS
ANALFABETOS
RELATIVAS
REELEIÇÃO P/CARGO DO PODER 
EXECUTIVO APENAS PARA UM 
ÚNICO PERÍODO
INELEGIBILIDADE REFLEXA
CONDIÇÃO DE MILITAR
OUTRAS INELEGIBILIDADES 
ESTABELECIDAS EM LEI 
COMPLEMENTAR (EX: LEI DE FICHA 
LIMPA)
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H‡ dois pontos a serem analisados nessa assertiva: 
a) A inelegibilidade reflexa n‹o se aplica caso o indiv’duo j‡ 
seja titular de mandato eletivo e candidato ˆ reelei‹o. 
b) A Sœmula Vinculante n¼ 18 prev que a dissolu‹o da 
sociedade, no curso do mandato, n‹o afasta a inelegibilidade 
reflexa. Em sentido contr‡rio, caso a dissolu‹o da sociedade 
conjugal seja prŽvia ao mandato, o c™njuge n‹o se tornar‡ 
ineleg’vel. 
Quest‹o errada. 
(TRE-BA Ð 2017) A‹o para impugna‹o do mandato de 
prefeito eleito graas a esquema de compra de votos deve ser 
ajuizada na justia federal, dentro do prazo de seis meses, e 
instru’da com provas do abuso do poder econ™mico. 
Coment‡rios: 
O mandato eletivo poder‡ ser impugnado ante a Justia 
Eleitoral no prazo de 15 dias contados da 
diploma‹o (art. 14, ¤ 10, CF/88). Quest‹o errada. 
(PC / CE Ð 2015) N‹o podem se alistar como eleitores os 
estrangeiros, e s‹o ineleg’veis os inalist‡veis e os analfabetos. 
Coment‡rios: 
De fato, os estrangeiros n‹o podem se alistar como eleitores. 
AlŽm disso, s‹o ineleg’veis os inalist‡veis e os analfabetos. 
Quest‹o correta. 
(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Joana, deputada federal, 
seja casada com Pedro, atual governador do estado X. Nesse 
caso, nas pr—ximas elei›es, quando Pedro e Joana 
concorrerem ˆs respectivas reelei›es, Joana n‹o ficar‡ 
ineleg’vel. 
Coment‡rios: 
Isso mesmo! Joana n‹o ficar‡ ineleg’vel, pois ela j‡ era 
candidata a mandato eletivo e candidata ˆ reelei‹o. 
Portanto, ela se enquadra dentro da exce‹o prevista no art. 
14, ¤ 7¼, CF/88, que prev que Òs‹o ineleg’veis, no territ—rio 
de jurisdi‹o do titular, o c™njuge e os parentes 
consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou por ado‹o, 
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DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT 15A REGIÃO 
Teoria e Questões 
Aula 04 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 
do Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou 
Territ—rio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substitu’do dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo 
se j‡ titular de mandato eletivo e candidato ˆ 
reelei‹o.Ó Quest‹o correta. 
(FUB Ð 2015) Paulo, de trinta e cinco anos de idade, exerce 
o segundo mandato consecutivo de prefeito do munic’pio X. 
Pretendendo candidatar-se ao cargo de governador do estado 
no pleito seguinte, Paulo renunciou ao mandato seis meses 
antes das elei›es, assumindo o cargo o ent‹o vice-prefeito, 
Marcos, de trinta edois anos de idade, marido de Maria, de 
vinte anos de idade. Se Paulo n‹o fosse candidato a 
governador, ele n‹o poderia, nas elei›es imediatamente 
seguintes ˆ sua renœncia, candidatar-se e ser validamente 
eleito para o cargo de vice-prefeito do munic’pio X. 
Coment‡rios: 
Isso mesmo! O cidad‹o que j‡ foi Chefe do Poder Executivo 
por dois mandatos consecutivos n‹o poder‡, na elei‹o 
seguinte, se candidatar ao cargo de Vice. Quest‹o correta. 
(CNMP Ð 2015) A inelegibilidade em raz‹o do parentesco, 
nos termos da Constitui‹o Federal e em conformidade com o 
entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a matŽria, 
n‹o Ž afastada pela dissolu‹o da sociedade ou do v’nculo 
conjugal, no curso do mandato. 
Coment‡rios: 
ƒ esse o conteœdo da Sœmula Vinculante n¼ 18, que disp›e o 
seguinte: 
ÒA dissolu‹o da sociedade ou do v’nculo conjugal, no curso 
do mandato, n‹o afasta a inelegibilidade prevista no ¤ 7¼, do 
artigo 14 da Constitui‹o FederalÓ. 
