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InformativosSTJ Difusos 2017(1)

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ECA 
PENSÃO POR MORTE 
Menor sob guarda é dependente para fins previdenciários Importante!!! 
Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo 
se o falecimento se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei nº 9.528/97 na Lei 
nº 8.213/91. O art. 33, § 3º do ECA deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida 
na lei geral da Previdência Social, em homenagem ao princípio da proteção integral e 
preferência da criança e do adolescente (art. 227 da CF/88). STJ. Corte Especial. EREsp 
1.141.788-RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 7/12/2016 (Info 595). 
MENOR SOB GUARDA 
Menor sob guarda é dependente para fins previdenciários Importante!!! 
Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo 
se o falecimento se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei nº 9.528/97 na Lei nº 
8.213/91. O art. 33, § 3º do ECA deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida na 
lei geral da Previdência Social, em homenagem ao princípio da proteção integral e preferência 
da criança e do adolescente (art. 227 da CF/88). STJ. Corte Especial. EREsp 1.141.788-RS, Rel. 
Min. João Otávio de Noronha, julgado em 7/12/2016 (Info 595). 
 
CDC 
VÍCIO DO PRODUTO 
É válida a prática de loja que permite a troca direta do produto viciado se feita em até 3 dias da 
compra Determinada loja adota a seguinte prática: se o produto vendido apresentar algum vício 
(popularmente conhecido como "defeito"), o consumidor poderá solicitar a troca da mercadoria 
na própria loja, desde que faça isso no prazo de 3 dias corridos, contados da data da emissão da 
nota fiscal. Por outro lado, se o consumidor detectar o vício somente após esse prazo, ele deverá 
procurar a assistência técnica credenciada e lá irão verificar a existência do vício e a possibilidade 
de ele ser reparado ("consertado"). Essa prática é válida? Sim. É legal a conduta de fornecedor 
que concede apenas 3 (três) dias para troca de produtos defeituosos, a contar da emissão da 
nota fiscal, e impõe ao consumidor, após tal prazo, a procura de assistência técnica 
credenciada pelo fabricante para que realize a análise quanto à existência do vício. A loja 
conferiu um "plus", ou seja, uma providência extra que não é prevista no CDC, não sendo, 
contudo, vedada porque favorece o consumidor. Vale ressaltar que a política de troca da loja 
(direito de troca direta do produto em 3 dias) não exclui a possibilidade de o consumidor realizar 
a troca, na forma do art. 18, § 1º, I, do CDC, caso o vício não seja sanado no prazo de 30 dias. 
Em outras palavras, a loja concede uma opção extra, além daquelas já previstas no art. 18, § 1º. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1.459.555-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 14/2/2017 
(Info 598). 
BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES 
Responsabilidade por notificação do consumidor no endereço errado 
O que acontece se o órgão mantenedor do cadastro restritivo (ex: SERASA) enviar a notificação 
para um endereço errado, ou seja, um endereço que não seja o do consumidor? Neste caso, o 
consumidor terá que ser indenizado, mas quem pagará a indenização? O consumidor deverá 
propor a ação contra o credor (ex: loja onde foi feita a compra) ou contra o órgão mantenedor 
do cadastro e que enviou a notificação? 
Depende: • Se o credor informou o endereço certo para o órgão mantenedor do cadastro e este 
foi quem errou: a responsabilidade será do órgão mantenedor. • Se o credor comunicou o 
endereço errado do consumidor para o órgão mantenedor do cadastro e este enviou 
exatamente para o local informado: a responsabilidade será do credor. Veja, no entanto, uma 
situação diferente julgada pelo STJ: É passível de gerar responsabilização civil a atuação do órgão 
mantenedor de cadastro de proteção ao crédito que, a despeito da prévia comunicação do 
consumidor solicitando que futuras notificações fossem remetidas ao endereço por ele 
indicado, envia a notificação de inscrição para endereço diverso. Neste caso concreto, o 
consumidor informou ao órgão mantenedor do cadastro que seu endereço estava errado no 
banco de dados e pediu para ser comunicado no endereço certo em futuras notificações. Apesar 
disso, o órgão mandou novamente para o endereço errado. STJ. 3ª Turma. REsp 1.620.394-SP, 
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 15/12/2016 (Info 597) 
CONTRATOS BANCÁRIOS 
A instituição pode cobrar tarifa bancária pela liquidação antecipada do saldo devedor? 
Importante!!! 
Nos contratos de arrendamento mercantil, é permitido que a instituição cobre do consumidor 
tarifa bancária pela liquidação antecipada (parcial ou total) do saldo devedor? 
• Contratos celebrados antes da Resolução CMN nº 3.516/2007 (antes de 10/12/2007): SIM • 
Contratos firmados depois da Resolução CMN nº 3.516/2007 (de 10/12/2007 para frente): NÃO 
Assim, para as operações de crédito e arrendamento mercantil contratadas antes de 
10/12/2007 (data de publicação da referida Resolução), podem ser cobradas tarifas pela 
liquidação antecipada no momento em que for efetivada a liquidação, desde que a cobrança 
dessa tarifa esteja claramente identificada no extrato de conferência. STJ. 3ª Turma. REsp 
1.370.144-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 7/2/2017 (Info 597). 
CONTRATOS BANCÁRIOS 
Validade da cobrança de tarifa bancária a partir do quinto saque mensal Importante!!! 
O cliente paga alguma tarifa bancária quando ele saca dinheiro de sua conta? Os bancos adotam 
a seguinte prática contratual: o cliente pode fazer até quatro saques por mês sem pagar nada. 
A partir do quinto saque, é cobrada uma tarifa bancária. Esta prática bancária é válida? SIM. 
É legítima a cobrança, pelas instituições financeiras, de tarifas relativas a saques quando estes 
excederem o quantitativo de quatro realizações por mês. STJ. 3ª Turma. REsp 1.348.154-DF, Rel. 
Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 13/12/2016 (Info 596). 
 
ELEITORAL 
COMPETÊNCIA 
Causas que podem produzir reflexos no processo eleitoral são de competência da Justiça 
Eleitoral 
Em regra, as ações tratando sobre divergências internas ocorridas no âmbito do partido político 
são julgadas pela Justiça Estadual. Exceção: se a questão interna corporis do partido político 
puder gerar reflexos diretos no processo eleitoral, então, neste caso, a competência será da 
Justiça Eleitoral. Assim, compete à Justiça Eleitoral processar e julgar as causas em que a análise 
da controvérsia é capaz de produzir reflexos diretos no processo eleitoral. STJ. 2ª Seção. CC 
148.693-BA, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 14/12/2016 (Info 596).

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