Quest‹o correta. 
(TRE / GO Ð 2015) Suponha que JosŽ, casado com Miriam e 
prefeito de um munic’pio brasileiro, venha a falecer dois anos 
ap—s ter sido eleito. Nessa situa‹o, Miriam pode se 
candidatar e se eleger ao cargo antes ocupado por seu marido 
nas elei›es seguintes ao falecimento. 
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Coment‡rios: 
N‹o h‡ qualquer impedimento a que Miriam se candidate ao 
cargo de Prefeito. Quest‹o correta. 
(DPE / PR Ð 2014) Conforme previs‹o constitucional, um 
Governador de um estado da federa‹o, mesmo no exerc’cio 
de segundo mandato no cargo, pode se candidatar a cargo 
diverso, devendo, para tanto, renunciar ao respectivo 
mandato seis meses antes do pleito. 
Coment‡rios: 
Segundo o art. 14, ¤ 6¼, CF/88 Òpara concorrerem a outros 
cargos, o Presidente da Repœblica, os Governadores de Estado 
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos atŽ seis meses antes do pleito.Ó 
Quest‹o correta. 
 
3.2 Ð Perda e Suspens‹o dos direitos pol’ticos: 
No art. 15, a Constitui‹o traz as hip—teses de priva‹o dos direitos 
pol’ticos. Esta pode dar-se de maneira definitiva (denominando-se perda) 
ou tempor‡ria (suspens‹o). Importante ressaltar que a Constitui‹o, em 
resposta ˆ ditadura que a precedeu, n‹o permite, em nenhuma hip—tese, a 
cassa‹o dos direitos pol’ticos. Que tal lermos juntos o art. 15? 
Art. 15. ƒ vedada a cassa‹o de direitos pol’ticos, cuja perda ou suspens‹o 
s— se dar‡ nos casos de: 
I - cancelamento da naturaliza‹o por sentena transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condena‹o criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos; 
IV - recusa de cumprir obriga‹o a todos imposta ou presta‹o alternativa, 
nos termos do art. 5¼, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, ¤ 4¼. 
A Constitui‹o n‹o explicita quais s‹o os casos de perda e quais s‹o os 
casos de suspens‹o dos direitos pol’ticos. Entretanto, segundo a doutrina, 
esses dois institutos apresentam as seguintes diferenas: 
a) A perda se d‡ por prazo indeterminado, enquanto a suspens‹o 
pode se dar tanto por prazo determinado quanto por 
indeterminado; 
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b) Na perda, a reaquisi‹o dos direitos pol’ticos n‹o Ž 
autom‡tica ap—s a cessa‹o da causa; na suspens‹o, a reaquisi‹o 
Ž autom‡tica. 
Desse modo, para a maior parte dos doutrinadores, tem-se a perda nos incisos 
I e IV do art. 15 da CF e suspens‹o nos demais incisos. Vejamos o esquema 
abaixo! 
 
No caso de condena‹o criminal transitada em julgado, a suspens‹o dos 
direitos pol’ticos Ž imediata, implicando imediata perda do mandato eletivo. 
Trata-se, segundo o STF, de norma autoaplic‡vel, que independe, para sua 
imediata incidncia, de qualquer ato de intermedia‹o legislativa.12 
 
A pris‹o de uma pessoa n‹o Ž suficiente para que ocorra a 
suspens‹o de direitos pol’ticos, afinal, h‡ v‡rias situa›es 
em que a pris‹o n‹o Ž motivada por uma condena‹o 
criminal transitada em julgado. ƒ o caso, por exemplo, da 
pris‹o em flagrante ou da pris‹o tempor‡ria, que n‹o 
importar‹o em suspens‹o dos direitos pol’ticos. 
ƒ importante ficarmos atentos quanto ˆs consequncias dos atos de 
improbidade administrativa. Segundo o art. 37, ¤ 4¼, os atos de improbidade 
administrativa resultar‹o na perda do mandato e na suspens‹o dos 
direitos pol’ticos. ƒ bastante comum que as bancas examinadoras tentem 
enganar os alunos dizendo que, no caso de improbidade administrativa, haver‡ 
perda do mandato e dos direitos pol’ticos. Isso est‡ errado! Nessa situa‹o, 
haver‡ suspens‹o dos direitos pol’ticos. 
                                                        
12 STF, RMS 22.470-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, j. 11.06.96, DJ de 27.09.96. 
PERDA DOS 
DIREITOS 
POLÍTICOS
CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO POR SENTENÇA 
TRANSITADA EM JULGADO
RECUSA DE CUMPRIR OBRIGAÇÃO A TODOS IMPOSTA OU 
PRESTAÇÃO ALTERNATIVA, NOS TERMOS DO ART. 5º, VIII.
SUSPENSÃO DOS 
DIREITOS 
POLÍTICOS
INCAPACIDADE CIVIL ABSOLUTA
CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO, 
ENQUANTO DURAREM SEUS EFEITOS
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, NOS TERMOS DO ART. 37, § 
4º
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A perda do mandato, entretanto, n‹o se aplica a membro do Congresso 
Nacional. Por determina‹o do art. 55, ¤ 2¼, da CF/88, a perda do mandato 
ser‡ decidida pela Casa a que pertencer o congressista, por maioria absoluta, 
mediante provoca‹o da respectiva Mesa ou de partido pol’tico representado 
no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.13 
 
(TRE-BA Ð 2017) A condena‹o de servidor pœblico federal 
por ato de improbidade administrativa n‹o impede sua 
candidatura ao cargo de deputado federal, uma vez que tal 
situa‹o n‹o se inclui entre as hip—teses de suspens‹o de 
direitos pol’ticos. 
Coment‡rios: 
A improbidade administrativa resulta na suspens‹o dos 
direitos pol’ticos. Quest‹o errada. 
(PC / DF Ð 2015) Suponha-se que Guilherme esteja preso, 
aguardando o julgamento de seu recurso de apela‹o. Nesse 
caso, Guilherme n‹o poder‡ votar, por faltar-lhe, por causa 
de sua pris‹o cautelar, o pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos. 
Coment‡rios: 
A condena‹o criminal transitada em julgado Ž que resulta 
na suspens‹o dos direitos pol’ticos. A pris‹o cautelar n‹o tem 
esse efeito. Assim, Guilherme poder‡ votar. Quest‹o errada. 
(TJ / MG Ð 2015) A pr‡tica de atos de improbidade 
administrativa acarreta cassa‹o de direitos pol’ticos. 
Coment‡rios: 
No ordenamento jur’dico brasileiro, Ž vedada a cassa‹o de 
direitos pol’ticos. Quest‹o errada. 
(MPE / RS Ð 2014) A incapacidade civil relativa Ž suficiente 
para privar o cidad‹o da frui‹o dos seus direitos pol’ticos. 
Coment‡rios: 
N‹o. A incapacidade civil absoluta Ž que resulta na 
                                                        
13 Nesse sentido, entende o STF que da Òcondena‹o criminal transitada em julgado, 
ressalvada a hip—tese do art. 55, ¤ 2¼, da Constitui‹o, resulta por si mesma a perda do 
mandato eletivoou do cargo do agente pol’tico (RE 418.876, Rel. Min. Sepœlveda Pertence, j. 
30..03.04, DJ 04.06.04). . 
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suspens‹o dos direitos pol’ticos. Quest‹o errada. 
 
 
4- Princ’pio da anterioridade eleitoral: 
No art. 16, CF/88 a Constitui‹o traz o princ’pio da anterioridade eleitoral: 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrar‡ em vigor na data de 
sua publica‹o, n‹o se aplicando ˆ elei‹o que ocorra atŽ um ano da data de 
sua vigncia. 
O que voc deve gravar para a prova? A lei eleitoral tem vigncia (Òfora de 
leiÓ) imediatamente, na data de sua publica‹o. Entretanto, produz efeitos 
apenas em momento futuro: n‹o se aplica ˆ elei‹o que ocorrer atŽ um ano 
da data de sua vigncia. 
Com base nesse dispositivo, o STF14 afastou a aplica‹o da ÒLei da Ficha LimpaÓ 
ˆs elei›es de 2010. Mesmo essa lei tendo entrado em vigor em 2010, n‹o 
p™de ser aplicada ˆs elei›es realizadas naquele ano. Cabe destacar que o STF 
considera que o princ’pio da anterioridade eleitoral Ž cl‡usula pŽtrea do texto 
constitucional. 
 
(TRE / GO Ð 2015) Caso seja publicada e passe a viger em 
fevereiro de 2018, lei que altere o processo eleitoral poder‡ 
ser aplicada a pleito eletivo que ocorra em outubro desse 
mesmo ano. 
Coment‡rios: 
Segundo o art. 16, Òa lei que alterar o processo eleitoral 
entrar‡ em vigor na data de sua publica‹o, n‹o se aplicando 
ˆ elei‹o que ocorra atŽ um ano da data de sua vignciaÓ. 
Ent‹o, a lei publicada em 2018 n‹o se aplicar‡ ˆ elei‹o que 
ocorra nesse mesmo ano. Quest‹o errada. 
(TRE / GO Ð 2015) A norma constitucional que consagra o 
princ’pio da anterioridade eleitoral n‹o pode ser abolida por 
tratar-se de uma garantia individual fundamental do cidad‹o-
eleitor. 
Coment‡rios: 
ƒ isso mesmo! O princ’pio da anterioridade eleitoral Ž 
                                                        
14 RE 633703/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 23.03.2011, DJe 18.11.2011. 
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considera cl‡usula pŽtrea e, portanto, n‹o pode ser abolida. 
Quest‹o correta. 
 
 
Quest›es Comentadas 
1. (FCC/ TRE-SP Ð 2017) Brasileiro naturalizado, com 25 anos de 
idade, pela segunda vez consecutiva no exerc’cio do mandato de 
Vereador, filho do Governador do Estado em que possui domic’lio 
eleitoral, poder‡, ˆ luz da Constitui‹o Federal, candidatar-se, na 
esfera: 
a) municipal, ˆ reelei‹o para Vereador, apenas, sem precisar para tanto 
renunciar ao respectivo mandato. 
b) municipal, a Prefeito, apenas, desde que renuncie ao respectivo mandato 
atŽ seis meses antes do pleito. 
c) municipal, ˆ reelei‹o para Vereador ou a Prefeito, devendo, neste œltimo 
caso, renunciar ao respectivo mandato atŽ seis meses antes do pleito. 
d) estadual, a Deputado Estadual, mas n‹o a Governador do Estado, estando 
ainda impossibilitado de concorrer a mandatos na esfera municipal. 
e) estadual, a Governador do Estado, mas n‹o a Deputado Estadual, estando 
ainda impossibilitado de concorrer a mandatos na esfera municipal. 
Coment‡rios: 
Para responder essa quest‹o, era importante que o aluno conhecesse os 
seguintes pontos: 
1) Brasileiro naturalizado poder‡ ocupar mandatos eletivos? Sim, 
poder‡. O brasileiro naturalizado apenas n‹o poder‡ ocupar cargos que s‹o 
privativos de brasileiro nato, quais sejam: 
- Presidente e Vice-Presidente da Repœblica; 
- Presidente da C‰mara dos Deputados; 
- Presidente do Senado Federal; 
- Ministros do STF; 
- Ministro de Estado da Defesa; 
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- oficial das Foras Armadas e; 
- membro da carreira diplom‡tica 
2) A inelegibilidade reflexa (por motivo de casamento, parentesco ou 
afinidade) est‡ prevista no art. 14, ¤ 7¼, CF/88: 
Art. 14, ¤ 7¼ - S‹o ineleg’veis, no territ—rio de jurisdi‹o do titular, o 
c™njuge e os parentes consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou 
por ado‹o, do Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou 
Territ—rio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substitu’do dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j‡ 
titular de mandato eletivo e candidato ˆ reelei‹o. 
Note que, na parte final do dispositivo, h‡ uma exce‹o ˆ regra da 
inelegibilidade reflexa: Òsalvo se j‡ titular de mandato eletivo e candidato ˆ 
reelei‹oÓ. Isso significa que a inelegibilidade reflexa n‹o se aplica caso o 
c™njuge, parente ou afim j‡ possua mandato eletivo; nessa situa‹o, 
ser‡ poss’vel candidatarem-se ˆ reelei‹o, mesmo se ocuparem cargos dentro 
da circunscri‹o do Chefe do Executivo. 
3) Aqueles que ocupam cargos no Poder Legislativo poder‹o se candidatar a 
sucessivas reelei›es. A limita‹o de uma œnica reelei‹o Ž aplic‡vel 
somente ˆqueles que ocupam cargos do Poder Executivo. 
Diante dessas considera›es, passamos a analisar o caso concreto trazido pelo 
enunciado: 
a) Brasileiro naturalizado pode ser Vereador? 
Sim. O cargo de Vereador n‹o Ž privativo de brasileiro nato. 
b) Vereador que j‡ est‡ no segundo mandato consecutivo pode se 
candidatar ˆ reelei‹o? 
Sim, s‹o admitidas sucessivas reelei›es para aqueles que ocupam 
cargos no Poder Legislativo. 
c) Sendo filho do Governador do Estado, o Vereador pode se 
candidatar ˆ reelei‹o ou ser‡ afetado pela inelegibilidade 
reflexa? 
Ele poder‡, sim, se candidatar ˆ reelei‹o para Vereador, pois entrar‡ na 
exce‹o. A inelegibilidade reflexa n‹o se aplica caso o c™njuge, parente 
ou afim j‡ possua mandato eletivo e esteja apenas se candidatando ˆ 
reelei‹o. 
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d) Sendo filho do Governador do Estado, o cidad‹o (atualmente 
Vereador) poder‡ se candidatar a Prefeito ou ser‡ afetado pela 
inelegibilidade reflexa? 
N‹o poder‡. Ele ser‡ afetado pela inelegibilidade reflexa. 
Por tudo o que comentamos, o gabarito Ž a letra A. 
2. (FCC/ TRE-SP Ð 2017) Dentre os candidatos que pretendem 
disputar a elei‹o para Governador est‹o um prefeito municipal no 
exerc’cio de seu segundo mandato consecutivo e um militar com mais 
de dez anos de servio. Para que sejam eleg’veis, de acordo com as 
normas constitucionais, 
a) ambos devem renunciar aos cargos que ocupam atŽ seis meses antes do 
pleito. 
b) ambos devem renunciar aos cargos que ocupam atŽ trs meses antes do 
pleito. 
c) ambos devem afastar-se dos cargos que ocupam atŽ seis meses antes do 
pleito, sendo que o militar, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da 
diploma‹o, para a inatividade. 
d) o Prefeito deve renunciar ao mandato atŽ seis meses antes do pleito, ao 
passo que o militar deve ser agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passar‡ automaticamente, no ato da diploma‹o, para a inatividade. 
e) o Prefeito n‹o precisar‡ renunciar ao mandato, mas o militar dever‡ 
afastar-seda atividade e, se eleito, perder‡ o cargo no ato de sua diploma‹o. 
Coment‡rios: 
O Prefeito, para concorrer a outro cargo, dever‡ renunciar a seu cargo atŽ 
seis meses antes do pleito (art. 14, ¤ 6o, CF). 
O militar com mais de dez anos de servio, por sua vez, ser‡ agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da 
diploma‹o, para a inatividade (art. 14, ¤ 8o, II, CF). 
O gabarito Ž a letra D. 
3. (FCC/ TRT 11a Regi‹o Ð 2017) PŽricles candidatou-se ao cargo de 
Governador de determinado Estado e ganhou as elei›es em primeiro 
turno. No dia seguinte ˆ sua diploma‹o, descobriu-se que foi eleito 
mediante corrup‹o. De acordo com a Constitui‹o Federal, o mandato 
eletivo de PŽricles 
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a) poder‡ ser impugnado ante a Justia Eleitoral, apenas no prazo de 20 dias 
ap—s a sua posse, instru’da a a‹o com provas da corrup‹o, pois antes dela 
n‹o h‡ mandato a ser impugnado. 
b) poder‡ ser impugnado ante a Justia Eleitoral, no prazo de 15 dias contados 
da diploma‹o, instru’da a a‹o com provas da corrup‹o. 
c) poder‡ ser impugnado ante a Justia Federal, no prazo de 15 dias contados 
da diploma‹o, instru’da a a‹o com provas da corrup‹o. 
d) n‹o poder‡ ser impugnado, tendo em vista que j‡ houve a diploma‹o, mas 
poder‡ sofrer as san›es criminais cab’veis. 
e) poder‡ ser impugnado ante a Justia Eleitoral, no prazo de 30 dias contados 
da diploma‹o, instru’da a a‹o com provas da corrup‹o. 
Coment‡rios: 
A Carta Magna prev que, nessa situa‹o, o mandato eletivo poder‡ ser 
impugnado ante a Justia Eleitoral no prazo de quinze dias contados da 
diploma‹o, instru’da a a‹o com provas de abuso do poder econ™mico, 
corrup‹o ou fraude (art. 14, ¤ 10, CF). O gabarito Ž a letra B. 
4. (FCC/ TRT 11a Regi‹o Ð 2017) Cleide Ž brasileira naturalizada e 
tem 75 anos. Como a data das elei›es nos œltimos quatro anos 
coincidiu com a festa de anivers‡rio de seu neto, que mora com os pais 
no exterior, n‹o participou das elei›es que ocorreram durante esse 
per’odo. Como sempre gostou de pol’tica, Cleide decidiu candidatar-se 
ˆ Vice-Presidncia da Repœblica. Considerando essas informa›es, 
Cleide 
a) n‹o poder‡ candidatar-se ao cargo de Vice-Presidente, em raz‹o de sua 
idade, sendo o seu voto proibido. 
b) poder‡ candidatar-se ao cargo de Vice-Presidente, desde que comprove o 
pleno exerc’cio dos direitos pol’ticos, sendo o seu voto obrigat—rio. 
c) poder‡ candidatar-se ao cargo de Vice-Presidente pois Ž brasileira, proibindo 
a Constitui‹o Federal a distin‹o entre brasileiros natos e naturalizados. 
d) n‹o poder‡ candidatar-se ao cargo de Vice-Presidente, pois Ž brasileira 
naturalizada, sendo, entretanto, o seu voto facultativo. 
e) n‹o poder‡ candidatar-se ao cargo de Vice-Presidente, pois n‹o votou nas 
œltimas elei›es, sendo que seu voto era obrigat—rio. 
Coment‡rios: 
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Para responder a essa quest‹o, Ž necess‡rio analisar se Cleide est‡ impedida, 
pela idade, pelo fato de n‹o ter participado das ultimas elei›es ou por ser 
brasileira naturalizada, de concorrer ao cargo de Vice-Presidente da Repœblica. 
N‹o h‡ limite m‡ximo de idade para que um cidad‹o possa se candidatar a 
um cargo pol’tico. Exige-se, apenas, a obedincia a uma idade m’nima, que, no 
caso do cargo de Vice-Presidente, Ž de trinta e cinco anos (art. 14, ¤ 3o, VI, 
ÒaÓ, CF). A idade, portanto, n‹o Ž uma limita‹o para Cleide. 
AlŽm disso, Cleide est‡ em pleno gozo de seus direitos pol’ticos, pois, a partir 
dos 70 anos de idade, o alistamento eleitoral e o voto s‹o facultativos 
(art. 14, ¤ 1o, II, ÒbÓ, CF). ƒ cidad‹, mesmo n‹o tendo participado das œltimas 
elei›es. 
O œnico impedimento, portanto, ˆ candidatura de Cleide Ž o fato de ela ser 
brasileira naturalizada. A Constitui‹o exige que, para se candidatar ao 
cargo de Vice-Presidente, o cidad‹o seja brasileiro nato (art. 12, ¤ 3o, I, CF). 
O gabarito Ž a letra D. 
5. (FCC/ TRT 11a Regi‹o Ð 2017) Considere a seguinte situa‹o 
hipotŽtica: Maria Ž Prefeita do Munic’pio X e est‡ sendo muito elogiada 
no exerc’cio de seu primeiro mandato. Com a proximidade das 
elei›es, aproveitando a popularidade de Maria Ð que ir‡ exercer seu 
mandato atŽ o final − seu marido, Jer™nimo, deseja se candidatar ao 
cargo de Presidente da Repœblica e seu filho, HŽlio, pretende se 
candidatar a Vereador no mesmo Munic’pio X. Considerando apenas as 
informa›es fornecidas, Ž correto afirmar que Jer™nimo 
a) e HŽlio s‹o eleg’veis para os cargos que almejam. 
b) Ž eleg’vel para o cargo de Presidente da Repœblica e HŽlio Ž ineleg’vel para 
o cargo de Vereador no Munic’pio X. 
c) e HŽlio s‹o ineleg’veis apenas para os cargos que almejam. 
d) Ž ineleg’vel para o cargo de Presidente da Repœblica e HŽlio Ž eleg’vel para 
o cargo de Vereador no Munic’pio X. 
e) e HŽlio s‹o ineleg’veis para qualquer cargo eletivo, n‹o podendo se 
candidatar ao cargo que almejam, tendo em vista o grau de parentesco com 
Maria. 
Coment‡rios: 
A quest‹o cobra o conhecimento da Òinelegibilidade reflexaÓ, prevista no 14, ¤ 
7¼, CF/88: 
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DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT 15A REGIÃO 
Teoria e Questões 
Aula 04 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 
Art. 14, ¤ 7¼ - S‹o ineleg’veis, no territ—rio de jurisdi‹o do titular, o 
c™njuge e os parentes consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou 
por ado‹o, do Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou 
Territ—rio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substitu’do dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j‡ 
titular de mandato eletivo e candidato ˆ reelei‹o. 
Note que a inelegibilidade reflexa alcana somente o territ—rio de jurisdi‹o 
do titular do cargo do Poder Executivo. Por isso, Jer™nimo pode se candidatar 
ao cargo de Presidente da Repœblica, uma vez que este se encontra fora da 
jurisdi‹o de Maria (art. 14, ¤ 7¼, CF/88). J‡ HŽlio Ž ineleg’vel, pois seu cargo 
est‡ dentro da jurisdi‹o de Maria (sua m‹e) e ele n‹o Ž candidato ˆ 
reelei‹o. 
O gabarito Ž a letra B. 
6. (FCC/ TRT 11a Regi‹o Ð 2017) Considere a seguinte situa‹o 
hipotŽtica: Jaime em seu segundo mandato como Governador de 
determinado Estado, est‡ em dœvida se, nas pr—ximas elei›es, ir‡ se 
candidatar novamente a Governador ou a Presidente da Repœblica. 
Com base apenas nas informa›es fornecidas, de acordo com a 
Constitui‹o Federal, Jaime 
a) n‹o poder‡ se candidatar ˆ reelei‹o para Governador e, para concorrer ao 
cargo de Presidente da Repœblica, dever‡ renunciar ao seu atual mandato atŽ 
quatro meses antes do pleito. 
b) n‹o poder‡ se candidatar ˆ reelei‹o para Governador e, para concorrer ao 
cargo de Presidente da Repœblica, dever‡ renunciar ao seu atual mandato atŽ 
seis meses antes do pleito. 
c) poder‡ se candidatar ˆ reelei‹o para Governador e, para concorrer ao 
cargo de Presidente da Repœblica, dever‡ renunciar ao seu atual mandato atŽ 
seis meses antes do pleito. 
d) poder‡ se candidatar ˆ reelei‹o para Governador e n‹o h‡ necessidade de 
renunciar ao seu atual mandato para concorrer ao cargo de Presidente da 
Repœblica.e) poder‡ se candidatar ˆ reelei‹o para Governador e, para concorrer ao 
cargo de Presidente da Repœblica, dever‡ renunciar ao seu atual mandato atŽ 
quatro meses antes do pleito. 
Coment‡rios: 
Considerando que Jaime est‡ no seu segundo mandato de Governador, n‹o 
poder‡ se candidatar ˆ reelei‹o. Poder‡, entretanto, candidatar-se ao cargo 
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de Presidente da Repœblica, desde que renuncie ao atual mandato atŽ seis 
meses antes do pleito (art. 14, ¤ 6o, CF). O gabarito Ž a letra B. 
7. (FCC/ TRT 23a Regi‹o Ð 2016) A respeito dos direitos pol’ticos, 
considere: 
I. S‹o condi›es de elegibilidade, dentre outras, a idade m’nima de trinta e 
cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repœblica e Senador, trinta 
anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e 
vinte um anos para Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz. 
II. O alistamento eleitoral e o voto s‹o obrigat—rios, inclusive para os 
conscritos, durante o per’odo de servio militar obrigat—rio. 
III. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repœblica, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar 
aos respectivos mandatos atŽ seis meses antes do pleito. 
IV. S‹o ineleg’veis, no territ—rio de jurisdi‹o do titular, o c™njuge e os 
parentes consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou por ado‹o, do 
Presidente da Repœblica, do Governador de Estado ou Territ—rio, do Distrito 
Federal, do Prefeito ou de quem os haja substitu’do dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se j‡ titular de mandato eletivo e candidato ˆ 
reelei‹o. 
Est‡ correto o que consta APENAS em: 
a) I e III. 
b) II e IV. 
c) I e IV. 
d) I, III e IV. 
e) II e III. 
Coment‡rios: 
A primeira assertiva est‡ correta. A Carta Magna estabelece como condi‹o de 
elegibilidade a idade m’nima de (art. 14, ¤ 3o, VI, CF): 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repœblica e 
Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal; 
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c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou 
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
A segunda assertiva est‡ errada. N‹o podem alistar-se como eleitores os 
estrangeiros e, durante o per’odo do servio militar obrigat—rio, os conscritos 
(art. 14, ¤ 2o, CF). 
A terceira assertiva est‡ correta. ƒ o que prev o art. 14, ¤ 6o, da Constitui‹o, 
que trata da Òdesincompatibiliza‹oÓ. O objetivo Ž impedir que o Chefe do 
Poder Executivo se utilize da Òm‡quina pœblicaÓ para se eleger a um outro 
cargo. 
A quarta assertiva est‡ correta. Tem-se, aqui, a literalidade do art. 14, ¤ 7o, da 
Constitui‹o. ƒ a chamada Òinelegibilidade reflexaÓ. 
O gabarito Ž a letra D. 
8. (FCC / SEFAZ-MA Ð 2016) Segundo a disciplina constitucional 
dos direitos pol’ticos, 
a) os conscritos n‹o podem exercer a cidadania ativa. 
b) os militares da ativa n‹o podem exercer a cidadania passiva. 
c) os analfabetos n‹o podem exercer a cidadania ativa. 
d) aos jovens entre 16 e 18 anos Ž facultado o exerc’cio da cidadania passiva. 
e) somente aos 30 anos o brasileiro atinge a cidadania plena. 
Coment‡rios: 
Letra A: correta. Os conscritos s‹o inalist‡veis. Logo, n‹o podem votar (n‹o 
podem exercer a cidadania ativa). 
Letra B: errada. Os militares da ativa s‹o eleg’veis. No entanto, dever‹o 
observar as regras do art. 14, ¤ 8¼, CF/88: 
Art. 14 (É) 
¤ 8¼ O militar alist‡vel Ž eleg’vel, atendidas as seguintes condi›es: 
I - se contar menos de dez anos de servio, dever‡ afastar-se da 
atividade; 
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II - se contar mais de dez anos de servio, ser‡ agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passar‡ automaticamente, no ato da 
diploma‹o, para a inatividade. 
Letra C: errada. O alistamento eleitoral e o voto s‹o facultativos para os 
analfabetos. 
Letra D: errada. Os jovens entre 16 e 18 anos podem votar (exercer a 
cidadania ativa), mas n‹o podem ser votados, uma vez que n‹o cumprem o 
requisito de idade m’nima para nenhum mandato eletivo. 
Letra E: errada. Pode-se dizer que a cidadania plena Ž atingida aos 35 anos, 
uma vez que, nessa idade, o brasileira poder‡ ser eleito para qualquer 
mandato eletivo. 
O gabarito Ž a letra A. 
9. (FCC/ SEFAZ-PI Ð 2015) Governador de Estado em exerc’cio de 
segundo mandato n‹o consecutivo pretende candidatar-se ˆ reelei‹o 
e o filho que sua atual esposa adotara antes de se casarem, no in’cio 
do mandato em curso, pretende candidatar-se a Deputado Estadual, 
pela primeira vez, no mesmo pleito, no mesmo Estado da federa‹o. 
Nessa situa‹o, consideradas as causas de inelegibilidade previstas na 
Constitui‹o da Repœblica e supondo que as demais condi›es de 
elegibilidade estariam preenchidas por ambos, 
a) nem o Governador do Estado, nem o filho adotado por sua esposa poder‹o 
candidatar-se, por serem ambos atingidos por causas de inelegibilidade. 
b) o Governador do Estado n‹o poderia candidatar-se em hip—tese alguma e o 
filho adotado por sua esposa somente poderia candidatar-se se j‡ estivesse no 
exerc’cio de mandato de Deputado Estadual. 
c) o Governador poder‡ candidatar-se, mas n‹o o filho adotado por sua 
esposa, que Ž atingido por causa de inelegibilidade reflexa prevista na 
Constitui‹o. 
d) o filho adotado pela esposa poder‡ candidatar-se, mas n‹o o Governador, 
que Ž atingido por causa de inelegibilidade direta. 
e) tanto o Governador quanto o filho adotado por sua esposa poder‹o 
candidatar-se, por n‹o serem atingidos por causas de inelegibilidade. 
Coment‡rios: 
O Governador poder‡ candidatar-se, uma vez que est‡ no segundo mandato 
n‹o consecutivo. A Carta Magna disp›e (art. 14, ¤ 5o), que o Presidente da 
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Repœblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e 
quem os houver sucedido, ou substitu’do no curso dos mandatos poder‹o ser 
reeleitos para um œnico per’odo subsequente. 
O filho adotivo da esposa do Governador, por sua vez, n‹o poder‡ se 
candidatar, por inelegibilidade reflexa. De acordo com o art. 14, ¤ 7o, da 
CF/88, s‹o ineleg’veis, no territ—rio de jurisdi‹o do titular, o c™njuge e os 
parentes consangu’neos ou afins, atŽ o segundo grau ou por ado‹o, do 
Presidente da Repœblica, de Governador de Estado ou Territ—rio, do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitu’do dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se j‡ titular de mandato eletivo e candidato ˆ 
reelei‹o. Perceba que, dada a ressalva prevista ao final desse dispositivo, 
caso ele j‡ exercesse o mandato de Deputado Estadual, poderia reeleger-se. 
O gabarito Ž a letra C. 
10. (FCC / PGE-RN Ð

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